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Preparatório Nodo Sinusal

&
Associação dos Enfermeiros
Unidos Para Cuidar

MATERIAL DE APOIO PARA O CONCURSO PÚBLICO

MINSA – 2022

Analises Clínicas

O/a Proprietá rio/a

___________________________________________
[2]

Preparatório Nodo Sinusal


&
Associação dos Enfermeiros Unidos Para Cuidar

Conteúdos

 COPROPARASITOLOGIA
BIOQUÍMICA CLÍNICA
URINOLOGIA
MICROBIOLOGIA
HEMATOLOGIA
 HEMATOLOGIA

Preparatório Nodo Sinusal & Associação dos Enfermeiros Unidos Para Cuidar
Contactos: 926716280/914835170
Temas:
1. COPROPARASITOLOGIA

R: Coprologia ou escatologia é um ramo da biologia e da medicina que


estuda as fezes. Mais especificamente, trata-se do estudo das fezes humanas
com objectivo de auxiliar no diagnóstico e prognóstico de doenças do sistema
digestivo (renomeado "sistema digestório"). A palavra deriva do grego sko que
significa "fezes"; e logos, que significa "estudo".
Conceito de parasitologia
R: Parasitologia é a especialidade da biologia que estuda os parasitas,
os seus hospedeiros e relações entre eles. Engloba os filos Protozoa
(protozoários), do reino Protista e Nematoda (nematódes), annelida
(anelídeos), Platyhelminthes (platelmintos) e Arthropoda (artrópodes), do reino
Animal.

Importância do estudo das fezes


R: O exame de fezes é um dos exames mais comuns pedidos diante
de sintomas apresentados ao médico e também para exames de rotina. É
um procedimento simples, que pode revelar as mais diversas condições de
saúde.

R: Fezes humanas são material restante após a digestão e absorção dos


alimentos pelo tubo digestivo dos seres humanos. ... Nesse período parte da
água (10 a 12 litros) e sais é absorvida, para que na região final do cólon a
massa fecal se solidifique, transformando-se então nas fezes.
terística fisiológica das fezes
R: As características fisiológicas das fezes ou excreções fecais são
relativas e dependentes das funções do aparelho de digestão de cada
indivíduo, assim como dos tipos e composições dos alimentos digeridos. Uma
excreção fecal considerada normal e padrão, é composta por água
(aproximadamente de 75%) e material sólido (aproximadamente de 25%). Esse
material é constituído por fibras, colesterol, lipídeos e bactérias.
oquímicos encontrados nas fezes 2
R: Matéria orgânica 88 - 97%
Nitrogênio 5,0 - 7,0%
Fósforo (P2O5)3,0 - 5,4%
Potássio (K2O)1,0 - 2,5%
Carbono40 - 55%
Cálcio (CaO) 4.0 - 5.0%
Relação C / N 5.0 - 10.0

sporte e preservação de amostra


R: COLETA DE FEZES PARASITOLÓGICAS
☼ Orientar o paciente para que defeque em recipiente limpo e seco;
☼ Retirar uma amostra de fezes (10 gramas) em cada uma das 3
evacuações em dias alternados;
☼ Conservar em temperatura ambiente por até 7dias.
COLETA DE FEZES SWAB ANAL
– Colecta deverá ser feita pela manhã, paciente sem banho;
– “Imprint” na região perianal com fita adesiva;
– E preparar lâmina colando a fita adesiva em uma das faces;
– Após colecta enviar lâmina para laboratório
COLECTA DE FEZES, SANGUE OCULTO NAS FEZES, COPOGRAMA
E ROTAVIRUS:
– Não é necessário dieta
– Evitar escovação vigorosa nos dias que antecedem a coleta (Sang. Ocul.)
– Evitar uso de laxante
– Frasco para colecta sem conservante
– Material recém-emitido

TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DE FEZES


• Depois da colecta, o material deverá ser encaminhado ao laboratório.
• O material não fica armazenado após análise

R: Exame microscópico- São examinadas devido a presença de


protozoários e larvas de helmintos ou ovos. Os estágios de protozoários
encontrados em fezes são trofozoítas e cistos. Os estágios de helmintos
normalmente encontrados em fezes são ovos e larvas, ainda que possam ser
vistos vermes adultos ou segmentos de vermes. Vermes adultos ou segmentos
de ténia são normalmente visíveis a olho nu, mais ovos larvas, trofozoítas, e
cistos podem ser vistos somente com microscópio.

• Swab anal para oxiúros


É usado para detectar a presença de oxiúros (enterobios vermiculares).
Os oxiúros são mais comuns em crianças que adultos. Freqüentemente,
contudo, se uma criança numa família tem oxiúros, os outros membros da
família serão infectados. Ovos de oxiúros são normalmente encontrados em
dobras da pele ao redor do anus. Eles raramente aparecem nas fezes. 3

• Esfregaço fecal espesso em celofane para diagnostica


esquistossomoses intestinais (técnica de Kato-Katz)
Essa técnica tem provado uma eficiência significante dos diagnósticos
de esquistossomoses e helmintos intestinais. A técnica não é conveniente para
examinar larvas, cistos ou ovos de certos parasitas intestinas.
• Método directo
No método directo as fezes são examinadas ao microscópio, entre
lamina e lamínula, diluídas numa densidade que dá para se ler as letras de
um jornal através do preparado. Fezes preservadas são úteis para a
detenção de cistos de protozoários e de ovos e larvas de helmintos, mas a
pesquisa de trofozoítas deve ser feita, pelo método directo, com fezes
frescas, não preservadas.

• Métodos de concentração de fezes

Foram descritos vários métodos de concentração de parasitos


encontrados de fezes. Eles facilitam o encontro de parasitas diminuindo as
matérias fecais na preparação a ser observada ao microscópio. Concentrando
os parasitos baseando nas diferenças de densidade existente entre as formas
dos parasitos e o material fecal ou fazendo com que certas larvas migrem para
o material fecal e sejam concentrados no fundo de um funil.

Os três métodos envolvem: a) Sedimentação, com os parasitos sendo


concentradas no sedimento obtido por gravidade ou centrifugação; b)
Flutuação, onde os parasitos flutuam ou são condensados num sedimento por
meio de uma solução de densidade diferente da sua; c) Migração, onde certas
larvas vivas, migram para fora do material fecal e são colectadas no fundo de
um funil.

• Método de concentração por sedimentação (ou método Hoffmann)


Este método é recomendado para a pesquisa de ovos pesados, como o do
Shistosoma mansoni, revelando também ovos e larvas de outros helmintos.
Mesmo não sendo ideal para a pesquisa de cistos, estes poderão ser
observados, especialmente se for corado a preparação.

• Método de concentração por flutuação


Os métodos de flutuação se utilizam da centrifugação para a lavagem do
material fecal, seguida da suspensão desse material em liquido de densidade
determinada, cuja constituição e modo de uso dependem do método
empregado. São encontrados Schistosoma, larvas de Strongyloides, assim
como cistos de protozoários.

• MIF
Centrífugo-sedimentação em um sistema éter-mertiolate. É indicado na
pesquisa de larvas, ovos de helmintos e cistos de protozoários.
• Método de Ritchie
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Tem como atributo principal a concentração que realiza de cistos de
protozoários, ovos e larvas de helmintos. Útil para coccídios. Esta técnica é
também referida como processo pelo formol-éter
• Método de Willis (ou método da solução saturada de cloreto de sódio)
Tem como fundamento a flutuação de ovos de helmintos e cistos de
protozoários em uma solução saturada de NaCl em água a 30%. È indicado na
pesquisa de ovos de helmintos e cistos de protozoários.
É um método ainda usado, mas devido à alta possibilidade de
contaminar todo o local de trabalho, deve ser abandonado. Deveria ser
imediatamente proibido em hospitais, mesmo se forem empregadas fezes
preservadas. É substituído em grandes vantagens, pelos outros métodos de
rotina (sedimentação e Ritchie).

