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Sistema Imunológico Humano

Profª Nathália Carriel


Aspectos conceituais
• Sistema responsável pela defesa do nosso organismo.
• Constituído por um conjunto de células e órgãos que conseguem
identificar potenciais patógenos e agentes agressores combatendo-
os para que não provoquem prejuízos ao nosso organismo.
• Consegue evitar que esses agentes entrem no nosso organismo ou
combate-los após sua entrada.
• Esse sistema consegue diferenciar as nossas células de células
potencialmente nocivas, porém em algumas patologias temos a
destruição das nossas próprias células.
Objetivo
• O objetivo principal do sistema imune é atuar como uma barreira
protetora de agentes nocivos, também criando sistemas de defesa e
respostas imunológicas quando a barreira de entrada não for
suficiente para controlar o processo patológico.
• As substancias que desencadeiam uma resposta do sistema imune
são chamadas de antígenos.
• Utilizam sinalizadores químicos para detectar, identificar, comunicar,
recrutar e coordenar um ataque. (Citocinas e anticorpos).
• Citocinas são proteínas mensageiras e os anticorpos são sinalizadores.
Estruturas envolvidas no sistema imunológico
Células:
• Linfócitos;
• Leucócitos;
• Células NK;
• Macrófagos;

Orgãos:
• Órgãos linfoides.
Leucócitos
• Fazem parte da constituição do nosso sangue e podem ser divididos
em:
Leucócitos
• São células que se formam e amadurecem no tecido
linfático.
• O tecido linfático é divido em primário e secundário.
• 1ª timo e medula óssea, onde os linfócitos se formam
e amadurecem
• 2ª tecidos encapsulados (baço e linfonodos), contém
leucócitos que monitoram a presença de um invasor.
tecidos difusos (vasos linfáticos), ficam
aguardando invasores externos.
• O número normal de leucócitos no sangue varia de
3.700 a 10 mil a cada mm³ (microlitro) de sangue em
média.
Leucócitos
• Os leucócitos são plenamente funcionais na circulação.
• São descendentes de uma célula precursora única, chamada de célula
tronco pluripotente hematopoiética (encontradas nas medula óssea).
• Primeiro se tornam células tronco não comprometidas, após células
progenitoras.
• Essas células progenitoras se diferenciam em eritrócitos, linfócitos,
leucócitos e megacariócitos.
• Os leucócitos atuam fora da corrente sanguínea e podem ser
diferenciados por sua coloração, forma e tamanho do núcleo.
Leucócitos granulócitos
• Apresentam grânulos quando realizamos observação em microscópio
óptico.
• Esses grânulos podem ser específicos de cada tipo celular (grânulos
específicos), mas também podem ser lisossomos (grânulos azurófilos)
ou proteínas que atuam na degradação das macromoléculas
(grânulos terciários).
Neutrófilos
• Possuem um núcleo segmentado que possuem de
2 a 5 núcleos, esses conectados por um fino
material nuclear.
• São abundantes na circulação, representando de
50% a 70% dos leucócitos.
• São células fagocíticas, ingerem bactérias,
ingerindo de 5 a 20 bactérias.
• Sua vida é de 1 a 2 dias, podem migrar para fora
do vaso se foram atraídos por alguma lesão ou
infecção.
• Secretam citocinas, como o pirogênio e outros
mediadores inflamatórios.
• Bastões e segmentados.
Neutrófilos
• São as primeiras células que atuam na resposta imune.
• Reconhecem o antígeno e fagocitam corpos estranhos. O pus que aparece
em um machucado é formado majoritariamente por neutrófilos mortos.
• Observação do formato do núcleo é muito importante para sua
diferenciação.
Eosinófilos ou acidófilos
• Apresentam grânulos corados de rosa no seu
citoplasma (grânulos ácidos).
• 1 a 3% dos leucócitos circulantes.
• Sobrevivem de 6h a 12h na circulação.
• Defendem o corpo contra parasitas, liberando
substancias do seus grânulos que matam ou danificam
o invasor.
• Participam de processos alérgicos.
• Apresentam núcleo bilobado.
• São os responsáveis por participar de processos
alérgicos e por atacar parasitas grandes demais e que
não podem ser fagocitados.
Basófilos
• Apresentam grânulos azul escuro (grânulos básicos) no citoplasma.
• Os grânulos são grandes e numerosos, podendo até recobrir o núcleo lobulado de formato
