ASA - Provas Modelo Exames Nacionais

Prova-Modelo de Biologia e Geologia
DURAÇÃO DA PROVA: 120 minutos TOLERÂNCIA: 30 minutos

Grupo I- Estrutura da crusta oceânica
A crusta corresponde à camada mais externa da Terra, podendo ser continental ou oceânica. A crusta oceânica encontra-se nas
regiões oceânicas, como por exemplo nos Açores, contactando com a crusta continental ao nível das plataformas continentais.
Embora nunca tenha sido possível realizar furos profundos para estudar a composição e estrutura da crusta oceânica, amostras
recolhidas por submarinos, dados sísmicos e estudos de magnetismo têm permitido obter informações relevantes. No entanto, a
maioria dos dados em estudo provêm de ensaios realizados em complexos ofiolíticos, que correspondem a secções da placa
oceânica transportadas por carreamento para cima dos continentes. Um desses exemplos corresponde ao complexo ofiolítico de
Bragança-Morais, localizado no Noroeste de Portugal. Concluiu-se assim que a crusta oceânica é composicionalmente distinta da
crusta continental, apresentando existência de rochas e associações minerais muito diferentes. A figura 1A representa um modelo
da estrutura da crusta oceânica, tal como a conhecemos atualmente, podendo corresponder a uma secção na região do
Arquipélago dos Açores.
Figura 1- (A) Estrutura da crusta terrestre na proximidade de uma zona de rifte.

(B) Detalhe da estrutura e variação da velocidade das ondas sísmicas em profundidade. Os diques doleríticos presentes na crusta possuem a mesma composição
do basalto, correspondendo a rochas intrusivas que cristalizam em condições próximas da superfície.
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações respeitantes aos dados fornecidos.
A. O rifte que se encontra a dividir algumas das ilhas dos Açores forma um limite de placa do tipo transformante.
B. Da base para o topo da crusta oceânica são encontradas rochas magmáticas que indicam que o tempo de cristalização é
sucessivamente menor.
C. A velocidade de propagação das ondas sísmicas indica um aumento da rigidez das rochas em profundidade na crusta oceânica.
D. Embora no esquema A da figura 1 esteja presente uma camada que corresponde a uma zona de baixa velocidade das ondas
sísmicas, esta zona não está representada no gráfico B, pois é uma camada pouco espessa e não afeta a propagação das ondas
sísmicas.
E. Na zona de formação da listosfera oceânica, a astenosfera pode encontrar-se muito próxima da superfície.
F. O magma expelido no rifte próximo dos Açores é de composição intermédia a ácida.
G. A forma de consolidação dos basaltos que se encontram na crusta representada indica que estes não estavam em contacto
com água.
H. As falhas presentes no vale do rifte correspondem a falhas normais.
I. Se estivéssemos a datar a crusta oceânica, partindo do rifte e analisando rochas progressivamente mais afastadas para os
ambos os lados, seria de esperar um aumento da concentração do isótopo-pai e uma diminuição do isótopo-filho nas análises
químicas das rochas recolhidas.
2. Os principais sedimentos que se depositam no fundo oceânico da região dos Açores são argilitos, restos de organismos
(revestimentos calcários ou siliciosos) misturados com minerais (por exemplo, a calcite) e cinzas vulcânicas.
Relacione o tipo de sedimento com as condições de transporte e deposição na região em análise.
Na resposta a cada um dos itens de 3 a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
3. Os gabros presentes na crusta terrestre possuem elevadas quantidades de minerais, como por exemplo, piroxenas, olivinas,
plagióclases muito ricas em cálcio, e em algumas amostras detetam-se anfíbolas.
Tendo em conta a Série de Bowen, as ______ formaram-se primeiro do que as _____.
(A) anfíbolas (...) plagioclases cálcicas (C) anfíbolas (...) piroxenas
(B) plagioclases cálcicas (...) anfíbolas (D) piroxenas (...) olivinas
4. A crusta oceânica é _____ espessa do que a crusta continental, apresentando uma _____ densidade.
(A) mais (...) menor (C) menos (...) maior
(B) mais (...) maior (D) menos (...) menor
5. As rochas que compõem o complexo ofiolítico de Bragança-Morais devem ter sido formadas próximo de um ambiente _______
, e a sua posição atual indica que foram carreadas num ambiente
(A) convergente (...) convergente (C) divergente (...) divergente
(B) convergente (...) divergente (D) divergente (...) convergente
6. A composição química do basalto e do gabro, que se encontram presentes na figura 1, pode ser representada...
(A) pelo gráfico 1. (C) pelos gráficos II e I, respetivamente.
(B) pelos gráficos I e III, respetivamente. (D) pelo gráfico II.
7.
Mencione o processo responsável pela destruição de crusta oceânica que permite compensar a sua produção ao nível do rifte.
8. Na crusta oceânica ocorrem importantes fenómenos de hidrotermalismo. A água do oceano infiltra-se em profundidade e, ao
aquecer, atua como fluido hidrotermal, modificando a mineralogia das rochas por onde circula. Relacione este processo com o
tipo de minerais presentes nas rochas da crusta oceânica.
Grupo II - Temperatura e locomoção nos lagartos
Os organismos necessitam de mecanismos para manter a sua homeostasia corporal. Um dos fatores que afeta os organismos é a
temperatura ambiente que, por sua vez, pode afetar a temperatura corporal.
Uma equipa de investigadores mediu a temperatura corporal interna de vários lagartos da espécie Varanus giganteus, num dia de
março de 1983. Estes lagartos possuem elevadas dimensões (podem crescer até 2,5 m de comprimento), habitando zonas áridas
e muito quentes da Austrália. Os resultados experimentais estão representados no gráfico da figura 2.
Embora muitas
espécies de lagartos se desloquem apoiados nos quatro membros, alguns grupos de lagartos possuem a capacidade de se deslocar
suportados apenas em dois membros - bipedismo. Alguns investigadores defendem que o bipedismo pode aumentar a velocidade
e aceleração do movimento, contribuindo para uma economia energética associada à locomoção.
A árvore da figura 3 foi elaborada com base em análises moleculares e anatómicas, com indicação de presença ou ausência de
bipedismo. Muitos dos grupos apresentados incluem organismos extintos. O V. giganteus pertence à família Varanidoe e
juntamente com o V. gouldii e o V. ponoptes são capazes de se deslocar por bipedismo.
Na resposta a cada um dos itens de l a 6, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. O aumento da temperatura corporal do lagarto...
(A) não coincide com o período de mais calor.
(B) ocorre no período noturno.
(C) coincide com o período de mais calor e maior exposição ao sol.
(D) não tem relação com as variações da temperatura ambiente.
2. No que respeita à regulação da temperatura, os V giganteus são organismos _____ que possuem um sistema circulatório ____
(A) homeotérmicos (...) duplo completo
(B) poiquilotérmicos (...) duplo completo
(C) homeotérmicos (...) duplo incompleto
(D) poiquilotérmicos (...) duplo incompleto
3. De acordo com uma perspetiva lamarckista, o mecanismo comportamental do V. giganteus para controlar a homeostasia
térmica pode ser explicado...
(A) pela ação do ambiente que induziu modificações no V giganteus, que depois as transmitiu à descendência.
(B) pela pressão seletiva do ambiente, que levou a que apenas os mais capazes a aquecer/arrefecer de forma correta
sobrevivessem.
(C) pela existência de modificações moleculares que originaram uma população mais heterogénea, em que os mais aptos se
reproduzem mais do que os restantes.
(D) pela ação divina, em que os organismos não sofrem modificações após a criação.
4. Comparativamente ao Homem, o surgimento de bipedismo em algumas espécies de lagartos pode corresponder a um

mecanismo de evolução ______, em resultado de pressões seletivas _______.
(A) divergente (...) distintas (C) divergente (...) semelhantes
(B) convergente (...) semelhantes (D) convergente (...) distintas
5. Em condições de temperatura reduzida, a atividade _____ dos lagartos diminui e a taxa metabólica ______.
(A) das enzimas (...) aumenta (C) dos lípidos (...) aumenta
(B) das enzimas (...) é reduzida (D) dos lípidos (..,) é reduzida
6. A árvore da figura 3 apresenta uma análise...

(A) filogenética, pois os organismos possuem uma origem comum e foram organizados com base em argumentos práticos.
(B) horizontal, pois os organismos foram organizados com base em argumentos práticos.
(C) filogenética, pois os organismos não possuem uma origem comum e foram organizados com base em argumentos racionais.
(D) filogenética, pois os organismos possuem uma origem comum e foram organizados com base em argumentos racionais.
7. Ordene as letras de A a H de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com os mecanismos
de regulação da temperatura do Homem. Inicie pela letra A.
A. Diminuição da temperatura corporal.
B. Constrição dos vasos sanguíneos localizados na pele e ativação dos músculos esqueléticos.
C. Aumento do fluxo de sangue para o interior do organismo.
D. O equilíbrio homeostático é restabelecido.
E. Aumento da temperatura corporal.
F. Deteção do desequilíbrio térmico ao nível do hipotálamo.
8. Explique em que medida o lagarto deverá detetar e ativar as respostas às variações de temperatura com base em mecanismos
hormonais e não em mecanismos associados exclusivamente ao sistema nervoso.
Grupo III - Darwin e a biologia vegetal
Em 1859, Charles Darwin publicou o livro A origem dos Espécies, um marco fundamental do desenvolvimento das Ciências
Biológicas. Darwin, na sua viagem à volta do Mundo, estudou inúmeros exemplos do aparecimento de novas espécies animais e
vegetais. No entanto, pouca atenção tem sido dada aos estudos de botânica realizados por Darwin.
Documento A - Plantas carnívoras

Darwin dedicou uma especial atenção às plantas carnívoras, que constituíram um argumento central na elaboração dos conceitos
de adaptação e seleção natural. Verificou que os pelos glandulares que se encontram na extremidade da Drosera rotundifolia são
muito sensíveis à pressão e aos fluidos libertados pelos insetos. Após a deteção da presa, os pelos movimentam-se e aprisionam
o inseto (figura 4). Este é digerido por fluidos que são libertados pela planta, que absorve posteriormente os compostos ricos em
azoto.
Ao comparar plantas carnívoras de espécies diferentes e que habitam regiões espalhadas por todo o globo, Darwin concluiu que
esta estratégia de obtenção de nutrientes apareceu em grupos diferentes e várias vezes ao longo da evolução, e sempre em
regiões áridas, caracterizadas por solos pouco férteis.
Documento B - Orquídeas
As orquídeas da espécie Angraecum sesquipedale, também conhecidas como orquídeas-de-
Darwin, habitam a ilha de Madagáscar. Caracterizam-se por possuir tubos de néctar extrema-
mente longos. Ao observar estas orquídeas, Darwin levantou a hipótese de que seriam
polinizadas apenas por insetos com probóscides (apêndice de auxílio à alimentação)
extremamente longos, que permitem a obtenção do néctar.
Embora Darwin nunca tivesse observado o inseto polinizador, foi posteriormente descoberto
que estas orquídeas são apenas polinizadas pelo Xanthopan morganii praedicta (figura 5), que
possui um probóscide com 23 cm.
1. Faça corresponder a cada uma das afirmações acerca da evolução expressas na coluna A a
respetiva corrente científica que as formulou e que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
A. A seleção natural atua sobre organismos em áreas geográficas distintas, podendo resultar em adaptações I. Criacionismo
semelhantes. II. Lamarckismo
B. As populações de orquídeas-de-Darwin coevoluiram com o inseto X. morganii, resultando numa seleção III. Darwinismo
disruptiva que alterou profundamente o fundo genético das populações. IV. Neodarwinismo
C. As espécies que Darwin estudou são reveladoras da existência de uma entidade divina. V. Fixismo
D. A Drosera não tem sofrido modificações desde o seu surgimento natural. VI. Catastrofismo
E. A existência de orquídeas com tubos produtores de néctar induziu o crescimento dos probóscides de X.
morganii, que depois transmitiram esta característica para a descendência.
Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
2. Se marcássemos radioactivamente o azoto presente nas células dos insetos capturados pela planta, seria de esperar
radioatividade _____ da planta, e molecularmente ao nível ______.
(A) em todos os órgãos (...) do material genético e proteínas (C) em todos os órgãos (...) dos lípidos
(B) nos órgãos aéreos (...) do material genético e proteínas (D) nos órgãos aéreos (...) dos lípidos
3. Os hábitos alimentares das plantas carnívoras...
(A) fazem com que deixem de depender da autotrofia. (C) não afetam a sua principal fonte de hidratos de carbono.
(B) resultam da necessidade de obter hidratos de carbono. (D) tornam-nas heterotróficas.
4. A D. rotundifolia aprisiona e digere os insetos em estruturas que se formam a partir de folhas que crescem muito e que ficam
cobertas por pelos e glândulas secretoras de mucos e enzimas.
Esta estrutura é ______ das folhas da orquídea-de-Darwin e resulta de uma evolução ______
(A) homóloga (...) divergente (C) homóloga (...) convergente
(B) análoga (...) convergente (D) análoga (...) divergente
5. O néctar ingerido pelo X. morganii sofre um processo de digestão ______, sendo os compostos degradados transportados por
um sistema circulatório _____.
(A) extracelular (...) fechado com hemolinfa (C) extracelular (...) aberto com hemolinfa
(B) intracelular (...) fechado sem hemolinfa (D) intracelular (...) aberto sem hemolinfa
6. No Norte de Portugal continental, em particular no Parque Nacional da Peneda-Gerês, é possível encontrar D. rotundifolia em
habitats com solo ácido, como por exemplo as turfeiras. A distribuição de D. rotundifolia pode dever-se...
(A) à abundância de matéria orgânica nas turfeiras, uma vez que esta planta possui taxas fotossintéticas reduzidas.
(B) ao facto de a elevada concentração de protões H' no meio dificultar a absorção de sais minerais por parte das raízes das
plantas.
(C) ao facto de os solos ácidos serem mais ricos em sais minerais do que os outros solos.
(D) ao facto de a elevada concentração de protões H' impedir o transporte ativo de azoto para o solo a partir das raízes das
plantas.
7. O epíteto subespecífico proedicta foi atribuído à espécie Xanthopan morganii devido ao facto de Darwin ter previsto a sua
existência sem nunca ter observado nenhum exemplar. No entanto, a classificação desta subespécie foi considerada
posteriormente inválida, pois estes insetos foram descobertos fora de Madagáscar, no continente africano. Explique, com base
no exemplo, de que modo a classificação dos organismos está dependente do conhecimento da sua distribuição.
8. Explique, de acordo com os pressupostos defendidos por Darwin, o aparecimento das plantas carnívoras.
9. A extinção de uma espécie pode acarretar graves consequências ao nível dos outros seres. Apresente uma explicação para este
facto, baseando-se no exemplo das orquídeas-de-Darwin.
Grupo IV - Poluição causada por mercúrio
O mercúrio é um mineral que se encontra no estado líquido, congelando quando as temperaturas são inferiores a -39 °C. A baixas
pressões, o mercúrio cristaliza no sistema isométrico, mas quando as pressões são elevadas os cristais incluem-se no sistema
tetragonal. Quando aquecido, mesmo que a reduzidas temperaturas, o mercúrio evapora. As fontes naturais do mercúrio na
atmosfera incluem os vulcões, a evaporação a partir dos depósitos geológicos e a evaporação a partir dos oceanos.
Existem várias formas de mercúrio no ambiente: a mais tóxica é o metil-mercúrio, que afeta o funcionamento do sistema nervoso
e o desenvolvimento embrionário dos animais. O metil-mercúrio forma-se no fundo dos lagos e acumula-se nos microrganismos,
peixes e animais. O mercúrio nativo também é tóxico, sendo usado na exploração de ouro e na produção de diversos
equipamentos (termómetros) e compostos.
A figura 6 reporta-se à mina Black Mutte (EUA), onde, de 1882 a 1969, se exploraram sulfuretos de mercúrio para obter mercúrio.
Existem evidências de contaminação atual por mercúrio. Para avaliar os níveis de poluição, para cada ponto de A a F, foram obtidas
diversas amostras de material. Os resultados das análises químicas apresentam-se no quadro I.
A - Local de processamento do minério estabelecido em 1882.

B - Novo local de processamento estabelecido em 1950.
C - Ponto localizado numa colina em frente à mina.
D - Ponto localizado numa colina na encosta oposta à mina.
E e F - Pontos localizados perto do curso de água.
Figura 6 - Localização dos pontos de amostragem na mina de Black Mutte.

Quadro 1- Concentração de mercúrio nos locais de A a F (pg/g amostra).
Pontos
A B C D E F
N.º da amostra
1 1120 727 4,8 0,8 12,6 8,6
2 1850 652 9,2 1,2 15 4,4
3 2090 78 2,9 0,6 19,5 10,8
4 1200 41 5,0 1,0 8,7 7,8
5 1540 244 6,7 0,7 14,4 2,2
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. No estudo efetuado na mina de Black Mutte foram recolhidas várias amostras de solo em cada local, porque...
(A) o mercúrio encontra-se no estado líquido e dissemina-se facilmente pelas rochas.
(B) ocorreram explorações deste mineral em diferentes locais da mina.
(C) quanto maior for o número de amostras, mais precisas serão as conclusões.
(D) o processamento do minério influencia a sua distribuição pela zona de exploração.
2. De acordo com os dados obtidos nas amostras, o nível de poluição em mercúrio é _____ nas proximidades do ponto ____,
quando comparado com o ponto E.
(A) superior (...) D
(B) inferior (...) D
(C) superior (...) F
(D) inferior (...) A
3. Se pretendêssemos determinar no laboratório, em condições normais, a dureza, a clivagem e a fratura do mercúrio seria
impossível, pois...
(A) o sistema de cristalização varia em função da pressão.
(B) é altamente tóxico e prejudicial à saúde.
(C) à temperatura ambiente o mercúrio encontra-se num estado físico que impossibilita a sua análise.
(D) na Natureza, o mercúrio pode ter várias formas.
4. Em algumas classificações mineralógicas, o mercúrio é classificado como mineraloide, pois...

(A) não possui uma estrutura cristalina constante e bem definida.
(B) a sua composição química é variável.
(C) evapora quando aquecido.
(D) não é possível determinar a sua dureza.
5. O mercúrio é um recurso não renovável uma vez que a sua taxa de _____ é inferior à sua taxa de _____.
(A) consumo (...) reposição
(B) evaporação (...) reposição
(C) reposição (...) evaporação
(D) reposição (...) consumo
6. Uma das aplicações do mercúrio é na extração de ouro.

Ordene as letras de A a H de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a extração de
ouro em depósitos fluviais com recurso ao mercúrio. Inicie pela letra A.
A. Meteorização física de depósitos auríferos.
B. A mistura é aquecida e o mercúrio evapora-se, deixando as partículas de ouro nativo.
C. Forma-se uma liga metálica de ouro e mercúrio.
D. Extração de sedimentos contendo ouro num depósito fluvial.
E. Mistura do mercúrio com os sedimentos.
F. O rio perde capacidade de transporte ocorrendo deposição das partículas de ouro.
G. Transporte de sedimentos pelo rio contendo grãos de ouro.
H. Por ação do mercúrio, o ouro dissolve-se e separa-se da ganga.
7. Mencione o local, na região representada na figura 6, onde é provável ocorrer uma maior contaminação das cadeias
alimentares.
8. Relacione as propriedades físicas do mercúrio com a possibilidade de contaminação de aquíferos.
FIM
Prova-Modelo de Biologia e Geologia
DURAÇÃO DA PROVA: 120 minutos TOLERÂNCIA: 30 minutos
Grupo I - Lesmas-do-mar fotossintéticas
Existem diversos exemplos de animais que adquiriram a capacidade de realizar a fotossíntese após ingestão de algas. Um dos
exemplos mais conhecidos e caracterizados corresponde à espécie Elysia chlorotica. Esta lesma-do-mar com 3 cm de
comprimento pode ser encontrada no Atlântico Norte, alimentando-se de algas filamentosas da espécie Vaucheria Iitorea.
Contudo, a lesma-do-mar não digere todos os componentes celulares das algas. Alguns plastídeos são transferidos para as
células do epitélio digestivo do molusco e aí permanecem longos meses. No que respeita ao ciclo de vida da E. chlorotica, quatro
dias após a postura dos ovos emerge uma larva que passa a constituir o plâncton. Ao fim de três semanas a larva torna-se
madura e para se transformar numa lesma-do-mar adulta necessita de entrar em contacto com a V. litoreo (figura 1). Ao fim de
algumas horas de contacto, os plastídeos são observados no epitélio digestivo da larva.
Os adultos da lesma-do-mar são hermafroditas e diplontes. A fecundação é interna, sendo a autofecundação rara.
Figura 1- (A) Ciclo de vida da lesma-do-mar (Elysia chlorotica).

(B) Detalhe do processo de incorporação da alga pelas células do epitélio digestivo da lesma-do-mar.
Na resposta a cada um dos itens dela 5, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. A E. chlorotica obtém ______ pela ______ de algas verdes pertencentes à espécie Vaucheria Iitorea.
(A) cloroplastos (...) absorção (C) cloroplastos (...) ingestão
(B) vacúolos (...) absorção (D) vacúolos (...) ingestão
2. Os plastídeos capturados, também conhecidos por cleptoplastídeos, são retidos no espaço intracelular fornecendo ______
que sofrem degradação direta pelas lesmas-do-mar, sequencialmente, ao longo
(A) proteínas (...) da glicólise e do ciclo de Krebs
(B) hidratos de carbono (...) da glicólise e do ciclo de Krebs
(C) hidratos de carbono (...) da cadeia transportadora de eletrões e do ciclo de Krebs
(D) proteínas (...) da cadeia transportadora de eletrões e do ciclo de Krebs
3. No ciclo de vida da lesma-do-mar, a meiose é _____, podendo ser identificada pelo número _____ na figura 1.
(A) pré-gamética (...) I (C) pós-zigótica (...) I
(B) pré-gamética (...) V (D) pós-zigótica (...) V
4. O fim da relação endossimbiótica ocorre na primavera...

