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Comportamentos Saudáveis
- Sistema imunitário – é o conjunto de células, tecidos e órgãos implicados na
defesa do organismo contra agentes estranhos, ou seja, que protegem o
organismo dos animais de potenciais agressores biológicos (microrganismos) ou
químicos (toxinas). O sistema imunitário também é responsável pela destruição
de células envelhecidas ou anormais/cancerosas do próprio organismo.
►Células efetoras
Leucócitos
Macrófagos
Plasmócitos
Linhas de defesa do organismo
• A imunidade depende da capacidade de o animal distinguir o que é “seu” do que é
“estranho”.
• Este reconhecimento só é possível porque cada organismo é bioquimicamente
único, pois as células, de um ser vivo de uma dada espécie possui marcadores
celulares - glicoproteínas existentes na superfície das células de um indivíduo, que
as distinguem das células de outros indivíduos (da mesma espécie ou de outra
espécie), portanto, funcionam como um sistema de identificação.
• Quando o sistema imunitário deteta marcadores diferentes dos que são próprios do
organismo, ou quando deteta sinais de perigo, desencadeia uma resposta
imunitária.
Células efetoras
Neutrófilos
- São granulócitos ou leucócitos granulares que coram por corantes neutros;
- Possuem núcleo polilobado;
- Constituem 60 a 70% de todos os leucócitos;
- Apresentam metabolismo elevado;
- Realizam a fagocitose, são os primeiros a chegar aos tecidos infetados,
atraídos por quimiotaxia, constituindo a 1ª linha de defesa.
Eosinófilos ou acidófilos
- São granulócitos ou leucócitos granulares que coram por corantes ácidos;
- Possuem núcleo bilobado;
- Constituem cerca de 2 % de todos os leucócitos;
- Realizam a fagocitose de forma mais lenta mas são mais seletivos,
- Atuam sobre parasitas, libertando enzimas que os destroem.
Classificação dos leucócitos quanto à resposta
imunitária (Cont.)
Basófilos
- São granulócitos ou leucócitos granulares que
coram por corantes básicos;
- As suas dimensões são semelhantes aos neutrófilos
com núcleo volumoso,
irregular e retorcido (S);
- Constituem menos de 2 % de todos os leucócitos;
- Função: Resposta inflamatória (libertação de
histamina). (Quando ativados libertam substâncias,
como a histamina, que produzem uma resposta
inflamatória);
- Também podem realizar a fagocitose.
Classificação dos leucócitos quanto à
resposta imunitária (Cont.)
• 4. Os neutrófilos e os monócitos (que dão origem aos macrófagos) são atraídos por
quimiotaxia, deixam os vasos sanguíneos por diapedese e dirigem-se aos tecidos
infetados. Os neutrófilos são os primeiros a chegar e começam a realizar a fagocitose dos
agentes patogénicos. Depois chegam os monócitos que se diferenciam em macrófagos.
Estes fagocitam os agentes patogénicos, os neutrófilos destruídos e as células danificadas.
- O pus que se acumula no local da infeção é formado por microrganismos, fagócitos mortos,
proteínas e fluído que saíram dos vasos sanguíneos. O pus é absorvido e, ao fim de alguns
dias, verifica-se a cicatrização e a regeneração dos tecidos.
- Quimiotaxia – Migração de células imunitárias (ex. neutrófilos e macrófagos)
atraídas por sinais químicos produzidos e libertados por células lesionadas, basófilos
e mastócitos.
• Atua:
- Limitando a proliferação dos vírus;
- Estimulando os fagócitos a destruir os microrganismos.
• Não têm uma ação direta sobre o vírus, pois o interferão, em si, não é
antivírico mas estimula células a produzir proteínas antivirais que
bloqueiam a replicação do vírus.
1 - A célula infetada por um vírus produz interferão que é libertado, ligando-se à membrana de
outras células que são estimuladas a produzir proteínas antivirais, as quais bloqueiam a replicação
do vírus.
2 - O interferão não tem uma ação antiviral direta porque não é o interferão que bloqueia a
replicação do vírus. O interferão estimula células a produzir proteínas antivirais que impedem a
replicação vírica.
Sistema de complemento (2ª Linha de defesa)
- Células B de memória são linfócitos B que proliferam após seleção clonal, mas que não
se diferenciam em plasmócitos, ficam inativos, têm vida longa e desencadeiam uma
resposta imunitária secundária, estando prontos a reagir rápida e eficazmente no caso de o
antigénio reaparecer no organismo.
