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Sistema Imunitário, as Doenças e os

Comportamentos Saudáveis
- Sistema imunitário – é o conjunto de células, tecidos e órgãos implicados na
defesa do organismo contra agentes estranhos, ou seja, que protegem o
organismo dos animais de potenciais agressores biológicos (microrganismos) ou
químicos (toxinas). O sistema imunitário também é responsável pela destruição
de células envelhecidas ou anormais/cancerosas do próprio organismo.

- É devido à ação do sistema imunitário que conseguimos mantermo-nos


saudáveis, mesmo na presença de vários agentes invasores. Este sistema confere
imunidade, ou seja, proteção contra agentes patogénicos. Neste caso o indivíduo
denomina-se imune.
- Seres ou agentes patogénicos ou patogenes – são seres que podem provocar
doenças.
- Exemplos de agentes patogénicos: vírus, bactérias, fungos, protozoários,
nematelmintas ou outros animais parasitas.
Vírus
• Vírus – são seres acelulares (não celulares). Possuem
material genético constituído por DNA ou por RNA e, por
vezes, algumas enzimas.

• O ácido nucleico é rodeado por uma camada proteica


chamada cápside. Muitos vírus possuem ainda um invólucro
externo semelhante à membrana das células que é produzido
pela célula hospedeira onde eles se multiplicam.

• São parasitas intracelulares obrigatórios (só manifestam


características vitais dentro das células vivas por eles
invadidas).

• São incapazes de se reproduzir e de realizar o metabolismo


de modo autónomo.
Vírus (Cont.)
• Invadem células e assumem o comando da sua maquinaria metabólica para se
reproduzirem: utilizam os organelos da célula invadida e as reservas
bioquímicas da mesma para a produção de proteínas e ácidos nucleicos virais,
formando centenas de milhar de novos vírus dentro da célula hospedeira, que
acaba muitas vezes por ser destruída.

• Exemplos de doenças causadas por vírus: raiva, gripe, gripe A, varicela,


herpes, SIDA, hepatites, rubéola, varíola, sarampo, febre amarela e
poliomielite, caxumba, etc.
Bactérias
• Bactérias – são seres procariontes, cujo material genético é o DNA
(nucleóide) que forma uma molécula circular, no seio do citoplasma, não
rodeada por invólucro nuclear. Muitas bactérias têm pequenos anéis de
DNA chamados plasmídeos, que contêm genes acessórios. Não possuem
organelos membranares: mitocôndrias, plastos, retículo endoplasmático e
complexo de Golgi, mas possuem ribossomas.
Bactérias (Cont.)

• As bactérias reproduzem-se autonomamente, geralmente por bipartição


(divisão binária). Muitas coabitam em cooperação com o organismo
humano (ex. flora bacteriana do intestino) e outras vivem como parasitas
provocando doenças.

• As bactérias patogénicas podem atacar e destruir as células animais


(hospedeiros) de várias formas:
- algumas bactérias produzem enzimas que destroem as células e tecidos;
- outras produzem toxinas potentes que provocam o envenenamento das
células, conduzindo ao seu colapso;
- outras multiplicam-se no interior das células, destruindo-as;
- e existem outras bactérias que têm a capacidade de impedir a fagocitose,
permanecendo livres.

• Exemplos de doenças causadas por bactérias: lepra, coqueluche,


pneumonia bacteriana, escarlatina, sífilis, cólera, meningite, febre tifoide,
etc.
Constituição do Sistema Imunitário
►Vasos linfáticos

► Órgãos e tecidos linfóides

- Órgãos linfóides primários –


órgãos ou estruturas nos quais são
produzidos e/ou maturados os
leucócitos: timo e medula óssea
vermelha.

- Órgãos linfóides secundários ou


periféricos

►Células efetoras
Leucócitos
Macrófagos
Plasmócitos
Linhas de defesa do organismo
• A imunidade depende da capacidade de o animal distinguir o que é “seu” do que é
“estranho”.
• Este reconhecimento só é possível porque cada organismo é bioquimicamente
único, pois as células, de um ser vivo de uma dada espécie possui marcadores
celulares - glicoproteínas existentes na superfície das células de um indivíduo, que
as distinguem das células de outros indivíduos (da mesma espécie ou de outra
espécie), portanto, funcionam como um sistema de identificação.

• Complexo Maior de Histocompatibilidade (MHC) - é o conjunto dos marcadores


celulares codificados por um conjunto de genes ligados que se encontram no
cromossoma 6 no Homem.

• Quando o sistema imunitário deteta marcadores diferentes dos que são próprios do
organismo, ou quando deteta sinais de perigo, desencadeia uma resposta
imunitária.

• Resposta imunitária ou imunidade – é um conjunto de processos fisiológicos que


permite ao organismo reconhecer substâncias estranhas ou anormais e os
mecanismos de resposta para as neutralizar e eliminar.
• A resposta imunitária depende de dois grupos principais de leucócitos: os fagócitos
e os linfócitos.
Linhas de defesa do organismo (Cont.)

• As respostas imunitárias ou mecanismos de defesa podem ser de dois tipos:


- mecanismos de defesa não específicos ou imunidade inata – estão
presentes em todos os seres multicelulares e promovem uma proteção geral
contra os agentes patogénicos, destruindo a maioria deles;

- mecanismos de defesa específicos ou imunidade adquirida – só aparecem


nos vertebrados, dependem da existência de diferentes conjuntos de células
linfóides e são direcionadas para um tipo particular de substância ou agente
patogénico que tenha conseguido entrar no organismo.

• Vigilância imunitária – função do sistema imunitário que reconhece a


presença de agentes externos estranhos e deteta células lesionadas ou
envelhecidas (hemácias por ex:) e de células anormais ou mutantes (por ex.
células cancerosas) que se formam no organismo, promovendo a sua
destruição.
Órgãos linfóides primários

 Medula óssea Vermelha - tecido mole e esponjoso que preenche o interior


dos ossos, onde ocorre a produção das células sanguíneas: hemácias, leucócitos e
plaquetas.

As Células estaminais da medula óssea vermelha produzem:


1- Precursores linfoides ou linfoblastos – são células estaminais da medula óssea
vermelha precursoras de linfócitos – originam linfócitos B e linfócitos T.
2- Precursores mieloides – originam eosinófilos (acidófilos), neutrófilos,
basófilos, monócitos e mastócitos.
3- Eritroblastos – originam hemácias.
4- Megacariócitos – originam plaquetas sanguíneas.

 Timo - glândula localizada na cavidade torácica, cuja função é promover a


maturação dos linfócitos T.
Órgãos linfóides secundários ou periféricos

- São órgãos envolvidos na captura e destruição de agentes agressores


externos.

- São locais de desenvolvimento da resposta imunitária.

- Exemplos: Baço, gânglios linfáticos, amígdalas, adenóides, apêndice e


tecido linfático disperso associado a mucosas.

Células efetoras

– são leucócito (leucócitos, macrófagos e plasmócitos), que têm origem na


medula óssea vermelha e/ ou no fígado fetal.
Constituintes celulares do sangue

• Hemácias ou glóbulos vermelhos – células em forma de


discos bicôncavos, o que lhes proporciona uma grande
área. Não possuem núcleo nem organelos
citoplasmáticos. Contêm hemoglobina.
- Função: Transporte de oxigénio e de dióxido de
carbono.

