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FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E

TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ - NOVAFAPI

MEDICINA – BLOCO IV

DISCIPLINA: TÉCNICAS OPERATÓRIAS E BASES DE ANESTESIOLOGIA

PROFESSOR: RAIMUNDO JURNIOR

ESTERILIZAÇÃO

MAYKON PABLO AGUIAR FENELON

TERESINA – PI / FEVEREIRO / 2011


Esterilizaçã o
INTRODUÇÃO

A esterilização é a eliminação completa de qualquer forma de vida. Neste


processo empregam-se métodos físicos e químicos para a eliminação das formas de
vida. Além disso, é necessário que antes da esterilização se faça uma limpeza. Mais
ainda, o processo de esterilização depende de duas características: o tempo de
esterilização e o poder o esterilizante, sendo que quando maior for o tempo de
esterilização menor o poder de esterilização necessário para efetuar o processo. Na
esterilização, é aconselhado o uso em volta do material de fitas indicadoras que mudam
de cor se atingidas às condições ideais, controlando a assim a eficiência da técnica.

TIPOS DE ESTERILIZAÇÃO

As esterilizações físicas podem ser feitas por calor (por calor úmido ou calor
seco), por radiação ionizante e por filtração. A susceptibilidade dos organismos ao calor
é muito variável e dependem de alguns fatores, e dentre eles citamos: A variação
individual de resistência, a capacidade de formação de esporos, a quantidade de água do
meio, o pH do meio e composição do meio.

Já as esterilizações por meios químicos podem ser feito pelo óxido de etileno,
por formaldeído e com plasma de peróxido de hidrogênio. Para conseguir-se a
esterilização, há vários fatores importantes: das características dos microrganismos, o
grau de resistência das formas vegetativas; a resistência das bactérias produtoras de
esporos e o número de microrganismos e da característica do agente empregado para a
esterilização.

ESTERELIZAÇÃO POR MEIO FÍSICO

A esterilização por calor úmido usa-se a autoclavação por vapor saturado


sob pressão, destruindo os microrganismos pelo processo de desnaturação e coagulação
do sistema enzimático das proteínas dentro da célula bacteriano. Tal método propicia
uma temperatura entre 121-134ºC que são próprias para esterilização. A autoclave é
uma caixa metálica de paredes duplas, delimitando assim duas câmaras; uma mais
externa que é a câmara de vapor, e uma interna, que é a câmara de esterilização ou de
pressão de vapor. A entrada de vapor na câmara de esterilização se faz por uma abertura
posterior e superior, e a saída de vapor se faz por uma abertura anterior e inferior,
devido ao fato de ser o ar frio mais pesado que o vapor. O tempo de esterilização é de
cerca de 15 minutos para temperatura de 121ºC. Há vários tipos de autoclaves entre elas
está a gravitacional em que o ar sai por gravidade, pois o ar frio é mais pesado, saindo
por um dreno colocado na parte inferior da câmara, quando penetra o vapor. O
aquecimento da carga é feito de fora para dentro o que exige aumentos elevados de
tempo, para conseguir aquecimento necessário à esterilização. A secagem é feita por
venturi, conseguindo-se um vácuo de capacidade média. Há, também, a autoclave pré-
vácuo ou vácuo pulsátil em que o ar é retirado previamente, formando vácuo. Assim
quando o vapor penetra nos pacotes, instantaneamente, tem pequena probabilidade de
entrar em contato com o ar residual. Neste processo, o vácuo pode ser formado por uma
bomba com formação de um vácuo em pulso único ou por seguidas injeções e retiradas
rápidas de vapor em temperatura ligeiramente abaixo à do processo. Outro tipo de
autoclave é a flash que é uma esterilização a vapor em alta velocidade. Tal técnica deve
operar com uma temperatura de 132ºC e receber material de superfície, usando um
tempo entre 3 e 10 minutos. Esta técnica é indicada preferencialmente para resolver
problemas emergenciais, como a contaminação acidental de instrumentais utilizados em
cirurgias em curso. Neste sistema não devem ser esterilizados os implantes. Seu uso
deve ser extremamente racionalizado e o material utilizado de imediato, devido às
dificuldades de controle deste processo.

