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Sistema Linfático

Prof. Gizele A. Neves


E-mail: gizele.neves@uni9.pro.br
Sistema Linfático

• Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais


• Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema
circulatório (passam pelo SL p/ serem transportadas p/ o SG)
• Produção de células imunes (como linfócitos, monócitos)
• Sistema auxiliar de drenagem formado por vasos linfáticos e órgãos linfáticos:
baço, timo, tonsilas e linfonodos
• O líquido dos vasos linfáticos é a linfa.

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Sistema linfático
Está intimamente relacionado com o sistema circulatório.

 Transporta o excesso de líquido intersticial e devolve-o à


corrente sanguínea pelo fluxo em um só sentido.

 Alguns líquidos derivados do plasma, ao invés de retornarem


diretamente aos capilares (aproximadamente 15%), entram
nos vasos linfáticos localizados nos tecidos conjuntivos em
torno dos vasos sanguíneos.

• Suas células (linfócitos), localizadas os tecidos linfáticos,


ajudam na defesa do corpo contra microrganismos e outras
Diferenças entre os sistemas linfático e cardiovascular: substâncias estranhas.
capilares linfáticos de fundo cego; não possui um órgão
central bombeador; presença de linfonodos.
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Sistema linfático – órgãos linfóides
• Há dois tipos de órgãos linfóides de acordo com sua capacidade de produzir ou não
linfócitos:

• Órgãos linfóides primários - são órgãos onde se originam ou se diferenciam


linfócitos: timo e medula óssea hematogênica.

• Órgãos linfóides secundários - são órgãos onde os linfócitos existem em grande


quantidade e onde exercem importantes funções: linfonodos e baço.

• Além destes órgãos linfóides, há acúmulos importantes de tecido linfóide no tecido


conjuntivo das mucosas do aparelho digestivo, respiratório, urinário. Estes acúmulos são
conhcecidos pela MALT - mucosa-associated limphoid tissue, isto é, tecido linfóide
associado às mucosas: tonsilas, o apêndice vermiforme e as placas de Peyer
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LINFONODOS

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TRONCOS LINFÁTICOS

Se abre na veia subclávia


direita próximo à veia jugular
interna.

Sobe ao longo da coluna


vertebral e drena na veia
subclávia esquerda.

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DUCTOS LINFÁTICOS

• Ducto linfático direito


• Veia jugular interna direita
• Veia subclávia direita

• Ducto torácico
• Cisterna do Quilo
• Dilatação na região abdominal – cisterna do
quilo – que recolhe a linfa dos MMII e da
região intestinal

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Ducto linfático direito

• Repousa sobre o músculo escaleno anterior

• Drena a linfa que o ducto torácico não drena


• MSD, hemicrânio direito, abdômen e hemitórax direito

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Ducto torácico

• É o mais calibroso

• Tronco comum de todos os vasos linfáticos corpóreos

• EXCETO: a região drenada pelo ducto linfático direito.

• Assim drena a linfa dos:


• MMII, abdômen, hemitórax esquerdo, hemicrânio esquerdo e MSE

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TONSILAS OU AMIGDALAS

(b)
Palatinas (a)
Faríngeas (b)
Lingual (c)
(a)

(c)
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BAÇO
• Abdômem esquerdo entre o fundo do estômago e o diafragma.

• Tamanho e peso do baço varia muito, no adulto tem cerca de 12cm de


comprimento, 7cm de largura e 3 cm de espessura.

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BAÇO - Funções

• Produção de anticorpos

• Fagocitose de glóbulos vermelhos velhos e partículas


estranhas

• Local de formação de glóbulos vermelhos no embrião

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TIMO
• É uma massa bilobada de tecido linfoide
• Abaixo do esterno, na região do mediastino
anterior
• Na criança está relacionado com a
LINFOCITOGÊNESE, principalmente a formação
de linfócitos T.

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MALT: tecido linfóide associado a mucosas

• O MALT constituído de tecido linfóide presente nas mucosas de vários sistemas do


organismo, como por exemplo na mucosa do aparelho digestivo, respiratório, urinário

• É constituído de aglomerados de tecido linfóide situados em locais estratégicos,


geralmente sujeitos a entrada de antígenos (moléculas ou microorganismos) vindos do
exterior

• Na cavidade bucal há vários componentes do MALT: são as tonsilas

• Apêndice vermiforme e as placas de Peyer

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MALT
• Apêndice vermiforme - parte de sua parede é tomada por tecido
linfóide, sob forma de tecido linfóide difuso (linfócitos espalhados pelo
tecido conjuntivo).

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MALT
• Placas de Peyer: são acúmulos de tecido linfóide presentes nas
mucosa e submucosa do intestino delgado, geralmente no íleo.