• Plaquetas sanguíneas ou trombócitos – corpúsculos


celulares muito pequenos.
- Função: Coagulação do sangue.
Constituintes celulares do sangue (Cont.)

• Leucócitos ou glóbulos brancos. Função: Defesa do


organismo.

- Leucócitos granulares – possuem núcleo multilobado e


grânulos citoplasmáticos específicos. Classificam-se com
base na reação desses grânulos a determinados corantes em
eosinófilos ou acidófilos, neutrófilos e basófilos.

- Leucócitos agranulares ou Hialinos – não se observam


grânulos no citoplasma com as técnicas tradicionais de
microscopia. Existem dois tipos de leucócitos: os monócitos e
os linfócitos.
Classificação dos leucócitos quanto à resposta
imunitária

Neutrófilos
- São granulócitos ou leucócitos granulares que coram por corantes neutros;
- Possuem núcleo polilobado;
- Constituem 60 a 70% de todos os leucócitos;
- Apresentam metabolismo elevado;
- Realizam a fagocitose, são os primeiros a chegar aos tecidos infetados,
atraídos por quimiotaxia, constituindo a 1ª linha de defesa.

Eosinófilos ou acidófilos
- São granulócitos ou leucócitos granulares que coram por corantes ácidos;
- Possuem núcleo bilobado;
- Constituem cerca de 2 % de todos os leucócitos;
- Realizam a fagocitose de forma mais lenta mas são mais seletivos,
- Atuam sobre parasitas, libertando enzimas que os destroem.
Classificação dos leucócitos quanto à resposta
imunitária (Cont.)

Basófilos
- São granulócitos ou leucócitos granulares que
coram por corantes básicos;
- As suas dimensões são semelhantes aos neutrófilos
com núcleo volumoso,
irregular e retorcido (S);
- Constituem menos de 2 % de todos os leucócitos;
- Função: Resposta inflamatória (libertação de
histamina). (Quando ativados libertam substâncias,
como a histamina, que produzem uma resposta
inflamatória);
- Também podem realizar a fagocitose.
Classificação dos leucócitos quanto à
resposta imunitária (Cont.)

• Linfócitos – São agranulócitos ou leucócitos agranulares,


com diâmetro entre 6 a 8 μm, e podem sobreviver vários
anos;
- Constituem cerca de 30 % dos leucócitos;
- Apresentam núcleo grande mais ou menos esférico,
- Resultam da diferenciação das células da medula óssea:
os linfoblastos.
- Função: Papel fundamental na imunidade.

 Linfócitos B – quando ativados diferenciam-se em


plasmócitos (que
produzem anticorpos) e em células de memória.
 Linfócitos T – Contribuem para a ativação dos linfócitos
B e reconhecem e ajudam a destruir as células infetadas por
vírus e células cancerosas e não libertam anticorpos.
 Células NK ou células assassinas naturais – atuam
contra células tumorais e células infetadas por certos tipos de
Classificação dos leucócitos quanto à resposta
imunitária (Cont.)

• Monócitos – São agranulócitos ou leucócitos agranulares, com diâmetro


entre 9 a 12μm;
- O seu núcleo geralmente é reniforme (em forma de rim) ou em forma de
ferradura;
- Constituem cerca de 5 % de todos os leucócitos, têm função de fagocitose;
- Circulam no sangue durante poucas horas e depois migram para os
tecidos,
aumentam de tamanho e transformam-se em macrófagos (estas células
fagocitárias
de grandes dimensões vivem vários meses ou anos e são muito eficientes na
fagocitose).
Mecanismos de defesa no Homem
A – Mecanismos de Defesa não específica (1ª e 2ª linha
de defesa) ou Imunidade inata ou natural

• A resposta do organismo é sempre a mesma qualquer que seja o agente invasor,


impedindo a entrada de agentes patogénicos ou destruindo-os quando penetram.
• Não se verifica especificidade nem memória.
• Esse tipo de imunidade já nasce com a pessoa e é representada por barreiras
físicas, químicas e biológicas.
Barreiras Anatómicas ou físicas (1ª linha de
defesa)
• A pele, quando inacta, é uma barreira mecânica e química para os corpos
estranhos (microrganismos , como bactérias, fungos e vírus ). Possui queratina
e células muito ramificadas que asseguram a imunidade cutânea, pois captam
corpos estranhos e degradam-nos.

• As mucosas forram as cavidades do corpo que abrem para o exterior, ou seja,


recobrem o tubo digestivo, as vias respiratórias e as vias urogenitais.
Representam uma barreira de defesa do organismo e segregam muco que
dificulta a fixação de microrganismos e a sua multiplicação. Também possuem
células especializadas na imunidade. Na superfície das mucosas são lançadas
substâncias tóxicas: ex. lisozima, que existe na saliva, no muco nasal e nas
lágrimas e digere a parede celular das bactérias, destruindo-as.

• Os pelos nasais representam uma 1ª barreira à entrada dos microrganismos e


poeiras existentes no ar inspirado.
Secreções e enzimas (1ª linha de defesa)

• O muco é segregado pelas células das mucosas das vias respiratórias


e das vias genitais e tem a função de aprisionar microrganismos.
Além disso, no muco também existe mucina que é uma substância
tóxica para os microrganismos. Na traqueia e nos brônquios existem
células com cílios que encaminham o muco com microrganismos
para o exterior.

• As secreções estomacais eliminam agentes externos agressivos que


são ingeridos com os alimentos, através do ácido clorídrico, das
enzimas do suco gástrico e do muco gástrico. O ácido clorídrico e
as enzimas do suco gástrico destroem microrganismos.

• As glândulas sudoríparas e sebáceas – produzem secreções


tóxicas para as bactérias.
Fagocitose (2ª linha de defesa)

• A fagocitose – É a ingestão ou captura, por endocitose, de partículas


(microrganismos e células ou restos de células), realizada por alguns leucócitos
que emitem pseudópodes que englobam as partículas formando uma vesícula -
vesícula fagocítica ou fagossoma. Esta vesícula funde-se com um lisossoma,
formando o vacúolo digestivo ou fagolisossoma, cujas enzimas fazem a
digestão intracelular dessas partículas. Muitas vezes a fagocitose ocorre no
contexto de uma resposta inflamatória, limitando ou parando a invasão
microbiana.

• As etapas da fagocitose são: a adesão (interação da membrana celular do


leucócito com o corpo estranho), a ingestão (formação do fagossoma), a digestão
(fusão do fagossoma com um lisossoma que contém enzimas digestivas) e a
exocitose (expulsão dos resíduos).

• Os leucócitos que realizam a fagocitose são os fagócitos, sobretudo os


neutrófilos e os monócitos que se diferenciam em macrófagos.

• A fagocitose ocorre geralmente no contexto de uma resposta inflamatória


que, por sua vez, é desencadeada por substâncias químicas (ex: histamina)
Resposta inflamatória
(2ª linha de defesa)
• Resposta inflamatória – consiste numa sequência de acontecimentos que visam
inativar ou destruir microrganismos patogénicos ou agentes físicos ou químicos,
que conseguiram ultrapassar as barreiras físicas de defesa do organismo.