• Método de Faust
A técnica de Willis (1921) foi modificada por Faust et al. (1939), na qual
a solução saturada de cloreto de sódio foi substituída pela solução de
sulfato de zinco. Fundamenta-se na propriedade que apresentam certos
ovos de Helmintos de flutuarem na superfície de uma solução de densidade
elevada e de aderirem ao vidro. Este procedimento simples e eficiente está
indicado para pesquisa de ovos com densidade específica baixa como os de
Ancilostomídeos. Foram descritas várias modificações e hoje serve tanto
para fezes frescas como conservados em MIF ou em formalina.

• Métodos de concentração por migração


Baseados na extração de larvas do solo, vários autores adaptaram
métodos para a pesquisa de Strongyloides stercoralis em fezes humanas. A
larva desse helminto, com grande avidez à água morna, migra através do
material fecal até atingir a água e aí, não tendo sustentação, sedimenta no
fundo do recipiente.

• Método e Baermann
Este método é baseado no hidro-termo-tropismo positivo das larvas pela
ação da gravidade. É um método seletivo para pesquisa de larvas e não
específico, pois podemos encontrar cistos e ovos de outros parasitos. Indicado
para a pesquisa de larvas de Strongyloides stercorales e de Ancilostomideos.

• Método de Rugai
Rugai simplificou o método de Baermann, utilizando a própria latinha
como receptáculo para as fezes e um cálice de sedimentação, em vez de
funil. Indicado para a pesquisa de larvas de Strongyloides stercorales e de
Ancilostomideos.

• Métodos de contagem de ovos nas fezes


Em infecções de helmintos que apresentam uma liberação relativamente
constante de ovos, tem sido usada a contagem de ovos para avaliação da
intensidade da infecção.
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Apesar de desenvolvidos para a contagem de ovos de ancilostomídeos,
esses métodos têm sido usados também para a contagem de ovos de Ascaris
lumbricóides e de Trichuris trichiura. As contagens são apenas estimativas,
uma vez que há restrições diárias e que apresentam estreitas ligações com a
dieta e com o sistema imunológico do hospedeiro. A contagem pode ser útil na
determinação do papel da infecção na doença (como, por exemplo, na anemia)
e na verificação do sucesso ou não do tratamento.

• Método do esfregaço de espesso de celofane


Nesse método, desenvolvido por Kato e Miura (1954), um pedaço de
celofane substitui a lamínula de vidro. É recomendado para inquéritos
coprolagicos, por ser rápida e simples a preparação dos esfregaços fecais, e
pelo baixo custo na pesquisa de ovos de helmintos.

• Preparações salinas
Nas preparações sem coloração são pesquisadas a presença de
cistos, ovos e lavas, e a motilidade dos trofozoítas, quando presentes.
Entretanto, não é possível estabelecer um diagnóstico especifico, no caso de
formas trofozoítas, na base de um exame directo a fresco e temporário.
Este tem somente um valor de orientação. Nesse caso as fezes deverão ser
fixadas e um esfregaço fecal corado deverá ser preparado.
Para pesquisa de ovos, o exame directo a fresco sem coloração
oferece bons resultados, mas para o de cistos e de larvas é necessário
preparar um esfregaço corado, com vistas ao estudo das características
morfológicas das diferentes espécies.

O primeiro exame das amostras fecais deve ser através de esfregaços


salinos. Nunca deve ser usada a água corrente ou destilada, pois os trofozoítas
são distorcidos podendo ser deformados e rompidos.

• Método da eclosão
As técnicas de eclosão são reconhecidas como das mais sensíveis
para o diagnóstico parasitológico da esquitossomíase. Elas são
indispensáveis para a avaliação da cura após tratamento, nos estudos
clínicos.

• Preparações perianais
As preparações perianais são muito úteis para a detecção de infecções
por Enterobius vermiicularis, podendo ser também úteis no diagnóstico de
infecções por Taenia.

dos protozoários
R: Os protozoários (do latim proto “primeiro” e zoon “animal”) são micro-
organismos constituídos por uma única célula e que não produzem seu próprio
alimento, motivo pelo qual são denominados de heterótrofos.
As características gerais dos protozoários

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Os protozoários são seres eucariontes, ou seja, possuem núcleo
celular organizado dentro de uma carioteca. A maioria destes micro-
organismos é heterótrofa, embora alguns sejam autótrofos, produzem clorofila
e, com ela, realizam a fotossíntese, o que permite a obtenção de seus próprios
alimentos.
A maioria dos protozoários apresenta vida livre e aquática. Eles
podem ser encontrados na água doce, salobra ou água salgada. Estes seres
também levam vida livre em lugares úmidos, rastejando pelo solo ou sobre
matéria orgânica em decomposição. Há, ainda, algumas espécies que levam
vida parasitária nos organismos de diversos hospedeiros, causando muitas
doenças. As doenças causadas por protozoários incluem a giardíase,
amebíase, tricomoníase, toxoplasmose, leishmaniose, Doença de
Chagas e malária.

A reprodução dos protozoários é, no geral, assexuada, ocorrendo por


divisão múltipla, onde o micro-organismo apenas se divide em cópias dele
mesmo. Alguns podem produzir esporos para se espalhar pelo ambiente;
outros também apresentam reprodução sexual.

Os protozoários também apresentam algumas características


semelhantes aos animais, como locomoção, ingestão de alimentos e
ausência de parede celular rígida.
Nas espécies de vida livre ocorre a formação de vacúolos digestivos. As
partículas de alimentos são englobadas por pseudópodes ou penetram pelo
citóstoma, que é uma abertura pré-existente na membrana.

A digestão ocorre no interior da célula, e os resíduos sólidos não


digeridos são expelidos por extrusão do vacúolo, ou pelo citopígio. Nos
protozoários, a troca de gases respiratórios é processada em toda a superfície
celular. Os micro-organismos aeróbicos são aqueles que vivem em meio rico
em oxigênio; já os protozoários anaeróbicos vivem em ambientes pobres em
oxigênio.

 Estrutura
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Os protozoários apresentam as seguintes estruturas:
Cinetoplasto: Provavelmente, trata-se de uma mitocôndria especializada,
sendo muito rica em DNA;
Reservatório: Acredita-se que seja um local de secreção, excreção e
ingestão de macromoléculas. Tais processos ocorrem por pinocitose;
Lisossoma: Permite a digestão intracelular de partículas;
Aparato de Golgi: Tem a função de sintetizar carboidratos e condensar a
secreção proteica;
Retículo endoplasmático: a) Liso – síntese de esteroides; b) granuloso –
síntese de proteínas;
Mitocôndrias: É responsável pela produção de energia;
Microtúbulos: Realiza movimentos celulares de contração e distenção;

Os flagelos, cílios, membrana ondulante e pseudópodos são


utilizados para locomoção.

 Divisão em grupos
A divisão em grupos dos protozoários é baseada no tipo de
estrutura locomotora (e/ou de captura de alimentos) ou na sua ausência.
Confira a seguir:

 Protozoários ameboides
São aqueles que se deslocam ou capturam alimentos por meio de
pseudópodes (pseudo = falso; podos = pés).

 Flagelados
São os protozoários que se deslocam ou obtêm alimento por meio de flagelos.
Ciliados

 Os ciliados são os protozoários que se locomovem ou obtêm alimento


mediante o batimento de cílios.
 Esporozoários
Não possuem organelas locomotoras nem vacúolos contráteis. Esse grupo de
micro-organismos parasitas se espalham pelo ambiente através da produção
de muitos esporos, que são levados pela água e pelo ar, ou através de animais
vetores (moscas, mosquitos, carrapatos etc.). Obtêm alimento principalmente
por absorção ou pinocitose.

telmintos
R: Os platelmintos são animais invertebrados, com corpo achatado
dorsoventralmente, triblásticos, acelomados e apresentam simetria bilateral.
Podem ter vida livre ou parasitária.

