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Imunologia

Veterinária

larivet.resumos
Sumário

● Órgãos linfóides secundários …………………………………………………………………..


● Imunidade INATA ………………………………………………...………………………………
● Sistema complemento …………………………….…………….………………………………
● Complexo principal de histocompatibilidade (MHC) e o papel das células apresentadoras
de antígenos (APCs) ……………………………………..……………………………...…………
● Resposta imune humoral ………………………………………………………………….……
● Anticorpos …………………………………………………………………………………………
● Reações de hipersensibilidade …………………………………………………………………
● Promoção da imunidade ……………………………..…………………………………………
● Imunidade contra parasitos e vírus …………………………………………………………..
● Imunidade contra bactérias e fungos ………………………………………………………
● Imunologia e bem estar animal ………………………………………………………………
Introdução à imunologia
aerossol, secreções intestinais, contato sexual, contato
direto, picada de artrópodes.

Imunologia: estuda os eventos celulares e moleculares ●Hospedeiro infectado: toda vez que têm um
que ocorrem em resposta a presença de indivíduo infectado, a resposta do hospedeiro é um
microorganismos e macromoléculas estranhas processo inflamatório(alteração anormal de tecidos
Sistema imune: é composto por células e moléculas ou órgãos causada por dano ou destruição do tecido,
responsáveis pela imunidade - função fisiológica é a tendo componentes imunológicos e não
proteção. imunológicos).

Conceitos
● Eugenia: conhecimento do próprio sistema imune

desenvolveu para identificar o próprio e reconhecer o


não próprio
● Apoptose: eliminação natural das células saudáveis

que não se ajustaram ao organismo


● Necrose: morte celular abrupta causada por um

agente deletério, onde as células se organizam e se


rompem.

Tríade das doenças infecciosas


O melhor exemplo de uma resposta inespecífica eficaz
é o sistema complemento que é uma cascata de
enzimas que no fim resulta na produção de alguns
componentes (C7-8-7) - complexo de ataque a
membrana.

Deve haver o equilíbrio, e algum desses tópicos em


desequilíbrio abre porta para uma doença.

●Patógenos: são divididos em números finitos de tipos


(bactérias, fungos, parasitas e vírus). É um
microorganismo capaz de causar uma infecção, e o
potencial patógeno é um agente oportunista. Tipos de inflamação:
Ele pode ser de vida livre, intracelular facultativo e 1. Inflamação aguda supurativa (neutrófilo e
intracelular obrigatório. macrófagos)
2. Inflamação granulomatosa (células gigantes,
●Virulência: soma de características que vai dar ao necrose caseosa)
agente infeccioso uma vantagem na batalha com seus 3. Inflamação linfo-histiocítica (linfócitos e
hospedeiros. - O microorganismo mais virulento não macrófagos)
causará doença se não tiver acesso a um hospedeiro 4. Inflamação atópica (basófilos, eosinófilos e
suscetível. mastócitos).

●Ambiente: A ligação entre agente infeccioso e o


hospedeiro final é o ambiente. A transferência para um
novo hospedeiro requer uma porta de entrada. Ex:
1. Célula natural killer - minudadeinata
Resposta inata 2. Linfócitos T - regulação da imunidade
É a mais primitiva, resposta imediata contra adaptativa e imunidade celular.
microrganismos invasores. É um tipo de defesa 3. Linfócito B - produção dos anticorpos
inespecífica, elas que ativam as defesas adaptativas.
- Defesa não celulares inatas: muco, bile, Produção de linfócitos
lágrima, urina, lisozimas, sistema Na vida fetal sua fonte ´´e no saco vitelínico e fígado e
complemento, proteína C reativa, citocinas na vida adulta é na medula óssea.
(il-1), resposta febril produzida por marófagos.
● órgãos linfóides primários (desenvolvimento de
linfócitos): timo, bursa de fabricius, placas de peyer e
A defesa celular inata ocorre pelos macrófagos e
medula óssea.
monocitos, sistema reticuloendotelial (fígado, baço
órgãos linfóides secundários (resposta a
e medula), neutrófilos e células NK.
antígenos): tonsilas, baço, linfonodos, placas de peyer
e medula óssea.
Resposta adaptativa
● É a mais especializada
No timo há uma atração de linfócitos T e na bursa
● Reposta tardía contra microorganismos invasores
de fabricius, linfócito B
● É um tipo de defesas específica

● Baseada na produção de imunoglobulinas

(anticorpos)
Medula óssea

As defesas adaptativas podem ser humoral e celular. ● É um órgão hematopoiético que contém as células
A humoral vai ser mediada pelo linfócito B tronco responsáveis por dar origem de todas as
(plasmócito) e a celular mediada pelo linfócito T células sanguíneas, incluindo os linfócitos.
(TCD4 - produção de citocinas e TCD8 - célula T killer). ● Atua como órgão linfóide primária (local em que os
linfócitos recém-produzidos podem amadurecer).

●Assim como baço, fígado e linfonodos, a medula


óssea também é um órgão linfóide secundário,
possuindo muitas células dendríticas e macrofagos,
removendo substâncias estranhas da corrente
sanguínea.

●Apresenta um grande número de células produtoras


de anticorpos - principal fonte dessas proteínas.

●Devido a essas inúmeras funções, a medula óssea é


dividida em dois compartimentos, um hematopoético

ÓrgÃos linfóides
e outro vascular. Esses compartimentos se alternam,
como faias de um bolo, em áreas em forma de cunha
no interior dos ossos longos.
- O compartimento hematopoiético contém
Linfócito
as células-tronco que vão dar origem às
Centro da imunidade adaptativa e das defesas do células sanguíneas, como macrófagos,
organismo, eles são capazes de reconhecer e células dendríticas e linfocitos, sendo
responder a antígenos estranhos. circundado por uma camada de célula
● São semelhantes entre si morfologicamente.
adventícias.
● Tais moléculas são classificadas pelo sistema de
- O compartimento vascular, principal local em
grupamento de diferenciação (CD) - imunofenótipo. que os antígenos são capturados, consiste em
● Tem receptores para citocinas, são produtores de
seios sanguíneos revestidos por células
imunoglobulinas e atum no sistema complemento endoteliais e atravessados por células
● Únicas para cada espécie.
reticulares e macrófagos.
● São produzidos na medula óssea e maturados no

timo.

3 tipos principais de linfócitos


Timo
O timo localiza-se na cavidade torácica, estando a
frente, porém um pouco abaixo do coração
● Em equinos, bovinos, ovinos. suínos e galinhas eles se

esem do pescoço até a tireoide


● O tamanho varia, apresentando maior tamanho no

animal recém nascido e reduz o tamanho na


puberdade. Em animais adultos é muito pequeno e
difícil visualização

Estrutura: cada lóbulo é dividido em um córtex rico


em linfócitos, de coloração mais escura com uma
medula mais clara composta principalmente por
células epiteliais.

Funções: as células precursoras dos linfócitos T


originam-se na medula óssea e depois migram para o
timo. No timo, as células multiplicam-se rapidamente.
Bursa de fabricius
Das novas células formadas, a maioria é destruída
● Órgão encontrado somente nas aves, é uma bolsa
por apoptose, enquanto o restante permanece no
arredondada localizada acima dacloaca.
órgão por quatro a cinco dias antes de saírem para
● Por diminuir na medida que a ave envelhece é de
colonizarem os órgãos linfóides secundários.
identificação extremamente difícil em aves mais
Os linfócitos T que entram no timo tem duas funções velhas.
consideradas conflitantes: essas células precisam
Estrutura: apresenta linfócitos rodeados por tecido
reconhecer antígenos estranhos, mas ao mesmo
epitelial que forma uma bolsa que se conecta à cloaca
tempo não podem responder exageradamente aos
por meio de um ducto. No interior dessa bolsa, dobras
constituintes normais do organismo (auto
no epitélio projetam-se em direção ao lúmen e massas
antígenos)
arredondadas de linfócitos, denominadas folículos
Existe um processo de seleção em dois estágios na linfóides, estão espalhadas por todas essas dobras.
região medular do timo que confere essa habilidade.
Cada folículo é dividido em córtex e medular. No
córtex localizam-se os linfócitos e plasmócitos e
Processo de seleção do timo: Ocorre em dois
macrofagos.
estágios na região medular do timo. Os timócitos que
Na junção córtico-medular existe uma membrana
possuem receptores capazes de se ligar fortemente
basal com uma rede de capilares cujo interior estão
a autoantígenos e, dessa forma, causar doenças
localizadas as células epiteliais e essas células são
autoimunes são eliminados por apoptose. E, os
substituídas por linfoblastos e linfócitos no centro
timócitos que possuem receptores incapazes de se
do folículo.
ligar a moléculas do complexo principal de
Células dendríticas neuroendócrinas especializadas
histocompatibilidade (MHC) de classe II, sendo
com funções ainda desconhecidas circundam cada
incapazes de responder a qualquer antígeno
folículo
processado, também são destruídos.
- Esta é a fase da seleção negativa.
Órgão linfóide ́ primário que funciona como um local
Por outro lado, as células que não foram eliminadas para maturação e a diferenciação das células que
pela seleção negativa são estimuladas a se compõem o sistema produtor de anticorpos. Assim,
desenvolverem um processo denominado de seleção os linfócitos que se originam na bursa são
positiva. Por fim, algumas dessas células saem do denominados de linfócitos B.
timo como linfócito T maduros, circulam pela corrente
sanguínea e colonizam os órgãos linfóides As células imaturas produzidas na medula migram em
secundários. direção à bursa e elas multiplicam-se rapidamente,
mas cerca de 90% são eliminadas por apoptose no Linfonodos
processo de seleção negativa dos linfócitos B São filtros arredondados posicionados no sistema
autorreativos. Quando o processo de maturação linfático para que interceptam os antígenos presentes
acaba, os linfócitos B sobreviventes se deslocam para na linfa.
os órgãos linfóides secundários.

Placas de peyer
São órgãos linfóides localizados na parede do ID, sua
estrutura e função variam entre as espécies. Em
ruminantes, suínos, equinos , caninos e humanos são
encontradas na região do íleo.
Apresentam folículos linfáticos, cada um circundado
por uma bainha de tecido conjuntivo e tem apenas
linfócitos B.
Nas espécies mamíferos do grupo I, o comportamento Rede radicular repleta de linfócitos, macrófagos e
da PPS do ílio assemelha-se ao da bursa das aves. células dentríticas pelo qual penetram seios linfáticos.
Assim, no íleo são locais de proliferação de linfócito Assim, atuam como filtros para o fluido linfático. A
B, embora a maioria dessas células sofrem apoptose parte interior do linfonodo está dividido em córtex,
e as restantes sejam liberadas para a circulação medula e uma região intermediária pouco definida,
sanguínea. chamada de paracórtex
Caso essas PPs sejam cirurgicamente removidas, os
cordeiros se tornam eficientes em linfócitos B e
não produzem anticorpos

órgãos linfóides secundários


Ass células do sistema imune devem ser capazes de
responder uma grande diversidade de patógenos que
um animal eventualmente possa encontrar. É
especialmente importante que linfócitos antígenos
específicos sejam capazes de encontrar seus
antígenos. Córtex: Predominância dos linfócitos B dispostos em
● Esses órgãos aumentam de tamanho quando tem agregados que recebem o nome de folículos.
uma respostas a um estímulo antigênico. Nos linfonodos ativos por antígenos, algumas dessas
● A retirada cirúrgica não causa redução significativa células podem ser epaner para formar focos de celular
da capacidade imune. em multiplicação
Exemplos: baço, linfonodos, tonsilas e outros tecidos
Paracortex: Predominam linfócitos T e células
linfóides presentes nos tratos intestinal, respiratório e
dentríticas, que formam cordão entre os seios. No
urogenital.
centro de cada cordão paracortical, esta uma vênula
Esses órgãos apresentam células dentríticas que
de endotélio alto (HEV)
capturam e processam os antígenos, e linfócitos
Esses vasos são revestidos com células endoteliais
responsáveis por mediar as respostas imunes.
altas e arredondadas, muito diferentes do epitélio
Dessa forma, a estrutura anatômica desses órgãos
achatado encontrado em outros vasos sanguíneos.
facilita a captura dos antígenos e assegura uma
oportunidade para que os antígenos processados
Medula: Contém seios de drenagem linfática
sejam apresentados aos linfócitos.
separados por cordões medulares contendo muitos
Os órgãos linfóides secundários estão conectados plasmocitos, macrofagos e linfocitos t de
tanto à circulação sanguínea quanto à linfática, memoria..
permitindo que possam continuar militar os antígenos
circulantes. Função: facilitar a interação entre as células
apresentadoras de antígenos e as células sensíveis a
antígenos (linfócitos B e T). Essas células geralmente produzidos pelas células rapidamente atingem a
percorrem distâncias até seu contato preciso. corrente sanguínea.
Uma complexa mistura de pequenas proteínas
(produzidas por macrofagos), as quimiocinas, No trato intestinal forma a maior concentração de
orientam essas células. linfócitos no corpo, mas na medula também com
grandes números de linfócitos. Caso um antígeno
Circulação dos linfócitos: seja inoculado por via intravenosa, boa parte será
capturada pelo fígado, baço e medula óssea.

Durante a resposta imune primária, os anticorpos são


predominantemente produzidos no baço. No final da
resposta, as células de memória saem do baço e
colonizam a medula.
Quando uma segunda dose de antígenos é dada, a
medula produz grande quantidade de anticorpos,
sendo a principal fonte nos roedores adultos.

Imunidade INATA
Mecanismos de defesa inicial contra infecções
Mecanismos efetores são usados também pela
imunidade adaptativa.

Baço Características:
Filtram os antígenos da linfa. ● Sempre presentes e prontas para eliminar os

● Considerado um linfonodo especializado nos


microorganismos.
antígenos de origem sanguínea. ● Reconhecem e respondem somente a

● O processo de filtração remove tanto partículas


microrganismos
antigênicas quanto microorganismos de origem ● Podem ser desencadeados por células do

sanguínea, debris celulares e hemácias envelhecidas. hospedeiro que estejam danificadas.


● Essa função filtrante associada ao tecido linfático
● Conferem uma resposta rápida e poderosa contra

altamente organizado faz do baço um importante microorganismos invasores.


órgão no sistema imune.
Além da função imunológica, ele armazena
hemácias e plaquetas, recicla ferro e responde
pela produção das hemácias durante a vida fetal.
Assim, apresenta dua formas de tecido: polpa
vermelha e polpa branca
Vermelha: processo de filtração do sangue e acúmulo
de hemácias. Contém grande número de células
apresentadoras de antígeno, linfócitos e plasmócitos.
Branca: rica em linfócito B e T e local onde ocorre as
respostas imunes no baço

Função: os antígenos inoculados por via intravenosa


são capturados pelo baço, dependendo da espécie, Primeira linha de defesa (epitélios)
são capturados pelas células dendríticas localizados ● Barreira física infecção

em áreas especificadas dentro do baço ● Destruição de micróbios por anticorpos produzidos

Essas células dentridicas e os macrofagos carreiam o localmente


antígeno até os folículos primárias da polpa branca. ● Destruição de micróbios e células infectadas pelos

Essas células colonizam a zona marginal e se linfócitos intra-epiteliais.


deslocam para a polpa vermelha. Esses anticorpos
Segunda linha de defesa (células) Os receptores de reconhecimento padores na
● Células natural killer superfície das células fagocitcas reconhecem padrões
● Fazer a lise de células infectadas, células malignas ou
moleculares associados a patógenos (PAMP) e são
estressadas. ativados por eles.
● Ativados por Il-2, Il- 12 e IFN- y.
PAMP: LPS, ácido lipoteóico, mananas, glicolipídeos ,
Ação: Há um sistema de reconhecimento que sequências CpG não metiladas no dna bacteriano e no
reconhece a célula (pois a mesma apresenta um rna de filamento duplo vírus RNA.
receptor específico) e leva a morte da célula lesionada. O reconhecimento dos patógenos e a destruição
O macorfago fagocita o microrganismo e produz a tecidual iniciam uma resposta inflamatória. A ligação
int-12 que ativa a natural killer a produzir int- y, que por dos patogenos pelos macrofagos, além de ativá-los,
sua vez, aumenta a fagocitose e a morte dos também ativam a resposta induzida da imunidade
microorganismos. inata e respostas levam eventualmente, à indução da
imunidade adaptativa.
Ativação: tem um receptor-inibidor que reconhece as
células do organismo, as células normais do Fagocitos neutrofilos
organismo expressam um complexo MHC classe I. O ● Fagocitose, lise intracelular, inflamação e dano
vírus inibe a expressão no MHC classe I e a célula não tecidual.
reconhece o próprio e assim, se torna ativada e ● Grânulos com lisozima, colagenase e elastase.
produz citocinas para destruir essa célula. ● Núcleo característico, vivem cerca de 6 horas.

● Marcador de membrana CD66.


Células dendríticas
● Principal componente do pus.
● Endocitose, processamento de apresentação de

antígenos.
Eventos na migração dos leucócitos para os locais
● É encontrada como precursores em potenciais sítios
da infecção
de infecção .
Os leucócitos percorrem um caminho desde o lúmen
● Principal marcados: CD11 Chi (origem mielóide) e
do vaso até o tecido intersticial seguindo uma
CD11C low (origem plasmocitose)
sequência de eventos, como: a adesão ao endotélio;
transmigração para dentro do endotélio (diapedese);
migração para o tecido intersticial através de
estímulos quimiotáticos.
O primeiro evento no recrutamento leucocitário é a
indução de moléculas de adesão na célula endotelial.
Fagocitos macrofagos
Mediadores como a histamina, trombina e PAF
Fagocitose, lise intracelular e extracelular, reparo de estimulam a redistribuição da P-selectina de seu
tecido, apresentação de antígeno, ativação da estoque intracelular nos grânulos, para a superfície
resposta imune específica. celular. Enquanto isso, quimiocinas, produzidas no local
● Núcleo característico e marcador de membrana CD14 da injúria, entram nos vasos sanguíneos ligados à
proteoglicanas e ficam dispostas em altas
concentrações na superfície endotelial. Estas
quimiocinas agem ativando os leucócitos.
Na transmigração ou diapedese, as quimiocinas agem
permitindo a aderência de leucócitos e estimulando-as
a migrarem para os espaços interendoteliais, de
acordo com o gradiente de concentração química, que
é o local da injúria ou infecção. Certamente moléculas
homofílicas de adesão, presentes nas junções
Reconhecimento dos patógenos pelas células da intercelulares do endotélio, estão envolvidas na
resposta imune inata migração de leucócitos.
Macrogafos, mastocitos e células dentríticas
reconhecem estruturas que são compartilhadas por Etapas da fagocitose
classes de microorganismos (PAPAS- padrões O micro-organismo ativa uma resposta do macrofago
moleculares associadas ao patógenos) e que não que reconhece ele como antígeno estranho e por
estão presentes nas células do hospedeiro. Os PAMPAS invaginação forma o fagossomo.
são essenciais para a sobrevivência e infectividade dos
microrganismos.
O fagosssomo se funde com o lisossomo rico em
enzimas digestivas, ocorre a digestão dos patógenos e
os resíduos vão pro exterior da célula.
Ao mesmo tempo da digestão, os organismos
separam em partes para apresentar os linfócitos.

Enzimas presentes nos lisossomos: Oxidase


facocítica (superoxido e radicais livres), óxido nítrico,
proteases lisossomais
- Doença de granuomatos crônica: eficiência
da oxidase fagocitica, presença de Quatro passos do extravasamento de leucócitos:
granulomas ao redor dos microbios. 1. rolamento: ligação de lectinas do endotélio ao
receptor específico dos leucócitos.
Citocinas da imunidade inata 2. ativação: quimiocinas se ligam a receptores
● Interleucinas: proteínas solúveis secretadas que nos leucócitos e desencadeiam um sinal de
funcionam como mediadores de reações imunes. As ativação
principais são a 1 (febre) e 12 (ativa as células NK). 3. adesão: parada induzida pela mudança
● Macrogafos: princial fonte de citocinas na imunidade conformacional das integrinas dos leucócitos
inata, ligando-se firmemente às ICAMs.
ação autócrina (propria celular produz para se 4. migração: leucócitos atravessam o endotélio e
auto estimular) X ação parácrina (produz para migram pelo tecido adjacente (diapedese).
atuar em outro microorganismo) Efeitos sistêmicos da inflamação

Inflamação
Reação do sistema imune inato nos tecidos
vascularizadas que envolve o recrutamento e
ativação de leucócitos e de proteínas plasmáticas no
local de infecção, exposição a toxinas ou lesão celular.

Processo iniciado por dano tecidual causado por


fatores endogenos e exogenos.
- endógenos: necrose tecidual e fratura óssea
- exógenos: mecânica (trauma) químico
(queimadura) e biológico (picada de inseto)

Objetivo da inflamação: oferecer células e moléculas Papel da imunidade inata na resposta adaptativa
efetoras no sítio da infecção, proporcionar barreira
física para prevenir a propagação da infecção e
promover o reparo dos tecidos infectados.

células envolvidas na adesão fagocitária: lectinas


(presente no endotelio vascular), integrinas (presente
nos leucocitos CD11a, CD11b, LFA1), ICMs (superfamilia
das imunoglobulinas-endotélio vascular ICAM 1 e ICAM
2).
sistema complemento
O sistema complemento é o conjunto de
aproximadamente 30 proteínas plasmáticas que
podem ser ativadas através de uma reação em
cascata, isto é, cada componente ativado pode ativar
outro componente do sistema complementar.
As ptn são produzidas por heátocitos, monocitos,
macrofagos, células epiiteliais dos tratos
gastrointestinais e geniurinário O SC são um conjunto de ptn termolábeis presentes
● Tem múltiplas funções tanto na imunidade inata ou
no plasma que aumentavam a opsonização da
adquirida bactéria pelos anticorpos e permite estes matam a
● As proteínas do sistema complemento são
bactéria. Daí o nome complemento (complemento à
encontradas no soro normal. atividade bacteriana do anticorpo)

O plasma contém fibrinogênio e o soro não

● Pode ser ativado por meio de três via diferentes:


são duas vias relacionadas a imunidade inata, a via
alternativa e via das lectinas e adaptativa, a via
clássica
● As vias inatas são ativadas pelo reconhecimento de
Três vias de ativação do SC
padrão molecular associada a patógenos (PAMPs)
microbianos
● A via clássica é ativada por anticorpos ligados aos

antígenos estranhos.

●Os componentes do sistema complemento,


especialmente C3b, liga-se covalentemente aos
microorganismos invasores e os opsonização
● Os componentes do sistema complemento podem

formar um complexo terminal proteico e abrir orifícios


nesses organismos complexos de ataques a
membrana.
Característica gerais
●Estimula a inflamação pela liberação do potente
Nomenclatura das ptns: Letra C seguido do número.
quimiotático C5a.
Na via alternativa de ativação do C, os componentes
●As deficiências de alguns componentes do sistema são denominados por letras, B,D e P.
complemento levam ao aumento da susceptibilidade - A medida que vai ocorrendo a ativação,
à infecções. fragmentos são gerados, sendo que os
fragmentos maiores recebem denominação b
e os menores a, por exemplo C4B e C4a.
- A partir de c3: identifico a vida clássica

Funções do SC
1. Aumenta a fagocitose e promove
opsonização.
2. Potencializa a inflamação (c3a, c5a, c4a) - são
anafilatoxinas - faz a vasodilatação
Ativação da via clássica
3. Remoção de complexos imunes
● C1: primeira ptn da via clássica e pra ela ser ativada

deve existir o anticorpo ligado ao antígeno


Consequências biológicas da ativação do sistema
● IgG e igM são as classes de AC com maior
Complemento
capacidade de fazer fixação do SC.
● C2A aumento da permeabilidade vascular
● igG4, igA, igE, e IgD não ativam o SC
● C3a e C5a libera mediadores de mastócitos,

eosinófilos, e basófilos, extravasamento e quimiotaxia


Ativação da via alternativa
de leucócitos
● Como acontece? Quando proteínas do sistema ● iC4b, C4a - opsonização

complemento são ativadas nas superfícies dos ● C5b67 - quimiotaxia de leucócitos

patógenos pelos PAMPs. Não depende de anticorpos ● C3b - regulação imune, opsonização, neutralização

viral, solubilização e eliminação de complexos imunes.


Tem 3 fatores para ativação
1- fator b: pré ativador de C3
Deficiência do sistema complemento
2- fator D: enzima que existe no organismo na forma
c1, c2 ou c4: aumento da susceptibilidade à doença
ativada e cliva o fator b, formando Bb
autoimune. Risco aumentado de infecções por
3- properdina: é uma das ptns reguladoras da via
bacterias piogenicas
alternativa, sendo sua principal função estabilizar a
convertase. properdina, fator B ou D: Infecções piogênicas
Esses componentes ativam a via alternativa C5b- C9: infecções recorrentes por Neisseria
através da ligação de uma ou mais moléculas de
Deficiência do fator H: Ativação descontrolada da via
c3b na sua superfície.
alternativa: depleção de c3. - Síndrome hemolítica
urêmica.
Ativação da via lectina
Os ativadores são resíduos terminais de manose C3: falha na função fagocitaria, falha na montagem de
expressos por bactérias, fungos e leveduras uma resposta imune adaptativa normal, maior
- ativada na ausência de anticorpos susceptibilidade a infecções recorrentes.
- ativação: patógenos com resíduo de manose
liga-se a MBL. A MBL complexada com
proteases associadas a manose (MASPs), cliva
c4 e c2 para formar c4c2a (c3 convertase).
Complexo principal de histocompatibilidade
Células apresentadoras de aníigenos: Macrófago,
células dentriticas e linfócitos T

(MHC) e o papel das células apresentadoras de As moléculas de MHC classe I são encontradas em
todas as células nucleadas. Sua função é apresentar
antígenos (APCs) antígenos endógenos para os linfócitos T CD8+. Já o
de classe II, são encontradas nas células
apresentadores de antígenos profissionais, ou seja,
Apresentação e reconhecimento de antígenos células dentriticas, macofagos e linfócitos B. Sua
As células apresentadoras de antígenos usam função é apresentar antígenos exógenos para os
receptores denominados moléculas do complexo linfócitos T CD4+.
principal de histocompatibilidade (mhc) para ligar a
apresentar os antígenos. A região de classe III contém uma mistura dos genes
que codificam componentes do sistema complemento.
- Processamento e apresentação do antígeno
são processos que ocorrem no interior da Quais são as moléculas que podem desencadear uma
célula e que resultam na fragmentação de resposta imune específica?
proteínas (proteólise), associação dos A resposta imune inata é desencadeada pela
fragmentos com moléculas do MHC, e reconhecimento de pamps
expressão das moléculas "peptídeo-MHC" na Com isso há o desenvolvimento de uma resposta
superfície onde elas poderão ser reconhecidas inflamatoria , com mobilização de celulas agociticas
pelo receptor de célula T na célula T. Embora proteja o organismo nem sempre garante a
Entretanto, a etapa que leva à associação de resistência à infecção.
fragmentos de proteína com moléculas de O reconhecimento de outras moléculas estranhas, que
MHC diferem no MHC classe I e classe II. não PAMPS, poderia promover uma resposta imune
Moléculas de MHC classe I apresentam mais potente.
produtos de degradação derivados de Uma resposta de defesa ideal deveria aprender com a
proteínas intracelulares (endógenas) no citosol. experiência e, após de um determinado tempo,
Moléculas de MHC classe II apresentam desenvolver procedimentos mais eficientes de
fragmentos derivados de proteínas combate a invasões subsequentes - anticorpos de
extracelulares (exógenas) que estão memória
localizadas em um compartimento intracelular. Essa resposta adaptativa é a função do sistema imune
adquirido.
As moléculas de mhc são codificadas por genes
localizados no complexo principal de Imunógeno: agente capaz de induzir resposta
histocompatibilidade. imunológica
Antígeno: agente capaz de se ligar especificamente a
componentes da resposta imunológica.

Todo antígeno é capaz de induzir uma resposta imune


adaptativa?
Fatores que afetam a imunogenicidade de um
antígeno: Estranheza - “self” / “non-self”, Tamanho
(quanto maior a molécula), maior ingenuidade,
complexo estrutural, estabilidade estrutural,
estabilidade química, dose; via de administração e
genética do hospedeiro

As moléculas clássicas são altamente polimórficas, ou Haptenos: moléculas pequenas, incapazes de


seja, demonstram uma enorme gama de variações estimular a imunogenicidade. Porém, quando ligadas a
estruturais hereditárias, o que permite que cada um moléculas maiores, como proteínas conseguem
animal responda ao grupo diferente de antígenos. desencadear a resposta imune
Epítopos ou determinantes antigênicos Duas cadeias: alfa e beta
Parte do antígeno reconhecida especificamente pelo
sistema imune Aspectos o MHC
Uma mesma molécula possui vários epítopos ● As moléculas de mhc são ligadas a membrana

diferentes celular
- Lineares: reconhecidos mesmo quando há ● O reconhecimento pelos LT requer um contato

desnaturação proteica célula- célula


- Conformacionais ● Peptídeos do citosol associaram-se a MHC Classe I e

são reconhecidos pelos Lt citotóxicos


Como ocorre o reconhecimento desses antígenos ● Peptídeos de vesículas associam a MHC classe II e

pelas células da resposta adaptativa? são reconhecidos pelo LT helper


Linfócito B - humoral ●Um peptídeo deve estar associado ao mhc do
Reconhecimento de antígenos nativos através de indivíduo pois no contrário, a resposta imune não vai
moléculas de imunoglobulinas na superfície da célula ocorrer.
B
●Linfócitos T maduros devem ter um receptor que vai
- Epitopos lineares e conformacionais
reconhecer o peptídeo associado ao MHC.

Linfócitos T- Celular ●Cada molécula de MHC tem somente um sítio ligante,


Reconhecimento de antígenos degradados assim diferentes peptídeo podem se ligar a uma
apresentados pelas proteínas de classe do MHC mesma molécula de mhc, porém somente uma vez
presentes na superfície celular (ligações degenerado)
- Epitopos lineares
Moléculas de MHC e doenças
Ao contrário dos anticorpos ou receptores de
Os alelos do MHC determinam a susceptibilidade a
celular B, os receptores de células T somente
doenças infecciosas e autoimunes
reconhecem o antígeno que for processado e
- deficiências das moléculas do MHC levam a
apresentado pelo compõem e a
maior susceptibilidade a infecções.
histocompatibilidade principal.
- A variabilidade genética aumenta a gama de
Ag reconhecidos.
Objetivo da faogcitose
Destruir os antigos através das enzimas hidrolíticas e
………………………………………………….………………………………………………….
compostos tóxicos. Ao apresentar o Ag e apresentá-lo
ao LTH a fim de induzir a resposta aferida. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Funções das células apresentadoras de antígenos: ………………………………………………….………………………………………………….
● Endocitar antígenos
………………………………………………….………………………………………………….
● Fragments ro antígenos em pequenos peptídeos
………………………………………………….………………………………………………….
● Ligar os péptidos ao MHC

● Ativar os linfócito virgens


………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Moléculas de MHC clase I ………………………………………………….………………………………………………….
se divide em: ………………………………………………….………………………………………………….
- Classe la - polimórficas ………………………………………………….………………………………………………….
- Classe I - não polimórficas
………………………………………………….………………………………………………….
1. classe lb, lc, ld
2.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Moléculas de MHC clase II
Resposta imune humoral
Hospedeiro infectado- Resposta adaptativa
- É mais especializada
- Resposta tardía contra microorganismos invasores
- É um tipo de defesa específica
- Baseada na produção de imunoglobulinas

Visão geral da imunidade adaptativa


1. Células dendríticas processam o antígeno e
apresentam esse antígeno aos linfócitos T (ou
T helper) auxiliares nos linfonodos
2. Linfócitos T auxiliares irão lberaritocinas que
tornaram efetores linfócitos naive B ou T Tipos de imunoglobulinas
3. Plasmócitos (linfócitos B ativados) ou linfócitos São divididas em 5 classes: IgM, igG, IgA, IgE, IgD
T citotóxicos irão responder à infecção - IgG1: principal igg do soro - ativa o
produzindo anticorpos ou indo até a célula complemento
infectada e a destruindo junto com o invasor. - IgG2: resposta a antígenos polissacarídeos
- IgG3: resposta secundária, neutralização viral

Defesas adaptativas celulares (humoral e celular) IgG ………………………………………………………………………………….


● Humoral: mediada pelo linfócito B
Mais comum, sugere de 4 a 6 semanas de exposição,
● Celular: linfócito T
transplacentária
● TCD4 - produção de citocinas

● TCD8- célula T killer


Aumenta em: infecções granulomatosas crônicas,
infecções de todos os tipos, hiperimunização, doenças
Antígeno hepáticas, disproteinemia e outros...
Substância que evoca a formação de anticorpos em Diminui em: agamaglobulinemia, aplasia linfóide,
um animal que é imunizado com esse antígeno deficiência seletiva de IgG, IgA, mieloma de IgA,
específico. proteinemia de bence jones, leucemia linfocítica
Determinantes antigênicos ou epítopos: são crônica
estruturas moleculares que são imunogênicos e que
são reconhecidas pelos anticorpos. IgM ……………………………………………………………………………...
Primeira imunoglobulina produzida pelo feto, primeira
Imunoglobulinas imunoglobulina que aparece após a imunização ou
Moléculas produzidas pelo linfócito B que possui infecção.
especificidade única. É composta por 5 monômeros

Estrutura básica do anticorpo IgA ……………………………………………………………………………...


- Composto por quatro cadeias polipeptídicas Encontrada nas superfícies de mucosas e secreções
- Dois sítios de ligação do antígeno extracelulares (imunoglobulinas de porta de entrada).
- Cadeias unidas por pontes de sulfetos
- Duas cadeias: leves e pesadas IgE …………………………………………………………………………….
- Cada cadeia tem um domínio e ele é variável e Ativa síntese de mediadores peptídicos da
um constante. hipersensibilidade
Ativa a degranulação dos mastócitos e basófilos
Produção: Pelos linfócitos B, inicialmente ele se Presentes em
transforma em plasmócito e depois em linfócitos B de
memória IgD ……………………………………………………………………………..
Presente em pequenas quantidades o soro, está
presente na superfície dos linfócitos B imaturos como
receptor de antígeno
Aumenta em: infecções crônicas, mielomas de IgD.
Anticorpos monoclonais AA
● Os antígenos são um mosaico de determinantes

antigênicos
Linfócitos
● Anti-soro policlonal
● Encontrado em órgãos linfóides, no sangue
● Anticorpos monoclonais são anticorpos altamente
espalhados sob as superfícies mucosas
específicos, preparados de um único clone de linfócitos
● Podem ser identificados por suas moléculas de
purificados que atua contra um epítopo específico.
superfície, característica e comportamento
● Diversas subpopulações pode ser identificadas pela
Produção:
análise de seu fenótipo
1. seleção do antígeno
2. Imunização do animal
Tipos de linfócitos
3. Fusão de linfócito esplênicos com células de
Receptores celulares CD (grupamentos de
mieloma (célula cancerosa que se multiplica)
diferenciação)
4. Formação de híbridos produtos de anticorpos
● Linfócitos T
5. Clonagem de híbrido mais isolados desejados
- T citotóxicos (CD8+)
6. Triagem de anticorpos através de técnicas
- Th1: estimula a resposta citotóxicas
seletivas
- Th2: estimula a resposta humoral - produtora
7. Produção em massa dos anticorpos
de anticorpos
desejados.
- Th17 : regulam a inflamação
- Tregulador : regulação negativa
Interações Ag- Ac
● Linfócitos B

O anticorpo reconhece a estrutura bacteriana e faz a ● Células NK

ligação antígeno- anticorpo (nesta ligação pode ter


ligação não covalente e reversíveis)

Características das interações Ag- Ac:


- Afinidade: força de interação entre um único
sítio de ligação Ag- Ac (em um único epítopo).
- Avidez: força de interação total entre o Ac e
Ag, é a soma das afinidades de todos epítopos
envolvidos.
- Especificidade: Habilidade de reconhecer
- Reação cruzada: dois antígenos diferentes
apresentam epítopos estruturalmente
semelhantes ou Ac específicos para um
epítopo se liga a um epítopo não relacionada,
mas , com propriedades químicas similares.

………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Linfócito B - neutralização, fagocitose, ativação do
………………………………………………….…………………………………………………. sistema complemento > humoral
………………………………………………….…………………………………………………. Linfoco T auxiliar - ativação dos macrfagos,
infalamção, atiação dos linfócitos B e T > celular
………………………………………………….………………………………………………….
Linfócito T citotóxicos - destruição da célula infectada
………………………………………………….…………………………………………………. > celular
………………………………………………….…………………………………………………. Linfócito t regulador - supressão da resposta
………………………………………………….…………………………………………………. imunológica > celular
………………………………………………….…………………………………………………. célula assassinas naturais - destruição da célula
infectada > inata
………………………………………………….………………………………………………….
Expansão clonal 2. Endocitose do antígeno mediada por receptor
1. Os clones de linfócitos amadurecem nos 3. Processamento e apresentação do antígeno
órgãos linfóides na ausência de antígenos 4. Reconhecimento da célula T do antígeno.
2. Os clones maduros específicos para diversos peptídeo processado e dos co-estimuladores
antígenos entram nos tecidos linfóides
3. Os clones específicos para determinado Ativação dos linfócitos B mediadas por células T
antígeno são ativados pelo antígenos auxiliares
4. Ocorrem respostas imunológicas específicas
para o antígeno

A seleção positiva e negativa dos linfócitos na


maturação evita a autoimunidade.
A seleção positiva tem baixa afinidade com antígeno
próprio e a seleção negativa, alta afinidade com o
antígeno próprio.
Resposta imune celular
● Moléculas de reconhecimento sensibilizam a
Ativação dos linfócitos
1. entrada de agentes infecciosos membrana dos linfócitos T (pelas APC)
● Os linfócitos sensibilizados são efetores nos casos de:
2. célula apresentadora de antígeno
3. captação de antígenos no tecido pela linfa - Hipersensibilidade do tipo tardia
4. ativação de linfócitos e início das respostas - Rejeição de transplante
imunes adaptativas - Reação do transplante contra o receptor
5. migração de células efetoras e transporte de - Resistência por parte dos tumores
anticorpos através do sangue para o sítio da - Imunidade contra inúmeros agentes
infecção. bacterianos e virais
- Certas doenças auto-imunes
Tipos de resposta humoral - Nos fenômenos de citotoxidades
● T dependente: resposta a ag proteicos, depende do

linfócito T auxiliar. ………………………………………………….………………………………………………….


● T independente: resta a ag polissacarídeos, lipídios ………………………………………………….………………………………………………….
e outro ag não proteicos, não há envolvimento com o ………………………………………………….………………………………………………….
linfócito auxiliar *não se ligam a moléculas do MHC)
………………………………………………….………………………………………………….
Estimulação de anticorpos via Th ………………………………………………….………………………………………………….
- Se liga a antígenos proteicos vía MHC II. ………………………………………………….………………………………………………….
- Produz interleucina 4 para ativar o LB. ………………………………………………….………………………………………………….
- Linfócito B apresenta antígeno e se liga por ………………………………………………….………………………………………………….
CD28.
………………………………………………….………………………………………………….
- Ig dos LB é um receptor de alta afinidade.
- LB se ligam a um antígeno protéico e todos ………………………………………………….………………………………………………….
estão apresentados para o LT. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Estimulação via antígeno ( t independente) ………………………………………………….………………………………………………….
- Só se lia a antígeno não proteicos
………………………………………………….………………………………………………….
- Ligação de antígenos as igM e igD
transmembrana ………………………………………………….………………………………………………….
- Não utiliza o mhc como ligação ao linfócito ………………………………………………….………………………………………………….
- Realiza mudança de classe ………………………………………………….………………………………………………….
- Faz maturação da afinidade ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Apresentação do Ag pelos linfócitos B para células T
auxiliares ………………………………………………….………………………………………………….
1. Reconhecimento da célula B do antígeno ………………………………………………….………………………………………………….
protéico nativo ………………………………………………….………………………………………………….
Reações de hipersensibilidade Sintomatologia
Ativação dos mastócitos tem diferentes efeitos nos
diferentes tecidos.
Resposta imune exagerada, que trazem danos ao
● Gastrintestinal: diarreia, vómitos
invés de benefícios ao hospedeiro. Classificados como :
● Vias aéreas: edema e secreção mucosas nas
I, II, II e 4. As 3 primeiras são mediadas por anticorpos e
passagens nasal. Congestão e bloquear as
a quarta é de base celular.
vias aéreas
● Vasos sanguíneos: líquido aumentado nos

tecidos, causando aumento do fluxo de linfa


até os linfonodos, aumenta as célula e ptn dos
tecidos e aumenta a resposta efetora na
região
Tipo I …………………………………………………………………..
Reação de tipo imediata- alergia
Tipo II …………………………………………………………...
● O antígeno é denominado alérgeno, e de modo geral,
É desencadeada pela interação Ag- Ac, onde o
não causa danos ao organismo.
antígeno pode ser uma célula ou tecido.
● Principal fator desencadeante: genética
● São mediadas por anticorpos das classes IgG e IgM,
● Os sintomas dependem do sítio de contato
que reconhecem moléculas na superfície de células ou
● Este tipo de reação ocorre quando o indivíduo tem
tecidos específicos do próprio organismo, havendo
predisposição a formar IgE no lugar de IgG na
destruição celular pela via clássica do sistema
resposta secundária.
complementar.
Ex: anemia hemolítica por transfusão de sangue
Desencadeada pela degradação de mastócitos,
incompatível, doença hemolítica do potro
liberação de histamina que leva as manifestações
recém-nascido.
clínicas da hipersensibilidade do tipo I. Altas
concentrações em pele e superfícies de membrana
Induzida por agentes exógenos - anemia hemolítica
mucosas.
imunomediada
Nas infecções antígenos de patógenos + hemáceas =
1. Fase sensibilização: contato alérgico,
alteram as hemácias tornando-as alvos do sistema
apresentação de Ag, indução de resposta,
imune (fixação de complemento e/ou fagocitose por
produção de IgE, sensibilização dos
células mononucleadas).
mastócitos,
2. Fase efetora: degranulação de mastócitos e
Tipo III ……………………………………………………….
liberação de mediadores inflamatórios.
Acontece através dos antígenos solúveis
● Causada pelo depósito de complexos Ag- Ac em
Ações dos mediadores inflamatórios
tecidos.
Histamina
- principal mediador pré-formado
- Liga-se a receptores presentes em diferentes
tipos celulares
- Atua sobre: células do músculo liso
(contração), células endoteliais (aumento da
permeabilidade vascular e vasodilatação),
células epiteliais da mucosa (aumento da
produção de muco)
TNFa
Ativa células endoteliais a expressarem moléculas
para adesão de leucócitos
Citocinas
- IL4, IL3 - estimula e amplifica a resposta de Th
2
- IL3, IL5, GM-CSF - proliferação e ativação de
eosinófilos.
Vasculite imunomediada Estagios de uma reação de hipersensibilidade tardia
1. O antígeno é injetado no tecido subcutâneo e
processado pelas células locais
apresentadoras de antígenos.
2. Uma célula efetora reconhece o antígeno e
libera citocinas, que agem sobre o endotélio
vascular
3. O recrumamento de fagocitos e plasma para
o local da injeção de antígeno produz uma
lesão visível.