irregular, dificultando sua observação na microscopia.
• São raros na circulação e são similares as mastócitos dos tecidos.
• Libera mediadores que estão envolvidos na inflamação como citocinas, histamina e outras
substâncias.
• Envolvido na resposta alérgica.
• Esses grânulos são responsáveis pela liberação
de histamina (vasodilatador) e heparina (anticoagulante),
importantes nos processos alérgicos que culminam
em choques anafiláticos.
• Essas substâncias também participam da quimiotaxia,
que sinaliza para outros leucócitos o local de infecção ou
inflamação.
Mastócitos
• São histologicamente semelhantes aos
basófilos, porém são encontrados em outros
tecidos e não no sanguíneo, e quando está
presentes estão na forma imatura, não ativa.
• Semelhantes aos basófilos, liberam histamina e
heparina, além de realizarem a quimiotaxia.
• Atuam em inflamações e são responsáveis
pelas reações alérgicas.
• Estas células amadurecem apenas quando
chegam no local de atuação.
Leucócitos Agranulócitos
• Esses tipos de leucócitos não apresentam grânulos visíveis na
microscopia óptica, mesmo que essas estruturas também estão
presentes, porém são menores e estão em menor quantidade.
Monócitos
• São precursores do macrófagos teciduais.
• Representam de 1% a 6% dos leucócitos.
• Alguns macrófagos patrulham os tecidos e outros
ficam fixos em lugares estratégicos.
• Os macrófagos são os principais fagócitos,
possuem um tamanho maior e mais
desenvolvidos do que os neutrófilos, podendo
ingerir até 100 bactérias.
• São apresentadores de antígenos que tem grande
função na imunidade adquirida.
• É uma célula grande e jovem, com um núcleo em
formato em “C”. Após serem formados na medula
migram para outros tecidos conjuntivos, onde se
diferenciam em macrófagos.
Macrófagos
• São células grandes, com função de fagocitose.
• Podem ser formados a partir do amadurecimento de monócitos ou de
diferenciação de algumas células do tecido conjuntivo propriamente
dito.
• Atuam como primeira linha de defesa em muitos casos.
Linfócitos
• Fazem processo de mediação da resposta imune.
• São os agranulócitos mais comuns, e apresentam o
citoplasma praticamente todo ocupado por um
grande núcleo.
• Esses glóbulos brancos são responsáveis por controlar
a resposta imune.
• 5% deles são encontrados na circulação o restante se
encontra nos tecidos linfáticos.
• São divididos em Linfócitos B, Linfócitos T e Linfócitos
NK.
Linfócitos B
• São formados quando a diferenciação e maturação das células linfoides
ocorre no baço.
• Têm função de produzir anticorpos (proteínas imunoglobulinas) específicos
para cada tipo de antígeno, e são os responsáveis pela memória
imunológica.
• Quando estão em outros tecidos, além do sanguíneo, sofrem diferenciação
e são chamados de plasmócitos (ou células plasmáticas), produzindo então
os anticorpos.
Linfócitos T
• A diferenciação e maturação das células linfoides forma linfócitos T quando
ocorre no timo.
• São os principais coordenadores da resposta imune e o tipo de linfócito mais
abundante.
• Linfócitos T CD4: Também pode ser chamado de auxiliador, ou T-auxiliar.
Coordenam a resposta imune, estimulando os linfócitos B a produzirem
anticorpos. São o alvo do vírus HIV.
• Linfócito T CD8: Também podem ser chamados de citotóxicos, pelas
substâncias tóxicas que produzem. Apresentam receptores específicos a
determinado antígeno e podem destruir células infectadas ou nocivas (ex.:
cancerígenas).
• Linfócitos T inibidores: Inibem o sistema imune, evitando a produção de
anticorpos do Linfócito B.
Linfócitos Natural Killers ou NK
• Eles reconhecem diferentes tipos de antígenos e os atacam
diretamente, podendo destruir também células infectadas por vírus
ou tumores.
Órgãos do sistema imunológico
Divisão
• Os órgãos do sistema imune são separados em:
Órgãos linfoides primários
• Medula óssea e timo, uma glândula situada acima do coração e atrás do esterno são
chamados de órgãos linfoides primários. A medula óssea produz células de defesa, como
os linfócitos do tipo T. Algumas dessas células se diferenciam no timo, sendo capazes de
reconhecer proteínas estranhas ao nosso organismo.