OBS: infiltrado linfóide difuso (em laranja) e os nódulos linfáticos (em turquesa) 19
Linfa

Líquido do espaço intersticial, ao penetrar no


sistema linfático, passa a se chamar linfa.
Linfa

• Líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou


rosado)

• Alcalino e de sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos


• Não possui hemácias
• Conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos.
Formação da linfa

• Formada basicamente pela diferença de pressão entre o interstício e


os capilares linfáticos

• Influenciada pela
• Pressão Hidrostática

• Pressão Oncótica

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Pressão Hidrostática
Pressão Osmótica

Pressão Hidrostática: é a pressão exercida pela presença de líquido .

Exemplo: pressão exercida pela corrente sanguínea “expulsando” o


plasma para o interstício, a partir do capilar arterial

Pressão Oncótica: é originada pela presença de moléculas protéicas


no sangue e/ou no fluido intersticial - intersticial
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Formação da linfa

• A linfa é formada basicamente pela diferença de pressão entre o


espaço intersticial (pressão oncótica) e o capilar linfático (pressão
hidrostática).
1) A pressão hidrostática (capilar sanguíneo) força a saída do plasma para o
interstício

2) A sístole cardíaca provoca uma pressão hidrostática positiva arterial,


provocando um excesso de líquido intersticial, além do acúmulo de proteínas
no espaço intersticial que faz aumentar a pressão oncótica nesta região
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3) As pressões assim formadas (hidrostática do capilar e oncótica
intersticial), acabam por formar um excesso de líquido e proteína no
espaço intersticial

4) O excesso de líquido e proteínas que não conseguem adentrar na


circulação sanguínea, é empurrado para os capilares linfáticos formando,
assim a linfa.

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Sistema linfático

O fluxo da linfa é dependente de:

• contração da musculatura lisa da parede dos vasos linfáticos

• movimentos passivos do corpo;

• pulsações de artérias;

• compressão externa dos tecidos


Funções imunes dos órgãos linfóides

• Células B: são linfócitos que adquiriram a capacidade de responder


ao antígeno diferenciando-se em linfócitos secretores de anticorpos

• Constantemente elas deixam a medula e circulam através do


sangue, tecidos conjuntivos frouxos, linfa, e se localizam nos
linfonodos, baço e outros tecidos linfóides.

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Funções imunes dos órgãos linfóides

• Células T: são linfócitos que deixam a medula óssea e penetram


no timo, onde se diferenciam e proliferam.

• Continuamente deixam o timo, e como as células B, circulam


através do sangue, tecidos conjuntivos frouxos, e linfa, e depois
de algum tempo, grande quantidade de células T se localizam nos
linfonodos, baço e outros tecidos linfóides.
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Principais locais de linfonodos - linfáticos das mamas

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Principais locais de linfonodos - linfáticos intestinais

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Principais locais de linfonodos - linfáticos intestinais

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Principais locais de linfonodos - linfáticos intestinais

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Fatores que Influenciam no
Fluxo Linfático
Os fatores que influenciam no fluxo linfático são:

 Presença de válvulas: a presença de válvulas nos vasos linfáticos impede


o refluxo da linfa;
 A contratilidade dos vasos: os vasos linfáticos apresentam musculatura
lisa em sua túnica média.
 Vias acessórias de fluxo: em situações especiais, estas vias se abrem
permitindo uma maior absorção do excesso de líquido intersticial.
Fatores que Influenciam no
Fluxo Linfático
• A respiração: ao aumentar a pressão intratorácica, impulsionando a linfa
através dos ductos torácico e linfático direito;
• A musculatura esquelética, que com sua ação ajuda no bombeamento dos
vasos linfáticos;
• As alterações térmicas que podem aumentar ou diminuir o fluxo linfático;
• As pressões hidrostática e oncótica, que promovem a entrada da linfa
para os capilares linfáticos;
Fatores que Influenciam no
Fluxo Linfático.

• A compressão externa dos tecidos que pode ser exercida por faixas,
meias, luvas elásticas, ataduras, aparelhos ou mesmo as mãos do
terapeuta.

• A gravidade: se a região a ser drenada (MMSS,MMII ou a cabeça) for


colocada no sentido do fluxo linfático, isto ajudará a aumentar o fluxo
da linfa.
Fatores que Influenciam no
Fluxo Linfático.

• Exercícios físicos: que mantém em bom estado funcional a


musculatura esquelética auxiliando, assim, o sistema linfático.

• A drenagem linfática manual que atua comprimindo os vasos no


sentido da captação da linfa, aumentando, assim o fluxo linfático.

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