Tipo IV ………………………………………………………………………………….
Não há movimento do complexo Ag - Ac, por isso é
denominada de base celular ou hipersensibilidade do
tipo retardada.
● O termo retardada se contrapõe ao imediato do tipo

I, e está relacionado ao período de 48/72 horas,


necessário para o estabelecimento do processo. Essa
demora está relacionada ao fato de que, em geral,
ocorre em regiões não muito vascularizadas, e a
migração de células é bem mais lenta do que a
dispersão de Acs.
● A interação ocorre entre o Ag e o linfócito T e
………………………………………………….………………………………………………….
macrófagos e/ou monócitos. O linfócito T citotóxico
(Tc) causa dano celular direto enquanto o T ………………………………………………….………………………………………………….
colaborador (Th) libera citocinas que ativam o Tc, ………………………………………………….………………………………………………….
macropagos e monócitos. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
A formação do granuloma significa persistência ao Ag,
………………………………………………….………………………………………………….
por características estruturais como por exemplo,
parede lipídica que dificulta a fagocitose, e a formação ………………………………………………….………………………………………………….
de histiócitos circundados por linfócitos Th1 ativados. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Tipos de vacinas

promoção da imunidade
Soros hiperimunes: preparos em espécies homólogas
ou heterológico (frequentemente - cavalos)

Atenuada (vivas)
Produção de soro antiofídico ● Via de administração oral ou parenteral

● Quantidade baixa de microsongamiso

● Sem adjuvante

● Duração da imunidade longa

● Anticorpos IgA e IgG

● Com resposta celular

● Efeitos colaterais: sintomas brandos da infecção

● Baixo custo

Inativadas (mortas)
● Via de administração parenteral

● Quantidade baixa de microrganismo

● Com adjuvante
Problemas na imunidade passiva
● Duração a curta prazo
Soros são constituídos por anticorpos de cavalos para
● Anticorpos IgG
serem usados em espécies de heteróloga. Essas igs
● Sem resposta celular, apenas humoral
são tratadas com pepsina para descrição da porção
● Efeito colateral: dor no local da aplicação
Fc, enquanto a porção da molécula da Ig necessária
● Alto custo
para neutralizar a toxina é mantida intacta para
reduzir reações de hipersensibilidade.
Vacinas com microorganismo vivo
1. Vacinas com microorganismo patogênico
● Probabilidade de ocorrência de hipersensibilidade
2. Vacinas com microrganismo de outra espécies
dos tipos i (Anafilático) e III (doença do soro)
3. Vacinas de microorganismos atenuados: Vírus
● Inferência a proteção ativa contra o mesmo antígeno
de interesse > amplifica > passagem em
usado por ex. como vacina.
células de animais heterólogos para atenuar o
vírus > aplicação do vírus no animal com
O que se espera de uma vacina?
resposta celular e humoral.
Prevenir a infecção, prevenir a doença clínica, ser
protetora para mãe, feto e neonato, ser livre de reação
Vacinas com microrganismo morto
adversa.
Também chamadas de não replicativas, limitada ao
Estável, ter baixo custo, aceitável para vacinação em
estímulo de RI humoral
massa, gerar uma resposta forte e duradoura
● Inativadores, mais conus: formaldeído, propiolactona,

derivados de etilenoimina
● Necessita de reforços

● Necessita de adjuvantes
● Boa opção quando não se consegue atenuação do
agente
● Permite vacinas gestantes Reações adversas: Nem todo sintoma pós vacinação
● Pode ser utilizado em imunocomprometidos.
é uma reação vacinal, a maioria das reações vacinais
são brandas e transitórias
Métodos de inativação:
Físico (calor, UV, Rx, Raios gama) e químicos ( etanol,
Imunidade adquirida passiva
óxido de etileno, beta-propiolactone…)

Desvantagens: Somente imunidade humoral repetidas


doses, custo mais elevados, bactérias inativadas
podem causar inflamações.

Elege a proteína > purifica e identifica os epítopos >


sintetiza os peptídeos > usa a proteína para vacinar o
animal

Proteínas recombinantes
1. PCR do antígeno de interesse.
2. Clonagem em vetor de expressão ara bactéria
levedura, células
3. Transformação de bactéria, levedura com o
plasmídeo
4. Purificação do antígeno recombinante e
adição de adjuvantes.

Vacinas conjugadas
Utilizam porção do microorganismo geralmente Imunidade adquirida Ativa
carboidrato conjugado a uma proteína carreadora.
Vantagem: segurança pois não tem o microorganismo
e desvantagens a baixa imunogenicidade natural.

Adjuvantes mais comuns:


● Sais inorgânicos

● Adjuvante de Freund

● LPD bacteriano

● Lipossomos

Erros em resposta à vacinação

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…………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….……………………………
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…………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….……………………………
…………………….………………………………………………….……………………………
……………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………..
Protozoários …………………………………………………………….
Imunidade contra parasitos e A adaptação ocorrida entre protozoários e
hospedeiros é refletida no compartilhamento de

vírus citocinas entre ambos - sucesso de adaptação.


Em geral, as respostas imunes mediadas por
anticorpos protegem contra os protozoários
Contra parasitas: extracelulares, enquanto as mediadas por células
● Protozoários: leishmania, toxoplasma, trypanosoma, controlam os protozoários intracelulares.
neospora spp…
● Helmintos: Cooperia, Ostertagia, Trichuris…..

● Artrópodes: sarna demodécica, sarna sarcóptica,

dermatite por picada de pulgas, infestações por


carrapatos, infecções de moscas…

Parasitas ……………………………………………………………………………...
Capazes de evitar a resposta imune do hospedeira por
tempo suficiente, no mínimo, para ocorrer sua
reprodução parasitária. Um parásito bem sucedido irá
regular a resposta imune do hospedeiro para
permitir a sobrevivência e ao mesmo tempo
permite que outras respostas aconteçam O fator de crescimento epitelial e interferon gama
prevenindo a morte do hospedeiro por outras podem potencializar o crescimento do trypanosoma
infecções. brucei, enquanto a interleucina-2 e o fator
estimulador das colonias de granulocitos e
Muitos parasitas utilizam vias metabólicas ou vias de macrofagos pode proover o crescimento da
controle do sistema imune do hospedeiro para seus leishmania amazonensis
próprios propósitos.
Imunidade inata
Imunidade inata O mecanismo de resistência inata aos protozoários
● Evitam o reconhecimento por células sentinelas
são parecidos com aqueles que previne invasões
● Bloqueiam a ativação do sistema complemento
bacterianas e virais, embora a influência da espécie
● Consegue eitar a fagocitose por neutrofilos e
tenha um significância muito maior, existe adaptação
macrofagos entre espécies.
● Interferem na sinalização da células sentinelas de

defesa Imunidade adquirida


● Assim como outros invasores, os protozoários
● Conseguem degradar peptídeos antimicrobianos

● Conseguem manipular o meio intracelular das


estimulam tanto as resposta imunes mediadas por
células sentinelas de defesa anticorpos como células
● Conseguem bloquear a função da células NK ● Em geral, os anticorpos controlam os número de
parasitas no sangue e fluidos teciduais, enquanto as
Imunidade adquirida respostas mediadas por células são direcionadas
● Conseguem bloquear o reconhecimento e o amplamente contra parasitas intracelulares.
procedimento do antígeno ● A imunidade protetora contra os protozoários
● Conseguem interferir na maturação e sinalização
Apicomplexa, é normalmente mediada por respostas
dos linfócitos Th1 - resposta celular com ativação de linfócitos
● Realizam variação antigênica
TCD8+ e ativação de macrófagos em M1 (produção de
● Afetam a regulação da imunidade adquirida de
óxido nítrico - letais para protozoários intracelulares
forma a prejudicá-la em geral).
- As respostas mediadas por Th1 que resultam
na ativação de macrofagos são importantes
em muitas doenças causadas por
protozoários, nos quais os organismos são artrópodes parasitas. A quitinase é produzida por
resistência à destruição intracelular mastocitos, macrofagos, eosinófilos e neutrófilos.
Células T na erradicação de infecções Imunidade adquirida
● Respostas mediadas por células Th2 são a resposta

normal protetora aos heleno parasitas. Aqueles que


não conseguem controlar a sua carga parasitária e
tornam-se conhecimento incentivados montam uma
resposta TH1.

● Para o sistema imune combater, eles devem


empregar células que podem destruir a cutícula
intacta ou atacar através dos pontos fracos na sua
superfície como seu trato digestivo.
●Eosinoiflos, neutrófilos e macrofagos sao defensores
chave contra larvas migratórias, cobertas por IgE.
●Apesar da resposta mediadas por eosinófilos
Evasão da resposta imune em protozoários
dependente de IgE ser provavelmente o mecanismo
Apesar de sua antigenicidade, os protozoários
mais significativo, outras imunoglobulinas também
parasitas conseguem sobreviver em seu hospedeiro
podem desempenhar papel protetor. Os mecanismos
utilizando múltiplos mecanismos de evasão
envolvidos incluem neutralizaçao mediada por
adquiridos ao longo de milhões de anos de evolução.
anticorpos da proteases larvares, o bloqueio dos
Uma delas envolve torna-se menos antigénio, e a
poros anal e oral da larva por imuncomplexos, a
outra envolve a capacidade de alterar antígenos de
prevenção da muda e a iniciação do
superfície rápida e repetidamente (evasão da
desenvolvimento larval por anticopos direcionados
imunidade adquirida).
contra antigenos da cutícula
Principal deles - sobrevivência em macrófagos, entre
outros mecanismos…
● Os antígenos dos vermes estimulam a resposta Th2
e as Th1 podem ser de uso benéfico protetor. No
Helmintos ………………… ……….
entanto, o linfócitos T citotóxico pode atacar
Parasitos obrigatórios completamente adaptados ao helmintos que estavam profundamente embebidas na
hospedeiro, cuja sobrevivência depende do encontro mucosa intestinal ou que estejam fazendo migração
de algumas forma de acomodação no hospedeiro tecidual
De forma geral, eles não se replicam no interior do
hospedeiro, assim o nº presente em um indivíduo será Evasão da imunidade por helmintos
o mesmo dos parasitos que tiveram acesso ao Os verme possuem uma cutícula espessa que
hospedeiro. protege contra danos causados pela maioria das
células protetoras. Entretanto, os eosinófilos parecem
ser os únicos capazes de causar namos e destruir
helmintos.
Os helmintos são mais suscetíveis ao ataque durante a
migração dos tecidos, assim, a maioria das estratégias
O tamanho da carga parasitária no hospedeiro é
de evasão funciona no estágio larval. Os mesmos se
controlado por fatores genéticos e pela resposta do
adaptam de forma eficaz para sobreviver e funcionar
hospedeiro a esses parasitas. Alguns animais podem
na presença de um sistema imune totalmente
ser predispostos a uma infecção como fatores
funcional no hospedeiro.
genéticos, comportamentais, nutricionais e
ambientais
Os helmintos que vivem nos tecidos podem reduzir a
sua antigenicidade pela absorção de antígenos do
Imunidade inata
hospedeiro em sua superfície e mascarando os
● Fatores inatos de origem no hospedeiro que
antígenos parasitários.
influenciam a carga de helmintos incluem idade, sexo
Outro mecanismo de evasão é o uso da variação
e princialemnte antecendentes geneticos
antigênica sequencial . Alguns parasitas interferem
● A quitina é abundante nas cutículas de helmintos e
com o processamento de antígenos.
exoesqueletos de artrópode e as quinases
desempenham um papel na resistência a helmintos e
1. Fase intracelular (replicação): morte celular,
ativação de nucleases - destruição do material
genético, secreção de IFN- Y.
Artrópodes ……………………………………………………………………………………….. 2. Resposta mediada por células NK:
Imunidade aos artrópodes parasitas como carrapatos reconhecimento de células com baixa
e pulgas também parece ser função da resposta TH2 expressão de MHC-1 liberação de perforinas e
granzimas
Sarna demodécica 3. Fase extracelular (antes da infecção ou apos
Animais com sarna demodécica generalizada a lise): Impede a entrada e adesão do vírus,
apresentam função normal de neutrófilos e opsonização (fagocitose) e ativação do
respondem normalmente à vacinas, porém há complemento que melhora a opsonização a
disfunção da ação de linfócitos T citotóxicos com a lise do envelope viral
formação de granulomas e dermatite alérgica de
contato no local onde se encontra o ácaro. Resposta imune humoral
● Os capsídeos virais e as proteínas do envelope são

antigênicos, tanto que grande parte das respostas


Imunidade contra vírus imunológica antivirais é dirigida contra esses
componentes
● Os anticorpos podem impedir a invasão celular

bloqueando a adsorção dos vírions às células alvo,


estimulando a fagocitose dos vírus, desencadeando a
virose mediada pelo sistema complemento ou
causando o agrupamento dos vírus que reduz o
número de unidades infecciosas disponíveis para
invasão celular.
- A ligação com anticorpos não destrói os vírus,
já que o rompimento dos complexos
vírus-anticorpos pode liberar vírus infecciosos.

Resposta imune celular

Vírus são:
● Microrganismo intracelulares obrigatórias.

● Existencia ameaçada por sua destruição pelo

sistema imunológico ou pela morte dos hospedeiros.


● Os vírus e seu hospedeiro foram sujeitos a um

rigoroso processo de seleção e adaptação


● São selecionados por sua habilidade em escapar

defesas imunes do hospedeiro ao mesmo tempo em


que os animais são selecionados por sua resistência
às doenças causadoras e patógenos
● Um hospedeiro muito competente é o principal alvo

para a próxima geração do vírus …………………….………………………………………………….……………………………


● As doenças virais tendem a ser letais quando o vírus …………………….………………………………………………….……………………………
encontra pela primeira vez sua espécie hospedeiro ou …………………….………………………………………………….……………………………
infecta a espécie errada.
…………………….………………………………………………….……………………………
● Uma vez que o vírus e seus hospedeiros tenham

interagido por muito tempo, a doença resultando a …………………….………………………………………………….……………………………


infecção tende a ser cada vez mais branda. …………………….………………………………………………….……………………………
…………………….………………………………………………………………………………
Resposta imune contra vírus …………………….………………………………………………….……………………………
…………………….………………………………………………….……………………………
…………………….………………………………………………….…………………………… As células dendríticas apresentam antígenos
…………………….………………………………………………….…………………………… intracelulares aos linfócitos auxiliares TCD4 + do tipo
TH1, que produzem IFN y. Esta citocina irá ativar

Imunidade patógeno - específica macrófagos m1 a produzir bastante óxido nítrico e


outras moléculas similares para a destruição das

Bactérias e Fungos
bactérias intracelulares.
- Os linfócitos TCD8 são estimulados através
dos linfócitos auxiliares TCD4 + do tipo TH1 a
destruir os macrófagos infectados.
Imunidade contra bactéria toxigênicas
Nas doenças causadas por bactérias patogênicas,
Imunidade contra bactérias extracelulares
como os clostrídios ou o Bacillus Anthracis, a resposta
● A proteção contra bactérias invasivas costuma ser
imune deve não apenas eliminar as bactérias
mediada por anticorpos dirigidos contra os antígenos
invasoras, mas também neutralizar suas toxinas.
de superfície dos microorganismos.
● Para que a fagocitose seja eficaz, a superfície da
Botulismo - fontes de infecção:
bactéria deve estar recoberta por uma camada de
Conservas caseiras, mel, alimentos mal estocados,
opsoninas, que podem ser reconhecidas por células
contaminação de feridas.
fagociticas.
● Essas opsoninas incluem os anticorpos ou
Imunidade contra bactérias toxigênicas
componente C3b do sistema complemento, além das
opsoninas inatas como a lectina ligante de manose
(MBL)
● Os anticorpos atuam como opsoninas eficazes, uma

vez que ativam a via clássica do sistema


complemento.

Imunidade contra bactérias extracelulares


1. Os anticorpos contra os antígenos capsulares
(K) podem neutralizar as propriedades
antifagocíticas da cápsula bacteriana,
Imunidade contra bactérias toxigênicas permitindo sua destruição por fagócitos.
● Neurotoxina; 2. Nas bactérias que não que não possuem
● Anticorpos contra toxina; cápsula, os anticorpos dirigidos contra os
● Acetilcolina - neurotransmissor. antígenos O atuam como opsoninas.
3. A proteção também pode ser mediada pela
Imunidade contra bactérias intracelulares produção de anticorpos contra os antígenos
A principal característica das bactérias intracelulares é de pili F4 (k88) e F5 (k99) de Escherichia Coli.
a capacidade de sobreviver dentro dos macrófagos. 4. Nesse caso, as imunoglobulinas podem
As bactérias podem migrar de uma célula para outra interferir na expressão desses antígenos após
sem se expor ao fluido extracelular por meio de a supressão dos pili de aderência, essas cepas
protusões ocasionadas na membrana pelo de E. coli não podem se ligar À parede
citoesqueleto. intestinal e, assim, deixam de ser patogênicas.

Imunidade inata contra bactérias intracelulares


Imunidade contra bactérias extracelulares
● A proteção contra as bactérias intracelulares é

mediada pelos macrófagos M1 ativados.


● O IFN produzido pelos linfócitos T CD4 do tipo TH1

aumenta a produção de citocinas pró inflamatórias


como TNF-A, Il-6, Il-1 e Il-2 liberadas pelas células
sentinelas nas imediações da liberação do IFN

Imunidade adquirida contra bactérias intracelulares


● A imunidade celular costuma ser necessária para o
controle das bactérias intracelulares.
● Macrófagos ativados podem impedir o crescimento

desses microorganismos.
● Síntese de IFN- Y por linfócitos Th1 leva a ativação

dos macrófagos.
● Macrófagos M1 podem restringir ou curar as

infecções.
● Se a respostas imune contra essas bactérias

estourar os linfócitos Th2 de maneira inadequada, não


haverá desenvolvimento de imunidade mediada por
células e haverá geração geração de macrófagos M2
(produção de granulomas), levando a uma doença
Bactérias extracelulares
progressiva e crônica.
● As infecções causadas por bactérias extracelulares

são as mais frequentes. Nesses casos os mecanismos


Evasão da imunidade bacteriana
de defesa estão relacionados com as barreiras
● A chave para o sucesso da invasão microbiana é a
naturais do hospedeiro, a resposta imune inata e a
evasão das respostas imunes inatas
produção de anticorpos.
● As bactérias empregam um conjunto muito variado
● A integridade das peles e das mucosas impede a
de mecanismos para impedir ou atrasar sua
aderência e a penetração de bactérias; o movimento
destruição.
mucociliar elimina bactérias do trato respiratório; O
● Algumas bactérias patogênicas interferem com as
pH ácido do estômago destrói bactérias que penetram
vias de sinalização dos receptores TLRs
pelo trato digestivo alto e na saliva e secreções
● Os métodos utilizados incluem a produção de PAMPs
prostáticas existem substância com atividade
modificados que não ativam TLRs
antimicrobiana.

Evasão da imunidade inata


A participação da imunidade inata ocorre através das
● Outra habilidade útil para uma bactéria é a
células fagocitárias, da ativação do sistema
capacidade de resistir a proteínas antibacterianas.
complemento pela via alternativa e da produção de
Muitas bactérias podem bloquear a fagocitose.
quimiocinas e citocinas (TNF - alfa, IL-1, IL-6).
● A aureolina, outra enzima estailicóica, é capaz de
● Adicionalmente a proteína C reativa, proteína de fase
destruir catelicidinas
aguda produzida principalmente por células hepáticas
● Algumas evitam seu reconhecimento pelos
nas infecções bacterianas, exerce ação variada contra
receptores das células fagoíticas.
as bactérias. Ao ligar-se aos fosfolipídios de
membrana de algumas bactérias a PCR atua como
Evasão da imunidade adquirida
opsonina, facilitando a fagocitose por neutrófilos.

Imunidade contra infecções fúngicas ……… ……..


Há 3 tipos principais:
- Infecções primárias por fungos que afetam a
pele ou outras superfícies, como as causadas
por Microsporum spp. Ou pela candida spp., e
Modificação da doença bacteriana por respostas provocam doenças como micoses ou
imunes candidíase.
- Infecções primárias por fungos dimórficos, que …………………….………………………………………………….……………………………
causam, principalmente, doenças respiratórias, …………………….………………………………………………………………………………
como histoplasma capsulatum, blastomyces
…………………….………………………………………………….……………………………
dermatite e Coccidioides immitis.
- Infecções secundárias em animais …………………….………………………………………………….……………………………
imunodeficientes, causadas por fungos …………………….………………………………………………….……………………………
oportunistas, como Mucorales e Pneumocystis …………………….………………………………………………….……………………………
spp. …………………….………………………………………………….……………………………
…………………….………………………………………………….……………………………
Mecanismos imunológicos inatos ou adquiridos
Os mecanismos inatos que são usados no combate a …………………….………………………………………………….……………………………
fungos invasores, influem na ativação da via …………………….………………………………………………….……………………………
alternativa do sistema complemento, que trai
neutrófilos; estas células, por sua vez, tentam destruir Imunologia e bem estar animal
as hifas ou pseudo-hifas do fungo.
● O padrões moleculares associados aos patógenos
Homeostase é a manutenção do meio interno do
fúngicos (os PAMPs de fungos) atuam por meio do
organismo, para uma série de sistema funcionais de
TLR2 ou de uma lectina presente na superfície celular,
controle
chamada dectina - 1 , estimulando síntese de IL-23.
● A citocina IL-23 ativa os linfócitos Th17. A IL-17
Estresse é o estado do organismo no qual, após a
produzida por esse sintético ativa os neutrófilos e as
ação de agente de qualquer natureza, o organismo
células endoteliais, promovendo a inflamação aguda.
responde com uma série de reações não específicas
de adaptação.
Imunidade adquirida
Uma vez estabelecidas, às infecção fúngica poderão
Agressões física, psíquica, infecciosa e outros são
somente ser contidas por mecanismos mediados por
capazes de perturbar a homeostase.
linfócitos Th1
● Dessa forma, algumas espécies de Aspergillus são

parasitas intracelulares facultativo e as doenças


fúngicas crônicas e progressivas estão comumente
associadas a defeitos na imunidade celular - linfócitos
T e células NK podem exercer um efeito citotóxico
direto sobre leveduras, como Cryptococcus neoforman
e Candida Albicans.

…………………….………………………………………………….……………………………
…………………….………………………………………………….……………………………
…………………….………………………………………………….……………………………
…………………….………………………………………………….……………………………
Modelo geral da resposta biológica
…………………….………………………………………………….……………………………
1. Primeira instância: o animal tentará evitar o
…………………….………………………………………………….…………………………… estímulo estressor
…………………….……………………………………………………………………………… 2. Segunda instância: luta ou fuga, estimula
…………………….………………………………………………….…………………………… sistema cardiovascular, gastrointestinal,
…………………….………………………………………………….…………………………… glândulas exócrinas, medula adrenal - curta
duração > sistema autônomo
…………………….………………………………………………….……………………………
3. Terceira instância: o eixo HPA apresenta
…………………….………………………………………………….…………………………… efeitos de maior duração. Afeta metabolismo,
…………………….………………………………………………….…………………………… comportamento, sistema imune e reprodução
…………………….………………………………………………….…………………………… > sistema neuroendócrino.
…………………….………………………………………………….…………………………… 4. Sua supressão por efeito do estresse seria a
principal causa de doenças em animais
…………………….………………………………………………….……………………………
estressados. especialmente modulado pelo
…………………….………………………………………………….…………………………… eixo HPA. : sistema imunológico
Sendo assim ,emoções e estresse podem influenciar
Como funciona o SN? uma resposta imune e a ativação do sistema imune
Função sensorial: captação de estímulos internos e pode gerar estresse.
externos.
Função integradora: processa a informação recebida Catecolaminas
de órgãos e receptores, guarda a informação e ● Regem sobre linfócitos e monócitos

coordena as respostas ● Adrenalina e noradrenalina estimula a síntese de

Função motora: resposta a estímulos mediadores de resposta imune


● Aumentam as proteínas de fase aguda

● Aumentam a proliferação linfocitária

● ADR é estímulo psicológico e NORADR é estímulo

físico
Eixo hipotalâmico, hipófise e adrenal
Hipotálamo produz o CRH que atua diretamente na
adeno hipófise que estimula a produção do hormônio
ACTH. Cortisol
O ACTH atua diretamente no córtex adrenal e esse ● Em elevada concentração exercem efeito supressor

região vai produzir o cortisol que é responsável pela sobre linfócitos e macrófigos gerando a redução na
ba parte do metalismo, em momentos de estresse, é produção de citocinas, redução do número de
responsável pela quebra do glicogênio na produção linfócitos e diminuição da migração de
de energia e acelerar a gliconeogênese, granulócitos.
- No início do estresse há um aumento
Sistema nervoso autônomo simpático ativa medula expressivo do número de neutrófilos na
da adrenal, aumenta a secreção das catecolaminas corrente sanguínea, das células NK e
acarretando toda a mudança fisiológica como posteriormente, acontece uma redução na
aumento da FC e outros… contagem de linfócitos.
- Luta e fuga: as catecolaminas são secretadas
rapidamente, proporcionando ao organismo a A depleção dessas células faz com que o
possibilidade de reação muito rápida. organismos fique suscetível a infecções, metástase
e doenças autoimunes.
Atuação dos hormônios no sistema imune
Fatores que vão influenciar as ações do sistema ● O cortisol induz a síntese de lipocortina, que inibe a
imune: enzima fosfolipase A2, inibição do processo
● Autorregulação realizada pelas citocinas inflamatório.
● Fatores hormonais ● Reduz a produção de IL-2, a proliferação dos

Neurotransmissores e neuropeptídeos (noradrenalina, linfócitos t e liberada pelos mastócitos e plaquetas de


serotonina …) histamina e de serotonina.

Isso ocorre pois os receptores para essas


Reações do sistema imunológico
substâncias estão presentes nos leucócitos,
● Reage ao estresse através de componentes da
interferindo diretamente sobre a atuação dos mesmos.
imunidade eliana e componentes da imunidade
adaptativa
Interleucinas, citocinas e interferons
● O linfocitos t helper se dividem em th1 e th2, e sua
● A IL-1, o TNF-a, o IFN-a e Y, secretados pelos
diferenciação conhece por ação das citocinas
linfócitos, alteram a função do eixo HHA, induzindo a
● Os glicocorticóides, a adrenalina e noradrenalina
liberação de catecolaminas
inibem a produção da IL-2 e 12, sendo que a 12 é
● A IL-1 exerce uma função semelhante aos
responsável pela diferenciação e a 2 pela proliferação
neurotransmissores
do mesmo.
● Uma elevação das citocinas inflamatórias como é o
A supressão desses dois fatores é suficientemente
caso das TNF-a, IFN-a e IFN-y, leva ao aumento de
capaz de suprimir, fragilizar e reduzir a capacidade
CRH, desencadeado maior excreção de ACTH e
do sistema imune a responder estímulos.
consequentemente alteração no nível do cortisol

…………………….………………………………………………….……………………………
…………………….………………………………………………….……………………………
Micologia
Animal

larivet.resumos
Introdução à micologia
Reino Fungi - características fisiológicas
Fungo é diferente do vegetal, ele não sintetiza
clorofila, não tem celulose na parede celular, não
armazena amido (reserva). O mesmo tem mais
características semelhantes a um animal, como
presença de quitina na parede celular e armazena
glicogênio (reserva).
Filamentos
Importância ● Hifas (septadas ou não septadas): filamento

● Decompositores individual
● Indústria farmacêutica e de alimento ● Micélio (bolor): conjunto de hifas

(biotransformadores) - micélio vegetativo: Digestão extracorpórea.


● Simbiose: Importante na nutrição do fungo, o fungo se
- micorrizas (fungos e raízes): proteção, auxilia nutre por absorção. Ele libera enzima e
na absorção de água e minerais do solo. degrada as moléculas complexas para deixar
- Líquens (fungos e algas): indicador de pureza mais simples para a absorção.
ambiental. - Micélio aéreo: Reprodutivo. Além de crescer
para dentro, também cresce para fora do
● São seres eucarióticos ambiente. Devido ao vento e outros fatores, se
● Ubíquos: está ou existe ao mesmo tempo em toda desprendem e caem no solo, essa estrutura
parte que caiu no solo vai se reproduzir e gerar
● Quimioheterotróficos: compostos orgânicos do novos fungos.
substrato como fontes de energia e carbono
● Osmotróficos: se nutrem através da absorção dos

alimentos
● Aeróbio ou anaeróbio facultativo: depende da

presença do oxigênio para manutenção do seu


metabolismo
● Maioria e saprofítica: absorção de substâncias

orgânica em decomposição

Patogênicos oportunistas
Apenas a minoria causa infecção, que são
denominadas micoses. Existem mais de 100 mil
espécies e apenas 200 são patogênicas.

Ciclo de vida
Morfologia
● Reprodução assexuada e sexuada
Leveduriformes
● Formação de esporos: há esporos assexuais que
- formas ovais ou esferoidais
são formados pelas hifas de um organismo e esporos
- São unicelulares
sexuais que resultam da fusão de núcleo de duas
- Parede celular formada por polissacarídeos,
linhagens opostas e cruzamento de uma mesma
proteínas e quitina (pouca quantidade)
espécie de fungo.
- A reprodução assexuada tem objetivo na
Filamentosos
disseminação fúngica, pode ser por
- parede celular formada por quitina, lipídios,
brotamento ou fissão binária (leveduras). Ou,
proteínas e polissacarídeos.
por esporulação e fragmentação
- crescimento apical e multinucleado.
(filamentosos).
Reprodução assexuada dos fungos filamentosos Reprodução sexuada de fungos filamentosos:
O fungo na sua reprodução assexuada vai produzir: Quando ocorre a reprodução em espécies
1. Esporangiósporo: estruturas reprodutivas geneticamente diferentes são autoestéreis /
cuja porção terminal é em forma de uma heterotálica. E quando são espécies geneticamente
vesícula. No esporângio é onde se encontram iguais são chamadas de autoférteis/ homotálicas
os esporos (esporangiósporos). Quando a - Ela é divida em 3 etapas: plasmogamia,
vesícula se rompe eles são liberados no cariogamia e meiose e se dá pela fusão de
ambiente. núcleo.

As hifas monocarióticas são haploides e se fundem


passando ser passa a ser dicariótica (esse processo é
chamado de plasmogamia - união dos núcleos). Os
núcleos se juntam e passa a ser uma célula diplóide
(cariogamia), em seguida sofre a meiose.

2. Conidiósporo: é um esporo que além de ficar


dentro, fica fora do ambiente. Esporo que
participa da reprodução assexuada de fungos,
no processo de esporulação. São formados
por meio de mitose, e são mais conhecidos
pelo nome de conídio. O condio uni ou
multicelular não é fechado em uma bolsa, são
produzidos em cadeia na extremidade.

1. Basidiósporos: são esperados sexuados


externos e originam-se no ápice de uma célula
3. Artroconídeos: formados pela fragmentação fértil, chamado basídio ou comum.
da hifa em segmentos retangulares.

A reprodução dá origem aos filos:


4. clamidoconídios: estrutura de resistência que
possui parede dupla e germinam em
condições adversas. Podem ser produzidos
por fungos filamentosos e leveduras
Reprodução assexuada de leveduras Fatores de virulência
Brotamento ou fissão binária. ● Produção de queratinase por dermatófitos

1. Blastoconídios: resultante do processo de dimorfismo


brotamento ou gemulação. A célula mãe ● Cápsula mucopolissacarideo

origina uma gêmula, o blastoconídio que ● Aderência e invasão

cresce recebe um núcleo após a divisão do ● Distúrbio no sistema imune = inibição citocina

núcleo da célula mãe. ● Produção de melanina: proteção contra produtos

oxidantes do tecido e células de defesas


Reprodução sexuada de leveduras: Esses fatores asseguram sua sobrevivência e
1. Ascósporos: algumas leveduras podem proliferação no hospedeiro, aumenta o poder de
originar esporos sexuados, após duas celular penetração e invasão, evade os mecanismos do
sofrerem fusão celular e nuclear, seguida de sistema imune do hospedeiro
meiose (ascósporos).
Colonização e doenças
Importância dos esporos sexuados
● Micoses superficiais: limitadas a pele e pelos.
● Possibilita a recombinação
● Micoses cutâneas: camada queratinizada epiderme,
● Classificação/taxonômica
pêlos e unhas.
● Adaptação e aperfeiçoamento da espécie (nutriente)
● Micoses subcutâneas: derme e músculos
● Diversidade genética
(traumatismo, tumefação).
● Micose sistêmicas: originalmente nos pulmões que
Resumindo: esporos assexuais são formados pelas
podem se disseminar.
hifas de um organismo, quando esses esporos
● Micose oportunista: tratamento com atb ou
germinam, formam organismos geneticamente
imunossuprimido .
idênticos. Já, os esporos assexuais resultam da fusão
de núcleos de tipos opostos de cruzamento, esses
organismos apresentarão características e ambas
linhagens parentais.

Característica morfológica da colônia leveduras


● Pastosa

● Cremosa

● Mucóide

Características morfológicas da coluna filamentosos


● Algodonosas

● Pulverulentas

● Crateriformes

● Com pigmentos

● Coloração do micélio vegetativo: epibiótico difrente

de endobiótico
………………………………………………….
………………………………………………….
Macroconídios (parece barcos) e microconídios ………………………………………………….
(parece bolinhas) são critérios de classificação ………………………………………………….
………………………………………………….
Mecanismo de patogenicidade
………………………………………………….
A patogenicidade medida por componentes, que
………………………………………………….
estimulam diferentes respostas no hospedeiro
Hipótese que as toxinas, enzimas e outros metabólitos ………………………………………………….
produzidos in vitro e in vivo pelos fungos patogênicos ………………………………………………….
tenham papéis importantes nas lesões teciduais ………………………………………………….
geradas. ………………………………………………….
………………………………………………….
dermatófitos
1. Contato com o conídio e adesão do mesmo.
2. A partir do conídio ocorre a germinação da
hifa que vence a barreira da pele (filme de
gordura sobre a camada córnea) e tem
● Família arthrodermataceae
contato com a queratina do estrato córneo.
● São fungos queratinofílicos- se estabelecem em
3. Partes da hifa se diferenciam em
estruturas que são queratinizadas do organismo
artroconídeos
● Parasitam estruturas epidérmicas queratinizadas
4. Produção de queratinase e hidrólise da
● Produtores de queratinase
queratina
● Hidrolisam a queratina da pele e fâneros para
5. Produção de metabólitos e produtos de
obtenção de nutrientes
excreção
● Não invadem a epiderme.
6. Ação irritante, alergênica e tóxica
● Fungos aeróbios que crescem lentamente. Para seu
7. Resposta inflamatória local
crescimento fúngico é necessário um meio de cultura
8. Lesões dos pelos tipo ectothrix: artroconídeos
favorável como o ágar sabouraud dextrose. Crescem
fora do pêlo e endothrix, dentro do pêlo.
também na tº ambiente.

Diagnóstico laboratorial
● Testes de triagem

●Lâmpada de wood (obs: nem todos produzem


metabólitos fluorescentes e alguns sabões e pomadas
podem florescer e dar um positivo negativo)
Condição não parasitária/ no ambiente
●Exame microscópico: raspagem de pêlo e hifas e
● Produz hifas ramificadas septadas
artroconídeos. A coleta deve ser pelas margens de
● Reprodução assexuada (conídios)
qualquer lesão e pegar o pelo com a área intrafolicular
● Podem ser macroconídios (estruturas multicelulares
- O preparo da lâmina pode ser com hidróxido
semelhantes a vagem) e microconídios (esferas ou
de sódio, hidróxido de potássio ou calcofluor.
bastonetes unicelulares) -

● Critérios para diagnóstico

Características das colônias e de pigmentações são


úteis na diferenciação de dermatófitos

Classificação quanto ao reservatório


●Exame histopatológico: não é tão necessário, é útil
Antropofílicos: aqueles que acometem os homens
para diagnosticar casos suspeitos com cultura
Zoofílicos: aqueles que acometem os animais
negativa para fungo.
Geofílicos: aqueles que acometem o solo.

O Isolamento se dá em meio seletivo e deve-se


Dermatofitose
adicionar o pêlo dentro do tubo e a partir dali vai
Em homens é popularmente conhecida como tinea e
crescer o fungo.
em animal como “tinha”, sua transmissão pode
- Meio de cultura seletivo: Ágar sabouraud
ocorrer pelo contato direto e indireto (persistência
com cloranfenicol e cicloheximida,
em fômites e nas instalações).
Dermatophyte teste medium e Rapid
Em geral, a tinha regride espontaneamente em
sporulation medium
algumas semanas ou meses, a menos que complicada
por infecção bacteriana secundária ou por fatores A partir desse crescimento fúngico pode realizar uma
constitucionais corporais. identificação microscópica adicionando uma gota azul
de metileno.
Como ocorre o processo infeccioso?
É divido em 3 parte Adesão do conídio e germinação
e penetração do fungo no estrato córneo
Alguns apresentam Clamidoconídios (estrutura de
Microsporum Canis ………………………… …………... resistência que tem duas paredes)
A partir do crescimento tem uma colônia algodonosa
amarela com pigmento branco no meio Trichophyton equinum …… ……
Macroconídios com membrana e septos largos. Colônias planas, com sulcos suaves de cor branca
polida
Macroconídios raramente são produzidos, mas
quando estão presentes são clavados, lisos, de
paredes finas.
Acomete equinos e humanos.

Trichophyton mentagrophytes …… ……
Colônia algodonosa branca/creme
Macroconídios alongados, clavados, parede fina e lisa
Microsporum gypseum ………………………… ………….. Acomete: camundongos, porquinhos da índia,
Colônia pulverulenta creme, semelhante ao canis cangurus, gatos, coelhos, cavalos, ovelha coelho.
porém os septos e membranas dos macroconídios Causam lesões inflamatórias.
são finos
Acomete cavalos, cães, roedores e humanos.

Trichophyton verrucosum … …
Microsporum nanum ………………………… … ………... Crescimento lento, pequenas, de botão, com coloração
Macroconídios em forma de balão ou raquete, com branco/creme com uma superfície semelhante a
um septo. camurça aveludada
- Acomete suínos e está presente no ambiente Hifas largas e irregulares com muitos clamidoconídios
terminais e intercalares.
Acomete bovinos.

Identificação bioquímica de trichophyton spp.


1. Urease
2. Perfuração do eplo humano “in vitro”
3. Crescimento é 37ºC
4. Crescimento em ágar trichophyton de 1 a 7
Identificação bioquímica de Microsporum spp. ………………………………………………….
1. Urease: observa hidrólise da ureia ………………………………………………….
2. Perfuração do pêlo humano “in vitro”
………………………………………………….
3. Produção de conídios em ágar arroz
4. Tolerância ao fungicida benomyl
………………………………………………….
………………………………………………….
Gênero trichophyton --- ………………………………………………….
Macroconídios alongados e muitos microconídios ………………………………………………….
ovais ou piriformes.
Aspergillus spp.
Aspergiloma: Forma crônica da doença, pode ser
assintomática ou expectoração. Pode gerar um
processo inflamatório.
Fungos filamentosos saprófitas de infecção Manifestação: tosse, perda de peso, dispneia, fadiga e
oportunista. Ele está presente no solo, vegetação, ou presença de hemoptise.
alimentos como ração grãos e vegetais, no ar e água A fixação dos fungos na cavidade pulmonar gera
ou objetos expostos, feno, silagem e adubo químico. uma lesão tecidual. Nessa lesão encontra elementos
Eles são resistentes ao calor e à dessecação. miceliais vivos e mortos, células inflamatória, fibrina,
● Hifas hialinas, septadas - diferenciam em estruturas muco, componentes do sangue, componentes do
reprodutivas típicas = conídios epitélio em degradação.
● Colônias de cor branca, azul-esverdeada, amarela,
Diagnóstico histológico: prata-metenamina ou PAS-
cores, marrom e negras.
invasão pelas hifas.
● Crescimento: aeróbios.

