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Prof.

Maria Carolina
Assepsia
É o conjunto de medidas que
utilizamos para impedir a
penetração de micro-organismos
num ambiente que logicamente
não os tem, logo um ambiente
asséptico é aquele que está livre
de infecção.
Técnicas de assepsia e esterilização
Meios de esterilização
Físico
• Calor seco
Estufa
Químico
Flambagem • Desinfetantes
Fulguração

• Calor úmido
Fervura
Autoclave

• Radiações
Raios alfa
Raios gama
Raios x
Para conseguir-se a esterilização, há vários fatores
importantes:

• Das características dos micro-organismos,


• Grau de resistência das formas vegetativas;
• Resistência das bactérias produtoras de esporos e o
número de micro-organismos ;
• Característica do agente empregado para a
esterilização.
Esterilização pelo calor

• A susceptibilidade dos organismos ao calor é muito


variável e dependem de alguns fatores, e dentre eles
citamos:

a) Variação individual de resistência,


b) Capacidade de formação de esporos,
c) Quantidade de água do meio,
d) pH do meio,
e) Composição do meio.
• É o mais efetivo ===== MICROBICIDA

• É o melhor método se o material a ser tratado não for


sujeito a danos causados pelo calor

desnaturação de proteínas, levando a perda da


CALOR integridade celular e morte

• O calor penetra, eliminando os microrganismos do


objeto

outros tratamentos esterilizam apenas as superfícies que


tocam, como luz ultravioleta e substâncias químicas.
Calor seco
Tempo x Temperatura
Oxidação de componentes dos microrganismos
Flambagem
Estufas e fornos Incineração

Calor úmido
Temperaturas mais baixas Tempo x Temperatura x Umidade
Alto calor latente (conserva mais o calor) Desnaturação de ácidos nucléicos e proteínas
Elevado poder de penetração Fluidificação de lipídeos da membrana
Esterilização
Água em ebulição
Esterilização pelo calor seco
ESTUFA
• O aparelho mais comum para a esterilização pelo calor
seco é a estufa, que consiste em uma caixa com
paredes duplas, entre as quais circula ar quente,
proveniente de uma chama de gás ou de uma
resistência elétrica.
• A temperatura interior é controlada por um termostato.
• As estufas são usadas para esterilizar materiais ¨secos¨,
como vidraria, principalmente as de precisão, seringas,
agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases
vaselinadas, gases furacinadas, óleos, vaselina, etc.
• A esterilização acontece quando a temperatura no
interior da estufa atinge de 160 oC a 170oC, durante 2
horas, ocorrendo destruição de micro-organismos,
inclusive os esporos.
• Deve-se salientar que a temperatura precisa
permanecer constante por todo esse tempo, evitando-
se abrir a porta da estufa antes de vencer o tempo.
Prática - ESTUFA
• Distribuir o material uniformemente;
• Nunca encher mais que 80% da capacidade;
• O tempo só é contado quando atinge a
temperatura;
• 160 oC a 170oC, durante 2 horas,
• Não abrir a porta antes de esfriar;
• Ventilação para distribuir o calor;
• Controle periódico da temperatura.

https://www.youtube.com/watch?v=WS0K3OQ
Jouk
Flambagem
• Material é colocado sob o fogo, até que o metal
fique vermelho.
• Apesar de ser um procedimento tecnicamente
fácil, a grande desvantagem desse método é que
ele pode ser extremamente perigoso quando o
profissional não tem experiência com tal técnica.
• Ocorre destruição do microrganismo pelo calor
direto
• A alça de vidro ou a alça de platina é levada à
chama de um bico de Bunsen
FLAMBAGEM EM
MICROBIOLOGIA

• Utilizado para isolamento de culturas pela


técnica de espalhamento, e na confecção
de esfregaço para coloração e visualização
de microrganismos, como na coloração de
Gram

• https://www.youtube.com/watch?v=u5Y-
NZCeN7I
• Colocar a alça em contato primeiro
com a chama redutora, em que a
temperatura é menor, numa inclinação
de 45° , e depois na chama oxidante.
• Deixar até ficar vermelha.
Prática • Esfriar antes de colocar em contato
com os microrganismos.

https://www.youtube.com/watch?v=M
WZUpb6sWUE
• Método que utiliza corrente elétrica de alta
frequência.

• Descarga elétrica

Fulguração • Tratamento de lesões, nomeadamente tumores


malignos, com correntes de alta frequência.

file:///C:/Users/Maria/Downloads/161_2_FMP_I_01_C.pdf
Esterilização pelo calor Pode-se usar o calor das seguintes
formas:
úmido • Fervura
✓ Foi um método correntemente
usado na prática diária, mas não
oferece uma esterilização completa,
pois a temperatura máxima que
pode atingir é 100oC ao nível do
mar, e sabemos que os esporos, e
alguns vírus, como o da hepatite,
resistem a essa temperatura, alguns
até por 45 h.
✓ Por outro lado, a temperatura de
ebulição varia com a altitude do
lugar.
Cuidados na esterilização pela
fervura
a) Devem-se eliminar as bolhas, pois estas protegem
as bactérias - no interior da bolha impera o calor
seco, e a temperatura de fervura (100oC), este
calor é insuficiente para a esterilização
b) Devem-se eliminar as substâncias gordurosas e
protéicas dos instrumentos, pois estas impedem o
contacto direto do calor úmido com as bactérias.
• Destrói células vegetativas, fungos, vírus = 10 minutos
• Esporos e termofílicos = podem resistir
• Capaz de eliminar a maioria dos patógenos = 30 minutos
• Esporos de C. botulinum = 5,5 horas
• Esterilização = 4 a 5 minutos

O problema de utilizar em laboratório é que o material não seria


embalado, ficando sujeito à contaminação futura.
AUTOCLAVE
(próxima aula)
FRIO
• NÃO mata a maioria dos microrganismos ----
MICROBIOSTÁTICO

• armazenamento frio: é usado para preservação,


armazenamento por períodos limitados.
• microrganismos que não morrem permanecem
em estado de congelamento.

CHOQUE FRIO – quando uma cultura em


crescimento de repente é resfriada, muitos
microrganismos são imediatamente mortos
(nitrogênio líquido). Tem exceção!

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