• É a resposta do organismo a ferimentos ou infeções, caracterizada clinicamente


por calor, edema e rubor e fisiologicamente por vasodilatação e aumento da
fagocitose.
Etapas da Resposta inflamatória
• 1. Produção e libertação de histamina e outros mediadores químicos pelos mastócitos,
basófilos e pelas células lesionadas, que provoca vasodilatação e aumento da sua
permeabilidade.

• 2. Dilatação dos capilares sanguíneos (vasodilatação) que aumenta o fluxo de sangue


para a zona afetada provocando calor e rubor (ruborização).

• 3. Aumento da permeabilidade dos capilares que promove maior saída de plasma e


leucócitos, nomeadamente, neutrófilos e monócitos (que se transformam em macrófagos)
que vá realizar fagocitose. Aumenta a quantidade de fluxo intersticial que provoca edema
na região, maior sensibilidade e dor(causada pela ação de substâncias químicas nas
terminações nervosas locais e pela distensão dos tecidos).

• 4. Os neutrófilos e os monócitos (que dão origem aos macrófagos) são atraídos por
quimiotaxia, deixam os vasos sanguíneos por diapedese e dirigem-se aos tecidos
infetados. Os neutrófilos são os primeiros a chegar e começam a realizar a fagocitose dos
agentes patogénicos. Depois chegam os monócitos que se diferenciam em macrófagos.
Estes fagocitam os agentes patogénicos, os neutrófilos destruídos e as células danificadas.

- O pus que se acumula no local da infeção é formado por microrganismos, fagócitos mortos,
proteínas e fluído que saíram dos vasos sanguíneos. O pus é absorvido e, ao fim de alguns
dias, verifica-se a cicatrização e a regeneração dos tecidos.
- Quimiotaxia – Migração de células imunitárias (ex. neutrófilos e macrófagos)
atraídas por sinais químicos produzidos e libertados por células lesionadas, basófilos
e mastócitos.

- Diapedese – é a capacidade que os leucócitos têm de se deformarem e


atravessarem as paredes dos capilares para migrarem para os tecidos infetados.
O pus é formado por microrganismos, fagócitos que morreram após destruírem vários agentes
patogénicos, proteínas e fluído que saíram dos vasos sanguíneos.
Resposta Sistémica (2ª linha de defesa)

• A Resposta sistémica ocorre quando a resposta inflamatória local não é


suficiente, ou seja, quando os agentes patogénicos são muito agressivos é
acionado uma resposta sistémica (reação inflamatória sistémica) que
ocorre em várias partes do organismo provocando:
- aumento do nº de leucócitos em circulação, que resulta da estimulação
da medula óssea vermelha por substâncias químicas produzidas pelas
células lesadas;
- febre, que pode ser provocada por toxinas produzidas pelos agentes
patogénicos ou por pirógenos ou substâncias pirogénicas (compostos
produzidos por alguns leucócitos).

. A febre moderada contribui para a defesa, porque estimula a fagocitose,


a reparação dos tecidos lesados, inibe a multiplicação de alguns
microrganismos e acelera as reações do organismo;
Interferão – 2ª linha de defesa

• Interferão – É uma proteína produzida por certos tipos de células


quando são infetadas por vírus e também pode ser produzida por certos
linfócitos T ativados.

• Atua:
- Limitando a proliferação dos vírus;
- Estimulando os fagócitos a destruir os microrganismos.

• Não têm uma ação direta sobre o vírus, pois o interferão, em si, não é
antivírico mas estimula células a produzir proteínas antivirais que
bloqueiam a replicação do vírus.

• O interferão não é específico, pois induz a produção de proteínas que


podem inibir a multiplicação de vírus muito diferentes.
Ação antiviral do interferão

1 - A célula infetada por um vírus produz interferão que é libertado, ligando-se à membrana de
outras células que são estimuladas a produzir proteínas antivirais, as quais bloqueiam a replicação
do vírus.
2 - O interferão não tem uma ação antiviral direta porque não é o interferão que bloqueia a
replicação do vírus. O interferão estimula células a produzir proteínas antivirais que impedem a
replicação vírica.
Sistema de complemento (2ª Linha de defesa)

Sistema de complemento é um conjunto de 20 proteínas produzidas no fígado e que


circulam no plasma na forma inativa. Este sistema pode ser ativado:
- diretamente por alguns agentes patogénicos;
- ou pela ligação de um anticorpo a um antigénio.

• A ativação da primeira proteína do sistema desencadeia uma cascata de reações,


na qual cada proteína ativa a seguinte.
• Lise das células invasoras – algumas proteínas do sistema de complemento
(perforinas) fixam-se na parede das bactérias criando poros que promovem o
rompimento e morte das bactérias.
• Recobrimento – recobrem os agentes patogénicos dificultando a sua mobilidade
e permitindo que a fagocitose ocorra mais facilmente.
• Quimiotaxia – atraem leucócitos ao local da infeção.
• Estimulam a resposta inflamatória – funcionando como sinalizadores químicos.
Ações do sistema de complemento
B – Mecanismos de defesa específica (3ª linha de
defesa) ou Imunidade adquirida ou adaptativa

♥ Inclui um conjunto de processos através dos quais o organismo reconhece


os agentes invasores e os destrói de uma forma dirigida e eficaz.
♥ É a defesa adquirida ao longo da vida, tais como anticorpos e vacinas.
♥ Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo
de fazer evoluir as defesas do organismo.
♥ Verifica-se especificidade e memória.
♥ Ao contrário do que acontece com a defesa não específica a resposta do
organismo ao agente invasor melhora a cada novo contacto.
♥ Estes mecanismos são desencadeados alguns dias após o início da invasão
de agentes patogénicos.
♥ Assenta na ação dos linfócitos B e T.

♥ Existem dois tipos de imunidade adquirida:


- Imunidade humoral ou imunidade mediada por anticorpos
- Imunidade celular ou imunidade mediada por células
Imunidade adquirida (Cont.)
Antigénios ou antigenes

Antigénios ou antigenes – são


componentes moleculares estranhos
capazes de desencadear uma resposta
imunitária específica de um linfócito.

♣ Os antigénios podem estar na superfície dos organismos


patogénicos.
♣ A maioria são proteínas ou polissacarídeos que existem na
superfície de microrganismos invasores.
♣ Podem ser moléculas solúveis (toxinas).
♣ Também podem ser moléculas presentes no pólen e no
pelo de animais e células transplantadas, etc.
♣ Um antigénio possui várias regiões capazes de serem
reconhecidas pelas células do sistema imunitário. Cada uma
dessas regiões designa-se determinante antigénico ou
epítopo (certos antigénios possuem muitos epítopos
diferentes na sua superfície).
Imunidade adquirida (Cont.)
Formação e Diferenciação dos Linfócitos

As principais células que intervêm na defesa imunitária específica são os


linfócitos B e T, que se formam na medula óssea vermelha, a partir dos linfoblastos.

1- Linfócitos B – formam-se e diferenciam-se na medula óssea vermelha onde


adquirem os recetores específicos de antigénios. Passam para o sangue e podem migrar
para um tecido linfóide secundário (Baço, gânglios linfáticos, amígdalas). Os linfócitos
B são responsáveis pela imunidade humoral (ou imunidade mediada por anticorpos).