● Reprodução assexuada
Fatores de virulência
● Espécie patogênica:
Adesinas: proteínas de superfície (de conídios e de
- A, fumigatus: doença em humanos e animais

hifas): galactosamina galactano - que se ligam às


- A. niger, A. flavus e A. terreus (aflatoxina)
proteínas da matriz extracelular (colágeno,
fibronectina, fibrinogênio e laminina). Permite que o
fungo possa aderir à célula do hospedeiro.
Função: mascarar o PAMP, inibir a quimiotaxia PMN

● Parede celular: exibe um PAMP que é reconhecido


por receptores toll-like na superfície de macrófagos
hospedeiros, assim, ocorre a indução de secreção de
citocinas inflamatórias.

● Enzimas extracelulares: elastase, proteases e


fosfolipases - reduzem os efeitos dos radicais
peróxidos produzidos pelas células fagocíticas.

● Aquisição de ferro: sideróforos hidroxamatos -


aquisição de ferro das proteínas ligadoras de ferro
(transferrina e lactoferrina).
- Fusarinina e traiacetilfulsarina C: absorsão
do ferro das proteínas ligadoras de ferro do
hospedeiro
Transmissão - Ferrocromo - armazenamento do ferro tanto
Através da inalação dos esporos, podendo também na hifa e conídio.
ser através da ingestão de alimentos contaminados. -

●Pigmento (melanina) - inibe a ação de radicais livres


O diagnóstico é feito por exames de radiografia (pois Gliotoxina: inibe a atividade de cílios e a fagocitose por
ele gera uma massa fúngica no pulmão), escarro e macrófagos
diagnóstico de sangue.
Infecção em humanos:
Aspergilose ● Sinusite ou pneumonia por inalação

● enfermidade cutânea após trauma ou contaminação

● queimaduras: meio de infecção secundária

● doença disseminada por via hematogênica

● Mucormicose rinocerebral: doença fatal

Aspergilose bovina ………………………………………………………………………


● Mastite: inoculação intramamária, abcessos no

úbere
● Infecções intra uterinas: via hematogênica -

placentite: aborto no final da gestação.


Aspergilose aviária ………………………… v…………… ………………
● Inalação de esporos ambientais, foco primário Sporothrix schenckii
pulmonar e disseminação hematogênica.
● Gera distúrbios comportamentais e respiração
Taxonomia
ofegante;
● Ascomycota - características moleculares e
● Pode gerar formação de granulomas caseosos nos
morfológica
sacos aéreos.
● Fase teleomórfica de S. schenkii - rDNA 18s -

ophiostoma sentonoceras
Ceratomicose equinos …………………………………………………………………
● Variação nas sequências de genes (codifica:
● A partir de lesão da córnea
calmodulina, quitina cinase e b- tubulina)
● Sinais respiratórios indica aspergilose na bolsa
- complexo sporothrix
gutural de equinos
● Sporothrix chilensis

Em cães
● Micoses subcutáneas profundas
● Osteomielite
● Fungo - saprófita > vegetal em decomposição
● Aspergilose nasal: espirros e secreções sanguino
● Dimórfico > micelial (22º a 28ºC) e levedura (35 a
purulentas
37ºC). Importante para fixação no ambiente e
● Cães de conformação craniana dolica e
organismo do hospedeiro.
mesocefálica tem predisposição.
- substrato, atmosfera e a temperatura de
incubação são condições que auxiliam no
Diagnóstico
dimorfismo do fungo
● Exame direto: esfregaço com coloração
● Reservatórios naturais: matéria orgânica e solo
● Cultura: Ágar dextrose sabouraud

● Teste sorológico: detecção de anticorpos no soro do


Distribuição
animal. - Imunoenzimático indireta (ELIZA)
Micose cosmopolita - presente em vários lugares
● PCR
principalmente em regiões tropicais e subtropicais.

…………………………………………………. Micelial
…………………………………………………. Presente no meio ambiente, aparência membranosa
…………………………………………………. com superfície enrugada, coloração clara e
…………………………………………………. pigmentação escura ou acinzentada.
- Hifas delgadas, septadas, hialinas,
………………………………………………….
ramificações com conidióforos.
………………………………………………….
…………………………………………………. Levedura
…………………………………………………. Tecidos ou meio riscos a 37º
…………………………………………………. Forma fusiforme a ovóide com 2,5 a 5 mm
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
Complexo sporothrix fragmentos e opsonização efetivos de
Desenvolvimento em ph diverso anafilatoxinas.
- micelial - 3 a 12
Dimorfismo: queda na expressão de B (1,3)-glucana,
- levedura - 2,4 a 9,5
aumento da expressão de a(1-3)-glucana = correlação
Temperatura ótima de crescimento = 30ºc a 37ºC
com a virulência

Transmissão Ramnose: [] na P.C de células jovens (4-7 dias),


Contato com uma ferida infectada ou exsudatos de relação com a patogenicidade de conídios de S.
um gato infectado schenkii
Infecção por inalação ou ingestão - extra-cutânea.
Esporotricose em humanos …………………………………………..
Zoonoses
● Lesão inicial: nódulo cutânea ulcerativo
Gatos são responsáveis pela transmissão zoonótica
● Canais linfáticos subcutânea = úlceras supurativas
para humanos por causa do número alto de
● Raramente, formas disseminadas ocorrem afetando
organismos sporothrix encontrados nos nódulos.
os ossos, articulações, boca, nariz ou rins
● Isolamento na unha
(imunossuprimidos -pode ser letal )
● Animais infectados transmitem a doença por

mordedura e arranhadura. ● Osteoarticular - infecção secundária devido a


disseminação hematogênica, inoculação direta
● Esporotricose pulmonar - prognóstico desfavorável
Transmissão “doença do jardineiro”
● Contato traumático (graveto, espinho de flores, etc..)
(demora no diagnóstico e fatores coinfecção pelo HIV)
● Ferimento por perfuração traumática

Esporotricose em gatos ……………………………………………..


Depende do estado imunológico do paciente e ● Contato com solo, vegetais e brigas
carga microbiana. ● Lesões nodulares (cabeça e cauda) - necrose
profunda
Fatores de virulência ● Nódulos secundários (urso dos vasos linfáticos) que

Adesinas ligantes de fibronectinas: (realiza a ulceram e liberam exsudatos soropurulentos


capacidade de adesão na forma patogênica) - fungos ● Músculos e osso ficam expostos

+ cel. epiteliais. ● Extra-cutâneo - alterações respiratórias

Enzima: As infecções podem se espalhar para outros locais


- Proteinases - S. schenkii produz duas da pele
proteases I e II. A importância dessas enzimas
na patogênese da esporotricose não é Esporotricose em cães ……………………………………………….
conhecida. Hidrólise das células do estrato ● Lesões cutâneas isoladas ou múltiplas, crostosas e
córneo humano 3 alopecias (cabeça e tronco)
-

Termotolerância: inibição a partir de 40 ● Evolução - lceras com exsudato purulento

● Doença disseminada = rara


Parede celular: ● Sistema respiratório - mais acometido
- Lipídio - a porção lipídica S. schenckii a
fagocitose por monócitos e macrófagos Esporotricose em equinos ……………………………………..
● Esporotricose linfocutânea (+ comum)
Melanina - inibidor de radicais livres nos
● Nódulos ulceram e liberam exsudato amarelado
fagolisossomos
- fator de resistência a condições desfavoráveis
no ambiente (micelial) Amostra para exame direto
- Diminuição na eficácia de terbinafina Swab
● Lesões cutâneas: cavidade nasal, lesões exsudativas
- Aumenta a resistencia a agocitose por
● Aspiração de abcessos não ulcerados: purulento ou
macrofagos
-
seropurulento
Ácidos siálicos - inibem a captação de S. schenckii
● Fragmento de lesões: em formol a 10% ou solução
pelas células fagociticas
salina.
- direciona as proteínas do S.C, mais para a via
degradação que para a produção de
Exame direto
- Esfregaço: coloração de gram, panótico e
fucsina simples
- Estruturas leveduriformes
- Interior de macrofagos e neutrofios ou
extracelularmente
-

Difícil visualização em humanos e em outras


espécies de animais.

Exame histopatológico Tratamento


Coloração de rotina: hematoxilina e eosina ● Animais - iodeto de sódio (via oral)

- inespecífica: evidencia outros agente e ● Cetoconazol (> caninos) e itraconazol pode ser

protozoários usado
● Humanos = anfotericina B (forma disseminada,

Isolamento osteoarticular, sistêmica do SNC).


Forma micelial
● Ágar sabouraud + cloranfenicol ………………………………………………….
● 5 a 7 dias entre 25 a 30ºC ………………………………………………….
● Colônias de cor branca: cresce rapidamente
………………………………………………….
tornando-se negras ou marrons, rugosas e dura
………………………………………………….
● Conídios em forma e peras agrupados ao redor dos

conidióforos ………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
Leveduriforme ………………………………………………….
● Ágar infusão cérebro coração +5% sangue
………………………………………………….
● Ágar sangue +5%

● Ágar BHI
………………………………………………….
● 3 semanas a 37ºC ………………………………………………….
● Colônias de cor creme a castanho claro ………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
Identificação da espécie.
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
………………………………………………….
Assimilação sacarose e rafinos: Capacidade de uma
………………………………………………….
levedura apresenta de crescer aerobicamente na
presença e determinado carboidrato, fornecido como
………………………………………………….
uma fonte de carbono ………………………………………………….
Detecção molecular: Amplificação e seguimento de ………………………………………………….
genes fúngicos ………………………………………………….
- 28s rRNA ………………………………………………….
- Gene CAL
………………………………………………….
Histoplasma capsulatum
Levedura
● Colônia úmida

● Coloração branco-amarelada

● Rugosas e/ou lisas

● Células ovais unibrotantes de 2 a 4 Mm

Características

Transmissão
O contágio se dá por via respiratória, quando
micrósporos se soltam do Histoplasma capsulatum e,
absorvidos pelas vias aéreas, penetram no organismo
Fungo saprófita do hospedeiro e se instalam nos alvéolos pulmonares,
- reservatório natural: solo rico em nitrogênio que inflamam.
- Microambientes: cavernas, construções ● Disseminação
abandonadas, galinheiros, árvores - Linfonodo mediastinal
Dimorfismo - Sistema fagocícito - mononuclear
-

- Micelial = 25ºC a 30ºC ● Estado de latência dentro das granulomas


- Levedura = 37 ºC ● Macrofago
- evita respostas efetoras do hospedeiro
Morfologia

Fase Micelial
Tipo A (albino)
- coloração branca a bege-clara
- algodoada
- Pouco propágulo
Tipo B (brown)
- Pouco filamentoso
● Hifas septadas

● Hialinas

● Macroconídeos “tubculados”
H. capsulatum var. farciminosum
● Infecção instalada em feridas cutâneas
● Microconídios “esférico a piriformes”
● Oriundos de lesões cutâneas ou exsudato nasal e/ou

ocular de animais infectados


● Fômites: materiais utilizados em escovação ou os

arreios
● Transmissão por artrópodes.
- Lesões extrapulmonares - fígado, baço,
Fatores de virulência intestinos, pele, linfonodos.
●a- 1,3 - glucana: sobrevivência e replicação do fungo
no pulmão. Bloqueia o reconhecimento da PAMP por Histoplasmose em animais
células fagocitárias. Gatos --------------------------------------
- Regula o nº de leveduras dentro dos fagócitos, Apresentam-se clinicamente sadio ou desenvolve
escape do sistema imune e induz a formação doença disseminada
de granuloma ● Fraqueza, letargia, febre, anorexia, emaciação, sinais

oculares
-

●Melanina = inibidor de radicais livres; resistência a


● Sinais respiratórios- crônicos e inespecíficos.
anfotericina B e à caspofungina 3
●Proteínas ligadora de cálcio (Cbp) = multiplicação
em ambiente com baixo teor de cálcio (quelação de
cálcio impede a ação de enzimas lisossomais).
●Antígeno H = estimula a resposta imune mediada por
célula, contra a fase de levedura.
● Aquisição de ferro: produção de sideróforos ● Lesões granulomatosas em pulmões
hidroxamatos ● Linfadenomegalia periférica ou visceral,
- remoção do ferro as ptns ligadoras de ferro esplenomegalia e hepatomegalia
-

●Acidificação de fagolisossomo: a diminuição da ● Lesões ósseas

ação das enzimas lisossômicas e aumenta o PH. ph de


6 a 6,5 . Cães ---------------------
● Inapetência, perda de peso e febre
●Antígeno M = catalase; sobrevivência da fase de
● Limitados à árvore respiratória: dispneia, tosse e sons
levedura.
pulmonares anormais
● Disseminada = compromete do TGI
Histoplasmose: formas clínicas
- diarreia do intestino grosso com tenesmo
Subclínica
- Muco e sangue fresco nas fezes.
- assintomático principal em pacientes
imunocompetentes
Aguda
- variação de idade, estado imunológico, carga
microbiana
- Crianças e adultos
- Febre alta, cefaléia, tosse seca, mialgia e
astenia, dor retroesternal e insuficiência
respiratória.
● Hepatomegalia, linfadenomegalia visceral,
- Achados radiológicos: lesões sugestivas
esplenomegalia, icterícia e ascite
infecção primária ou quadro de pneumonia
● Calcificação pulmonar = histoplasmose pulmonar
intersticial.
inativa
A agressiva evolui para óbito entre duas e cinco
semanas.

Disseminada crônica ……………………………………………… ... ....


Lesões nas vias respiratórias e digestivas superiores
● Não comprometimento pulmonar

- Evolução lenta acompanhada de febre baixa e


intermitente, astenia e emagrecimento.
Diagnóstico
Oportunista …………………………………………………. Amostra
Pacientes imunocomprometidos - exsudato de lesões mucosas
- Febre, tosse, dispneia, hepatomegalia, - Pus de qualquer lesões
esplenomegalia e anemia - Sangue
Infiltrado intersticial difuso em exames radiológicos - medula óssea
- escaro - Aplicação de formalina (3%) ou fenol (5%) -
- material de lavado gástrico, quando não se controle ambiental.
obtém escarro ………………………………………………….………………………………………………….
- líquor ………………………………………………….………………………………………………….
-

Exame direto ………………………………………………….…………………………………………………


Giemsa, gram, wright, PAS, prata metenamina de
………………………………………………….………………………………………………….
grocott
Macrófagos, neutrófilos e nos monocitos do sangue
………………………………………………….………………………………………………….
periférico. ………………………………………………….…………………………………………………
Cultura ………………………………………………….………………………………………………….
Fase micelial ………………………………………………….………………………………………………….
- ágar sabouraud dextrose ………………………………………………….…………………………………………………
- Ágar mycosel ………………………………………………….………………………………………………….
- Até 30 dias - 25ºC
………………………………………………….………………………………………………….
- Crescimento micelial branco e macio ou
marrom - camurça ………………………………………………….…………………………………………………
Microconídios e macroconídios: lactofenol azul ………………………………………………….………………………………………………….
algodão, hifas hialinas e septadas. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………
Fase levedura ………………………………………………….………………………………………………….
- Ágar sangue ………………………………………………….………………………………………………….
- PAgar BHI ………………………………………………….…………………………………………………
- 37º C - 1 semana
………………………………………………….………………………………………………….
- Umidade apropriada
- Coloniais branca-amareladas ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Imunológico
………………………………………………….…………………………………………………
Teste intradérmico pelo histoplasmina
………………………………………………….………………………………………………….
- O teste é positivo, com uma induração de
5mm ou mais, após 48 - 72h da ………………………………………………….………………………………………………….
intradermorreação com 0,1 mL antígeno de ………………………………………………….…………………………………………………
histoplasma. ………………………………………………….………………………………………………….
-

Sorológico ………………………………………………….………………………………………………….
● Fixação do complemento - antígeno da fase
………………………………………………….…………………………………………………
levedura
………………………………………………….………………………………………………….
● Imunodifusão dupla - pesquisa de anticorpos

circulantes contra os antígenos M e H ………………………………………………….………………………………………………….


● Radioimunoensaio ou ELISA - deteção e antígeno ………………………………………………….…………………………………………………
histoplasmínico. ………………………………………………….………………………………………………….
Exames radiológicos ………………………………………………….………………………………………………….
- não são específicos. ………………………………………………….…………………………………………………
-

Técnica moléculas ………………………………………………….………………………………………………….


● Genes que codificam o RNA ribossômico
………………………………………………….………………………………………………….
● Genes que codificam a proteína M
………………………………………………….…………………………………………………
Tratamento ………………………………………………….………………………………………………….
A duração do tratamento é variável, dependendo da ………………………………………………….………………………………………………….
gravidade da infecção e da resposta do paciente. ………………………………………………….…………………………………………………
- Anfotericina B - riscos de recaída
Candida spp.
Transmissão
● Atrito, calor, umidade

● Contato com secreções

● Transmissão vertical (mãe para fetos)


● Levedura com formação de blastoconídios e
clamidoconídios
Candidíase cutânea ………………………………………………………………….
● Pode formar pseudo-hifas e hifas verdadeiras
Áreas de dobras da pele, representadas por placas
(colabora para invasividade e proliferação ativa no
eritematosas e lesões satélites
hospedeiro)
● Ela pode ser sistêmica - evolui para disseminada.

Candidíase
Aviária: cavidade oral e trato digestivo - placas
pseudomembranosas necróticas emetrial caseoso -
dificulta a deglutição e respiração
Infecções Gastrointestinais em aves jovem:
- doença caquetizante, gastrointestinal ,
deformação de bico e mortalidade.
-
● Habita a mucosa (trato digestivo e genital) da Potros e Suínos: lesões ulcerativas do trato digestivos
maioria de mamíferos e aves
● Aeróbio obrigatório;
Vacas: mastite
● Ampla faixa de Ph e temperatura
Equinos: infecções intestinais, respiratórias e
● Resistente ao congelamento
septicemia.
● Na maioria das vezes a contaminação é endógena Cães e gatos: lesões ulcerativas que não cicatrizam
(microbiota) nas mucosas da cavidade bucal, trato gastrintestinal,
● Normalmente acontece imunossuprimidos
respiratório, geniturinário. Os cães apresentam lesões
● Habitat: trato digestivo anterior (boca-estômago)
em músculos, ossos, ouvidos, pele, trato urinário e em
● Infecções no trato genital, unha, pele
gatos ocorre infecção urinária e esporadicamente
● Trato respiratório e septicemia podem ocorrer.
causa pleurite purulenta

A candidíase está vinculada à Morfologia de colônia


● Desequilíbrios imunes e hormonais,

antibioticoterapia, rompimento da barreira epitelial


● Diminuição da resistência do hospedeiro à

colonização ou intensa exposição dos hospedeiros


debilitados
● Deficiência nutricional

● Candidíase mucocutânea crônica.

Fatores de virulência
A patogenicidade é um processo multifatorial que é
regulado por uma rede de fatores de virulência
● Adesinas: Vão se ligar a diferentes receptores do Diagnóstico
hospedeiro. ● Swab

● Produção de hifa verdadeira: esconde a b-glucana ● Imprints

que é reconhecida, assim causando uma deficiência ● Cortes histológicos

da indução para síntese de interleucina 12 (citocina) ● Microscopia

● Proteinase: invasão do tecido a partir de

degradação das células do hospedeiro. Ágar Sabouraud + cloranfenicol: Inibe o


● Fosfolipase: invasão da mucosa epitelial + crescimento de bactérias
degradação da membrana CHROMagar: diagnóstico Liberam compostos
● Glicoproteína: semelhante a endotoxina
(cromogéneos) de várias cores na sequência da
degradação de enzimas específicas
Cultivo em lâmina: Avaliar a presença de
clamidoconídio Cryptococcus neoformans
Hidrólise da ureia: avalia a hidrolise da ureia através
da enzima urease

Tubo Germinativo: avaliação de hifa verdadeira


- Teste positivo: filamento fino e cilíndrico,
originado do blastoconídio da levedura, no
qual não se observa nenhuma zona de
constrição, quer na base ou ao longo de sua
extensão.
-
● Levedura - basidiomiceto de forma globulosa
Auxanograma: Capacidade que uma levedura
● Possui cápsula em sua forma leveduriforme que lhe
apresenta de crescer aerobicamente na presença de
confere proteção - fagocitose. Composição da
determinado carboidrato, fornecido como uma fonte
cápsula: Glucuronoxilomanana (90%), galacto
de carbono
xilomanana ( 5-8%) e manoproteína (1%).

Zimograma
Capacidade que uma levedura de fermentar
carboidrato.
- 48h e 1 semana de incubação a 37ºC.

………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………… ● Vive em superfícies sujas e empoeiradas
………………………………………………….…………………………………………………. ● Excrementos ricos em creatina (excremento de
………………………………………………….…………………………………………………. pombos). Reservatório: Pombos
● Acomete animais e humanos
………………………………………………….…………………………………………………
● Micose de natureza sistêmica oportunista
………………………………………………….…………………………………………………. cresce em meio comuns e em temperatura corporal
………………………………………………….…………………………………………………. ou ambiental
………………………………………………….………………………………………………… ● Colônias acinzentadas e esbranquiçadas, com

………………………………………………….…………………………………………………. aspecto mucóide.

………………………………………………….………………………………………………….
● Composição antigênica de glucuronoxilomanana
………………………………………………….………………………………………………… ● Diferença entre antígenos: fenotípicas, genéticas e
………………………………………………….…………………………………………………. epidemiológicas.
………………………………………………….…………………………………………………. ● Sorotipos ( A, B, C, D, AD)

………………………………………………….………………………………………………… - A: C. neoformans var, grubii


- A, D, AD - C. neoformans var. neoformans
………………………………………………….………………………………………………….
- B e C - C. neoformans var. gattii.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………… Variedade neoformans e grubii - excretas de pombos,
………………………………………………….…………………………………………………. poeiras, madeira em decomposição em cavidades de
………………………………………………….…………………………………………………. árvores. Zona temperada.

………………………………………………….…………………………………………………
Cryptococcus neoformans, é de carácter oportunista,
………………………………………………….…………………………………………………. cosmopolita, associada à imunossupressão celular.
………………………………………………….…………………………………………………. Cryptococcus gattii, uma infecção primária, de
………………………………………………….………………………………………………… hospedeiro imunocompetente.
- + virulento e predileção SNC.
Transmissão pela inalação, é respiratória, porém não Diagnóstico
é contagiosa. ● Líquor

- Acomete o sistema nervoso central após… ● Fragmentos de tecido,

disseminação dos pulmões; ● Aspirados de lesões cutâneas

- Baixa imunidade - meningite criptocócica ● Escarros

sintomas: febre e cefaléia, raramente ● Amostras do trato respiratório.

alteração do nível de consciência


1. Exame direto
Com coloração da amostra com tinta, observa-se o
Fatores de virulência brotamento e a cápsula.
● Cápsula (polissacarídeos) - depleção do sistema

complemento, reduzida resposta de anticorpos, 2. Cultura


inibição da migração de leucócitos e da fagocitose. ● Ágar sabouraud

● Produção de melanina - resistência às células ● Ágar níger: A enzima fenol-oxidase produzida pelo

fúngicas contra ataque das células imunológicas microorganismo age sobre os compostos di ou poli
efetoras fenólicos e forma colônias com pigmentação marrom
● Atividade urease- fonte de nitrogênio - mucóides devido a produção de melanina (doce de
sobrevivência no hospedeiro. leite)
● Fosfolipase B1 - aderência ao epitélio pulmonar, ● Ágar uréia: urease hidrolisando a ureia.

sobrevivência e replicação dentro de macrófagos e


disseminação através do sistema linfático e 3. Auxanograma
hematogênico. Capacidade da levedura crescer aerobicamente na
● Manitol - interfer na morte de fagocits pela remoção presença de terminado carboidrato.
de radicais hidroxila - minimiza o ambiente hostil do
interior do fagolisossomo 4. Zimograma
● Calcineurina A - crescimento a 37ºC em atmosfera Capacidade de fermentação de diferentes
similar a 5% de CO2 e pH 7,3. carboidratos.

Síndromes 5. Aglutinação em Látex


Observada a presença do antígeno desta levedura.

C. Neoformans XX C. gattii
Para diferenciar pode fazer uma prova C.G.B
(canavanina-glicina- azul de bromotimol - ph de 5,8 )
- única fonte de carbono e nitrogênio
- Incubação a 28ºC - 5 dias.

C. gattii: resistente a L- canavanina (metaboliza em


produtos não tóxicos) - usa glicina, produz amônia -
alteração do PH (alcalinização). Fica azul.
C. neoformans - susceptíveis a L- canavanina - não
Criptococose usa glicina.
1. Gatos: lesões ulcerativas da mucosa do nariz,
boca e seios nasais Tratamento
- Lesões cutâneas ulcerativas - origem ● Fluconazol: anfotericina B, cetoconazol itraconazol,

hematogênicas flucitosina,
- SNC ● Desinfecção de superfícies com solução de cal
-

2. Em cães - localização mais comum: SNC (máscaras)


3. Bovinos: mastite com destruição do epitélio
lactífero (infecção por inoculação). ………………………………………………….………………………………………………….
4. Equino: meningite, granulomas nasais e, ………………………………………………….………………………………………………….
ocasionalmente, rinite e pneumonia
granulomatosa. Pode gerar donça intestinl,
endometrite e aborto.
Quimioterapia antifúngica
1. Antifúngicos que atuam na síntese de
parede celular - glicana:
- Equinocandinas (pasogunfina,
micafungina, anidulafungina,
aminocandina). Atua no sistema
enzimática impedindo a síntese da
glicana que constitui a parede celular.

2. Antifúngico que atuam na membrana


plasmática:
- Poliênicos (anfotericina B e Nistatina).
1º mecanismo - se liga ao ergosterol,
forma poros/canais iônicos, que
destroem a integridade osmótica da
membrana e ocorre a perda de
As drogas antifúngicas necessitam de aplicação constituintes intracelulares. 2º
clínica adequada. mecanismo - geração de uma cascata
de reações oxidativas desencadeada
Classificação dos anti fungos pela oxidação da própria anfotericina
Natural: antibióticos (produzidos por B - dano direto > fungicida
microorganismos, que inibem ou matam outros - Azóis (imidazóis e triazóis): vão inibir a
microorganismos enzima lanosterol 14- a- demetilase e
- Polienos inibidas, não ocorre a síntese de
- Griseofulvina ergosterol, constituinte da membrana.
Sintéticos ou semi- sintéticos: quimioterápicos - Alilaminas (terbinafina, butenafina):
(sintetizados em laboratório) acúmulo de esqualeno no citoplasma e
- Flucitosina falta de ergosterol nas membranas
- Derivados eólicos
- Alilaminas 3. Antifúngicos que atuam na inibição da
- Derivados morfolínicos e outros… mitose:
- (griseofulvina): interação com os
Quanto a atividade: microtúbulos que inibe a mitose
Fungistática (impede o crescimento) ou fungicida
(mata/lisa diretamente as células). 4. Antifúngicos que atuam na síntese do Ác
- direta ou indiretamente (agentes químicos - nucleico
característica de modificar a condição local). - Flucitosina: atua como antimetabólito,
análogo da pirimidina fluorada (base
Quanto ao espectro do DNA). Ele é semelhante a citosina, a
Amplo e restrito única diferença é que ele possui um
flúor no carbono 5 do anel.
Mecanismo de ação A flucitosina entra na célula fúngica através de uma
enzima (permease citosina), quando entra é
desanimada pela citosina desaminase. Logo, tornando
-se 5-fluorouracil que é convertido em 5- fluoro desoxi
uridina monofosfato que compete com o monofosfato
de desoxiuridina, a timidilato sintase, que impede a
síntese de DNA e proteína.
Ou, a 5-fluorouracil pode ser convertido em ácido 5-
fluoruridilico, que compete com a uracila na síntese do
RNA formando um RNA defeituoso.

Resistência antifúngica
Resistência aos azóis:
1. mutação no Gene (ERG 11) codifica a 1. Fazer o isolamento fúngico em uma placa com o
enzima-alvo lansterol 14-a-demetilase, assim meio de cultura e a partir dali pega umas 5 colônias de
diminui a afinidade. fungos e suspende na suspensão fúngica salina (1 x
2. superexressão de ERG11 resulta na 10^6 UFC/ml).
superprodução da enzima-alvo, necessitando 2. A suspensão vai adicionar em uma placa de ágar
maiores concentrações do medicamento muller- hinton, pega um swab e espalhe a suspensão
dentro da célula. em 3 diferentes direções.
3. A indução da expressão de genes da principal 3. Com isso, coloca discos de papel filtro com os
bomba de efluxo do tipo facilitador (MDR) - antifúngicos e vai incubar (levar para estufa -
expulsa o fármaco de dentro da célula para geralmente 16hrs À 27º). Ao retirar vai observar um
fora halo que será medido por uma régua e observar se foi
resistente ou sensível. A leitura ocorre de acordo com
Resistência aos poliênicos uma tabela.
Diminuição da quantidade de ergosterol dentro da
membrana, gera o acúmulo de outro esterol, diferente
de ergosterol, com baixa afinidade pelos poliênicos -
fitoesterol. Assim ocorre o mascaramento de
ergosterol nas membranas celulares - pede a ligação
de moléculas o antifúngico no ergosterol.
Teste quantitativa -E-test
Resistência a flucitosina Determina a concentração mínima inibitória (CIM).
1. Captação diminuída do medicamento (perda Exemplo põe a concentração em uma fita em um
da atividade da permease). gradiente de concentração do antifúngicos,
2. Perda da atividade enzimática da citosina
desaminase
3. Perda da capacidade de converter a 5-FU em
5-FdUMP
4. Alteram ou aumentam os níveis e timidilato
sintase que interfere na ligação do constituinte
nela, fazendo com que ocorra a síntese de
DNA e proteína normalmente

Resistência à equinocandinas
Mutação no gene fsk1 e fks2 - genes que codificam
proteína integral de membrana que atuam no
Teste quantitativo - Diluição em caldo
complexo enzimático da síntese da glicana.
● Leveduras - documento m27-s44

● Filamentoso - documento m38-A2


Resistência às alilaminas
● ;CIM - inibição do crescimento fúngico.
Bomba de fluxo a multimedicmentos CDR1.
Falhas terapêuticas não parecem resultar da
Translúcido - o fungo não cresceu naquela
resistência.
concentração

Testes de suscetibilidade
Como minimizar a seleção de cepas resistentes?
● Fornecem uma estimativa confiável da atividade dos
● Evitar o uso indiscriminado e antifúngicos
fármacos contra o organismo
● Diagnóstico correto
● Correlação com a atividade antifúngica in vivo
● Tratamento adequado
● Monitoramento de resistência entre uma população
● Utilizar dosagens adequadas e suficientes
normal susceptível
● Mudar tão lo de antifúngico quando se observa que
● Avaliação de novas drogas antifúngicas
o fungo possui sinais de resistência
● Métodos qualitativos e quantitativo -CLSI
● Fazer teste de susceptibilidade à droga quando

necessário.

Teste qualitativo - antifungigrama


micotoxinas
Micotoxinas em alimentos
- Grãos e rações (constantemente
contaminados)

São metabólitos tóxicos secundários que são Fatores que favorecem a contaminação: ambientais
produzidos por alguns fungos filamentosos. como umidade do substrato, temperatura do
ambiente, métodos de processamento, produção e
● Importância em produtos agroalimentares armazenamento, tipo de alimento, fisiologia e
bioquímica do fungo.
●Segurança sanitária de alimentos: aflatoxina,
Ocratoxina A, Fumonisina, Patulina, Zearalenona e
Exposição
Deoxinivalenol (maiores micotoxinas)
Efeitos agudos e crônicos (micotoxicose)
● Dor abdominal
Produção de micotoxinas pelos fungos
● Dor de cabeça
1. Leg: fase inicial de crescimento, quando o
● Náusea
microrganismo tem contato como ambiente
● Vômito
2. Log: fase de crescimento exponencial do
● Diarreia
microrganismo
● Tontura
3. Estacionária: mesmo nº de microrganismo
Transmissão por: inalação, ingestão, contato.
que cresce é o mesmo que morre. Ocorre
alteração de ph, diminuição de nutriente Não é transmitida de pessoa para pessoa.
4. Morte: não há condições ambientais para o
crescimento e desenvolvimento do A toxicidade depende de:
microrganismo 1. Quantidade ingerida
2. Tempo e via de exposição
A produção das micotoxinas é no final da fase 3. Possíveis sinergias toxicológica
estacionária. 4. Idade
5. Sexo
6. Estado fisiológico

As micotoxinas podem ser carcinogênicas,


mutagênicas, teratogênicas, citotóxicas, neurotóxicas,
nefrotóxicas, estrogênicas, imunossupressoras.

Principais fungos

Fases de produção de alimentos até o consumo


humano

Aflatoxina (Aspergillus spp.) ……………………………….


Existem 4 aflatoxinas:
- B1, B2 : fluorescência azul violeta
- G1, G2 : fluorescência azul esverdeada
Carcinogênica - Classe 1 (IARC): B1

É biotransformada no fígado. Também pode ser


Deve haver cuidados na pré e pós colheita pois há
transformada em aflatoxina M1 e M2 que são
fungos que são patógenos de plantas
metabólitos hidroxilados das aflatoxinas B1 e B2.
A ingestão acomete o fígado, é hepatotóxico e a ● Inibição enzimática (gliconeogênese) - alteração do
absorção ocorre pelo trato gastrointestinal. metabolismo de carboidrato
● Diminuição da concentração de glicogênio -
B1 tem capacidade de realizar ligação a ácidos
nucleicos e nucleoproteínas, causando alterações aceleração da decomposição do glicogênio, inibição
genéticas também. do transporte ativo da glicose no fígado, inibição da
glicogênio sintase
Afla - Aves Gera perda de peso, redução da conversão
São acometidas em aves, ocorre aumento do fígado, alimentar, diminuição de ovos, danos renais -
baço e rins e atrofia da bursa de fabricius e timo, depleção renal de albumina - hipoproteinemia e
gerando uma imunossupressão. hipoalbuminemia.
Nefropatia - atrofia e degeneração dos túbulos
Fígado:
proximais e distais + Fibrose intersticial
- Coloração amarelada a amarelo - terra
- Friável Efeitos degenerativos no fígado e rim, mudanças
- Hemorragias múltiplas generativo do órgãos linfóides, degeneração e edema
- Deposição de gordura no cérebro, hemorragia musculares e adenocarcinoma

OTA- suínos

Afla - bovinos
Já ocorreu prolapso retal, inchaço dos órgãos ,
hemorragias, apatia, anorexia depressão

Afla - suínos
● Danoso ao rim, baço, pâncreas.

● Redução do ganho de peso ………………………………………………….………………………………………………….


● Redução no consumo da ração ………………………………………………….………………………………………………….
● Diarréia
………………………………………………….………………………………………………….
● Fezes com sangue
………………………………………………….………………………………………………….
Em porcas prenhas: anorexia, icterícia, depleção de
………………………………………………….………………………………………………….
linfócitos na área do epitélio germinativo.
………………………………………………….………………………………………………….
Ocratoxina (Penicillium e Aspergillus sppp.) ……. .. ………………………………………………….………………………………………………….
Ocratoxina A, B e C ………………………………………………….………………………………………………….
Carcinogênica: classe 2B (IARC): B ………………………………………………….………………………………………………….
● Aspergillus - climas mais quentes e tropicais
………………………………………………….………………………………………………….
● Penicillium - climas mais temperados
………………………………………………….………………………………………………….
Café, vinho, frutos secos, cereais e seus derivados. ………………………………………………….………………………………………………….
● Molécula moderadamente estável aos ………………………………………………….………………………………………………….
procedimentos ………………………………………………….………………………………………………….
● Ela tem absorção rápida no estômago e lenta no
………………………………………………….………………………………………………….
intestino.
………………………………………………….………………………………………………….
● No sangue ela se liga à albumina

● É nefrotóxica.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
OTA- Aves ………………………………………………….………………………………………………….
Análogo à fenilalanina e gera a inibição da síntese de
………………………………………………….………………………………………………….
proteína.
MICOTOXINAS
Fumonisinas ………………………………………………………………………………………
Zearalenona ………………………………………………………………………………………..
Fusarium verticillioides, F. proliferatum e F.
F. gramminearum. F. culmorum F. cerealis. F,
moniliforme.
esquiseti. F. crookwellense. F. semitectum
Encontrado em: Milho e sorgo
● Fígado e rim - retêm a maior parte
● Micotoxina estrogénica não esteróide
● Interfere na biossíntese de esfingolipídios e turnover
● Lactona e ácido fenólico resorcílico

de esfingosina. ● Fluorescência azul

- Inibidores competitivos: esfinganina N- ● Encontrada em: milho, aveia, centeio, cevada,

aciltransferase, Esfingosina N- aciltransferase > arroz e trigo. Culturas de inverno.


análogas de bases esfingídeos, se ligam ● Metabolização no fígado.

naquela região onde se ligaria a enzima e


promove a desordem. Mecanismo de ação: é transportada através da
● São produzidos no R.E
membrana e compete com o hormônio (17B-
estradiol) e se liga a receptores citosólicos, formando
FBS - homens um complexo ZEA-E-2R que se ligam a receptores
Carcinogênica - classe 2B (câncer esofágico) e gera nucleares E2 e altera a síntese de mRNA.
alterações no tubo neural. ● Geram efeitos anabólicos e estrogênicos.

● Intoxicação aguda: dor abdominal e diarreia

FBs- Equinos
Leucoencefalomalácia equina
Zea- humanos
FBs- suínos
Nascimento de bebês prematuros: telarca prematura e
Edema pulmonar, hidrotórax, lesões hepáticas,
puberca precoce. Aumento da mama na pré
lesões hiperplásicas na mucosa esofágica.
puberdade em meninos e pseudopuberdade nas
● Gestante: Desenvolvimento do feto
meninas.
● Aumento do peso dos pulmões

● Edema pulmonar
Zea- suínos
● Distúrbios respiratórios
● Edema da vulva, do útero e dos mamilos.

● Prolapso vaginal e infertilidade


FBs - Aves
● Maior secreção das células endometriais, síntese das
Diminuição do peso corporal e da média de ganho de
proteínas uterinas, peso do trato reprodutivo
peso diário
● Pseudogestação
● Aumento do peso do fígado, proventrículo e moela, e
● Leitões natimortos
os níveis séricos de cálcio, colesterol e da enzima
● Machos: atrofia testicular, hipertrofia de glândulas
aspartato aminotransferase
mamárias, edema do prepucio, diminuição da libida, e
● Atrofia do timo, hiperplasia biliar e necrose hepática
feminização.

………………………………………………….…………………………………………………. Zea- bovinos


………………………………………………….…………………………………………………. ● Hiperestrogenismo, redução de fertilidade e repetição

………………………………………………….…………………………………………………. de cio.
● Secreção vaginal, edema de glândula mamária, vulva
………………………………………………….………………………………………………….
e útero. Morte embrionária e aborto.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Desoxinivalenol …………………………………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
F. graminearum e F. culmorum ………………………………………………….………………………………………………….
● Tricoteceno classe B ………………………………………………….………………………………………………….
● Vomitoxina - consumo por suínos
………………………………………………….………………………………………………….
● Neurotoxina: teratogênica e imunossupressora

● Encontrada em: cereais, trigo, centeio, aeia,


………………………………………………….………………………………………………….
cevada, milho e arroz. ………………………………………………….………………………………………………….
● Rápida absorção e distribuição no organismo. O ………………………………………………….………………………………………………….
fígado é o primeiro órgão afetado após absorção, ………………………………………………….………………………………………………….
seguido do rim, baço, coração e cérebro.
………………………………………………….………………………………………………….
Ação: Inibição da síntese proteica - peptidil transferase. ………………………………………………….………………………………………………….
- Interfere no alongamento/terminação da ………………………………………………….………………………………………………….
síntese ………………………………………………….………………………………………………….
Baixa dosagens > estresse ribotóxico - ativa as vias de ………………………………………………….………………………………………………….
sinalização das mitogen activated protein kinases ………………………………………………….………………………………………………….
(MAPKs) ………………………………………………….………………………………………………….
- Maior índice apoptótico ………………………………………………….………………………………………………….
- Interferência na fosforilação - transcrição de
………………………………………………….………………………………………………….
mRNA e tradução
………………………………………………….………………………………………………….
Maiores dosagens ativa o p38 e faz a inibição da ………………………………………………….………………………………………………….
síntese protéica. ………………………………………………….………………………………………………….
No sistema nervoso leva alteração do a.a tpr que atua ………………………………………………….………………………………………………….
na síntese de serotonina, e, quanto mais serotonina no
………………………………………………….………………………………………………….
sistema nervoso, gera uma anorexia.
- Menor status imunitário - inibição da síntese ………………………………………………….………………………………………………….
proteica e levando a depleção dos folículos ………………………………………………….………………………………………………….
linfóides. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Don- homens
Agudo - Náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, ………………………………………………….………………………………………………….
perda de peso, dor de cabeça, tontura e febre, ………………………………………………….………………………………………………….
imunossupressão. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Don- suínos
………………………………………………….………………………………………………….
● Perda da função da parede intestinal - decréscimo da

expressão da proteína claudina-4. ………………………………………………….………………………………………………….


