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O que é Esterilização:

Esterilização é o processo de destruir todas as formas de vida microbianas que possam contaminar
materiais e objetos, como vírus, bactérias, fungos e outros, por meio da utilização de agentes químicos
ou físicos.

Este processo torna a reprodução destes organismos incapaz de se realizar, causando então a chamada
morte microbiana.

A intenção da esterilização é que a probabilidade de sobrevivência do agente que pode contaminar um


organismo seja menor que 1:1.000.000, podendo considerar aquele objeto estéril.

A eficácia de qualquer processo de esterilização dependerá de fatores como o tipo de método escolhido,
a natureza do material, tipo de contaminação e condições em que o objeto final foi preparado.

Já para a medicina humana e a veterinária, a esterilização se caracteriza no método cirúrgico que


interrompe a capacidade de reprodução de um ser vivo, tornando-o estéril e infecundo.

Geralmente, os procedimento de esterilização em seres vivos tratam-se de uma forma de anticoncepção


permanente, que é irreversível.

Existem vários tipos de esterilização e a ANVISA as classifica em métodos físicos, métodos químicos e
métodos físico-químicos, sendo utilizados de acordo com o risco de contaminação.

Métodos Físicos

Os métodos físicos costumam utilizar o calor em temperaturas variadas e alguns tipos de radiação. Para
isso, as autoclaves são as mais indicadas para uso hospitalar.
São eles:

Vapor saturado sob pressão: usado principalmente em hospitais para esterilização de materiais
termorresistentes. Provoca a coagulação das proteínas dos microrganismos e, consequentemente, sua
destruição. Método muito utilizado em hospitais em materiais termorresistentes, não sendo útil em
materiais termossensíveis.

Calor seco: neste processo são utilizadas estufas, onde o calor irradia por suas paredes laterais,
oxidando as células microbianas e provocando sua morte. Isso acontece após os materiais ficarem
expostos em alta temperatura por um longo tempo e, por isso, não é indicado para materiais como
borracha, aço ou tecido. Este processo é utilizado em laboratórios e não em hospitais.

Radiação ionizante: destrói o DNA dos microrganismos ou impede a sua reprodução e a radiação gama é
o método mais utilizado, já que tem mais facilidade de penetração no material a ser esterilizado. Sua
indicação é para materiais termossensíveis e tecidos biológicos, comumente utilizados em transplantes.
Sua desvantagem é ser altamente oxidante.

Métodos químicos

Os métodos químicos fazem uso de líquidos com capacidade esterilizante e o processo ocorre por
imersão, portanto, é necessário um cuidado especial no manuseio desses produtos, que são:
formaldeído, ácido peracético entre outros.

Formaldeído

É um gás que apresenta um odor forte e alto poder cáustico e pode se apresentar na forma líquida, além
da gasosa. Para um resultado satisfatório é necessário um longo tempo de ação. Consegue destruir
fungos, vírus e bactérias e, após 18 horas agindo nos materiais, também tem o mesmo efeito em esporo.
O método, porém, não tem regulamentação na ANVISA, além de deixar resíduo após a esterilização.

Ácido peracético

Consiste em uma mistura equilibrada entre água, ácido acético e peróxido de hidrogênio. É um produto
tóxico e corrosivo. O ácido peracético age de forma semelhante aos agentes oxidantes como o peróxido
de hidrogênio.

Métodos físico-químicos
Entre os processos físico-químicos encontram-se o método de esterilização por Óxido de Etileno e um
segundo, por Plasma Peróxido de Hidrogênio. Sendo que o primeiro tem seu processo regulamentado
pela ANVISA.

Óxido de Etileno: é um gás bastante utilizado para a esterilização de materiais termossensíveis e é


indicado principalmente para uso hospitalar por não ser corrosivo. Tem um alto poder de penetração e
pode ser usado em produtos ainda em suas embalagens primárias e secundárias.

Peróxido de Hidrogênio: também é indicado para artigos termossensíveis e todo o processo de


esterilização dura mais ou menos 1 hora. Pode ser usado em polímeros, alguns metais, vidros, borracha
e outros. Tem um grau de complexidade menor que o Óxido de Etileno, tornando seu processo rápido,
além de não ser tóxico. Por ter ação corrosiva, requer cuidado no manejo e as câmaras de esterilização
são pequenas o que limita a sua utilização. Contra indicado para esterilização com produtos a base de
celulose e líquidos (H2O) entre outros.

Cada método de esterilização tem uma indicação de uso e os tipos específicos de materiais que podem
passar por eles. Portanto, toda situação deve ser analisada com cuidado e preparo. O mais indicado é
que hospitais e clínicas contratem uma empresa especializada, com uma equipe capacitada para
executar todos os processos da forma mais profissional possível.

Tipos de esterilização

A esterilização de materiais pode desenvolver-se através de diferentes processos químicos e físicos.

A alternativa mais frequente é submeter o objeto que se pretende esterilizar a altas temperaturas até
provocar a morte dos micro-organismos. Entretanto, existem outros métodos como:

Esterilização ao vapor

A exposição de micro-organismos ao vapor saturado e pressurizado de uma autoclave provoca a


chamada desnaturação de enzimas e proteínas estruturais. A temperatura pode variar inversamente à
quantidade de água presente no processo.

Esterilização com calor seco

Na esterilização com calor seco, o objetivo primário é a oxidação de constituintes celulares. Ele também
requer o uso de temperaturas muito elevadas, além do tempo de exposição muito prolongado. No seu
processo existem etapas como a flambagem, a incineração, os raios infravermelhos e a estufa de ar
quente.