(A) em resultado da degradação dos plastídeos.
(B) quando a alga se torna novamente livre.
(C) aquando da reprodução.
(D) quando a lesma-do-mar passa a ser capaz de sobreviver de forma heterotrófica.
5. Ao nível do sistema digestivo, os plastídeos ______, pelas células epiteliais, sendo incorporados em
(A) são fagocitados (...) lisossomas (C) sofrem exocitose (...) lisossomas
(B) sofrem exocitose (...) vesículas (D) são fagocitados (...) vesículas
6. As lesmas-do-mar tendem a habitar zonas de águas pouco profundas (0 a 0,5 metros) onde, por vezes, o teor de oxigénio é
reduzido. Explique por que motivo a presença de plastídeos nas lesmas-do-mar constitui uma vantagem para a sua
sobrevivência.
7. Faça corresponder a cada uma das afirmações respeitantes à relação entre as lesmas-do-mar e a alga verde um dos números
que consta da chave. Utilize cada letra apenas uma vez.
Afirmações Chave
A. Cerca de 90% dos genes implicados no metabolismo plastidial encontram-se no I. A afirmação suporta a
genoma nuclear da lesma-do-mar, sendo as proteínas enviadas para os plastídeos após a sua existência de uma relação
síntese no citoplasma. endossimbiótica
B. Os plastídeos não são transmitidos à descendência da lesma-do-mar. evolutivamente bem desenvol-
C. A divisão dos plastídeos e das células da lesma-do-mar não ocorre de forma coordenada. vida.
D. A lesma-do-mar não completa o processo de desenvolvimento nem origina um adulto na II. A afirmação suporta a
ausência da alga verde. existência de uma relação
E. A relação descrita não ocorre entre dois organismos, mas entre um organismo e os endossimbiótica numa fase
organelos de outro. inicial em termos de evolução.
F. Os plastídeos podem ser degradados ao longo do ciclo de vida da lesma-do-mar.
8. Ordene as letras de A a G de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a síntese de
proteínas plastidiais a partir de genes presentes no genoma nuclear da lesma-do-mar. Inicie pela letra A.
A. Os genes que codificam as proteínas plastidiais e que se encontram no genoma nuclear da lesma-do-mar são transcritos.
B. Os ribossomas ligam-se ao RNA mensageiro.
C. Ocorre a síntese de proteínas no citoplasma ou no retículo endoplasmático rugoso.
D. O RNA mensageiro pode sofrer processamento, com excisão dos intrões.
E. As proteínas atravessam a membrana dos cloroplastos.
F. Ocorre transporte do RNA mensageiro para o citoplasma.
G. Forma-se um RNA mensageiro que pode conter intrões.
9. Explique, com base nos pressupostos defendidos pelo Neodarwinismo, o surgimento de lesmas-do-mar contendo plastídeos.
Grupo II - Vulcanismo na Islândia
A Islândia constitui um dos locais do planeta onde é possível observar a espetacularidade da dinâmica interna da Terra, com
destaque para o vulcanismo, os pontos quentes e os riftes. Para além do magma emitido no rifte, a Islândia formou-se devido à
grande acumulação de material com origem numa pluma térmica - ponto quente.
Estudos sísmicos permitiram detetar esta pluma a pelo menos 400 km de profundidade sob a Islândia e alguns investigadores
defendem que a sua origem estará no limite entre o núcleo externo e o manto inferior.
Figura 2 - (A) Principais aspetos geológicos da Islândia. (B) Pluma térmica existente na região da Islândia. Esquemas adaptados de Tronnes et ai., Geology and
geodynamics of Icelond, University of Iceland.
A Islândia tem sido palco de erupções vulcânicas muito intensas, alternadas com episódios menos fortes. Em 2010, a erupção do
vulcão Eyjafjallajókull lançou uma intensa nuvem de cinzas. Esta nuvem espalhou-se nas camadas altas da atmosfera e
interrompeu o transporte aéreo ao longo de vários dias. O episódio vulcânico não foi excecionalmente intenso, mas a localização
de um glaciar por cima do vulcão e a composição do magma levaram à formação da nuvem. Análises químicas permitiram
verificar que, comparativamente a erupções anteriores, a de 2010 possuiu um teor superior de sílica. De facto, a Islândia é única
no contexto das ilhas oceânicas, por possuir um teor elevado de erupções de magma riolítico. Estas erupções tendem a estar as-
sociadas aos aparelhos vulcânicos mais evoluídos, com emissão de elevadas quantidades de cinzas e colapso das caldeiras. A
maioria das erupções de composição basáltica estão associadas a fissuras localizadas ao longo do complexo sistema de riftes.
Na resposta a cada um dos itens de 1. 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. Desde que se começaram a separar, nos últimos 60 Ma, em resultado da instalação do sistema de riftes, os continentes
americano e europeu separaram-se a uma taxa média de 1 a 3 cm/ano na região de Reykjavik (Islândia), deslocando-se o
primeiro no sentido ______ e o segundo no sentido _______.
(A) norte (...) sul (C) sudeste (...) noroeste
(B) noroeste (...) sudeste (D) sul (...) norte
2. Os magmas com maior teor em sílica originam erupções mais ______, pois a cristalização em profundidade é ____ intensa do
que nas erupções efusivas.
(A) violentas (...) mais (C) violentas (...) menos
(B) efusivas (...) mais (D) efusivas (...) menos
3. As ondas sísmicas podem ser usadas para investigar a existência de uma pluma térmica, pois...
(A) quanto maior a rigidez dos materiais, menor a velocidade de propagação das ondas.
(B) esta não permite a propagação das ondas, originando uma zona de sombra sísmica.
(C) esta apenas permite a propagação das ondas P.
(D) propagação das ondas varia conforme as propriedades físicas dos materiais que atravessam.
4. Na Islândia, a crusta tem uma espessura na ordem dos 40 km, sendo _____ espessa do que a média da crusta oceânica,
devido à presença de ______.
(A) mais (...) um rifte (C) menos (...) um rifte
(B) mais (...) uma pluma térmica (D) menos (...) uma pluma térmica
5. As diferenças na composição química do material emitido pelo vulcão Eyjafjallajókull nas últimas erupções podem dever-se a
fenómenos de diferenciação magmática e precipitação gravítica que ocorrem na câmara magmática. Estes processos _____ o
teor de minerais ferromagnesianos na lava que, ao cristalizar, forma uma rocha mais rica em plagióclases do tipo _____.
(A) aumentam (...) sódico (C) diminuem (...) sódico
(B) aumentam (...) cálcico (D) diminuem (...) cálcico
6. A presença de água torna a erupção mais ______, pois a solidificação do material vulcânico é mais ______.
(A) efusiva (...) lenta
(B) efusiva (...) rápida
(C) explosiva (...) lenta
(D) explosiva (...) rápida
7. Faça corresponder a cada uma das afirmações acerca de episódios vulcânicos na Islândia, expressas na coluna A, um dos
números da coluna B, respeitante à sua classificação. Utilize cada letra apenas uma vez.
A. Durante a erupção dos vulcões Eldgja (934-940) e Laki (1783-1784) foram emitidos 19,6 e 14,7 km2 de 1. Erupção efusiva
lava, respetivamente, que formaram fluxos de lava transportados entre 50 a 100 km de ambos os vulcões. 2. Erupção explosiva
B. Devido à presença de glaciares por cima do vulcão, quando este entra em erupção ocorre um degelo 3. Erupção mista
rápido, originando elevado volume de água que se mistura com o magma aumentando o teor de
piroclastos.
C. Após o desaparecimento da cobertura de gelo, pode ocorrer a acumulação de lava fluida ao longo dos
flancos do vulcão.
D. Ocorre ao longo de fissuras ou aparelhos vulcânicos com reduzida inclinação.
E. O Torfajõkull é o maior vulcão a emitir lava de composição riolítica localizado sobre uma crusta
oceânica.
8. Os cientistas encontram-se particularmente preocupados com o vulcão Katla, que se localiza nas proximidades do
Eyjafjallajókull (chegam mesmo a partilhar parte da câmara magmática). Mencione um dado observável na figura 2 que leva os
cientistas a recear uma erupção do Katla.
9. Quando o material de origem mantélica chega perto da superfície sofre um processo de fusão parcial em resultado da
redução da pressão. Relacione este fenómeno com o aumento da atividade vulcânica que tem estado associada aos períodos
interglaciares, em que ocorre o degelo das massas de gelo com mais de 1 km de espessura.
10. Muitos dos vulcões irlandeses de maiores dimensões possuem sistemas geotérmicos bem desenvolvidos, com evidência de
manifestações secundárias de vulcanismo, como por exemplo os géisers e as fumarolas. Em 2000, um consórcio de várias
empresas e investigadores iniciou um projeto para realizar um furo de 4 a 5 km de profundidade nas proximidades de um vulcão
localizado no rifte, procurando atingir rochas com temperaturas na ordem dos 400 a 600 °C (figura 3).
O primeiro furo, ao atingir os 2,1 km de profundidade, atingiu a câmara magmática, tendo sido recuperado à superfície magma
de composição riolítica que cristalizou sob a forma de obsidiana (vidro vulcânico). Outros furos têm sido realizados e o projeto
encontra-se atualmente a produzir energia elétrica e com planos para produzir compostos químicos transportados pela água até
à superfície.
Figura 3 - Circulação de fluidos e aproveitamento geotérmico na Islândia. Na figura estão representados dois furos profundos (na ordem dos 2 km). O IDDP
(Iceland Deep Drilling Project) corresponde a um furo ultraprofundo, que atingiu os 5 km. Adaptado de The Iceland Deep Drilling Project
(http://www.nea.isigeothermal/the-iceland-deep-drilling-project/).
Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações respeitantes ao aproveitamento geotérmico na
Islândia representado no esquema.
A. O aproveitamento foi realizado numa região de elevado gradiente geotérmico.
B. No primeiro furo foi recolhida uma amostra de magma que, ao cristalizar lentamente, originou uma obsidiana.
C. A geotermia é uma fonte de energia renovável.
D. Na figura está representado um aproveitamento de baixa entalpia.
E. O sistema geotérmico representado é fechado.
F. A água, ao circular em profundidade, aquece e dissolve compostos que podem ser importantes em termos económicos.
Grupo III - Pista de dinossauros e geologia da serra da Arrábida

As rochas sedimentares são importantes registos da História da Terra, principalmente aquelas que contêm fósseis. Em Portugal
existem diversos registos de fósseis de dinossauros em rochas sedimentares, com destaque para o cabo Espinhel, na serra da
Arrábida (península de Setúbal). Nesta serra há vários tipos de rochas sedimentares, que sofreram processos de deformação
complexos. Na região do cabo Espichel, as rochas são essencialmente carbonatadas (calcários e margas) e estão associadas a
estratos pouco espessos de arenitos.
O litoral é maioritariamente do tipo arriba, possuindo reentrâncias em que se formaram praias em resultado da acumulação de
elementos detríticos. Um destes exemplos é a praia dos Lagosteiros, adjacente ao cabo Espinhel, que é composta
essencialmente por balastros, resultantes da desagregação de arribas próximas.
Nas arribas adjacentes à praia dos Lagosteiros estão presentes estratos calcários com 250 metros de espessura. Estes possuem
diversos trilhos fossilizados (Pegadas da Pedra da Mua), formados por impressões das pegadas de dinossauros bípedes: um
carnívoro e outro herbívoro. As pegadas formaram-se há 130 a 120 milhões de anos, num ambiente litoral lagunar, pouco
profundo e pantanoso. O estudo do trilho permite obter informações sobre o comportamento dos dinossauros, a sua forma de
locomoção, anatomia dos membros, ecologia e distribuição geográfica. As pegadas da Pedra da Mua sugerem que os indivíduos,
adultos e juvenis, se deslocavam em grupo. Estas pegadas foram classificadas como Monumento Natural em 1997.
Figura 4- (A) Geologia da serra da Arrábida (adaptado da revista National Geographic, fevereiro de 2006). (13) Distribuição das pegadas no trilho da Pedra da
Mua que se localiza nas proximidades da praia dos Lagosteiros. Os números indicam diferentes trilhos (adaptado de http://bglla.blogspot.com/).
1. A Pedra da Mua corresponde a uma jazida fossilífera formada por _____ originárias do _____ inferior.
(A) contramoldes (...) Cretácico (C) icnofósseis (...) Jurássico
(B) icnofósseis (...) Cretácico (D) contramoldes (...) Jurássico
2. De acordo com a figura 4, é possível constatar que o __ está associado à instalação de uma falha ___ em regime compressivo.
(A) sinclinal de Albufeira (...) normal (C) anticlinal da Arrábida (...) normal
(B) sinclinal de Albufeira (...) inversa (D) anticlinal da Arrábida (...) inversa
3. Os depósitos da praia de Lagosteiros sugerem um reduzido transporte dos sedimentos acumulados, resultando num
sedimento ____ calibrado e com grãos mais _____.
(A) mal (...) angulosos (C) bem (...) arredondados
(B) bem (...) angulosos (D) mal (...) arredondados
4. Ordene as letras de A a F de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a formação
da serra da Arrábida e da Pedra da Mua. Inicie pela letra A.
A. Formação de uma bacia sedimentar há mais de 145 Ma.
B. A erosão permitiu expor os trilhos fossilizados, originando a Pedra da Mua.
C. A sequência estratigráfica sofreu deformação.
D. A deposição contínua de sedimentos cobriu a impressão das patas dos dinossauros.
E. A deslocação dos dinossauros por cima dos sedimentos carbonatados e argilosos formou vários trilhos contendo pegadas.
F. Formação de um estrato horizontal de sedimentos formados por carbonatos e argilas, depositados na laguna pouco
profunda há aproximadamente 130 Ma.
5. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações respeitantes aos calcários.
A. Os calcários e as outras formações da serra da Arrábida foram alvo apenas de deformação plástica.
B. Os calcários são rochas que podem ter origem diversa, como por exemplo química e biogénica.
C. Ocorre uma maior precipitação de carbonatos em águas frias e profundas.
D. Os calcários são muito suscetíveis à meteorização e erosão por águas de drenagem ácidas, formando o relevo cársico.
E. Muitos dos calcários são formados pela acumulação de conchas e esqueletos de organismos aquáticos.
F. Os calcários podem originar, por metamorfismo, quartzitos.
6. Na serra da Arrábida existem diversas pedreiras de exploração de calcários para produção de cimento. Os calcários são
aquecidos a temperaturas superiores a 1000 °C e misturados com argilas, levando à perda de uma molécula de CO2 por cada
molécula de CaCO2, formando o cimento. Explique em que medida o processo descrito permite visualizar a relação entre os
subsistemas terrestres.
Grupo IV – Transporte nas plantas
O transporte de substâncias entre os diferentes órgãos das plantas é vital para a sua adaptação às condições ambientais em
permanente mudança. Com o intuito de estudar o transporte de materiais pelas plantas e a sua relação com o metabolismo
foram realizadas três experiências independentes.
Experiência I
Um grupo de alunos determinou a taxa de transpiração no feijoeiro,

Phaseolus vulgaris. Foram testados três grupos de vinte plantas
idênticas. O grupo X foi colocado num solo com elevado teor de
humidade, o grupo Y num solo com teor intermédio de humidade e
o grupo Z num solo com reduzido teor de água. Os resultados
apresentam-se no gráfico ao lado.
Experiência II
Um outro grupo de alunos usou duas espécies de plantas muito
distintas, tendo medido a perda de água por unidade de área das fo-
lhas das plantas ao longo de 24 horas e em condições de luz natural.
As plantas foram todas mantidas nas mesmas condições expe-
rimentais.
Experiência III
Em 1973, os investigadores Qureshi e Spanner mostraram que o cianeto
(inibidor da atividade das mitocôndrias) e a anóxia (ausência de oxigénio)
inibiam o transporte floémico. Nas suas experiências usaram isótopos
radioativos, tendo verificado que, quando removiam o cianeto ou
forneciam oxigénio, o transporte floémico de sacarose e água era
retomado.
Estudos posteriores detetaram a existência de transportadores
membranares nas células de companhia dos tubos crivosos. Estes trans-
portadores são responsáveis pela geração de um gradiente de protões e
são indispensáveis ao transporte de sacarose contra o seu gradiente de
concentração para os tubos crivosos (figura 5). O transporte xilémico não
foi alterado com as condições experimentais testadas.
Figura 5 - Resultados experimentais obtidos nas experiências I, II e III.
Na resposta a cada um dos itens de 1 a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. Na experiência 1 a variável experimental foi o _____ e na experiência II o controlo experimental corresponde ao crescimento
das plantas
(A) teor em água do solo (...) em diferentes condições (C) teor em água do solo (...) nas mesmas condições
(B) tempo (...) nas mesmas condições (D) tempo (...) em diferentes condições
2. Quando as plantas 1 e 2 da experiência II foram sujeitas a condições de seca extrema verificou-se uma redução das taxas
fotossintéticas, em resultado da...
(A) desnaturação das enzimas envolvidas na fotossíntese. (C) diminuição da quantidade de luz que atinge as folhas.
(B) lise das clorofilas que se encontram no mesófilo foliar. (D) diminuição de CO2 que atinge o mesófilo foliar.
3. O transporte de sacarose para o interior do tubo crivoso ocorre contra o seu gradiente de concentração, correspondendo a
um transporte _____, que implica consumo de _____, pois, quando a atividade mitocondrial é inibida, o transporte floémico é
interrompido.
(A) ativo (...) ATP
(B) passivo (...) ATP
(C) ativo (...) CO2
(D) passivo (...) CO2
4. Se marcarmos radioactivamente os átomos de carbono e oxigénio presentes numa molécula de glicose que foi usada para
gerar energia nas células de companhia, é expectável detetar radioatividade...
(A) na água resultante do metabolismo mitocondrial.
(B) no CO2 libertado pelas células de companhia.
(C) no oxigénio libertado pelos estornas da planta.
(D) no CO2 e no oxigénio libertados pela planta.
5. A síntese de ATP nas plantas pode ocorrer ______, associada à glicólise, ou ao nível dos cloroplastos, em resultado do
transporte de eletrões numa cadeia transportadora que se inicia
(A) na mitocôndria (...) nas clorofilas
(B) no citoplasma (...) na ATP sintetase
(C) no citoplasma (...) nas clorofilas
(D) na mitocôndria (...) na ATP sintetase
6. Em situações de carência hídrica, as plantas sintetizam ácido abscísico.

Relacione o mecanismo de abertura e fecho dos estomas com a concentração de ácido abscísico em períodos de seca.
7. Faça corresponder a cada uma das afirmações respeitantes aos dados fornecidos um dos números da chave. Utilize cada letra
apenas uma vez.
Afirmações Dados
A. O transporte no xilema está associado à atividade metabólica das mitocôndrias. I. Afirmação apoiada pelos
B. Na experiência I, não ocorreram perdas de água entre as 22 h e as 4 h no grupo Z. dados.
C. No grupo X (experiência I), a pressão osmótica das células estomáticas atingiu valores II. Afirmação contrariada
máximos às 12 h. pelos dados.
D. Às 24 h, a perda de água no grupo X foi quatro vezes superior às perdas de água no grupo Y. III. Afirmação sem relação
E. Na experiência II, às 10 h, a abertura estomática na planta 1 foi superior à da planta 2. com os dados.
F. Nas experiências I e II, a taxa fotossintética e a taxa respiratória variam na razão inversa.
G. Os dados experimentais permitem concluir que o transporte floémico está associado ao
consumo de ATP produzido nas mitocôndrias.
H. Na experiência I, é razoável concluir que os estomas estavam fechados entre as 8 h da
manhã e as 4 h da noite.
8. Faça corresponder a cada uma das afirmações expressas na coluna A a respetiva estrutura celular que consta da coluna B.
Utilize cada letra e número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
A. Local onde ocorre a síntese de ATP a partir da degradação do acetil-CoA. I. Aparelho de Golgi
B. Digestão de compostos que foram fagocitados. II. Mitocôndria
C. Síntese de parte das proteínas codificadas por genes presentes nos cromossomas III. Cloroplasto
nucleares. IV. Lisossoma
D. Ocorre a modificação e processamento de proteínas enviadas para a membrana V. Vacúolo
plasmática. VI. Membrana celular
E. Barreira seletiva que limita os movimentos de e para o interior da célula. VII. Citoplasma
F. Contém a maior percentagem de DNA na célula. VIII. Núcleo
G. Acumulação de produtos de excreção e outros compostos.
9. De modo a obter clones de determinadas plantas com interesse económico, os cientistas têm efetuado experiências a partir
de células vegetais diferenciadas de plantas adultas.
Explique por que razão a taxa de sucesso na produção de clones de plantas a partir de células diferenciadas é superior à dos
animais.
FIM
Grupo I - Vale da Morte
Vale da Morte (EUA) é o lugar mais quente, mais seco e situado a menor altitude de toda a América do Norte. É um parque
nacional que possui uma grande riqueza geológica que se reflete ao nível petrológico, geográfico, estrutural, estratigráfico e
tectónico.
O degelo dos glaciares, que terminou há 10 500 anos, levou ao enchimento das depressões, formando lagos profundos que têm
vindo a secar gradualmente (figura 1). Atualmente, a precipitação é muito rara, mas pode ser bastante intensa e concentrada.
Nestas condições, a água circula por canais que se encontram secos a maioria do tempo, transportando elevadas quantidades de
sedimentos detríticos e compostos dissolvidos, como por exemplo sais. A água encaminha-se para as depressões, formando
lagos que, quando sujeitos a altas temperaturas, secam rapidamente e formam extensos depósitos evaporíticos. Em algumas
depressões podem existir camadas de sedimentos detríticos com quase 3 km de espessura.
É possível observar as seguintes formações na região do Vale da Morte (figura 2).
– As rochas mais antigas possuem uma textura cristalina e correspondem a gnaisses que resultaram de um processo
metamórfico em condições de elevada temperatura e pressão, e que ocorreu há mais de 1700 Ma.
– Instalação de um magma que, por cristalização, originou granitos há aproximadamente 1400 Ma.
– Todas as formações anteriores foram levantadas e erodidas ao longo de 500 Ma.
– O ambiente de deposição sofreu profundas alterações, com a instalação de um rifte. Ocorreu a formação de depósitos de
origem marinha há 1200 a 800 Ma, constituídos essencialmente por conglomerados, argilitos e rochas carbonatadas num limite
passivo. Estes fenómenos ocorreram no Paleozoico e as rochas entretanto formadas sofreram metamorfismo ao longo do
tempo.
– No Mesozoico, a margem passiva converteu-se num limite convergente, com a subducção de uma placa litosférica. Este
processo originou um intenso vulcanismo, com a acumulação de grandes quantidades de lava ao longo de 150 Ma.
– No Terciário (65 a 30 Ma) a erosão formou uma planície muito ampla.
– A atividade de um complexo sistema de falhas nos últimos 30 Ma originou o levantamento de alguns blocos e o abatimento de
outros, formando depressões rodeadas por cadeias montanhosas. Atualmente, algumas zonas do Vale da Morte encontram-se a
mais de 800 metros abaixo do nível médio do mar.
Na resposta a cada um dos itens de 1 a 6 selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. No topo superior das rochas do Paleozoico está presente uma _______ na coluna estratigráfica, em resultado da ocorrência
de uma _______.
(A) descontinuidade (...) extinção em massa (C) continuidade (...) extinção em massa
(B) descontinuidade (...) fase erosiva (D) continuidade (...) fase erosiva
2. Os depósitos vulcânicos do Mesozoico formaram-se num ambiente _______, com a emissão de elevadas quantidades de lava
cuja composição deverá ser semelhante aos _______.
(A) compressivo (...) dioritos (C) distensivo (...) dioritos
(B) compressivo (...) granitos (D) distensivo (...) granitos
3. As bacias sedimentares que se encontram no topo da sequência estratigráfica localizam-se no bloco que corresponde ao
______ de falhas do tipo _______.
(A) muro (...) inversa (B) teto (...) inversa
(C) muro (...) normal (D) teto (...) normal
4. Muitos dos calcários são formados por cristais de calcite, que podem ter sido originalmente extraídos da água dos oceanos
por...
(A) litificação. (B) meteorização química.
(C) precipitação química. (D) evaporação.
5. Nos ambientes sedimentares do Vale da Morte é possível encontrar _______, que se classificam principalmente de acordo
com a _______.
(A) evaporitos (...) composição química (C) evaporitos (...) dureza
(B) rochas detríticas (...) composição química (D) rochas detríticas (...) dureza
6. A estratificação das rochas sedimentares...