● Menor ganho de peso ………………………………………………….………………………………………………….
● Menor taxa de síntese de albumina e linfócitos ………………………………………………….………………………………………………….
● Alterações reprodutivas - menor oócitos e embriões
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Imunotóxico: Inibidor de síntese proteica, quebras de
………………………………………………….………………………………………………….
ingestão e de produção, menor gordura do leite, maior ………………………………………………….………………………………………………….
contagem de células somáticas, alterações ………………………………………………….………………………………………………….
metabólicas e imunodepressão.
Malassezia spp
Importância
Homem: Pitiríase versicolor, uma micose superficial
Transmissão: infecções em caso de alimentação
parental com lipídios.
● Lipofílicas
● Lipodependentes
Animais:
● Organismos pleomórfico
● Otites com secreção escura e odor intenso
● Células globosas ou elipsóides
● Eritemas cutâneos geralmente com ou sem
● Brotamento único “colarete”
exsudação
● Parede celular espessa, com várias camadas
● Prurido, hiperpigmentação, crostas, escamas secas
● Reprodução assexuada
ou úmidas
● Aeróbias
● Foliculites
● Não ferramentas
● Infecções ungueais
● Urease-positivos
● Dermatites localizadas com ou sem alopécia

Transmissão: doença iatrogênica na transmissão da


levedura de um cão com otite externa a um paciente
humano

Patogenia
1 2
● Depende da idade, sexo, raça, predisposição genética

e fatores geoclimáticos.
● Má nutrição, avitaminoses gravidez, diabetes,

corticoterapia prolongada, terapia parental,


contraceptivo oral e imunodeficiência > fatores que
favorecem

1. Furfur Máculas
● Branco-fosco textura cremosa - Hipocrômica: pouca pigmentação, acúmulo
● Formas e tamanhos variáveis de sub. lipídica símile na camada córnea -
● Cilíndricas bloqueia a penetração da luz ultravioleta
● Ovais e esféricas - Hipercrômica: aumento das melanossomas
● Crescimento de 37ºC a 41ºC

● pH alto Fatores de virulência


- Fosfolipase: produção de metabólitos do
Pachydermatis ácido araquidônico - inflamação cutânea com
● Cor creme, com textura macia resposta inflamatória.
● Células ovais pequenas - Melanina: capacidade de colonização e
● Crescimento exacerbado quando se adiciona lipídio aumento da sobrevivência sobre ou dentro do
ao meio de cultura hospedeiro.
● Tº ideal é de 37ºC - Urease: fonte de nitrogênio.
● Zoofílica - Protease: mediação do catabolismo de
proteína - degradação de alvos proteicas
Globosa específicos: aquisição de nutrientes e
● Colônias elevadas, dobradas, rugosas, ásperas e
aderência a superfície da pele.
quebradiças - Biofilme: adesão a células epiteliais.
● Amarela clara

● Forma esférica
Manifestação clínica
● Produz filamentos curtos
● Micose superficial

● Crescimento é limitado a 37ºC


● Máculas e/ou prurido

● Conhecida como micose da praia ou pano branco

● Não contagiosa

● Maioria assintomática
Em animais: ● Catalase
M. pachydermatis - quebra do peróxido de hidrogênio em O2 e
● Pele de condutos da orelha externa de cães, gatos e água.
equinos ● Assimilação do tween 20, 40, 60 e 80
- Devon rex, possui naturalmente um número - surfactante não iônico, ésteres de ác. gracos
mais elevado de fungos malassezia spp. de polioxietileno sorbitol
- positivo - zona de precipitação
Predisposição do animal, alterações no microambiente - em ágar sabouraud
e nas defesas do animal, microambiente da pele ou
conduto auditivo ricos em lipídios e desordens
imunológicas tornam os animais mais susceptíveis.

O microambiente pode ser alterado por: excessiva


produção de gordura, diminuição da qualidade da
gordura, aumento da umidade, rachaduras na
superfície epidérmica, doenças que levem a
inflamação cutânea e alterem a produção de gordura
Tratamento
Uso tópico: nistatina, clotrimazol e miconazol
Cães: Lesões dermatológicas localizadas ou Shampoo: iconazol + clorexidina
generalizadas em ambiente relativamente quente e Sistêmico
úmido da pele. Leva o prurido e o odor intenso.
- Dermatite localizada: focinho, rosto e orelhas e ………………………………………………….………………………………………………….
área ventral e membros. Ligeiramente
………………………………………………….………………………………………………….
amareladas a acinzentadas
………………………………………………….………………………………………………….
Gatos: com pele oleosa e problemas de ouvidos, ………………………………………………….………………………………………………….
diabetes, câncer e vírus imunodeficiência felino são ………………………………………………….………………………………………………….
mais susceptíveis. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Equino: em um tennessee walking horse foi visto
alopecia difusa, não inflamatória, sem exudato ou
………………………………………………….………………………………………………….
crosta ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Diagnóstico laboratorial ………………………………………………….………………………………………………….
● Lâmpada de wood - fluorescência ………………………………………………….………………………………………………….
- U 360mm
………………………………………………….………………………………………………….
- Metabólitos pityrialactona
- Verde-amarelada
………………………………………………….………………………………………………….
● Raspagem da lesão
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
● Fita durex
………………………………………………….………………………………………………….
● Swab.
………………………………………………….………………………………………………….
● Isolamento
- meio dixon (contém ácido. oleico e glicerol) ………………………………………………….………………………………………………….
- Ágar sabouraud (azeite de oliva, cloranfenicol , ………………………………………………….………………………………………………….
cicloheximida ………………………………………………….………………………………………………….
- 35º a 37º de 3 a 6 dias. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
● Esculina ………………………………………………….………………………………………………….
- hidrólise da esculina > esculetina + glicose. A ………………………………………………….………………………………………………….
esculetina
………………………………………………….………………………………………………….
Considerações

● Essa apostila foi feita baseada em aulas de graduação.

● A maioria das fotos inseridas na apostila são do Google imagens.

● A apostila pode conter erros de grafia, sendo assim, ao observá-los, entre em contato com
o instagram por favor.

● A apostila é para uso pessoal e é feita para auxiliar nos estudos e o valor da mesma é
apenas pelos conteúdos digitados.

● Nem todas as faculdades passam os mesmo conteúdos, podendo assim, faltar algo. Como
descrito anteriormente, a apostila é realizada para auxiliar nos estudos, sendo necessário
estudar o conteúdo dado em sua graduação também.
Bacteriologia
Animal

larivet.resumos
Sumário

● Introdução à Microbiologia ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….

● Biossegurança ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...

● Nutrição microbiana ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………....

● Metabolismo microbiano ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

●Genética Microbiana …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...

● Microbiota …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...

● Identificação de bactérias ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………

●Quimioterapia antimicrobiana …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………

● Staphylococcus spp. ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..…………....

● Streptococcus spp. ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………....

● Enterobacteria ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

● Mycobacterium spp. ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………....

● Brucella spp ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….................................

● Bacillus ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….................................................

●Clostridium spp ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………......................


Microbiologia Classificação microbiana:
● Classificação de lineu: classifica os seres vivos de

Área da ciência que se dedica ao estudo de acordo com ass características/semelhanças


organismos que somente podem ser visualizados anatômicas dividendo em reino animalia e plantae
no microscópio. ● Classificação de Haeckel: adotou mais um reino, o

protista.
A microbiologia é importante pois é base de diversas
disciplinas, sendo a metade da biomassa do planeta
constituída por microrganismos. Logo, é importante
para a sobrevivência dos seres humanos, plantas e
animais, doenças infecciosas, reciclagem de
resíduos, produção de antibióticos, vitaminas,
indústria de alimentos e combustíveis, engenharia
genética e etc.

Origem dos micro-organismos


Primeiros seres vivos a colonizarem a terra, há 3,5 Primeira letra maiúscula e outras minúsculas, nome
bilhões de anos. As bactérias fotossintetizantes, em itálico e nome formado por um epíteto
respiravam dióxido de carbono e liberavam oxigênio, genérico (gênero) e um epíteto específico (espécie),
assim surgiu o oxigênio e daí começaram a surgir e sublinhar.
vidas provenientes do oxigênio.
Classificação microbiana
Descoberta: ocorreu em 1665, Robert Hooke observou ● Robert Whittaker: Baseada nas características

estruturas chamadas de pequenas caixas que eram fisiológicas: Tipo de célula, organização celular e
células, trazendo a teoria celular que diz que todas as nutrição
coisas vivas são compostas por células e a partir ● Carl Woese: baseado em aspectos evolutivos a partir

dessa análise começaram outras investigações da comparação de sequências de rRNA


baseados nos estudos dele.
● Abiogênese: formas de vida poderiam surgir
Tipos: ● Bactérias ● Vírus ● Fungos
espontaneamente da matéria em decomposição.
Teoria derrubada por Francesco Redi (1968)
● Louis Pasteur (1862): qualquer forma de vida só

pode provir de outra pré-existente, mas não pode ser


formado de matérias em decomposição. BACTERIOLOGIA
Critérios da patogenicidade Bactérias
Postulados de Koch - A presença de um ● Procariontes

microorganismo em indivíduos doentes não comprova ● Organismos unicelulares muito pequenos (0,5 e 5
sua importância patogênica. Só se comprova a partir micrômetro)
desse critérios.
● Bactérias e as arqueobactérias
1. O microrganismo suspeito estava em todos os casos
● Autotróficos e heterotróficos
da doença
● Saprófitas
2. O micro-organismo é isolado em tal doença e se
propaga em culturas puras
3. Produz a doença original em um hospedeiro Estrutura
experimental a maioria possui paredes celulares
4. O microorganismo pode ser isolado como base
nessa infecção experimental.

Idade de ouro (1857 a 1914)


Teve a descoberta de agentes de muitas doenças e a
da imunidade na prevenção e na cura das doenças,
além dos avanços e estudos de atividades químicas e
micro-organismos, técnicas de microscopia e cultivo
de micro-organismo e desenvolvimento de vacinas e
técnicas de cirurgias.
3. Membrana plasmática: composta de
Citoplasma, ribossomas, membrana plasmática e fosfolipídios e proteínas (integrais, de
núcleiode contendo DNA são as únicas estruturas que transporte e periférica). Tem como função
TODAS bactérias possuem. fazer uma barreira, tem uma permeabilidade
seletiva, além da digestão de nutrientes e
produção de energia. Possuem enzimas.
1. Ribossomos: síntese proteína e composto por
subunidades (ptn e RNA ribossômico).

4. Parede celular: rede macromolecular


denominada peptideoglicano (mureína), é
2. Nucleóide - cromossomo: informação
uma estrutura complexa, semirrígida. Protege
genética da célula, tem DNA circular e é contra alterações do ambiente, ancoragem de
fechado covalentemente, além disso não flagelos e é responsável pela forma da célula.
possui ptns histonas e outras. Tem estilo
Ela auxilia na divisão em dois grupos: bactérias
semiconservativo (surge a partir de fitas
gram positiva e gram negativa, baseada na técnica
moldes) e seus genes são organizados em
de coloração.
Operons.
A bactéria que a camada de peptideoglicano
Nucleóide - plasmídeos: pequenas moléculas de DNA
espessa, são as gram positivas, já as gram negativas
de fita dupla, circulares, elementos genéticos
possuem uma delgada parede celular porém tem
extracromossômicos, replicação independente do DNA
uma membrana externa.
cromossômico, contêm genes que conferem
determinada propriedade especial à célula.
● Coloração: Inicialmente adiciona o Cristal
Transportam informações genéticas.
violeta, em seguida o iodine que vai dificultar a saída
do corante. A gram positiva tem parede mais espessa
Inclusões e a probabilidade de sair é menor e a gram negativa
● Grânulos: As celulas podem acumular certos a probabilidade de saída é maior porém tem uma
nutrientes quando eles são abundantes e usá-los membrana externa que protege. Logo, utiliza-se o
quando estão escassos no ambiente álcool para degradar a membrana externa e depois
● Vesículas de gás: mantêm a flutuação para receber contracora com outro corante. As gram positivas com
quantidade suficiente de oxigênio, luz e nutrientes. violeta não tem espaço pra corar, assim, vai corar a
Geralmente me baterias aquáticas outra que estava sem (gram-negativa).
● Endósporos bacterianos: células desidratadas

altamente duráveis, com paredes espessas e camadas


adicionais. Serve de proteção contra condições
adversas como exposição a muitas substâncias
químicas tóxicas, temperatura extremas, falta de água
e nutrientes, radiação;
Processo de esporulação: sobre uma invaginação
formando um septo, havendo a formação de duas
membranas plasmática, essas membranas englobam
o material genético dentro da célula e dentro dessas
membranas formam uma camada de parede celular e
uma camada extra de proteína. Essa capa de A parede celular gram positiva contém ácidos
proteína dá a proteção contra a diversidade de lipoteicóico e os ácido teicóicos que se ligam e
ambiente. A célula vegetativa se rompe e o esposo sai regulam o movimento cátions para dentro e fora da
daí. OBS: o ácido dipicolínico é fundamental para a célula. Tem papel de crescimento celular impedindo a
retomada do metabolismo ruptura extensa de rede e a possível lise celular,
fornecem boa parte da especificidade antigênica da
parede. Já, a Gram negativa contém uma membrana
externa composta por lipopolissacarídeos,
fosfolipídeos e lipoproteínas. É importante na evasão
da fagocitose e nas ações do complemento, serve de
O endósporo podem ser classificados de acordo com barreira (antibiótico, lisozimas, detergentes, metais
sua posição: central, terminal ou subterminal pesados, sais biliares e alguns corantes - não
fornecem uma barreira para todas as substâncias), e
tem sua permeabilidade devido a porina, proteína que
formam canais específicos para passagem de
determinadas substâncias.
Lipopolissacarídeos: Contém lipídios e
carboidratos. É composto por:
Morfologia e arranjo
● Cocos: células bacterianos redondos
● Bacilos: bastonetes

● Outros: vibrião (bastonete curvo), espiral,

espiroquetas (saca rolha).

●Polissacarídeo O: funciona como antígeno, diferencia


espécies de bactérias gram -
● Cerne polissacarídeo: é ligado ao lipídio A e contém

açúcares incomuns, Fornece estabilidade


● Lipídeo A (endotoxina): responsável pelos sintomas

como febre, dilatação dos vasos venosos, choque e


formação de coágulos sanguíneos.

5. Cápsula (glicocálix)
Polímero viscoso e gelatinoso, é um polissacarídeo,
polipeptídeo ou ambos. É produzido dentro da célula e
secretado para superfície, impede a fagocitose,
permite a adesão e colonização, protege contra ………………………………………………….………………………………………………….
desidratação, inibe o movimento dos nutrientes para ………………………………………………….………………………………………………….
fora da célula e é fonte de nutrição.
………………………………………………….………………………………………………….
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6. Flagelo ………………………………………………….………………………………………………….
Apêndice filamentoso que propele as bactérias. Sua ………………………………………………….………………………………………………….
morfologia é helicoidal e realiza movimento natatório
(rotação) por uma força eletromotriz. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
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7. Pili/fímbrias ………………………………………………….………………………………………………….
Apêndices filamentosos mais cursos, retos e finos que ………………………………………………….………………………………………………….
flagelos, consistem em uma proteína denominada
pilina.
………………………………………………….………………………………………………….
● Fímbria: aderência
………………………………………………….………………………………………………….
● Pili: transferência de DNA (plasmídeo) ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Biossegurança
Nível de Biossegurança 2 (NB2) …… …… ……
Adequado ao trabalho que envolve agente de risco
moderado para profissionais e meio ambiente , em
geral causadores de doenças infecciosas (Classe de
Conjunto de medidas voltadas para a prevenção,
Risco II).
controle, minimização ou eliminação dos riscos
presentes nas atividades de pesquisa, produção,
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação
de serviços que possam comprometer a saúde do
homem (principalmente do profissional), dos animais,
a preservação do meio ambiente e/ou a qualidade
dos trabalhos desenvolvidos.

Comissão de biossegurança
● Implementar as normas preconizadas a fim de

prevenir riscos a funcionários, alunos, pacientes e meio Nível de Biossegurança 3 (NB3) … …


ambiente; Adequado ao trabalho de micro-organismo de
● Padronizar e normatizar procedimentos que elevado risco infeccioso (Classe de Risco III) podendo
regulamentem as normas de segurança; causar doenças sistêmicas e potencialmente letais.
● Identificar e classificar a área de risco;

● Estabelecer programas de treinamento para

prevenção de acidentes e monitorar acidentes de


trabalho.

Classificação dos laboratórios, segundo Nível de


Biossegurança
● Determinado de acordo com o agente biológico

● Não se conhece a patogenicidade do agente

biológico
Nível de Biossegurança 4 (NB4) … …
● As características físicas, estruturais e de contenção
Adequado ao trabalho de micro-organismo que
de um laboratório determinam o tipo de
possuem alto risco de infecção individual e
micro-organismo que pode ser manipulado em suas
transmissão pelo ar (Classe de Risco IV) e sempre que
dependências.
envolver OGM

Nível de Biossegurança 1 (NB1) ………………………… …


Adequado ao trabalho que envolve agente com
menor grau de risco (Classe de Risco I).

Comissão de Biossegurança em Saúde


• Ajuda na classificação de Risco dos Agentes
Biológicos
• Padronização e categorização dos microorganismos
• Classificar novos agentes que vêm surgindo.

Os micro-organismos = risco de causarem danos


aos profissionais que trabalham com eles e à
coletividade.
Classificação do agentes de risco biológico importação, a exportação, o armazenamento, a
pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação
- Critérios – base para classificação de risco!! no meio ambiente e o descarte de organismos
• a patogenicidade para o homem, geneticamente modificados – OGM e seus derivados,
• a virulência, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço científico
• o modo de transmissão, na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção
• a endemicidade à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a
• a existência ou não de uma terapêutica eficaz. observância do princípio da precaução para a
proteção do meio ambiente.
Classe de risco
Classe de Risco 1: Grupo de risco com nenhum ou Biosseguridade
baixo risco individual e coletivo. Um O conjunto de medidas de proteção de uma
micro-organismo que provavelmente não pode causar instituição e dos trabalhadores necessárias para evitar
doença no homem ou num animal. a perda, o roubo, o uso incorreto ou a liberação
intencional de patógenos e toxinas (bioterrorismo).
Classe de risco 2: Grupo de risco com risco individual
moderado, risco coletivo baixo. A exposição ao
Equipamentos de proteção para o laboratório de
agente patogênico pode provocar uma infecção no
microbiologia
homem ou no animal, mas existe um tratamento
eficaz, além de medidas de prevenção, com risco de 1. Equipamento de Proteção Coletiva - EPC
propagação de infecção limitado. • Cabine de segurança Biológica
- Classe I – deixam o ar ambiente entrar em
Classe de Risco 3: Risco individual elevado, baixo
contato com o material a ser processado,
risco comunitário. O agente patogênico pode
embora este ar, ao sair da cabine, seja filtrado
provocar enfermidades humanas graves, podendo
e saia estéril.
propagar-se de uma pessoa infectada para outra,
- Classe II – Esterilizam o ar que entra em
entretanto, existe profilaxia e/ou tratamento.
contato com o material a ser processado e o
Classe de Risco 4: Grupo de risco com alto risco ar que sai da cabine. Maior parte dos
individual e coletivo. Um agente patogênico que laboratórios de microbiologia.
causa geralmente uma doença grave no homem ou - Classe III – São hermeticamente fechadas,
no animal e que se pode transmitir facilmente de uma trabalhando com ar estéril e pressão negativa.
pessoa para outra, direta ou indiretamente. Nem
sempre estão disponíveis um tratamento eficaz ou
medidas de prevenção.

Classe de Risco Especial ou Classe de Risco 5: O


risco de causar doença animal grave e de
disseminação no meio ambiente é alto. Aplica-se a
agentes, de doença animal, não existentes no País e
que, embora não sejam patogênicos de importância
para o homem, podem gerar graves perdas
econômicas e na produção de alimentos. Os agentes
dessa classe devem ter sua importação proibida e,
caso sejam identificados ou suspeitada sua presença
no país, devem ser manipulados em laboratórios de
contenção máxima, ou seja, NB4.

Lei de biossegurança
• Lei N° 8.974, de Janeiro de 1995 - Lei de
Biossegurança estabelece as diretrizes para o controle
das atividades e produtos originados pela tecnologia
do DNA recombinante.
• Lei Nº 11.105, de 24 de março de 2005 - estabelece
normas de segurança e mecanismos de fiscalização
sobre a construção, o cultivo, a produção, a
manipulação, o transporte, a transferência, a
2. Equipamento de Proteção Individual - EPI Boas Práticas Laboratoriais
• Proibido comer, beber, fumar, guardar alimentos e
aplicar cosméticos na área técnica
• Prender cabelos e evitar o uso de bijuterias e
adereços
• Vedado o uso de calçados abertos como sandálias e
chinelos
• Toda amostra biológica deve ser considerada como
potencialmente contaminada
• Obrigatório o uso de EPIs
• Proibido pipetar com a boca
• Obrigatória a descontaminação de bancadas antes
de depois do desenvolvimento de atividades. Também
desinfetar pisos, paredes e outros locais necessários
• Proibido reencapar e entortar agulhas após o uso
• Nunca manipular material não identificado
• Segregar e acondicionar adequadamente os
resíduos biológicos e químicos
• Depositar todo o material contaminado em
recipientes apropriados para autoclavação.

Antissepsia as mãos antes e depois

Vidrarias

Corte e queimaduras
Cortes e queimaduras que venham a ocorrer durante
o processamento do material devem ser rapidamente
cuidados. Pessoas com lesões de pele devem evitar o
Equipamentos manuseio de material biológico.

Classificação de resíduos
A1
Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de
fabricação de produtos biológicos, exceto os
hemoderivados; descarte de vacinas de
microorganismos vivos ou atenuados; meios de cultura
e instrumentais utilizados para transferência,
inoculação ou mistura de culturas; resíduos de
laboratórios de manipulação genética.

• Estes resíduos não podem deixar a unidade geradora


sem tratamento prévio.
• Devem ser inicialmente acondicionados de maneira Pasteurização
compatível com o processo de tratamento a ser • Alta temperatura e curto tempo (HTST) -
utilizado. temperaturas mínimas de 72ºC, por 15 segundos
• Temperatura ultraelevada (UHT) - temperatura de
Métodos de Esterilização e Desinfecção 140ºC por 4 segundos
• Eliminação e diminuição das contagens bacterianas
totais

Tindalização
• Temperatura de 60 a 100ºC por 30 minutos
• Resfriamento
Métodos físicos - calor, filtração e radiação • Repetições de 3 a 12 dias consecutivos – intervalos de
24h
Métodos químicos - compostos fenólicos, clorexidina, • Eliminação: forma vegetativa – fungo e bactérias
halogênios, álcoois, peróxidos, óxido de etileno,
formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético

Processo Físico – calor úmido


Fervura
• Formas vegetativas dos patógenos bacterianos,
quase todos os vírus, e os fungos e seus esporos
• Temperatura de 100ºC por 10 minutos
• vírus da hepatite - sobrevive a até 30 minutos
• alguns endósporos bacterianos = mais de 20 horas

Autoclavação
• Vapor sob pressão = em torno de 15 psi (121ºC) – 20
minutos
• Falha = quando o ar não é completamente removido
• Micro-organismos e endósporos – exceto príon
Processo físico - calor seco
Flambagem
• Promove a oxidação dos constituintes celulares

Radiação
Radiações ionizantes = possui energia para ionizar
átomos e moléculas
• Raios gama - Raios X - Feixes de elétrons de alta
Forno Pasteur energia
• Circulação ar quente – controlado por termostato • Penetração
• Esterilização: vidraria vazia, seringas de vidro, • Teoria-alvo da lesão por radiação
agulhas, instrumentos cortantes • Partículas ionizantes, ou pacotes de energia, passam
• 160ºC a 170C, durante 2 horas através ou junto a porções vitais da célula; isso
constitui os “golpes”.
• Mutações = morte do micro-organismo
O principal efeito é a ionização da água do
citoplasma , que forma radicais hidroxila altamente
reativos. Esses radicais reagem com os
componentes orgânicos celulares, especialmente o
DNA.

Incineração Radiações não-ionizantes


• Queima até se tornarem cinzas • Raio Ultravioleta – Raio Infravermelho
• Animais e de produtos de origem animal que • Baixa penetração
apresentem risco biológico. • Raio UV = Causam danos ao DNA ou RNA do
• Copos de papel, curativos contaminados, carcaças micro-organismo
de animais, sacos e panos de limpeza. • Raio IV = geram calor na superfície de contato, e o
calor
produzido mata o micro-organismo
• Controle de ambientes fechados com lâmpada UV
(germicida)

Filtração
Filtros de membrana
• 0,1 mm de espessura
• Poros: 0,01μm, 0,22μm e 0,45 μm Processo Químico – Esterilizantes
Óxido de etileno
Os poros do filtro de membrana são menores que as • Alta penetração - período de exposição prolongado
bactérias, e assim, elas são retidas no filtro. • Esterilizante em temperatura relativamente baixa
• Bactericida, esporicida e virucida
O gás é tóxico e explosivo em sua forma pura =
misturado a CO2. Nutrição microbiana
As bactérias precisam de nutrientes para se
desenvolver e os nutrientes são unidades químicas
utilizadas na construção e manutenção da
estrutura e organização celular e um organismo. O
microorganismo mais adaptado é o consegue utilizar
variadas fontes de nutrientes

Aldeídos Macronutrientes: são elementos essenciais


• Formaldeído = forma líquida ou gasosa por 18 horas requeridos por todas as bactérias para a síntese dos
• Glutaraldeído = 8 a 12 horas = material de acrílica, constituintes e funções celulares.
cateteres, drenos, nylon, silicone, teflon, pvc, Micronutrientes ou elementos traços: requeridos em
laringoscópicos e outros quantidades muito pequenas ou únicas.
• Bactericida, tuberculocida e viricida = 10 minutos Fatores orgânicos de crescimento: requeridos em
• Esporicida = 3 a 10 horas quantidade relativamente baixa, e somente por
Função: Altera os ácidos nucleicos e a síntese de algumas bactérias que não podem sintetizá-los,
proteínas dos micro-organismos devendo ser obtidos do meio natural ou artificial em
que vivem. Ex: Vitaminas, aminoácidos, purinas e
pirimidinas.

Classificação energética dos micro-organismos

Quimiotróficos
Fototróficos:

………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
●Psicrófilos: crescem em tº baixas (15ºC), encontrados
em oceanos e regiões da Antártica, não causam
problemas na preservação de alimentos.
●Psicotróficos: crescem em temperatura de
refrigeradores (20 a 30ºC), encontrados em alimentos
estragados.
●Mesófilos: bactérias que crescem em temperatura
corporal (25 a 40ºC), encontrado no corpo dos animais
e são conhecidas como as bactérias patogênicas,
elas degradam alimentos.
●Termófilos: vivem em ambiente com tº alta (50 a
60ºC), encontrada em ambiente de águas termais

PH
A maioria das bactérias crescem melhor em uma faixa
Comportamento frente ao oxigênio estreita de Ph perto da neutralidade. Há também
Aeróbicos obrigatório: só crescem na presença do bactérias acidófilos (ambiente ácido) e alcanifilicos
oxigênio. (ambiente base). No cultivo em laboratório, com
Anaeróbios: não precisam de oxigênio para o frequência produzem ácidos que algumas vezes
crescimento interferem com seu próprio crescimento.
- Anaeróbios facultativos: crescem na
presença do oxigênio mas também podem Efeito da pressão osmótica
crescer na ausência dele. Bactérias que não crescem na presença de sal são as
- Anaeróbios obrigatório: não crescem na não halófilas, as que toleram ambiente de sal são as
presença do oxigênio Halotolerantes e os Halófilos extremos são as que
- Anaeróbios aerotolerantes: creme sem o vivem em ambientes com muita presença de sal.
oxigênio mas toleram a presença de uma
quantidade pequena de oxigênio.
Microaerófilos: cresce somente na presença do
oxigênio mas o oxigênio não precisa estar em grande
concentração.

Efeitos da temperatura
A velocidade da maioria das reações químicas
aumenta com o aumento da temperatura. As
moléculas movem-se mais lentamente em baixas
temperaturas do que em altas (podem não ter energia
suficiente para causar uma reação química).
Meios de cultura
É a mistura de nutrientes requeridos para a
sobrevivência e crescimento microbiano em um
sistema artificial. São utilizados em análises
laboratoriais e estudos científicos para o cultivo e
identificação de micro-organismos

Ágar- ágar ……………………………………………………….


Extraído de algas Rhodophyta e passa por um
tratamento térmico para retirar impurezas. É a
substância usada para cultivar as bactérias,
considerado o “alimento delas”.
Constituição: agarose e agaropectina
(polissacarídeos)
Quanto à consistência do ágar-ágar: Crescimento de divisão celular
1. Sólido (1,5-3g): Permite o isolamento de Ocorre por fissão Binária e envolve um conjunto de
visualização das colônias que podem proteínas conhecidas como Fts
apresentar diferentes cores e morfologia. Recrutamento de outras proteínas: formação da P.C
Observação da pureza colônia;
2. Semi-sólido (0,1 - 1,1 g%) menor concentração
de ágar-ágar.
3. Líquido (0% de ágar-ágar): crescimento
avaliado através da turvação do caldo. Usado
para repiques - reativação de colônias;

Quanto à composição:

Meios sintéticos ou definidos

Crescimento populacional
Meios complexos O tempo de geração varia entre os organismos e de
acordo com as condições ambientais.
● O número total de células e a massa duplicam-se,

ocorrendo um crescimento exponencial (potência de


2).

Meio básico Fases de crescimento


Meios de uso em geral servem para cultivo de Curva de crescimento: crescimento das células em
microrganismos. É usado como base no preparo de função do tempo
outros meios. 1. Fase lag: tempo zero que pode durar dias ou
horas e não vai haver crescimento/divisão
Meio enriquecido
celular.
Meio enriquecido com determinados nutrientes que
2. Fase log: onde as bactérias estão utilizando os
potencializam/favorecem o crescimento de
nutrientes e estão crescendo.
determinados micro-organismos.
3. Fase estacionária: fase onde o mesmo
número de bactérias que crescem e se
multiplicam estão morrendo. Os nutrientes
estão se esgotando, ocorre maior
acidificação do meio e outros...
4. Fase de morte celular: quando todos os
nutrientes se esgotam e ocorre a morte.
5.

Meio seletivo
Meio com substâncias que inibem o crescimento de
microorganismos indesejáveis e seleciona os que se
pretende isolar.

Meio diferencial
Permite que o microrganismo produz reações que
podem ser usados na sua diferenciação;
As fases de crescimento são fundamentais para
entendermos a dinâmica das populações e o METABOLISMO MICROBIANO
controle durante a preservação ou a deterioração
de alimentos, a microbiologia industrial (como a
Soma de reações químicas que acontecem dentro de
produção de etanol) e o curso e o tratamento de
uma célula que são necessárias para a produção de
doenças infeciosas.
energia.
Reação catabólica: transferem energia de moléculas
Obtenção de culturas puras por semeadura por
complexas para o ATP. Quebra de moléculas
esgotamento
complexas pra mais simples
Para a obtenção de amostras puras deve-se conter Reação anabólica: transferem energia do ATP para
apenas um tipo de microrganismo. moléculas complexas.
Deve-se verificar a pureza da amostra e realizar o
método correto de assepsia para impedir
contaminações.

Isolamento de microrganismos: técnica de


esgotamento do inóculo por estrias

É na membrana celular que é o centro metabólico


da célula procariota, pois as bactérias não tem
mitocôndria.

Catabolismo …………………… ……………...


Catabolismo dos carboidratos
Glicose é o carboidrato primordial do catabolismo
………………………………………………….…………………………………………………. onde ocorre a quebra das moléculas para produzir
………………………………………………….…………………………………………………. energia - Enzimas da glicólise catalisam a quebra da
………………………………………………….…………………………………………………. glicose
Respiração e Fermentação
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. A síntese de atp se dá pela fosforilação e pode
acontecer por fosforilação a nível de substrato
………………………………………………….………………………………………………….
(fermentação e respiração) e/ou fosforilação
………………………………………………….…………………………………………………. oxidativa.
………………………………………………….…………………………………………………. 1. Geração de ATP
………………………………………………….…………………………………………………. 2. Fosforilação em nível de substrato
………………………………………………….…………………………………………………. 3. NADH
4. Saldo de 2 atps gerados
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Fermentação …………………………………… ……………….
………………………………………………….………………………………………………….
● Compostos orgânicos são parcialmente degradados.
………………………………………………….…………………………………………………. ● Não requer ciclo de kers ou cadeia de transporte de

………………………………………………….…………………………………………………. elétrons
………………………………………………….…………………………………………………. ● Utiliza moléculas orgánicas como aceptor final de

………………………………………………….…………………………………………………. elétrons
● Não requer oxigênio e produz pequenas quantidade
………………………………………………….………………………………………………….
de ATP
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Dentro da fermentação tem a fermentação láctica
………………………………………………….…………………………………………………. que produz ácido láctico. Realizada por bactérias
cariogênicas
●Compostos orgânicos são completamente
degradados

Respiração anaeróbica:
● Produz outras moléculas inorgânicas que não são

oxigênio: No3-, SO4, H2S, CH4.

Catabolismo de proteínas e lipídeos


Necessita de enzimas como protease peptidase que
faz a degradação da ptn em compostos mais simples
Dentro da fermentação tem a fermentação alcoólica
(aminoácidos) para entrar no ciclo de krebs. Esses
que produz etanol. Realizada por bactérias e
aminoácidos passam pelo processo de desaminação
leveduras.
ou carboxilação.
Já o lipídio é quebrado por uma lipase em glicerol e
ácido graxos, glicerol é convertido em
dihidroxiacetona fosfato e o ácido grão sobre beta
oxidação, no qual libera carbono e forma a acetil
coA e entra no ciclo de krebs.

Reações anabólicas - biosíntese …………………………………………


É necessária para a formação da estrutura da célula
bacteriana.

Metabolismo respiratório
Ciclo do ácido tricarboxílico

Aplicação prática: Identificação bioquímicas de


espécies bacterianas
Cada bactéria metaboliza um nutriente diferente e
produzem enzimas diferentes.
Substrato > enzima > produto metabólico

Fermentação de ácidos mistos


Glicose > ácido pirúvico > fermentação mista > (ác.
acético, fórmico, láctico) > vermelho de metila >
vermelho

Cadeia de transporte de elétrons


objetivo: liberar energia enquanto os elétrons são
transferidos de um composto de alta energia para um
composto de baixa energia para produzir atp.
Saldo energético: 38 ATPS
Respiração aeróbica:
● Oxigênio é o aceptor final dos elétrons.
Descarboxilação de aminoácidos
Lisina descarboxilase: descarboxila a lisina originando Armazenamento da informação genética
aminas e CO2, no meio da cultura há glicose, a.a e É no nucleóide (informações genéticas essenciais) e
indicador de PH. plasmídeos (informações genéticas acessórias -
adaptar no meio ampliar a diversidade metabólica).

Expressão gênica

1. bactéria não entérica. Não descarboxila e não


fermenta glicose
2. Positivo. Descarboxilação da lisina (rosa) e
fermentação da glicose. Genes são expressos ao mesmo tempo em uma
3. Negativo. Não descarboxila lisina e fermenta bactéria? pode ocorrer a inibição por
glicose retroalimentação, assim, impede que uma célula
realize reações químicas desnecessárias para não
haver gasto de energia.

Genética Microbiana Regulação gênica - Operons


Operons é um conjunto de genes que está presente no
material genético da célula bacteriana que faz a
regulação gênica. ● Operon Lac

Também pode ocorrer a regulação de repressão.

Mecanismo de recombinação gênica


Replicação binária.
A recombinação gênica ocorre por três tipos de
mecanismos: a transformação, a conjugação e a
transdução.
1. A transformação é a incorporação de DNA
livre pela célula bacteriana.
2. A conjugação é o processo de transferência
de DNA de uma bactéria para outra,
envolvendo o contato entre as duas células.
Ácido desoxirribonucleico - DNA O processo inicia com a formação de uma união
Molécula de DNA é importante para a construção de específica doador-receptor. Em uma segunda fase,
um organismo. Compõe o genoma. ocorre a preparação para a transferência do DNA.
Após a transferência do DNA, forma-se um plasmídeo
● É composto de dupla hélice que é formada por funcional replicativo no receptor.
nucleotídeos (açúcar, base nitrogenada e fosfato 3. A transdução é a transferência de material
ligados por pontes de hidrogênio) genético, entre células, mediada por
● Sentido: 5’ 3’ bacteriófagos.
● Especificidade das bases nitrogenadas:
Mutações
Alterações permanentes e transmissíveis na sequência
do DNA
Ribose - RNA Erros realizados durante a replicação DNA
Molécula polimérica linear formada por nucleotídeos Ausência de agentes causadores: resistência à
Pareamento intramolecular. antibióticos, alteração da capacidade fermentativa e
alterações morfológicas.
A diferença entre o DNA e RNA é o açúcar (ribose e - Pode ocorrer mutação pela substituição de
desoxirribose), na base (timina e uracila) e o RNA tem base (pontual) e de troca de fase de leitura
(frameshift).
um átomo de O2 a mais.
Microbiota
Microorganismos podem se comportar como
patógenos oportunistas, e situações de desequilíbrio
ou ao serem introduzidos em sítios não específicos.
Condições para que os microorganismos se
Microorganismo que habitam os diversos sítios
estabeleçam: Umidade, Ph, Temperatura e
anatômicos do corpo
Nutrientes.

Desenvolvimento da microbiota: fisiologia do


Animais Germ Free
hospedeiro, o desenvolvimento e morfogênese de
● Gnotobióticos
órgãos e a manutenção do equilíbrio de tecidos e
● Sistema imune subdesenvolvido e são extremamente
órgãos.
suscetíveis a infecções e doenças severas.

● Microbiota residente: permanece com a gente ao


Fatores que alteram a microbiota
longo da vida inteira. Papel importante na
● Fatores ambientais
manutenção da integridade do hospedeiro.
● Disposição genética: hiperimunidade
- produção de substâncias que são utilizadas
(super-representação de mediadores
pelo hospedeiro (ác. graxos vitaminas
pró-inflamatórios) e imunodeficiencia (mutações na
complexo B e K)
ptns imunológicas reguladoras
- Degradação de componentes tóxicos (ex: ác.
● Disbiose: afeta níveis de mediadores imunológicos.
biliares)
- Inflamação crônica
- Desenvolvimento, modulação e maturação do
- Disfunção metabólica
sistema imune dos hospedeiros
- Barreira contra colonização por patógenos.
Microbiota transitória: não se instala no organismo,
Patogenicidade bacteriana

permanece pouco tempo. Não necessariamente causa


Conceitos:
uma doença, apenas se afetar a microbiota residente.
1. Infectividade: capacidade de um agente
causa uma infecção
Exclusão competitiva ou Antagonismo microbiano
2. Patogenicidade: capacidade do agente
Quando existe uma relação entre os microrganismos
causar uma doença
de competição por nutrientes da microbiota residente
3. Virulência: capacidade de gerar uma doença
contra outros patógenos.
grave ou fatal.
- Produz substâncias prejudiciais aos
microrganismos invasores.
Como os microorganismos se estabelecem?
- Afeta as condições como o PH e a
1. O microrganismo encontra uma porta de
disponibilidade de oxigênio.
entrada (mucosas, trato respiratórios,
gastrointestinal, geniturinário, via parental)
Relação entre microbiota e hospedeiro
quando estamos à exposição a patógenos.
● Comensalismo: Um organismo se beneficia e o ouro
2. Adesão de patógenos à pele ou mucosa
não é afetado
3. Invasão por meio do epitélio
● Mutualismo: ambos organismos se beneficiam
4. Infecção: crescimento e produção de fatores
● Parasitismo: um organismo se beneficia com
de virulência e toxinas.
prejuízo ao outro.
5. Toxicidade: os efeitos da toxina são locais ou
● Antibiose ou amensalismo: Relação antagonista,
sistêmicos / Invasividade: crescimento
onde uma espécie prejudica o desenvolvimento da
adicional no sítio original e em sítios distantes.
outra através da liberação de substâncias no
6. Dano tecidual, doença.
ambiente
- bactéria e hospedeiros = relação desarmônica
Porta de saída: geralmente as mesmas utilizadas
- relação instável
como porta de entrada.
- hospedeiro ou bactérias podem ser
eliminados.
Adesão ……………………… ……………………………………..
Interação entre as adesinas (ligantes) do agente e
Microbiota residente - caráter anfibiôntico ou
receptores (manose) do hospedeiro.
oportunista
● Localização das adesinas: cápsula, fimbria e pili.
Invasão ………………………………………………………………………………………
Facilitada pela barreira alterada ou quimioterapia
antimicrobiana. Inicialmente encontra os fagócitos do
hospedeiro.
Caso não sejam eliminadas pelo sistema imune, ocorre
a danificação da célula, assim, ocorrendo a utilização
dos nutrientes do hospedeiros, dano direto a região da
invasão, produção de toxinas, indução de reações de
hipersensibilidade.

● Proteínas de superfície, chamadas de invasinas Dano direto


● Rearranjo dos filamentos de actina do citoesqueleto Após a adesão às células do hospedeiro podem
celular causar danos diretos à medida que usam essas
● Enrugamento da membrana células para a obtenção de nutrientes.

Colonização e crescimento ……………………… …


Produção de fatores de virulência
Adaptação
- adesão firme
- repulsa de fagócitos
- interferência na função fagocítica A bacteremia é a presença de bactérias na corrente
- condições ideais (nutrientes, Ph, temperatura) sanguínea.
A sepse é uma reação inflamatória sistêmica,
Produção dos fatores de virulências: Enzimas complexa e grave, devida a um processo infeccioso
- Coagulase: transforma o fibrinogênio em A Septicemia seria algo como sepse + bacteremia,
fibrina. Proteção contra fagocitose além do processo inflamatório intenso há também a
- Cinase/quinase: degradam a fibrina e multiplicação de bactérias no sangue, algumas vezes
digerem coágulos formados pelo organismo com liberação de toxinas, deixando o quadro clínico
para isolar a infecção ainda pior.
- Hialuronidase: hidrolisa o ácido hialurônico.
Une tecido conjuntivo Exposição - Vias …………………………………………………………………………
● Contato direto: fômites, vetores
- Protease IgA: destruição do anticorpo IgA que
● Infecção aerógena: perdigotos, fezes seca
impede a adesão.
● Contato direto: ingestão, mucosas, pele.