O Filo Platyhelminthes (platy = chato; helmintos = verme), ou simplesmente


filo dos platelmintos, reúne os animais invertebrados com corpo achatado 8
dorsoventralmente, triblásticos, acelomados apresentando simetria bilateral.
Também conhecidos como vermos achatados, podem ter vida livre (em
ambientes aquáticos ou terrestres), representados pelas planárias ou ser
parasitas de outros animais, inclusive o homem.
Espécie de vida livre → Dugesia tigrina.
Espécies parasitárias → Schistosoma mansoni (que causa a
esquistossomose / barriga-d’água) e a Taenia solium (que causa a teníase e a
cisticercose).

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS


- Sistema Digestivo: incompleto com digestão intra e extracelular
(intestino muito ramificado);
- Sistema Circulatório: ausente, sendo o alimento distribuído pelo
intestino ramificado a todas as células do corpo;
- Sistema Respiratório: ausente (as trocas gasosas ocorrem diretamente
entre as células e o ambiente);
- Sistema Excretor: presente, existindo uma rede de protonefrídeos com
células-flama ou solenócitos, comunicantes através de poros excretores na
superfície dorsal do corpo, eliminando os rejeitos;
- Sistema Nervoso: presente (um par de glândulas vegetais ligados a
dois cordões nervosos longitudinais);
- Sistema Sensorial: presente (órgão especializado na captação de
estímulos luminosos, mecânicos e químicos, denominado ocelos);
- Sistema Reprodutor: certas planárias têm reprodução assexuada por
fragmentação. Algumas espécies são monóicas, com desenvolvimento direto,
sem estágio larval; e outras são dióicas, com diversos platelmintos parasitas
possuindo estágios larvais.

OS PLATELMINTOS SÃO AGRUPADOS EM TRÊS CLASSES:


Classe Turbellaria (turbelários / planárias): composta por organismos de vida
livre são hermafroditas, cuja autofecundação normalmente é rara. Durante a
cópula os animais pareiam seus poros genitais e trocam células espermáticas
que irão fecundar cada óvulo, formando vários zigotos. Uma cápsula é então
sintetizada ao redor de cada zigoto, conferindo-lhes protecção, para que desse
momento em diante possam ser depositados junto ao substrato onde habitam.

Classe Trematoda (trematódeos / Schistossoma): podem ser tanto


endoparasitas como ectoparasitas, com ventosas circundando a boca e outra
na região ventral, utilizadas na fixação do parasita ao hospedeiro.
Existem espécies hermafroditas (Fasciola hepatica, parasitas do fígado de
carneiro e também humano) e espécies de sexos separados (Schistosoma
mansoni, parasitas de vasos intestinais e veias do fígado humano).

Classe Cestoda (cestóides): são parasitas intestinais de animais vertebrados,


representados principalmente pelas tênias.

R: INTRODUÇÃO A PARASITOLOGIA
9
A parasitologia, é um ramo das CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, que tem
como campo de estudo, a morfologia, fisiologia e ciclos de vida de parasitas
que infectam outros seres vivos, no nosso caso, estudaremos A
PARASITOLOGIA HUMANA, lembrando que existe também a VETERINÁRIA,
que se ocupa de estudar os parasitas mais prevalentes em animais.

A RELAÇÃO PARASITA X HOSPEDEIRO, é a primeira definição


importante para entendermos um pouco das patologias estudadas por esta
ciência. Ela parte do princípio, QUE HAVERÁ UM HOSPEDEIRO que abrigará
o PARASITA, em pelo menos uma fase de seu ciclo de vida, sendo que outras
fases serão normalmente na natureza.
Então podemos definir que os PARASITAS, necessitam do hospedeiro, para
que sua perpetuação como espécie seja mantida, quase sempre os parasitas
que infectam os seres humanos se reproduzem em seu organismo, pois dentro
do corpo humano, encontram condições ideais para sua reprodução.

Uma destas condições ideais, é a presença de abundantes nutrientes,


presentes no sangue, pois quase sempre os parasitas infectam regiões do
corpo humano que possuem uma rica rede de vasos sanguíneos, como o
INTESTINO, que além de possuir muitos vasos, é o local , onde se dá a
absorção e quebra das moléculas energéticas e plásticas , ingeridas durante as
refeições, então, a melhor forma se manter vivo e se reproduzir é colonizar
áreas que mantém a nutrição adequada para o parasita.

Uma das parasitoses, que podemos contrair com o contacto com águas
inapropriadas para consumo é a AMEBÍASE, que ilustra nosso artigo, seja pelo
uso directo ou indirecto, quando não lavamos correctamente as verduras e
frutas que consumimos, que podem conter tal parasita.
Como artigo introdutório devemos ter em mente que as parasitoses, levam a
patologias graves por vezes fatais, no nosso caso, a infestação por amebas
leva a quadros de gastroenterite, caracterizada, por evacuações líquidas,
vómitos, podendo ter febre baixa, mas se não for tratada a tempo, como toda
infecção do trato gastrointestinal, pode levar a quadros de vómitos e diarreias
severos, bem como A DESIDRATAÇÃO que pode ser fatal.

IMUNOLOGIA

• Citocinas são proteínas usadas pelas células do sistema imunológico


para se comunicarem umas com as outras. As citocinas que funcionam
como mediadoras entre leucócitos são principalmente as interleucinas
(IL). Quimiotaxinas são as citocinas que atraem leucócitos para as
regiões de inflamação. Interferons são citocinas glicoprotéicas
produzidas por células invadidas por vírus.

• Os órgãos linfáticos estão agrupados em primários, onde acontece a


produção, diferenciação e/ou maturação dos linfócitos e secundário, 10
onde s linfócitos são armazenados. Os órgãos primários são a medula
óssea e o timo, enquanto os secundários são os linfonodos, o baço,
as tonsilas e as placas de Peyer.
• Nódulos linfáticos são agrupados de tecido linfático, localizados na
mucosa do aparelho digestivo (principalmente nas tonsilas, nas placas
de Peyer do íleo e no apêndice), na mucosa do aparelho respiratório e
na do urinário. Esse conjunto de tecido linfático nas mucosas chama-se
MALT.

• O timo, apesar de ser um órgão de maturação dos linfócitos T, não


apresenta nódulos linfáticos e nem possui um vaso linfático aferente, de
maneira a não constituir um filtro para a linfa, como ocorre nos
linfonodos.

• O baço é único órgão linfóide interposto na circulação sanguínea e é


responsável pela formação de linfócitos, destruição de eritrócitos, defesa
do organismo e armazenamento de sangue, dentre outras funções.

• O trajeto da linfa nos linfonodos é: linfáticos aferentes; seios


medulares; hilo; linfáticos eferentes e veias.

• Os linfócitos B, quando ativados, podem se transformar em


plasmócitos, que são as células produtoras de anticorpos.

• Determinante antigênico ou epítopo é a parte da molécula antigênica


que determina a resposta imunitária quando esta é humoral (linfócitos
B). Já a resposta imunitária celular (linfócitos T) é determinada por
pequenos peptídeos derivados da digestão parcial do antígeno e
associados às moléculas MHC (complexo principal de
histocompatibilidade) localizadas na membrana das células
apresentadoras de antígenos. O sistema imune distingue as moléculas
próprias do organismo das moléculas estranhas por meio da presença
na superfície celular do complexo MHC. Os MHCs são únicos para cada
indivíduo.

• O anticorpo se liga ao epítopo especificamente e provoca o


aparecimento de sinais químicos indicando para as outras células do
sistema imune a presença do invasor. Alguns anticorpos podem
aglutinar células e precipitar antígenos solúveis, facilitando sua
fagocitose. Antígeno é qualquer molécula que pode ser reconhecida pelo
sistema imune. Quando essa molécula é capaz de induzir uma resposta
imunológica, ela é denominada imunógeno.