(A) resulta do calor a que são sujeitas. (C) representa uma manutenção das condições deposicionais.
(B) resulta do peso das camadas superiores. (D) ocorre praticamente sempre na horizontal.
7. Ao estudarem os gnaisses do Vale da Morte, os geólogos não conseguiram determinar a natureza da rocha inicial. Relacione
este aspeto com as condições de formação do gnaisse.
8. Faça corresponder a cada uma das afirmações expressas na coluna A, referentes a características das rochas sedimentares,
um dos tipos de rochas que constam da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
A. Rocha formada a partir da cristalização de sais que se acumularam num lago em resultado da I. Basalto
intensa evaporação. II. Areia
B. Rocha formada no rifte e resultante da solidificação do magma emitido. III. Evaporito
C. Rocha formada por metamorfismo de contacto, sob elevadas condições de temperatura e pressão, IV. Gnaisse
caracterizada por evidenciar planos de foliação paralelos. V. Granito
D. Rocha com textura cristalina resultante de alterações mineralógicas no estado sólido das rochas VI. Argilito
preexistentes quando sujeitas a elevadas pressões e temperaturas. VII. Todas as rochas
E. Rocha detrítica não consolidada, muito porosa e permeável, constituinte dos depósitos anteriores
sedimentares presentes nas vertentes das bacias no Vale da Morte. VIII. Nenhuma das
F. Rochas presentes no Vale da Morte e que foram afetadas por um regime de deformação frágil. rochas anteriores
G. Rocha consolidada formada por partículas de dimensões inferiores a 0,0039 mm, que constituíram
depósitos de origem marinha há 1200 Ma.
H. Rocha resultante da solidificação do magma em profundidade possuindo uma textura granular.
Grupo II - Microrganismos extremófilos

A existência de microrganismos nas fontes termais de Yellowstone foi comprovada por Thomas Brock em 1966, que identificou
pela primeira vez a bactéria Thermus aquaticus. Muitas mais espécies têm sido identificadas noutros ambientes extremos, como
por exemplo nas fontes hidrotermais e nos fundos oceânicos. Os organismos extremófilos são capazes de sobreviver em águas e
rochas a temperaturas na ordem dos 80 °C, mas há registos de bactérias capazes de sobreviver em fontes termais com
temperaturas superiores a 113 °C. Alguns destes organismos apenas necessitam de metais, gases e minerais que existem no
ambiente, e podem mesmo usar o enxofre em vez de oxigénio para o seu metabolismo.
A evolução do conhecimento científico na área da microbiologia levou vários cientistas a formular novas formas de classificação
dos seres vivos. Comparando sequências nucleotídicas
de DNA que codifica a subunidade menor do RNA
ribossomal, Woese e colaboradores (1987) elaboraram
uma árvore da Vida dividida em três domínios. Para
além dos dados moleculares, esta árvore também se
baseia em informações ecológicas e inclui:
– Arqueobactéria - inclui os procariontes que vivem em
condições ambientais extremas (temperaturas ou
valores de pH extremos);
– Eubactéria - incluem-se os procariontes mais comuns
e que se encontram mais dispersos nos ambientes;
– Eukarya - inclui todos os eucariontes.
Os estudos dos organismos extremófilos têm permitido
obter compostos muito importantes na área da
biotecnologia, e diversas empresas e institutos estão a
caracterizar com detalhe estes organismos. Por
exemplo, a partir da bactéria Thermus aquoticus foi
obtida a DNA polimerase que, por ser resistente a altas
temperaturas, tem sido amplamente usada nos
laboratórios para fazer cópias in vitro de moléculas de
DNA.
Figura 3 - (A) Divisão dos seres vivos em três domínios

segundo Woese et al. (B) Ciclo de divisão de uma
bactéria.
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações, tendo em conta os dados fornecidos.
A. Os ribossomas estão presentes em todos os organismos vivos.
B. A classificação de Woese é do tipo prático, pois baseia-se em dados moleculares.
C. Quanto mais afastadas se encontram as espécies em termos moleculares, maiores são as diferenças acumuladas no seu
material genético, e há mais tempo se encontram a divergir os organismos.
D. A presença de parede celular é o principal aspeto que distingue a organização das células que integram os seres vivos
presentes nos domínios Eukarya e Eubactéria.
E. As bactérias extremófilas são filogeneticamente mais próximas das Eubactérias.
F. O Homem é filogeneticamente mais próximo das Eubactérias do que das Arqueobactérias.
G. A árvore filogenética apresentada vai ao encontro da ideia de Darwin de que as espécies atuais resultaram da evolução de
organismos primitivos.
H. A classificação de Woese diferencia os organismos portadores de núcleo e organelos endomembranares dos que não os
possuem.
Na resposta a cada um dos itens de 2 a 7 selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
2. Nas bactérias, a reprodução ocorre por divisões _______, que antecedem a ______ celular.
(A) meióticas (...) fusão (C) mitóticas (...) fusão
(B) meióticas (...) cisão (D) mitóticas (...) cisão
3. A DNA polimerase das bactérias permite a...

(A) duplicação do material genético na fase G1 do ciclo celular.
(B) replicação semiconservativa do cromossoma circular.
(C) divisão do material genético na fase mitótica do ciclo celular.
(D) replicação semiconservativa do DNA dos organelos.
4. A DNA polimerase pode distinguir-se da RNA polimerase por _______ o nucleótido de uracilo e por originar uma cadeia
nucleotídica _______ no final.
(A) não usar (...) dupla (C) usar (...) simples
(B) usar (...) dupla (D) não usar (...) simples
5. As bactérias que habitam as fontes termais de Yellowstone correspondem a organismos _______, que podem obter a sua
energia de forma heterotrófica por _______.
(A) eucariontes (...) fotossíntese
(B) procariontes (...) quimiossíntese
(C) procariontes (...) fotossíntese
(D) eucariontes (...) quimiossíntese
6. Em algumas espécies de bactérias, o enxofre pode substituir o oxigénio enquanto aceitador final de eletrões, em reações que
ocorrem _______ e que permitem a formação de _______.
(A) no citoplasma (...) H2O
(B) nas mitocôndrias (...) H2O
(C) no citoplasma (...) H2S
(D) nas mitocôndrias (...) H2S
7. De acordo com o Neodarwinismo, as diferenças entre os organismos representados na árvore da figura 3 podem dever-se...
(A) à existência de um ambiente que induz modificações morfológicas e estruturais nos seres vivos.
(B) ao facto de ocorrerem mitoses durante a reprodução sexuada.
(C) ao facto de o ambiente selecionar os organismos mais evoluídos, pois são os mais aptos.
(D) à acumulação de mutações no seu material genético.
8. As seguintes afirmações são respeitantes às arqueobactérias. Selecione as duas afirmações que correspondem a
características que tornam as arqueobactérias distintas dos outros dois domínios.
A. A maquinaria molecular necessária para a transcrição e tradução das arqueobactérias é mais parecida com a dos eucariontes.
B. O material genético das arqueobactérias pode associar-se a proteínas semelhantes a histonas.
C. As membranas plasmáticas das arqueobactérias são formadas por uma monocamada de lípidos.
D. As arqueobactérias possuem uma elevada variedade ao nível dos processos metabólicos, incluindo organismos produtores e
decompositores.
E. As análises químicas às membranas plasmáticas das arqueobactérias não detetaram fosfolípidos.
9. Na década de 70, os investigadores conseguiram isolar o material genético das mitocôndrias e cloroplastos e verificar que
possuíam uma subunidade menor do RNA ribossomal semelhante aos procariontes.
Explique em que medida este resultado foi importante para apoiar a Teoria da Endossimbiose.
Grupo III - Vulcanismo nos Açores
A atividade vulcânica associada aos riftes das dorsais médio-

oceânicas é altamente complexa. No caso concreto do
arquipélago açoriano, os geólogos consideram que, para além
do rifte, o vulcanismo está associado à existência de um ponto
quente. Este ponto pode ter sido importante na formação da
plataforma submarina dos Açores, que é pouco profunda
(perto da superfície do oceano), tendo resultado da
acumulação de grandes volumes de lava.
Uma investigação realizada na região dos Açores permitiu
obter com detalhe as anomalias magnéticas numa secção do
rifte e determinar a evolução tectónica da região (figura 4). As
anomalias foram registadas usando magnetómetros, que são
transportados por navios e que registam o campo magnético
das rochas do fundo oceânico. A datação das anomalias
magnéticas medidas no fundo oceânico só foi possível usando
uma escala magnetoestratigráfica, que foi elaborada a partir
da datação de rochas vulcânicas continentais de todo o
mundo, e determinando a sua anomalia magnética. Este
processo de datação baseia-se no sistema de isótopos K/Ar.
Um outro estudo, na década de 70, realizou 17 furos
profundos a bordo do navio JOIDES, tendo obtido amostras de
10 locais entre os continentes africano e sul-americano, numa
região a sul dos Açores. As amostras de sedimentos que se
acumularam por cima da crusta oceânica continham fósseis
que permitiram datar os sedimentos (figura 4).
Estes dados foram fundamentais como prova da existência da
Tectónica de Placas.
Figura 4 - Enquadramento tectónico dos Açores no oceano Atlântico. (A) Registo magnético de uma secção do fundo oceânico na região dos Açores nos últimos
milhões de anos. Por simplificação, cada esquema mostra apenas duas anomalias magnéticas. Esquema adaptado de Cannat et al. (1999), Mid-Atlantic Ridge-
Azares hotspot interactions: along-axis migrotion of a hotspot-derived event of enhanced magmatism 10 to 4 Ma ago. Earth and Planetary Science Letters 173,
pp. 257-269. (B) Datação de sedimentos obtidos a partir de furos realizados entre os continentes africano e sul-americano. Dados obtidos de Deep Sea Drilling
Project- www.deepseadrilling.org.
Na resposta a cada um dos itens de 1 a 5, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. O estudo das anomalias magnéticas permitiu verificar que estas tendem a ser _____ relativamente ao limite ______.
(A) assimétricas (...) divergente
(B) assimétricas (...) conservativo
(C) simétricas (...) divergente
(D) simétricas (...) conservativo
2. Os estudos sobre anomalias magnéticas nos fundos oceânicos só são possíveis porque as rochas da crusta oceânica possuem
minerais como...
(A) o quartzo. (C) as plagioclases.
(B) a magnetite. (D) as olivinas e piroxenas.
3. A variação da largura das bandas que identificam as anomalias magnéticas pode dever-se...
(A) à taxa de expansão do fundo oceânico.
(B) à presença ou ausência de minerais com propriedades magnéticas.
(C) aos métodos de deteção do padrão das anomalias magnéticas.
(D) à variação da composição do material magmático que é emitido nos riftes.
4. A água do mar infiltra-se na crusta e circula em profundidade, alterando as rochas da crusta oceânica. Do processo de
alteração de um basalto restam alguns minerais pouco alterados que são ricos essencialmente em...
(A) ferro e magnésio. (C) sódio e potássio.
(B) ferro e potássio. (D) sódio e magnésio.
5. As falhas indicadas pela letra A são do tipo ______, originando sismos ______.
(A) normal (...) superficiais
(B) transformante (...) superficiais
(C) normal (...) profundos
(D) transformante (...) profundos
6. Entre as ilhas das Flores e do Faial deverá ser altamente provável encontrar lava do tipo ______, resultante da solidificação de
uma mistura composicionalmente _______.
(A) aa (...) ácida (C) aa (...) básica
(B) almofada (...) ácida (D) almofada (...) básica
7. Nas regiões da plataforma submarina dos Açores não foi detetado um padrão evidente de bandas com anomalia magnética.
Explique de que modo este facto sugere que as rochas da plataforma oceânica não foram formadas num rifte.
8. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações respeitantes aos dados apresentados e à
Teoria da Tectónica de Placas.
A. A litosfera continental tende a ser mais espessa e menos densa do que a litosfera oceânica, localizando-se por baixo desta a
astenosfera, cujo principal critério de individualização corresponde às suas propriedades químicas.
B. De acordo com a Teoria da Tectónica de Placas, a secção superior do manto e a crusta rígida compõem a litosfera.
C. Uma amostra rochosa recolhida na região central do rifte representado na figura 4, e que se formou nos últimos milhares de
anos, apresentará uma anomalia magnética normal ou positiva.
D. As ilhas das Flores e do Corvo têm-se afastado uma da outra nos últimos milhões de anos.
E. Os estratos sedimentares mais novos encontram-se depositados imediatamente por cima do fundo oceânico e mais afastados
do rifte.
F. Nas regiões mais afastadas dos riftes, no topo das sequências estratigráficas, encontram-se os sedimentos mais antigos.
G. O fluxo térmico atual deverá ser maior entre as ilhas do grupo ocidental (Flores e Corvo) e as ilhas do grupo central (inclui
Faial e Pico).
H. É de esperar uma diminuição na espessura nos depósitos sedimentares com o afastamento ao rifte.
I. O uso de fósseis permite correlacionar a idade das rochas, mas não permite obter datações absolutas.
9. Explique em que medida o magnetismo associado aos estudos batimétricos (relevo submarino) e a distribuição dos sismos
foram importantes na consolidação da Teoria da Tectónica de Placas.
Grupo IV - Hormonas vegetais
O crescimento das plantas é regulado por diversas hormonas vegetais. Dada a aplicação que as hormonas vegetais têm na
biotecnologia para controlo do desenvolvimento e ciclo de vida das plantas, o seu estudo tem sido particularmente relevante
nas últimas décadas. Na década de 50 do século XX, foram descobertas as giberelinas (GA), que atualmente constituem um
grupo de mais de 125 compostos conhecidos que possuem uma estrutura química semelhante e funções biológicas muito
distintas.
Leia atentamente os seguintes documentos relativos a duas experiências implementadas para estudar o papel das giberelinas.
Documento A
Colocaram-se plantas a crescer em condições laboratoriais controladas, às quais foram aplicadas giberelinas. Ao longo de 72
horas foi observado o efeito da aplicação de hormonas ao nível do meristema apical caulinar. Em paralelo, plantas não sujeitas a
tratamento hormonal com giberelinas foram observadas ao longo de 72 horas e usadas como controlo. Na figura seguinte, cada
ponto corresponde a uma célula em processo de divisão na região apical do caule.
Documento B
As plantas de arroz que se encontravam mergulhadas
em água foram aplicadas giberelinas, tendo-se
verificado um aumento do comprimento dos segmentos
internodos. Após a aplicação de giberelinas, os núcleos
das células foram isolados para quantificar o DNA
presente e determinar a fase de divisão em que se
encontravam.
1. Faça corresponder a cada uma das afirmações respeitantes ao controlo hormonal por giberelinas um dos números da chave.
Utilize cada letra apenas uma vez.
Afirmações Chave
A. A aplicação de giberelinas em plantas intactas deverá promover o crescimento dos caules e o I. Afirmação apoiada pelos
aumento do tamanho das plantas. dados.
B. As giberelinas aumentam a divisão celular por meiose, aumentando o número de células. II. Afirmação contrariada
C. O elongamento celular é estimulado pela aplicação de giberelina. pelos dados.
D. Em plantas submergidas, as giberelinas ativam a divisão celular começando por aumentar a III. Afirmação sem relação
transição direta da fase G1 para a G2. com os dados.
E. As giberelinas estimulam a progressão do ciclo celular da fase G1 para a fase S.
F. O tempo de exposição à ação das giberelinas não influencia a interfase das plantas de arroz.
G. Durante a divisão celular, a atividade metabólica de células é muito reduzida, pois a expressão
génica está inativa.
H. Ao fim de 25 horas de tratamento com giberelinas a maioria das células encontra-se na fase S
do ciclo celular.
2. As plantas possuem um ciclo de vida _____, em que a meiose antecede a formação dos ______.
(A) haplodiplonte (...) gâmetas (C) diplonte (...) gâmetas
(B) haplodiplonte (...) esporos (D) diplonte (...) esporos
3. A existência de mais de 125 compostos pertencentes às giberelinas poderá corresponder a um mecanismo de evolução
______, e que à luz do Lamarckismo poderá ser explicado pela existência de um ambiente ______ organismos.
(A) divergente (...) modificador dos (C) convergente (...) que seleciona os
(B) convergente (...) modificador dos (D) divergente (...) que seleciona os
4. Os tecidos meristemáticos não realizam fotossíntese, dependendo da _____ para metabolizarem a _____ a 6 moléculas de
CO2, formando água como subproduto.
(A) glicólise (...) glicose (C) respiração aeróbia (...) glicose
(B) glicólise (...) sacarose (D) respiração aeróbia (...) sacarose
5. Os investigadores identificaram algumas giberelinas que conseguem afetar a abertura dos estomas das plantas com uma ação
contrária ao ácido abscísico. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
A. Algumas giberelinas podem estimular a abertura dos estomas.
B. O floema está associado apenas ao transporte de substâncias nutritivas dos tecidos fotossintéticos para as raízes, enquanto os
meristemas apicais caulinares dependem da atividade fotossintética dos tecidos próximos.
C. A abertura dos estomas é diretamente proporcional ao transporte de água para fora do citoplasma das células-guarda do
estoma.
D. Os movimentos transmembranares de água associados ao controlo da abertura estomática dependem do transporte de água
das raízes até à folha pelo floema.
E. Em geral, o fecho dos estomas está associado a um aumento das taxas fotossintéticas e a uma redução do transporte ao longo
dos tubos crivosos.
+ -
F. O transporte de iões K e Cl , que ocorre nas primeiras horas de luz, torna o citoplasma das células-guarda mais hipertónico,
levando à entrada de água por transporte passivo.
G. As concentrações reduzidas de CO2 no mesófilo foliar desencadeiam a abertura dos estomas.
6. Faça corresponder a cada uma das afirmações expressas na coluna A um dos processos que consta da coluna B. Utilize cada
letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
A. A partir de uma porção de um caule, que é enterrada no solo, gera-se um indivíduo geneticamente I. Totipotência
idêntico ao primeiro. II. Mitose
B. Os meristemas das plantas são formados por células com capacidade de regenerar todos os outros III. Estacaria
tipos de células presentes numa planta. IV. Enxertia
C. Técnica muito usada na vitivinicultura, em que se efetua uma incisão na planta recetora onde se V. Alporquia
coloca um fragmento de uma outra planta, que pode não ser da mesma espécie. VI. Geração gametófita
D. Ao longo da vida da planta ocorre crescimento e regeneração dos seus órgãos, mantendo-se
constante a valência cromos- cómica das células.
E. O tubo polínico transporta as células masculinas até ao óvulo.
7. As giberelinas fomentam o desenvolvimento de frutos, mesmo sem ter ocorrido polinização e fecundação. Relacione este
aspeto com o uso de giberelinas na agricultura.
Grupo I - Formação de montanhas: o exemplo dos Alpes
A formação de montanhas - orogénese - sempre causou muito interesse aos investigadores. Entre eles, destaca-se James Hall,
um proeminente geólogo experimental que usou um modelo analógico para explicar a formação de cadeias montanhosas. No
modelo de James Hall, a força mecânica é exercida apenas na horizontal e afeta uma série de materiais que se comportam de
forma distinta sob as mesmas condições físicas. O topo da caixa de deformação encontrava-se tapado, de forma a manter o
material dentro da caixa.
A velocidade de formação das montanhas é difícil de determinar. Contudo, um estudo recente realizado nos Alpes permitiu
verificar que esta cadeia montanhosa está a formar-se a uma taxa superior ao inicialmente previsto. Uma equipa de
investigadores recolheu uma estalactite com 36 cm de comprimento numa caverna a 2500 metros de altitude, na Áustria, e
realizou os seguintes estudos:
- recorrendo ao par de isótopos U/Pb (urânio/chumbo), determinaram que a estalactite se começou a formar há
aproximadamente 2,22 Ma e parou há 2,0 Ma;
16 18
- quantificando os isótopos de oxigénio ( O e O) na estalactite, determinaram que esta se formou algumas centenas de metros
abaixo dos atuais 2500 metros de profundidade. Esta determinação só é possível porque quanto maior é a altitude, maior é o
16 18
teor de O comparativamente a O (este é mais pesado e mais abundante ao nível do mar);
- usando isótopos de carbono, os investigadores determinaram que, quando se formaram, as estalactites encontravam-se numa
gruta a mais de 1000 metros de profundidade.
Estes dados permitiram aos investigadores concluir que os Alpes, na zona em análise, cresceram e elevaram-se cerca de 7,5
cm/século nos últimos 2 Ma, com uma taxa de erosão na ordem dos 5 cm/século. Esta intensa erosão deve-se à existência de
glaciares e fortes correntes de água. Dados adaptados de Meyer, et ai. (2011), "Speleothems and mountain uplift", Geology 39, pp. 447-450.
1. O modelo de James Hall de formação de cadeias montanhosas diferencia-se da realidade...
(A) por ocorrer deformação apenas em regime dúctil.
(B) ao nível da reduzida extensão geográfica e de uma escala temporal muito menor no modelo.
(C) ao nível das forças tectónicas, que são essencialmente verticais nas regiões onde se formam as cadeias montanhosas.
(D) por possuir uma escala temporal semelhante e uma escala geográfica muito menor.
2. Os isótopos de oxigénio podem ser usados para determinar...

(A) a idade de formação das estalactites.
(B) a altitude a que as rochas se encontram atualmente.
(C) a altitude em que ocorreu a formação das estalactites no passado.
(D) a idade de destruição e lixiviação dos isótopos das rochas carbonatadas.
3. Os isótopos de _____ são aprisionados nas estalactites aquando da sua formação e sofrem decaimento, aumentando o teor
de ______, permitindo uma datação absoluta.
16 18
(A) O (...) O
(B) chumbo (...) urânio
18 16
(C) O (…) O
(D) urânio (...) chumbo
4. As rochas carbonatadas que compõem a secção dos Alpes em estudo devem ter-se formado em ambiente sedimentar _____,
tendo sofrido, posteriormente, deformações em regime _______.
(A) dunar (...) distensivo
(B) oceânico ou lagunar (...) distensivo
(C) dunar (...) compressivo
(D) oceânico ou lagunar (...) compressivo
5. Os minerais de calcite sob a ação de uma força quebram-se segundo ______, ao contrário de minerais de _______.
(A) planos de clivagem (...) quartzo
(B) planos de clivagem (...) feldspato
(C) fraturas (...) quartzo
(D) fraturas (...) feldspato
A. Verifica-se a existência de falhas normais nas secções A e B da figura 1.
B. No modelo analógico representado, as argilas comportam-se de forma frágil e dúctil.
C. As areias tendem a fraturar de forma mais intensa em regime distensivo.
D. A altitude e a idade de formação das estalactites permitiram calcular a taxa de elevação dos Alpes.
E. É expectável que a extremidade inferior da estalactite estudada se tenha formado há 2,2 Ma.
F. Desde a formação da estalactite, o160 tem vindo a acumular-se nesta estrutura.
G. Nos últimos 2,0 Ma, a altitude dos Alpes na região apresentada aumentou em média 7,5 cm/ século.
H. O modelo analógico pode representar um limite transformante de placas tectónicas.
de estalactites. Inicie pela letra A.
A. Meteorização de rochas carbonatadas por águas que circulam em profundidade.
B. Formação de uma estrutura cónica invertida - estalactite, há 2,0 Ma.
C. Deposição dos minerais de calcite em formas circulares e na extremidade da estrutura.
D. Contacto da água saturada em bicarbonato de cálcio com uma atmosfera pobre em COE, levando à precipitação do carbonato
de cálcio.
E. Saturação das águas subterrâneas em bicarbonato de cálcio.
F. Formação dos primeiros minerais de calcite.
8. Em 1857, James Hall notou que as cadeias montanhosas eram compostas por espessas camadas de sedimentos deformados,
enquanto as regiões continentais próximas das cadeias montanhosas eram formadas por camadas muito mais finas. Relacione
este facto com o processo de formação das cadeias montanhosas.
Grupo II - Chlamydomonas
As Chlamydomonas são algas verdes unicelulares muito utilizadas nos estudos laboratoriais. Estes organismos pertencem ao
Reino Protista, filo Chlorophyta. A Chlamydomonas reinhardtii encontra-se amplamente distribuída nos habitats de água doce,
possuindo dois flagelos. Tem um único cloroplasto que contém pigmentos fotossintéticos de cor verde.
Realizou-se uma experiência em que ambos os flagelos de um grupo de C. reinhardtii foram removidos, tendo-se observado o
seu crescimento ao longo do tempo. Os resultados estão representados na figura 3.
O principal objetivo da experiência anterior foi estudar a...
(A) atividade do flagelo.
(B) divisão e o crescimento do flagelo.
(C) regulação ao nível da divisão do flagelo.
(D) regulação ao nível da degradação do flagelo.
2. O controlo experimental corresponde ao grupo das C. reinhardtii...