Toxicidade ……………………………………………………………………………………
Produção das toxinas, efeitos locais ou sistêmicos. ………………………………………………….………………………………………………….
- Exotoxina: solúvel no fluido corporal e com ………………………………………………….………………………………………………….
isso consegue se difundir no sangue e ir se ………………………………………………….………………………………………………….
espalhando ao longo do corpo do hospedeiro. ………………………………………………….………………………………………………….
Destrói ou inibe as funções metabólicas da
………………………………………………….………………………………………………….
célula.
- Endotoxina: produzidas pelas bactérias ………………………………………………….………………………………………………….
gram-negativas e atuam como toxinas em ………………………………………………….………………………………………………….
circunstâncias especiais. é uma toxina que é ………………………………………………….………………………………………………….
parte integrante da membrana externa de ………………………………………………….………………………………………………….
algumas bactérias e só é libertada após a
………………………………………………….………………………………………………….
destruição da membrana externa da bactéria
das Gram negativas, libertando-se o LPS. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Identificação de bactérias
Coloração de gram
1º Preparação do esfregaço:
- Observar a placa
- Selecionar colônias únicas.
- Adicionar de 2 a 3 gotas de salina na lâmina.
- Recolher a colônia selecionada com alça de
platina.
- Homogeneizar a colônia com a salina.

2º Fixação do esfregaço
- Secar no calor do bico de bunsen
- Passar 3 vezes sobre a chama do bico de
bunsen

3º Etapa coloração de gram


- Usar o cristal violeta por um minuto
- Lavar com água
- Utilizar o lugol por 1 minuto
- Lavar com álcool 70%
- Cora por Fucsina.
Quimioterapia ANTIMICROBIANA:
que é precursor da síntese de ác. nucleico. Ex:
sulfonamida e trimetoprim faz o bloqueio
sequencial (sinergismo), acentuado aumento

MECANISMO DE AÇÃO E RESISTÊNCIA. da atividade (bacteriostático)

Disseminação da resistência
Princípio da toxicidade seletiva = destruir patógenos de Uso de antimicrobianos
forma seletiva, porém sem afetar o hospedeiro. ● Uso extensivo: medicina, veterinária, agricultura

● Uso inadequado de antibióticos

Classificação dos antimicrobianos ● Uso excessivo e antibióticos: uso na agricultura

● Naturais = produto secundário do metabolismo (suplementação de rações) e uso humano e


microbiano veterinário (tratamento de infecções).
● Semissintéticos = naturais alterados quimicamente

em laboratório Resistência bacteriana aos antimicrobianos


● Químico ou sintético = sintetizados em laboratório ● Natural ou intrínseca: transmitida da célula mãe

para célula filha


quanto a atividade das drogas ● Adquirida

● Bactericida: realiza a lise das células 1. cromossômica: mutação espontânea de


● Bacteriostático: impede o genes/alterações nas estruturas das células
crescimento/desenvolvimento das bactérias parando bacterianas.
seu metabolismo. 2. Plasmidial: transmitida pelo plasmídeo R.
transmissão por conjugação, transdução e
quanto ao espectro de ação transformação.
● Espectro restrito

● Espectro estendido O antibiótico


● Amplo espectro 1. Bloqueia a entrada: alteração da
permeabilidade
Mecanismos de ação dos antimicrobianos 2. Inativação da enzima: B- lactamases
1. Inibição da síntese da parede celular: catalisam a hidrólise anel beta-lactâmico
Inibição da reação de transpeptidação, (ligação PBPs)
bloqueio na síntese do peptideoglicano. 3. Alteração à célula alvo: adquire um gene
2. Inibição da síntese de proteínas: atuam nas que atua para modificar um alvo
subunidades dos ribossomos, inibição da 4. Efluxo do antibiótico: utilizadas para eliminar
síntese dos polipeptídeos. Ex: Cloranfenicol substâncias tóxicas
liga-se à porção 50 e inibe a formação da
ligação peptídica/ Estreptomicina muda a Fatores que influem a escolha do antibiótico
conformação da porção 30s fazendo com que ● Característica do paciente

o código contido no mrna seja lido ● Agentes etiológicos

incorretamente./ Tetraciclinas interferem com ● Propriedade dos antimicrobianos

o acoplamento entre trna e o complexo mrna -


ribossomo.
3. Inibição da replicação e transcrição: se
ligam ao dna da bactéria. Ex: rifampicina se
liga na rna polimerase e impede o inicio da
transcrição / Fluoroquinolonas: inibição
seletiva da síntese do dna bacteriano .
4. Dano a membranas plasmáticas: mudanças
na permeabilidade da membrana. Ex:
Polimixinas liga ao fosfolipídio e desestabiliza a
membrana da bactéria liberando cálcio e
magnésia mudando a permeabilidade.
5. Inibição da síntese das purinas : atuam
como análogos estruturais de metabólitos
essenciais. Inibição da síntese do ácido fólico
Antibiograma Staphylococcus spp.
É o teste in vitro realizado para verificar a sensibilidade
de um micro-organismo patogênico a um ou vários ● “cachos de uvas”
antibióticos. ● 52 espécies e 28 subespécies
- Cocos gram-positivos
Interferentes - Células isoladas ou aos pares
• Tipo de meio de cultura; - 0,5 - 1,5 Mm de diâmetro
• Inóculo; - Não formadores de esporos.
• Conservação dos discos de antibiótico;
• Condições de incubação (atmosfera de O2 ,
temperatura e tempo);
• Interpretação do teste (deve-se ser detalhista na
procura de mutantes).

Vantagens
• Deduz o possível mecanismo de resistência
• Detecta novos mecanismos de resistência Características gerais
• Técnica de fácil execução ● Anaeróbios facultativos

• Baixo custo ● Imóveis

● Podem ou não apresentar cápsulas

Limitações ● Crescem em meios contendo 7,5 % Nacl

• Não detecta baixos níveis de resistência ● Temperatura de crescimento: 18 - 40ºC

• Simplificação exagerada da leitura interpretativa ● Colônias produzem pigmentos: branco a amarelo

• Erros de técnica (ágar, discos ou metodologia) ● Catalase positivo - enzima que as bactérias

possuem que faz a diferenciação entre dois gêneros.


Ela elimina os radicais tóxicos do oxigênio que são
………………………………………………….…………………………………………………. inevitavelmente gerados em sistemas vivos na
………………………………………………….…………………………………………………. presença de O2.
- Staphylococcus X streptococcus (catalase
………………………………………………….………………………………………………….
negativa)
………………………………………………….…………………………………………………. Quebra do peróxido de hidrogênio liberando O2 e
………………………………………………….…………………………………………………. água.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Coagulase também serve para diferenciação da
espécie: faz a conversão de fibrinogênio e fibrina
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Habitat natural
………………………………………………….…………………………………………………. ● Cavidade nasal

……………………………………………………………………………………………………. ● Pele e mucosa

● Transitórios no trato gastrointestinal


Sobrevivência prolongada no ambiente = transmissão ● Lipase: hidrolisa lipídeos: sobrevivência em áreas
indireta sebáceas do corpo.
● Penicilinase: quebra a penicilina - hidrólise do anel B

lactâmico.
● Estafiloquinase: degrada coágulo de fibrina

● Fosfolipase: rompe membrana fosfolipídicas

● Slime: adesão - polissacarídeo

Patogenicidade ● Hemolisinas (citotoxinas): liberação do grupo heme


● Bactérias piogênicas - Alfa (poros): hidrólise total dos eritrócitos,
● Infiltração nos tecidos após lesão cutânea plaquetas, leucócitos, células epiteliais,
● Lesões supurativas no local da infecção linfócitos …
● Formação de pus. - Beta (esfingomielinase C): degrada
esfingomielina (fosfolipídio = tec.nervoso e
Fatores de virulência - estruturas membrana): tóxica aos eritrócitos, leucócitos e
● Peptidoglicano neurônios
1. Adesão: mediadas por proteínas MSCRAMMs - Gama (leucocidina) - tóxica aos leucócitos
(componentes da superfície microbiana que - Delta (exotoxina): rompe membrana celular =
reconhecem as moléculas de adesão da detergente não iônico.
matriz). Elas são ligadas de forma covalente
pela enzima transpeptidase sortase A. Toxinas esfoliativas e doenças clínicas
2. Semelhante endotoxina: estimula o pirogênio ● Dermatite esfoliativa: toxina esfoliativa (A e B);

endógeno, ativação do complemento, reação ● Serinas proteases = especificidade para desmogleína

inflamatória. - 1 (glicoproteína desmossômica) - responde pelas


lesões cutâneas características:
● Cápsula polissacarídica
- formação de bolhas ou vesículas >
- 11 sorotipos, facilita a aderência em superfícies,
descamação. Ex: S.hyicus (suínos) e S.
proteção contra fagocitose (persistência no
intermedius (piodermite canina)
sangue ou tecido), promovem maior reação
inflamatória e são eliminados mais
● Impetigo bolhoso
rapidamente
Descolamento da epiderme favorecendo o
● Ácidos teicoicos aparecimento de bolhas.
- Polímeros de fosfato ligados a M.P ou resíduos Ocorre em lactentes.
de NM; atuam como adesinas, auxilia na Altamente contagiosa.
fixação da bactéria à superfícies mucosas, A lesão inicial é igual ao impetigo comum, com
definidos como endotoxinas - choque séptico. pequenas pápulas, porém, evoluem rapidamente

● Proteína de adesão da superfície - A ● Toxina 1 da síndrome do choque tóxico


- Ligada a camada de peptidoglicano ou a Superantígeno - resistente ao calor
membrana plasmática, possui afinidade Ligação a MHC classe II estimulação das células T -
receptor manifestação da síndrome
Sintomas: febre, hipotensão, descamação e
Potencial patogênico invasivo comprometimento multissistêmico (gastrointestinal,
● Coagulase livre: protrombina > fibrinogênio > fibrina
muscular, renal, hepático e SNC)
- Depósito de fibrina no “mos”: altera
elimina~]ap por células fagocíticas ● Enterotoxinas estafilocócicas
- Fator clumping (fator de Superantígenos - exotoxina
agregação/aglutinação): adesinas ClfA e Proteínas pequenas secretadas no meio - estimula a
ClfB - ligam ao fibrinogênio - adesão de produção de citocinas
plquetas. Termoestáveis
Resistentes às enzimas gástricas
Fatores de virulência não estruturais Intoxicação alimentar
● Catalase: proteção contra fagocitose

● Hialuronidase: quebra o ácido hialurônico -


Infecções da pele
dispersão
●Furúnculo equino e bovino - infecções raras
Grandes nódulos elevados e doloroso
Staphylococcus hyicus - suíno ……………………………………..
● Impetigo 1. Epidermite exsudativa: secreção sebácea
Infecção superficial que afeta principalmente crianças excessivas, esfoliação..
Afeta a face e os membros 2. Artrite séptica, uretrite, vaginite
Mancha vermelha (máculo) > vesícula de pus (pústula)
Bovino e equino - casos raros de mastite e gera
● Foliculite infecções cutâneas.
Infecção do folículo piloso
Base do folículo avermelhada > pus

● Terçol

Patologia humana
● Bacteremia

● Endocardite

- sintomas inicialmente inespecíficos,


comprometimento o débito cardíaco, ECN
(infecções das válvulas cardíacas e proteases
valvares
● Pneumonia: aspiração de secreções orais ou

disseminação hematogênica
● Artrite reumática (injeções articulares) e traumática

● Mastite

● Infecção urinária

● Infecções da mucosa: otites, amigdalites,

conjuntivites, rinites
● Osteomielite: disseminação hematogÊnica para o

osso ou traumática

Staphylococcus aureus …………………………………………………...


1. Mastite: subclínica e contagiosa
2. Impetigo do úbere: pequenas pústulas,
geralmente na base das testas
3. Eczema periorbital (dermatite): infecção por
abrasões, associadas alimentação comunitária
4. Dermatite: predisposta a arranhões da
vegetação , como cardos
5. Botromicose: infecção granulomatosa após a
castração
6. Dermatite exsudativa: em recém nascidos
com presença de abscessos, conjuntivites
7. Pododermatite
8. Artrite e septicemia em perus

Staphylococcus pseudintermedius - cães e gatos


……..
1. Piodermatite: falta de higiene
2. Dermatite pustular
3. Piometra
4. Otite externa: trato respiratório, ossos,
articulações, feridas, pálpebras, conjuntiva
TEÓRICA DA PRÁTICA
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
1. Isolamento primário em ágar sangue ………………………………………………….………………………………………………….
2. ÁGAR MANITOL VERMELHO DE FENOL ………………………………………………….………………………………………………….
Peptona, Manitol, Vermelho de Fenol, Cloreto de sódio, ………………………………………………….………………………………………………….
agar-agar ………………………………………………….………………………………………………….
- Coloração avermelhada - pH 7,4 ± 0,1
………………………………………………….………………………………………………….
- Princípio seletivo - halofílicos – alta
concentração de NaCl
………………………………………………….………………………………………………….
- Princípio diferencial – Fermentação do ………………………………………………….………………………………………………….
manitol tornando o meio ácido (pH baixo). ………………………………………………….………………………………………………….
- Indicador de pH – mudança de coloração ………………………………………………….………………………………………………….
-

3. Identificação Preliminar ………………………………………………….………………………………………………….


Leitura da Placa - Visualização das colônias ………………………………………………….………………………………………………….
Coloração de Gram – caract. morfotintoriais
………………………………………………….………………………………………………….
Prova da Catalase Resistência à Bacitracina
Produção de coagulase
………………………………………………….………………………………………………….
Coloração de Gram ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
4. Prova da Catalase
Princípio: Quebra do peróxido de Hidrogênio (H2O2 ) ………………………………………………….………………………………………………….
em H2O + O2 ………………………………………………….………………………………………………….
5. Resistência à Bacitracina ………………………………………………….………………………………………………….
6. Prova da Coagulase ………………………………………………….………………………………………………….
Princípio: Converter o fibrinogênio em fibrina ………………………………………………….………………………………………………….
7. Identificação Bioquímica ………………………………………………….………………………………………………….
Identificação de Staphylococcus Coagulase Positivo ………………………………………………….………………………………………………….
- VP: teste em bacteriologia para fermentação ………………………………………………….………………………………………………….
por bactérias por via butileno glicólica,
………………………………………………….…………………………………………………
fermentando a glicose com produção de
acetil-metil-carbinol (acetoína), butilenoglicol e
……………………………………….………………………………………………….…………
pequenas quantidades de ácidos carboxílicos. ……………………………………….………………………………………………….…………
Com a adição de hidróxido de potássio em ……………………………………….………………………………………………….…………
presença do oxigênio da atmosfera, a acetoína ……………………………………….……………………………………………………………
converte-se em diacetila e com a adição de
…………………………….………………………………………………….……………………
alfa-naftol ocorre a catálise com a produção
de um característico anel de cor
…………………………….………………………………………………….……………………
vermelho-cereja, enquanto que uma cor …………………………….………………………………………………….……………………
amarelo-acastanhada indica um resultado …………………………….………………………………………………………………………
negativo. ………………….………………………………………………….………………………………
- Fermentação da maltose e manose
streptococcus spp.
Trato urogenital inferior

Suscetíveis à dessecação (não sobrevivem por muito


tempo longo do hospedeiro animal)
● Cocos dispostos em cadeia aos pares;
Oportunistas
● Gram + (perda de características - cultura velha)
Trato intestinal de animais
● Anaeróbio facultativo

● Catalase negativo

● Parede celular constituída por Ag

● Produção de cápsula

● Presença de fímbrias

● Fastidioso (não é fácil sua criação em meios de

cultura, dependendo de meios maçantes para


conseguir observá-las).

Classificação a nível de espécie:


Padrões hemolíticos: hemólise beta, alfa e gama
- B- hemolítico (total): patogênicos.
- A - hemolítico (parcial): comensais.
- y- hemolíticos (não hemolítico): maioria não
patogênicos. Transmissão
● Inalação e ingestão

● Mãos

● Fômites

● Congênita

Patogenia
● Infecções piogênicas: ele, trato respiratório, trato

reprodutor, coto umbilical e glândula mamária


● Septicemia: propagação hematógena desde o local

de infecção primário
● Sintomas de febre: sozinhos ou associados a sinais

de septicemia
-
● Secreção purulenta

Propriedade sorológica: agrupamento de lancefield


- B- hemolíticas - baseado em antígenos Fatores de virulência
específicos na parede celular ● Adesina: Proteína M

- Agrupamento sorológico de A a H e K a V - Adesão às células epiteliais do hospedeiro


- Anti-fagocpitica
- Estreptococos grupo A, S, equi spp. eui
● Fímbrias:

- adesão: adesinas

● Cápsula
- Ac. hialurônico (semelhante ao do tecido
conjuntivo): não se liga facilmente ao S.C -
dificulta a fagocitose
- Estreptococos grupo A e C

A
● Ácido lipoteicóico
Propriedades bioquímicas: fisiológicas
- Constituinte da fímbria do S. Pyogenes
- Adesão a célula do epitélio respiratório
Habitat Natural
Distribuição mundial
Toxinas e enzimas
Mucosa do trato respiratório superior
●Estreptoquinase
- produzida por streptococcus B- hemolítico Streptococcus equi - Adenite equina (garrotilho)
(grupo A) Secreção nasal serosa ou purulenta, aumenta da tº,
- Hidrolisa coágulos de fibrina > escape da rede abscessos nos linfonodos, contagiosa, garrotilho
fibrina bastardo (metástase)

●Estreptolisina O : oxigênio- lábil - hemolisina S.qui spp. zooepidemicus


antigênica Pneumonia/protórax bacteriano
- Ação leucotóxica, lisa eritrócito e plaqueta Doença do trato genital - cervicite e metrite
- Porosidade da membrana (ligação ao Osteomielite, artrite, abcessos e feridas
colesterol)
- Formação de anticorpo antiestreptolisina O BOVINOS ……………………………… …………….
- Febre reumática: detecção de ASO S. agalactiae
Mastite contagiosa e subclínica
●Estreptolisina S: oxigênio estável - hemolisina não Cepas não provocam doenças em humanos
antigênica
- Ação leucotóxica, lisa eritrócito SUÍNOS ……………………………… ………………………..…...
- Interage com o fosfolípidos da membrana - Streptococcus porcinus
efeito tóxico Linfadenite cervical de suínos, abscesso mandibular,
contagiosa (condenação de carcaça)

Streptococcus B- hemolíticos S. suis S. dysgalactiae spp. equisimilis e


Grupo A: Streptococcus pyogenes estreptococos pertencentes aos grupos L e U
1. Faringite: adere ao epitélio da faringe via Septicemia neonatal, broncopneumonia supurativa,
fímbrias e proteína M. artrite, meningite, polisserosite, endocardite, problemas
2. Inflamação piogênica: induzida localmente reprodutivos e abscessos.
no sítio do organismo
3. Febre reumática: sequelas infecção não trata, S. suis
inflamação das articulações e músculos, Caráter zoonótico - surdez a ataxia em humanos
formação de nódulos na pele, degeneração da
válvula cardíaca CÃES E GATOS ………………………………………………….
4. Erisipela: dor localizada e inflamação: Streptococcus canis
vermelhidão, edema Pneumonia secundária, Septicemia neonatal, Síndrome
5. Endocardite: instalação de estreptococos B- semelhante ao choque tóxico, Fasciite necrosante,
hemolíticos através de bacteremia em válvulas Infecções genitais cutâneas e otite, mastite, aborto,
cardíacas conjuntivite linfadenite
6. Celulites: inflamação localizada e sistêmica da
pele, produção de hialuronidase
Dermatite estreptocócica(impetigo) Outras espécies …………………………………………………….
- Infecção purulenta da pele Primatas
- Infecção após introdução do micro organismo - S. pneumoniae: pneumonia, septicemia e
pela pele meningite
- Vesícula- pústula - crosta
- picada de mosquito Peixes de aquicultura
- S. iniae: cellulite, endocardite, artrite
Pneumonia - Streptococcus pneumoniae
- Transmissão: inalação de aerossóis, aspiração Gambas
ou via hematogênica - D, didelphis: doenças septicêmica e dermatite
- Sintomas: febre súbita, dor torácica, tosse,
falta de ar, dificuldade e dor ao respirar
Óbito em idosos e crianças

EQUINO ………………………………… ………………………….


TEÓRICA DA PRÁTICA
geradores em que a reação prossegue sem
hidrogênio, eliminando assim a necessidade de um
catalisador. Além disso, não é necessária água para
acionar a reação.
Diagnóstico laboratorial
● Coleta de amostra
Identificação - Fator CAMP
- Aspirados de lesões fechadas
● Identificação presuntiva dos estreptococos
- Swab
beta-hemolíticos do grupo B
- Leite - frascos estéril

Identificação - sensibilidade À bacitracina


● Exame direto
/sulfametoxazol trimetoprim
- Esfregaço de exsudato
● Identificação presuntiva dos estreptococos beta-
- microscopia
hemolíticos do grupo A (S. pyogenes)
- coloração de gram

Identificação - sensibilidade à Optoquina


● Detecção de antígenos
Diferencia S. pneumoniae de outros S. viridans e
- Anticorpos que reagem com o carboidrato
enterococos do grupo D.
grupo - específico da parede celular
bacteriana
Identificação Hipurato
● Cultura
Identificação presuntiva de S. agalactiae
Isolamento e identificação presuntiva : ágar sangue
(streptococcus B hemolítico do grupo B)
com azida sódica (inibe a citocromo oxidase),
coloração de gram prova de catalase.

Identificação - Bile esculina


Identificação presuntiva de espécies de Enterococcus
Spp. e de estreptococos do grupo B ( S. bovis e S.
equinus).

Jarra de anaerobiose - Sistema Gaspak


1. A água é adicionada ao envelope gerador de
gás promovendo a liberação de H2 e CO2 Identificação - tolerância a 6,5 % NaCl
2. O H2 reage com o O2 na superfície do Diferenciar espécies de enterococcus spp. dos
catalisador de paládio, formando água e Streptococcus spp.
estabelecendo a anaerobiose.

Jarra de vela
………………………………………………….………………………………………………….
O oxigênio atmosférico da jarra é rapidamente
absorvido com a geração simultânea de dióxido de ………………………………………………….………………………………………………….
carbono. Este método difere de outros sistemas ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. enterobactérias
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Sinonímia: bactérias entéricas ou coliformes fecais
● Presente no intestino de animais e seres humanos
………………………………………………….………………………………………………….
● Presente no solo, água e plantas.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Características gerais
………………………………………………….…………………………………………………. ● Bastonetes curtos gram-negativos

● Algumas são móveis (flagelo peritríquio) e possuem


………………………………………………….………………………………………………….
cápsula
………………………………………………….………………………………………………….
● Não formam esporos
………………………………………………….…………………………………………………. ● Catalase positivo

………………………………………………….…………………………………………………. ● Anaeróbios facultativos

………………………………………………….…………………………………………………. ● Resistente ao calor, sobrevive a 60ºC por 15 minutos

………………………………………………….…………………………………………………. ou 55ºC por uma hora.

………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. ● A maioria são fermentadores de lactose
………………………………………………….…………………………………………………. ● Ausência da citocromo-oxidase

………………………………………………….…………………………………………………. ● Exigência nutricional simples

● Causa de doenças intestinais ou extra intestinais


………………………………………………….………………………………………………….
em animais e seres humanos
………………………………………………….………………………………………………….
● Causam também no sistema urinário e

………………………………………………….…………………………………………………. respiratório, corrente sanguínea..


………………………………………………….…………………………………………………. - micro-organismo, manejo, alimentação,
………………………………………………….…………………………………………………. instalações e condição do animal.
………………………………………………….………………………………………………….
Caracterização antigênica- auxilia na sorotipagem
………………………………………………….………………………………………………….
● Estrutura antigênica

………………………………………………….…………………………………………………. 1. Antígenos Somáticos (O): polissacarídeo


………………………………………………….…………………………………………………. termoestável, parte externa dos
………………………………………………….…………………………………………………. lipopolissacarídeos, ativam a produção de IgM.
………………………………………………….…………………………………………………. 2. Antígenos flagelares (H): estrutura de
natureza proteica e termolábil, relacionados
………………………………………………….………………………………………………….
com ptn dos flagelos (flagelina)
………………………………………………….…………………………………………………. 3. Antígenos capsulares (K): polissacarídeos
………………………………………………….…………………………………………………. capsulares, termoestáveis, não estão presentes
………………………………………………….…………………………………………………. em todas as enterobactérias, estão associadas
………………………………………………….…………………………………………………. à virulência.

………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
● Adesinas (fímbria curli) - glicoproteínas das células
Escherichia Coli ……………… …………………………………. epiteliais (jejuno e íleo) = biofilme
● Enterotoxinas termolábeis (TL) e/ou termoestáveis
● Comensais do TGI (principalmente IG)
● Excretada nas fezes e presente nas águas e solos
(TS) secretórias: secreção de fluido e diarreia
● Diarreia enterotoxigênica (aquosa e não
● São patógenos oportunistas (glândula mamária e

útero) sanguinolenta)
● Acomete leitões neonatos, bezerros e cordeiros
● Infecções endógenas - imunocomprometimento

● Responsável por causar mais de 80% de todas as


Tem sido relatada em cães e equinos.
ITU, infecções hospitalares e casos de
gastroenterite.
● Antígenos de superfície O (somático), H (flagelar) e
EAEC- E. Coli enteroagregativa
K (capsular). Ex: E. Coli O157:H7 = diarréia ● Adesão: fímbria de aderência agregativo AAF)
hemorrágica e síndrome hemolítica urêmica (SHU). padrão semelhante a tijolos empilhados
- TGI de alguns bovinos, cabras e ovelhas ● Produção de toxinas semelhantes a ST e LT

- Presente em alimentos e água contaminados. ● Isoladas e suínos e bezerros desmamados com

quadro de diarréia.
Transmissão
● Via oro-fecal

- Habitat principal - sistema digestório inferior EIEC- E. Coli enteroinvasiva


- Habitat secundário - ambiente externo. ● Leva a invasão e destruição das células epiteliais
do IG por propagação para células adjacentes dada
Patogênese pela presença de um plasmídeo.
● Apresenta os genes necessários para a codificação
● Humanos e animais

dos fatores de virulência necessários ● Febre e diarréias profusas contendo muco e

● Cepa não patogênica pode ser transformada em


sangue.
uma cepa patogênica
● Mecanismos e recombinação gênica

● Causa gastroenterite.
EXPEC- E. Coli extraintestinal
● Capacidade para invadir o epitélio intestinal
● Sobrevive fora do intestino
EPEC - Escherichia Coli Enteropatogênica
● Infecções no trato urinário
● Adesão às células epiteliais - Adesina intimina
- Adesinas ligam as célula que revestem a
● Microcolônias
bexiga e o trato urinário superior
● Lesões ardência e achatamento (Lesões A/E)
- Hemolisina HlyA - lisa eritrócito
● Causa diarréia em todas as espécies animais e seres
- meningite neonatal (antígeno capsular K 1)
humanos.

APEC - E. Coli patogênica a aves


EHEC/ STEC - Escherichia coli Enterohemorrágica
● Maior virulência
● Ligação às células o trato respiratório - fímbria tipo 1
● Toxina shiga (STX) e lesões A/E
● Corrente sanguínea - modo transversal
● Semelhante a UPEC em humanos
● Bovinos reservatórios e STEC
● Colibacilose, Aerossaculite, Hepatite, pericardite,
- Receptor Gb3 no endotélio vascular/
neutralização por lisossomos - enterócitos. salpingite
● Humanos são susceptíveis- Colite hemorrágica,

síndrome hemolítica urêmica (SHU)


Salmonella spp. ………………………………… …………………….
● Lactose e sacarose negativa. São mais complexas e
abrangem mais de 2.500 sorotipos.
● Reservatórios: TGI do homem e de animais

● Sobrevive por 9 meses em ambientes como solo

úmido, água, partículas fecais, ração animal, carne


ETEC - Escherichia Coli enterotoxigênica e vísceras.
● Colonias puntiformes mucoides
Salmonella enterica e Salmonella Bongori (V) ● Temperatura ótima de crescimento 25- 32 ºC
● Multiplicação à 4 ºC
Classificação sorológica
Baseada na identificação de antígenos somáticos e
flagelares, por meio de antisoros específicos. Yersinia Pestis
● Reservatório: rato e pulga do rato (peste urbana e
● Nomenclatura: Gênero > espécie > subespécie em silvestre)
itálico. O sorotipo em romano com a primeira letra ● Hospedeiro intermediário: esquilos, cães, veados,

maiúscula camundongos, grilos, ratos da campina, ratazanas e


coelhos
Transmissão: ● Hospedeiros acidentais: seres humanos

● Frequentemente associada a ingestão de ovos

contaminados (cru- mal-cozidos ou em maionese ● Transmissão ocorre por picadas de pulgas, contato
artesanais) direto com tecidos infectados, de pessoa pra pessoa,
● Febre, dor abdominal e diarréia
por inalação de aerossóis infectados de um paciente
● Período de incubação: 12- 72 horas
com doença pulmonar
● Autolimitante em indivíduo imunocompetentes

● Animal: ingestão de fezes e rações contaminadas


Patogênese
Sobrevive no interior do macrofagos
Fatores de virulência: Longos períodos de ● Produz proteínas externas de yersinia (YOPs):

sobrevivência fora do hospedeiro, sobrevivência em desarranjo dos filamentos de actina e inibe a


condições de refrigeração, congelamento e fagocitose e produção de citocinas.
dessecação.
● Sistema secretório tipo III: Conjunto de proteínas
que formam um canal na membrana da célula,
Patogênese
formando o poro e a introdução da proteína ali entre
1. Ingestão e passagem pelo estômago, adesão
à mucosa do ID e invade a microvilosidade a ● Sequestro de ferro: Removido das proteínas
nível do epitélio. Com isso, ocorre a ligadoras de ferro através de um sideróforo
organização da actina e ondulação da yersiniabactina.
membrana.
2. Ocorre a invasão da microvilosidades, que se Y. pestis - Mais invasiva
● Capsula proteina antifagocitica (F1): Interferencia
mantém no vacúolo endocítico onde ocorre
sua multiplicação e transporte através do com a fagocitoe, proteção da membrana externa
citoplasma. contra ao ataque pela ativação do sistema
3. Liberação na circulação sanguínea complementar.
● Protease ativadora de plasminogênio: degrada o

Formas clínicas sistema complemento,inibição da fagoxitose


● Ativação do plasminogênio - degraba coágulo de
● Gastroenterite: período de incubação relacionada à

dose infectante (2 ias à 1 semana) fibrina - disseminação sistêmica


- náuseas, vômitos, diarreia não sanguinolenta,
febre e dor abdominal. Autolimitante

● Febre entérica: forma sistêmica severa


- febre anorexia, dor de cabeça, dores
musculares e constipação
● Septicemia: pode ser um estágio intermediário sem

sintomas intestinais ou isolamento das bactérias nas


fezes.

Yersinia Spp. ………………………………………………………………………...


Y. Pestis. / Y. enterocolitica. / Y. pseudotuberculosis
são patogênicas para animais e humanos.
● Cocobacilos
Klebsiella spp. e Proteus spp. …………………………………………………
● Cápsula- aparência mucóide das colônias e
resistência aos mecanismos de defesa do hospedeiro
da K. pneumoniae.
● Carter oportunista

● Lac +

Proteus spp.
● Principais espécies: P. vulgaris (pacientes

imunossuprimidos), P. mirabilis (infecções urinárias de


humanos)
● Lac -

● Distribuição: Solo, água e materiais contaminados

com fezes
● Características e crescimento: motilidade em forma

de ondas: “swarm”
● Caso de otite em cãe e gatos
TEÓRICA DA PRÁTICA
Identificação presuntiva
1. Isolamento em ágar sangue
2. Coloração de Gram: bastonete gram -
3. Catalase positivo
4. KOH 3% positivo.

Identificação de enterobactérias
Meios seletivos e diferenciais bactéria gram negativas: Citrato
- Ágar Mac conkey: meio negativo que contém Avaliar se um microorganismo é capaz de utilizar o
sais biliares e cristal violeta, inibe bactérias citrato como única fonte de carbono.
gram positivas.
- Ágar eosina azul de metileno (EMB):
corantes de anilina (atuam como indicadores
de PH). - E. coli (acidificação- verde brilhante)

Meio TSI - triple sugar iron


Avaliar se ocorre:
1. Fermentação glicose, lactose e sacarose.
2. Produção de gás (CO2) na fermentação da
glicose
………………………………………………….………………………………………………….
3. Produção de H2S (ferro combina-se com o
H2S formando o sulfeto de ferro) - ocorre por
………………………………………………….………………………………………………….
degradação dos aminoácidos ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
4.

………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Meio SIM- Sulfeto de hidrogênio (H2S) ………………………………………………….………………………………………………….
H2S é produzido pela degradação de aminoácidos ………………………………………………….………………………………………………….
sulfurados ou pela redução do tiossulfato.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Vermelho de metila
Fermentadores de glicose produzem ácidos mistos, o ………………………………………………….………………………………………………….
que baixa o Ph do meio. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Voges - Proskauer
………………………………………………….………………………………………………….
Identifica microrganismos capazes de produzir
………………………………………………….………………………………………………….
acetoína a partir da fermentação da glicose pela via
butilenoglicol. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Mycobacterium spp.
- Estado de latência: sobrevivem por décadas
no pulmão da pessoa infectada sem
multiplicar.
- Reativação da latência: permitem bactérias
Características gerais:
sobreviver no pulmão durante um período
● Bacilos pleomórficos: retos ou encurvados,
prolongado; sendo reativada anos mais parte
cocobacilos
(idade avançada, doença e terapia
● Crescimento: filamentoso ou ramificado
imunossupressora)
● Não esporulado

● Não possui flagelo


Patologia
● Não possui cápsula
● Lesão exsudativa: 1-2 após a exposição, tem pouca
● Não produz toxina
resistência.
● Aeróbios estritos: Colônia (lisa ou rugosa)
● Reação inflamatória aguda, mediada por leucócitos
● Produção de pigmentos (síntese βcaroteno)
polimorfonucleares, macrofagos, formando um nodulo
exsudativo. Pode cicatrizar e ocasionar necrose e
Estrutura da Parede Celular
também pode evoluir para o tipo produtivo.
● Típica de uma bactéria Gram positiva - membrana

plasmática interna + camada de peptidoglicano –


Lesão produtiva: granuloma crônico
ausência da membrana externa
1. Zona central: células gigantes multinucleadas
● Parede complexa: Rica em lipídios (60% PS – 40%
com bacilo
parede celular) – Ácidos micólicos
2. Zona média: células epitelióides
- Proteínas: manosídios de fosfatidilinositol e
3. Zona periférica: linfócito, monócito e
lipoarabinomanana (LAM)
fibroblasto
● Peptidoglicano;
-Posterior: formação de tecido com necrose
● Arabinogalactanas formados por: D-arabinose e
caseosa central: Tubérculo (liquefação -
D-galactose + Ácidos micólicos (estimula a resposta
cavidade - cicatrização por fibrose ou
inflamatória no hospedeiro)
calcificação).
- Ácidos micólicos: superfície hidrofóbica que
previne entrada de corante. + Resistência à
1. Tuberculose primária
dessecação, descoloração por álcool e ácido e
A ativação da resposta imune elimina as
a diversos agentes químicos desinfetantes e
micobactérias e/ou aprisiona aquelas que não
antibióticos
consegue matar em granulomas, chamados
tubérculos
Mycobacterium tuberculosis ……………………………………...
A tuberculose é uma doença pulmonar grave, crônica
2. secundária: reativação da infecção
e altamente contagiosa. Em 1998 foi decifrado o
O desenvolvimento das lesões cavitárias pulmonares é
genoma do M. tuberculosis
a característica mais importante.

Transmissão bidirecional
3. Tuberculose disseminada ou miliar
M. Bovis : de animais para as pessoas e de pessoas
Em indivíduos imunocomprometidos a infecção não
para animais
consegue ser contida ocorre a disseminação das
Contágio: um indivíduo bacilífero de uma comunidade micobactérias. As bactérias podem colonizar qualquer
pode infectar entre 10 a 15 pessoas num ano.. órgão ou tecido e ainda causar infecção generalizada.
Transmissão: vias de eliminação: ar expirado, leite,
semen, fezes, urina, fluidos corporais. Locais acometidos: gânglios, pleura rins, cérebro
ossos
Patogênese
A infecção pode ser controlada na porta de entrada Bovinos
pela imunidade inata ou tuberculose latente (bactéria M. Bovis
está ali mas não tem sintomas) ou doença ativa ● Infecção se instala no trato respiratórios, nos

(diversos sinais e sintomas - tosse, sudorese, dor no linfonodos adjacentes e nas cavidades serosas.
peito, cansaço, febre, falta de apetite, perda de peso, ● Disseminação hematogênica que envolve fígado e

suores) rins.
6. Cobrir a lâmina com álcool- ácido 3% até
descorar totalmente o esfregaço
7. Lavar com água corrente
8. Cobrir a lâmina cm azul de metileno durante 1
minuto
9. Lavar com água corrente
Aves
10. Secar e observar
● São naturalmente suscetíveis – M. avium

● Porta de entrada: trato alimentar (fecal-oral)

Disseminação ao fígado e baço


● Comprometimento de medula óssea, pulmão e

peritônio.
● Exame post mortem: lesões granulomatosas são

observadas no fígado, no baço, na medula óssea e


nos intestinos..

Cães e gatos Baciloscopia - Bacteriológico


M.bovis –raramente por M. avium Isolamento:
● Porta de entrada no trato alimentar - localização
- meio seletivo * e não seletivo
intestinal e abdominal da infecção. - Lowenstein - Jensen: sais e glicerol: adição de
● Gatos: lesões cutâneas ulcerativas, bem como o
gema de ovo, adição de verde malaquita
envolvimento ocular, com coroidite tuberculosa que (inibidor grama +), incubação (37ºC), até 8
ocasiona cegueira. semanas.
● Cães: suscetíveis a M tuberculosis
Tratamento com hidróxido de sódio, ácido
- Corpo estranho clorídrico e antibióticos
- Não apresenta células gigantes e células
epitelióides típicas, tampouco material PPD- proteína purificada depurativa (Prova de
caseoso, calcificação e liquefação. Mantoux)
● O processo infeccioso deixa um rastro, que pode ser

Prevenção controle em humanos: comprovado pelo teste tuberculínico (PPD). Ocorre a


Imunização (BCG): não impede a infecção nem o chamada viragem tuberculínica e o PPD torna-se
desenvolvimento da TP, mas confere grau de positivo.
prevenção contra meningite e formas disseminadas.

Pacientes suscetíveis: Infecção pelo HIV, abuso de


álcool e drogas, infecção recente por tuberculose,
diabetes, doença renal em estágio avançado,
corcicodetrapida prolongada.

Diagnóstico
● Coleta de material para exame: escarro, lavado

gástrico, urina líquido pleural e cefalorraquidiano, PCR


material de biópsia e sangue;
● Esfregaço direto: coloração Ziehl - Neelsen - álcool -
Diagnóstico bovino e bubalino
ácido-resistente. - Teste cervical simples (TCs): consiste na
inoculação, intradérmica, de 0,1 ml de
Coloração de Ziehl tuberculina ppd bovina na região cervical do
1. Confeccionar o esfregaço animal
2. Cobrir a lâmina com fucsina fenicada
3. Aquecer a lâmina até a emissão de vapores
(não deixar ferver)
4. Aguar 5 a 8 minutos
5. Lavar com água corrente
Teste cervical comparativo:
- Inoculação de tuberculina aviária e bovina em brucella spp.
dose de 0,1 ml
- Terço médio do pescoço do animal (15 a 20
Há varias espécies e sua divisão é e acordo com a
cm de distância)
preferência do hospedeiro, patogenicidade e
- Posição cranial (TA) e posição caudal (TB)
diferenças nas propriedade bioquímicas
- Antes e após 71 horas da aplicação das
tuberculinas, mede-se a espessura da dobra
da pele.
Características gerais
● Cocobacilos gram negativos
Teste da prega caudal (TCP)
● Imóveis
- Inoculação intradérmica de O,1 ml de
● Não esporulados
tuberculina PPD bovina
● Pleomórficas - raro
- Pregar causais do animal
● Não tem cápsula
- Leitura: 71 horas = aumento da espessura.
● Isolados, aos pares, em cadeia curtas ou pequenos

grupo.
………………………………………………….…………………………………………………. ● São aeróbicas mas algumas espécies necessitam de

………………………………………………….…………………………………………………. CO2
………………………………………………….…………………………………………………. ● Necessitam de suplementos para multiplicação

………………………………………………….…………………………………………………. (tiamina, nicotinamida, biotina e soro).


