Você está na página 1de 4

EDIVALDO SEVERO DA SILVA FILHO

DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

GARANHUNS – PE
2024
DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

“Desde os primórdios das atividades referentes à área de saúde, o ser humano tem-
se batido com o fator infecção, sendo freqüentemente derrotado. Essas derrotas, porém, vêm,
através da história, diminuindo em número devido às atenções que gradualmente foram sendo
dispensadas à limpeza, à higiene, às boas condições ambientais e alimentares, evoluindo
para a desinfecção e a esterilização de materiais hospitalares, entre outros fatores não menos
importantes”, assim foi dito por Erika Kalil e Aldo Costa no artigo de revisão e atualização
sobre Esterilização e Desinfecção e trata-se de uma verdade, visto que desde que esses
processos passaram a ter a notoriedade merecida muito pode ser acrescentado a saúde, em
que os mesmos participam inclusive no processo de recuperação de um paciente tornando-
se essenciais e indispensáveis em ambientes em que pode haver contaminações, pois ambos
são descontaminantes, o que não quer dizer – diferentemente inclusive do que muitos
acreditam – que são conceitos e processos iguais, pois na verdade eles apresentam
diferenças gritantes.

A desinfecção é um processo em que a eliminação dos microorganismos e objetos


inanimados patológicos, essa prática pode reduzir a carga microbiana em 99% a depender do
produto utilizado, ela é crucial para a eliminação de vírus e bactérias, contudo ela não
consegue eliminar os esporos bacterianos, alguns desinfetantes quioesterelizadores podem
eliminar os esporos quando eles apresentam uma exposição muito longa de 6 a 10 horas.
Temos 3 tipos de desinfecção a desinfecção de alto nível que trata-se do nível mais completo
em que temos a eliminação de bactérias vegetativas, micobactérias, bacilo da tuberculose
fungos, vírus e alguns esporos bacterianos; a desinfecção de nível intermediário que não é
eficaz contra esporos apenas aos bacilos de tuberculose, bactérias vegetativas, grande parte
de fungos e vírus e micobactérias e por fim a desinfecção de baixo nível que não elimina
esporos, bacilos de tuberculose, vírus lentos e da hepatite B, elimina apenas bactérias
vegetativas, alguns vírus e fungos.

A desinfecção pode ocorrer por meio de agentes físicos, químicos ou de ambos. A


desinfecção física envolve o calor como a gente desinfetante e ela é responsável pela
desinfecção em alto nível, além disso permite e a facilita a padronização, monitoramento e
registro dos processos, minimiza possibilidade de erros, não deixa resíduos, tem baixo risco
ocupacional e menor custo operacional. A desinfecção por agentes físicos pode ocorrer por
radiação solar que apresenta um efeito germicida por raios ultravioletas, ele é superficial tem
uma ação lenta e não penetra a fundo os materiais. Bem como pode ocorrer também pelo
calor em que em que é utilizada principalmente na forma de vapo d’água ou em ebulição em
ambiente livre, já o frio ele é utilizados para retarda o crescimento de microorganismos,
utilizados por exemplos para conservar alimentos.

Já a desinfecção química ocorrer por meios químicos, que podem ser aplicados de
forma manual ou automático, esse processos é mais complexo que o físico. Os desinfetantes
químicos geralmente possuem um odor muitos forte e precisam de uma manipulação
adequada com uso de máscaras e luvas para a proteção, apesar deles não esterilizar,
reduzem o números de microorganismos patogênicos.

A esterilização é um processo que elimina todas as formas de vida microbiana, por


meio de processos físicos e químicos, em que a decisão a qual processo aderir deve estar
relacionada ao tipo de material e risco de contaminação. O método químico é indicado para
artigos críticos e termossensíveis, em que os mais utilizados são o Óxido de Etileno que é um
gás muito utilizado na esterilização laboratoriais e hospitalares, Ácido Paracético que tem
ação rápida e baixa toxidade e é biodegradável, Peróxido de Hidrogênio tem ação rápida é
biodegradável e atóxico, Formaldeído pode ser utilizado na forma gasosa e líquida, tem ação
de esporicidade e precisa de uma longa exposição e Glutaraldeído com ação biocida e pode
ser usado em materiais termossolúveis.

Já a esterilização física pode ser por meio de calor úmido em que provoca a
desnaturação e coagulação das proteínas e fluidificações dos lipídeos e não pode ser utilizada
com termossensíveis, calor seco que provoca a oxidação dos constituintes celulares
orgânicos e a radiação ionizante que destrói o DNA formando radicais super-reativos matando
os micro-organismos. É um processo livre de resíduos e ecológico e pode ser dividida em dois
tipos: Radiação Gama que é gerada por fontes de Cobalto 60 e E-beam utilizado
preferencialmente para o processamento de produtos de alto volume e baixa densidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- COLETI SILVA, Henrique Gabriela. Ação de agentes químicos usados na desinfecção


de diferentes ambientes; estudo de revisão. 2021. 12 p. TCC — UNIPAR, Paraná, 2021.

- KALIL, Erika; COSTA, Aldo. Desinfecção e esterilização. p. 1, 10 out. 2021.

- ELIANA, Costa. REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS: ESTADO DA ARTE À LUZ


DOS ESTUDOS DE KAZUKO UCHIKAWA GRAZIANO. 2018.

Você também pode gostar