(A) que mantiveram os dois flagelos.
(B) ao qual foi removido o flagelo.
(C) que não foi usado para medir o crescimento dos flagelos.
(D) ao qual foi removido o flagelo e impedido de crescer ao longo do tempo.
3. Os resultados obtidos permitem concluir que, após a remoção dos flagelos, estes podem ser ______ ao fim de algumas horas,
sendo importantes ______ das C. reinhardtii.
(A) degradados (...) na locomoção
(B) regenerados (...) no metabolismo
(C) degradados (...) no metabolismo
(D) regenerados (...) na locomoção
4. Durante o processo fotossintético da C. reinhardtii, um dos produtos das reações da fase luminosa, o ____, é eliminado como
subproduto, não sendo usado como reagente durante o ____, também conhecido como reações da fase não dependente da luz.
(A) CO2 (...) Ciclo de Krebs
(B) CO2 (...) Ciclo de Calvin
(C) O2 (..,) Ciclo de Calvin
(D) O2 (...) Ciclo de Krebs
5. A fotossíntese permite sintetizar ______, que é um composto que será degradado na respiração aeróbia, permitindo
regenerar ______.
(A) glicose (...) ATP a partir de ADP+Pi
(B) glicose (...) ATP a partir de ADP
(C) ATP a partir de ADP+Pi (...) glicose
(D) ATP a partir de ADP (...) glicose
6. Ao nível do cloroplasto da C. reinhardtii acumulam-se grânulos de amido, que é um composto com a mesma composição
_____, correspondendo a uma forma de armazenamento da _______.
(A) dos ácidos gordos (...) sacarose
(B) da celulose (...) glicose
(C) dos ácidos gordos (...) glicose
(D) da celulose (...) sacarose
7.Mencione a designação da estrutura assinalada com a letra X (figura 3).
8. As células de Chlamydomonas reabsorvem os seus flagelos quando se preparam para a divisão celular por mitose. Durante o
processo de divisão, as células estão imóveis. No entanto, na Volvox, uma alga colonial que pertence à mesma família da
Chlamydomonas, os processos de divisão e locomoção encontram-se separados.
Relacione este aspeto com o desenvolvimento da multicelularidade.
9. Faça corresponder a cada uma das afirmações, respeitantes às funções e estruturas celulares constantes na coluna A, a
respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
A. Encontra-se em redor do organelo que contém a maioria do material genético celular, I. Núcleo
permitindo parte da síntese proteica. II. Retículo endoplasmático
B. Compõem a maioria do volume celular das células vegetais. III. Complexo de Golgi
C. Permite a fixação do carbono em C. reinhardtii. IV. Mitocôndria
D. Permite o transporte seletivo de material entre o citoplasma e o meio externo. V. Cloroplasto
E. Responsável pela degradação completa do acetil-CoA a CO2, com formação de NADH, ATP e VI. Vacúolo
FADH2. VII. Vesículas secretoras
F. Estrutura composta por glicoproteínas e polissacarídeos que confere rigidez e proteção à VIII. Vesículas digestivas
célula. IX. Membrana plasmática
G. Contém os 17 cromossomas que compõem o genoma haploide da C. reinhardtii. X. Parede celular
H. Encontram-se envolvidas na exocitose de compostos e produtos de excreção.
Grupo III - Evolução da linha de costa de Aveiro
O litoral português tem sido sujeito a variações significativas do nível do mar. Estas
variações são responsáveis por alterações profundas que ocorrem ao nível da
geomorfologia costeira. Uma das secções do litoral português em que é possível
observar o caráter dinâmico da linha costeira é a ria de Aveiro. Esta ria, também
conhecida como haff-delta de Aveiro (o rio desagua na laguna — haff —, formando
um delta interior), corresponde a uma ampla área lagunar que se formou nas últimas
centenas de anos em resposta às variações do nível do mar. Estas variações devem-
se a vários fatores, sendo um deles a alternância de períodos glaciares e
interglaciares. No período interglaciar, que ocorreu no Flandriano (6000 a 3000 anos
atrás), ocorreu uma subida do nível médio da água do mar, que submergiu zonas que
estavam anteriormente emersas. No fim do século XV, a acumulação de sedimentos
levou à formação e ao avanço rápido de uma restinga. Este fenómeno pode ter sido
influenciado pela "Pequena Idade do Gelo", que afetou a Europa no século XV e que
originou anos muito frios e com forte acumulação de neve nas montanhas. Os
invernos mais rigorosos levaram à acumulação de grandes quantidades de areias que
dificultaram o uso do porto de Aveiro a partir de 1575.
Em 1756, a restinga atingiu a sua extensão máxima, fechando por completo a laguna.
Para além dos impactos económicos associados ao fecho do porto de Aveiro, houve
problemas ao nível da salubridade das águas da laguna, que deixaram de sofrer a
ação direta das marés. Em 1808, o porto de Aveiro foi reaberto. A construção de um
quebra-mar, para proteger a entrada do porto, originou profundas alterações na linha costeira nas últimas décadas.
Faça corresponder a cada uma das afirmações respeitantes aos dados fornecidos um dos números da chave. Utilize cada letra
apenas uma vez.
Afirmações Chave
A. Durante o máximo flandriano, o mar invadiu uma grande área continental. I. Afirmação
B. A geomorfologia da zona costeira de Aveiro depende apenas das variações do nível do mar. apoiada pelos
C. A construção de esporões afeta a dinâmica costeira na região em análise. dados.
D. A construção do quebra-mar à entrada do porto de Aveiro levou a uma acumulação de sedimentos a sul da II. Afirmação
restinga e a uma intensa erosão a norte da restinga. contrariada
E. O assoreamento da laguna permitiu a formação de pequenas ilhotas. pelos dados.
F. A restinga da ria de Aveiro é formada pela acumulação de sedimentos transportados pelo rio Vouga e III. Afirmação
também de origem marinha, formando um cordão paralelo à linha de costa e que cresceu de norte para sul. sem reação
G. Na região em estudo, a deriva litoral deverá ocorrer essencialmente de norte para sul. com os dados.
H. A construção a sul do porto de Aveiro de estruturas de proteção do litoral obrigou, posteriormente, à
construção de mais estruturas a norte.
2. Durante os períodos interglaciares, o degelo dos glaciares leva à subida do nível do mar, provocando _____ da linha de costa e
aumentando ______ ao longo da costa.
(A) avanço (...) o assoreamento (C) recuo (...) o assoreamento
(B) avanço (...) a erosão (D) recuo (...) a erosão
3. Nos períodos mais frios, a redução do nível do mar levaria os rios a tornarem-se mais encaixados na região dos estuários,
______ a sua capacidade de transporte de sedimentos e contribuindo para um ______ fornecimento de sedimentos para a
deriva litoral.
(A) aumentando (...) menor
(B) reduzindo (...) menor
(C) aumentando (...) maior
(D) reduzindo (...) maior
4. Numa coluna estratigráfica típica de uma transgressão marinha, a origem dos sedimentos, da base para o topo, é...
(A) fluvial, lagunar, litoral.
(B) fluvial, litoral, lagunar.
(C) litoral, fluvial, lagunar.
(D) litoral, lagunar, fluvial.
5. Quando se comparam depósitos de origem glaciar e eólica, verifica-se que os primeiros possuem sedimentos _____ angulosos
e que a distribuição da granulometria dos sedimentos pode ser representada pelo gráfico _____ seguinte.
(A) mais (...) I
(B) mais (...) II
(C) menos (...) I
(D) menos (...) II
6. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas a características de diferentes rochas, um dos números
da coluna B, que identificam os diferentes tipos de rochas. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
A. Rocha plutónica de composição intermédia. I. Lignite
B. Corresponde a uma rocha sedimentar detrítica não consolidada e muito impermeável. II. Quartzito
C. Rocha biogénica resultante da acumulação de restos de conchas e esqueletos. III. Argila
D. É uma rocha biogénica formada a partir da acumulação de restos vegetais. IV. Mármore
E. Rocha vulcânica com composição ácida e textura agranular. V. Calcário
F. Resulta do metamorfismo de rochas sedimentares carbonatadas. VI. Andesito
G. Rocha formada a partir do metamorfismo de arenitos ricos em quartzo. VII. Diorito
VIII. Areia
IX. Riolito
7. As areias que se acumulam a norte do quebra-mar do porto de Aveiro são exploradas como material para a construção civil.
Explique em que medida este fenómeno pode agravar a perigosidade natural desta região.
Grupo IV - Reprodução sexuada e assexuada em fungos

Os fungos da espécie Neurospora crassa têm sido amplamente usados em estudos de biologia molecular e celular, desde a
década de 60 do século XIX. Estes fungos são os principais constituintes do bolor do pão. Podem apresentar elevadas taxas de
crescimento, na ordem dos dez centímetros por dia, formando um micélio, constituído por filamentos (hifas) muito ramificados.
Existem pelo menos doze tipos de células diferentes ao longo do ciclo de vida do fungo N. crassa, destacando-se as hifas, os
conídios e os ascósporos. Todas estas células possuem uma parede celular quitinosa, que lhes confere rigidez.
Quando se reproduzem sexuadamente, uma hifa de um fungo funciona como "fêmea" e uma outra como "macho". Como não
há diferenças entre elas, são designadas por estirpe A e estirpe a. A fusão dos núcleos não ocorre imediatamente após a união
das células. Primeiramente, forma-se uma estrutura em forma de cálice, no qual se inicia a formação dos esporos e só depois
ocorre a fusão dos núcleos. Após esta união, ocorre uma divisão por meiose, seguida de uma mitose em todas as células,
formando oito ascósporos no final (figura 5). A parede dos ascósporos é muito espessa e estes podem permanecer dormentes
no solo ao longo de vários anos.
Embora se possam reproduzir de forma assexuada e sexuada, esta é favorecida em condições laboratoriais em que os fungos
são mantidos em meios pobres em carbono e azoto.
1. As células da N. crassa apresentam...
(A) um sistema endomembranar e núcleo individualizado.
(B) todo o material genético localizado nos organelos.
(C) o material genético no citoplasma.
(D) cloroplastos resultantes de processos de endossimbiose que ocorreram no passado.
2. A quitina é um _____ formado pela ligação de _______ que correspondem a monómeros.

(A) polissacarídeo (...) aminoácidos (B) polissacarídeo (...) moléculas de glicose
(C) monómero (...) aminoácidos (D) monómero (...) moléculas de glicose
3. A maioria das células de N. crassa possuem ______ de cada gene, caracterizando-se por ter um ciclo_____ com reprodução
assexuada e sexuada.
(A) duas cópias (...) haplonte (C) uma cópia (...) haplonte
(B) uma cópia (...) haplodiplonte (D) duas cópias (...) haplodiplonte
4. Considerando as dimensões das hifas dos fungos, as trocas gasosas ocorrem por ______, podendo realizar ______ com
produção de álcool como produto de excreção.
(A) difusão direta (...) a fermentação (C) hematose (...) a fermentação
(B) hematose (...) o Ciclo de Krebs (D) difusão direta (...) o Ciclo de Krebs
5. Para a classificação dos fungos, um dos critérios usados por Whittaker foi...
(A) a natureza bioquímica das biomoléculas presentes na membrana plasmática.
(B) o modo de nutrição.
(C) as relações filogenéticas.
(D) as características bioquímicas do material genético presente no núcleo.
6. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas ao ciclo de vida do fungo N. crassa, um dos números da
coluna B. Utilize cada letra apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
A. Durante este processo de divisão ocorre replicação semiconservativa. I. Mitose
B. Divisão dos quatro núcleos que vão dar origem aos ascósporos. II. Meiose
C. Ocorrem processos de crossing-over. III. Mitose e meiose
D. Processo de divisão associado à formação dos esporos assexuados.
E. Processo que está na base da formação de quatro núcleos haploides a partir de um núcleo diploide.
F. Permite a germinação dos conídios formando hifas.
7. Ordene as letras de A a E de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com o processo
digestivo que ocorre nos fungos. Inicie pela letra A.
A. Produção e transporte de enzimas hidrolíticas para fora do micélio.
B. Hidrólise de substâncias nutritivas existentes no meio exterior às hifas.
C. Entrada dos monómeros no citoplasma das células das hifas.
D. Os compostos nutritivos são usados para a síntese de novos compostos ou produção de energia.
E. Passagem dos compostos digeridos através da membrana plasmática das células dos fungos.
8. A transferência de fungos que se encontravam a crescer em meio rico em carbono e azoto para meios pobres nestes
elementos origina, em laboratório, a formação de cálices com ascósporos. Relacione este aspeto com as vantagens e as
desvantagens dos processos de reprodução assexuada e sexuada.
Grupo I - Insetos na Madeira
O estudo da evolução das espécies que habitam ilhas é de extrema importância, pois permite visualizar o processo evolutivo e a
adaptação a novas condições ambientais. Um dos melhores exemplos em Portugal é a existência de dezenas de espécies de
escaravelhos sem asas ou com asas vestigiais, na ilha da Madeira. Segundo os investigadores, a causa provável para o apare-
cimento destes escaravelhos é a existência de ventos fortes e constantes. Nestas condições, os pequenos insetos voadores
poderiam ser facilmente arrastados pelo vento para o mar.
Os gráficos seguintes apresentam os dados de um estudo publicado por Roth (1990), que foi realizado em diversas ilhas,
incluindo a Madeira, e em cadeias montanhosas de regiões continentais.
1. Nas zonas continentais próximas da ilha da Madeira os escaravelhos possuem asas, indicando que ...
(A) as asas não são necessárias nos escaravelhos.
(B) as asas apenas são necessárias nos escaravelhos que são sujeitos a ventos mais ou menos constantes.
(C) o vento forte leva à remoção das asas dos escaravelhos.
(D) a perda das asas correspondeu a um mecanismo de adaptação às condições ambientais específicas.
2. Em cavernas de origem vulcânica nos Açores foram encontrados insetos sem asas, correspondendo a um mecanismo de
evolução ______ relativamente aos escaravelhos da Madeira, em resultado de pressões seletivas ______.
(A) convergente (...) semelhantes
(B) divergente (...) semelhantes
(C) convergente (...) distintas
(D) divergente (...) distintas
3. Os escaravelhos da Madeira são insetos que permanecem nos seus refúgios enquanto os ventos são fortes e o sol não brilha
com mais intensidade, pois são organismos ______ com um sistema circulatório do tipo ______.
(A) poiquilotérmicos (...) fechado
(B) poiquilotérmicos (...) aberto
(C) homeotérmicos (...) aberto
(D) homeotérmicos (...) fechado
4. Segundo Darwin, a ausência de asas nos escaravelhos da Madeira pode dever-se...

(A) a mutações que ocorreram em determinados indivíduos dentro de uma população.
(B) a modificações resultantes da ação dos ventos fortes, tendo essa característica sido transmitida à descendência.
(C) ao declínio e desaparecimento de indivíduos com asas devido à seleção natural, sobrevivendo os que não tinham asas e que
eram mais aptos nos ambientes da ilha da Madeira.
(D) ao desuso das asas em consequência da não adaptação aos ventos fortes.
5. De acordo com o Sistema de Classificação de Whittaker Modificado, os insetos estão incluídos no reino animal uma vez que...
(A) realizam trocas gasosas por hematose traqueal.
(B) reproduzem-se sexuadamente.
(C) são formados por células com parede celular rica em quitina.
(D) são heterotróficos e consumidores.
6. Para os Neodarwinistas, modificações ao nível _______ podem ser responsáveis pelo aparecimento de novas características
nos escaravelhos da Madeira, sobre as quais atuará a seleção ________.
(A) do DNA e das proteínas (...) artificial (C) dos lípidos (...) artificial
(B) do DNA e das proteínas (...) natural (D) dos lípidos (...) natural
A. A maior altitude é possível encontrar mais espécies de insetos com asas vestigiais ou sem asas.
B. Nas zonas mais próximas dos poios ocorre uma redução do número de espécies de insetos sem asas.
C. É no arquipélago da Madeira que se encontram os insetos sem asas mais a norte do equador.
D. Nas regiões continentais existem insetos sem asas.
E. Na ilha da Madeira, é expectável que nas regiões montanhosas os insetos saiam do seu esconderijo quando os ventos são
bastantes fortes.
F. A população de escaravelhos da ilha da Madeira deve ter um fundo genético igual à população original de escaravelhos das
regiões continentais.
8. Ao longo da evolução, as diferentes espécies sofreram processos seletivos em resultado da sua adaptação a modificações
ambientais.
Relacione o fundo genético das populações com a sua capacidade de adaptação às modificações ambientais e com a evolução
biológica de que são alvo ao longo do tempo.
Grupo ll - Modelo de formação da Terra
A Teoria da Tectónica de Placas foi alvo de intensas críticas e debate ao longo de várias décadas, até ter sido aceite como a
teoria unificadora da Geologia. Esta teoria permite explicar a deriva dos continentes, a distribuição de fósseis e de muitas
espécies atuais de seres vivos e auxilia na compreensão dos dados de magnetismo.
No entanto, alguns cientistas elaboraram outros modelos explicativos para os dados científicos existentes na década de 50.
Destaca-se o Modelo da Expansão da Terra, que é uma das explicações que mais se distancia da Teoria da Tectónica de Placas.
Aquele modelo considera que a força gravítica da Terra se reduziu ao longo do tempo, levando à sua expansão (figura 2).
Figura 2 - Esquema representativo

do Modelo da Expansão da Terra.
1. Faça corresponder a cada uma das afirmações identificadas pelas letras um dos números da chave. Utilize cada letra apenas
uma vez.
Afirmações CHAVE
A. Os continentes já estiveram juntos no passado, formando um supercontinente. I. A afirmação é explicada apenas pela
B. A acumulação de planetesimais levou à formação da Terra. Teoria da Tectónica de Placas.
C. Ocorreu a separação dos continentes desde o Pérmico (há 299 a 251 Ma). II. A afirmação é explicada apenas pelo
D. A crusta oceânica é, em média, mais jovem do que a crusta continental. Modelo da Expansão da Terra.
E. O magma, ao ascender nos riftes, origina a formação de crusta oceânica. III. A afirmação é explicada pela Teoria da
F. Dados paleomagnéticos permitiram calcular o raio da Terra há 400 Ma, tendo-se verificado Tectónica de Placas e pelo Modelo da
que seria 102 ± 2,8% do raio atual. Expansão da Terra.
G. O volume da Terra tem-se mantido constante nas últimas centenas de milhões de anos. IV. A afirmação não é explicada pela Teoria da
H. Ocorreu o preenchimento dos intervalos entre os continentes com crusta oceânica e Tectónica de Placas nem pelo Modelo da
oceanos, em resultado da separação originada pelo aumento do volume do planeta. Expansão da Terra.
2. Enquadrada na formação do Sistema Solar, a Terra, enquanto planeta ______, terá sido um dos ______ planetas a formar-se.
(A) telúrico (...) primeiros
(B) telúrico (...) últimos
(C) gasoso (...) primeiros
(D) gasoso (...) últimos
3. De acordo com o conhecimento científico atual, os continentes são formados por material _____ denso do que a crusta
oceânica, em que a propagação das ondas sísmicas é mais ______ em relação à da crusta oceânica.
(A) mais (...) lenta
(B) menos (...) rápida
(C) mais (...) rápida
(D) menos (...) lenta
4. Os dados do paleomagnetismo presente nas rochas da crusta terrestre permitiram verificar que...
(A) o polo norte geográfico migrou ao longo do tempo geológico.
(B) o polo norte magnético migrou ao longo do tempo geológico.
(C) os continentes migraram ao longo do tempo geológico, resultando numa aparente migração do polo norte magnético.
(D) os continentes migraram ao longo do tempo geológico, resultando numa aparente migração do polo norte geográfico.
5. A determinação da idade da Terra está dependente da...

(A) quantificação da relação entre isótopos-pai e isótopos-filho e do conhecimento do tempo de semivida dos isótopos-filho
recolhidos em corpos primitivos do Sistema Solar.
(B) datação relativa da idade das rochas mais antigas, recorrendo-se ao conteúdo fossilífero.
(C) datação absoluta da idade das rochas mais antigas, recorrendo-se ao conteúdo fossilífero.
(D) quantificação da relação entre isótopos-pai e isótopos-filho e do conhecimento do tempo de semivida dos isótopos-pai
recolhidos em corpos primitivos do Sistema Solar.
6. De acordo com a Teoria da Tectónica de Placas, o movimento das placas litosféricas ter-se-á iniciado ______ da diferenciação
do planeta Terra, estando dependente ______.
(A) depois (...) dos movimentos convectivos mantélicos
(B) antes (...) da atração gravítica exercida pela Lua
(C) antes (...) dos movimentos convectivos mantélicos
(D) depois (...) da atração gravítica exercida pela Lua
do Sistema Solar e da Terra. Inicie pela letra A.
A. Contração de uma nébula resultante da atração gravítica gerada pelo aumento de massa na zona central da nebulosa.
B. Formação de protoplanetas de diferentes massas e densidades, em que os mais densos ocupam posições mais internas e os
menos densos ocupam posições mais externas.
C. Achatamento da nebulosa formando um disco de poeiras e gases.
D. Os protoplanetas iniciam processos de diferenciação interna em camadas de diferentes composições químicas e diferentes
densidades.
E. Condensação dos materiais mais sólidos na zona central da nébula solar e dos materiais mais gasosos nas zonas periféricas.
F. Início da colisão de planetesimais dando origem a corpos com dimensões sucessivamente maiores.
8. Estudos recentes no lago Mono (Califórnia, EUA), composto por águas muito ácidas, ricas em metais pesados tóxicos e
associado a vulcões, permitiram descobrir bactérias capazes de substituir o fósforo pelo arsénio. O arsénio é um elemento
altamente tóxico para os organismos, mas que impede que estas bactérias se reproduzam ao longo do tempo.
Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

8.1. Nas bactérias descobertas no lago Mono é expectável encontrar arsénio em diversas moléculas, tais como...
(A) ATP e ácidos gordos.
(B) DNA e RNA.
(C) proteínas e glicose.
(D) glicose e DNA.
8.2. Explique em que medida as descobertas referidas foram consideradas pela Agência NASA como sendo muito importantes na
pesquisa de vida extraterrestre.
Grupo III - Geologia da serra da Peneda-Gerês
O maciço da Peneda-Gerês é formado por um conjunto de granitos que são abundantes no Parque Nacional da Peneda-Gerês,
prolongando-se para Espanha (Galiza). Estes granitos encontram-se a cortar as rochas encaixantes, que são formadas por outros
granitos (biotíticos e de duas micas) e rochas sedimentares do Silúrico que sofreram metamorfismo.
Os três principais tipos de granitos do maciço da Peneda-Gerês possuem a mesma associação mineralógica (quartzo, feldspato
potássico, plagioclase e biotite), com as seguintes texturas granulares:
- granito do Gerês: porfiroide (cristais de maiores dimensões envolvidos por uma matriz fanerítica de grão mais fino) de grão
grosseiro a médio;
- granito de Paufito: porfiroide a inequigranular (a dimensão dos cristais difere substancialmente) de grão médio;
- granito de Carris: granular de grão fino, por vezes porfiroide.
A análise dos contactos entre os diferentes granitos permitiu concluir que possuem idades próximas, e as análises radiométricas
apontam para uma idade de 290 a 296 Ma. Foram usados os sistemas do Rb-Sr e U-Pb, com resultados semelhantes.
Quanto à origem, os dados químicos e mineralógicos sugerem que os granitos se formaram a partir da fusão parcial de materiais
da crusta continental inferior e com possível mistura com magmas de origem mantélica. Estes fenómenos devem ter ocorrido
aquando do fecho de um oceano primitivo, e que levou à formação do supercontinente Pangeia.
Movimentos em massa
Nas serras da região Norte de Portugal são frequentes os movimentos em massa, desde a queda de blocos até à deslocação de
grandes quantidades de materiais. Estudos realizados nesta região permitiram verificar que os movimentos em massa ocorrem,
maioritariamente, após um longo período de precipitação durante o inverno. Um episódio exemplificativo dos movimentos em
massa ocorreu na serra da Peneda e foi do tipo fluxo detrítico (figuras 3 e 4).
Figura 4 - Representação esquemática do fluxo detrítico da fraga dos
Pastorinhos, na serra da Peneda. 1— Curva de nível mestra; 2 — Curva de
nível secundária; 3 — Rio Peneda; 4 — Canais de escoamento ativos; 5 —
Cone de dejeção/depósito de vertente; 6 — Setor de arranque e área de
transporte; 7 — Blocos rolados; 8 — Ponto cotado; 9 — Falha; 10 — Falha
provável.
Esquema adaptado de Teixeira, M. (2005). "Movimentos de Vertente —
Fatores de Ocorrência e Metodologia de Inventariação". Geonovas n.º 19.
Associação Portuguesa de Geólogos.
Na resposta a cada um dos itens dela 5_, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. O limite dos granitos da Peneda-Gerês com as rochas metassedimentares encaixantes é ______, e as rochas
metassedimentares do Silúrico são mais _______.
(A) concordante (...) antigas
(B) concordante (...) recentes
(C) discordante (...) recentes
(D) discordante (...) antigas
2. A datação radiométrica permite obter a idade...