2- Linfócitos T – formam-se na medula óssea vermelha depois migram para o timo


onde sofrem maturação, ou seja, adquirem os recetores específicos de antigénios.
Passam para o sangue e podem migrar para um tecido linfóide secundário (baço,
gânglios linfáticos, amígdalas…). Os linfócitos T são responsáveis pela imunidade
celular (ou imunidade mediada por células)

Células ou linfócitos imunocompetentes – são linfócitos B e T depois de adquirirem


os respetivos recetores de antigénios específicos.
Imunidade adquirida (Cont.)
Formação e Diferenciação dos Linfócitos
Imunidade adquirida (Cont.)

Uma resposta imunitária específica contra invasores estranhos engloba três


funções importantes:

- Reconhecimento – o invasor (antigénio) é reconhecido como um corpo


estranho, por linfócitos B ou T.

- Reação – o sistema imunitário reage, preparando os agentes específicos que


vão intervir no processo.

- Ação – os agentes do sistema imunitário neutralizam ou destroem células ou


corpos estranhos.
Imunidade Adquirida (Cont.)
Imunidade Humoral ou imunidade mediada por anticorpos
• A defesa do organismo, através da imunidade humoral, envolve os seguintes
acontecimentos:
1- Reconhecimento de determinantes antigénicos por linfócitos B, ou seja, ativação
dos linfócitos B – estes reconhecem uma enorme variedade de antigénios específicos
como bactérias, toxinas produzidas por bactérias, vírus e moléculas solúveis.

2- Ativação do clone de linfócitos B (que entra em divisão celular) – é o conjunto de


linfócitos B com o mesmo tipo de recetores, que tiveram origem na multiplicação de
uma célula, sendo capazes de reconhecer o mesmo antigénio.

3- Diferenciação em plasmócitos (que produzem anticorpos) e em células B de


memória.

4- Interação dos anticorpos com o antigénio e a sua destruição.

5- Morte dos plasmócitos e degradação dos anticorpos, após a destruição do


antigénio, diminuindo a sua concentração no sangue.
Imunidade Humoral (Cont.)

- Células B de memória são linfócitos B que proliferam após seleção clonal, mas que não
se diferenciam em plasmócitos, ficam inativos, têm vida longa e desencadeiam uma
resposta imunitária secundária, estando prontos a reagir rápida e eficazmente no caso de o
antigénio reaparecer no organismo.
- Plasmócitos – são linfócitos B diferenciados, de vida curta que segregam anticorpos, que
são libertados no sangue e na linfa.
Imunidade Humoral (Cont.)
Anticorpos ou Imunoglobulinas (Ig)

♫ São proteínas específicas produzidas pelos plasmócitos que circulam no


sangue e na linfa, podendo estar integradas como recetores nas membranas dos
linfócitos B.

♫ Combinam-se especificamente com o antigénio que estimula a produção desse


anticorpo, formando um complexo antigénio-anticorpo.

♫ Apresentam estrutura em forma de Y.

♫ Cada imunoglobulina é constituída por 4 cadeias polipeptídicas que se


encontram ligadas por pontes e dissulfito:
- duas cadeias mais longas designadas por cadeias pesadas ou H
- duas cadeias curtas denominadas cadeias leves ou L.
Imunidade Humoral (Cont.)
Anticorpos ou Imunoglobulinas (Ig)

♫ As cadeias polipeptídicas possuem uma região constante e duas regiões


variáveis.
- A região constante é uma região em que a sequência de aminoácidos é muito
semelhante em todos os anticorpos. É a região que interatua com outros
elementos do sistema imunitário e determina a classe a que pertence o anticorpo
ou imunoglobulina.

- As regiões variáveis são as porções terminais das cadeias leves e pesadas,


onde existe uma sequência de aminoácidos distinta e própria de cada tipo de
anticorpo, conferem especificidade de ligação antigénio-anticorpo e constituem
os sítios de ligação ao antigénio.
Estrutura dos
Anticorpos ou Imunoglobulinas (Ig)

O elevado grau de especificidade no local de ligação do anticorpo a um antigénio resulta


de dois fatores:
- Em primeiro lugar, a sua estrutura é complementar da estrutura de um antigénio;
- Em segundo lugar, nesse local toda a estrutura química favorece o estabelecimento de forças
eletrostáticas, de ligação entre o anticorpo e o antigénio.
Só um anticorpo que contém uma sequência particular de aminoácidos na zona variável
pode ligar-se com determinado antigénio, formando um complexo antigénio-anticorpo ou
complexo imune.
Atuação dos anticorpos

Neutralização: impedem a mobilidade, multiplicação e capacidade de infeção.


Aglutinação: juntam os agentes infeciosos em grandes aglomerados.
Precipitação: apenas para substâncias solúveis.
Classes de Imunoglobulinas
Importância das análises clínicas na
vigilância do sistema imunitário

- Se o número de hemácias for abaixo do normal significa que há


indícios de anemia, pois o número destas células e a quantidade de
hemoglobina estão abaixo do normal.

- Se o número de leucócitos, nomeadamente dos neutrófilos, for


acima do normal significa que a pessoa pode ter tido um processo
infecioso recente.

- Se o número de imunoglobulina E (IgE) for acima do normal


significa que tem problemas de alergia.
Imunidade Celular ou Imunidade mediada por
células
- A imunidade celular é mediada pelos linfócitos T e é particularmente efetiva na
defesa do organismo contra agentes patogénicos intracelulares, pela destruição de
células infetadas e contra células cancerosas (vigilância imunitária). Também é
responsável pela rejeição de enxertos e de transplantes.
Fases da Imunidade Celular
1 - Seleção clonal (ativação dos linfócitos T) - A imunidade celular tem início com a
apresentação do antigénio aos linfócitos T, ou seja, as células apresentadoras de antigénios
estranhos ativam os linfócitos T.

Células apresentadoras de antigénios – são células do próprio organismo que apresentam


antigénios estranhos aos linfócitos T, ativando-os. Podem ser macrófagos (que fagocitaram
bactérias ou vírus), células infetadas por vírus ou por bactérias, células cancerosas ou
linfócitos B.

Os linfócitos T são ativos contra parasitas multicelulares, fungos, células infetadas por
bactérias ou vírus, células cancerosas, tecidos enxertados e órgãos transplantados.
Antigénios self – antigénios do próprio organismo.
Antigénios non-self – antigénios estranhos ao organismo.

2 - Proliferação clonal – Os linfócitos T ativados entram em divisão celular formando mais


linfócitos T com os mesmos recetores específicos.

3 - Diferenciação – Os clones de linfócitos T dividem-se e diferenciam-se em:


- linfócitos T efetores ou linfócitos T citotóxicos (TC)
- linfócitos T auxiliares (TH)
- linfócitos T de memória ou células T de memória.
Ação dos linfócitos T efetores ou linfócitos T
citotóxicos (TC)
► Uns produzem substâncias químicas tóxicas (perforinas - proteínas que formam poros na
membrana citoplasmática, provocando a lise celular) que matam células portadoras de
antigénios estranhos, como por ex. células infetadas por vírus ou bactérias e células
cancerosas;
► Outros ativam os linfócitos B estimulando a imunidade humoral;
► Outros moderam ou suprimem a resposta imunitária (tanto de linfócitos B como de
linfócitos T) quando a infeção já está debelada (vencida).
Linfócitos T a atacar e a destruir uma célula
cancerosa:
Ação dos linfócitos T auxiliares (TH )
- Estes linfócitos tem um papel importante, pois os seus sinais químicos estimulam a expansão
clonal e ativam os linfócitos TC e os linfócitos B (para produzirem mais anticorpos),
promovendo também a fagocitose, portanto, os linfócitos TH auxiliam tanto na imunidade
celular como na humoral.