● Sais biliares telurito e selenito inibem o crescimento
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. As colônias típicas de cepas virulentas-
………………………………………………….…………………………………………………. arredondadas, com margens lisas, convexas,
………………………………………………….…………………………………………………. translúcidas e de cor branco-perolada
………………………………………………….………………………………………………….
Resistência
………………………………………………….………………………………………………….
● Sobrevivem ao congelamento/descongelamento,
………………………………………………….…………………………………………………. condições ambientais úmidas e frias
………………………………………………….…………………………………………………. ● Ciclos de congelamento/descongelamento -

………………………………………………….…………………………………………………. reduções na viabilidade


● Suscetíveis à maioria dos desinfetantes,
………………………………………………….………………………………………………….
temperatura e UV
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Habitat
………………………………………………….…………………………………………………. ● Parasitas obrigatórios

………………………………………………….…………………………………………………. ● Cada espécie tem um hospedeiro natural preferido -

………………………………………………….…………………………………………………. reservatório de infecção


● Brucella abortus - excretada no leite bovino e pode
………………………………………………….………………………………………………….
permanecer viável no leite, na água e no sólido úmido
………………………………………………….…………………………………………………. - tem predileção por unguladas, fluidos fetais e
………………………………………………….…………………………………………………. testicular de touros, carneiros, javalis e cães
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Transmissão
Transmissão horizontal e vertical
………………………………………………….………………………………………………….
● Aerossóis
………………………………………………….…………………………………………………. ● Contato direto

………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Disseminação Diagnóstico laboratorial
● Brucelose é uma das infecções mais comumente

adquiridas em laboratórios
● Biossegurança nível 3 - cabine biológica de

segurança
● Biossegurança nível 2 durante o processamento de

amostras clínicas de rotina, de origem humana ou


animal
● Evitar formação de aerossóis

Amostras
● Leite ou swab vaginais

● Conteúdo pulmonar ou gástrico de feto abortado

Zoonose ● Tecidos como útero, placenta e glândula mamária

Consumo de carne, leite, contato com secreções de ● Tecido do sistema genital

animais doentes, inoculação acidental da vacina b19. ● Sistema linfático

Patogênese Como isolamento microbiano pode ser lento e


1. Persistem e multiplicam-se no interior dos cansativo, foram desenovivlos outros meditou mais
marcrofagos. rápidos de identificação
2. Se desenvolvem e se fundem com os
lisossomos para formas os fagossomos. Testes sorológicos - PNCEBT
3. Residem no fagocossomo acidificado. 1. antígeno acidificado tamponado
4. Transportadas para os linfócitos regionais, 2. Anel em leite
passam para o ducto torácica e depois pela 3. 2- mercaptoetanol
corrente sanguínea órgãos parenquimatosos e 4. Fixação do complemento
outros tecidos.
5. A localização nos órgãos reprodutivos nas 1. antígeno acidificado tamponado
glândulas associadas. ● Prova de aglutinação

● antígeno tamponado

Patogenia ● Corado com rosa bengala

● A brucelose é uma doença de fêmeas adultas e em ● Presença ou ausência de IgG

gestação
● Quando as fêmeas entram em gestação, após um

período de bacteremia, as brucelas são atraídas pelo


útero grávido - eritritol. 2. Anel em leite (ring test)
● Evidencia aglutinadas anti-brucelas no leite
● Placentite necrótica que culmina na eliminação do

● Antígenos corados com hematoxilina


feto em torno do 7º mês de gestação.
● Presença de anticorpos no leite reage com B. abortus
● As que não abortam produzem crias fracas

● Retenção de placentas, infertilidade.


do antígenos
● Complexo Ag- Ac
● Em machos pode haver uma inflamação aguda do

sistema reprodutivo (testiticuo, epidídimo, vesículas


seminais e ampolas seminais).

3. 2 - mercaptoethanol - teste confirmatório


● Detecta somente IgG no soro

● Destrói as IgM (degradam pela ação de compostos

co radical tiol) - não forma complexo para


aglutinação - exclui vacinado recente

Reação completa (+): líquido da mistura soro-Ag


aparece translúcido e agitação suave não compõe
grumos.
Reação incompleta (I): soro-Ag parcialmente
translúcida, suave agitação não rompe grumos. Bacillus
Reação negativa (-): soro-Ag opaca ou turva,
agitação suave não revela grumos.
Características gerais
● Grandes bastonetes gram positivos
4. Fixação do cmpleto - trânsito internacional de
● Aeróbicos ou anaeróbicos facultativos
animais
● Catalase positivo
● Determina a presença ou quantifica antígenos ou
● Maioria móvel - exceto Bacillus Anthracis e de B.
anticorpos, quando um dos elementos é conhecido
mycoides
● Trabalhoso e complexo.
● Formadores de esporos, resistentes a O2,

dessecação, radiação ultravioleta e ionizante, aos


desinfetantes e fatores ambientais.
● Saprófitas no ar, solo e água por décadas
Prevenção
● Patógenos oportunistas e obrigatórios.
Vacina B19 e RB51.
É obrigatório a vacinação de todas as fêmeas bovinas
Bacillus anthracis …………………………………………………………………….
e bubalinas, entre 3 e 8 meses de idade, com amostra
● Patógeno zoonótico - capaz de Antraz ou
B19 ou com RB51 apenas para as espécies bovinas.
carbúnculo hamatica
● Bastonetes gram positivos retangulares
………………………………………………….………………………………………………….
● imóveis

………………………………………………….…………………………………………………. ● Cadeias em bastonetes - resistência a opsonização.

………………………………………………….…………………………………………………. ● Formadores de esporos sem causar tumefação da

………………………………………………….…………………………………………………. célula bacteriana.


● Encapsulado- meio de cultura suplementado com
………………………………………………….………………………………………………….
bicarbonato e mantido em atmosfera com alta
………………………………………………….………………………………………………….
concentração de CO2.
………………………………………………….…………………………………………………. ● Polipeptídio - poliglutamato.

………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Transmissão
………………………………………………….…………………………………………………. Através de esporos presentes no ambiente, eles
podem ser inalados, ingeridos ou introduzidos por
………………………………………………….………………………………………………….
alguma lesão na pele. Ou o homem pode ingerir
………………………………………………….…………………………………………………. alimentos contaminados ou picadas de insetos.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Essa bactéria é uma Exotoxina composta por três
………………………………………………….…………………………………………………. frações termolábeis com característica antigênica.
………………………………………………….…………………………………………………. Determinam a potência (patogenicidade)da amostra
em função das suas combinações
Coleta de amostra
Sangue de um vaso superficial, secreções
sanguinolentas ou carcaça aberta - material do baço

Diagnóstico laboratorial
- Exame direto: Esfregaço de sangue e de
órgãos corados, coloração de gram cápsula -
azul de metileno.
- Isolamento: Agar sangue, não hemolítica 48h
- secas, esbranquiçadas a acinzentadas,
aparência granular de vidro fosco.
Antraz cutânea
● Humanos

● Contaminação de escoriações ou feridas cutâneas -


Bacillus cereus ………………………………………………………………………...
antraz cutâneo (95% das infecções humanas), depois
● Bastonete gram positivo
de um tempo torna se uma pústula maligna recoberta
● Anaerobios facultativos
por uma crosta (escara) escura
● Formador de esporos em condições aeróbicas

● Resistente ao cozimento e se mantém em tº que


Antraz pulmonar
possibilitam a replicação das bactérias e a produção
● Humanos - doença do separador de lã
de toxina
● Inalação de esporos - Altamente fatal
● Encapsulamento variável (fator de virulência)
● Aumento de linfonodo mediastino
● Ocasionalmente afeta animais (cães e gatos) - As
● Relatado: edema pulmonar, pneumonia hemorrágica
cepas já foram isoladas de um chimpanzé e de um
e meningite.
gorila.

Antraz gastrointestinal
Patogênese
● Ingestão de material contaminado
● Infecções oportunistas em epeecial aborto e mastite
● Úlceras necróticas hemorrágicas e linfadenite
em vacas
mesentérica
● Fatores predisponentes: cirurgia de úbere e infusão

de medicamento por via intramamária.


Antraz carbúnculo hemático ● Intoxicação alimentar em humanos, 2 formas: diarreia

Ruminantes e vômito (forma emética)


● São espécies suscetíveis

● Septicemia aguda fatal Patogenicidade


● Progressão da doença - varia desde algumas horas Cereulida
até 2 dias. - proteína termoestável - intumescimento das
● Febre alta, agalaxia e pode ocorrr aborto mitocôndrias e apoptose, resistente a 121 ºC,
● Apresentações fatais da doença- congestão d efeito tóxico em mamíferos
membranas mucosas, hematúria, diarreia Enterotoxinas termolábiles
hemorrágica e edema regional - HBL (hemólise e formação de poros) e NHE (
dermonecrótica, citotóxica e altera a
Equinos permeabilidade da membrana)
● Cólica e diarreia Citotoxina K
● Edema no intestino ou garganta causando asfixia - - diarréia sanguinolenta e mortes por enterite
progressão septicêmica necrótica
Enterotoxina T
Suínos - Atividade enterotóxica ou artefato
● Instalação nos tecidos faringeanos

● Lesão ulcerativa na porta de entrada Outras doenças


● Edema obstrutivo pode causar a morte Endoftlamite: após lesão ocular traumática
- Dor intensa acompanha uma rápida redução
da acuidade visual, exacerbada pela formação
de abscesso no anel da córnea, edema

-
periorbital e proptose. Clostridium spp.
Sintomas sistêmicos: febre, leucocitose e mal estar.
Várias consequências clínicas: perda total da perceção Características gerais
de luz e necessidade de enucleação e evisceração. ● Bastonete gram-positivo

● Maioria reto

Diagnóstico ● Formadores de endósporos

● Exame direto
● Célula grande

● Hemoculturas
● Anaeróbico

● Meios sólidos
● Exigência nutricional: aminoácidos, carboidrato,

● Aparecem como gram negativos - Esporos não se


vitaminas e sangue.
coram por gram
- Então pode ser usado o verde malaquita a 10%
Atividades bioquímicas
por 45 minutos e a Safranina por 30 segundos.
● Metabolismo altamente ativo

● Carboidratos, proteínas e lípidos


Diagnóstico laboratorial
● Ácidos nucleicos
Beta hemolítica em ágar sangue: promove
● Degradação fermentativa
esporulação no meio - aerobiose.

Habitat natural
● Solo, água doce e em sedimentos marinhos.
………………………………………………….…………………………………………………. ● Patogênicos - TGI de homens e animais.

………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Clostridium tetani ………………………………………………………...
● Bastonetes gram-positivos, anaeróbio Obrigatório,
………………………………………………….………………………………………………….
formador de esporos na porção terminal.
………………………………………………….………………………………………………….
- Causa de tétano - intoxicação neuroparalítica
………………………………………………….…………………………………………………. caracterizada por espasmos musculares
………………………………………………….…………………………………………………. tetânicos e convulsões tônico-clônicas
………………………………………………….…………………………………………………. ● Habita solo e fezes de animais e é transitório no TGI

………………………………………………….…………………………………………………. de cavalos.

………………………………………………….………………………………………………….
Resistência dos esporos
………………………………………………….…………………………………………………. ● Resistem à fervura por até 1,5H e são eliminados a

………………………………………………….…………………………………………………. 121 C por 15 minutos.


………………………………………………….…………………………………………………. ● Compostos halogênicos

● Solução de iodo (efetiva por horas)


………………………………………………….………………………………………………….
● As concentrações usuais de fenol, lisol e formalina
………………………………………………….………………………………………………….
(não são efetivas)
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Patogênese
………………………………………………….…………………………………………………. ● Neurotoxina extremamente potente

………………………………………………….…………………………………………………. (tetanospasmina)
● Liga-se aos neurônios que controlam a contração de
………………………………………………….………………………………………………….
vários músculos esqueléticos.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Tétano
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………..
Diagnóstico laboratorial
● Exame direito - Antitoxina polivalente (A, B e E) = neutraliza as
- coloração de gram toxinas
- Morte dentro de 10h a 3 semanas (média de 4
● Isolamento dias);
- tecido necrótico ou exsudato - Fraqueza muscular, paralisia dos membros e
- Aquecimento 80ºC / tempo variável dificuldade respiratória.
- Incubação a 37ºC/ 3 a 4 dias Isolamento de tecidos e alimentos
- Caldo de carne cozida (anaerobiose) - amostra macerada - solução salina
- Suspensão aquecida a 65-80ºC/ 30 minutos
● PCR - Inoculadas em Ágar por 5 dias
- Primers que amplificam o gene (TeNT -
plasmídeo) que codifica a toxina tetânica.
Clostridium perfringens …………………………………………………...
● Bastonetes gram-positivos

Clostridium botulinum ………………………………………………. ● Encapsulado

● Bastonete gram positivo


● Anaeróbio

● Anaeróbico obrigatório
● Imóvel

● Temperatura: 30 e 37ºC
● Origina esporos que produzem toxinas que são

● Formador de esporos: parte subterminal


utilizadas para tipificação da bactéria.
- Ph ideal de neutro a alcalino
- Resistente
- 121ºC / 15 minutos
- Toxinas: destruição a 100ºC/20 min
- Intoxicação neuroparalítica ● Associada a doença enterotóxica e a outras doenças
● Distribuída no solo e meio aquático.
intestinais
● Infecções de ferimento

● Mastite grave
Transmissão
● Ingestão da toxina

● Ingestão de esporos

● Oriundos de animais e plantas contaminados

● Quando o animal morre ocorre a germinação dos

esporos presente no intestino e nos tecidos e a Patogênese


produção de toxina. ● Alfatoxina - fosfolipase C (lectinase): hidrolisa a

● Infecção do ferimento - raro membrana da célula hospedeira (extração de


nutrientes)
Patogênese - Produzida por todas as cepas.
Toxina botulínica: Absorvida a partir do TGI e
transportada pela corrente sanguínea. ●Betatoxina: formadora de poros, letal e necrosante.
Liga-se às células endoteliais vasculares, causando
Botulismo: Armazenagem indevida de alimentos degeneração,trombose e necrose.
(milho, silagem, feno) e veiculação hídrica - Atua no tecido nervoso (interfere na
- A existência de cacimbs ou valas de captação distribuição de íons cálcio através de suas
de água. membranas alterando a condução do estímulo
nervoso normal
Diagnóstico laboratorial - Sensível a atividade da tripsina: tipo B e C têm
● História, sinais clínicos predileção para neonatas pois consomem
● Demonstração e identificação de toxinas no soro de colostro e o mesmo tem atividade anti-tripsina.
animais acometidos ou mortos;
● Detecção da toxina e ou C. botulinum nos alimentos ●Toxina épsilon: secretada como protoxina -
suspeitos. enterotoxina e neurotoxina.
- Interrompe as vias produtoras de energia da
Identificação de toxinas
célula, depleção do ATP e necrose celular
- b Teste de neutralização em camundongos ou
programada.
porquinho-da-índia; Inoculação da toxina;
- Aumenta a permeabilidade intestinal - garante ………………………………………………….………………………………………………….
a absorção da toxina na corrente sanguínea ………………………………………………….………………………………………………….
- Danificar o endotélio vascular incluindo vasos
………………………………………………….………………………………………………….
sanguíneos no cérebro.
………………………………………………….………………………………………………….
●Toxina iota: toxina binária.Porção de ligação (lb) liga ………………………………………………….………………………………………………….
a toxina à receptores específicos da superfície das ………………………………………………….………………………………………………….
células epiteliais-alvo, e de uma porção ………………………………………………….………………………………………………….
enzimaticamente ativa (Ia)
………………………………………………….………………………………………………….
- Ia penetra no citoplasma
- Ribosilação de adenosina difosfato (ADP) - ………………………………………………….………………………………………………….
bloqueio da síntese proteica ………………………………………………….………………………………………………….
- Ribosila a actina da célula hospedeira ………………………………………………….………………………………………………….
causando desorganização do citoesqueleto ………………………………………………….………………………………………………….
celular e morte celular.
………………………………………………….………………………………………………….
Diagnóstico laboratorial ………………………………………………….………………………………………………….
● Exame direto ………………………………………………….………………………………………………….
- coloração de gram ………………………………………………….………………………………………………….
- Imprint ………………………………………………….………………………………………………….
● Isolamento
………………………………………………….………………………………………………….
- Ágar sangue
- Aquecimento de 80ºC/15 minutos (meio ………………………………………………….………………………………………………….
contaminado. ex: conteúdo intestinal) ………………………………………………….………………………………………………….
● Imunoenzimático (ELISA) ………………………………………………….………………………………………………….
- detecção de anticorpos específicos. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
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………………………………………………….………………………………………………….
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………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Considerações

● Essa apostila foi feita baseada em aulas de graduação.

● A maioria das fotos inseridas na apostila são do Google imagens.

● A apostila pode conter erros de grafia, sendo assim, ao observá-los, entre em contato com o
instagram por favor.

● A apostila é para uso pessoal e é feita para auxiliar nos estudos e o valor da mesma é apenas
pelos conteúdos digitados.

● Nem todas as faculdades passam os mesmo conteúdos, podendo assim, faltar algo. Como
descrito anteriormente, a apostila é realizada para auxiliar nos estudos, sendo necessário
estudar o conteúdo dado em sua graduação também.
Virologia
Animal

larivet.resumos
SUMÁRIO.

1. Virologia Geral

2. Diagnóstico de doenças virais

3. Sistema Imune

4. Parvovírus

5. Coronavírus

6. Paramixovírus

7. Rabdovírus

8. Papilomavírus

9. Picornavírus - Febre Aftosa

10. Reovírus

11. Ortomixovírus

12. Herpesvírus

13. Flaviridae

14. Retroviroses

15. Príon
Virologia geral
1. Genoma
Possuem uma única espécie de ácido nucléico no
cerne. O dna pode ser de fita dupla linear, fita dupla
circular ou fita simples linear.
O RNA pode ser de dupla linear ou fita simples linear.
O que influencia o aparecimento de novos vírus e
outros agentes infecciosos? Desmatamento e
Ele codifica as proteínas virais e a partir daí fazer
destruição de habitat, contato entre espécies
sua replicação
inapropriadas e transporte.
As doenças virais sofrem muitas mutações e quebram
2. Capsídeo
as barreiras entre as espécies
Formado por protômeros que conferem rigidez e
proteção, envolve o genoma.
A suscetibilidade ou resistência à infecção viral
depende
3. Envelope
Do hospedeiro: genética, idade, estado nutricional,
Recobre o capsídeo, formando uma membrana
estado hormona, estado imunológico
lipídica do próprio hospedeiro e glicoproteína do vírus.
Do vírus: dose, virulência
Ele pode ser formado da membrana celular,
membrana do núcleo, RER e golgi.
Vírus
Glicoproteínas (espículas): adesão do vírus na células
São parasitas intracelulares obrigatórios que utilizam o
hospedeira
aparato enzimático da célula hospedeira para a
Têm sensibilidade a agentes físicos e químicos como
síntese de seus componentes e sua perpetuação na
temperatura, ph, solventes, detergentes lipídicos e
natureza. São partículas inertes fora de uma célula
outros que desnaturam a proteína.
viva.

Estrutura:
● genoma: codifica apenas o necessário para sua

replicação/multiplicação e empacotamento do
genoma
● Evolutórios virais: existem vírus com capsídeo e

outros com + envelope


● Proteínas de membrana Tem como função de proteger o genoma,
reconhecer e interagir com estrutura de
Formado por membranas nas células hospedeiras e possibilitar
transferência do genoma para célula hospedeira
(fusão com a membrana e penetração celular) - isso é
essencial para penetração do vírion e início da
replicação.
Além disso, interagem com o sistema imunológico,
assim, tornam-se alvos para anticorpos neutralizantes
e geram resposta imunológica.

Vírus envelopado X vírus não envelopado: vírus


envelopado são mais sensíveis no ambiente do que os
não envelopado

1. genoma viral (ácido nucleico - cerne/core ou Objetivo: replicação e perpetuação.


núcleo). Tem dna ou rna Para que ocorra a infecção a célula hospedeira tem
2. capsídeo (proteínas) que ser suscetível e a célula tem que ser permissiva à
3. envelope (bicamada lipídica) replicação/multiplicação do vírus.
- espículas (glicoproteínas do envelope) Os Vírus tem tropismo como exemplo da raiva que
tem tropismo para células do sistema nervoso
Nome da partícula infectante: vírion
Replicação viral ICVT - international committee on taxonomy of
1. Ciclo lítico viruses
Agente viral consegue penetrar e colocar o genoma
dentro da célula. O genoma começa a comandar Critérios de espécies de vírus
células para multiplicação e as células começam a ● Sequência de genoma hospedeiro

produzir ptns específicas para replicação do genoma ● Tropismo por determinado célula

criando vários vírus. Esses vírus sai da célula e vai ● Patogenicidade

infeccionar outras. ● Forma de transmissão

2. Ciclo lisogênico ● Propriedades físico-químicas

O genoma viral se insere no genoma da célula, ● Antigenicidade

quando a célula se replica o genoma dentro do


genoma da própria célula vai se replicando junto e fica Classificação prática *não oficial*
em latência no ciclo lisogênico até haver um momento ● Critérios epidemiológicos e clínicos.

para sair do ciclo lisogênico para fazer o ciclo lítico. - vírus respiratórios: inalação
Papel de manutenção do vírus e latência no indivíduo - virus entericos: orofecal
infectado e perpetuação da infecção sendo um - arbovírus: vetores artrópodes
mecanismo de evasão do sistema imune. - vírus oncogênicos: potencial para induzir
transformação celular.
Estágios do ciclo lítico:
1. colocar o material genética de células Organização dos vírus
por adsorção ou penetração. Pode ● Ordem: virales

ser por ejeção do material genética, ● Família: características morfológica, genéticas e

fusão com a membrana biológicas em comum - viridae


endocitose/fagocitose ● Subfamília: virinae

2. síntese ● Gênero: propriedade biológicas e moleculares vírus

3. montagem ● Espécies: linhagem replicativa e nicho ecológico -

4. liberação nome que se dá ao vírus


5. ● Subespécies: classificação não oficial

Obs: existe nomenclatura informal ↑

Propriedades que favorecem a sobrevivência e


evolução viral
● Capacidade de replicar e ser excretado em altos

títulos
● Capacidade de e adaptar a novos tecidos, órgãos e

hospedeiros
● Capacidade de ser excretado por longo tempo

● Capacidade de se reproduzir e ser excretado sem

causar doença severa na maioria de seus hospedeiros.


● Capacidade de escapar dos mecanismos

imunológicos do hospedeiro
Classificação e organização dos diferentes tipos de
● Capacidade de resistir no meio ambiente
vírus
assegurando sua sobrevivência alcançar um novo
● Composição química
hospedeiro
● Tipos de genoma
● Habilidade de ser transmitido verticalmente entre
● Estrutura e função das proteínas virais
hospedeiro
● Vetores

● Antigenicidade
Potencial de mutação: potencial de variação
Diagnóstico das doenças virais.

genética de progênie. Esse evento gera uma grande


capacidade de replicação dessas populações,
gerando novas gerações de vírus.
Métodos diretos são para detecção da presença do
vírus em tecidos, sangue, secreções ou excreções pode
ser realizada pelo uso de técnicas que demonstrem o
Nomenclaturas:
agente, o efeito da replicação em cultivo celular,
● Cepa: amostras bem caracterizadas em nível e
produtos intermediários do processo replicativo
virulência. termo cepa de referência: amplamente
(proteínas, corpúsculos de inclusão) ou o material
caracterizada e reconhecidos
genético (DNA ou RNA viral).
● Cepa “tipo selvagem”: cepa original do vírus que
Métodos indiretos são os que pesquisam a presença
circula na natureza
e titulação de anticorpos.
● Variantes ou mutantes: se diferenciam da cepa

original por uma característica fenotípica ou de A escolha de uma determinada técnica de detecção
virulência está diretamente relacionada com a forma de
● Isolado (amostra): isolado de uma amostra de infecção e com o tropismo do vírus por
animal infectado sobre o qual se conhece pouco. determinados tecidos e órgãos. É essencial a escolha
de amostra adequada e envio para o laboratório de
………………………………………………….…………………………………………………. forma adequada.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. As aplicações do diagnóstico virológico laboratorial
abrangem desde investigações clínicas em nível
………………………………………………….………………………………………………….
individual até programas de controle e erradicação
………………………………………………….…………………………………………………. de doenças em nível nacional ou continental. Por essa
………………………………………………….…………………………………………………. razão, as técnicas de diagnóstico estão sob contínuo
………………………………………………….…………………………………………………. aperfeiçoamento para contemplar os diferentes graus
………………………………………………….…………………………………………………. de exigência.

………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Característica de um teste diagnóstico: que ele seja
sensível, específico e que ele tenha repetibilidade.
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Método direitos vão procurar o próprio
………………………………………………….………………………………………………….
agente/antígeno e os os métodos indiretos vão
………………………………………………….…………………………………………………. procurar o próprio anticorpo.
………………………………………………….…………………………………………………. Determinação qualitativa é aquela que procura-se a
………………………………………………….…………………………………………………. presença ou ausência de agentes virais ou anticorpos-
………………………………………………….…………………………………………………. testes que dão positivo e negativo e quantitativa é
aquela que procura-se quantidade/atribui valores
………………………………………………….………………………………………………….
numéricos (titulação) do anticorpo ou agente.
(não são todos os vírus que fazem isso).
Métodos existentes ………… ………………... Como é feito o teste: tem as hemácias a amostra
• Citopatologia - observação de lesão por replicação suspeita, eles incubem a amostra com o sangue
viral durante uma hora. Se as hemácias não aglutinaram é
• Detecção direta por microscopia eletrônica negativo e se aglutinar é positivo.
• Característica biológica do vírus.
- Ex: capacidade de hemaglutinação
• Detecção de antígenos.
- Ex: Imunofluorescência; Ensaio
Imunoenzimático; Imunocromatografia;
Aglutinação por látex; radioimunoensaio;
immunoblots
• Detecção/identificação de ácidos nucléicos
- Ex: Hibridização e Reação em Cadeia de
Polimerase
• Multiplicação de vírus**
- Ex: Inoculação/Cultivo Celular
• Sorologia
- Ex: imuno difusão em ágar, soroneutralização,
ELISA; inibição de hemaglutinação
OBS - Limitações: Não detecta pequenas
Observação de lesão por replicação viral - quantidades de vírus e é restrito a poucas famílias
citopatologia
Exemplo: observação de corpúsculo de inclusão Inibição da Hemaglutinação - Sorologia
• A propriedade de hemaglutinação é utilizada para a
pesquisa de anticorpos capazes de inibir a
hemaglutinação.
• anticorpos se ligam nas hemaglutininas virais e
inibem a sua atividade hemaglutinante

Detecção de antígenos virais (qualquer proteína do


vírus)
Imunofluorescência Direta
Microscopia eletrônica:
A técnica baseia-se na reação de anticorpos
• Baixa sensibilidade: depende de um número visível de
específicos (conjugados com substância fluorescente)
agentes na lâmina.
com o antígeno presente no material suspeito.
• Técnicas de concentração para achar o agente viral.
Procura os antígenos virais.
Características para identificação na Microscopia - Pode ser aplicada em monocamada de
Eletrônica: células, em esfregaços celulares, em tecidos
• O diâmetro dos vírions, frescos, congelados ou incluídos em parafina.
• Morfologia do nucleocapsídeo
• A presença ou não de envelope Ensaio Imunoenzimático direto (ELISA – enzyme
• A presença de projeções na superfície das partículas linked immunosorbent assay)
• A organização dos agregados de partículas - Laboratório
• A localização celular dos vírions - Kits rápidos
• Boa sensibilidade
Características biológicas do vírus • Boa especificidade
Hemaglutinação • Custo acessível
A hemaglutinação ocorre porque existem proteínas • Repetibilidade
de superfície virais capazes de aglutinar eritrócitos • Versatilidade.
de algumas espécies. Ex: ortomixovírus e
Radioimunoensaio (RIA)
paramixovírus
• Menos usado atualmente após criação do ELISA
*Hemaglutininas -> vírus hemaglutinantes
• Método semelhante, porém usa isótopo radioativo - A presença do anticorpo é revelada pelo
em vez de enzima. O método é muito sensível e pode aparecimento de focos ou bandas coloridas,
ser automatizado, porém os equipamentos requeridos pois os reagentes são conjugados com
são caros. substâncias cromógenas.
• Material radioativo • O resultado depende essencialmente da qualidade
• Caindo em desuso dos reagentes

Imunocromatografia Imunoblots
• Kits de testes rápidos • Os antígenos virais são detectados pelo uso de
• É baseada na reação antígeno-anticorpo complexos Ag- Ac marcados com enzimas,
Como é feita essa técnica? Amostra suspeita é provocando mudança de cor.
passada através de um filtro e, então, impregnada em - O material suspeito deve ser solubilizado em
uma membrana, onde reagirá com o anticorpo membranas específicas de nitrocelulose ou
específico previamente imobilizado. nylon e seguido de incubação e lavagem.
- A presença do antígeno é revelada pelo • A presença do Ac é revelada após adição do
aparecimento de focos ou bandas coloridas, substrato que altera a cor caso presente o Ac
pois os reagentes são conjugados com pesquisado
substâncias cromógenas. Detecção de antígenos virais ou anticorpos
• O resultado depende essencialmente da qualidade Aglutinação em látex
dos reagentes • Método simples - mistura do material suspeito com
anticorpos previamente adsorvidos a partículas de
Imunoblots látex. Se houver antígeno ocorrerá sua ligação aos
• Os antígenos virais são detectados pelo uso de anticorpos e aglutinação das partículas.
anticorpos marcados com enzimas, provocando • A leitura da reação é visual
mudança de cor. • Baixa sensibilidade e especificidade -> falsos
- O material suspeito deve ser solubilizado em negativos
membranas específicas de nitrocelulose ou
nylon e seguido de incubação e lavagem com Outros Testes Sorológicos
Ac anti virais específicos. Soroneutralização (SN) e imunodifusão em Ágar
• A presença do Ag é revelada após adição do
• Soroneutralização (SN) é utilizado para se detectar
substrato que altera a cor caso presente o Ag
anticorpos que possuem capacidade de neutralizar
pesquisado
a infectividade do vírus. É a titulação de anticorpos.

Detecção de anticorpos • Imunodifusão em gel de ágar se baseia na


insolubilização e precipitação de complexos
Imunofluorescência Indireta
formados pela reação antígeno anticorpo. Esses
A técnica baseia-se na reação de anticorpos
complexos podem ser visualizados sob a forma de
específicos (conjugados com substância fluorescente)
linhas de precipitação no gel de agarose.
com complexo antígeno-anticorpo presente no
material suspeito. Procura-se anticorpos anti-viral.
Imunodifusão em gel de Ágar
- Pode ser aplicada em monocamada de
• Média sensibilidade e especificidade -> podem não
células, em esfregaços celulares, em tecidos
detectar baixos níveis de Ac e não tem alta
frescos, congelados ou incluídos em parafina
especificidade
Ensaio Imunoenzimático indireto (ELISA – enzyme • Útil para inquéritos sorológicos de grandes
linked immunosorbent assay) populações animais, sobretudo, pela sua praticidade
- Laboratório e custo baixo.
- Kits rápidos
Soroneutralização Quantitativa
Imunocromatografia
• Examina-se o soro/amostra suspeita frente a um
• Kits de testes rápidos
vírus padrão previamente conhecido e quantificado.
• É baseada na reação antígeno-anticorpo
• Teste realizado em microplacas que incubam
• Amostra suspeita é passada através de um filtro e,
diluições crescentes do soro a ser testado com uma
então, impregnada em uma membrana, onde reagirá
quantidade constante do vírus
com o complexo Ag-Ac específico previamente
• Testa-se várias diluições da amostra – havendo uma
imobilizado.
titulação de anticorpos
Soroneutralização Qualitativa. DNA a partir dos primers, pela enzima DNA
• Se houver anticorpos presentes no soro eles se ligam polimerase. A cada ciclo o número de moléculas
e neutralizam o vírus -> cultivo celular - > avaliação correspondentes à seqüência-alvo duplica e, no final
de efeito citopático. da reação, acumulam-se milhões de cópias idênticas
correspondentes à seqüência-alvo inicial
Detecção/identificação de ácidos nucléicos • A amostra terá várias sequências idênticas que serão
A técnica baseia-se nas sequências únicas de detectadas visualmente em géis de agarose, corados
nucleotídeos do genoma dos vírus, associadas com com brometo de etídio, sob luz UV
técnicas de amplificação e hibridização de ácidos • Será comparada com padrão pré determinado –
nucléicos, permitindo a detecção e identificação de marcador molecular de massa conhecida e amostras
agentes virais. controle positiva e negativa
• Hibridização
• PCR - Atualmente é uma das técnicas mais utilizadas.
- RT – PCR -> A PCR pode ser precedida por - Boa aplicação para vírus que não crescem em cultivo
uma reação de transcrição reversa (RT) para celular.
a obtenção de cDNA a partir de RNA.- - Boa utilização em amostras com pouca quantidade
qualitativo. do agente viral.
- qPCR (PCR em tempo real) -> amplificação e - Vírus em latência.
detecção ao mesmo tempo (emissão de - Cuidados com erros de técnica.
fluorescência). - quantitativo.
Hibridização - Southern/Northern blot/ in Situ
PCR (reação em cadeia polimerase) A técnica baseia-se na complementaridade das
A técnica baseia-se nas sequências únicas de moléculas de DNA ou RNA
nucleotídeos do genoma dos vírus, associadas com • Sonda ligada à isótopo radioativo ou enzima é
técnicas de amplificação e hibridização de ácidos complementar à sequência alvo
nucléicos, permitindo detecção e identificação de • O material suspeito é imobilizado em uma
agentes virais membrana, seguido pela incubação com a sonda
• A disponibilidade das seqüências genômicas dos marcada e de lavagens seguidas para retirar o que
vírus em bancos de dados possibilitou a identificação não foi ligado
de regiões conservadas, viabilizando a síntese de • Na presença do ácido nucléico do vírus suspeito, a
primers (molde) sonda irá hibridizar com a seqüência-alvo em filme
• Descoberta da Taq polimerase - enzimas resistentes após adição de substrato
ao calor e para amplificação desse material genético
requer temperaturas altas. Multiplicação de vírus
• PCR é uma técnica altamente específica e sensível, • Utilizado em laboratório de pesquisa
que consiste na síntese in vitro de uma grande • Produção de soro
quantidade de cópias de um segmento de DNA ou • Produção de vacinas
RNA existente na amostra -> consiste em amplificar o 1. Inoculação em animais
número de moléculas a partir de uma molécula-alvo 2. Inoculação em ovos embrionados
original, denominada template ou molde. 3. Inoculação em cultivo celular
- Essa amplificação pode ser realizada a partir
de uma quantidade mínima do ácido Vacinas
nucléico-alvo; uma PCR bem padronizada, Imunização Ativa
teoricamente, é capaz de detectar e • Vírus Vivo Modificado
amplificar até uma única cópia do molde • Vetores vacinais
existente na amostra. • Vírus Inativado
A região-alvo a ser amplificada é delimitada por • Subunidades do vírus/vacinas recombinantes
primers, que são oligonucleotídeos sintéticos de • Outras
aproximadamente 20 nucleotídeos que são
sintetizados de acordo com a sequência a ser - Adjuvantes : potenciador da resposta
amplificada - Vias de administração: subcutânea, intramuscular e
• A reação de PCR envolve a realização de vários mucosa (intra nasais e orais) e outros….
ciclos de desnaturação (separação da fita dupla),
hibridização dos primers e polimerização da cadeia de
O sistema imune
Interferon: interferem com a replicação viral
- Principal: IFN-I (ifn-a e ifn-b), são produzidos
por qualquer células nucleadas em resposta a
infecção viral e sua principal fonte são as
Para assegurar a ausência de invasão:
células dendríticas presentes principalmente
nos tecidos linfóides.
1. Barreira física: evitam a penetração de
Estimula a imunidade adquirida, indução do MHC,
microorganismos invasores. Ex: pele, cílios,
ativação de células dendríticas, estimulação da
autolimpeza
proliferação de linfócito T, participam da atividade
2. Imunidade inata: responsável pela rápida
de linfócitos B e Liberação do IFN - Y
proteção inicial - limitam e restringem a
infecção viral até respostas imunes adquiridas
Sistema complemento: proteínas inativas no plasma
começarem a produzir os anticorpos. Ex:
que são ativadas principalmente pela presença de
inflamação, defensas, lisozima.
complexos imunes. Ocorre uma cascata de ativação
3. Imunidade adaptativa ou adquirida:
com formação de moléculas ligadas à ativação da
imunidade mais eficaz e prolongada mediada
inflamação.
por anticorpos e por células.
1. Opsonização: ptn se liga ao vírus para destruir
e reconhecer o vírus para ser fagocitodo.
2. Quimiotaxia: liberar substâncias que facilitam
o reconhecimento viral como agente estranho,
3. Ativação de neutrófilos
4. Degranulação de mastócitos: faz
vasodilatação pra ter mais células de defesa,
inflamação, edema...
5. Formação de complexo de ataque à
membrana: morte das células
A resposta imunológica ocorre pois os vírus são
estruturas quimicamente diferentes das células do Células NK (natural killer): células de linhagem
hospedeiro e a célula infectada libera substâncias linfóide da medula óssea, destroem as células
sinalizadoras que o sistema imunológico reconhece infectadas por vírus, na fase de imunidade inata, sem
como célula estranha. precisar de reconhecimento específico.
- Secreção de citocinas contribuindo para
resposta viral
Imunidade, natural ou inespecífica - IFN - Y : ação antiviral direta - diminui a
● Atua imediatamente após o contato do hospedeiro
gravidade das infecções virais mesmo antes
com os antígenos virais. da imunidade adquirida.
● Não possui capacidade de discriminação entre os

vírus e não necessitam de exposição prévia para Células dendríticas: Presentes nos tecidos linfóides e
serem desencadeado locais de penetração viral. Faz a produção de IFN-I e
● Não possuem memória
estimulação de NK.
● É o que causa dor, febre e inflamação.
Além disso, faz a apresentação de antígenos (Ag)
aos linfócitos B para a produção de Ac
Resposta celular e substância químicas endógenas - Ligação entre resposta imune inata e
que bloqueiam a invasão tecidual ou mecanismos de adquirida
proliferação viral Estimula a produção de linfócitos T helper (Th) que
- Células: leucócitos, células dendríticas e estimula a produção de citocinas > resposta celular
células NK por linfócito T e humoral por linfócito B
- Substâncias: Interferon- I e citocinas
- Sistema complemento: vias enzimáticas
Imunidade adquirida ou adaptativa
● Tem memória.
● Mais tardia que a inata.
Células dendríticas: São mais efetivas na ativação
dos linfócitos Tc
Anticorpos:
- Fragmentos de proteínas virais + MHC - I
- Imunidade humoral: Anticorpos impedem a
- Fornecem estímulos químicos (citocinas)
adsorção, estimulam a fagocitose e lise celular,
Os dendritos facilitam a interação com a células
ligação anticorpos + célula infectada > células
citotóxicas destroem. (Linfócito B)
- Imunidade celular: resposta imune celular
contra agentes intracelular. Composto de
células especializadas na destruição das
células infectadas (linfócito T - Th e Tc) - A
mais responsável pela imunidade antiviral mas
atuam em conjunto.
-

● Necessário a apresentação do Ag aos linfócitos.


● Necessário distinguir o próprio do não próprio

● Os próprios capsídeos e glicoproteínas do envelope

viral são antigénios e eles estimulam a resposta


imunológica.

Th (CD4+): secreção de citocinas Assim, por que ainda ocorre uma infecção viral?
Tc (CD8+): reconhecem e destroem as células infecção ● Adaptação vírus - hospedeiro.

e produz citocinas ● Infecções persistentes.

Linfócito B: produção de anticorpos para ●Tropismo e especificidade do vírus - número,

determinado agente. natureza e localização dos receptores celulares.

Evasão do sistema imune


● Variação antigênica - mutação

● Latência - ex: ciclo lisogênico

● Inibição da apoptose (lise)

● Inibição ou imunodepressão

- Bloqueio da liberação/ação de citocinas.


- Evasão de células NK
- Utilização de células do sistema imune como
hospedeira.
PARVOVIRUS
Família: Parvoviridae
Subfamília: Parvovirinae (vertebrados) e Densovirina.

Características:
● Parvus = pequeno

● Esféricos

● Capsídeo Icosaédrico

● Sem envelope

● DNA fita simples linear

● Grande estabilidade no ambiente – Mantém

infectividade por meses (fezes) e por semanas livre no


ambiente
Consequências adversas da resposta imunológica
● São restritos quanto à espécie hospedeira
● Lise celular
● Precisam de células em replicação para sua própria
● Produção de radicais livres: lesões oxidativas
replicação e ocorre no núcleo da célula hospedeira.
● Formação e depósitos de imunocomplexos
● Realiza o ciclo Lítico
podendo levar a doenças inflamatórias
● Tropismo de células em replicação para sua própria
● Resposta inflamatória exacerbada
replicação
● Exacerbação da patologia via anticorpos
- Células da cripta intestinal
- Células Linfóides
………………………………………………….…………………………………………………. - Células da medula óssea
………………………………………………….…………………………………………………. - Células embrionárias
………………………………………………….…………………………………………………. - Células do miocárdio (animais jovens)
………………………………………………….………………………………………………….
Parvovirus de Importância Veterinária
………………………………………………….………………………………………………….
Vírus da panleucopenia felina (FPLV)
………………………………………………….…………………………………………………. Parvovírus canino (CPV-2)
………………………………………………….…………………………………………………. Parvovírus Suíno (PPV)
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….…………………………………………………. Vírus da panleucopenia felina (FPLV) ……………………………….

………………………………………………….…………………………………………………. ● Distribuição mundial e acomete Felinos domésticos e


selvagens (felídeos).
………………………………………………….………………………………………………….
● Alta taxa de mortalidade e morbidade
………………………………………………….…………………………………………………. ● Vírus pode resistir em ambiente por até 1 ano nas

………………………………………………….…………………………………………………. fezes em temperatura ambiente


………………………………………………….…………………………………………………. ● Animais jovens

● Pode haver infecção intra uterina


………………………………………………….………………………………………………….
● Vírus Entérico -> Transmissão oronasal
………………………………………………….………………………………………………….
- contato direto ou indireto com animais
………………………………………………….…………………………………………………. infectados ou suas secreções (pp/ fezes
………………………………………………….…………………………………………………. diarréicas)
………………………………………………….…………………………………………………. - Transmissão por fômites também é possível
………………………………………………….………………………………………………….
Felinos jovens (2-5 meses):
………………………………………………….………………………………………………….
Sinais clínicos: Prostração, febre e anorexia, vômito e
………………………………………………….…………………………………………………. desidratação, Panleucopenia, Enterite/Diarréia
………………………………………………….…………………………………………………. - Pode haver infecções bacterianas secundárias
………………………………………………….…………………………………………………. agravam o quadro
………………………………………………….…………………………………………………. - Pode ser subclínico
Controle
Vacinação dos felinos domésticos -> Vacina - Vírus
Vivo modificado
No ambiente: inativado pelo hipoclorito de sódio a 6%,
formol a 4% e glutaraldeído a 1% quando exposto por
10 minutos
- Água 80° por 30”

Parvovírus CANINO ………… …………………….