(A) da fusão parcial do material que deu origem aos diferentes magmas.
(B) da mistura parcial dos magmas com diferente composição e origem.
(C) da instalação e cristalização do magma, com a inclusão dos isótopos instáveis nos minerais.
(D) do afloramento do granito.
3. O Os granitos da Peneda-Gerês formaram-se há, aproximadamente, 300 Ma num ambiente ______, e o granito de Paufito
deve ter cristalizado mais rapidamente quando comparado com o granito _______.
(A) convergente (...) do Gerês
(B) convergente (...) dos Carris
(C) divergente (...) do Gerês
(D) divergente (...) dos Carris
4. A ordem de cristalização nos granitos do maciço da Peneda-Gerês deve ter sido, de acordo com a Série de Bowen, a seguinte:
(A) plagioclase, biotite, feldspato potássico e quartzo.
(B) quartzo, plagioclase, biotite e feldspato potássico.
(C) plagioclase, biotite, quartzo e feldspato potássico.
(D) feldspato potássico, quartzo, plagioclase e biotite.
5. A instalação dos granitos originou a formação de corneanas em resultado da...

(A) fusão parcial das rochas encaixantes sujeitas a metamorfismo de contacto.
(B) recristalização dos minerais iniciais sob o efeito de elevadas temperaturas, formando uma rocha muito dura.
(C) atuação da pressão enquanto fator principal do metamorfismo.
(D) existência de fluidos hidrotermais circulantes que induziram metamorfismo nas rochas encaixantes.
6. Os granitos da Peneda-Gerês originam a formação da paisagem do caos de blocos, em resultado da circulação de _____ ao
longo das diáclases e da meteorização dos minerais, principalmente dos _______.
(A) água (,..) feldspatos e do quartzo
(B) gases (...) feldspatos e do quartzo
(C) água (...) feldspatos e da biotite
(D) gases (...) feldspatos e da biotite
7. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações respeitantes aos movimentos em massa e ao
caso descrito no texto.
A. O movimento em massa ocorreu num substrato formado por granito biotítico porfiroide de grão grosseiro a médio.
B. O acumular de água aumenta a coesão das partículas que compõem a vertente, aumentando também o peso das camadas de
material e facilitando a deslocação.
C. A ausência de vegetação na encosta deve ter facilitado a ocorrência do movimento em massa.
D. O declive não deve ter tido influência na ocorrência do movimento detrítico na serra da Peneda.
E. O material superficial, que resulta da meteorização do granito, constitui uma camada em que os poros podem ser
preenchidos por água e constituir um aquífero confinado.
F. A atividade humana pode potenciar os riscos e efeitos negativos dos movimentos em massa, por exemplo com a ocupação de
áreas de risco geológico e o uso incorreto dos solos.
8. No maciço da Peneda-Gerês existem diversos depósitos minerais metálicos que já foram explorados no passado.
Relacione a formação destes depósitos com a presença de fluidos hidrotermais originários dos magmas.
Grupo IV - Adaptações das plantas à seca

Diversos estudos têm sido realizados para compreender como é que as plantas se adaptam ao ambiente que as rodeia, em
particular quando sujeitas a condições de secura. Os seguintes documentos apresentam resultados experimentais de diversos
estudos.
Documento A
Uma equipa de investigadores determinou a abertura estomática em plantas
intactas de fava (Vicia faba), da família das legumináceas. Quantificaram ainda
os níveis de potássio e sacarose ao longo do tempo. Em situações de seca, os
níveis da hormona ABA (ácido abscísico) aumentaram até 50 vezes nas células-
guarda dos estomas foliares.
Figura 5 - Variação da abertura estomática ao longo do tempo e em resposta

às variações da concentração de potássio e sacarose. Adaptado de Talbot e
Zeiger, 1998.
Documento B
A uma planta de sardinheira (Pelargonium sp.) foram removidas as raízes e o
caule foi mergulhado em água contendo corante, de forma a seguir o trajeto
da água na planta (figura 6A). Esta experiência decorreu ao longo de um dia,
de modo a verificar o efeito da fotossíntese nas taxas de transpiração e
absorção.
Numa outra experiência (figura 6B), os efeitos da quantidade de água na taxa
fotossintética e na translocação floémica do grão-de-bico (Sorghum bicolor)
também foram determinados em plantas incubadas com 14C (carbono-14),
por um período reduzido de tempo. A radioatividade fixada nas folhas foi
usada como medida das taxas fotossintéticas, e a perda de radioatividade nas
folhas, após a remoção do 14C, foi usada como medida da translocação
floémica.
Figura 6 - (A) Variação da absorção e transpiração em plantas de sardinheira

em função da fotossíntese.
(B) Variação das taxas fotossintéticas e da translocação em função do
potencial de água nas folhas. Os valores negativos indicam reduzida
quantidade de água disponível. Dados adaptados de Sung e Krieg, 1979.
1. Se fornecêssemos 14CO2 sob a forma gasosa a plantas a crescer numa estufa com ambiente luminoso controlado e em
condições de isolamento total, e caso não detetássemos radioatividade nas moléculas de sacarose ao fim de algum tempo,
poderíamos concluir que...
(A) a sacarose resulta da ligação de moléculas resultantes da fixação do dióxido de carbono no Ciclo de Calvin.
(B) a fotossíntese estaria muito ativa.
(C) a sacarose teria sido produzida a partir da hidrólise do amido acumulado.
(D) a planta não estaria a realizar a fotossíntese.
2. As plantas usadas nas experiências pertencem ao mesmo reino na classificação de ______ e ao mesmo superdomínio na
classificação de ______.
Lineu (...) Whittaker
Whittaker (...) Lineu
Whittaker (...) Woese
Woese (...) Whittaker
3. O transporte de sacarose do mesófilo foliar para o floema ocorre contra o gradiente de concentração, correspondendo a um
transporte ______, que implica o aumento dos níveis de _____ nas células.
(A) ativo (...) ADP+Pi
(B) passivo (...) ADP+Pi
(C) passivo (...) ATP
(D) ativo (...) ATP
4. O excesso de água no solo pode levar ao alagamento e à redução do oxigénio disponível para as células da raiz. Esta situação
pode provocar a morte da planta, pois...
(A) a raiz deixa de realizar a fotossíntese e é incapaz de obter o seu alimento.
(B) a respiração aeróbia é inibida, levando à morte das células da raiz e à redução do transporte de sais minerais e água para os
órgãos aéreos.
(C) a ausência de oxigénio impede o transporte de substâncias dos órgãos aéreos para as raízes.
(D) as partes aéreas morrem e deixam de fornecer alimento à raiz.
5. O paraquat é um herbicida que atua bloqueando o transporte de eletrões na cadeia transportadora presente nos tilacoides
dos cloroplastos. Este facto leva à inibição da fotossíntese, pois não ocorre a regeneração de _____, usados posteriormente nas
reações de _______.
(A) NADP+ e de ADP (...) síntese de glicose
(B) NADPH e de ATP (...) fermentação
(C) NADP+ e de ADP (...) fermentação
(D) NADPH e de ATP (...) síntese de glicose
A. De acordo com os dados, é possível verificar que na planta de fava as modificações no potencial osmótico das células-guarda
do estoma estão associadas ao potássio, nas primeiras horas da manhã, e ao conteúdo de sacarose, no período da parte da
tarde.
B. O fecho dos estomas no final da tarde está associado à diminuição do potencial osmótico das células-guarda.
C. O ABA estimula a abertura dos estomas e o aumento das taxas de transpiração foliar.
D. As experiências dos documentos A e B foram realizadas em plantas pertencentes a dois géneros diferentes e a três espécies
distintas.
E. De acordo com os dados, é possível concluir que a falta de água afeta menos a translocação do que a fotossíntese.
F. Na sardinheira é possível concluir que o aumento da fotossíntese origina primeiramente um aumento da absorção radicular,
que permite um aumento das taxas de transpiração foliar.
G. O conteúdo de água das folhas é o principal agente limitante da fotossíntese e transporte de açúcares para os elementos do
tubo crivoso.
H. Quanto menor a pressão osmótica nas células-guarda, maior a abertura do estoma.
7. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A a respetiva designação que consta da coluna B. Utilize cada letra
apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
A. A divisão por mitose de uma célula origina a formação de um elemento do tubo crivoso. 1. Xilema
B. Resulta de divisões meióticas sucessivas. 2. Floema
C. As suas propriedades mecânicas e químicas permitem o transporte de substâncias, explicado 3. Xilema e floema
pela teoria da tensão-coesão-adesão. 4. Nenhum dos anteriores
D. Tecido formado por células vivas em que é possível recolher elevadas quantidades de
hidratos de carbono e água.
E. É responsável pelo transporte de compostos para a extremidade dos caules, onde a atividade
dos meristemas é elevada.
F. Uma análise ao seu conteúdo revela elevadas quantidades de água e sais minerais.
8. Algumas larvas de inseto parasitam a planta do tomate, afetando o seu crescimento. Quando uma larva inicia a ingestão de
uma folha, a planta produz ácido jasmónico, que é libertado sob a forma de gás com odor. Alguns cientistas consideram que este
composto pode atrair insetos predadores das larvas e assim proteger a planta.
Planeie uma experiência para testar esta hipótese, referindo as variáveis em estudo e os controlos necessários.
Grupo I - Cratera de impacto de Chesapeake
A Baía de Chesapeake (EUA) possui uma depressão formada no Eocénico, há aproximadamente 35,4 Ma, estando coberta por
várias centenas de metros de estratos sedimentares. A cratera central possui 35 a 40 km de diâmetro, estando rodeada por um
anel de material alterado, com uma largura de 25 km (figura 1).
A cratera formou-se em resultado do impacto de um meteorito, encontrando-se bem preservada. Foram realizados três furos
que, analisados em conjunto, permitiram obter material a profundidades na ordem dos 1760 metros. Na cratera é possível
identificar, da base para o topo, as unidades seguintes:
- camada de micaxistos muito fraturados com 215 metros de espessura e com intrusões de pegmatitos e granitos com textura
granular;
- brechas resultantes do impacto meteorítico que formam uma camada com 154 metros de espessura. Estas brechas possuem
blocos rochosos muito angulosos, com evidências de fusão parcial em resultado do metamorfismo de impacto. A análise dos
cristais de quartzo permite detetar fraturas resultantes do impacto meteorítico. Esta camada recebeu o impacto direto do
meteorito, estando muito deformada;
- bloco de granito com 275 metros de espessura, formado por vários tipos de granitos. Estes granitos foram transportados mais
de 5 km da posição inicial, em resultado das forças que se geraram no impacto, mas não possuem evidências de metamorfismo
de impacto. A idade dos granitos oscila entre os 615 e os 254 Ma, de acordo com o sistema de datação U/Pb;
- a camada do topo tem 652 metros de espessura, sendo formada por brechas e sedimentos de granulometria e origem variáveis
(marinha e não marinha).
Figura 1- (A) Cratera de impacto na Baía de Chesapeake. (B) Coluna estratigráfica elaborada a partir de três furos realizados,
destacando-se os processos resultantes do impacto meteorítico. Esquemas adaptados de Gohn et al. (2008), "Deep Drilling into
the Chesapeake Bay Impact Structure", Science.
1. A correlação das amostras dos estratos obtidos pelos furos A, B e C foi possível...
(A) graças ao conteúdo fossilífero, que permite aplicar o Princípio da Identidade Paleontológica.
(B) porque cada um dos furos abrange toda a coluna com 1760 metros.
(C) identificando os diferentes tipos de rochas e determinando a sua relação espacial nos três furos.
(D) datando isotopicamente todas as amostras rochosas e determinando a sua posição na coluna estratigráfica.
2. Na amostra de granito com 615 Ma, usando o sistema de isótopos de U/Pb, é expectável encontrar uma percentagem de
isótopo-filho ________ ao granito com 245 Ma e uma percentagem de ________ inferior.
(A) inferior (...) Pb
(B) superior (...) Pb
(C) inferior (...) U
(D) superior (...) U
3. Em geral, os micaxistos são rochas metamórficas com ________ do tipo ________, resultante do alinhamento das micas em
função da direção das forças compressivas a que as rochas são sujeitas.
(A) foliação (...) xistosidade
(B) foliação (...) bandeado
(C) xistosidade (...) foliação
(D) xistosidade (...) bandeado
4. As rochas na cratera de Chesapeake evidenciam metamorfismo de impacto, que se caracteriza por...
(A) a pressão muito elevada ser o principal agente de metamorfismo, mantendo-se a temperatura aproximadamente constante.
(B) a temperatura muito elevada ser o principal agente de metamorfismo, mantendo-se a pressão aproximadamente constante.
(C) uma atuação lenta e prolongada da pressão e da temperatura em simultâneo.
(D) pressões e temperaturas extremamente elevadas, que podem levar à fusão parcial dos materiais.
5. A ausência de metamorfismo de impacto no bloco de granito indica que este...

(A) estaria afastado na zona central da cratera, onde ocorreu o impacto direto.
(B) é mais resistente ao aumento das condições de metamorfismo.
(C) não registou o metamorfismo a que foi sujeito.
(D) impediu que as rochas presentes no nível inferior fossem sujeitas a metamorfismo de impacto.
6. As brechas são rochas formadas pela acumulação de clastos muito angulosos e com dimensões elevadas, encontrando-se
unidos por uma matriz composta por materiais muito finos. Relacione esta textura com as condições de formação das brechas
presentes na coluna estratigráfica analisada.
7. Ordene as letras de A a G de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com o impacto do
meteorito e a formação da cratera na Baía de Chesapeake. Inicie pela letra A.
A. Entrada de um meteoroide na atmosfera terrestre.
B. Formação de estratos sedimentares compostos por rochas que foram recolhidas no furo C.
C. Fragmentação das rochas existentes no local de impacto.
D. Desintegração parcial do meteoroide quando sujeito à fricção em resultado da entrada na atmosfera terrestre.
E. Fusão parcial de alguns fragmentos de material ejetado.
F. Impacto do meteorito na superfície terrestre.
G. Formação de rochas detríticas consolidadas em resultado da formação de um cimento que une os materiais ejetados e que
entretanto se depositaram.
8. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações relativas aos planetas que integram o Sistema
Solar.
A. Os planetas telúricos apresentam valores de densidade muito superiores aos verificados nos planetas gigantes.
B. Todos os planetas telúricos apresentam atmosfera.
C. A temperatura à superfície dos planetas é diretamente proporcional à distância relativa ao Sol.
D. Os planetas gigantes apresentam maior número de satélites que os telúricos.
E. As órbitas dos planetas gigantes são externas à cintura de asteroides.
F. Os planetas gigantes, como ocupam posições periféricas no Sistema Solar, têm idades superiores aos planetas telúricos.
G. Todos os planetas telúricos são geologicamente ativos.
H. A atmosfera de Vénus é composta maioritariamente por dióxido de carbono.
9. A análise da água presente nas rochas e fraturas, e que foi obtida nos furos, permitiu verificar um aumento significativo da
salinidade em profundidade. A salinidade atinge valores superiores ao teor médio de sal na água do mar. Esta variação é
acompanhada por uma redução abrupta no número de microrganismos recolhidos nas amostras.
Relacione a variação do teor salino da água que circula em profundidade com as modificações detetadas ao nível das
comunidades de microrganismos.
Grupo II - Regressão dos membros dos lagartos
O grupo dos Amphisbaenia inclui répteis que perderam os seus membros posteriores e anteriores ao longo da evolução. Para
além disso, desenvolveram um corpo alongado, fazendo com que fossem classificados frequentemente como cobras. Contudo,
apresentam um crânio mais volumoso do que as cobras, com placas ósseas reforçadas. A ausência de fósseis não permitiu aos
zoólogos e paleontólogos perceber como se processou a evolução destes organismos.
No entanto, o estudo detalhado de um fóssil completo, encontrado recentemente na Alemanha, e com 45 Ma de idade (Muller
et al., 2011), permitiu descobrir um possível ancestral dos Amphisbaenia. Este fóssil, pertencente à espécie Cryptolacerta
hassiaca, possuía um crânio com placas ósseas muito espessas (figura 3), tal como os Amphisbaenia atuais. Porém, o C. hassiaca
ainda retinha os membros e o seu corpo não era tão alongado como os membros atuais do grupo Amphisbaenia.
Estes dados sugerem que as espécies ancestrais dos atuais Amphisbaenia desenvolveram primeiro a capacidade de se enterrar
usando o crânio, tendo perdido os seus membros e alongado o seu corpo durante a evolução.
Figura 3 - (A) Árvore filogenética de algumas famílias de répteis baseada em dados moleculares e morfológicos. Os Amphisbaenia estão identificados pela caixa de cor. (B) Reconstrução
da vista dorsal e lateral do crânio de C. hossiaca. Adaptado de Muller et al. (2011), "Eocene lizard from Germany reveals amphisbaenian origins", Nature.
A classificação dos Amphisboenia como cobras baseia-se em argumentos ________ em resultado de uma evolução ______ entre
estes dois grupos de organismos.
(A) anatómicos (...) convergente
(B) moleculares (...) convergente
(C) anatómicos (...) divergente
(D) moleculares (...) divergente
2. O Cryptolacerta é filogeneticamente mais próximo dos _______ e terá divergido no _______ do Paleogénico.
(A) Lacertiniae (...) início
(B) Rhineuridae (...) fim
(C) Lacertiniae (...) fim
(D) Rhineuridae (...) início
3. Os resultados da investigação de Muller indicam que os répteis analisados descendem de _______, tendo o _______ divergido
há mais tempo.
(A) dois ancestrais primitivos (...) Meyasaurus
(B) dois ancestrais primitivos (...) Rhynchocephalia
(C) um ancestral primitivo (...) Meyasaurus
(D) um ancestral primitivo (...) Rhynchocephalia
4. O Cryptolacerta hassiaca pode ser considerado um verdadeiro lagarto, pois...

(A) possui um corpo alongado como os restantes lagartos.
(B) possui um ancestral comum aos restantes lagartos.
(C) está na origem evolutiva dos restantes lagartos.
(D) é morfologicamente semelhante a todos os lagartos atuais.
5. Tratando-se de animais, os lagartos possuem um ciclo de vida _______, cujas células contêm a maioria do material genético
num núcleo e possuem a capacidade de obter alimento de forma _______.
(A) diplonte (...) autotrófica
(B) haplonte (...) autotrófica
(C) diplonte (...) heterotrófica
(D) haplonte (...) heterotrófica
6. Para estudar o processo de meiose nos Amphisboenia seria necessário observar células precursoras ______ e para estudar a
divisão celular que mantém constante o número de cromossomas seria necessário, por exemplo, observar células ao longo do
desenvolvimento ________.
(A) dos gâmetas (...) embrionário
(B) do embrião (...) embrionário
(C) dos gâmetas (...) do gametófito
(D) do embrião (...) do gametófito
7. Faça corresponder a cada uma das afirmações acerca da evolução dos Amphisbaenia expressas na coluna A a respetiva
corrente científica que as formulou, que consta da coluna B. Utilize cada letra apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
A. Os relógios moleculares indicam que o aparecimento dos Amphisboenia ocorreu no Cretácico Superior.
B. Os organismos com crânios resistentes eram capazes de se enterrar mais facilmente nas folhas e no
solo e assim escapar aos predadores, o que fez com que ocorresse uma reprodução seletiva que resultou
na transmissão à descendência destas características morfológicas.
C. Ao longo do tempo não é possível constatar modificações nas diferentes espécies de répteis. I. Fixismo
D. No Cretácico Superior e no início do Paleozoico, a Europa, que na altura era uma ilha, funcionou como II. Lamarckismo
refúgio para diversas populações de répteis, que evoluíram isoladas dos continentes, originando III. Darwinismo
diferentes espécies de acordo com as pressões seletivas que atuaram no fundo genético populacional. IV. Neodarwinismo
E. A não utilização dos membros levou a que estes ficassem reduzidos a órgãos vestigiais, tendo estas
modificações adquiridas sido transmitidas à descendência.
F. As alterações genéticas levaram, em primeiro lugar, ao aparecimento de organismos contendo crânios
resistentes e só depois de indivíduos com membros atrofiados ou mesmo inexistentes.
8. A origem evolutiva dos Amphisboenia é controversa, com os dados moleculares a incluí-los num grupo dos lagartos terrestres.
Explique em que medida os dados moleculares são mais fidedignos do que os dados anatómicos na classificação dos
organismos.
Grupo III - Minas abandonadas em Portugal
A atividade mineira está geralmente associada a um elevado impacte ambiental. É frequente detetar a existência de águas
contaminadas a circular à superfície e a infiltrar-se nos aquíferos. Um estudo realizado por Valente e Gomes (2007) analisou as
propriedades físico-químicas e mineralógicas de cursos de águas em diversas minas abandonadas na região Norte, nomeada-
mente Valdarcas, Carris, Adoria e Cerquido. Foram ali detetados níveis elevados de alguns metais e pH ácido.
Também foram identificadas algas nas águas poluídas, tendo-se verificado que a colonização era dominada pela Euglena
mutabilis e pela Klebsormidium sp. Esta última alga é abundante em todos os efluentes, formando um manto de algas verdes em
águas pouco profundas, facilitando a precipitação de metais pesados e sulfuretos transportados pela água e conferindo
tonalidades entre o vermelho e o amarelo ao leito do rio.
A E. mutabilis só foi encontrada em Valdarcas, que possui o efluente com maior teor de metais e sulfuretos e também o de pH
mais baixo. A E. mutabilis formava uma película de cor verde no leito do efluente. É importante realçar que a E. mutabilis e a
Klebsormidium sp. não foram encontradas em cursos de água não poluídos na região em análise.
Quadro I - Propriedades dos resíduos acumulados nas quatro minas analisadas.