Ação dos linfócitos T de memória


- Estes linfócitos têm a função de desencadear uma resposta mais rápida e vigorosa num 2º
contacto com o mesmo antigénio.
Cooperação entre os intervenientes da resposta
imunitária específica
Porque ocorre, por vezes, a rejeição de enxertos?
A imunidade celular ou mediada por células também é responsável pela rejeição que
ocorre quando se efetua um implante de tecidos ou transplantes de órgãos.

A rejeição ocorre porque o tecido ou órgão transplantado possui, na superfície das


células, antigénios diferentes dos do indivíduo recetor.
O sistema imunitário, ao detetar a presença de corpos estranhos, desenvolve uma
resposta imunitária de forma a produzir substâncias capazes de destruir as células estranhas.

Diminuição do risco de rejeição

Para minimizar as reações de rejeição no organismo humano procuram-se tecidos ou


órgãos que sejam, tanto quanto possível, compatíveis com as características bioquímicas do
recetor.
O dador desses tecidos ou órgãos deve ser, de preferência, ele próprio ou indivíduos
compatíveis relativamente aos seus antigénios para evitar a rejeição.
Além disso, após o transplante, são ministrados imunossupressores (drogas que
suprimem a resposta imunitária), mas estas drogas, como são pouco seletivas, tornam os
indivíduos transplantados mais vulneráveis a infeções e ao desenvolvimento de certos tipos de
cancro.
Resposta imunitária
- Resposta imunitária Primária – ativação de linfócitos B e/ ou T pela primeira exposição
a um antigénio, que se multiplicam e originam linfócitos T efetores (células efetoras) ou
linfócitos T citotóxicos (TC) e células de memória. Ocorre nos primeiros dias após a
exposição ao antigénio.
Após a doença permanecem as células de memória armazenadas no baço e nos
gânglios linfáticos. (O 1º contacto do organismo com um antigénio origina uma resposta
imunitária primária, durante a qual são ativados linfócitos B e/ou T que se diferenciam em
células efetoras e células de memória)

- Resposta imunitária Secundária – ativação de linfócitos B e / ou T de memória por nova


exposição ao mesmo antigénio que é mais rápida, mais intensa e mais prolongada do que a
resposta imunitária primária. (Eliminando o antigénio, as células efetoras desaparecem. As
células de memória permanecem no organismo e dão origem a uma resposta imunitária
secundária, mais rápida, intensa (vigorosa) e prolongada, num 2º contacto com o mesmo
antigénio. Esta propriedade designa-se memória imunitária.

Memória imunitária é a capacidade do sistema imunitário reconhecer o antigénio e


produzir uma resposta imunitária secundária. É específica para um determinado
antigénio.
Memória imunitária
Imunização

- A imunização é a aquisição de proteção imunológica contra um agente patológico,


antigénio, para que quando o organismo entrar em contacto com o antigénio, o
sistema imunitário responda de forma imediata e o organismo não chegue a
desenvolver a doença causada pelo antigénio - imunidade adquirida.

- A imunidade adquirida pode ser ativa se perdurar muito anos ou passiva se


for temporária.
- A imunidade pode desenvolver-se naturalmente ou pode ser induzida.
Imunização (Cont.)
Imunidade induzida através de vacinas
(imunidade ativa)

- Uma vacina é uma solução preparada com antigénios (agentes


patogénicos) tornados inofensivos (mortos ou atenuados ou toxinas
inofensivas).

- A vacina desencadeia no organismo uma resposta imunitária


primária e formam-se células de memória (imunidade ativa – o efeito
é duradoiro).
Imunidade induzida através de anticorpos específicos
(imunidade passiva)

Soros e anticorpos

- Soros - são soluções que contêm anticorpos, retirados do plasma de indivíduos que
já estiveram expostos a esse antigénio (imunidade passiva – o efeito é temporário -
dura apenas algumas semanas).

- A sua ação é temporária, o indivíduo não produz anticorpos e pode acarretar


riscos.
Exemplo: o tétano, mordeduras de cobras, etc.

- Este tipo de imunidade é usada quando é urgente uma proteção rápida.


Exemplos de imunidade induzida através de anticorpos
específicos - imunidade passiva

- É o caso dos recém-nascidos que nascem com anticorpos (da classe IgG) que
conseguem atravessar a placenta da mãe e permanecem ativos durante cerca de
3 meses. Se forem amamentados, há também anticorpos (da classe IgA) que
vêm com o leite, dando ao bebé mais resistências ao nível do aparelho
digestivo.

- Um outro exemplo são as injeções dadas a todos aqueles que pretendem viajar
para locais cuja salubridade é baixa.
Incompatibilidade sanguínea

- Os anticorpos (aglutininas) presentes no plasma são da classe IgM e podem


ligar-se ao sistema complemento e provocar a lise das hemácias.

- Para determinação do grupo sanguíneo, existe na espécie humana três genes


alelos (A, B e i) e quatro tipos diferentes de sangue (A, B, AB e O).

- Os genes alelos A e B são codominantes e quando estão juntos surge o grupo


sanguíneo é AB (recetor universal).

- O grupo O é determinado pelo genótipo homozigótico recessivo (ii) e é o dador


universal.

- Entre os alelos A e B não existe dominância e os alelos A e B dominam sobre i.


Incompatibilidade sanguínea (Cont.)

- As hemácias do corpo humano possuem na sua superfície diferentes


antigénios ou aglutinogénios e o plasma pode conter anticorpos ou aglutinas
para antigénios ausentes.

- Numa transfusão sanguínea se o dador tiver anticorpos para o sangue do


recetor, ocorre uma incompatibilidade sanguínea e dá-se a lise celular.

- Uma incompatibilidade sanguínea produz uma reação transfusional imediata,


em que os anticorpos do recetor aglutinam as hemácias do dador. Esta reação
ocorre no sistema sanguíneo ABO.

- Reação transfusional – aglutinação das hemácias do dador pelos anticorpos


(aglutininas) do recetor.

- Na medida do possível as transfusões sanguíneas devem ser do próprio


indivíduo ou o sangue do dador deve ser do mesmo grupo do sangue do
recetor (transfusões isogrupais) .
Incompatibilidade sanguínea (Cont.)

- Para que se possa fazer uma transfusão sanguínea é necessário que se conheça o
tipo de sangue do dador e do recetor.

- Tem de se determinar o grupo sanguíneo em relação ao sistema ABO (que pode


ser A, B, O ou AB) e em relação ao sistema Rhesus (que pode ser Rh+ ou Rh-).

- Os tipos de sangue mais raros são B e AB e os mais comuns são A e O.