• IgG é o anticorpo mais abundante no plasma e, juntamente com o IgM,


pode ativar a cascata de proteínas do complemento, as quais levam à
lise dos microorganismos invasores.
11

• Os linfócitos T-helper e T-supressor exercem funções reguladoras.


• A ligação do antígeno nas células B é mediada pelas
imunoglobulinas de superfície, enquanto nas células T, essa mediação é
feita pelos receptores de celular T (TCR), que reconhecem as moléculas
de MHC.

• Individualmente, cada linfócito reconhece poucos antígenos. Essa


propriedade é denominada restrição clonal.
O contato da célula Th com uma célula apresentadora de antígeno
(APC), como o macrófago ou o neutrófilo, resulta em eventos de
sinalização bidirecionais que intensificam as funções imunológicas em
ambas as células.

• A imunidade está dividida em inespecífica, que compreende as


barreiras físico-químicas, o sistema complemento, os fagócitos e células NK
e as citocinas produzidas por macrófagos; e resposta específica,
englobando os órgãos linfóides associados a mucosas, os anticorpos, os
linfócitos e as citocinas produzidas por linfócitos.

Imunidade (do latim immunitas) é o conjunto de células, tecidos,


órgãos, caracterizados pelo reconhecimento, e ação defensiva de eliminação
contra substâncias ou moléculas infecciosas ou não, e agentes patogênicos
capazes de entrarem no organismo através de enxerto, infecção ou reinfecção,
e causar enfermidades.

Entretanto há uma primeira linha de defesa que tem como objetivo


manter o microorganismo fora do corpo, com essa finalidade, foi desenvolvido
uma série de defesas externas.

Pelo factor de ter alguns sistemas antimicrobianos inespecíficos que


ultrapassam essas defesas, o sistema imune gera dois tipos de respostas: a
imunidade inata (resposta imune inata) e a imunidade adquirida ou adaptativa
(resposta imune adquirida)
Funções do sistema Imunologico
O sistema imunológico tem como função reconhecer agentes
agressores e defender o organismo da sua ação, sendo constituído por órgãos,
células e moléculas que asseguram essa protecção. Entre as células do
sistema imunológico, encontramos os glóbulos brancos, ou leucócitos.

R: A imunidade inata (natural) é assim denominada porque está


presente desde o nascimento e não precisa ser aprendida através da
exposição de um invasor. Assim, ela oferece uma resposta imediata a invasões
estranhas. Entretanto, seus componentes tratam todos os invasores estranhos 12
basicamente do mesmo modo. Eles reconhecem somente um número limitado
de substâncias de identificação (antígenos) nos invasores estranhos. No
entanto, estes antígenos estão presentes em muitos invasores distintos. A
imunidade inata, ao contrário da imunidade adquirida, não possui memória dos
encontros, não se lembra de antígenos estranhos específicos e não oferece
qualquer protecção contínua contra infecções futuras.

Os glóbulos brancos presentes na imunidade inata são:


 Monócitos (que se desenvolvem em macrófagos)
 Neutrófilos
 Eosinófilos
 Basófilos
 Células natural killer
 Cada tipo tem uma função distinta.

Outros participantes na imunidade inata são:


 Mastócitos
 O sistema de complemento
 Citocinas
 Monócitos e macrófagos

Os macrófagos se desenvolvem a partir de um tipo de glóbulo branco


denominado monócito. Os monócitos se tornam macrófagos quando
passam da corrente sanguínea para os tecidos.

Quando ocorre uma infecção, os monócitos se deslocam para os


tecidos. Ali, durante cerca de 8 horas, os monócitos aumentam
consideravelmente de tamanho e produzem grânulos no seu interior, tornando-
se macrófagos. Esses grânulos encontram-se cheios de enzimas e outras
substâncias que ajudam a digerir as bactérias e outras células estranhas. Os
macrófagos permanecem nos tecidos. Eles ingerem bactérias, células
estranhas, assim como células danificadas e mortas. (O processo de uma
célula ingerir um micro-organismo, outra célula, ou fragmentos de células é
denominado fagocitose e as células que ingerem são denominadas de
fagócitos).

Os macrófagos produzem substâncias que atraem outros glóbulos


brancos ao local de infecção. Eles também ajudam as células T a reconhecer
os invasores e, desta forma, também participam da imunidade adquirida.

Neutrófilos
Os neutrófilos, o tipo mais comum de glóbulos brancos na corrente
sanguínea, estão entre as primeiras células imunológicas na defesa
contra infecções. Eles são fagócitos que ingerem bactérias e outras células
estranhas. Os neutrófilos contêm grânulos que liberam enzimas que ajudam a
matar e a digerir estas células.

Os neutrófilos circulam na corrente sanguínea e devem ser avisados 13


para deixar a corrente sanguínea e penetrar nos tecidos. O sinal provém,
frequentemente, das bactérias em si, das proteínas do complemento ou dos
tecidos danificados, sendo que todos produzem substâncias que atraem os
neutrófilos ao foco do problema. (O processo de utilizar substâncias químicas
para atrair as células para um local específico é denominado de quimiotaxia).

Os neutrófilos também liberam substâncias que produzem fibras no


tecido circundante. Estas fibras podem prender as bactérias, evitando, desta
forma, que elas se propaguem e tornando-as mais fáceis de destruir.

Eosinófilos
Eosinófilos podem ingerir bactérias, mas também visam as células
estranhas que são demasiado grandes para serem ingeridas. Os eosinófilos
contêm grânulos que liberam enzimas e outras substâncias tóxicas quando
se deparam com células estranhas. Estas substâncias fazem furos nas
membranas das células alvo.

Os eosinófilos circulam na corrente sanguínea. No entanto, são menos


ativos contra as bactérias do que os neutrófilos e os macrófagos. Uma de suas
principais funções consiste em aderir aos parasitas e ajudar a imobilizá-los e a
destruí-los.

Os eosinófilos podem ajudar a destruir as células cancerígenas. Eles


também produzem substâncias envolvidas na inflamação e reações
alérgicas. Indivíduos com alergias, infecções parasíticas, ou asma,
normalmente possuem mais eosinófilos na corrente sanguínea do que
indivíduos que não tenham tais doenças.

Basófilos
Os basófilos não ingerem células estranhas. Contêm grânulos repletos
de histamina, uma substância presente nas reacções alérgicas. Quando
basófilos se deparam com alérgenos (antígenos que causam reações
alérgicas), eles liberam histamina. A histamina aumenta o fluxo de sangue para
os tecidos danificados, resultando em inchaço e inflamação. Os basófilos
também produzem substâncias que atraem os neutrófilos e os eosinófilos ao
foco do problema.

Células natural killer


As células natural killer levam o nome de "natural killer” (matadoras
naturais), porque estão preparadas para matar assim que se formam. As
células natural killer reconhecem e aderem às células infectadas ou às
células cancerígenas e, então, liberam enzimas e outras substâncias que
danificam as membranas externas destas células. As células natural killer são
importantes na defesa inicial contra as infecções virais.