- Plasmócitos – são linfócitos B diferenciados, de vida curta que segregam anticorpos, que
são libertados no sangue e na linfa.
Imunidade Humoral (Cont.)
Anticorpos ou Imunoglobulinas (Ig)
Os linfócitos T são ativos contra parasitas multicelulares, fungos, células infetadas por
bactérias ou vírus, células cancerosas, tecidos enxertados e órgãos transplantados.
Antigénios self – antigénios do próprio organismo.
Antigénios non-self – antigénios estranhos ao organismo.
Soros e anticorpos
- Soros - são soluções que contêm anticorpos, retirados do plasma de indivíduos que
já estiveram expostos a esse antigénio (imunidade passiva – o efeito é temporário -
dura apenas algumas semanas).
- É o caso dos recém-nascidos que nascem com anticorpos (da classe IgG) que
conseguem atravessar a placenta da mãe e permanecem ativos durante cerca de
3 meses. Se forem amamentados, há também anticorpos (da classe IgA) que
vêm com o leite, dando ao bebé mais resistências ao nível do aparelho
digestivo.
- Um outro exemplo são as injeções dadas a todos aqueles que pretendem viajar
para locais cuja salubridade é baixa.
Incompatibilidade sanguínea
- Para que se possa fazer uma transfusão sanguínea é necessário que se conheça o
tipo de sangue do dador e do recetor.
- Uma mulher Rh- que gere um filho Rh+ , normalmente, não tem problemas
durante a 1ª gravidez porque não possui anticorpos anti-Rh.
- Numa 2ª gravidez em que a criança seja Rh+ os anticorpos anti-Rh já produzidos podem
atravessar a placenta e provocar a lise (destruição) das hemácias da criança originando a
morte do feto ou recém-nascido (doença hemolítica do recém- nascido ou eritroblastose
fetal). O mesmo se passará com as gravidezes seguintes de crianças Rh+.
- Tratamento:
A injeção de uma certa quantidade de anticorpos anti-Rh na circulação materna, até
72 horas após o parto, destruirá as hemácias fetais, impedindo a sensibilização do
organismo materno e permitindo uma gravidez seguinte sem problemas.
Doenças e Desequilíbrios do Sistema Imunitário
• Por vezes essa resposta pode ser intensa e por isso é capaz de ativar
macrófagos e lesionar tecidos (ex.: quando as bactérias que causam a
tuberculose invadem os pulmões).
• Podem afetar:
- vários órgãos e tecidos do organismo, como a lupus;
- especificamente um órgão, como a diabetes.
• Artrite reumatoide
• Psoríase
• Febre reumática
• Glomerulonefrite
• Vitiligo
Diabetes melitus insulinodependente (tipo I)
• Doença auto-imune em que há destruição de células das ilhotas de
Langerhans do pâncreas, produtoras de insulina, mas pode ter outras
origens.
• A destruição das células das ilhotas de Langerhans é mediada por células:
anticorpos e linfócitos T, provocando uma hiperglicemia crónica.
• Costuma manifestar-se numa fase precoce da vida, na infância ou na
adolescência.
• Os indivíduos portadores desta doença, para sobreviverem, têm
administrar diariamente insulina.
- A diabetes pode não dar sintomas, mas na realidade os órgãos internos (olhos, rins,
nervos e em geral todo o aparelho circulatório) estão a deteriorar-se como
consequência de um mau aproveitamento.
Complicações da diabetes:
• Cegueira;
• Doença cardíaca;
• Doença renal;
• Problemas circulatórios.
Artrite Reumatoide
• É uma doença auto-imunes em que há destruição da cartilagem articular,
através de anticorpos, provocando inflamações extensas e dolorosas das
articulações o que causa a sua deformação. (É uma inflamação das
articulações).
Glomerulonefrite
• Doença inflamatória causada pela produção de anticorpos que
atacam os glomérulos renais.
• Pode provocar insuficiência renal.
Vitiligo ou leucoderma
Vírus HIV
SIDA (Síndroma de Imunodeficiência
Adquirida)
• É importante que toda mulher grávida faça o teste do HIV. Se o exame for
positivo, a gestante deve usar antirretrovirais durante a gestação para
prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos. Até as seis
semanas de vida, o recém-nascido também deverá fazer o mesmo tratamento.
• Como a transmissão do HIV de mãe para filho também pode acontecer durante
a amamentação, através do leite materno, será necessário substitui-lo por leite
artificial.