Órgãos linfoides secundários


• Os órgãos linfoides secundários são os locais nos quais as células de defesa
desempenham seu verdadeiro trabalho. Nesses locais as células de defesa têm contato
constante com substâncias estranhas ao organismo, bem como patógenos.

Órgãos imunitários secundários: Linfonodos, baço, tonsilas, apêndice, placas de Peyer.


Orgãos linfoides primários.
Medula Óssea
• A medula óssea é um tecido esponjoso situado dentro da maioria dos ossos. A
maioria das células de defesa é produzida e se multiplica nesse local. Essas
migram para a corrente sanguínea e alcançam órgãos e tecidos, nos quais as
células maturam e se especializam.
• Quando nascemos, a maioria dos nossos ossos contêm um tipo de medula
óssea vermelha que continuamente produz células de defesa, mas durante o
curso da vida, cada vez mais medula óssea vermelha é substituída por tecido
adiposo, restando apenas em alguns ossos, como costelas, esterno, e osso da
pelve.
• Na medula óssea é onde as hemácias, leucócitos e plaquetas são produzidas.
Timo
• O timo somente está totalmente desenvolvido nas crianças, e a partir da
adolescência, ele é gradativamente transformado em tecido adiposo. Ele se
situa atrás do esterno, acima do coração. Certas células de defesa, como os
linfócitos do tipo T, são diferenciadas no timo, sendo responsáveis pela
coordenação do sistema imune inato e adquirida.
• Essas células se movem pelo corpo e constantemente checam a superfície de
todas as células procurando modificações.
• Na infância o timo também produz dois hormônios, a timosina e a
timopoietina, que regulam a maturação de células de defesa nos linfonodos.
Orgãos linfoides Secundários
Linfonodos
• O sistema linfático, composto por linfonodos e vasos linfáticos, é muito
importante para troca constante de substâncias entre o sangue e os tecidos
do corpo. Os vasos linfáticos formam uma rede bem fina de vasos que
constantemente drenam fluidos dos diferentes tecidos do corpo. Os
linfonodos filtram e limpam o fluido linfático (linfa) e encaminham para a veia
cava superior, entrando na corrente sanguínea.
• Os linfonodos trabalham como estações de tratamento biológico, contendo
diferentes células de defesa. Essas células aprisionam patógenos e ativam a
produção de anticorpos específicos no sangue. Algumas vezes os linfonodos
ficam inchados, dolorosos ou endurecidos. Isso pode ser um sinal de uma
reação de defesa ativa, por exemplo uma infecção.
Baço
• O baço se situa na parte superior esquerda do abdômen, logo abaixo do
diafragma, e desempenha uma variedade de tarefas no sistema de defesa.
• Antes do nascimento, o baço basicamente produz células sanguíneas e de
defesa. Já após o nascimento é responsável pela remoção das células
sanguíneas e por algumas funções de defesa específicas, como: o
armazenamento de células de defesa para serem liberadas quando
necessárias (macrófagos que podem atacar substâncias estranhas e patógenos
diretamente; linfócitos T que inspecionam a superfície das células e ajudam a
controlar a defesa) e também podem destruir diretamente as células que
forem reconhecidas como não próprias, como patógenos; linfócitos B que
produzem anticorpos.
• O baço também é responsável pela remoção de células vermelhas
envelhecidas (eritrócitos), e pelo armazenamento e remoção das plaquetas
(ou trombócitos), que participam da coagulação sanguínea.
Tonsilas
• As tonsilas também pertencem ao sistema de defesa. Elas têm uma
localização especial na garganta e no palato. Então suas células de defesa
entram em contato com patógenos rapidamente. E podem ativar o sistema
imunológico imediatamente.
Resumindo
• O sistema imune é responsável pela defesa do nosso organismo;
• Os leucócitos são células produzidas a partir do tecido hematopoiético, e
podem ter diferentes locais de amadurecimento;
• Os dois grupos de leucócitos são os granulócitos e os agranulócitos,
diferenciados pela quantidade de “pontos” vistos nas células em uma
microscopia óptica;
• Os leucócitos granulócitos são os neutrófilos, eosinófilos, basófilos e os
mastócitos;
• Os leucócitos agranulócitos são os linfócitos, os monócitos e os mastócitos;
• A memória imunológica ocorre com a ação dos linfócitos, e é importante
para uma resposta rápida

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