Além disso, as células natural killer produzem citocinas que regulam


algumas das funções das células T, das células B e dos macrófagos.
Mastócitos
14
Os mastócitos estão presentes nos tecidos. Sua função é semelhante
àquela dos basófilos no sangue. Quando eles encontram um alérgeno, eles
liberam histamina e outras substâncias envolvidas em reacções inflamatórias
e alérgicas.
Sistema de complemento
O sistema de complemento é composto por mais de 30 proteínas que
atuam em sequência: Uma proteína activa outra, que activa outra, e assim por
diante para defender contra a infecção. Esta sequência é denominada cascata
do complemento. As proteínas do complemento possuem muitas funções tanto
na imunidade adquirida como na inata:

 Matar as bactérias diretamente


 Ajudar a destruir as bactérias, aderindo a elas e facilitando, deste modo,
a sua identificação e ingestão por parte dos neutrófilos e dos
macrófagos
 Atrair os macrófagos e os neutrófilos ao foco do problema
 Neutralizar os vírus
 Ajudar as células imunológicas a lembrar os invasores específicos
 Estimular a formação de anticorpos
 Intensificar a eficácia dos anticorpos
 Ajudar o organismo a eliminar as células mortas e os complexos
imunológicos (que consistem de um anticorpo aderido a um antígeno)
 Citocinas
 As citocinas são as mensageiras do sistema imunológico. Quando um
antígeno é detectado, os glóbulos brancos e outras células do
sistema imunológico produzem citocinas.
 Existem muitas citocinas diferentes, que afetam partes distintas do
sistema imunológico:
 Algumas citocinas estimulam a atividade. Elas estimulam determinados
glóbulos brancos a tornarem-se matadores mais eficazes e atraem ainda
outros glóbulos brancos ao foco do problema.
 Outras citocinas inibem a atividade, ajudando a concluir uma resposta
imunológica.
 Outras citocinas, denominadas interferons, afetam a reprodução
(replicação) dos vírus.
As citocinas também participam na imunidade adquirida.

Imunidade adquirida
A imunidade adquirida (adaptativa ou específica) não se encontra
presente desde o nascimento. É adquirida. O processo de aprendizagem
começa quando o sistema imunológico de uma pessoa encontra invasores
estranhos e reconhece substâncias não próprias (antígenos). Então, os
componentes da imunidade adquirida aprendem a melhor maneira de
atacar cada antígeno e começam a desenvolver uma memória para aquele
antígeno. A imunidade adquirida é também denominada específica porque
planeja um ataque a um antígeno específico previamente encontrado. Suas
características são as capacidades de aprender, adaptar e lembrar.
15
Os glóbulos brancos responsáveis pela imunidade adquirida são:
Linfócitos (células T e células B)
Normalmente, uma resposta imunológica adquirida inicia quando
anticorpos, produzidos pelas células B (linfócitos B), se deparam com um
antígeno.

Outros participantes na imunidade adquirida são:


 Células dendríticas
 Citocinas
 O sistema de complemento (que intensifica a eficácia dos
anticorpos)
 Linfócitos

Os linfócitos permitem ao organismo lembrar os antígenos e distinguir


o que próprio do que não é próprio do corpo e é prejudicial (inclusive vírus
e bactérias). Os linfócitos circulam através da corrente sanguínea e do
sistema linfático, passando para os tecidos quando a sua presença é
necessária.

O sistema imunológico pode lembrar de cada antígeno deparado, pois


após um encontro, alguns linfócitos desenvolvem-se em células de
memória. Estas células vivem por um bom tempo, durante anos ou mesmo
décadas. Quando as células de memória se deparam com um antígeno pela
segunda vez, o reconhecimento é imediato e a resposta é rápida, enérgica e
específica contra este antígeno específico. Esta resposta imunológica
específica constitui a razão pela qual os indivíduos não contraem a varicela ou
o sarampo mais de uma vez e o motivo pelo qual a vacinação pode evitar
determinadas doenças. Os linfócitos podem ser células T ou células B. As
células B e as células T trabalham juntas para destruir os invasores.

Células T
As células T se desenvolvem a partir de células-tronco na medula óssea
e, depois, viajam para um órgão no tórax chamado timo. Lá, elas aprendem a
distinguir antígenos próprios de não próprios para não atacar os tecidos
próprios do corpo. Normalmente, somente as células T que aprendem a ignorar
os antígenos próprios do organismo (antígenos próprios) amadurecem e
deixam o timo. As células T podem potencialmente reconhecer um número
praticamente ilimitado de antígenos distintos.

As células T maduras são armazenadas nos órgãos linfoides


secundários (linfonodos, baço, amígdalas, apêndice e placas de Peyer no
intestino delgado). Estas células circulam na corrente sanguínea e no
sistema linfático. Após elas se depararem com uma célula infectada ou
anormal, elas são ativadas e buscam estas células em particular.

Em geral, para serem ativadas, as células T precisam da ajuda de outra


célula imunológica, que quebra os antígenos em fragmentos (chamado
processamento do antígeno) e, então, apresenta o antígeno da célula infectada
ou anormal para a célula T. Em seguida, a célula T se multiplica e se 16
especializa em diferentes tipos de células T. Esses tipos incluem

-Células T killer (citotóxicas) aderem aos antígenos em células


Bruno VilLar | DOMINGOS MBOLELA CATUMBELA CELESTINO
infectadas ou anormais (cancerígenas, por exemplo). As células T killer matam

Bruno VilLar | DOMINGOS MBOLELA CATUMBELA CELESTINO


estas células fazendo furos em suas membranas e injetando enzimas nas
células.

-Células T auxiliares ajudam outras células imunológicas. Algumas


células T auxiliares ajudam as células B a produzirem anticorpos contra
antígenos estranhos. Outras ajudam a ativar as células T killer para matar
células infectadas ou anormais, ou ainda ajudam a ativar os macrófagos,
permitindo que eles ingiram células infectadas ou anormais de forma mais
eficaz.

-Células T supressoras (reguladoras) produzem substâncias que


ajudam a encerrar a resposta imunológica ou por vezes, evitam que ocorram
certas respostas prejudiciais.

As células T, por vezes, por motivos não totalmente compreendidos, não


distinguem o que é próprio do que não é próprio do corpo. Essa disfunção pode
resultar em uma doença autoimune, em que o organismo ataca seus
próprios tecidos.

Células B
As células B são formadas na medula óssea. As células B possuem
locais específicos na sua superfície (receptores), aos quais os antígenos
podem aderir. As células B podem aprender a reconhecer um número
praticamente ilimitado de antígenos distintos.

A principal finalidade das células B é produzir anticorpos, que


marcam um antígeno para atacar ou neutralizar directamente. As células B
também podem apresentar o antígeno a células T, que são então activadas.

A resposta aos antígenos por parte das células B tem duas fases:
-Resposta imunológica primária: Primeiramente, quando as células B
se deparam com um antígeno, o antígeno adere ao receptor, estimulando as
células B. Algumas células B se transformam em células de memória,
lembrando aquele antígeno específico, e outras se transformam em
plasmócitos. As células T auxiliares ajudam as células B neste processo. Os
plasmócitos produzem anticorpos que são específicos para os antígenos que
estimulam a sua produção. Após o primeiro encontro com um antígeno, a
produção de anticorpos específicos demora alguns dias. Por isso, a resposta
imunológica primária é lenta.

-Resposta imunológica secundária: Depois disto, no entanto, sempre


que as células B se depararem com o antígeno novamente, as células B de
memória rapidamente reconhecem um antígeno, se multiplicam, se
transformam em plasmócitos e produzem anticorpos. Esta resposta é rápida e 17
eficaz.

Células dendríticas
As células dendríticas residem na pele, nos linfonodos e nos tecidos
de todo o organismo. A maioria das células dendríticas são células
apresentadoras de antígenos. Ou seja, elas ingerem, processam e apresentam
antígenos, permitindo que as células T helper reconheçam o antígeno. As
células dendríticas apresentam fragmentos de antígenos às células T nos
linfónodos. Após as células T e B serem apresentadas com o antígeno, elas
são activadas.

Anticorpos
Quando a célula B se depara com um antígeno, ela é estimulada a
amadurecer tornando-se um plasmócitos ou célula B de memória. Os
plasmócitos liberam anticorpos (também denominados de imunoglobulinas, ou
Ig).

Os anticorpos protegem o organismo das seguintes maneiras:


 Ajudam as células a ingerirem os antígenos (as células que ingerem
os antígenos têm o nome de fagócitos)
 Inativam as substâncias tóxicas produzidas por bactérias
 Atacam diretamente as bactérias e os vírus
 Previnem que bactérias e vírus se fixem e invadam células
 Ativam o sistema de complemento, que possui muitas funções
imunológicas
 Auxiliam certas células, como as células natural killer, a matar as células
infectadas ou as células cancerígenas
 Os anticorpos são essenciais para combater determinadas infecções
bacterianas ou fúngicas. Também ajudam a lutar contra os vírus.