Mina Análise mineralógica
Valdarcas Sulfuretos abundantes (pirite, arsenopirite), carbonatos (calcite e siderite) e fosfatos (apatite).
Carris Pirite, arsenopirite e molibdenite são os principais sulfuretos presentes em depósitos de grão fino.
Adoria Os sulfuretos são dominantes (grãos de maiores dimensões de arsenopirite, pirite e galena).
Cerquido Os resíduos da exploração são ricos em quartzo e sulfuretos (arsenopirite, pirite, calcopirite e galena).
Figura 4 - (A) Localização geográfica dos locais analisados. (B) Teor de oxigénio dissolvido nas amostras do efluente da mina de Valdarcas. Dados e esquemas adaptados de Valente e
Gomes (2007) - "The role of two acidophilic algae as ecological indicators of acid mine drainage sites", Journal of Iberian Geology.
1. No estudo efetuado por Valente e Gomes foram analisadas várias amostras de cada afluente das quatro minas ao longo do
tempo, de forma a _______, e amostras de outros rios não poluídos da região foram usados como _______.
(A) ter réplicas e reduzir o erro (...) fator limitante
(B) aumentar a variabilidade (...) controlo
(C) aumentar a variabilidade (...) fator limitante
(D) ter réplicas e reduzir o erro (...) controlo
2. Durante o processo de extração mineira, o material rejeitado, denominado ________, acumula-se em ______, que podem
gerar impactes ambientais negativos.
(A) minério (...) jazigos minerais
(B) ganga (...) escombreiras
(C) minério (...) escombreiras
(D) ganga (...) jazigos minerais
3. A exploração nas minas referidas no estudo só foi viável dado que a concentração dos minerais de interesse era...
(A) igual à concentração média na crusta.
(B) inferior ao seu clarke.
(C) superior ao seu clarke.
(D) igual ao seu clarke.
4. Muitos dos depósitos minerais referidos no estudo formaram-se em resultado da circulação de fluidos hidrotermais com
origem em magmas que estavam a cristalizar, correspondendo às fases residuais. Assim, tendo em conta a mineralogia, é
expectável que estes fluidos tenham sido _______ em sílica e ricos em _______.
(A) ricos (...) elementos voláteis
(B) ricos (...) plagioclases cálcicas
(C) pobres (...) elementos voláteis
(D) pobres (...) plagioclases cálcicas
5. Os efluentes ácidos analisados estão colonizados por organismos resistentes às condições ácidas, correspondendo a seres
vivos _______e que são _________.
(A) procariontes (...) autotróficos
(B) eucariontes (...) autotróficos
(C) procariontes (...) heterotróficos
(D) eucariontes (...) heterotróficos
6. Faça corresponder a cada uma das afirmações respeitantes aos dados fornecidos um dos números que consta da chave.
Utilize cada letra apenas uma vez.
Afirmações Chave
A. Os efluentes derivados das minas abandonadas possuem um pH básico e níveis de metais pesados
superiores aos cursos de água que não drenam bacias hidrográficas contendo explorações mineiras.
B. Os depósitos de metais pesados que formam uma película nos cursos de água analisados resultam
I. Afirmação
apenas da precipitação química dos materiais dissolvidos.
apoiada pelos
C. Os quatro efluentes identificados no estudo possuem elevado teor de sulfuretos.
dados.
D. O quartzo é um mineral resistente à meteorização química e física.
II. Afirmação
E. A região Norte é rica em explorações mineiras ativas no passado.
contrariada pelos
F. A distribuição espacial de E. mutabilis não pode ser usada para determinar a qualidade dos efluentes
dados.
associados à drenagem das galerias das minas ou escombreiras.
III. Afirmação sem
G. A Klebsormidium sp. aparenta não ser tolerante a diferentes níveis e tipos de contaminação.
relação com os
H. Em Valdarcas, a redução do teor de oxigénio verificado em redor das massas de Klebsormidium sp.
dados.
pode dever-se ao consumo do oxigénio na respiração e na fermentação durante a decomposição,
enquanto o aumento do teor de oxigénio associado às comunidades de E. mutabilis poderá estar
associado à realização da fotossíntese.
7. A figura 5 pode corresponder a um corte geológico numa secção próxima das ribeiras estudadas. A camada a cinzento
corresponde à zona saturada de um aquífero. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações,
tendo por base os dados fornecidos.
A. Nos aquíferos próximos da exploração mineira, acima do nível hidrostático encontram-se os granitos não alterados.
B. Na figura está representado um aquífero confinado.
C. Acima da zona saturada do aquífero representado encontram-se rochas porosas e permeáveis.
D. Os poluentes que são lixiviados pela precipitação e que se infiltram em profundidade podem acumular-se no contacto com o
granito não alterado.
E. Nos aquíferos próximos da exploração mineira, e que podem ser representados pela figura 5, a pressão da água no nível
hidrostático é superior à pressão atmosférica.
F. As nascentes dos rios podem corresponder a locais em que o nível hidrostático de um aquífero interceta a superfície
topográfica.
8. A precipitação de metais a partir das águas poluídas é favorecida pelo aumento do teor em oxigénio dissolvido.
Explique a importância das algas no combate à poluição causada pela atividade mineira.
Grupo IV - Formigas cultivam fungos

Há 50 Ma, as formigas começaram a "cultivar" fungos para obter a sua própria comida. Existem atualmente cerca de 230
espécies de formigas capazes de realizar este processo. A descoberta desta associação foi feita por naturalistas, em 1874. Para
iniciarem e manterem as culturas de fungos, as formigas necessitam de recolher grandes quantidades de folhas de plantas
(figura 6A). Estas folhas são mastigadas, misturadas com enzimas e usadas como substrato para o crescimento de fungos. Estes
degradam o material vegetal, concentrando nutrientes na extremidade das suas hifas e fornecendo alimento às formigas.
Quando uma formiga rainha abandona o ninho para acasalar e estabelecer uma nova colónia, leva alguns fungos na sua boca
para iniciar novas culturas. Um estudo publicado por Cameron Currie da Universidade de Toronto (Canadá), em 2003, permitiu
verificar que nas colónias de formigas existem mais organismos para além dos fungos cultivados. Foi detetada a presença de
uma segunda espécie de fungos, o Escovopsis sp., que parasita os outros fungos. No entanto, os danos causados pelo Escovopsis
são reduzidos, pois no organismo das formigas foi identificada, no mesmo estudo, a bactéria Actinomycete, que produz
compostos químicos inibidores do crescimento do Escovopsis.
Num estudo mais recente, Currie identificou um quinto organismo, uma levedura, que forma colónias pretas quando cresce em
placas com meio de cultura (figura 6B). Neste estudo, quando as leveduras foram eliminadas com antibióticos, não ocorreram
modificações nas colónias de formigas. Contudo, no grupo de formigas não tratado com antibióticos, e às quais foram
adicionados esporos de Escovopsis, ocorreu um declínio significativo da população de fungos cultivados pelas formigas. Quando
as leveduras foram cultivadas em placas, juntamente com as bactérias, estas foram usadas como fonte de alimento pelas
leveduras.
Currie considera que as interações múltiplas nas colónias podem estabilizar as relações entre os organismos. Por exemplo, a
levedura interfere com a associação entre a bactéria e a formiga, evitando o aparecimento de bactérias que sobrevivem à custa
das formigas, mas que não produzem os compostos antifúngicos.
Figura 6 - (A) As formigas cortam as folhas e transportam-nas para as suas colónias subterrâneas. (B) Rede de interações tróficas entre os diferentes organismos numa colónia. Es-
quema adaptado de "All That Makes Fungus Gardens Grow" (2008), Science.
1. Todas as formigas morreriam à fome se fossem privadas do fungo, vivendo numa associação...
(A) facultativa de mutualismo.
(B) obrigatória de mutualismo.
(C) facultativa de parasitismo.
(D) obrigatória de parasitismo.
2. No total, e de acordo com os estudos de Currie, é possível identificar que, ao nível das culturas de fungos, as formigas
estabelecem, de forma direta, ________ relações benéficas e ________antagonísticas (um grupo de seres vivos é beneficiado e
outro é prejudicado).
(A) três (...) duas
(B) três (...) três
(C) duas (...) três
(D) duas (...) duas
3. Os fungos degradam as ________, que são os principais componentes da ______ das células das folhas, produzindo glicose.
(A) fibras de celulose (...) parede celular
(B) proteínas (...) parede celular
(C) fibras de celulose (...) membrana plasmática
(D) proteínas (...) membrana plasmática
4. A árvore filogenética do fungo Escovopsis possui a mesma forma da árvore filogenética das formigas. Estes dados indicam que
ocorreu uma evolução...
(A) divergente, pois possuem origens evolutivas diferentes.
(B) convergente, pois os organismos realizam a mesma função.
(C) divergente, pois os organismos realizam diferentes funções na rede trófica.
(D) convergente, pois ocorreu uma coevolução.
5. As formigas podem remover todas as folhas de uma árvore em apenas algumas horas, sendo classificadas como seres ______,
e os fungos são organismos ________ que realizam digestão extracorporal.
(A) heterotróficos (...) decompositores
(B) autotróficos (...) decompositores
(C) heterotróficos (...) produtores
(D) autotróficos (...) produtores
6. As setas identificadas pela letra _______ (figura 6B) indicam as associações que são ________ a ambas as espécies em análise.
(A) B (...) benéficas
(B) A (...) benéficas
(C) B (...) prejudiciais
(D) A (...) prejudiciais
7. Numa experiência, a equipa de Currie forçou os fungos e as formigas a enganarem-se mutuamente, removendo as estruturas
dos fungos que fornecem nutrientes às formigas e reduzindo o número de formigas a fornecer folhas aos fungos. Os efeitos na
colónia foram mínimos nesta situação. No entanto, quando se adicionaram esporos de Escovopsis, ocorreram alterações
significativas na colónia. Mencione duas modificações expectáveis, relacionando-as com o tipo de associações entre os
organismos.
8. Algumas espécies de formigas estabeleceram relações de simbiose com bactérias presentes no seu sistema digestivo, que
auxiliam na digestão dos alimentos. Compare este processo com a formação de associações endossimbióticas.
-FIM-
Grupo I - Evolução tectónica da Península Ibérica e abertura do Mediterrâneo
A Terra tem sofrido profundas modificações em resultado da atividade tectónica. Um dos testemunhos desta dinâmica é a
evolução da posição da Península Ibérica ao longo das últimas centenas de milhões de anos, cuja evolução está representada na
figura 1.
A movimentação da subplaca ibérica e do continente africano têm afetado o fluxo de água do Mediterrâneo. Há 5,6 Ma, o
Mediterrâneo deixou de estar em contacto com o Atlântico, em resultado do fecho do estreito de Gibraltar. No período que se
sucedeu, o nível do mar desceu significativamente e formaram-se espessos depósitos de evaporitos, que se encontram na atua-
lidade entre os 1500 e os 2700 metros de profundidade (figura 2).
No entanto, há 5,3 Ma, o Mediterrâneo voltou a estar ligado ao Atlântico pelo estreito de Gibraltar. O regresso da água causou a
maior cheia conhecida na história da Terra. Estudos geológicos, realizados a partir de furos e medição da propagação de ondas
sísmicas no estreito de Gibraltar, permitiram identificar canais com mais de 200 km de comprimento e vários quilómetros de
largura. Estes canais permitiam o enchimento rápido do Mediterrâneo (entre 2 meses a 2 anos) e encontram-se cobertos por
sedimentos. Os investigadores determinaram que a subida do nível do mar Mediterrâneo pode ter atingido picos na ordem dos
10 metros por dia.
Dados obtidos de Garcia-Castellanos et aI. (2009), Nature, 462, pp. 778-781.
Figura 2 - Bloco diagrama evidenciando as alterações no nível da água que ocorreu há cerca de 5,3 Ma, quando o Mediterrâneo voltou a estar em contacto com o Atlântico. Os
depósitos de evaporitos estão presentes em diversas bacias.
1. No estudo científico dos canais do estreito de Gibraltar recorreu-se...
(A) apenas a métodos indiretos, que permitem estudar as propriedades físicas das camadas.
(B) a métodos diretos e indiretos.
(C) apenas a métodos diretos, que permitem estudar a mineralogia e a composição dos depósitos sedimentares.
(D) a dados obtidos a partir do estudo das propriedades magnéticas.
2. O enchimento do Mediterrâneo pode enquadrar-se no ________, primeiramente formulado por ________.

(A) catastrofismo (...) Georges Cuvier
(B) uniformitarismo (...) Georges Cuvier
(C) uniformitarismo (...) Charles Lyell
(D) catastrofismo (...) Charles Lyell
3. A água, ao passar do Atlântico para o Mediterrâneo, deve ter-se deslocado a velocidades na ordem dos 300 km/h. Neste
processo, é expectável que tenha ocorrido...
(A) a deposição de sedimentos finos no canal.
(B) um bloqueio do canal, reduzindo o fluxo de água.
(C) apenas o transporte de sedimentos finos para o Mediterrâneo.
(D) uma intensa erosão e um aumento da profundidade do canal.
4. O fundo do Mediterrâneo é formado por crusta oceânica, que apresenta uma composição ______, e deve caracterizar-se por
uma anomalia gravimétrica _______.
(A) ácida (...) positiva
(B) básica (...) positiva
(C) ácida (...) negativa
(D) básica (...) negativa
5. A formação dos evaporitos, há cerca de 5,6 Ma, resultou de uma...

(A) taxa de evaporação inferior à entrada de água no Mediterrâneo.
(B) diminuição da concentração de sais na água do Mediterrâneo.
(C) taxa de evaporação muito superior à entrada de água no Mediterrâneo.
(D) glaciação que reduziu as temperaturas a nível global e que provocou a precipitação dos sais.
6. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações relativas à evolução tectónica da Península
Ibérica.
A. Os Pirenéus formaram-se em resultado da existência de uma falha transformante na fronteira entre a Península Ibérica e a
placa europeia.
B. A rotação da Ibéria deveu-se à existência de uma margem divergente.
C. Ao longo dos últimos 5,3 Ma, o Mediterrâneo apenas contactou com o Atlântico pela região atual de Gibraltar.
D. O continente africano está a convergir com o continente europeu e com a Península Ibérica.
E. No Mediterrâneo nunca existiu uma margem do tipo divergente.
F. Na região dos Pirenéus deverão existir, na atualidade, falhas essencialmente normais.
G. Na zona de rifte, as falhas tendem a ser inversas.
H. Ocorreu a subducção total da Península Ibérica por baixo da atual França.
7. Ao longo do tempo geológico, formaram-se no fundo do Mediterrâneo sequências de estratos sedimentares com origens
distintas. Nos períodos secos, acumulavam-se depósitos de sedimentos transportados pelo vento desde o deserto do Sara; nos
períodos húmidos, os rios transportavam elevadas quantidades de sedimentos.
Compare os depósitos de origem eólica e fluvial, tendo em conta a granulometria, a calibragem e o modo de estratificação.
8. O estudo dos sedimentos presentes no fundo do Mediterrâneo permitiu verificar que quando se formaram os evaporitos o
número de espécies a habitar a área era reduzido. Explique este facto tendo em conta as condições paleoambientais da altura e
sabendo que ocorreu um aumento exponencial no número de fósseis presentes nos estratos formados após as cheias.
Grupo II - Evolução das baratas

Indivíduos de uma determinada espécie de baratas possuem um revestimento com cor clara ou com cor escura (castanho a
preto). Os primeiros são mais abundantes em habitats formados por areias de cor clara, enquanto os segundos abundam em
misturas escuras de sedimentos, compostos por areia (40%), silte (40%) e argilas (20%).
Para determinar a taxa de sobrevivência das baratas em diferentes habitats, foram libertadas 1000 baratas de cor clara e 1000
baratas de cor escura em cada um dos quatro habitats naturais indicados no quadro I. Cada uma das baratas foi marcada com
um pequeno ponto ou mancha vermelha no seu abdómen antes de ser libertada nos diferentes habitats. Ao fim de uma se-
mana, todas as baratas com marcação foram recapturadas no seu habitat natural.
Os resultados da experiência estão expressos no quadro I. Assume-se que as diferenças no número de baratas capturadas
resultam de diferentes taxas de sobrevivência.
Quadro I - Condições experimentais e resultados obtidos.

Habitat 1 Habitat 2 Habitat 3 Habitat 4
Solo arenoso e aves Solo arenoso e aves Solo escuro e aves Solo escuro e aves
insetívoras ausente insetívoras presentes insetívoras ausentes insetívoras presentes
Cor da barata Clara Escura Clara Escura Clara Escura Clara Escura
Número de baratas libertadas 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000
Número de baratas recapturadas 260 228 246 44 130 148 26 174
1. Mencione a importância de marcar todas as baratas e de esta marcação ser realizada na região abdominal do inseto.
2. É importante introduzir um grande número de baratas em cada um dos quatro ambientes, pois...
(A) as baratas são todas ingeridas pelas aves.
(B) em estudos biológicos é importante utilizar populações grandes para aumentar as variáveis em estudo.
(C) é necessário reduzir os efeitos da variabilidade individual e trabalhar com populações.
(D) as baratas são muito pequenas, implicando o uso de muitos indivíduos.
3. As baratas foram recolhidas ao fim de uma semana, de forma a...

(A) permitir a atuação da seleção natural.
(B) garantir o aparecimento de uma nova espécie.
(C) permitir às aves alimentarem-se das baratas, originando a reprodução seletiva das baratas melhor adaptadas ao ambiente.
(D) garantir que as baratas foram sujeitas a uma seleção artificial.
4. Considere que todas as aves insetívoras e as restantes baratas foram eliminadas do habitat 2, e que foram adicionadas 500
baratas de cor escura e 500 baratas de cor clara. Nestas condições, é expectável recapturar, aproximadamente, ______ baratas
de cor escura e _______ baratas de cor clara.
(A) 500 (...) 500
(B) 120 (...) 105
(C) 105 (...) 120
(D) 22 (...) 123
5. No estudo efetuado, os consumidores primários e secundários mencionados podem ser distinguidos por...
(A) apenas um possuir um sistema circulatório.
(B) um deles possuir um sistema digestivo completo e o outro um sistema digestivo incompleto.
(C) ambos possuírem um sistema excretor, mas apenas um deles excretar ureia.
(D) um deles possuir hemolinfa e o outro ser homeotérmico.
6. Faça corresponder cada uma das afirmações respeitantes aos dados fornecidos um dos números da chave. Utilize cada letra
apenas uma vez.
Afirmações Chave
A. As aves insetívoras são predadoras da espécie de barata utilizada no estudo, originando uma
seleção disruptiva.
I. Afirmação
B. As baratas não deverão migrar para outros habitats.
apoiada pelos
C. As aves insetívoras preferem comer as baratas de cor clara, em detrimento das baratas de cor
dados.
escura.
II. Afirmação
D. As baratas são organismos muito resistentes a condições ambientais adversas, como por exemplo a
contrariada pelos
seca.
dados.
E. No geral, as baratas possuem taxas de sobrevivência superiores nos habitats compostos por areias.
III. Afirmação sem
F. O sucesso reprodutivo das baratas foi superior nos solos arenosos.
relação com os
G. As aves insetívoras podem não ser os únicos predadores das baratas presentes nos habitats.
dados.
H. No final da experiência, deve existir uma menor variabilidade genética nas baratas presentes no
habitat 4, quando comparado com os restantes habitats.
7. A atuação do ambiente ao longo do tempo e nas condições experimentais testadas poderá originar o aparecimento de novas
espécies de baratas. Explique este processo numa perspetiva Darwinista.
Grupo III - Sismo no Haiti
O Haiti, que, juntamente com a República Dominicana, forma uma ilha, foi afetado por um sismo de magnitude 7 no dia 12 de
janeiro de 2010. Este sismo vitimou mais de 230 000 pessoas e deixou pelo menos 1,3 milhões de haitianos sem abrigo. O sismo
atingiu uma intensidade IX (Escala Modificada de Mercalli) na capital Port-au-Prince, tendo sido sentido na Venezuela e em
Cuba. Para além das equipas de socorro e apoio humanitário, diversas equipas de geólogos foram para o Haiti para
compreender a origem do sismo.
Já se sabia que a região afetada é muito ativa em termos sísmicos, tendo sido a capital destruída duas vezes por sismos muito
fortes em 1751 e 1770. Estes sismos resultaram da movimentação da falha Enriquillo-Plantain Garden, em que a placa das
Caraíbas e a placa norte-americana deslizam horizontalmente uma em relação à outra. No entanto, não há evidências de o
sismo de 2010 ter tido origem nesta falha. Os dados de campo e as observações de satélite indicam que o movimento ocorreu
numa falha próxima e até então desconhecida - a falha de Léogâne. A rutura nesta falha ocorreu próximo da superfície (a 13 km
de profundidade), ao longo de aproximadamente 65 km (figura 3A), com deslocações entre 1,8 a 4 metros. Foram registadas
diversas réplicas deste sismo, cujos dados se encontram patentes na figura 3B.
Figura 3 - (A) Enquadramento geotectónico do Haiti, com indicação do epicentro do sismo de 2010. (B) Registo de magnitudes do sismo de 2010 (esfera azul) e das respetivas réplicas
(esferas cinzentas).
Em estações sismográficas do Alasca, na localidade de Kabu, foram registados os sismogramas do tremor de terra em estudo. A
figura 4 representa os registos obtidos a partir de aparelhos que registaram as ondas no sentido este-oeste, norte-sul e vertical.
Figura 4 - Sismogramas do sismo de Haiti registado em Kabu (EUA). Adaptado de www.agu.org/focus group/NH/resources/Haiti/100112HaitiEqSeismogram.jpg
1. A ausência de rutura, ou movimento visível à superfície da falha Enriquillo-Plantain Garden, indica que a energia acumulada...
(A) se libertou quase totalmente, não sendo provável que seja gerado um sismo nesta falha.
(B) não se libertou no sismo de 2010, sendo provável que seja gerado um sismo nesta falha.
(C) se libertou quase totalmente, sendo provável que seja gerado um sismo nesta falha.
(D) não se libertou no sismo de 2010, não sendo provável que seja gerado um sismo nesta falha.
2. A Placa das Caraíbas e a Placa Norte-Americana movimentam-se uma relativamente à outra cerca de 2 cm/ano, ao longo da
falha Enriquillo-Plantain Garden, que pode ser considerada um limite do tipo _______, gerando sismos resultantes da passagem
de um regime de deformação _______.
(A) convergente (...) elástico a frágil
(B) convergente (...) frágil a elástico
(C) conservativo (...) elástico a frágil
(D) conservativo (...) frágil a elástico
3. É de esperar que, com o afastamento do epicentro, a intensidade de um sismo na Escala Modificada de Mercalli tenha
tendência para ________ e, no que toca à magnitude medida na Escala de Richter, se verifique ______ do valor.
(A) manter-se constante (...) diminuição
(B) diminuir (...) manutenção
(C) diminuir (...) diminuição
(D) manter-se constante (...) manutenção
4. Uma vez que as ondas S causam a vibração das partículas no sentido _______ à direção de propagação da onda, são mais
facilmente detetadas por sismógrafos ________.
(A) perpendicular (...) horizontais
(B) perpendicular (...) verticais
(C) paralelo (...) horizontais
(D) paralelo (...) verticais
5. O número de vítimas registadas após o sismo do Haiti foi aproximadamente o dobro do verificado noutros locais do mundo
afetados por sismos com magnitude 7. Relacione este facto com os problemas ao nível do desenvolvimento económico e social
do Haiti, sabendo que este é um dos países mais pobres do mundo.
6. Ordene as letras de A a G de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com o sismo de
Haiti ocorrido em 2010. Inicie pela letra A.
A. Acumulação de energia na falha de Léogâne.
B. Chegada das ondas S ao epicentro.
C. O limite de deformação das rochas é ultrapassado e ocorre um movimento brusco dos blocos da falha.
D. Chegada das ondas P ao epicentro.
E. Ocorrência de réplicas em resultado da atuação contínua das forças tectónicas.
F. Propagação das ondas L e R, que atingem a estação sismográfica de Kabu, no Alasca.
G. Vibração dos materiais e propagação da energia sob a forma de ondas em todas as direções a partir do foco.
7. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações relativas aos dados fornecidos.
A. A maioria das réplicas do sismo de 12 de janeiro de 2010 foram geradas nos dias imediatamente a seguir ao sismo mais forte,
tendo aumentado o número de réplicas e diminuído a sua magnitude ao longo do tempo.
B. As ondas L são mais evidentes num dos sismógrafos horizontais, enquanto as ondas R são registadas por todos os
sismógrafos.
C. O facto de o sismo ser pouco profundo aumenta a sua perigosidade, pois pode gerar ondas superficiais muito destrutivas.
D. A estação de Kabu, no Alasca, deve encontrar-se a uma distância angular inferior a 103° relativamente ao epicentro.
E. As ondas P, que se geraram em resultado da rutura ao longo da falha de Léogâne, devem ter atravessado todo o interior da
Terra e ter sido registadas em sismógrafos por todo o globo.
F. Ao passarem a descontinuidade de Gutenberg, as ondas S deixaram de causar a deformação do material.
G. As ondas que se geraram no plano da falha reduziram a sua velocidade ao atravessar o limite do manto superior com a crusta
inferior.
H. Os três sismógrafos detetaram a presença de ondas P, seguidas posteriormente de ondas S.
I. Para detetar a localização do epicentro do sismo do Haiti poder-se-ia recorrer à triangulação dos dados de desfasamento entre
as ondas P e S registadas nos sismogramas de Kabu.
8. Há mais de 250 anos que não ocorria um sismo tão forte na região em estudo. Relacione este facto com a violência do sismo
de 12 de janeiro de 2010.
Grupo IV - Fenilcetonúria
A fenilcetonúria (PKU) é uma doença humana hereditária autossómica. Está associada a mutações que ocorrem no gene PAH.
Este gene codifica a enzima fenilalanina hidrolase, que converte a fenilalanina noutro aminoácido, a tirosina, de acordo com o
esquema seguinte.
Já se conhecem mais de 500 mutações associadas a formas mais ou menos agressivas de PKU. Quando a enzima é mutada, a sua
capacidade de converter a fenilalanina em tirosina é frequentemente reduzida, levando à acumulação de fenilalanina no
organismo. Esta, em excesso, é tóxica, principalmente para as células nervosas do cérebro, afetando o desenvolvimento dos
recém-nascidos. Não existe uma cura para a PKU, mas, após a deteção, os doentes devem ter restrições alimentares, evitando
ingerir proteínas ricas em fenilalanina.
O rastreio da doença é feito em todos os recém-nascidos alguns dias após o nascimento, através da deteção de elevados níveis
de fenilalanina no sangue. Um dos testes mais usados é o de Guthrie, em que uma gota de sangue é colocada num disco de
papel que, depois de seco, é transferido para uma placa de cultura contendo bactérias que apenas crescem na presença de
elevados níveis de fenilalanina. Este teste laboratorial pode ser realizado em simultâneo para muitas amostras e é relativamente
barato.
Figura 5 - Teste de Guthrie aplicado a dois bebés. A linha 1 contém