Compatibilidade dos tipos de sangue


Incompatibilidade sanguínea na gravidez
Doença hemolítica do recém- nascido ou eritroblastose fetal

- Eritroblastose fetal é uma doença hemolítica causada pela incompatibilidade


do sistema Rh do sangue materno e fetal.

- Manifesta-se quando há incompatibilidade sanguínea referente ao Rh entre mãe


e feto, ou seja, quando a mãe é Rh- e o feto é Rh+.

- Uma mulher Rh- que gere um filho Rh+ , normalmente, não tem problemas
durante a 1ª gravidez porque não possui anticorpos anti-Rh.

- Durante a gestação há intercâmbio de substâncias através da placenta, mas não


de células sanguíneas. No entanto, durante o parto, há rutura da placenta e
algumas hemácias Rh+ do sangue do filho passam para o sangue da mãe Rh-.
Os aglutinogénios Rh presentes nas hemácias do filho sensibilizam o
organismo da mãe a produzir anticorpos anti-Rh.
Incompatibilidade sanguínea na gravidez
Doença hemolítica do recém- nascido ou eritroblastose fetal
(Cont.)

- Numa 2ª gravidez em que a criança seja Rh+ os anticorpos anti-Rh já produzidos podem
atravessar a placenta e provocar a lise (destruição) das hemácias da criança originando a
morte do feto ou recém-nascido (doença hemolítica do recém- nascido ou eritroblastose
fetal). O mesmo se passará com as gravidezes seguintes de crianças Rh+.

- Tratamento:
A injeção de uma certa quantidade de anticorpos anti-Rh na circulação materna, até
72 horas após o parto, destruirá as hemácias fetais, impedindo a sensibilização do
organismo materno e permitindo uma gravidez seguinte sem problemas.
Doenças e Desequilíbrios do Sistema Imunitário

• Hipersensibilidade ou Alergias – reação


demasiado violenta do sistema imunitário a
antigénios ambientais.

• Doenças Auto–imunes - o sistema imunitário


ataca alguns tecidos do próprio organismo.

• Imunodeficiências – respostas insuficientes do


sistema imunitário: imunodeficiência congénita e
imunodeficiência adquirida.
Alergias

• As alergias - são estados de hipersensibilidade imunitária


traduzidos por reações exageradas a determinados antigénios
do ambiente. As reações produzem inflamações, outros
sintomas e mesmo a morte - choque anafilático.

• Choque anafilático - reação alérgica extremamente severa em


que se verifica um rápido aumento da dilatação e da
permeabilidade dos vasos sanguíneos, levando a uma queda
brusca da pressão arterial, podendo causar a morte.

• Alergénios - são substâncias presentes no ambiente que


desencadeiam alergias em certas pessoas, em que se
comportam como antigénios. Ex. Ácaros, pó, pólen, esporos,
partículas de pelos e penas, alguns produtos químicos e alguns
produtos alimentares, venenos de insetos e por vezes, vacinas,
antibióticos e outros medicamentos.
Mecanismos de hipersensibilidade
(reação alérgica)
• 1 - Fase de sensibilização: 1ª exposição ao alergénio, geralmente não
produz sinais ou sintomas, mas os linfócitos B diferenciam-se em
plasmócitos que produzem anticorpos Ig E específicos para esse
antigénio. O anticorpo ou imunoglogulina Ig E liga-se aos mastócitos e
basófilos que ficam sensibilizados para esse antigénio.

• 2 - Resposta Secundária: 2ª exposição ao alergénio que se liga ao


anticorpo Ig E dos mastócitos e dos basófilos sensibilizados ativando-
os e provocando a libertação de histamina e outros mediadores
químicos que desencadeiam uma reação inflamatória intensa:
vasodilatação, edema e afluxo de células fagocitárias.

• Pode manifestar-se por asma, rinite, urticária, etc.


Tipos de Hipersensibilidade - Hipersensibilidade
Imediata
• Manifesta-se logo após o contacto com o alergénio e é a forma de alergia
mais frequente.

• Resulta da síntese de imunoglobulina E (Ig E), que é produzida em


grande quantidade e que se vai ligar a um determinado alergénio, como
pólen, veneno de insetos, pó …

• Os mastócitos e os basófilos ligam-se à IgE fazendo com que haja uma


grande libertação de histamina e outros mediadores químicos.
• As histaminas provocam vasodilatação, inflamações e dificuldades
respiratórias.
• Sintomas: Espirros, obstrução nasal, coriza (secreção nasal aquosa), tosse
repetida…
• Trata-se com anti-histamínicos, mas se a reação alérgica não for tratada
pode mesmo provocar a morte em situações mais graves.
Tipos de Hipersensibilidade - Hipersensibilidade
imediata (Cont.)
Tipos de Hipersensibilidade: Hipersensibilidade
tardia
• Inicia-se, no geral, mais de 12 horas após a exposição ao antigénio.

• Essa hipersensibilidade é devida a reação imunitária mediada por células.

• Por vezes essa resposta pode ser intensa e por isso é capaz de ativar
macrófagos e lesionar tecidos (ex.: quando as bactérias que causam a
tuberculose invadem os pulmões).

• Ex.: de hipersensibilidade tardia: alergias de contacto, as quais,


frequentemente, estão associadas ao contacto direto e repetido de
substâncias como a lixívia, os cosméticos, o cimento, as tintas, os metais
e os medicamentos de aplicação tópica.
• Podem manifestar-se por eczemas, granulomas e lesões cutâneas.
Testes de alergologia

• Testes de alergologia ou testes de hipersensibilidade a alergénios - são


testes cutâneos de deteção de sensibilidades a alergénios comuns.

• Consistem na inoculação de uma série de possíveis alergénios na região


subcutânea.

• Se o indivíduo for hipersensível desenvolve uma inflamação nessa zona,


visível através de edema e da ruborização.

• É importante efetuarmos esses testes para determinar a que alergénios


somos alérgicos.
Doenças auto-imunes
• Autoimunidade - é a proteção do organismo contra si próprio.

• Na autoimunidade, as defesas do organismo são dirigidas contra as


células do próprio organismo, que não as reconhece, atacando-as e
destruindo-as como se fossem estranhas.

• Normalmente, a autoimunidade é apenas referida negativamente por estar


associada a doenças. No entanto, a resposta autoimunitária faz parte do
quotidiano do organismo na manutenção da sua homeostasia, como por
exemplo, na destruição e a remoção das hemácias ao fim do seu tempo de
vida (125 dias).

• Doenças Auto-imunes - são doenças que resultam de uma resposta


autoimunitária dirigida contra os próprios tecidos do organismo, ou seja,
de uma reação de hipersensibilidade do sistema imunitário contra
antigénios próprios.
Doenças auto-imunes (Cont.)

• As doenças auto-imunes ocorrem quando há uma quebra na


tolerância do organismo a alguns dos seus tecidos.

• Podem afetar:
- vários órgãos e tecidos do organismo, como a lupus;
- especificamente um órgão, como a diabetes.