Estrutura básica em Y dos anticorpos


Uma molécula de anticorpos tem, basicamente, a forma de um Y. A
molécula é composta por duas partes:

Parte variável: Uma parte varia entre um anticorpo e outro,


dependendo do antígeno ao qual o anticorpo se liga. O antígeno adere à parte
variável.

Parte constante: Esta parte constitui uma das cinco estruturas, que
determina a classe do anticorpo - IgM, IgG, IgA, IgE ou IgD. Esta parte é a
mesma dentro de cada classe.

IgM
Este tipo de anticorpo é produzido quando encontra um determinado
antígeno (como o antígeno de um micro-organismo infeccioso) pela primeira
vez. A resposta desencadeada na ocasião do primeiro encontro com um
antígeno é denominada resposta imunológica primária. A IgM então adere ao
antígeno, ativando o sistema de complemento, e desta forma os micro-
organismos são mais fáceis de serem ingeridos.
18
Normalmente, a IgM encontra-se presente na corrente sanguínea,
mas não nos tecidos.
IgG
A IgG, o tipo mais frequente de anticorpo, é produzida quando um
antígeno específico é novamente encontrado. Uma maior quantidade de
anticorpo é produzida nesta resposta (denominada resposta imunológica
secundária) do que na resposta imunológica primária. A resposta imunológica
secundária é também mais rápida e os anticorpos produzidos, especialmente
IgG, são mais eficazes.
A IgG protege contra as bactérias, os vírus, os fungos e as
substâncias tóxicas. Encontra-se presente na corrente sanguínea e nos
tecidos. É a única classe de anticorpo que passa da mãe para o feto,
através da placenta. A IgG da mãe protege o feto e o recém-nascido até que o
sistema imunológico do bebê possa produzir os seus próprios anticorpos.

A IgG também é a classe mais comum de anticorpos usada em


tratamentos. Por exemplo, as imunoglobulinas (anticorpos obtidos do
sangue de pessoas com um sistema imunológico normal) consistem
principalmente de IgG. As imunoglobulinas são usadas para tratar algumas
imunodeficiências e doenças autoimunes.

IgA
Estes anticorpos ajudam a defender o organismo da invasão de micro-
organismos através das superfícies do corpo, que se encontram revestidas por
uma membrana mucosa, como o nariz, os olhos, os pulmões e o trato
digestivo.

A IgA está presente nos seguintes:


 Corrente sanguínea
 Secreções produzidas por membranas mucosas (como lágrimas e
saliva)
 O colostro (líquido produzido pelas mamas nos primeiros dias após o
parto, antes da produção do leite)

IgE
Estes anticorpos desencadeiam reações alérgicas imediatas. A IgE se
liga aos basófilos (um tipo de glóbulo branco) na corrente sanguínea e aos
mastócitos nos tecidos. Quando os basófilos ou os mastócitos ligados à IgE se
deparam com alérgenos (antígenos que provocam reações alérgicas), liberam
substâncias (como a histamina) que causam inflamação e lesionam os tecidos
circundantes. Desse modo, a IgE é o único tipo de anticorpo que, com
frequência, parece ser mais prejudicial do que benéfico. No entanto, a IgE pode
revelar-se útil na defesa contra determinadas infecções parasitárias, comuns
em alguns países em desenvolvimento.

Estão presentes pequenas quantidades de IgE na corrente


sanguínea e na mucosa do sistema digestivo. Essas quantidades são
maiores em indivíduos com asma, febre do feno, outros distúrbios alérgicos ou 19
infecções parasitárias.

IgD
A IgD está presente principalmente na superfície das células B
imaturas. Ela ajuda estas células a amadurecerem.

Características das Imunidades


R: Características da Imunidade Inata
 Não requer exposição prévia ao antígeno, presente desde o
nascimento
 Não muda de intensidade com a exposição
 Direccionada contra estruturas compartilhadas por grupos de
microrganismos (não é específica para um único Ag)
 A resposta é imediata
 Não induz memória imunológica

Características da Imunidade Adquirida


 Adquirida a partir da exposição, Desenvolve-se durante a vida do
indivíduo
 Aumenta a intensidade com a exposição (Principio da
aprendizagem por experiência)
 Resposta específica (gerada para um Ag determinado,
microbianos e não microbianos)
 Há um período de tempo para que a resposta seja máxima
 Induz resposta de memória
componentes da Imunidade Inata e Adquirida
R: A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo, com a
qual ele já nasce. É uma resposta rápida, não específica e limitada
aos estímulos estranhos ao corpo. É representada por barreiras físicas,
químicas e biológicas, células e moléculas, presentes em todos os
indivíduos.
Os principais componentes da imunidade inata são:

-Barreiras físicas e mecânicas: Retardam/impedem a entrada de


moléculas e agentes infecciosos (pele, trato respiratório, membranas, mucosas,
fluidos corporais, tosse, espirro).

-Barreiras fisiológicas: Inibem/eliminam o crescimento de


microrganismos patogênicos devido à temperatura corporal e à acidez do trato
gastrointestinal; rompem as paredes celulares e lisam (rompem) células
patogênicas através de mediadores químicos (lisozimas, interferon, sistema
complemento);

-Barreiras celulares: Endocitam/fagocitam as partículas e


microrganismos estranhos, eliminando-os (linfócitos natural killer e leucócitos
fagocíticos – neutrófilos, monócitos e macrófagos);

-Barreira inflamatória: Reação a infecções com danos tecidulares; 20


induzem células fagocitárias para a área afetada.

A resposta imune inata é capaz de prevenir e controlar diversas


infecções, e ainda pode optimizar as respostas imunes adaptativas contra
diferentes tipos de microrganismos. É a imunidade inata que avisa sobre a
presença de uma infecção, accionando assim os mecanismos de imunidade
adaptativa contra os microrganismos causadores de doenças que conseguem
ultrapassar as defesas imunitárias inatas.

Imunidade Adquirida
Existem dois tipos de imunidade adquirida: a imunidade humoral e a
imunidade celular.

-Imunidade humoral gera uma resposta mediada por moléculas no


sangue e nas secreções da mucosa, chamadas de anticorpos, produzidos
pelos linfócitos B, sendo o principal mecanismo de defesa contra
microrganismos extracelulares e suas toxinas. Os anticorpos reconhecem os
antígenos (qualquer partícula estranha ao corpo), neutralizam a infecção e
eliminam estes antígenos por variados mecanismos efectores.

-Imunidade celular gera resposta mediada pelos linfócitos T. Quando


microrganismos intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem
e proliferam dentro das células hospedeiras, estando inacessíveis para os
anticorpos circulantes, as células T promovem a destruição do microrganismo
ou a morte das células infectadas, para eliminar a infecção.

A imunidade adquirida ainda pode ser classificada em imunidade


activa e imunidade passiva.

-A imunidade activa é aquela que é induzida pela exposição a um


antígeno. Assim, o indivíduo imunizado tem um papel activo na resposta ao
antígeno. A imunidade activa pode ser natural, quando adquirida através de
doença, ou passiva, quando adquirida por meio de vacinas.

-A imunidade passiva é a imunização por meio da transferência de


anticorpos específicos de um indivíduo imunizado para um não-imunizado. A
imunidade passiva é chamada de natural, quando acontece, por exemplo,
através da transferência de anticorpos maternais para o feto; é artificial
quando há a passagem de anticorpos prontos, como num soro anti-ofídico
(contra veneno de serpentes).

A resposta imune adquirida, mediada pelos linfócitos B e T,


apresenta uma série de propriedades que administram a resposta destes.
São elas:

-Especificidade: o sistema imunológico reconhece os diversos


antígenos e produz uma resposta imunológica específica para cada um deles.