Originado a partir do vírus da Panleucopenia Felina.
Os primeiros casos foram no início da década de 1970,
na Europa (Brasil: 78/79) .
● Raças mais sensíveis: rottweiler, doberman, pastor

alemão, pit bull e fila brasileiro


● Maior incidência nos meses quentes (verão e

primavera) – Distribuição Mundial


● Principal causa de diarreia viral em cães abaixo de 6

meses de idade

Originado a partir do vírus da Panleucopenia Felina: A


Final de gestação/Neonatos: diferença entre eles é de apenas 2 aminoácidos do
● Replicação em cérebro, Cerebelo, retina e nervo
capsídeo -> responsável pela interação dos vírions
óptico com os receptores das células hospedeiras.
● Tecido Linfóide e medula óssea -> leucopenia
Via de transmissão:
- Contato direto: fecal-oral
- Contato indireto: fômites contaminados

Via de Eliminação: fezes Animais subclínicos


- eliminam o vírus por muitos meses Animais
convalescentes não eliminam o vírus.

Fontes de infecção: animais doentes e subclínicos -


(comum em cães de rua)
Animais mais susceptíveis: Filhotes / jovens a partir 2
meses de vida (6-18 meses).
Diagnóstico
● Sinais clínicos e idade.
Caninos jovens (< 6 meses):
● Histórico
Sinais clínicos: Prostração, febre e anorexia, vômito e
● Hemograma
desidratação, GEH (gastroenterite hemorrágica),
● Testes específicos
miocardite (3-8 semanas)...
- Microscopia eletrônica
- Infecções bacterianas secundárias agravam o
- Cultivo celular
quadro
- Hemaglutinação - > aglutina eritrócitos de
- Hipoplasia de medula óssea
suínos IF direta e indireta
- Pode ser subclínico em animais adultos
- ELISA (direto e indireto)
- PCR
Duas síndromes clínicas são descritas:
- Soroneutralização (IgM e IgG
- miocardite e a gastrenterite hemorrágica
● Achado patológico: Inclusões intranucleares podem
(GEH). A miocardite pode ocorrer em
ser encontradas nas células das criptas intestinais.
neonatos, após a infecção intra-uterina ou nas
primeiras seis semanas de vida. Esses animais
Tratamento
apresentam morte súbita ou sinais
Suporte - Até o momento não há antivirais específicos
inespecíficos e, posteriormente, desenvolvem
sinais de insuficiência cardíaca – ocorreu mais • Resistência a temperaturas ambientais e a
na década de 70 variações de pH, o que garante sua sobrevivência por
-

GEH - > decorre da destruição das vilosidades meses.. A principal fonte de contaminação são
intestinais fômites e instalações contaminadas.
A introdução do PPV no rebanho pode ocorrer pela
Diagnóstico: aquisição de reprodutores infectados. Os machos
● Sinais clínicos e idade. podem desempenhar um papel na disseminação do
● Histórico PPV, uma vez que o vírus pode ser encontrado nos
● Hemograma; proteínas totais testículos.
● Testes específicos
A imunidade conferida pela infecção natural é longa e
- Microscopia eletrônica
sólida. Os surtos em granjas em que não há controle
- Cultivo celular
por vacinação podem ocorrer em períodos cíclicos
- Hemaglutinação - > aglutina eritrócitos de
(normalmente a cada três a quatro anos), pela
suínos IF direta e indireta
redução gradativa dos níveis de anticorpos.
- ELISA (direto e indireto)
- Imunocromatografia (direta e indireta)
Transmissão
- PCR
• Oronasal e transplacentária
- Soroneutralização (IgM e IgG)
• Contato com fezes, secreções, restos de aborto,
● Achado patológicos post-mortem
fomites e instalações contaminadas
- Necropsia: conteúdo intestinal aquoso e
hemorrágico; desidratação, nº placas de Peyer O vírus se replica em tecidos linfóides, na medula
(conglomerados linfo nodulares) no intestino, óssea e nas criptas do intestino delgado. A infecção
pontos de necrose no fígado transplacentária ocorre durante a fase de viremia na
- Histopatologia: mais conclusivas (necrose fêmea gestante -> 10 a 15 dias após infecção da fêmea
células da cripta, alterações / redução nas (maior problema em fêmeas primíparas)
microvilosidades das células do intestino - Morte do embrião e reabsorção
delgado) - Natimorto
- Fetos mumificados em diferentes estágios
Tratamento - Nascimento de parte dos leitões viáveis e
Suporte - Até o momento não há antivirais específicos parte mumificada

Diagnóstico
Controle • Sinais clínicos e idade. • Histórico
● Vacinação dos caninos domésticos -> Vacina - Vírus
• Aumento nos índices de retorno ao cio e atraso na
Vivo modificado data de aparição, associados com a presença de fetos
● No ambiente: inativado pelo hipoclorito de sódio a
mumificados e leitegadas com número reduzido de
6%, formol a 4% e glutaraldeído a 1% quando exposto leitões, especialmente em fêmeas de primeiro ou
por 10 minutos segundo parto.
- Água 80° por 30
Material enviado para Laboratório: fetos
mumificados, restos fetais, fragmentos de tecidos
Parvovírus Suíno (PPV) ………………………… … …………...
necróticos e soro pareado das fêmeas
É uma causa frequente e importante de falhas
- Diagnóstico - > IFA; ELISA; HA; PCR (direto)
reprodutivas em suínos, infertilidade e repetições de
- Sorológicos – cuidado com a interpretação
cio.
Diagnóstico Diferencial -> deve ser feito com
• infecção de embriões e fetos, que resulta em
doenças que causem alterações reprodutivas.
mortalidade embrionária, mumificação fetal,
abortamentos, natimortalidade e o nascimento de
Controle e Profilaxia
leitões inviáveis
Vacinação -> fêmeas anualmente e dos machos
• Animais adultos não-gestantes, o PPV replica no
reprodutores jovens
intestino sem causar manifestações clínicas.
• Nunca fornecer restos fetais e placentas para as
• Somente um sorotipo do PPV foi identificado.
fêmeas
Entretanto, existem diferenças de patogenicidade entre
• No ambiente: inativado pelo hipoclorito de sódio a
isolados de campo
6%, formol a 4% e glutaraldeído a 1% quando exposto
• Distribuído mundialmente- infecção Endêmica no
por 10 minutos
BR
Coronavírus
Gastroenterite pelo coronavírus
Acomete as células do topo das vilosidades> necrose,
achatamento das vilosidades e redução da absorção
+ Redução na produção de lactose pelas células
intestinais > acúmulo de lactose no lúmen intestinal.
Diarréia osmótica
- transmissão oral-fecal
- Gravidade: dose infectante
Ac materno
Virulência da amostra

Os vírus do corona são facilmente inativados por


solventes lipídicos, agentes oxidantes,
formaldehído, detergentes e desinfectantes
comuns. Também há grande sensibilidade o calor.

Coronavírus e interesse veterinário


Características: Vírus da gastroenterite transmissível dos suínos …
• Esféricos .
• Vírus envelopada Doença entérica altamente contagiosa em leitões, já
• Vírus RNA cadeia simples (+) - maior genoma teve registro no Brasil mas não é comumente
• Nucleocapsídeo helicoidal encontrada.
• Envelope com glicoproteínas de superfície: facilita PRCoV e vírus da encefalomielite suínos : europa,
a adsorção e o reconhecimento da célula hospedeira ásia, eua
além de estimular o sistema imunológico (spike)
• Alguns possuem a glicoproteína HE que faz a Coronavírus bovino (BCoV) ……………… …………..
hemaglutinação
• Diarreia neonatal em bezerros
- S.: Spike: ligação ao receptor fusão funicular,
• Disenteria sazonal em bovinos adultos (inverno) -
major antígeno
queda da produção leiteira em até 90%
- M: transmembrana
• Infecções respiratórias em bezerros
- E: proteína menor do envelope
- • Epidemiologia: distribuição mundial
• São envolvidos principalmente em doenças • Possui alta morbidade e baixa mortalidade
respiratórias e digestivas. • Transmissão fecal-oral e nasal
• Grande variação antigênica, com existência de • Diarreia líquida, perda de apetite, desidratação
vários sorotipos circulantes • Diminuição de produção leiteira
• A fusão do envelope com a membrana plasmática e • Tratamento suporte
apresenta importante sítios antigênicos que induzem
a produção de anticorpos neutralizantes e induzem Diagnóstico: microscopia eletrônica, isolamento em
a resposta imune celular. cultura de células, imunodeficiência direta, RT- PCR.

Profilaxia: vacinação, administração do colostro,


Como ocorre?
limpeza e desinfecção das instalações, sanidade no
1. Entra na célula por endocitose mediada por
parto.
um receptor
2. Replicação no citoplasma
Coronavírus canino ……… ……………………………………………..
3. Vírus transportado dentro de vesícula s do
complexo de golgi vai para fora da cellular • Diarreia sazonal em filhotes
criando novos vírus e infectar outras células • Pouca patogenicidade e sinais clínicos são brandos -
leve GE
Transmissão: • Replicação em células do topo da vilosidade
Fecal - oral e oronasal intestinal, podem atingir linfonodos mesentéricos,
Transmissão direta ou por fômites fígado e baço.
Transmissão: fecal-oral mas também pode ser por - GS 441524 - remissão de sinais clínicos
fômites contaminadas Corticoides apenas para alívio dos sintomas

Diagnóstico: amostra (fezes), ME, PCR, ELISA


Controle e profilaxia: Vacinação - não recomendada,
Tratamento: é apenas suporte, higiene do ambiente, limpeza e desinfecção, evitar aglomerações e isolar
vacinação, vírus inativado pelo calor e por solventes animais doentes.
lipídicos.
- Em tº baixas pode-se manter infeccioso por Coronavírus e aves domésticas (Gallus Gallus) … …
longos períodos e o CCoV é estável a PH
• Infecção via trato respiratório superior - transmitido
sólido.
principalmente por aerossóis, mas as aves se infectam
também pela ingestão de água e alimentos
Coronavírus felino ……………… ………………………………
contaminados com material fecal.
• FCoV - replicação em enterócitos > infecção • Início dos sintomas em até 36 horas. Resolução 15
assintomática ou diarreia dias.
Transmissão: fecal-oral, fezes, saliva, contato próximo.. • Distúrbios respiratórios, reprodutivos e/ou renais.
• Possui vários sorotipos e subtipos.
• Mutação (FIP) - a mutação não é transmissível • Distribuição mundial.
Replicação nos macrófagos > doença sistêmica • O vírus pode sobreviver por dias ou até semanas no
- peritonite infecciosa felina (PIF) meio ambiente.
Fatores predisponentes para mutação: stress,
genética, infecções concomitantes que deprimem a Mais comumente sinais respiratórios: dispnéia,
resposta imune (FIV, FeLV, FPV) secreção caseosa em traquéia e siringe, tosse, espirro
e descarga nasal. + Redução no ganho de peso -
FIP: doença de complexo imune > vírus + Ac + queda da produção e postura
complemento Se afetar oviduto, pode haver rompimento e presença
Capacidade do fipv se multiplicar em macrofagos e de gema em cavidade celomática.
atingir a corrente sanguínea.
↓ Se replica nas células epiteliais e faz a viremia (circula
Complexo imunes circulantes no corrente sanguínea)
↓ ↓
Disposição do complexo Ag- Ac complemento na pode se replicar em rins, ovidutos ou no aparelho
parede dos vasos sanguíneos digestivo
↓. ↓
Macrofagos transportam virus do sangue - tecidos no aparelho digestivo vai ser liberado nas fezes, nos
↓ rins ocorre a nefrite e no oviduto há retardo do
Ac + compemento - atrai macrofagos eneutrofilos crescimento dos animais, diminuição a produlão
↓ deovos, comprometimento da qualidade interna e
Lesão granulomatosa. externa dos ovos

Diagnóstico: Diagnóstico: isolamento e identificação dos vírus. O


• Sorologia material mais adequado para o isolamento viral:
- Ac (+): pouco usado material de secreção de traqueia ou oviduto.
- Ac (-): pode estar envolvido na progressão da Após o isolamento faz a detecção do genoma viral
doença viral PCR
• qRT -- PCR : detecção do genoma viral Prevenção: vacina (aves de corte), prevenir
• qRT - PCR - IDEXX: spikes do vírus mutante problemas respiratórios.
• Histopatologia

Tratamento
• FCoV: Não é necessário, apenas se houver a
mutação.
• PIF: No mercado atualmente com tratamento
disponível
- inibidor da protease 3 CL
• Distribuição mundial

Paramixovírus
• Qualquer carnívoro pode ser afetado - mas gatos
domésticos são resistentes
• Doenças frequentemente em cães jovens não
vacinados, mas qualquer idade pode adquirir o vírus
Características
Transmissão: por contato com secreções nasais orais
• Vírus esféricos, pleomórficos, filamentosos
e urina de animais infectados.
• Nucleocapsídeo helicoidal
Transmissão através de aerossol - trato respiratório
• RNA fita simples (-)
superior (mais comum)
• Vírus Envelopado
• Glicoproteínas de superfície - reconhecimento e
adesão e penetração da célula
• Só tem ciclo lítico
• Pode causar efeito citopático nas células devido sua
replicação
• Corpúsculo de Lentz: conhecidos como inclusões de
Lentz ou inclusões da cinomose, são inclusões
citoplasmáticas virais que podem ser encontradas em
neurônios.
• Tropismo pelo sistema nervoso, pele, gastrointestinal Sinais clínicos: Secreção nasal e ocular, pústulas e
piodermite, diarreia, hiperqueratose dos coxins,
convulsões e sinais neurológicos, vocalização,
mioclonia.
- OBS: hipoplasia de esmalte dentário.
-

Diagnóstico: detectada o agente ou fração do agente


( método direto - corpúsculo de inclusão,
imunofluorescência, elisa direto, imunocromatográfica,
PCR, cultivo celular).
Provas sorológicas - AC (indireto - soroneutralização,
elisa indireto, imunocromatografia indireta)

Tratamento: evitar infecção secundária e controle de


todos casos clínicos associados.
1. Penetração na célula por fusão, replicação no
citoplasma Profilaxia: vacina, limpeza, evitar contato com animais
2. Células infectadas podem se fusionar, infectados.
formando sincícios ou celular gigante,
podendo ocorrer necrose tecidual in vivo onde Doença de Newcastle ……………………………………………………………………
ocorre a replicação deste vírus
3. Liberação desse vírus ocorre por brotamento • Aves silvestres e domésticas são reservatórios
• Perdas econômicas – Interrupção nas exportações
São sensíveis ao ph ácido, 56ºC por 30 minutos, - Embargos comerciais
solventes lipídicos, formaldeído, agentes oxidantes. - Enfermidade altamente contagiosa
- Em tº baixa pode sobreviver poucos meses.
Transmissão
Paramyxovirus de interesse veterinário Contato direto (secreção nasal, espirro, fezes, ovos
posto durante a fase clínica, carcaças…) ou através de
Cinomose (CDV) …………………………………………………………………... fômite
Somente um sorotipo identificado, porém desde 2011 - Disseminação: roupas, mão, transportes utilizados em
proposto novo genogrupo - divisão de 2 genótipos granjas, equipamentos das granjas,
diferentes - isolados de campo apresentam ampla
variedade antigênica. Manifestações
Proteínas H e F no envelope Dependem da virulência da cepa
- H: tropismo celular - Velogênicas: sinais respiratórios, neurológicos
-

e entéricos - alta mortalidade


- Mesogênias: sinais respiratórios e entéricos - • cultivo celular
baixa mortalidade • IFA direta
- Lentogênicas: assintomático ou sinais • PCR
respiratórios leves; vacinas • Sorologia: ELISA indireto e soroneutralização

Doença altamente contagiosa produzindo em aves Controle e profilaxia


infectadas sinais respiratórios, diarréia, sinais nervosos, • Vacinação: eficácia questionável
queda na postura dos ovos, edema de cabeça • Controle de trânsito dos animais
• Manejo
Diagnóstico
Necrópsia,swabs, cloacais, fezes, ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Profilaxia e controle
………………………………………………….………………………………………………….
• Calor: ele é inativado após 3 horas a 56ºC
• Ph ácido ………………………………………………….………………………………………………….
• sensíveis a éter e inativados por desinfetantes ………………………………………………….………………………………………………….
contendo formal e/ou fenol. ………………………………………………….………………………………………………….
• Uso sistemático e vacinas ………………………………………………….………………………………………………….
• Biossegurança ………………………………………………….………………………………………………….
• Limpeza e desinfecção ………………………………………………….………………………………………………….
• Controle de tráfego humano
………………………………………………….………………………………………………….
• Evitar aves silvestres local
• Legislação específica ………………………………………………….………………………………………………….
• Aves acometidas devem ser queimadas e ………………………………………………….………………………………………………….
enterradas. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Vírus respiratório sincicial bovino (BRSV) …………… …
………………………………………………….………………………………………………….
• Essa subfamília não apresenta neuraminidase e
………………………………………………….………………………………………………….
hemaglutinina no envelope.
• Efeito citopático característico no cultivo celular ………………………………………………….………………………………………………….
• Perdas econômicas ………………………………………………….………………………………………………….
• A forma de transmissão não é claramente ………………………………………………….………………………………………………….
esclarecida - aerossóis, proximidade dos animais. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Como ocorre?
Replicação nas células epiteliais da mucosa nasal, ………………………………………………….………………………………………………….
faringe, traquéia e pulmões. ………………………………………………….………………………………………………….
• O vírus aparentemente não faz viremia e ………………………………………………….………………………………………………….
raramente é detectado fora do sistema respiratório. ………………………………………………….………………………………………………….
• Antígenos virais podem ser detectados na mucosa
………………………………………………….………………………………………………….
da nasofaringe e linfonodos traqueobronquiais
………………………………………………….………………………………………………….
Sinais clínicos ………………………………………………….………………………………………………….
• Doença respiratória grave com menos de 1 anos - ………………………………………………….………………………………………………….
bronquiolite e pneumonia - com infecção bacteriana ………………………………………………….………………………………………………….
secundária
………………………………………………….………………………………………………….
- febre, tosse, secreção nasal e dispnéia
………………………………………………….………………………………………………….
• secreção ocular, nasal, edema de barbela,
pneumonia intersticial, salivação. ………………………………………………….………………………………………………….
• Pode ser assintomática. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Diagnóstico ………………………………………………….………………………………………………….
• Amostras: secreção nasal, lavado traqueal..
………………………………………………….………………………………………………….
RABDOVIRUS
Existem diversos tipos de rabdovirus capazes de
infectar mamíferos, aves, peixes, plantas e artrópodes.
Por sua ampla distribuição na natureza existe a
possibilidade de algum tipo ainda com potencial
patogênico desconhecido.

• Vírus da raiva > mamíferos


• Vírus da estomatite vesicular > equinos, suínos e
bovinos (doenças com sinais semelhantes à febre
aftosa).

Rabdovirus
• Formato de bastão Infecta primariamente os neurônios, mas pode haver
• Estrutura helical interna - nucleocapsídeo com ptn infecções de astrócitos, microglia e células endoteliais.
de superfície Infecta todas as regiões do sistema nervoso central
• Virus RNA e envelopado (glicoproteína de superfície • Regiões mais acometidas: hipocampo, tronco
G) cerebral, medula espinhal, células de purkinje no
cerebelo, muitas vezes os sistemas associados com a
localização anatômica no cérebro.

Como ocorre?
Replicação inicial nas células musculares, mas pode
se disseminar sm essa replicação > nervos > chega a
raiz nervosa > medula espinhal e se multiplica no SNC
e outros tecidos não neurais,

Antígenos podem ser detectados em praticamente


todos os tecidos e quando os animais clínicos se
iniciam, já ocorreu a disseminação no SNC

• Se mantém estável por longos períodos a 4ºC, porém


• Dificuldade de tratamento devido à BHE (Barreira
sensíveis ao calor, radiação solar e ultravioleta.
hematoencefálica)
• Pode ser inativada por desinfetantes
• Resistência fora do hospedeiro baixa.
Transmissão
Replica também em glândulas salivares, e a excreção
Raiva ……………………………………………………………………………...
pela saliva é o principal mecanismo de disseminação e
• É neurotrópico
perpetuação do mesmo na natureza.
• Variantes: V1 e V2 ( raiva furiosa - cães e gatos) e
- mordedura, lambedura ou arranhadura
V3,V4,V5 (raiva paralítica- morcegos)
- manipulação de carcaça
• Vírus RNA, filamento único, envelopado, polaridade
- zoofilia
negativa.
- transplante de órgãos
- via transplacentária e transmamária: descrita
em bovinos e morcegos
- Via respiratória - aerossóis > raro

Para manipulação deve haver a biossegurança com


os equipamentos de proteção individual (EPI)
Vírus da estomatite vesicular ………………… …………………………
• Equinos, bovinos e suínos
• Existem evidências sorológicas da infecção de
mamíferos silvestres - geralmente assintomático
• Infecção em humanos - assintomático ou
semelhante à gripe.
• Vacas em lactação são mais susceptíveis

Sinais clínicos
• Lesões vesiculares em boca, língua, tetos e na
banda coronária dos cacos.
• Em bovinos e suínos a doença é clinicamente
indistinguível da febre aftosa.
• Úlceras e vesículas em mucosas, mastite,
claudicação

- O período de incubação é de até cinco dias


- Na ausência de infecção secundária, as lesões
Sinais clínicos: pode ser variável, pois os sinais de geralmente curam dentro de duas semanas.
comprometimento neurológico pode
- Forma furiosa: alterações de comportamento Transmissão
como inquietação, fotofobia, insônia, salivação, Não está totalmente esclarecida, há uma suspeita de
febre transmissão mecânica,
- Forma Paralítica: dificuldade de deglutição, • É um arbovírus (vetor artrópode)
paralisia muscular, alteração no tom de voz, • Possível contato direto
salivação…
ambas as formas o desfecho é fatal Diagnóstico
Amostra: epitélio das lesões e fluido vesicular -
Diagnóstico detecção de antígeno.
• Coletar encéfalo de animais suspeitos. - IFA
• Imunofluorescência direta (IFD) em tecido cerebral - RT - PCR
• Prova biológica (inoculação em camundongo - Isolamento viral
neonato) - Microscopia eletrônica
• RT- PCR - Pesquisa de Ac (soro) - ELISA,
• Histopatologia - corpúscula de negri soroneutralização.

Notificação obrigatória. Controle e profilaxia


• Controle de insetos
Prevenção e profilaxia • Limpeza e desinfecção dos recipientes de alimentos,
• Vacinação obrigatória água, equipamentos de ordenha e utensílios que
• Seres humanos > cuidados com o contato com os podem veicular o vírus entre os animais
animais silvestres ou domésticos sem procedência e • Vacinas inativadas existem no mercado
carcaças, uso de redes de proteção, vacinação em
pessoas com risco de contaminação. Tratamento
• Apenas sintomático
Animais não vacinados: isolamento do animal por 180 • Notificação obrigatória
dias e ambiente domiciliar (mediante termo de
responsabilidade). ………………………………………………….………………………………………………….
- Aplicação de 3 doses da vacina antirrábica. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Tratamento
………………………………………………….………………………………………………….
• Animais - eutanásia
• Seres humanos - protocolo Recife
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Papilomavírus
genoma viral ao cromossomo celular ocorre
de forma aleatória, porém todas as células
infectadas apresentam a integração no
mesmo sítio.

Infecta diferentes espécies de mamíferos, aves e O papilomavírus foi o primeiro vírus DNA
répteis - incluídos animais marinhos. oncogênico descoberto.
• Propriedade oncogênica -> lesões (papilomatose) -
em região cutânea, mucocutânea e mucosa. Tumores Interesse veterinário
benignos ou malignos. Papilomavírus bovino (BPV)
• Em seres humanos, a infecção pelo papilomavírus - BPV 1, BPV2, BPV5 -> fibropapillomas
está intimamente associada ao câncer do colo do - BPV3, BPV4, BPPV -> papiloma cutaneo. O 4,
útero. trato alimentar e urinário - pode progredir a
carcinoma de bexiga
Prejuízos econômicos consideráveis à bovinocultura Canine oral papilloma
tanto por perdas diretas, causadas pela morte dos Canine genital papiloma
animais, quanto indiretas, representadas por reduções Papilomatosis equina
na produtividade e no valor comercial dos animais e - Papilomavírus equino tipo 1 (EqPV - 1) é um
subprodutos como o couro. distúrbio dermatológico não muito comum. A
infecção é geralmente autolimpante, gera
lesões na cabeça e pescoço
Papilomatose ovino
- causada pelo OvPV - 1.

Transmissão
Vírus penetra em microlesões do tecido cutâneo e
mucosas (células epiteliais)
- Contato direto
Características - Fômites, estábulos, escovas, etc…
• Vírus oncogênicos - Bovino e canino - transmissão venérea
• Não envelopado: tem resistência às condições
ambientais e destruição química e física, difícil ser Após replicação - vírions são liberados em
eliminado com desinfetantes. descamação celular do estrato córneo da pele ou
• Capsídeo icosaédrico. células epiteliais não queratinizadas da mucosa
• Vírus DNA fita dupla circular. • Período de incubação variável - semanas até meses.
• Replicação celular ocorre no núcleo.
• Não se consegue replicação deste vírus em cultivo Patologia
celulares A infecção pelo papilomavírus pode ocasionar
• São altamente tecido- específicos, quando afetam alterações na morfologia e função celular levando à
segunda espécie normalmente não é produtiva a transformação celular.
infecção. • Podem ser observadas alterações do tipo
• Tecido específico: tropismo por tipo cutânea ou hiperplasia e hipertrofia.
mucosa. • A camada celular fica mais espessa, com células
vazias, adquirindo a aparência clássica de papiloma.
O genoma pode ser encontrado no núcleo da célula Assim, o aspecto de verruga deve-se a proliferação e
infectada sob duas formas físicas: a epissomal e a não a destruição celular
integrada • Os vírions podem infectar as células adjacentes,
- Epissomal: encontrada em lesões iniciais e sendo por esta razão pela qual os papilomas cutâneos
benignas, forma circular e em múltiplas cópias são contagiosos e aparecem agrupados
-> latência e produtiva.
- Integrada: encontrada apenas em células
transformadas. Nessa forma, o genoma do
papilomavírus encontra-se integrado ao
cromossomo da célula hospedeira com uma
única cópia por célula. A integração do
Considerar que os aspectos genéticos, nutricionais e A regressão e o desaparecimento de lesões benignas
imunológicos relacionados ao hospedeiro e apresentam evidências do desenvolvimento de
características próprias de cada tipo podem imunidade celular, uma vez que todas ou a maioria
influenciar na forma de manifestação clínica e na das lesões regridem simultaneamente.
evolução da infecção pelo papilomavírus, bem como - Após o desaparecimento, ocorre um período
no processo de recuperação do animal infectado. de resistência à reinfecção pelo mesmo tipo
viral que ocasionou as lesões.
Papiloma Vírus e tumores
-

A imunidade humoral tem importância na prevenção


Está associado com neoplasias - porém na indução, da infecção, mas não efetiva para a regressão das
ele não é mais encontrado no casos de neoplasias lesões
malignas.
O vírus pode ser responsável pelos eventos iniciais da Tratamento
carcinogênese, mas não pela continuidade das • Vacinas autógenas - ? `princípio não tem
transformações fenotípicas, quando a informação comprovação
genética do vírus não é necessária para a • Interferon - ?
manutenção da malignidade. • Retirada cirúrgica
O Papiloma é benigno, mas as alterações displásicas • Criocirurgia
ocasionadas pelo vírus podem originar a lenta
progressão de uma doença maligna. Profilaxia
• Evitar contato entre animais sadios e infectados
Patologia • Limpezas da instalação
Hematúria enzoótica bovino e tumores no trato • Pesquisa para vacina eficaz para bovinos - espécie
digestivo superior de bovinos mais afetada, difícil controle e possibilidade de
A interação do papiloma bovino tipo 4 com grandes perdas econômicas.
carcinógenos presente nas plantas de samambaias é
reconhecida como a mais provável causa da
hematúria.
Substâncias potenciais mutagênicas e ou
carcinogênicas foram isoladas da samambaia.
Poxvirus
Diagnóstico Primeiro vírus a serem estudados por serem grandes
• Microscopia eletrônica: pouco utilizado e o vírus não e possíveis de vincular por microscopia ópticas
cresce adequadamente em cultivo celular.
• A histopatologia possibilita a identificação de Subfamília : chordopoxvirinae - infectam vertebrados
neoplasia intra-epitelial, que pode estar associada
com o vírus de potencial oncogênico, mas não Características
diagnostica o agente. • Vírions grandes
• ELISA / imuno histoquímica/ hibridização - • Vírus DNA fita dupla
métodos não eficientes • Replicação no citoplasma da célula
• PCR - codificam todas as enzimas necessárias para
a transcrição e replicação do genoma viral.
Tratamento Também razm nos vírions, às enzimas para a
As lesões benignas tendem a apresentar melhora produção e modificação dos mRNA para a
espontânea. síntese e suas proteínas, o que tornou
• Infecção ocorre tanto em imunocomprometidos independentes do número celular - é um vírus
quanto imunocompetentes, porém casos persistentes complexo e sua replicação é demorada.
tendem a acontecer em imunossuprimidos. • Nucleocapsídeo complexo - forma de tijolo
• Algumas infecções com curso clínico prolongado e arredondado.
que determinam lesões extensas podem, • Vírus envelopado.
ocasionalmente, progredir para o câncer. • Possui grande quantidade de hospedeiros (potencial
• Após a infecção primária, os animais tornam-se zoonótico).
menos susceptíveis ou mesmo resistentes a novas • A severidade da infecção varia muito da espécie,
infecções. podendo resultar infecção autolimitante local e até
mesmo doenças sistêmicas graves.
• Hospedeiros naturais de algumas espécies são Durante sua replicação, a utilização de genes do
pequenos roedores silvestres. hospedeiro tem sido uma característica recorrente na
• Algumas espécies de poxvirus como o vírus da evolução dos poxvirus e parece desempenhar um
doença da pele musculosa tem vetores artrópodes papel na adaptação desses vírus para resistir aos
mecanismos de defesa do hospedeiro, pelo bloqueio
Transmissão e sinais clínicos da atividade de várias citocinas, quimiocinas,
Pode ser contado direto com lesões de pele, proteases...
secreções, fômites e vetores
- Algumas espécies são poucos espécie- Poxvírus são utilizadas como vetores de expressão,
específico, algumas tem potencial zoonótico principalmente para produção de vacinas
Sinais clínicos: pápulas e pústulas, crostas. Alguns recombinantes
podem apresentar febre, secreção nasal,
linfadenomegalia, esplenomegalia. Alguns casos A doença típica dos poxvírus acomete a pele, embora
podem ser graves e levar ao óbito. sinais clínicos generalizados possam estar presentes. A
doença nas aves é predominantemente proliferativa,
Há duas formas infectantes enquanto nos mamíferos predominam lesões
- vírus maduro: core envolto por membrana vesiculares e pustulares
lipídica simples (+ resistente)
- Vírus envelopado: camada de membrana Os membros de um gênero são relacionados genética
lipídica adicional e antigenicamente entre si, além de possuírem
Possuem diferentes proteínas de superfície, morfologia das partículas e a gama de hospedeiro
consequentemente diferentes formas de penetração similares.
na célula hospedeira.
Existe alguma reatividade sorológica cruzada entre
Ambos são infecciosos, embora as formas vírus de diferentes gêneros.
envelopadas infectam novas células mais
rapidamente e parecem ser mais importantes na
disseminação do vírus no organismo do hospedeiro

Poxvirus de interesse veterinário


• Avipoxvirus - vírus da varíola aviária (bouba aviária)
• Suinoppxvirus - varíola suíno, é uma doença aguda
porém leve...
• Orthopoxvirus - vírus da vacina. O vv possui uma
distribuição muito ampla e é capaz de infectar uma
grande variedade de espécie de animais
• Parapoxvirus - o vírus do ectima contagioso, em
Seu genoma codifica uma série de proteínas que ovinos e caprinos. As lesões causadas tendem a ser
integram-se com os mecanismos imunológicos localizadas e proliferativas. Potencialmente zoonótica.
desencadeados em resposta à infecção, assim como
as proteínas envolvidas na evasão e modulação da • Bouba aviária
resposta imunológica do hospedeiro. Esses vírus têm sido isolados de todas as espécies de
As proteínas de superfície induzem a produção de aves domésticas e silvestres e têm recebido
anticorpos neutralizantes e inibidor da fusão celular. denominação relacionada com seus hospedeiros.
Transmissão ….………………………………………………….………………………………………………
• Contato direto ou indireto ….………………………………………………….………………………………………………
• Transmissão mecânica por insetos é geralmente a
….………………………………………………….………………………………………………
mais importante.
• PI 4 -10 dias ….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
Sinais clínicos ….………………………………………………….………………………………………………
1. Forma diftérica - lesões na parte superior o ….………………………………………………….………………………………………………
trato respiratório e digestivo, que podem
….………………………………………………….………………………………………………
resultar em dispneia, inapetência, descarga
nasal e ocular ….………………………………………………….………………………………………………
2. Forma cutânea: lesões que evoluem de ….………………………………………………….………………………………………………
pápulas para vesículas, pústulas e costras. ….………………………………………………….………………………………………………
Sinais sistêmicos podem ocorrer. ….………………………………………………….………………………………………………
Perda econômica e na produção de ovos. ….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
O provírus devem ser diagnóstico diferencial para
doenças vesiculares, ulcerações e formadores de ….………………………………………………….………………………………………………
pápulas e crostas ….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
Diagnóstico ….………………………………………………….………………………………………………
• Microscopia eletrônica ….………………………………………………….………………………………………………
- material coletado das bordas das lesões ou
….……………………………………………….………………………………………………….
por isolamento viral
• Cultivo celular ………………………………………………….………………………………………………….
- a maioria replica com eficiência em cultivos ………………………………………………….………………………………………………….
celulares. Algumas eespcéis podem ser ………………………………………………….………………………………………………….
multiplicado sem vovos embrinados e galinhas, ………………………………………………….………………………………………………….
onde produzem placas
………………………………………………….………………………………………………….
• IFA: imunofluorescência direta
………………………………………………….………………………………………………….
• PCR
………………………………………………….………………………………………………….
Tratamento e profilaxia ………………………………………………….………………………………………………….
• Suporte e manejo de infecções secundárias ………………………………………………….………………………………………………….
• Vacinação existem para alguns tipos(caprinos, ………………………………………………….………………………………………………….
ovinos e ave)
………………………………………………….………………………………………………….
• Limpeza e higiene do ambiente
• Controle de insetos ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
…………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
….………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
….………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
….………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
….………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
….………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
….………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
….………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
….………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
….………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
….………………………………………………….……………………………………………… ………………………………………………….………………………………………………….
Picornavirus - Febre aftosa
Sinais clínicos são severos em bovinos e suínos, já em
ovelhas e cabras desenvolvem infecções subclínicas.
As lesões na boca e língua se regeneram mas as
Grande adaptação ambiental: sobrevive bem em patas são susceptíveis a infecções secundárias
material orgânico como fezes, sangue, sobrevive em agravando o quadro.
condições de alta umidade e pouca incidência solar. Animais selvagens podem tanto desenvolver a
São sensíveis à luz, calor e compostos a base de iodo, doença severa e até morrer, como ter infecções
são inativados em Ph abaixo de 6,0 subclínicas ou inaparentes.

• Doença altamente contagiosa Diagnóstico


• Acomete todas as espécies de casco fendido e Clínico
animais de todas as idades - Sintomatologia
• Doença de notificação compulsória
-

Laboratorial
- Sorologia: ELISA e fixação e completo
Via de transmissão
- PCR
Contato direto entre os animais
- Isolamento viral
Contato indireto: ar, água alimentos, fômites, roupas e
sapatos, veículos usados para o transporte de animais
Não se faz o tratamento dos animais por ser uma
doentes
doença altamente contagiosa e tratar cada animal
1. Oronasal
individualmente é um custo econômico muito alto. As
2. multiplicação na faringe, linfonodos…
medidas sanitárias variam muito dentro da extensão
3. Pulmões com intensa multiplicação
do surto quando descoberto.
4. Sangue (viremia) - Em animais jovens pode
afetar o coração e os demais células epiteliais
Deve haver
(boca, casco, glândulas mamárias)
1. Interrupção imediata no deslocamento de
animais e produtos de origem animal na área
Via de eliminação
afetada
Pode ser pela boca, no casco e sangue (mas o vírus
2. Abate de todos os animais infectados e
está presente em todas as secreções e excreções,
suscetíveis que entraram em contato.
inclusive no leite).
3. Desinfecção de todos os veículos,
- Inicio: 72 horas pós infecção
equipamentos e funcionários envolvidos.

O congelamento das carcaças não é suficiente para


Desinfetantes efetivos
inativar o vírus
Ácidos como ácido acético, ácido cítrico e carbonato
de sódio, hidróxido de sódio e outros...
A vesícula desenvolve-se à medida que o vírus se
• É fundamental desinfetar pneus e a parte inferior de
replica dentro de um grupo de célula, causando sua
todos os veículos que saem da área afetada.
ruptura.
O fluido vesicular possui grande quantidade de vírus,
A vacinação é obrigatória em todos os estados,
que persistem no local das lesões por 3 a 8 dias e
exceto Santa Catarina. O calendário é de 6-6 meses.
posteriormente há a diminuição da carga viral
Não há imunidade cruzada entre as cepas ( O, A, C,
devida à presença de anticorpos neutralizantes.
SAT1, SAT2, SAT3 e Ásia 1). Cada país costuma ter em
estoque vacinas com as cepas da sua região.
Sinais clínicos
• Menor ingestão de alimentos e salivação intensa,
O programa nacional de erradicação e prevenção
claudicação e febre.
de febre aftosa (PNEFA) tem como estratégia
• Estalar de lábios
principal a implantação progressiva e manutenção de
• Diminuição na produção de leite
zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes
• Vesículas e úlceras- principalmente em áreas
estabelecidas pela OIE (organização mundial de saúde
sujeitas a trauma (mucosa oral, língua. )
animal).
• Lesões nos tetos (comuns em lactantes) e cascos
• Em suínos a claudicação é o primeiro sinal clínico.
• Quando os animais são examinados é comum o
desprendimento da camada epitelial da língua.
Prejuízos
Além de levar a morte do animal, a exportação é 1. 2 vírus diferentes infectam uma células
recusada pelos países compradores, causando sérios 2. Replicação do vírus: formação e cópias do
prejuízos financeiros ao país. genoma e sintese de proteinas
Também causa perdas na eficiência produtiva e 3. Montagem das partículas virais.
reprodutiva dos animais.
Vírus quiméricos (vírus diferentes que formam uma
nova CEPA) apresentam maior chance de infectar

Reovirus
humanos.
Após vacinação em massa das crianças contra RV-A,
descrição de genótipos incomuns
- associados à zoonoses causando
Ampla variedade de hospedeiros - invertebrados,
hospitalização de crianças.
plantas, vertebrados. As funcções de vertebrados
afetam principalmente os tratos gastrointestinal e
Patogenia
respiratório
• Vírus entérico
• Transmissão oro- fecal
Características
• Grave diarreia aguda em animais jovens -
• Capsídeo icosaédrico
desidratação e desequilíbrio eletrolítico.
• Não possui envelope
• Em animais adultos imunocompetentes podem ter
- Genoma de RNA fita dupla - possui genoma
quadro mais brando ou assintomático, porém ainda
segmentada - em geral, cada segmento
são portadores do vírus.
codifica uma proteína viral, mas há casos em
que duas ou até três proteínas são codificadas
Diversos animais são afetados: cães, gatos, aves,
pelo mesmo segmento
bovinos, suínos, equinos e outros… Gera problema
• Transcriptase presente nos vírions
sanitário e perdas econômicos de animais de
• Replicação no citoplasma da célula hospedeira
criação

Rotavírus ………………………………………………………………
Particularidades que dificultam seu controle:
Relativamente estáveis no ambiente, toleram 1. Resistência dos vírions às condições
variações de ph entre 3- 9. Também tem resistência a ambientais e aos produtos químicos utilizados
solvente orgânicos na desinfecção.
• Sensíveis à formalina, cloro.. > causam danos a 2. Alta concentração de partículas virais
camada externa do vírions excretadas
3. Presença de infecções subclínicas e adultos
Geralmente espécie-específico, mas há diversos portadores assintomáticos
relatos de infecções de animais para humanos devido 4. Grande variedade de hospedeiros
ao rearranjo do genoma viral. 5. Possibilidade de transmissão entre espécies
• Mamíferos e ave (heterólogas)
• Vírus esférico - capsídeo icosaédrico 6. caráter endêmico da infecção - circulação e
• Triplo capsídio viral sorotipos diferentes em determinadas regiões

É uma infecção limitada à mucosa intestinal,


processo de natureza osmótica.
Causam diarréia
1. NSP4 aumenta o ca++ intracelular: diarréia por
hipersecreção de íons
2. Estimula do sistema nervoso entérico
3. Replicação do vírus na célula - lise do
enterócito (diarréia por má absorção)

NSP4: “enterotoxina viral”

É amplamente disseminada nos rebanhos e plantéis


(bovinos suínos e frangos mais frequente na segunda
e terceira semana de vida). Em bovinos, a infecção ………………………………………………….………………………………………………….
constitui-se em sério problema sanitário para animais ………………………………………………….………………………………………………….
com aptidão para produção de leite ou carne,
………………………………………………….………………………………………………….
incluindo tanto aqueles de rebanhos de intensivo ou
extensivo. > Importância sanitária e econômica. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
O Rotavírus é o principal agente etiológico o ………………………………………………….………………………………………………….
complexo Diarréia neonatal bovina e suína. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Diagnóstico
Apenas sinais clínicos não é possível diferenciar a ………………………………………………….………………………………………………….
diarreia por retrovírus de outros agentes entéricos, ………………………………………………….………………………………………………….
então é necessário o diagnóstico laboratorial. ………………………………………………….………………………………………………….
• ME ………………………………………………….………………………………………………….
• Métodos diretos:
………………………………………………….………………………………………………….
- ELISA
- Imunocromatografia ………………………………………………….………………………………………………….
- PCR ………………………………………………….………………………………………………….
- Eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA) ………………………………………………….………………………………………………….
após extração de RNA ………………………………………………….………………………………………………….
- Outros: HA, IFA.
………………………………………………….………………………………………………….
Controle e profilaxia ………………………………………………….………………………………………………….
Não está esclarecida a resposta imunológica após a ………………………………………………….………………………………………………….
infecção natural. A proteção de mucosas, mediada por ………………………………………………….………………………………………………….
IgA, parece constituir a principal defesa orgânica ………………………………………………….………………………………………………….
contra as infecções intestinais causadas por esses
………………………………………………….………………………………………………….
vírus.
………………………………………………….………………………………………………….
O Manejo sanitário nem sempre é suficiente para ………………………………………………….………………………………………………….
controle. ………………………………………………….………………………………………………….
• Isolamento dos animais doentes para reduzir a ………………………………………………….………………………………………………….
transmissão.
………………………………………………….………………………………………………….
• Rodízio de piquetes de parição
• Vazio sanitário ………………………………………………….………………………………………………….
• Tratamento suporte ………………………………………………….………………………………………………….
• Vacinação ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
• Vacina inativada nas fêmeas gestantes - elevar o
………………………………………………….………………………………………………….
nível de anticorpos nos colo.
• Vacinação contra diarréia neonatal de Bezerros ………………………………………………….………………………………………………….
(RV-A e outros agentes). ………………………………………………….………………………………………………….
• Rotavírus bovino inativada: bivalente e monovalente. ………………………………………………….………………………………………………….
- Vacinação inicial: Vacas gestantes devem ………………………………………………….………………………………………………….
receber duas doses da vacina com três ………………………………………………….………………………………………………….
semanas de intervalo, sendo que a segunda ………………………………………………….………………………………………………….
dose deve ser aplicada nas três a seis últimas
………………………………………………….………………………………………………….
semanas antes da data prevista para o parto
- Revacinação: dose única deverá ser aplicada
………………………………………………….………………………………………………….
de três a seis semanas antes da data prevista ………………………………………………….………………………………………………….
para cada parto subsequentemente. ………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
………………………………………………….………………………………………………….
Ortomixovirus
Drift: acúmulo de mutações - imunidade residual a
vírus, é mais previsível, não muda muito as
características do vírus.