Esterilização a gás

O agente ativo do processo de esterilização a gás pode ser o óxido de etileno ou outra substância
altamente volátil, que funcione como alcalinizador de proteínas como o DNA e o RNA.

Por ser considerada altamente inflamável, este procedimento só deve ser considerado se nenhum outro
procedimento de esterilização for possível.

Esterilização com radiação ionizante

Por ser um método de esterilização que utiliza baixas temperaturas, a radiação ionizante pode ser
utilizada em materiais termossensíveis.

Alguns átomos possuem a propriedade de emitirem ondas ou partículas de acordo com a instabilidade
de seus núcleos, alterando assim a carga elétrica do material irradiado por deslocamento de elétrons.

Para fins de esterilização industrial as fontes de raios beta e gama são as utilizadas.

Esterilização e desinfecção

O processo e o cuidado com a limpeza dos materiais utilizados em laboratório evita contaminações e
problemas com os resultados dos experimentos. E a esterilização e a desinfecção dos materiais são os
processos mais básicos a se realizar. Entretanto, ambos apresentam algumas diferenças.

Enquanto a desinfecção é o processo que elimina uma grande parcela dos microrganismos presentes
nas superfícies dos equipamentos, utilizando produtos como cloro, hipoclorito de sódio e álcool, a
esterilização funciona como um complemento, sendo mais eficaz na eliminação de todas as formas de
vida presentes nos materiais de laboratório.
Quando realizada corretamente, a esterilização elimina todas as bactérias, fungos, vírus e esporos.

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IMPORTÂNCIA DA ESTERILIZAÇÃO – PROCEDIMENTO PODE SALVAR VIDAS

A importância da esterilização é tão grande que não é absurdo falar que o procedimento pode salvar
vidas. Quando falamos de ambientes hospitalares, isso é ainda mais verdadeiro.

Nesses ambientes, a incidência de microrganismos que podem causar doenças graves é muito maior.
Ademais, pacientes, de uma maneira geral, apresentam um sistema imunológico mais debilitado. Com
isso, a chance de uma infecção grave é muito maior.

Existem casos de doenças, como hepatites B e C, por exemplo, transmitidas por instrumentos que foram
limpos, mas não esterilizados. Em casos mais graves, como em procedimentos oftalmológicos, a falta de
esterilização levou pacientes à cegueira.

Para garantir a saúde e a segurança de profissionais e pacientes, o ideal é submeter os materiais a um


procedimento para a eliminação dos microrganismos danosos.

O que é esterilização?
A esterilização é um processo que visa a destruir todas as formas de vida microbianas que possam
contaminar materiais e objetos. São eliminados durante a esterilização organismos como vírus, bactérias
e fungos.

A esterilização de materiais pode desenvolver-se através de diferentes processos químicos e físicos. Esse
processo é tão eficaz que a probabilidade de um microrganismo submetido ao processo de esterilização
sobreviver é menor que uma em um milhão (10-6).

Desinfetar é a mesma coisa?

Uma das maiores dúvidas de quem atua na área da saúde é se a importância da esterilização é um fato
ou um mito. Alguns profissionais acreditam que apenas desinfetar alguns materiais é suficiente.

A verdade é que o processo de desinfecção, apesar de ser eficaz para a eliminação dos organismos
causadores de doenças, não destrói os esporos e alguns tipos de vírus. Dessa forma, só desinfetar pode
não ser suficiente.
Além disso, a esterilização garante:

segurança para pacientes e profissionais;

obediência às normas legais estabelecidas pela Anvisa;

maior vida útil aos materiais médicos;

economia e otimização de recursos.

Qual é o melhor método?

Existem diversos métodos para eliminar, de maneira efetiva, todos os microrganismos, e a escolha de
qualquer um deles não diminui a importância da esterilização. Entretanto, a esterilização por óxido de
etileno é considerada uma das mais eficientes quando falamos da preservação do material esterilizado.

Esse método é indicado principalmente para aqueles materiais que não podem ser expostos a calor ou a
agentes líquidos. Desse modo, não existe forma melhor para processar materiais respiratórios e de
endoscopia.
Vale destacar que esse procedimento não é algo simples. Ele envolve riscos e diversos procedimentos
minuciosos que devem ser seguidos para que a esterilização ocorra corretamente.

A importância da esterilização para clínicas e hospitais de pequeno e médio porte

Todo estabelecimento da área da saúde precisa dar exemplo quando o assunto é a segurança de seus
produtos e materiais. Para que isso aconteça, é preciso que os métodos de limpeza e esterilização
estejam sempre atualizados, não importa o porte da empresa. O princípio básico que deve reger a
manipulação de materiais é a prevenção e a diminuição de riscos.

Contar com uma empresa terceirizada e especialista no assunto pode ajudar (e muito) quem não possui
espaço para implementar uma Central de Material e Esterilização. A escolha do parceiro certo, com
equipe qualificada e habituada a seguir as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), é fundamental para ter todos os benefícios da esterilização.

Referências
«Esterilização de materiais». Portal Educação. Consultado em 1 de novembro de 2018

NASH, ROBERT A.; WACHTER, ALFRED H. (2003). Pharmaceutical Process Validation 3ª revisada e
expandida ed. [S.l.]: Marcel Dekker

«Perguntas e Repostas sobre a Resolução-RDC nº17/2010 Boas Práticas de Fabricação de


Medicamentos». Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Outubro de 2010

«Guidance for Industry ,Sterile Drug Products Produced by Aseptic Processing — Current Good
Manufacturing Practice» (PDF). Food and Drug Administration. Setembro de 2004

Farmacopeia Brasileira. 1 5ª ed. Brasília: Editora Fiocruz. 2010

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