-Diversidade: o sistema imune é capaz de reconhecer milhares de


antígenos diferentes e produzir uma resposta adequada para cada um deles.
21
-Memória imunológica: a exposição do sistema imunológico a
antígenos faz aumentar sua habilidade em responder a esse mesmo
antígeno novamente. As respostas subsequentes ao mesmo antígeno são
normalmente mais rápidas, maiores e qualitativamente diferentes da
primeira. Uma vez
produzidas, as células de memória têm vida longa e são capazes de
reconhecer esse antígeno por anos.

-Especialização: o sistema imune responde por vias distintas a


diferentes antígenos, maximizando a eficiência dos mecanismos de defesa.
Assim, os linfócitos B e T se especializam entre as diferentes classes de
microrganismos ou pelos diferentes estágios da infecção do mesmo
microrganismo.

-Discriminação ou Auto-tolerância: capacidade de reagir que os


linfócitos B e T apresentam contra moléculas estranhas, mas não apresentam
contra suas próprias moléculas.

-Auto-limitação da resposta: as células B e T ativadas produzem


moléculas que auxiliam o término da resposta imune. Para B são as
imunoglobulinas G4 (IgG4) e para T são as interleucinas 4 e 10 (IL-4 e IL-10).

R: O sistema complemento é parte do sistema imune inato e, também,


base da imunidade mediana por anticorpos. Este é constituído por mais de 30
proteínas plasmáticas e da membrana celular. Estas proteínas interagem com
outras moléculas do sistema imune e entre si de forma altamente regulada.

Importância do sistema complemento


Um em cada dez mil crianças apresenta imunodeficiências primárias ou
genéticas, sendo que 2% destes está relacionada ao SC. O déficit de uma ou
mais proteínas da cascata do SC, contudo, poderá ser responsável pela
suscetibilidade aumentada a várias doenças. A deficiência pode ser genética,
quando poderão faltar componentes de activação, de regulação ou mesmo de
receptores.

Características do sistema complemento


 Activação do complemento com proteólise sequencial e formação de
complexos enzimáticos com atividade proteolítica;
Exemplo: C3 (C3a e C3b).
 Ligação dos produtos do complemento a células microbianas ou
anticorpos ligados a microrganismos ou outros antígenos;
 Inibição do complemento por proteínas reguladoras presentes nas
células do hospedeiro normal;
Exemplo: DAF/CR1.
Funções do sistema complemento
-Opsonização: determinados componentes do sistema complemento (p.
ex. C3b) possuem receptores em certos leucócitos que, quando estes se
ligarem, estimulam a capacidade de fagocitose dessas células. 22
-Activação da inflamação: durantes a cascata do complemento, são
formados as anafilotoxinas, que induzem a liberação de mediadores dos
mastócitos causando respostas inflamatórias características da anafilaxia.
Exemplo: C3a, C4a e C5a.
-Citólise: ocorre pela ativação do Complexo de Ataque a Membrana,
que resulta na formação de poros, assim, induzindo a bactéria a uma morte por
lise osmótica.
Ajuda na promoção de respostas imunes humorais: devido a interação dos
derivados do C3 com seus receptores, sendo isto importante para promover
a resposta das células B aos antígenos proteicos, por meio da apresentação
de antígeno.
Vias de ativação do sistema complemento
 Via clássica (componentes da imunidade humoral);
 Via alternativa (componentes da imunidade celular);
 Via das lectinas (componentes da imunidade celular).
 Via Clássica
 Via Alternativa
 Via das Lectinas

R: Os antigénios são moléculas estranhas ao organismo que, quando


surgem no interior deste, levam ao desencadear de mecanismos de
defesa, nomeadamente, da resposta inflamatória específica.

Geralmente os antigénios são moléculas com elevado peso


molecular e grande tamanho, normalmente proteínas ou
polissacarídeos, que podem existir livres (por exemplo, toxinas), na
superfície de micro-organismos invasores (como bactérias e vírus) ou na
zona externa de outros elementos, como grãos de pólen, glóbulos
vermelhos estranhos - provenientes de transfusões sanguíneas -,
tecidos ou órgãos transplantados e parasitas.
O reconhecimento do antigénio pelo sistema imunitário funciona como o
elemento desencadeador de uma série de processos de defesa
imunitária específica, como, por exemplo, a produção de anticorpos.

R: Os epítopos, também chamados de determinantes antigênicos


ou locais antigênicos, são a menor porção de antígeno com potencial
para gerar resposta imune. É nesta área que os receptores celulares dos
linfócitos T e os anticorpos (linfócitos B) se ligam à molécula do
antígeno. Os antígenos geralmente contêm muitos epítopos que podem
ser diferentes entre si ou podem ser estruturas moleculares repetidas.

Os linfócitos B têm receptores que reconhecem epítopos


directamente nos antígenos. Já os linfócitos T têm moléculas receptoras
(TCR) que só reconhecem os epítopos depois que os antígenos são
processados em pequenos fragmentos formando epítopos no interior da 23
célula e apresentados por um complexo de histocompatibilidade
principal (MHC).
R: É a capacidade de uma substância provocar uma resposta
imune, como o desenvolvimento de anticorpos anti-medicamentos
biológicos pelo sistema imune do paciente.
Factores que influenciam a imunogenicidade
-Tamanho da estrutura: geralmente, quanto maior é uma
proteína, maior é a sua imunogenicidade.
-Estranheza em relação ao organismo: quanto maior for a
diferença entre o imunogénio e o organismo em que ele entra, maior
será a sua imunogenicidade.
-Composição química: em geral, quanto mais complexa é a
molécula, mais imunogénica ela é.
-Degradabilidade.
-Forma Física.

R: Antígenos T-independentes: são antígenos que podem estimular


directamente os linfócitos B a produzirem anticorpos, sem a necessidade de
linfócitos T auxiliares. Exemplo: Polissacarídeos são antígenos T-
independentes.

Antígenos T-dependentes: são aqueles que não estimulam


directamente a produção de anticorpos sem a ajuda dos linfócitos T. Exemplo:
Proteínas são antígenos T-dependentes.

ntigénios dos grupos sanguíneos


R: Landsteiner foi um cientista que, ao observar muitos acidentes em
transfusões, provou entre 1900 e 1901 que a espécie humana possui
grupos sanguíneos diferentes. Notou-se em testes que as hemácias do
doador, em alguns casos, aglutinavam em contacto com plasma do sangue do
paciente.

Os seres humanos apresentam quatro grupos sanguíneos:


O Grupo A: Possuem antígeno chamado aglutinogénio A;
O Grupo B: Possuem antígeno chamado aglutinogénio B;
O Grupo AB: Possuem os dois antígenos, aglutinogénio A e B;
O Grupo O: Não possuem nenhum dos dois antígenos.

O gene A (ou IA) determina a formação do aglutinogénio A, o gene B (ou IB)


determina a formação do aglutinogênio B, o gene O (ou i) não forma nenhum
aglutinogênio e os genes A e B determinam a formação dos alutinogênios A e
B. O plasma também possui anticorpos chamadas aglutininas são estas que
causam os acidentes em transfusões, pois indivíduos do grupo A possuem
aglutininas Anti-B, do grupo B possuem aglutininas Anti-A e os do grupo O
possuem as duas aglutininas e os indivíduos AB não possuem nenhuma
dessas substâncias.
GENÓTIPOS GRUPO AGLUTINOGÊNIO (nas AGLUTININA (no 24
hemácias) plasma)
IA IA - IA i A Aglutinogênio A Anti-B
IB IB - IB i B Aglutinogênio B Anti-A
IA IB AB Aglutinogénios AB Nenhuma
Bruno VilLar | DOMINGOS MBOLELA CATUMBELA CELESTINO
ii O Sem aglutinogénio

Figura 1: pode

aglutinação nos grupo A e AB ao adicionar o soro anti-A e aglutinação do grupo


B e AB no soro anti-B (Foto: Reprodução/Colégio Qi)
Para verificar a presença do grupo sanguíneo de um indivíduo, são
feitos testes, como se vê na imagem ao lado (Figura 1), colocando uma gota
de sangue do indivíduo a ser verificado nas extremidades de cada lâmina e
adicionando soro contendo aglutinina Anti-A em uma das extremidades e o
soro com aglutinina Anti-B no outro. Assim, pode ser observada a aglutinação
de alguns grupos na presença do soro anti-A e/ou anti-B.