• Os mecanismos causadores das doenças auto-imunes podem ser:


- exposição a agentes químicos tóxicos;
- infeção por certos agentes patogénicos;
- “tendência familiar” (genética);
- semelhança molecular entre os antigénios do organismo e os
antigénios estranhos, em que os linfócitos T reconhecem algo estranho no
próprio organismo.
Exemplos de doenças auto-imunes
• Diabetes melitus insulinodependente (Diabetes tipo I)

• Artrite reumatoide

• Lúpus eritematoso discoide

• Lúpus eritematoso sistémico

• Psoríase

• Esclerose múltipla ou esclerose em placas

• Febre reumática

• Glomerulonefrite

• Vitiligo
Diabetes melitus insulinodependente (tipo I)
• Doença auto-imune em que há destruição de células das ilhotas de
Langerhans do pâncreas, produtoras de insulina, mas pode ter outras
origens.
• A destruição das células das ilhotas de Langerhans é mediada por células:
anticorpos e linfócitos T, provocando uma hiperglicemia crónica.
• Costuma manifestar-se numa fase precoce da vida, na infância ou na
adolescência.
• Os indivíduos portadores desta doença, para sobreviverem, têm
administrar diariamente insulina.

- Insulina – hormona produzida por células das ilhotas de Langerhans do


pâncreas, que promove a entrada da glicose nas células, regulando a
glicemia.
- Glicemia ou glicémia é a concentração de glicose no sangue e, para
qualquer pessoa saudável, quando medida em jejum, deve estar
compreendida entre 0,8 e 1,0g/L.
Diabetes tipo 2

• Diabetes tipo 2 - é um tipo de diabetes que se pode manifestar


mais tarde, a partir dos 40 anos.

• Neste caso, o pâncreas continua a produzir uma quantidade


normal de insulina, mas como os recetores da insulina nas
células-alvo diminuem, essas células não respondem à
presença de insulina e, portanto, não absorvem a glicose, cuja
concentração no sangue aumenta.
Sintomas da Diabetes tipo I e Tipo II
• Poliúria (urinar muito e em grandes quantidades);
• Polidipsia (muita sede);
• Polifagia (muita fome);
• Emagrecimento rápido;
• Dores musculares fortes;
• Dores de cabeça;
• Vómitos e náuseas.

- A diabetes pode não dar sintomas, mas na realidade os órgãos internos (olhos, rins,
nervos e em geral todo o aparelho circulatório) estão a deteriorar-se como
consequência de um mau aproveitamento.

Complicações da diabetes:
• Cegueira;
• Doença cardíaca;
• Doença renal;
• Problemas circulatórios.
Artrite Reumatoide
• É uma doença auto-imunes em que há destruição da cartilagem articular,
através de anticorpos, provocando inflamações extensas e dolorosas das
articulações o que causa a sua deformação. (É uma inflamação das
articulações).

• Há uma atividade deficiente do inibidor CTLA4, que impede que os


linfócitos T reajam com antigenes próprios. Há um excesso de infiltração
de leucócitos.
Lúpus
- Existem três tipos de Lúpus: o Lúpus pernio, o Lúpus vulgaris e o Lúpus
eritmatoso.
- O mais conhecido é o Lúpus eritmatoso, que se divide também noutros três tipos:
- Lúpus eritmatoso discóide (LED);
- Lúpus eritmatoso sistémico (LES);
- Lúpus eritmatoso induzido por drogas.

Lúpus eritematoso discoide (LED)


- É uma doença crónica, auto-imune caracterizada por manchas arredondadas
vermelhas na pele (da cara, couro cabeludo e orelhas, mas também podem
aparecer na parte superior do tronco, no dorso dos braços e nas canelas) e por
alterações pigmentares, portanto afeta somente a pele.
- Pode utilizar-se uma proteção solar como medida preventiva e aplicar um creme
receitado pelo médico.
- A causa desta doença é desconhecida e é mais frequente no sexo feminino, por
volta dos 30 anos de idade.
- 10% destes casos evoluem para lúpus eritematoso sistémico.
Lúpus eritematoso sistémico (LES)

- É uma doença auto-imune em que o paciente


produz anticorpos que reagem contra as suas
células normais e contra diversos tipos de
moléculas do organismo, incluindo o DNA.

- É o tipo mais grave e potencialmente fatal.


- Atinge a pele, as articulações, os rins, o coração,
os pulmões, o sangue e o sistema nervoso.
- Caracteriza-se por manchas e erupções na pele
que se podem tornar permanentes, ou aparecer e
desaparecer espontaneamente durante anos.
- A mancha na face em forma de borboleta (que é
indolor apresentando apenas uma leve
comichão) é característica desta doença.
Lúpus eritematoso sistémico (Cont.)
- A pessoa torna-se alérgica a ela própria.
- Afeta pessoas de todas as idades, raças e sexos, mas sobretudo as mulheres
entre os 15 e os 45 anos.
- É mais comum nas pessoas que não têm descendência europeia (exemplo:
negros e chineses).
Psoriase

• É uma doença auto-imune incurável, crónica e hiperproliferativa da


pele, de etiologia desconhecida.
• Manifesta-se com a inflamação nas células da pele, provocando o
aumento exagerado da sua produção, que se acumula na superfície
formando placas avermelhadas de escamação esbranquiçadas ou
prateadas.
• O sistema de defesa local, formado pelos linfócitos T, é ativado
como se a região cutânea tivesse sido agredida. Em consequência,
libertam substâncias mediadoras da inflamação, chamadas citocinas
que aceleram o ritmo de proliferação das células da pele.
Esclerose múltipla ou esclerose em placas
• Doença auto-imune do sistema nervoso em que há destruição da mielina, de
axónios e de células nervosas, provocada por linfócitos T e por anticorpos
produzidos por linfócitos B e, portanto, envolve reações mediadas por
linfócitos T e B sobre duas das principais proteínas das bainhas da mielina.

• Causa lesões progressivas no sistema nervoso e afeta jovens adultos (entre os


20 e os 40 anos).
• Esta doença tem como principais alterações neurológicas: perturbações
sensitivas, formigueiros, falta de acuidade visual, desequilíbrio, dificuldade
motora dos membros inferiores, …

• Na maioria das pessoas, as referidas alterações neurológicas (ou sintomas),


alternam com períodos de remissão, mas, por vezes, cada crise, que pode durar
vários dias ou mesmo semanas, deixando sequelas graves.
Febre reumática
• É um surto infecioso tardio de uma infeção causada por uma
bactéria, surge 15 dias após uma amigdalite.
• Na membrana que envolve a bactéria patogénica existe a
proteína M que é idêntica a proteínas dos tecidos articulares,
neurológicos e cardíacos, pelo que os anticorpos vão atacar não
só a proteína M como as outras idênticas, do próprio organismo.

• Os sintomas são dores articulares com sinais de infeção (edema,


calor, dor e vermelhidão) podem surgir manifestações cardíacas
(sopro) ou movimentos descoordenados.

Glomerulonefrite
• Doença inflamatória causada pela produção de anticorpos que
atacam os glomérulos renais.
• Pode provocar insuficiência renal.
Vitiligo ou leucoderma

• Vitiligo é a perda da pigmentação da pele, devido ao ataque


auto-imune do sistema imunitário do indivíduo aos
melanócitos.
• O vitiligo, geralmente, começa na fase adulta com manchas de
pele despigmentada aparecendo nas extremidades. As manchas
podem crescer ou permanecer com tamanho constante.
Ocasionalmente, pequenas áreas podem repigmentar quando
forem recolonizadas por melanócitos.
Imunodeficiências

As imunodeficiências são doenças que afetam o sistema


imunitário, originando falhas que podem ser aproveitadas por organismos
patogénicos oportunistas.
• Os Indivíduos que apresentam imunodeficiências:
- Não possuem linfócitos T ou têm défice destas células: afeta a
imunidade mediada por células, são muito sensíveis a infeções de vírus
e bactérias intracelulares.
- Não possuem linfócitos B ou têm défice destas células: afeta a
imunidade humoral, estão sujeitos a infeções extracelulares de bactérias,
vírus e outros agentes.