discos com uma percentagem conhecida de fenilalanina. A
percentagem de fenilalanina aumenta nos discos escuros da esquerda
para a direita. A linha 2 contém discos simples de diferentes bebés. A
auréola branca em redor do disco escuro indica crescimento das
bactérias.
O teste de Guthrie pode originar falsos resultados positivos, que necessitam de ser confirmados com outros testes, como por
exemplo a quantificação dos diversos aminoácidos no plasma sanguíneo. Os gráficos seguintes representam os resultados da
análise dos níveis de aminoácidos no sangue aos recém-nascidos 1 e 2.
Figura 6 - Análise do teor de diversos aminoácidos presentes no sangue dos recém-nascidos 1 e 2.
Os discos da linha 1 no teste de Guthrie foram incluídos como ______, para verificar se as bactérias _______ crescer de forma
distinta nas diferentes concentrações de fenilalanina.
(A) controlo (...) não conseguem
(B) controlo (...) conseguem
(C) variável experimental (...) não conseguem
(D) variável experimental (...) conseguem
2. De acordo com o teste de Guthrie, o bebé assinalado com o número 1 foi identificado como _______ PKU, e o bebé 2 como
______ PKU.
(A) tendo (...) não tendo
(B) não tendo (...) tendo
(C) tendo (...) tendo
(D) não tendo (...) não tendo
3. No segundo teste, o bebé 1...

