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Células de defesa
e órgãos linfoides
Tonsilas
Linfonodos
Baço
Timo
Junqueira e Carneiro, 2008
Para iniciarmos, alguns conceitos
importantes:
• Imunógeno: qualquer molécula estranha que provoque
uma resposta imunitária, que pode ser celular ou humoral
(que envolve anticorpos).
Você se
lembra das
funções de
cada uma
dessas
células de
defesa,
vistas na
aula de
sangue?
1. Linfócitos B
Antígeno X Anticorpo
O linfócito B, após contato com o antígeno que lhe é apresentado pelo macrófago, se diferencia
em plasmócito e passa a liberar os anticorpos produzidos. Esses anticorpos ligam nos antígenos
presentes na bactéria e esse complexo é encaminhado à destruição.
2. Linfócitos T
Kierszenbaum, 2012
5. Células reticulares – sustentação nos órgãos linfoides
Medula Óssea
Timo (apenas maturação)
Órgãos linfoides periféricos ou secundários (amazenam)
Tonsilas
Linfonodos
Baço
Timo
Junqueira e Carneiro, 2008
ÓRGÃOS LINFOIDES
Aumento na complexidade e do tamanho • Não encapsulados
• Nódulos isolados – MALT/BALT/GALT
• Placas de Peyer (Intestino Delgado: íleo)
• Semi-encapsulados
• Tonsilas
• Encapsulados
• Linfonodo
Cápsula: tecido
• Baço
conjuntivo denso que
• Timo
envolve o órgão
Atenção!
• Os órgãos do sistema imunológico (particularmente tonsilas,
linfonodos e baço) são estruturalmente diferentes dos que
você está acostumado a estudar (como um esôfago, um
fígado, um brônquio, um rim, etc.), onde há uma constituição
“fixa” dos tipos celulares e de suas quantidades e localização.
Funções:
Observe o acúmulo de
linfócitos no TCF formando o
nódulo linfático. Como você
sabe que são linfócitos?
Lembre que seu núcleo é
Nódulo grande e cora muito bem
linfático com hematoxilina, dando a
ele um aspecto de “ponto
roxo”.
BRÔNQUIO
Bronchial associated
lymphoid tissue
Nódulo
linfático
INTESTINO
GROSSO
GALT: Gut
associated
lymphoid tissue
Tecido linfoide
associado ao
intestino
Nódulos linfáticos no apêndice cecal
APÊNDICE CECAL
Perda de controle na
resposta inflamatória no
apêndice cecal
Apendicite
(Kierszenbaum, 2008)
Por que é importante ter tanta proteção nos
intestinos delgado e grosso?
- Nosso intestino possui uma microbiota extremamente rica
e ativa! Alguns organismos estão em harmonia conosco,
porém outros podem estar em desequilíbrio e causar
patologias. Por esse motivo esse local deve ser
constantemente monitorado.
- Sugestão
- https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/cienciasaude/
article/viewFile/3629/3073
Tonsilas Tonsila
faríngea (uma)
Funções:
O seu aumento
indica intensa
atividade e a
patologia
Septos segue sendo
de TCD chamada de
amigdalite
Cripta
(entradas)
Tecido conjuntivo denso
formando a semi-cápsula (só
existe TCD para um lado,
pois para o outro é o epitélio
(Sobota, 2007)
de revestimento
Tonsilas linguais
Tonsilas linguais
Língua
Infiltrado linfocitário
no epitélio
Epitélio
Mais conhecida
pseudoestratificado como
colunar ciliado com “adenoide”,
células caliciformes quando aumenta
indica intensa
atividade e
Centro germinativo: muitas vezes é
Proliferação de linfócitos retirada por
obstruir parte da
Coroa ou manto
cavidade nasal
Localizados ao longo
da circulação linfática
Linfonodo
Vasos
linfáticos
(Junqueira e Carneiro, 2008)
Linfonodos
Funções:
• atuam como um “filtro” da linfa, monitorando a sua qualidade e
buscando antígenos ou patógenos circulantes (os macrófagos aqui
presentes removem até 99% das partículas contidas na linfa);
(Sobota, 2007)
Hilo: local onde chegam e saem os vasos sanguíneos e onde sai um
único vaso linfático eferente, que coleta a linfa que passou pelo órgão –
são uma forma de “juntar” os vários vasos linfáticos que chegam
Linfonodos
Características histológicas:
● a cápsula forma longos septos (ou trabéculas) que
segmentam a zona cortical e alcançam a zona medular, onde
se ramificam;
Nódulo linfóide
Cordões
medulares
Medular
Cortical
VL
CORTICAL
Centro
germinativo
Seio
subcapsular
MEDULAR
Cordões medulares
Funções:
Características:
● cápsula com septos curtos (trabéculas) e hilo;
● parênquima, no órgão a fresco, apresenta duas áreas distintas:
POLPA BRANCA - tecido linfoide nodular, nódulos linfáticos
abraçam uma arteríola central (disposta excentricamente no nódulo)
logo que esta abandona os septos e mergulha no parênquima do órgão
POLPA VERMELHA - tecido linfoide denso disposto em cordões
celulares – cordões esplênicos (antes chamados de Billroth), que
intercalam os capilares sinusoides e/ou lacunas vasculares
● alguns de seus capilares sinusoides se abrem diretamente no
parênquima, permitindo amplo contato do sangue com as células do órgão
– poderia ser considerada uma circulação “aberta”
Cada nódulo
linfático é
considerado uma
região de POLPA
BRANCA e cada
região de cordões
esplênicos+capilares
sinusoides é uma
região de POLPA
VERMELHA
Características:
● localizado no mediastino, atrás do esterno
● origem embriológica dupla: mesodérmica e endodérmica
● sem hilo; artérias e veias chegam e saem pela cápsula (TCD)
● cápsula com septos profundos que segmentam o órgão em porções
indivudualizadas – visualização dos lóbulos tímicos
● Cada lóbulo possui uma zona cortical contínua, tecido linfoide
denso não nodular e uma zona medular (central)
● Possui linfócitos T (em diferentes estágios de maturação),
macrófagos e células reticulares epiteliais (que não produzem fibras
reticulares) e que na involução do órgão formam os
CORPÚSCULOS TÍMICOS (DE HASSAL)
Timo
A região
cortical
aparece mais
corada em
uma lâmina
com HE, pois
possui muitos
linfócitos T
agrupados.
Na região
medular há
menos
células, por
Kierszenbaum, 2008
isso ela
aparece mais
clara na
lâmina.
Na região medular: restos de células reticulares epiteliais que calcificam e morrem,
não sendo removidas por macrófagos – Corpúsculos tímicos
Timo
1- Junqueira, L.C.U. & Carneiro, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan – 13ª ed., 2017.
2- Gartner, L.P. & Hiatt, J.L. Tratado de Histologia. Rio de Janeiro: Elsevier – 3ª ed., 2007.
3- Kierszenbaum, A.L. Histologia e Biologia Celular – uma introdução à patologia. Elsevier - 4ª ed., 2016.
4- Ross, M.H. & Pawlina, W. Histologia Texto e Atlas. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan – 7ª ed., 2016.
5- Sobotta J. Atlas de histologia: citologia, histologia e anatomia microscópica. Rio de Janeiro: Guanabara-
Koogan – 1ª ed., 2007.
Sugestões de leitura:
Mebius RE e Kraal G. Structure and function of the spleen. Nature reviews in Immunology. Vol. 5, 606-616,
2005.
Zdrojewicz Z et al. The Thymus: a forgotten, but very importante organ. Adv Clin Exp Med. Vol. 25, 369–
375, 2016.