Infecções respiratórias em mamíferos e aves > gripe


ou influenza
Problema de saúde pública humana e perdas
econômicas em criações de animais - devido
constante evolução genética e antigênica, esse vírus
são considerados uma das principais ameaças à
saúde pública mundial

Transmissão de influenza aviário para mamíferos:


Tº ótima de replicação do vírus de 40ºC em aves para
37º em mamíferos.
• Mudança do sítio de replicação de intestinal para
respiratório
• Mudança de especificidade de receptor alfa 2,3
ácido siálico para alfa 2,6

Nos hospedeiros naturais (aves migratórias


aquáticas), o vírus se replica no intestino sem produzir
sinais clínicos e é excretado em altos títulos em fezes.
O vírus se mantém mais estável geneticamente nesses
hospedeiros.
Características:
• Os vírions do ortomixovírus são grandes e Ocorrência ocasional de ressortimento de segmentos
pleomórficos genômicos entre cepas difrentes- ou de outras
• Capsídeo de simetria helicoidal mutções - pode resultar em alterações marcantes no
• Possui envelope genótipo viral com o surgimento de variantes capazes
• Vírus RNA de infectar outros seres
• Possui genoma segmentado que proporciona Após sua transferência para novo hospedeiro, esse
condições para ocorrência de recombinação do tipo vírus sofre uma rápida evolução genética através de
rearranjo/ ressortimento (redistribuição de segmentos mutações.
genômicos entre duas cepas virais originando outro Esses variantes podem também apresentar virulência
virus - esse virus tem virulência diferent e o hospedeiro aumentada para os seus hospedeiros naturais e para
ainda não em imunidade contra a nova cepa) aves domésticas
• Proteínas de superfície: hemaglutinina e
neuraminidase. É responsável pela habilidade do vírus Os vírus da gripe são potencialmente zoonóticos.
resistir a população apesar da resposta imunológica Após adaptação aos seus novos hospedeiros os vírus
do hospedeiro. se tornam relativamente espécie- específicos e
apresentam uma capacidade restrita de infecção
A hemaglutinina é a proteína de superfície que espécies heterólogas, porém podem romper a barreira
reconhece o receptor da célula hospedeira (ácido de espécie algum momento
siálico), e realiza a fusão do envelope da membrana
do endossomo. Os vírions são sensíveis à temperaturas elevadas,
1. Ocorre a penetração do vírus que libera o apresentando curta variabilidade em condições
genoma dentro da célula, em seguida, ocorre ambientais. A infecção é inativada em 30 min a 56ºC
a replicação no núcleo da célula hospedeira. ou sob pH 3.
2. O vírus sai via brotamento com ajuda da São sensíveis a solventes lipídicos (éter/clorofórmio)
neuraminidase para o ácido siálico se liberar e detergentes
da célula hospedeira e infectar outras células.

Shift: aquisição de ovo gene ou alteração do gene


preexistente - população não terá Ac contra esse vírus
Transmissão
• Em seus hospedeiros naturais – aves aquáticas- o Prevenção e profilaxia
vírus é excretado nas fezes; • Isolamento dos animais infectados;
• O vírus é excretado nas secreções nasais dos • Controle de trânsito;
mamíferos afetados. • Higiene das instalações
• O vírus é excretado nas fezes e secreções nasais • Surtos – isolamento e quarentena
das aves afetadas; • Surto em aves – Abate das aves infectadas –
• A transmissão é oro-nasal, principalmente através notificação obrigatória
de aerossóis e contato direto. Contaminação indireta
por fômites também pode ocorrer. A variação antigênica e o reassortment são obstáculos
quase intransponíveis para a produção de vacinas
Sinais clínicos permanentes.
A gravidade dos sinais clínicos depende da virulência Para algumas espécies existe a vacinação mas ela
da cepa e se houver infecção secundária por não garante imunidade contra todas as variantes e
bactéria. tem curta duração. - A vacinação canina não tem no
• Qualquer idade é afetada; Brasil e a dos suínos não é recomendada.
• Sinais respiratórios, principalmente craniais
(superiores) – tosse, espirro e secreção nasal. Programas de vacinação para influenza equina: 1ª
• Febre; vacinação, seguida por uma segunda dose com três a
• Prostração. seis semanas de intervalo com reforços anuais ou
• Alta morbidade e baixa mortalidade (dependendo da semestrais.
variação antigênica e virulência); - Éguas gestantes devem ser vacinadas um mês
• Perda econômica em animais de produção; antes do parto.
• Os equinos são muito suscetíveis à perda econômica,
principalmente em animais de competição. …………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
Aves
• Infecção no trato respiratório e no epitélio intestinal – ….………………………………………………….………………………………………………
vírus é eliminado nas fezes por 3-4 semanas; ….………………………………………………….………………………………………………
• Reservatórios do vírus na natureza: Aves aquáticas ….………………………………………………….………………………………………………
selvagens (infecção assintomática) ….………………………………………………….………………………………………………
- Ordem Anseriformes (patos, gansos, cisnes) e
….………………………………………………….………………………………………………
ordem Charadriiformes (gaivotas, andorinhas
do mar, aves pernaltas ….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
Diagnóstico ….………………………………………………….………………………………………………
Os sinais clínicos se assemelham a outras …………………………………………………….………………………………………………
enfermidades respiratórias – apenas diagnóstico
….………………………………………………….………………………………………………
clínico não é suficiente para se diferenciar
….………………………………………………….………………………………………………
Métodos diretos:
….………………………………………………….………………………………………………
- Cultivo celular: inoculação em ovo
embrionado;
….………………………………………………….………………………………………………
- IFA direta; ….………………………………………………….………………………………………………
- Hemaglutinação; ….………………………………………………….………………………………………………
- ELISA direto; ….………………………………………………….………………………………………………
- PCR;
….………………………………………………….………………………………………………
- Imunocromatografia direta.
….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
Métodos indiretos.
- Inibição de Hemaglutinação;
- ELIZA indireto;
- Soroneutralização.
Herpevírus
raramente excretar o vírus. A infecção latente é
caracterizada pela interrupção do ciclo replicativo logo
após a penetração do genoma no núcleo celular. Com
isso, não há expressão gênica significativa, não
Subfamílias: Alphaherpesvirinae, beta e gamma
ocorrendo a produção de proteínas virais, replicação
do genoma ou produção de progênie viral. Assim o
genoma viral permanece inativo no núcleo dos
neurônios.

A infecção latente pode ser reativada por situações


Amplamente distribuídos na natureza e tem diversos de estresse e imunossupressão, surgindo sinais
hospedeiros. clínicos e o vírus volta a ser excretado pelo hospedeiro
e pode se disseminar para indivíduos susceptíveis. O
Características morfológicas estabelecimento a reativação da replicação viral
• Partículas esféricas ou contorno irregular representam pontos -chave na biologia dos herpes
• Vírus DNA fita dupla linear vírus, pois permitem a permanência indefinida do vírus
• Capsídeo icosaédrico no hospedeiro, acompanhada de episódios
• Envelope lipoprotéico esporádicos de reativação e expressão viral
• Ciclo replicativo no núcleo celular.
A infeção latente ocorre em classes específicas de
• Síntese do DNA viral e a montagem do capsídeo neurônios (alfa) em células linfoblastóides (gama).
ocorrem no núcleo da célula hospedeira. Nas células
infectadas da forma latente, os genomas se mantêm O vírus é antigo e tem alta adaptação ao hospedeiro
na forma circular (ciclo lisogênico) ocorrendo pouca natural, porém pode ocorrer infecção de hospedeiros
ou nenhuma expressão gênica. Esses genomas retêm acidentais e dependendo do estado imunológico do
a capacidade de replicar, o que ocorre por ocasião da hospedeiro as infecções tornam-se mais graves.
reativação da infecção latente (ciclo lítico)
• Normalmente os sinais são leves ou assintomáticos
nos imunocompetentes
Alphaherpesvirinae • O vírus tem tropismo por certos tipos celulares e
- Ciclo reprodutivo relativamente curto (menos algumas espécies têm potencial oncogênico.
de 24hrs)
- Ampla variedade de hospedeiro
- Destroem rapidamente às célula de cultivo • São inativados por álcool e detergentes, em razão
- Estabelecem infecções latentes em neurônios da presença do envelope
dos gânglios sensoriais e autonômicos. • Os vampiros perdem a infectividade após o contato
com isopropanol ou etanol por cinco minutos;
Betaherpesvirinae formaldeído e glutaraldeído
- Ciclo replicativo longo • São inativados por ph bem ácido ou bem alcaino
- Afea humanos, primatas pequenos roedores. Sensíveis a temperaturas altas.

Gammaherpesvirinae Transmissão:
- Infecções latentes principalmente em células • Oronasal
linfoblastóides • Sexual
- Podem produzir infecções líticas em células • Contato direto com lesões
epitelióides e fibroblásticas
Durante a fase inicial de replicação, altos títulos virais
- Possuem potencial oncogênico e podem ser
são produzidos excretados nas secreções, o que
especificamente adaptados a linfócitos B ou T
favorece uma transmissão rápida entre outros
animais.
Características
Capacidade de latência no hospedeiro. A latência é
Sinais clínicos
caracterizada pela ausência de replicação viral e de
• Replicação viral nas células epiteliais na fase inicial:
sinais clínicos, e dura toda a vida do hospedeiro - o
lise e morte celular > lesões na pele e mucosas > sinais
animal pode não apresentar sinais clínicos e
respiratórios e lesões em mucosas.
• Replicação em neurônios - meningoencefalite e Provoca prejuízos econômicos nas explorações
malácia infectadas devida a alta mortalidade dos leitões,
• Abortos e alterações reprodutivas imunossupressão, atraso no crescimento e perdas
• Formas focais e generalizadas reprodutivas.

Aphaherpesvirinae - Varicellovirus
A gravidade depende do estado imunológico do
Morbidade a mortalidade alta em leitões até 21 dias.
animal. Pode ocorrer perda econômica em animais
Adultos tendem a ser assintomáticos ou apresentam
de produção devido à queda da produção de leite,
alterações reprodutivas. Portadores de forma latente
ovos e ganho de peso, além de falhas reprodutivas.

Transmissão
1. Respiratórios: secreção nasal e ocular, úlcera
• Contato direto ou indireto (fômites) de animais
de córnea, febre, espirro e tosse. Lesões na
susceptíveis
mucosa.
• Principal via de infecção é oronasal
2. Genitais: úlcera e secreção vaginal, prepúcio,
• Semêen de machos contaminados e secreções
penes e alterações reprodutivas
genitais e restos fetais de porcas também contém o
3. Neurológicos: somente alguns subtipos >
vírus.
meningoencefalite e malácia (necrose do
• Urina, fezes e leite também podem ser vias de
tecido nervoso) em SNC
excreção viral

Bovino tipos 1, 2, 4 e 5 (BoHV -1, -2, -4 E -5) ……………...

Alphaherpesvirinae:
Variellovirus
- BoHV-1: Rinotraqueíte infeciosa Bovina
(doenças respiratórias, genital e abortos)
- BOHV-5: meningoencefalite viral
Simplexvirus
- BoHV -2v : mamilite herpética
SInais clínicos
Gammaherpesvirinae Leitões
- BoHV-4: febre catarral maligna Alterações respiratórias e pneumonia, alterações
neurológicas: paresia, ataxia, tremores, hipertermia,
convulsões e morte
Transmissão:
Contato direto ou indireto com secreções nasais, Adulto
oculares ou genitais. Assintomáticos ou prostração, alterações reprodutivas
e raramente problemas respiratórios e neurológicos.
Caprino tipo 1 (CpHV-1) …………………………………………….
Controle
Alphaherpesvirinae - Varicellovirus
Áreas livres: controle de trânsito de animais, barreiras
• Quadros de enterite e infecção generalizada fatal
sanitárias, quarentena e certificação de origem e
em cabritos recém nascidos (até duas semanas de
condição sorológica.
idade).
- A maioria das infecções emanimais adultos é
Áreas com foco esporádicos: identificação e
subclinica, mas a infecção pode,
descartes de animais positivos. Desinfecção rigorosa,
ocasionalmente, resultar em sinais
vazio sanitária e vacinação
respiratórios, conjutivite, vulvovaginite,
balanopostite e aborto.
Áreas endêmicas: descarte dos animais e eliminação
o vírus. + vacinação.
Gammaherpesvirinae: assintomáticos

Equinos tipos EHV -1, 3, 4, 8 e 9 ……………………………………….


Alphaherpesvirinae - Varicellovirus
Suínos - SuHV-1 (doença de aujeszky ou
• Sinais clínicos respiratórios mais graves em animais
pseudoraiva) ………………………………………………………………
jovens.
• Rinopneumonite equina e alterações neurológicas • Infecção nasal por contato direto ou indireto e
• Aborto aerossóis
Transmissão Sinais clínicos:
Oronasal, sexual e restos de aborto • Doença de trato respiratório superior e conjuntivite
herpética. Não há viremia
SInais clínicos - Associação com outros agentes virais e/ou
- EHV-1 : aborto em éguas, alterações bacterianos piora o quadro
respiratórias. Pode causar doença respiratória • Animais jovens e imunossuprimidos são mais
grave ou encefalite em neonatos levando ao afetados
óbito • Possibilidade de encefalite viral.
- EHV - 3: formação de lesões vesiculares,
pustulares e exsudativas na mucosa genitale Galídeos tipo 1 e tipo 2 (GaHV-1 e 2 (doença de
perineal especialmente de fêmeas, marek) ………………… ………………………………………..
Eventualmente os lábios e a mucosa nasal são Alphaherpesvirinae - iltovirus
também afetadas
Aves: galinhas, perus, psitacídeos - vírus da
- EHV - 4: doença respiratória em animais
laringotraqueíte infecciosa. Prejuízo econômico na
jovens
criação.
- EHV-2: Betaherpesvirinae gênero
cytomegalovirus: conjuntivite e faringite (afeta
Sinais clínicos
apenas equinos)
Sinais respiratórios, tosse, dispneias, secreção ocular,
morte e também pode ser assintomática.
- Depende da agressividade da cepa e estado
Canino tipo 1 (CaHV-1) ………………………………………..
imunológico do animal
Alphaherpesvirinae - Varicellovirus • Vacina é colocada na água e aerossol
Vírus excretados em secreção nasal e genital
Transmissão:
Transmissão Forma horizontal e ocorre quando as aves infectadas
Oronasal, sexual e transplacentária. Filhotes adquirem excretam os vírus pelas vias oculares e respiratórias.
via transplacentária, durante ao parto no canal vaginal - Aerossóis e secreções contaminadas entram
ou contato com secreção oronasal da mãe. em contato direto ou indireto com aves
susceptíveis, possibilitando novas infecções
Sinais clínicos:
• Má foramação e abortos. Alphaherpesvirinae - marafivirus (doença de
• Adultos raramente apresentam sinais clínicos mas marek)
podem apresentar leves alterações respiratórias e • Doença linfoproliferativa altamente infecciosa que
lesões pustulares em mucosa genital em momento de afeta falinhas
reativação viral. • A forma atual de criação intensiva favorece a
transmissão
Controle
Retirar a cadela da reprodução. Sinais clínicos
Não há vacina no brasil mas a necessidade é Polineurite e paralisia, resultantes de infiltração linfóide
questionada. em nervos periféricos.
Linfoma visceral.
Felino tipo 1 (FeHV-1) …………………………………………………….
Alphaherpesvirinae - Varicellovirus Há 3 sorotipos
Sorotipo 1: incluem os MDVs oncogênicos e suas
É um dos agentes do CRF.
variantes.
• Sinais clínicos mais graves evidentes em filhotes e
Sorotipo 2: encontram-se os vírus não oncogênicos
gatos imunossuprimidos. Podendo haver reativação
Sorotipos 3: são agrupados os vírus não-oncogênicos
viral em casos de stress. Já foram descritos casos de
de perus.
encefalite viral por herpes vírus

Transmissão:
Transmissão
1. Inalação
• Secreção nasal
2. replicação em células epiteliais do trato • Testes sorológicos antes da introdução de um novo
respiratório animal
3. Macrofagos e celusas dentridirtcas • Higienização do ambiente
4. Pulmões, baço, timo e bursa de fabricius. • Vacinação
5. Replicação em linfócito B e T - ….………………………………………………….………………………………………………
imunossupressão. ….………………………………………………….………………………………………………
6. Após fase citolítica - fase de latência em
….………………………………………………….………………………………………………
linfócitos e transportado para folículos pilosos
das penas e excretados para o ambiente no …………………………………………………….………………………………………………
10-14º dia. ….………………………………………………….………………………………………………
- A 3º fase: infecção citolítica em sistema ….………………………………………………….………………………………………………
nervoso central e nervos com lesões em ….………………………………………………….………………………………………………
cérebro e nervos.
….………………………………………………….………………………………………………
- 4ºfase: linfoma - diferenciar de leucose aviária.
….………………………………………………….………………………………………………
Doença de marek ….………………………………………………….………………………………………………
Altamente contagiosa - inalação da poeira nos ….………………………………………………….………………………………………………
criatórios. O vírus pode permanecer no ambiente por ….………………………………………………….………………………………………………
longos períodos
….………………………………………………….………………………………………………
• Praticamente todas as aves entram em contato com
esse vírus ….………………………………………………….………………………………………………
• A infecção pode ser assintomática ….………………………………………………….………………………………………………
Vacinação: pintos de 1 dia, ela reduz mas não impede ….………………………………………………….………………………………………………
a infecção nem a excreção viral. ….………………………………………………….………………………………………………
…………………………………………………….………………………………………………
Diagnóstico
….………………………………………………….………………………………………………
Infecção latente - sorologia
• ELISA indireto ….………………………………………………….………………………………………………
• Soroneutralização ….………………………………………………….………………………………………………
A sorologia não é considerada o melhor meio de ….………………………………………………….………………………………………………
diagnóstico nos animais sintomáticos. ….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
Método direto - sintomatologia
….………………………………………………….………………………………………………
• ME
• Cultura em tecido
….………………………………………………….………………………………………………
• Imunofluorescência direta ….………………………………………………….………………………………………………
• PCR ….………………………………………………….………………………………………………
- Amostras: secreções dos locais de replicação. ….………………………………………………….………………………………………………
Merek: folículo da pena (inserção da pena).
….………………………………………………….………………………………………………
Tecido obtido na necrópsia.
….………………………………………………….………………………………………………
Tratamento …………………………………………………….………………………………………………
• Suporte ….………………………………………………….………………………………………………
• Tratamento contra infecções bacterianas ….………………………………………………….………………………………………………
secundárias
….………………………………………………….………………………………………………
• Isolar e separar o animal doente
….………………………………………………….………………………………………………
Felinos: tratamento suporte a antivirais específicos ….………………………………………………….………………………………………………
contra herpesvírus (E: aciclovir/fanciclovir) ….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
Profilaxia
….………………………………………………….………………………………………………
• Evitar contato
• Quarentena
….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….……………………………………………… Período de incubação de 3 a 14 dias > replicação inicial
….………………………………………………….……………………………………………… no tecido de incubação > linfonodos regionais >
viremia > SNC
….………………………………………………….………………………………………………
• sinais mais comuns: anorexia, fraqueza, depressão,

Flaviridae incoordenação, ataxia e decúbito, bruxismo, andar em


círculos, hiperexcitabilidade, pressionamento da
cabeça, convulsões...Hipertermia nem sempre.
• RNA linear - Os que sobrevivem após 2-3 semanas tendem
• Nucleocápside icosaédrico a se recuperar.
• Vírus envelopado
• Replicação no citoplasma Diagnóstico
• Sensíveis a solventes orgânicos e detergentes • Enivo do encéfalo para isolamento viral - células ero
• A maioria dos flavivirus e hepacivirus são inativados • Avaliação de efeito citopático
sobre o ph ácido, o pestivirus podem ser diferenciados • IFA após isolamento
por resistirem à inativação por ph baixo e por • RT-PCR
apresentarem certa estabilidade em uma ampla faixa • soroneutralização
de ph • ELISA indireta

Flavivirus ... ...………………………….…………………………………….. Não há tratamento específico! Deve haver o controle


• São transmitidos por carrapatos, mosquitos e até de vetores: tela de proteção e repelentes e vitar acesso
sem vetor artrópode conhecido. de aves nas instalações.
• Possui diversos hospedeiros vertebrados
• Os patogênicos podem ser divididos em 3 categorias
relacionados ao sinal clínico: Pestivirus ……………………………………………………………….
1. Associação com infecção do SNC, causando • Não são arbovírus - ou seja, não são necessários
meningoencefalite vetores artrópodes para sua transmissão.
2. Associados com febre, artralgia e eritemas • 2 biotipos
3. Associados com febre hemorrágica - Não citopático: encontrado na maioria dos
isolados de campo são capazes de produzir
Podem ser transmitidos por mosquito e carrapatos, infecções persistentes em fetos
porém pode ter outras vias de transmissão como leite, - Citopático: se originam dos não citopáticos
sangue, transplacentária ou predação. por mutações e rearranjos genéticos - são
mais virulentos.
• Vírus do nilo ocidental: encefalite em diversos
animais, inclusive humanos. Importância veterinária Sinais clínicos variáveis
em equinos devido a susceptibilidade e doença grave • Cepas de baixa e alta virulência
nesse aniamis • A infecção pode resultar tanto em infecções agudas
• Sorotipos diferentes dependendo do país - variações como em infecções persistentes. A infecção persistente
genotípicas e fenotípicas. é resultante da habilidade desses vírus em atravessar
• Hospedeiros reservatórios: aves silvestres, mas a placenta e estabelecer infecção
também podem apresentar sinais clínicos. • Infecção transplacentária, seguida do nascimento
• Vetor artrópode: mosquito Culex + outras formas persistente infectado (PI)
- Os animais PI parecem desempenhar um
Apesar de equinos terem importância significativa por papel importante na epidemiologia da
apresentarem quadro neurológico agudo, vários infecção e são considerados os
outros animais podem ser acometidos como mantenedores desse vírus na natureza.
crocodilos, felinos, aves silvestres e domésticos,
coelhos, ursos, camelos primatas... Vírus da diarréia viral bovina
Transmissão
OBS: equinos não fazem viremia suficiente para • Contato direto
infectar insetos, consequentemente não tem papel • Contato indireto: placenta/fetos abortados, secreção
na transmissão. e excreção
• Iatrogênico: agulhas, material cirúrgico contaminado,
Sinais clínicos (equinos) luvas de palpação, tatuadores e aplicadores e brincos
• Transplacentária e semens. Sinais clincios, correncia de abortos e natimortos

Obs: animais PI - principais reservatórios e fontes • Isolamento em cultivo celular seguido de IFÁ direta
de infecção. • Elisa indireto e direto
• Soroneutralização
Introdução do vírus no rebanho • Imunohistoquímica
- Introdução De animais PI • PCR
- Introdução de fêmea gestante contaminada
- Introdução ou contato de animais com - Amostras: fezes e secreção nasal, fetos
infecção aguda abortados, tecidos de necrópsia, leite e sangue.

Como ocorre a transmissão? Controle


Pode ter a via por infecção nasal, transplacentária e • Evitar entrada de animais PI e infectados
por inoculação. • Identificação e animais PI e retirada do rebanho
1. Quando por contato direto, começa a haver • Vacinação
replicação em orofaringe e linfonodos
regionais.
2. 3 a 7 dias após o início dos sintomas
dependendo do estado do animal vai ter os Vírus da peste suína clássica
sinais possíveis. • Vírus com baixa taxa de mutação
3. Pode ser assintomático ou sinais respiratórios • Brasil - já foi um problema de vacinação
brandos, ou então sinais graves respiratórios e controlaram a doença
GI (replicação em tecido linfóide, respiratório e • Notificação obrigatória
intestinal) e podem se recuperar em mais ou
menos 15 dias. Ou se o quadro for Transmissão:
extremamente grave pode vir a óbito. • Direta: principalmente oro-nasal: mais contato com
mucosas e pele lesionada tb são vias
Infcção trnaspalcentaria, depende da fase da • Fômites contaminadas com secreções
gestação, pode haver abortos ou natimorto, má • Transplacentária - leitões PI
formação fetais (microcefalia, hidrocefalia,
microfaltmia,retardo no crescimento) e nascimento Obs: vírus viáveis em embutidos, produtos suínos
com bezerros PI ou bezerrossaudaveis soropositivos. frescos ou congelados.

SInais clínicos Como ocorre a transmissão?


• Doença aguda leve (gastroentérica, respiratória) 1. Oronasal: replicação dos linfonodos regionais,
• Doença aguda severa (gastroentérica, respiratória, tonsilas, medula óssea e tecidos linfóides
hemorrágica) fazendo viremia. Em seguida, vai para vísceras
• Doença das mucosas dos animais
2. 2 a 14 dias aparecem os sinais clínicos e
Sinais clínicos: leucopenia severa, febre alta, depende do tipo tipo viral e estado do animal,
depressão, diarreia, erosões no trato gastrointestinal e 3. Pode haver sinais subclínicos e baixo índice de
hemorragias, doença das mucosas (fatal) produto ou pode haver conjuntivite, secreção
Animais sintomáticos: salivação intensa, alterações ocular e hemorragias múltiplas em diversos
respiratórias (secreção nasal), diarréia, hemorragia, órgãos e pode ir a óbito em 15 dias ou acaba
aborto. ficando com uma infecção crônica.

Responsável por perdas econômicas importantes Infecção trasnplacentária depende da fase da


em rebanhos gestação, pdoe gerar abortos ou atimortos, má
formação fetais, letiões PI ou leitões saudáveis
A má formação do feto pode ocorrer entre 0 a 120 soropositivos.
dias de gestação, de 120 a 280 nascem bezerros
saudáveis soropositivos Sinais clínicos
• Podem ter sinais subclínicos
Diagnóstico
• Conjuntivite, secreção ou leucopenia, febre e ….………………………………………………….………………………………………………
prostração. ….………………………………………………….………………………………………………
• Hemorragias em diversos órgãos
….………………………………………………….………………………………………………
• Geralmente óbito
• Podem ficar cronicamente infectados: perda de
peso, perda reprodutiva, perda no crescimento, Retroviroses
infecção secundária e nascimento de animais PI.
• A família possui diversos vírus que infectam
Diagnóstico praticamente todos os vertebrados.
Sinais clinicos pouco especóficos, ocorrência de • É um vírus RNA fita simples linear e envelopado
abortos e natimortos. • Necessitam de transcriptase reversa
• Isolamento em cultivo celular seguido de IFA direta
• ELISA direto e indireto
• Soroneutralização
• PCR e RT-PCR
- amostras: secreção nasal ocular, fetos
abortados, tecidos de necropsia, sangue.

Controle A enzima transcriptase reversa- sintetiza DNA a partir


• Evitar proximidade com suínos silvestres - fazer da transcrição do genoma viral (transcrição reversa).
cercas.
• Não usar restos de comidas na alimentação dos O ciclo reprodutivo dos retrovírus envolve também
suínos. uma etapa de integração da Cópia DNA do seu ácido
• Trabalhadores devem trocar de roupa ao entrarem e nucleico no genoma da célula hospedeira - indução de
saírem da propriedade. tumores e infecção persistente.
• Restrição da movimentação animal nas áreas de
risco. Replicação (citoplasma ou núcleo)
• Animais infectados - eutanásia ou querentena 1. Funciona na célula hospedeira
• Interdição da propriedade, proibido trânsito de 2. Transcriptase reversa
veículos e subprodutos suínos na propriedade. 3. Formação do pró-vírus que se insere no
• Controle com vacinação. genoma da própria célula hospedeira
4. Podem ficar em latência ou se replicando - sai
por brotamento.
….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….………………………………………………
…………………………………………………….……………………………………………… Alpharetrovirus - vírus da leucose aviária ……………...
….………………………………………………….……………………………………………… • Displasia e neoplasia do sistema hematopoiéticos
….………………………………………………….……………………………………………… de aves, alta morbidade
….………………………………………………….………………………………………………
….………………………………………………….……………………………………………… Transmissão
Vertical; infecta progênie através do ovo infectado
….………………………………………………….………………………………………………
Horizontal: contato direto entre as aves
….………………………………………………….……………………………………………… - Sangue, saliva, secreções respiratórias, semesn
….………………………………………………….……………………………………………… e fezes
….………………………………………………….……………………………………………… Insetos: transmissão mecânica
….………………………………………………….………………………………………………
Sinais clínicos:
….………………………………………………….………………………………………………
• Inicialmente sinais inespecíficos
….………………………………………………….……………………………………………… • Posteriormente: Fraqueza, hiporexia, anemia, tumores
….………………………………………………….……………………………………………… na bursa de fabricius fígado baço e outros..
….………………………………………………….………………………………………………
…………………………………………………….……………………………………………… Diagnóstico
Necrópsia: fazer diferencial com a doença de marek
Isolamento viral em ovos embrionados ou cultivo - Infecção abortiva: viremia indetectável e
celular desenvolvimento de anticorpos
ELISA direto - Infecção regressiva: viremia transitória,
IFA direta infecção latente. Pode haver reativação.
PCR - Infecção progressiva: viremia persistente

Profilaxia Diagnóstico FIV / FeLV


• Evitar transmissão horizontal • PCR e qPCR
• Escolha de linhagens resistentes • Imunocromatografia
- FIV: procura anticorpo
- FeLV: procura antígeno
Gammaretrovirus - vírus da leucemia felina ……………. • DOT - Elisa
Vírus da leucemia felina (FeLV) - FIV: procura anticorpo
• Sobrevivem pouco tempo no ambiente. - FeLV: procura antígeno

Felv - A: transmissão do vírus entre animais Profilaxia


- Pode causar linfomas (células T), mas • Castração
geralmente promove lesões moderadas na • Quarentena
ausência de outros subgrupos. • Separar animais positivos de negativos
• Cuidado ao adotar e com transfusões
Felv - B: Associado a linfomas • Vacinar
• Manter animais domiciliados
Felv - C: causa anemia aplástica
- não é transmitida entre gatos Deltaretrovirus - vírus da leucose bovina ……êe………...
• Menor taxa de mutação - baixa variação antigênica
Felv - T: associado com a imunossupressão
• Infecção natural em: bovinos, zebuínos, búfalos e
capivaras
Linfoma: inserção do genoma da FeLV próximo ao
• Faz parte da lista de doenças da organização
oncogene celular > ativação do gene.
mundial de sanidade animal - OIE- comércio de
animais entre países.
Epidemiologia
• Vírus envelopado - infecta linfócitos B
• Sintomáticos: sobrevida de 2 anos
• Período pré-patente longo (anos) - assintomático
• A transmissão se dá através de saliva, urina e fezes
do animal infectado, portanto, dividir a mesma tigela
Transmissão
de água/comida é suficiente para infectar um gato
• Contato direto entre animais e fômites
sadio. + Transmissão pelo parto ou leite
• Colostro e leite
• Iatrogênico
Patogenia e manifestações clínicas
• Picada de inseto - tabanídeos?
Mais da metade dos casos não desenvolvem sintomas
Para evitar a possibilidade da transmissão através do
Sintomas: Perda de peso, desnutrição, secreção nasal
colostro preconiza-se o aquecimento desta secreção
e ocular excessiva, diarréia persistente,
láctea a 56ºC por 30 minutos ou a utilização de um
imunodeficiência, anemia e tumores.
banco de colostro proveniente de vacas negativas
conservado a -20ºC. - A pasteurização inativa o vírus
1. O vírus penetra pela faringe, onde infecta os
linfócitos B e macrófagos.
Sinais clínicos
2. Replicação nos linfonodos - viremia
• Assintomático ou apenas linfocitose persistente
3. Destruição dos linfócitos B (imunodeficiência)
• Geralmente bovinos entre 2-8 anos de idade
Pode haver presença dos vírus nas mucosas, • Leucose: tumores de origem linfóide em linfonodos
glândulas salivares e no revestimento do órgão. regionais e diversos órgão - sinais clínicos referentes
A fase terminal, ocorre quando a doença atinge a ao órgão afetado e linfadenopatia - evolução para
medula óssea, infectando os precursores das células óbito,
sanguíneas e evoluindo para o óbito. • Prostração, apatia e febre
• Hiporexia, perda de peso
• Agalactia
- Forma aguda/subaguda: anemia grave e
Diagnóstico morte
Pode haver animais Portadores ou doentes - Forma crônica: recuperação e recidivas
• Necrópsia, PCR, ELISA direto, Imunodifusão em ágar dependendo da viremia.
para pesquisa de anticorpo - Forma subclínica: portador, sem sinais clínicos
aparente
Obs: avaliar a imunidade passiva (Ac maternos). Curso clínico variável depende da susceptibilidade do
equino, dose infectante e virulência da cepa.
Profilaxia
• Identificação de animais positivos
- Manter separados ou abate Diagnóstico
• Sorologia de animais que serão introduzidos Laboratorial
• Bezerros nascidos de mães positivas devem ser - Sorologia: imunodifusão em gel de Ágar - IDGA
isolados e testados. ou teste de coggins (detecção da proteína
• Não reutilizar equipamentos para evitar a p26).
transmissão iatrogênica - Isolamento viral: plasma/papa de leucócitos
• Controle de insetos. durante episódios febris
- ELISA, IFA, inibição da hemaglutinação e
Lentivirus ……………...……………...……………...……………...……………... PCR/RT- PCR

Post mortem: necropsia: icterícia generalizada,


Anemia infecciosa equina (AIE)
pulmões e coração com áreas hemorrágicas; hepato e
• Período Pré-patente bastante variável
esplenomegalia; hemorragias petequiais na base da
• Envelopado
língua.
• Resistência às condições ambientais: alta
• É mais frequente em terrenos baixos e mal drenados
Profilaxia
em regiões quentes e úmidas com grande quantidade
• Restrição do trânsito e comércio de equinos
de insetos.
positivos.
• Doença com evolução aguda ou, mais comumente,
• Equinos que forem participar de algum evento
crônica onde ocorre destruição maciça das hemácias
devem ser testados
• Doença de notificação compulsória
• Combate aos vetores
• Agulhas estéreis e não compartilhadas
Via de transmissão;
• Isolamento dos animais positivos
Contato direto: suor, sangue, leite, semen
• No brasil há a recomendação de eeutanásia
Contato indireto: insetos hematófagos, fômites com
sangue.
Via transplacentária
Vírus da imunodeficiência felina (FIV)

- Via de eliminação: sangue


Transmissão: mordida arranhões e pode ser também
- Vetores da doença: mosca dos estábulos,
através de saliva, água/comida, caixinha de areia,
tabanídeos, borrachudos e mosquitos
espirros (não é comum).
- Fontes de infecção: animais doentes e
subclínicos
Patogenia
• Período de incubação: de 4 a 6 semanas após o
Selas, arreios e outros equipamentos também podem
contágio
transmitir o vírus especialmente se houver
• Animais jovens ou imunocompetente
escarificações na pele do animal.
• Com o passar do tempo compromete o sistema
imune podendo causar infecções crônicas.
Sinais clínicos
• Assintomático ou subclínico
Manifestações clínicas
• Infecção persistente - portadores pelo resto da vida
Secreção nasal, ocular.
• Febre, letargia, e petéquias
• Anemia - hemólise
• Trombocitopenia: liberação de TNF- a
• Existe alguma barreira interespécies, pois a
transmissão entre animais de espécies diferentes pode

Prion
ser mal sucedida e se manifesta por período de
incubação mais longo que entre indivíduos da mesma
espécie.

• Não é virus, é uma partícula de proteína com


Sinais clínicos
propriedade infectantes -> são modificações de
• Neurológicos: ataxia, alterações cerebrais, alterações
proteínas normais do corpo
comportamentais, salivação, parestesias, desordens de
• Causa encefalopatia espongiforme transmissível >
movimento
notificação obrigatória.
• Evolução geralmente lenta
• Não possui material genético
• Fatal
• Não existem mecanismos imunológico capazes de
neutralizar essa partícula infectante
A importância do diagnóstico é epidemiológica e
avaliar os motivos da doença no animal.
Príon: proteína presente no cérebro codificada
normalmente pelo genoma do animal - alterações
Diagnóstico
dessa codificação ou contato com a proteína
Somente histopatologia do encéfalo
infectante leva à doenças por alteração
conformacional para prion infectante.
Resistente aos color, formol, enzimas nucleares, não
- PrP alterada - denominada PrPsc > resultado
perde a infectividade quando são aplicados aos
de uma alteração de conformação da
procedimentos de radiação ionizante e ultravioleta
partícula de proteína normal codificada do
- Eles são inativados por meio do hidróxido de
hospedeiro
sódio na concentração de 1N, do cloridrato ou
isocianato de guanidínio a 4.0 M, do hipoclorito
Transmissão
de sódio acima de 2% e da autoclave a vapor
• Simultaneamente hereditárias e transmissíveis.
de 132ºC durante quatro horas e meia ou
• Humano - Iatrogênico - material de neurocirurgia
incinerados.
contaminado, eletrodos, transplante de córnea,
hormônio GH óbito de hipófise de cadáveres.
Controle:
• Ingestão de produtos ou subprodutos de carne
• Nunca oferecer subprodutos de carne para bovinos e
contaminada - principalmente tecido nervoso.
ovinos - não é mais permitido nas rações desses
animais
Não há evidência de transmissão aerossóis, mas
• Ovinos - não permitir a ingestão de placenta e fluidos
por precaução deve-se usar os EPIs.
contaminados
• Alimentação de animais e humanos com carne
EET descritas
contaminada é a principal forma de transmissão.
• Encefalopatia espongiforme bovino (BSE) - doença
da Vaca Louca
• Scrapie em ovinos (séc XVIII)
• Encefalopatia espongiforme felina (FSE)
• Doença desgastes crônico - Cervídeos

• A infecção predomina no SNC e não causa reação


inflamatória
- Depósito extra e intracelulares de uma
proteína anormal e a presença de pequenos
vacúolos na substância cinzenta, além de
astrogliose e perda neuronal -> aspecto de
esponja

• A infecção pode ser transmitida a outros animais ou


entre seres humanos, principalmente quando o
material infectante é de origem encefálica.
Considerações

● Essa apostila foi feita baseada em aulas de graduação.

● A maioria das fotos inseridas na apostila são do Google imagens.

● A apostila pode conter erros de grafia, sendo assim, ao observá-los, entre em contato com
o instagram por favor.

● A apostila é para uso pessoal e é feita para auxiliar nos estudos e o valor da mesma é
apenas pelos conteúdos digitados.

● Nem todas as faculdades passam os mesmo conteúdos, podendo assim, faltar algo. Como
descrito anteriormente, a apostila é realizada para auxiliar nos estudos, sendo necessário
estudar o conteúdo dado em sua graduação também.

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