(A) foi confirmado como tendo PKU, pois apresenta baixos níveis de fenilalanina e níveis normais de tirosina.
(B) não foi confirmado como tendo PKU, pois apresenta baixos níveis de fenilalanina e níveis normais de tirosina.
(C) não foi confirmado como tendo PKU, pois apresenta elevados níveis de fenilalanina e reduzidos de tirosina.
(D) foi confirmado como tendo PKU, pois apresenta elevados níveis de fenilalanina e reduzidos de tirosina.
4. Num indivíduo que contém uma mutação numa das cópias do gene PHA, e em que a outra cópia deste gene é normal,
encontraremos...
(A) 50% dos gâmetas com a cópia mutada e 50% dos gâmetas contendo uma cópia mutada e uma normal.
(B) 50% das células no início da profase II com a cópia mutante e 50% com a cópia normal do gene.
(C) 50% das células no início da profase I com a cópia mutante e 50% com a cópia normal do gene.
(D) 25% dos gâmetas contêm a cópia mutante e os restantes 75% dos gâmetas contêm a cópia normal do gene.
5. Nos doentes com PKU que não fazem uma dieta restritiva em fenilalanina é frequente observar uma cor de pele e de cabelo
mais clara do que os seus irmãos não doentes. Mencione um dado fornecido que permita explicar esta observação.
6. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A um dos números que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada
número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
A. As proteínas são degradadas em aminoácidos no sistema digestivo humano. I. Transcrição
B. O pré-mRNA do PAH perde os intrões, mantendo apenas os exões. II. Processamento alternativo
C. Foram detetados em diversos tecidos transcritos do gene PHA: um com 4000 e outro do mRNA
com 2600 nucleótidos. III. Reação de hidrólise
D. A tirosina é convertida num intermediário do Ciclo de Krebs que sofre reações IV. Formação de ligações
posteriores de oxidação. peptídicas
E. Os ribossomas estabelecem ligações entre os aminoácidos a partir da leitura de cada V. Produção de ATP
anticodão do mRNA do PAH. VI. Fermentação
F. O gene PAH é lido no núcleo formando um pré-mRNA composto por intrões e 13 exões. VII. Processamento do mRNA
7. Existem muitas mutações identificadas que podem originar a PKU. De seguida, apresenta-se a zona do gene PAH. Os
nucleótidos estão agrupados em codogenes e a sequência inicia-se com o codogene de iniciação (ATG), que codifica a
meteonina. Tenha em atenção o código genético presente no final da prova para consulta.
3’ TAC AGG TGA CGC CAG GAC CTT TTG GGT CCG AAC CCG TCC TTT GAG AGA CTG AAA CCT 5’
Na resposta a cada um dos itens 7.1 e 7.2, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
7.1 Para transcrever os 5 primeiros codogenes da cadeia de DNA representada, a célula necessita de consumir os seguintes
nucleótidos de adenina, citosina, uracilo, timina e guanina, respetivamente:
(A) 0, 5, 4, 2, 4.
(B) 2, 5, 4, 0, 4.
(C) 4, 8, 4, 8, 10.
(D) 8, 8, 4, 0, 10.
7.2. A alteração da guanina, que se encontra na posição trinta (sublinhada), por uma adenina, origina uma mutação que ______
o aminoácido codificado, e a substituição das adeninas por timinas no codogene que codifica o aminoácido 16 originará a
inclusão de _______.
(A) não altera (...) uma treonina em vez da serina
(B) altera (...) uma serina em vez da treonina
(C) não altera (...) um codão de finalização
(D) altera (...) um codão de finalização
8. Mencione a característica do código genético responsável por vários codões poderem codificar o mesmo aminoácido.
9. Quando o gene PHA humano foi sequenciado, em 1985, por Kowk e a sua equipa, foi determinado que a proteína possui 452
aminoácidos e que 96% dos aminoácidos são comuns à proteína PHA dos ratinhos. Relacione este dado com o facto de, em
termos evolutivos, o Homem e o ratinho pertencerem à classe dos mamíferos, que sofreu uma significativa evolução por
radiação adaptativa nas últimas dezenas de milhões de anos.
Código genético
-FIM-
Soluções PROVA 1
Grupo I
1. Verdadeiras: B, C, E, H; Falsas: A, D, F, G, I.
2. A resposta deve apresentar os seguintes tópicos:
 Relacionar a capacidade de transporte do agente transportador com a granulometria dos sedimentos. - Apenas as partículas
de pequenas dimensões, como as argilas, são transportadas em suspensão até à região dos Açores, depositando-se quando a
capacidade de transporte é diminuta.
 Referir as características dos ambientes de sedimentação.
- Em ambientes de águas mais calmas e tépidas há precipitação de sedimentos de origem química e biológica, como por
exemplo calcário. No ambiente de deposição também se encontram cinzas resultantes da atividade vulcânica aérea em regiões
próximas.
3. Opção B
4. Opção C
5. Opção D
6. Opção A
7. Subducção da crusta oceânica num limite convergente.
8. A resposta deve abordar os seguintes tópicos:
 Referir o tipo de minerais presentes nas rochas da crusta oceânica e sua origem.
- Os minerais da crusta oceânica são pobres em sílica e possuem um elevado teor em elementos ferromagnesianos e cálcio.
 Relacionar a meteorização dos minerais com as suas condições de formação.
- Os minerais constituintes das rochas da crusta oceânica cristalizaram a temperaturas elevadas, de acordo com a Série de
Bowen, sendo muito suscetíveis à meteorização, uma vez que as condições em que se encontram na crusta são muito diferentes
das condições iniciais em que se formaram.
 Relacionar a circulação de fluidos hidrotermais com as alterações mineralógicas das rochas.
- Os fluidos circulantes aceleram a meteorização química das rochas e promovem a ocorrência de reações químicas, alterando
de forma significativa a composição química e mineralógica das rochas.
Grupo II
1. Opção C
2. Opção D
3. Opção A
4. Opção B
5. Opção B
6. Opção D
7. A-F-B-C-E-D.
 Referir a importância do sistema nervoso e hormonal na manutenção da homeostasia.
- Os organismos necessitam de se adaptar constantemente às variações ambientais, de modo a manterem o seu equilíbrio
interno, condição necessária à sua sobrevivência. Para tal, necessitam de um sistema nervoso e hormonal para detetar as
variações ambientais e permitir uma resposta homeostática.
 Relacionar as formas de atuação do sistema nervoso e hormonal na resposta térmica.
- O sistema nervoso caracteriza-se por uma resposta mais rápida aos estímulos do meio, enquanto o sistema hormonal produz
efeitos que perduram mais tempo e atuam de forma mais lenta. Assim, a adaptação às variações ambientais ao longo do dia
implica, essencialmente, a atuação do sistema hormonal.
Grupo III
1. A – III, B-IV, C- I, D-V, E-II.
2. Opção A
3. Opção C
4. Opção A
5. Opção C
6. Opção B
 Relacionar o conhecimento da distribuição com a classificação dos organismos.
- A classificação dos organismos em espécies ou subespécies é atribuído a um conjunto de organismos que está isolado
reprodutivamente dos demais organismos.
 Relacionar a descoberta de organismos semelhantes noutros locais com a classificação.
- A descoberta de insetos semelhantes no continente africano fez com que a classificação de subespécie fosse inválida, pois são
semelhantes e podem não estar isolados reprodutivamente, tratando-se da mesma espécie.
 Relacionar a variabilidade intraespecífica com a capacidade de adaptação ao meio.
- Numa população de plantas da espécie D. rotundifolia havia variabilidade intraespecífica, existindo plantas com características
que lhe permitiam ser carnívoras. Quando o ambiente se tornou mais árido e pouco fértil, as plantas carnívoras estavam aptas a
sobreviver às condições ambientais, pois obtinham o azoto de que necessitavam a partir dos insetos.
 Referenciar o meio como agente de seleção natural. - O ambiente seleciona os seres vivos, de modo a que os mais aptos
sobrevivam e transmitam as suas características aos descendentes (reprodução diferencial).
 Referenciar o papel dos seres vivos no equilíbrio dos ecossistemas.
- O equilíbrio dos ecossistemas depende das relações bióticas e abióticas que os organismos estabelecem entre si e com o meio
que os rodeia, tornando-os interdependentes,
 Relacionar a possível extinção das orquídeas da espécie Angroecum sesquipedale com a hipotética extinção de determinadas
espécies de insetos.
- A extinção destas orquídeas teria como consequência a extinção de insetos que delas se alimentam, uma vez que o apêndice
bucal de algumas espécies de insetos é morfologicamente compatível com a flor das orquídeas A. sesquipedale, dependendo
destas flores para a sua alimentação.
Grupo IV
1. Opção C
2. Opção B
3. Opção C
4. Opção A
5. Opção D
6. A G F D E H C B.
7. No rio, próximo do local A.
 Referenciar as propriedades físicas do mercúrio.
- O mercúrio à temperatura ambiente encontra-se no estado líquido, evapora quando aquecido e congela a temperaturas
inferiores a -39 °C. A baixas pressões este metal cristaliza.
 Relacionar o estado físico do mercúrio com a contaminação dos aquíferos.
- O mercúrio líquido pode ser transportado pelos rios ou infiltrar-se imediatamente nos solos juntamente com a precipitação,
podendo atingir os aquíferos e contaminá-los. Também pode evaporar e contaminar áreas muito afastadas do foco inicial de
poluição.
 Relacionar o estado físico do mercúrio com a acumulação.
- As propriedades do mercúrio fazem com que este tenha tendência a acumular-se nos aquíferos, amplificando os efeitos
negativos da sua acumulação, tal como se perceciona no caso da Mina de Black Mutte, em que várias décadas depois do fim da
exploração existe poluição causada pelo mercúrio em locais que não estiveram diretamente envolvidos na exploração, como por
exemplo os locais C e D.
PROVA 2
Grupo I
1. Opção C
2. Opção B
3. Opção B
4. Opção C
5. Opção D
 Relacionar a endossimbiose com a capacidade da Elysia chlorotica realizar fotossíntese.
- As lesmas-do-mar, ao ingerirem algas, incorporam no seu epitélio digestivo plastídeos que lhes permitem realizar a
fotossíntese.
 Referir a fotossíntese como processo onde ocorre libertação de oxigénio.
- Durante a fotossíntese produz-se glicose e liberta-se oxigénio como produto de excreção.
 Relacionar a importância da fotossíntese com a sobrevivência das lesmas-do-mar em ambientes com reduzidos teores de
oxigénio.
- Ao realizar a fotossíntese, a lesma-do-mar liberta oxigénio, que pode ser consumido no metabolismo aeróbio e permitir a
produção de elevadas quantidades de energia mesmo em ambientes aquáticos com pouco oxigénio.
7. A-I, B-II, C-II, D-I,E-I, F-II
8. A G D F B C E.
 Relacionar as alterações genéticas com o aparecimento de variabilidade nas populações.
 A ocorrência de alterações genéticas nas lesmas-do-mar permitiu o aparecimento de algumas que não destruíram as
algas/plastídeos após a sua ingestão, não sendo nem digeridas nem degradadas nos lisossomas.
 Relacionar a variabilidade genética com o desenvolvimento da associação endossimbiótica.
- A manutenção das algas em alguns organismos permitiu o desenvolvimento da associação, em que o hospedeiro recebe
hidratos de carbono.
 Relacionar a associação endossimbiótica com as vantagens na adaptação.
- As lesmas-do-mar que estabeleceram a associação eram capazes de realizar a fotossíntese e assim obter mais matéria orgânica
e oxigénio que consumiam em ambientes de anóxia, constituindo uma vantagem na adaptação ao ambiente e permitindo que
se reproduzissem mais e aumentassem a sua população.
Grupo II
1. Opção B
2. Opção A
3. Opção D
4. Opção B
5. Opção C
6. Opção D
7. A -1, B - 2, C - 3, D -1, E - 2.
8. Existência de um espesso glaciar por cima do aparelho vulcânico que pode agravar o efeito explosivo da erupção vulcânica
(possivelmente de composição riolítica).
 Relacionar o degelo com a variação da pressão a que o magma se encontra sujeito.
- O degelo dos glaciares provoca uma redução do peso do material à superfície, o que leva a uma diminuição da pressão em
profundidade.
 Relacionar a diminuição da pressão com a formação de magmas.
- A diminuição da pressão aumenta a fusão parcial dos materiais mantélicos, levando à formação de magmas que preenchem as
câmaras magmáticas e que originam mais erupções nos períodos interglaciares.
10. Verdadeiras: A, C, F; Falsas: B, D, E.
Grupo III
1. Opção B
2. Opção D
3. Opção A
4. A F E D C B.
5. Verdadeiras: B, D, E; Falsas: A, C, F.
 Referir a relação entre os subsistemas terrestres.
- A biosfera, a geosfera, a atmosfera e a hidrosfera são subsistemas terrestres interdependentes, estabelecendo fluxos de
matéria e energia entre si.
 Relacionar os subsistemas terrestres com a produção de cimento a partir de calcários.
- Os calcários são materiais da geosfera que podem ser compostos por restos de organismos primitivos (biosfera). A produção de
cimento a partir do calcário origina a libertação de dióxido de carbono para a atmosfera, que pode ser dissolvido pela água
(hidrosfera) e formar precipitação ácida.
Grupo IV
1. Opção C
2. Opção D
3. Opção A
4. Opção B
5. Opção C
A resposta deve abordar os seguintes tópicos:
 Relacionar os estomas com a perda de água.
- A abertura dos estomas provoca uma perda de água da planta ao nível da transpiração.
 Relacionar o ácido abscísico com a regulação dos estomas.
- O ácido abscísico estimula o fecho dos estomas.
 Referenciar a concentração do ácido abscísico em situação de seca.
- Em situação de carência de água, os estomas devem estar encerrados de modo a minimizar a perda de água pela planta e a sua
consequente morte por desidratação, pelo que a concentração de ácido abscísico na planta é superior à existente em situações
normais.
7. A-II, B-II, C-I, D-II, E-II, F-III, G-I, H-II.
8. A-II, B-IV, C-VII, D-I, E-VI, F-VIII, G-V.
 Relacionar o sucesso de reversão de diferenciação celular nas plantas e nos animais.
- As plantas apresentam uma capacidade superior aos animais para reverterem a diferenciação celular e originarem, na presença
de um meio adequado com nutrientes e hormonas, organismos geneticamente iguais (clones) a partir de uma única célula ou
fragmento de tecido. Nos animais, a capacidade de uma célula originar outros tipos de células é tanto maior quanto menor for o
seu grau de diferenciação.
 Relacionar o grau de diferenciação das células com o sucesso na obtenção de clones.
- Quanto maior a diferenciação celular, menor o sucesso na reversão da diferenciação celular, e menor o sucesso na obtenção
de clones a partir de uma única célula.
PROVA 3
Grupo I
1. Opção B
2. Opção A
3. Opção D
4. Opção C
5. Opção A
6. Opção D
7 A resposta deve abordar os seguintes tópicos:
 Referir as condições de formação do gnaisse.
- O gnaisse é uma rocha metamórfica formada a partir de rochas preexistentes quando sujeitas a elevadas pressões e
temperaturas.
 Relacionar as possíveis origens do gnaisse com a determinação da natureza da rocha inicial.
- O gnaisse resulta de um metamorfismo muito intenso ao longo de centenas de milhões de anos, que dificulta a determinação
da natureza da rocha inicial, pois as alterações mineralógicas e texturais foram muito intensas.
8. A-III, B -I, C- VIII, D- IV, E - II, F - VII, G -VI, H - V.
Grupo II
1. Verdadeiras: A, C, E, G, H; Falsas: B, D, F.
2. Opção D
3. Opção B
4. Opção A
5. Opção B
6. Opção C
7. Opção D
8. Opções C e E
 Referenciar a base da Teoria Endossimbiótica.
- Segundo a Teoria Endossimbiótica, seres procariontes foram englobados por outros de maiores dimensões com os quais
estabeleceram relações de simbiose e por evolução originaram organelos dentro do organismo hospedeiro.
 Relacionar a presença de RNA ribossomal semelhante ao dos procariontes nos cloroplastos e mitocôndrias com a
endossimbiose.
- Aquando da endossimbiose, organismos procariontes autotróficos e heterotróficos precursores, respetivamente, dos
cloroplastos e das mitocôndrias foram englobados pelos organismos hospedeiros, mantendo parte do seu material genético (ex.:
DNA que codifica RNA ribossomal) e parte da maquinaria celular para a síntese de proteínas (RNA ribossomal). Assim, a presença
de RNA ribossomal semelhante aos procariontes no material genético isolado das mitocôndrias e cloroplastos é um argumento
importante para apoiar a Teoria Endossimbiótica.
Grupo III
1. Opção C
2. Opção B
3. Opção A
4. Opção C
5. Opção B
6. Opção D
 Relacionar o padrão de bandas com anomalia magnética com a emissão de material num rifte.
- Nas zonas de rifte, o material que ascende do interior da Terra é libertado de forma semelhante para ambos os lados do rifte,
originando um padrão simétrico de anomalias magnéticas.
 Relacionar a não existência de um padrão evidente de bandas magnéticas com a existência de um ponto quente.
- A ausência do padrão evidente de anomalias magnéticas permite inferir que, neste caso, o vulcanismo não deverá estar ligado
a um rifte mas sim a um ponto quente, que emite elevados volumes de lava, mas não ocorre de forma simétrica.
8. Verdadeiras: B, C, G; Falsas: A, D, E, F, H, I.
 Relacionar os estudos batimétricos com a Tectónica de Placas.
- Os dados magnéticos e os estudos batimétricos permitiram obter dados precisos sobre o relevo submarino e a sua idade,
detetando-se riftes, planícies e fossas oceânicas, por exemplo. Todos estes dados foram importantes na elaboração da Teoria da
Tectónica de Placas.
 Relacionar a ocorrência de sismos com a Teoria da Tectónica de Placas.
- Muitos dos sismos que ocorrem na Terra têm origem tectónica, isto é, têm origem na deslocação das placas tectónicas. Assim,
a ocorrência de sismos em zonas de limites de placas ou nas suas proximidades consolida a existência de um movimento das
placas tectónicas, o que contribui para a aceitação da Teoria da Tectónica de Placas.
Grupo IV
1. A-I; B-II, C-I, D-II, E-I, F-II, G-III, H- II.
2. Opção B
3. Opção A
4. Opção C
5. Verdadeiras: A, F, G; Falsas: B, C, D, E.
6. A-III, B-I, C-IV, D-II, E - VI.
 Referenciar o papel das giberelinas na divisão celular e no desenvolvimento dos frutos.
- As giberelinas promovem a divisão celular, fomentando o desenvolvimento dos frutos mesmo sem ter havido polinização e
fecundação.
 Relacionar o uso de giberelinas com as suas potencialidades agrícolas.
- O uso de giberelinas é favorável do ponto de vista agrícola, nomeadamente na vitivinicultura, uma vez que permite o
crescimento dos frutos aumentando o rendimento agrícola e reduzindo a necessidade de depender da fecundação nas plantas.
PROVA 4
Grupo I
1. Opção B
2. Opção C
3. Opção D
4. Opção D
5. Opção A
6. Verdadeiras: B, D, G; Falsas: A, C, E, F, H.
7.A-E-D-F-C-B.
 Relacionar a formação de montanhas com o regime compressivo.
- Sob o efeito de forças compressivas, os estratos tendem a deformar, formando dobras em regime dúctil ou falhas inversas em
regime frágil, que são responsáveis pela formação de montanhas como as dos Alpes. Assim, antes de ocorrer a formação de
montanhas, houve a deposição na crusta de grande quantidade de sedimentos que sofreram deformação.
 Relacionar a espessura dos estratos das cadeias montanhosas e das regiões continentais próximas.
- As montanhas são formadas por espessas camadas de sedimentos que se depositaram ao longo de muitos milhões de anos e
que sofreram compressão, dobramento e carreamento, enquanto nas regiões perto das montanhas, a coluna de sedimentos é
mais fina, pois as camadas não sofreram aqueles processos de forma tão intensa.
Grupo II
1. Opção B
2. Opção A
3. Opção D
4. Opção C
5. Opção A
6. Opção B
7. Complexo de Golgi.
 Relacionar a multicelularidade com a diferenciação celular.
- Nos organismos multicelulares, existe uma diferenciação celular de modo que as células são especializadas em determinadas
funções.
 Relacionar a separação do processo de divisão e locomoção da Volvox com o desenvolvimento da multicelularidade.
 A Volvox é uma alga colonial, com uma diferenciação celular muito reduzida, restrita às células reprodutoras e locomotoras,
pelo que na Volvox a maioria das células da colónia não participam na reprodução e não chegam a perder os flagelos durante o
processo de divisão celular inicial de desenvolvimento da multicelularidade.
9. A-II, B - VI, C -V, D - IX, E-IV, F - X, G -I, H-VII.
Grupo III
1.A-I, 8- II, C-I, D -II, E-I, F-I, G-I, H-II.
2. Opção D
3. Opção C
4. Opção A
5. Opção B
6 A-VII, B - III, C- V, D-I, E -IX, F - IV, G- H.
 Relacionar a extração de areia com a alteração da dinâmica costeira.
- A extração de areias pode afetar as taxas de deposição e erosão ao longo das praias, interferindo na deriva de sedimentos ao
longo da costa.
 Relacionar a extração de areias com o aumento da erosão em determinadas áreas.
- A extração de areias a norte pode aumentar a erosão a sul do quebra-mar do porto de Aveiro. Como nesta zona já se verifica
um recuo significativo da linha de costa, a remoção de areias a norte e a interrupção do transporte de sedimentos pelo quebra-
mar agravam o perigo natural nesta região.
Grupo IV
1. Opção A
2. Opção B
3. Opção C
4. Opção A
5. Opção B
6. A-III, B -I, C-II, D- I, E- II, F-1.
7. A-B-E-C-D.
 Relacionar a ocorrência de meiose no fungo N. crassa com a variação das condições do meio.
- Quando o meio se torna empobrecido em carbono e azoto, a reprodução sexuada é o mecanismo de reprodução favorecido.
 Referenciar uma vantagem e uma desvantagem da reprodução sexuada.
- A reprodução sexuada aumenta a variabilidade intraespecífica e, consequentemente, a capacidade de sobrevivência face a
alterações do meio. Contudo, é um processo energeticamente mais dispendioso para o organismo.
 Referenciar uma vantagem e uma desvantagem da reprodução assexuada.
- A reprodução assexuada é um processo que permite o rápido crescimento e a colonização de ambientes favoráveis. Contudo,
como se formam clones, a variabilidade intraespecífica é muito reduzida, diminuindo a capacidade de sobrevivência face a alte-
rações do meio.
PROVA 5
Grupo I
1. Opção D
2. Opção A
3. Opção B
4. Opção C
5. Opção D
6. Opção B
7. Verdadeiras: A, D; Falsas: B, C, E, F.
 Relacionar o fundo genético com a variabilidade intraespecífica.
- As espécies caracterizam-se por apresentar um determinado fundo genético que, quanto mais combinações genéticas permitir
realizar, maior será a sua variabilidade intraespecífica e, consequentemente, a diversidade fenotípica.
 Relacionar o fundo genético com a adaptação/sobrevivência face às modificações ambientais.
- Quanto maior a variabilidade específica maior será a capacidade de adaptação e sobrevivência de uma população às alterações
do meio, uma vez que os seres vivos dessa população apresentam genótipos e fenótipos muito diversos, em que serão
selecionados naturalmente os mais aptos para um dado ambiente. O conceito de mais apto é temporal, pois, face às alterações
do meio, um outro genótipo e fenótipo poderão ser os selecionados.
 Relacionar a evolução das espécies com as alterações no fundo genético.
- A evolução biológica consiste na alteração do fundo genético de uma população ao longo do tempo. A seleção natural, as
mutações e a deriva genética são fatores de alteração do fundo genético das populações.
Grupo II
1. A - III, B-IV, C-III, D-I, E-I, F-I, G-I, H- II.
2. Opção A
3. Opção B
4. Opção C
5. Opção D
6. Opção A
7. A-C-E-F-B-D.
8.1. Opção B
8.2. A resposta deve abordar os seguintes tópicos:
 Relacionar a capacidade de as bactérias do lago Mono substituírem o fósforo por arsénio com a constituição dos ácidos ou
nucleicos.
- As bactérias do lago Mono conseguem sobreviver em ambientes com muito arsénio, incorporando este elemento nas suas
moléculas.
 Relacionar a importância da descoberta destas bactérias com a pesquisa da vida extraterrestre.
- Esta foi considerada importante pela NASA, no âmbito da pesquisa da vida extraterrestre, uma vez que permite aos cientistas
constatar que há organismos extremófilos que sobrevivem e que se reproduzem em ambientes ácidos e ricos em arsénio,
aumentando as hipóteses da existência de vida extraterrestre em condições hostis como as referidas.
Grupo III
1. Opção D
2. Opção C
3. Opção A
4. Opção A
5. Opção B
6. Opção C
7. Verdadeiras: A, C, F; Falsas: B, D, E.
 Referenciar a presença de fluidos hidrotermais originários dos magmas.
- Os fluidos hidrotermais são constituídos essencialmente por materiais voláteis e ricos em sílica, podendo ser formados nos
estádios finais da diferenciação magmática.
 Relacionar a formação de depósitos minerais metálicos com a ocorrência de fluidos hidrotermais.
- A reduzida densidade e a elevada fluidez dos fluidos hidrotermais permite a sua circulação e instalação ao longo de poros e
fraturas das rochas encaixantes. A cristalização destes fluidos pode originar a formação de jazigos, como por exemplo os
metálicos.
Grupo IV
1. Opção D
2. Opção C
3. Opção A
4. Opção B
5. Opção D
6. Verdadeiras: A, B, E, G; Falsas: C, D, F, H.
7. A - 2, B - 4, C-1, D - 2, E - 3, F - 1.
8. Para testar a hipótese de as plantas de tomate libertarem ácido jasmónico como resposta ao ataque das larvas de modo a
atrair predadores destas, poder-se-ia realizar a seguinte experiência, mantendo todos os outros fatores (ex.: temperatura,
disponibilidade hídrica, etc.) constantes em todos os lotes de plantas. Selecionar 9 plantas de tomate de tamanho idêntico,
envasadas, que constituirão o lote A, B e C (formado por 3 plantas cada um). Obter larvas que parasitam a planta do tomate e os
insetos que se alimentam destas larvas. Os lotes são colocados nas seguintes condições experimentais:
- lote A: funciona como controlo, em que não se adicionam as larvas;
- lote B: as plantas serão expostas às larvas dos insetos parasitas, permitindo que estas se alimentem das suas folhas;
- lote C: as plantas não serão sujeitas à ação das larvas, mas será aplicado ácido jasmónico.
Libertar os insetos predadores das larvas na proximidade dos três lotes de plantas.
Em todas as plantas será quantificado, ao fim de um dado tempo, o número de insetos que predam as larvas, de forma a
verificar se nas plantas sem larvas, mas com ácido jasmónico, os insetos predadores foram atraídos, comparando com o controlo
experimental (lote A), para ver se as diferenças são significativas.
PROVA 6
Grupo I
1. Opção C
2. Opção D
3. Opção A
4. Opção D
5. Opção A
 Referenciar as condições de formação das brechas.
- O impacto meteorítico originou condições de pressão e temperatura muito altas, que levaram à formação das brechas.
 Relacionar a textura das brechas com as condições de formação.
- O impacto do meteorito levou à formação de clastos muito angulosos e grandes devido às elevadíssimas pressões. Para além
deste material grosseiro, o impacto também originou a pulverização do material. Todos os materiais foram sujeitos a elevadas
condições de temperatura e pressão, que conduziram à consolidação da matriz formando brechas. Uma outra hipótese é que os
materiais não consolidados resultantes da fragmentação e da pulverização da rocha preexistente tenham sofrido diagénese, em
profundidade, e originado brechas.
7. A-D-F-C-E-G-B.
8. Verdadeiras: A, D, E, H; Falsas: B, C, F, G.
 Referenciar o aumento da salinidade em profundidade com a variação do número de microrganismos nas amostras
recolhidas.
- Ao analisar amostras de água presente nas rochas e fraturas, constatou-se que a sua salinidade aumentava com a
profundidade, tendo sido também observada a diminuição do número de microrganismos.
 Relacionar o aumento da salinidade com o desenvolvimento de estratégias de adaptação dos seres vivos.
- Os organismos possuem mecanismos de osmorregulação que lhes garantem a homeostasia, constituindo uma condição
necessária à sua sobrevivência em ambientes hostis.
 Referenciar a salinidade como um fator limitante na sobrevivência dos organismos.
- Face ao aumento da salinidade, esta constitui um fator limitante à sobrevivência dos organismos, sobrevivendo apenas alguns
extremófilos. Assim, nas amostras recolhidas a maiores profundidades, o número de microrganismos sofreu uma redução
abrupta em resultado do aumento significativo da salinidade, que afeta a pressão osmótica das células.
Grupo II
1. Opção A
2. Opção D
3. Opção D
4. Opção B
5. Opção C
6. Opção A
7. A - IV, B - III, C - I, D - IV, E - II, F - IV.
 Relacionar a classificação dos seres vivos com os critérios utilizados.
- De acordo com o tipo de critérios utilizados, os seres vivos podem ser classificados de formas diferentes. Assim, se atendermos
aos critérios anatómicos, os Amphisbaenia podem ser classificados como cobras, mas, se usarmos critérios moleculares, estes
indivíduos são classificados como lagartos terrestres.
 Relacionar a fidelidade dos dados moleculares com a dos dados anatómicos.
- Os dados moleculares são mais fiáveis, uma vez que dizem respeito ao património genético dos organismos, sendo possível
comparar molecularmente os seres vivos e usar relógios moleculares. Pelo contrário, os dados anatómicos são mais falíveis,
devido a fenómenos de evolução convergente e divergente, por exemplo.
Grupo III
1. Opção D
2. Opção B
3. Opção C
4. Opção A
5. Opção B
6. A - II, B - II, C - I, D - III, E - I, F - II, G - II, H - I.
7. Verdadeiras: C, D, F; Falsas: A, B, E.
 Relacionar a presença de algas com o aumento do teor em oxigénio das águas.
- As algas são organismos que realizam a fotossíntese, resultando deste processo oxigénio, que é libertado para a água.
 Referenciar o papel das algas no combate à poluição.
- O oxigénio produzido pelas algas aumenta a precipitação de metais pesados e sulfuretos presentes na água, que tendem a
precipitar mais perto da fonte de poluição. Assim, ocorre uma redução do transporte para jusante, concentrando a poluição
mais perto das minas e escombreiras.
Grupo IV
1. Opção B
2. Opção D
3. Opção A
4. Opção D
5. Opção A
6. Opção B
7. Redução da colónia de fungos cultivados e proliferação dos fungos parasitas dos fungos cultivados.
- Uma vez que o número de formigas a fornecer folhas é mais reduzido, o teor de compostos químicos inibidores do crescimento
do fungo Escovopsis produzido pelas bactérias que vivem no interior das formigas também vai ser menor. Assim, quando se
adicionam esporos de Escovopsis estes vão proliferar, enquanto a colónia de fungos cultiváveis vai diminuir por ser parasitada
pelo Escovopsis.
 Relacionar as associações endossimbióticas com as relações de simbiose desenvolvidas pelas formigas e bactérias.
- Os organismos desenvolvem estratégias no sentido de criar situações benéficas e aumentar a sua sobrevivência. Assim, as
formigas desenvolveram uma relação de simbiose com as bactérias, em que há benefício mútuo (as bactérias auxiliam as formi-
gas na digestão e obtêm destas alimento). Nas associações de endossimbiose, o princípio é o mesmo, pois a associação
simbiótica evoluiu para uma associação mais estável, em que um dos seres é englobado, perde parte dos seus componentes
celulares e pode chegar a evoluir para um organelo do hospedeiro.
 Referenciar as relações de simbiose como precursoras de associações endossimbióticas.
- As relações de simbiose ao nível celular podem evoluir para relações de endossimbiose.
PROVA 7
Grupo I
1. Opção B
2. Opção A
3. Opção D
4. Opção B
5. Opção C
6. Verdadeiras: B, C, D; Falsas: A, E, F, G, H.
 Relacionar o agente de transporte com as propriedades granulométricas dos depósitos.
- Os sedimentos transportados pelo vento são, de um modo geral, de menores dimensões do que os sedimentos transportados
pelos rios (podem incluir grãos de maiores dimensões).
 Relacionar o agente de transporte com a calibragem dos sedimentos.
- Os depósitos resultantes do transporte eólico são mais bem calibrados do que aqueles que resultam do transporte de um rio.
 Relacionar o agente de transporte com o tipo de estratificação.
- Os depósitos eólicos apresentam estratificação cruzada, ao passo que os depósitos característicos de um rio são horizontais e
com estratificação mais variável.
 Relacionar as condições de formação dos evaporitos com o reduzido número de espécies a habitar o Mediterrâneo.
- Na altura de formação dos evaporitos, a água do Mediterrâneo tinha sofrido uma descida abrupta e a concentração de sais era
muito elevada, pelo que a reduzida quantidade de água e a elevada salinidade tornaram o Mediterrâneo um ambiente muito
inóspito para os seres vivos, levando à diminuição do número de espécies a habitar aquele local.
 Relacionar a mudança nas condições ambientais com a colonização do local por uma grande diversidade de seres vivos.
- Após as cheias, o ambiente tornou-se mais favorável ao desenvolvimento de seres vivos, pois a salinidade da água foi reduzida.
 Relacionar o aumento do número de seres vivos com o aumento de registo fóssil.
- O elevado número de fósseis comprova o aumento do número de espécies após a cheia.
Grupo II
1. Neste estudo é importante marcar todas as baratas libertadas, de modo a garantir que apenas estas são recapturadas,
evitando capturar baratas que não tinham sido libertadas e que afetariam os resultados.
A marcação foi efetuada na região abdominal, de modo a evitar que o ponto ou mancha vermelha fosse visível aos predadores,
principalmente as aves que se alimentam destas baratas, evitando a inclusão de erros no estudo.
2. Opção C
3. Opção A
4. Opção C
5. Opção D
6. A-1, B-II, C-II, D-III, E-I, F-III, G-I, H-I.
 Referenciar o sentido temporal de mais apto.
- Numa população de indivíduos com variabilidade intraespecífica face às condições do meio, apenas sobrevivem os mais aptos.
Assim, para um meio constituído por solo arenoso de cor clara, as baratas mais aptas são as de revestimento claro. Contudo, se
o meio for um solo de cor escura, as baratas mais aptas são as de revestimento escuro.
 Relacionar a seleção natural com a reprodução diferencial.
- Os organismos mais aptos num dado ambiente vão-se reproduzir mais do que os organismos menos aptos, transmitindo as
suas características aos descendentes (reprodução diferencial). Os menos aptos serão eliminados por seleção natural.
 Relacionar a seleção natural com o aparecimento de novas espécies.
- A atuação da seleção natural ao longo de um período grande de tempo favorece o aparecimento de novas espécies, neste caso
baratas que se encontram nos extremos da distribuição dos indivíduos (ex.: revestimento claro ou revestimento escuro), o que
poderá conduzir ao desenvolvimento de novas espécies.
Grupo III
1. Opção B
2. Opção C
3. Opção B
4. Opção A
 Relacionar o baixo desenvolvimento económico do país com a falta de planos de monitorização de áreas de risco geológico.
- O facto de o Haiti ser um país pouco desenvolvido e com baixo desenvolvimento económico dificulta a aposta em planos de
monitorização de áreas de risco geológico, em particular de risco sísmico.
 Relacionar o baixo desenvolvimento económico e social do país com o tipo de construção existente e com a falta de planos
de evacuação do conhecimento das populações.
- O baixo desenvolvimento económico impossibilita a construção antissísmica, o que permitiria que os edifícios não
desmoronassem tão facilmente e minimizaria os impactes nas perdas humanas e materiais. O Japão é um exemplo de um país
onde, perante sismos de magnitude igual ou superior à do sismo de 2010 no Haiti, o grau de destruição é significativamente
mais reduzido, devido às construções antissísmicas e à forma como os planos de evacuação estão elaborados e treinados.
6. A C G D B F E.
7. Verdadeiras: B, C, D, F, H; Falsas: A, E, G, I.
 Relacionar o enquadramento tectónico da zona com a acumulação de tensões nas rochas.
- A zona em análise é geologicamente ativa e, ao longo do tempo, geram-se tensões que se vão acumulando nas rochas.
 Relacionar a acumulação de tensões com o limite de elasticidade das rochas.
- As tensões que se geram acumulam-se nas rochas até que o limite de elasticidade das rochas seja ultrapassado.
 Relacionar o período de acumulação de tensões nas rochas com a ocorrência de sismos.
- Se a acumulação de tensões ocorrer durante longos períodos de tempo sem que o limite de elasticidade das rochas seja
ultrapassado, quando esse limite for ultrapassado o sismo resultante poderá ser de grande magnitude.
Grupo IV
1. Opção B
2. Opção A
3. Opção D
4. Opção B
5. A tirosina está diretamente envolvida na produção de pigmentos de melanina responsáveis pela coloração da pele e do
cabelo. Nos doentes com PKU, a fenilalanina não é transformada em tirosina, podendo apresentar uma cor de pele e de cabelo
mais clara que os seus irmãos não doentes.
6. A - III, B - VII, C- II, D -V, E - IV, F - I.
7.
7.1. Opção B
7.2. Opção A
8. Redundância do código genético.
 Relacionar a semelhança nas sequências de aminoácidos de determinadas proteínas com o grau de proximidade filogenética.
- Quanto maior for a semelhança na sequência de aminoácidos de determinadas proteínas de dois seres vivos, maior será a sua
relação filogenética.
 Referenciar a evolução por radiação adaptativa como responsável pelas diferenças entre o Homem e os ratinhos.
- Os ratinhos e o Homem pertencem à mesma classe e são filogeneticamente próximos, tendo evoluído a partir de um ancestral
comum, pelo que têm biomoléculas (ex.: proteína PHA) com sequências muito idênticas. Contudo, também apresentam
características diferentes, resultado da evolução por radiação adaptativa que sofreram nas últimas dezenas de milhões de anos.

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Prova-Modelo de Biologia e Geologia

DURAÇÃO DA PROVA: 120 minutos TOLERÂNCIA: 30 minutos

Figura 1- (A) Estrutura da crusta terrestre na proximidade de uma zona de rifte.

Grupo II - Temperatura e locomoção nos lagartos

4. Comparativamente ao Homem, o surgimento de bipedismo em algumas espécies de lagartos pode corresponder a um

6. A árvore da figura 3 apresenta uma análise...

Grupo III - Darwin e a biologia vegetal

Documento A - Plantas carnívoras

Grupo IV - Poluição causada por mercúrio

A - Local de processamento do minério estabelecido em 1882.

Figura 6 - Localização dos pontos de amostragem na mina de Black Mutte.

4. Em algumas classificações mineralógicas, o mercúrio é classificado como mineraloide, pois...

6. Uma das aplicações do mercúrio é na extração de ouro.

8. Relacione as propriedades físicas do mercúrio com a possibilidade de contaminação de aquíferos.

Figura 1- (A) Ciclo de vida da lesma-do-mar (Elysia chlorotica).

4. O fim da relação endossimbiótica ocorre na primavera...

Grupo II - Vulcanismo na Islândia

Grupo III - Pista de dinossauros e geologia da serra da Arrábida

Um grupo de alunos determinou a taxa de transpiração no feijoeiro,

Figura 5 - Resultados experimentais obtidos nas experiências I, II e III.

6. Em situações de carência hídrica, as plantas sintetizam ácido abscísico.

6. A estratificação das rochas sedimentares...

Grupo II - Microrganismos extremófilos

Figura 3 - (A) Divisão dos seres vivos em três domínios

3. A DNA polimerase das bactérias permite a...

A atividade vulcânica associada aos riftes das dorsais médio-

Grupo IV - Hormonas vegetais

2. Os isótopos de oxigénio podem ser usados para determinar...

2. O controlo experimental corresponde ao grupo das C. reinhardtii...

7.Mencione a designação da estrutura assinalada com a letra X (figura 3).

Grupo IV - Reprodução sexuada e assexuada em fungos

2. A quitina é um _____ formado pela ligação de _______ que correspondem a monómeros.

4. Segundo Darwin, a ausência de asas nos escaravelhos da Madeira pode dever-se...

Grupo ll - Modelo de formação da Terra

Figura 2 - Esquema representativo

5. A determinação da idade da Terra está dependente da...

Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

2. A datação radiométrica permite obter a idade...

5. A instalação dos granitos originou a formação de corneanas em resultado da...

Grupo IV - Adaptações das plantas à seca

Figura 5 - Variação da abertura estomática ao longo do tempo e em resposta

Figura 6 - (A) Variação da absorção e transpiração em plantas de sardinheira

5. A ausência de metamorfismo de impacto no bloco de granito indica que este...

Grupo II - Regressão dos membros dos lagartos

4. O Cryptolacerta hassiaca pode ser considerado um verdadeiro lagarto, pois...

Quadro I - Propriedades dos resíduos acumulados nas quatro minas analisadas.

Grupo IV - Formigas cultivam fungos

2. O enchimento do Mediterrâneo pode enquadrar-se no ________, primeiramente formulado por ________.

5. A formação dos evaporitos, há cerca de 5,6 Ma, resultou de uma...

Grupo II - Evolução das baratas

Quadro I - Condições experimentais e resultados obtidos.

3. As baratas foram recolhidas ao fim de uma semana, de forma a...

Figura 5 - Teste de Guthrie aplicado a dois bebés. A linha 1 contém

Figura 6 - Análise do teor de diversos aminoácidos presentes no sangue dos recém-nascidos 1 e 2.

3. No segundo teste, o bebé 1...

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