A esterilização por calor seco emprega-se o calor como agente eliminador


das formas de vida, porém sem umidade e com a ação biocida ocorrendo por oxidação
do protoplasma das células. Este método é reservado somente aos materiais sensíveis ao
calor úmido. Guarda suas vantagens na capacidade de penetração do calor e na não
corrosão dos metais e dos instrumentos cortantes. O aparelho mais comum para a
esterilização pelo calor seco é a estufa, que consiste em uma caixa com paredes duplas,
entre as quais circula ar quente, proveniente de uma chama de gás ou de uma resistência
elétrica. A temperatura interior é controlada por um termostato. .Os parâmetros
considerados são a temperatura e o tempo: 160ºC por 2 horas, 170ºC por 60 minutos ou
180ºC por 30 minutos. Os materiais esterilizados por tal método são os óleos e os pós,
sendo que algumas instituições usam outros artigos. A esterilização acontece quando a
temperatura no interior da estufa atinge de 160ºC a 170ºC, durante 2 horas, ocorrendo
destruição de microrganismos, inclusive os esporos. Deve-se salientar que a temperatura
precisa permanecer constante por todo esse tempo, evitando-se abrir a porta da estufa
antes de vencer o tempo. Enquadram neste método duas técnicas de esterilização uma
por radiação ionizante e a outa por filtração. A esterilização por radiação ionizante usa
o cobalto 60 (Co60) em materiais e embalagens termolábeis, pois não há aumento da
temperatura. Método extremamente caro de esterilização, tendo sido usado para tecidos
destinados a transplantes, drogas, etc. Além disso, este processo é eficiente para
esterilizar fios de sutura, absorventes, campos cirúrgico de uso único, talco, entre
outros. Já a esterilização por filtração usa membranas microporosas, retendo
microrganismos patogênicos existente no ar e/ou em líquidos. Tal método é empregado
na esterilização de produtos farmacêuticos.

ESTERILIZAÇÃO POR MEIO QUÍMICO:

Entre a esterilização por meios químicos há o realizado pelo óxido de etileno


que é quase exclusivamente utilizado para esterilização de equipamento que não pode
ser autoclavado. As desvantagens para sua aplicação são o tempo necessário para
efetivar o processo, o custo operacional e os possíveis riscos aos pacientes e aos
profissionais envolvidos. Neste processo, usa-se um gás inflamável e carcinogênico e a
sua concentração mínima é de 450 mg/l, com umidade de 20% a 40%, e temperatura
variável entre 49 e 60ºC, com tempo médio de exposição de 4 horas. Esse gás causa a
alquilação das cadeias proteicas microbianas, interferindo em sua multiplicação. Tal
método é empregado em materiais, como cabos elétricos, objetos de plásticos,
instrumentos delicados e afiados, endoscópicos e outros artigos que requerem baixa
temperatura. Outra esterilização é a do formaldeído um gás incolor e bastante cáustico
para pele e mucosa com atividade bactericida, virucida e fungicida, mas não apresenta
ação contra esporos. Tal gás é pouco ativo a temperaturas inferiores a 20°C,
aumentando a atividade em temperaturas superiores a 40°C. Tal método possui
desvantagens, pois tem baixo poder de penetração e distribuição não uniforme. Tal
processo pode ser utilizado em esterilização de materiais que não podem ser submetidos
a altas temperaturas desde que se utilize um recipiente fechado, aquecido a 50ºC, por 1
hora. Além disso, tem aeração automática, ou seja, pode-se utilizar o artigo logo após o
termino da esterilização. Além da forma líquida, há os polímeros sólidos do
formaldeído, o paraformaldeído, conhecidos como “pastilhas de formalina”. Para se
alcançar esterilização deste modo é preciso de concentração de 3%, estufa pré-aquecida
a 50°C, em tempo de 4 horas e umidade relativa de 100%. Devido à dificuldade técnica
de execução do processo em condições ideais e de sua validação, não deve ser utilizado
rotineiramente. Há, também, a esterilização com plasma de peróxido de hidrogênio
ocorrendo em câmara a vácuo com aplicação de ondas de rádios junto com o vapor
peróxido de hidrogênio, causando a esterilização. Neste caso emprega-se temperatura
inferior a 50ºC, por 1hora. Tal método não necessita de aeração, pois libera produtos
não tóxicos.

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