- Não possuem linfócitos B nem linfócitos T: é a imunodeficiência mais


grave (Imunodeficiência Combinada grave - SCID).

- Têm deficiência de fagócitos ou de outros elementos do sistema


imunitário: como todos os agentes do sistema imunitário interagem,
desde que um deles falte, todas as linhas de defesa ficam perturbadas.
Tipos de Imunodeficiências: Imunodeficiência
congénita ou inata
• É uma imunodeficiência inata. A mais grave é a Imunodeficiência
Combinada grave - SCID, em que a criança nasce sem linfócitos
B e sem linfócitos T.
• Os indivíduos com esta deficiência ficam extremamente
vulneráveis e apenas sobrevivem em ambientes completamente
estéreis.

• Os tratamentos possíveis são a terapia génica somática e o


transplante de medula óssea vermelha.
Tipos de Imunodeficiências: Imunodeficiência
Adquirida

• É uma imunodeficiência que pode resultar de uma má


nutrição, de muito tipos de cancro, de doenças malignas que
afetam a medula óssea vermelha ou o timo e da infeção pelo
vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) que pode
levar à SIDA.

Vírus HIV
SIDA (Síndroma de Imunodeficiência
Adquirida)

• SIDA (Síndroma de Imunodeficiência Adquirida) – É causada pelo HIV,


vírus da imunodeficiência humana, que destrói os linfócitos TH ,
macrófagos, células do sistema nervoso (provocando demências) e células
do intestino (originando diarreias crónicas). Tudo isto enfraquece
progressivamente o sistema imunitário, deixando o organismo muito
suscetível a doenças “oportunistas” e a cancros.

• O HIV é um retrovírus, isto é, possui RNA como suporte da informação


genética. Para poder introduzir os seus genes no DNA da célula hospedeira,
recorre à enzima transcriptase reversa, que transcreve o RNA para DNA.
Esta molécula de DNA complementar é incorporada no DNA da célula
hospedeira.
SIDA (Cont.)
• O vírus pode manter-se inativo durante períodos mais ou
menos longos e quando ativo, o DNA viral, ao penetrar no
núcleo da célula infetada, mistura-se com o DNA da célula,
esta começa a produzir o RNA viral, originando proteínas para
criar novos vírus que irão infetar novas células.
SIDA (Cont.)

• Um indivíduo infetado pelo HIV reage à sua presença produzindo


anticorpos – é, portanto, seropositivo.

• Mas os vírus que se encontram no interior de células infetadas


(hospedeiras) escapam à ação dos anticorpos, por isso, não há cura
nem vacina para a doença.

• A progressão da doença pode ser retardada por drogas inibidoras da


transcriptase reversa (AZT) e das proteases e inibidores da ligação
do vírus às células hospedeiras.

• Um indivíduo seropositivo, mesmo sem sintomas clínicos, pode


transmitir o HIV.
Ação do vírus HIV
Ação do vírus HIV
Formas de Transmissão do vírus HIV
- Transmissão horizontal – é a principal forma de transmissão em todo o mundo
e acontece através de relações sexuais desprotegidas e exposição a fluídos ou
tecidos corporais contaminados. A transmissão ocorre no contacto com secreções
sexuais nos genitais, reto e mucosa da boca. O sexo anal é o que apresenta mais
risco, seguido do sexo vaginal. O sexo oral é considerado o de menor risco,
porém aumenta se a ejaculação ocorrer na boca, por causa da exposição ao
esperma.
- Transmissão pelo contacto com sangue infetado através da partilha de
seringas, agulhas, escova de dentes, lâminas de barbear e/ou material cortante.
- Transmissão vertical - da mãe infetada para o filho durante a gravidez, parto
e/ou amamentação.
Formas de transmissão e não transmissão do vírus
HIV
Prevenção de infeções por HIV
• A SIDA ainda não tem cura, por isso, a única medida eficaz para combatê-
la, é a prevenção.
• As infeções por HIV, tal como, a hepatite B, herpes, gonorreia, sífilis,
condiloma nos órgãos sexuais e no ânus e outras infeções sexualmente
transmissíveis, transmitem-se através das relações sexuais desprotegidas,
daí o meio mais eficaz para preveni-las é usar preservativos.
Prevenção de infeções por HIV (Cont.)
• Não reutilizar agulhas ou seringas, pois podem
conter HIV. As pessoas que administram
medicamentos via subcutânea ou intravenosa
devem sempre usar uma agulha nova e esterilizada
em cada injeção.
• Não usar drogas intravenosas que não sejam
prescritos pelo médico. O uso endovenoso de
drogas ilícitas pode aumentar o risco de infeção
pelo HIV. Se usar drogas injetáveis:
nunca use
agulhas sujas ou seringas.
• Evitar o contato com o sangue de outra pessoa.
• Se necessitar de uma transfusão de sangue,
certifique-se que foi devidamente testado.
• Não abusar de álcool ou drogas, pois pode
perder-se o controle e ter um comportamento sexual
arriscado e aumentar o risco de contaminação pelo
HIV ou outras ISTs.
Prevenção de infeções por HIV (Cont.)
• Devido a possibilidade de se transmitir o
vírus HIV durante a partilha de objetos
perfuro-cortantes, que entrem em contato
direto com o sangue, devemos exigir o
uso de objetos descartáveis. Se não o
forem, como lâmina de depilação,
navalhas e alicates de unha, é
recomendável que se faça uma
esterilização (ferver e passar por álcool).

• É importante destacar que os objetos


cortantes e perfurantes usados em
consultórios de dentista, em estúdios de
tatuagem e clínicas de acupuntura também
correm o risco de estarem contaminados.
Portanto, deve-se exigir e certificar-se que
os materiais estão esterilizados e, se são
descartáveis, ^têm que ser substituídos.
Prevenção de infeções por HIV (Cont.)

Prevenção da transmissão vertical (gravidez, parto ou


amamentação)
• Consultar o médico ao engravidar. apesar de não haver vacina ou cura para a
doença, alguns medicamentos podem ser tomados para reduzir a probabilidade
da mãe transmitir o vírus para o filho durante a gravidez, o parto ou a
amamentação.

• É importante que toda mulher grávida faça o teste do HIV. Se o exame for
positivo, a gestante deve usar antirretrovirais durante a gestação para
prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos. Até as seis
semanas de vida, o recém-nascido também deverá fazer o mesmo tratamento.

• Como a transmissão do HIV de mãe para filho também pode acontecer durante
a amamentação, através do leite materno, será necessário substitui-lo por leite
artificial.

• O meio mais eficaz para prevenir a infeção nos recém-nascidos é evitar a


gravidez por parte das mulheres infetadas com o HIV.
Bom Estudo!
A professora: Ilda Costa

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