R: Imunoglobulinas- Moléculas de glicoproteína que são produzidas


pelos plasmócitos em resposta a um imunógeno e que funcionam como
anticorpos. As imunoglobulinas derivam seu nome da descoberta de que elas
migram com as proteínas globulares quando soro contendo anticorpos é
colocado em um campo.

Funções gerais das imunoglobulinas


 Ligação a antígeno
Imunoglobulinas se ligam especificamente a um ou a alguns antígenos
proximamente relacionados. Cada imunoglobulina na verdade liga-se a um
determinante antigênico específico.
 Funções Efetoras
Frequêntemente a ligação de um anticorpo a um antígeno não tem efeito
biológico directo. Ao invés disso, os efeitos biológicos significantes são uma
consequência de “funções efetoras” secundárias de anticorpos. As
imunoglobulinas mediam uma variedade dessas funções efetoras. Usualmente
a habilidade de carrear uma função efectoras particular requer que o anticorpo
se ligue a seu antígeno. Nem todas as imunoglobulinas irão mediar todas as
funções efetoras. Tais funções efetoras incluem:
-Fixação ao complemento – Isso resulta na lise de células e liberação
de moléculas biologicamente ativas (ver capítulo dois)

-Ligação a vários tipos celulares – Células fagocitárias, linfócitos,


plaquetas, células master, e basófilos têm receptores que se ligam a
imunoglobulinas. Essa ligação pode activar as células que passam a realizar
algumas funções. Algumas imunoglobulinas também se ligam a receptores em
trofoblastos placentários, o que resulta na transferência da imunoglobulina 25
através da placenta. Como resultado, os anticorpos maternos transferidos
provêem imunidade ao feto e ao recém-nascido.
Classes de imunoglobulinas
As imunoglobulinas podem ser divididas em cinco classes diferentes,
com base nas diferenças em sequências de aminoácidos na região constante
das cadeias pesadas. Todas a imunoglobulinas de uma mesma classe tem
regiões constantes de cadeia pesada muito similares. Essas diferenças podem
ser detectadas por estudos de sequências ou mais comummente por meios
sorológicos.
 IgG – Cadeias pesadas gama
 IgM - Cadeias pesadas mu
 IgA - Cadeias pesadas alfa
 IgD - Cadeias pesadas delta
 IgE - Cadeias pesadas épsilon

ria na elaboração de anticorpos


R: A resposta imune primária se desenvolve quando o indivíduo entra
em contacto com o antígeno pela primeira vez, havendo a produção de
anticorpos e desenvolvendo células B de memória. Quando o indivíduo
entra em contacto pela segundo vez, a produção de anticorpos será muito
mais rápida e eficiente, pois as células B de memória vão reconhecer o
antígeno e produzir anticorpos ( resposta imune secundária, como nas
vacinas).
Hipersensibilidade
R: Hipersensibilidade se refere às reacções excessivas, indesejáveis
(danosas, desconfortáveis e às vezes fatais) produzidas pelo sistema imune
normal. Reacções de hipersensibilidade requerem um estado pré-sensibilizado
(imune) do hospedeiro. Reacções de hipersensibilidade podem ser divididas
em quatro tipos: tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV, baseados nos mecanismos
envolvidos e tempo levado para a reacção. Frequentemente, uma condição
clínica particular (doença) pode envolver mais de um tipo de reacção.

sibilidade imediata e retardada


R: A hipersensibilidade do tipo retardado é uma forma de resposta
mediada por células, em que a célula efectora final é o fagócito-mononuclear
(macrófago) activado. Este tipo de imunidade celular é o mecanismo de defesa
primário contra as bactérias intracelulares, como Listeria monocytogenes,
micobactérias e Leishmania sp. Essa reacção pode ser demonstrada pelo teste
intradérmico feito por injecção de antígenos em indivíduo com infecção prévia
ou em indivíduos sensibilizados por agentes químicos ou ambientais.
Como resultado dessa reacção, ocorre uma inflamação no local com
formação de granuloma e a resolução é mediada pelos macrófagos.

A hipersensibilidade imediata é uma reacção rápida da musculatura


lisa e vascular, mediada por IgE e pelos mastócitos, geralmente seguida por
inflamação (reação tardia), que ocorre em alguns indivíduos quando do
encontro com certos antígenos estranhos, aos quais foram expostos
previamente. As reacções de hipersensibilidade imediata são também
chamadas de alergia ou atopia.

Geralmente a hipersensibilidade do tipo I se manifesta por:


 Febre;
 Alergia aos alimentos;
26
 Asma brônquica;
 Anafilaxia.
nças sexualmente transmissíveis
R: As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são aquelas que
podem ser adquiridas durante o contacto sexual.
Classificam-se como:
• Obrigatoriamente de transmissão sexual;
• Frequentemente transmitida por contacto sexual;
• Eventualmente transmitida por contacto sexual.
O não uso da camisinha é a principal causa do contágio.

As DSTs mais conhecidas são:


Gonorreia – Infecção causada por bactéria. Na mulher, tem quadro
clínico variado, desde formas quase sem sintomas até vários tipos de
corrimento amarelado e com odor forte na vagina (vaginite) e uretra.

Sífilis – É uma infecção causada por bactéria. No homem e na mulher,


20 a 30 dias após o contato sexual, surge uma pequena ferida (úlcera) nos
órgãos genitais (pênis, vagina, colo do útero, reto).

Cancro mole ou bubão – É causado pela bactéria Haemophilus ducrey.


Nesse caso, surgem várias feridas nos genitais (que são doloridas) e na virilha.
A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente, sem ter relações
sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo.

Tricomoníase – É causada pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na


mulher causa corrimento amarelo, fétido, com cheiro típico, que pode causar
irritação urinária. Não há sintomas em homens.

Herpes genital – É causado por vírus. Em ambos os sexos surgem


pequenas bolhas que se rompem e causam ardência ou queimação, e
cicatrizam espontaneamente. O contágio sexual só ocorre quando as bolhas
estão no pênis, vagina ou boca.

Condiloma acuminado ou crista de galo – É causado pelo HPV, uma


virose que está relacionada ao câncer de colo do útero e ao câncer do pênis.
Inicialmente, é caracterizado por uma pequena verruga nos órgãos genitais
tanto do homem como da mulher. O tratamento deve ser realizado em
conjunto pelo casal.

Candidíase – É a infecção causada por micose ou fungo chamada de


Candida albicans, que provoca corrimento semelhante a leite coalhado, que
causa muita coceira e afeta 20 a 30% das mulheres jovens e adultas. No
homem causa coceira no pênis, vermelhidão na glande e no prepúcio. Deve-se
tratar o casal. Pode não ser uma doença adquirida por transmissão sexual.

Clamídia – É considerada atualmente a doença sexualmente


transmissível de maior incidência no mundo, podendo atingir homens e
mulheres em qualquer fase de suas vidas, desde recém nascidos de mães
contaminadas. Nas mulheres, a porta de entrada é desde recém nascidos de
mães. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento.
As infecções sexualmente transmissíveis (IST), anteriormente
conhecidas como doenças sexualmente transmissíveis (DST), acometem mais 27
de 1 milhão de pessoas ao dia no mundo e encontram-se entre os cinco
principais motivos de consulta médica. Ocasionadas por mais de 30
agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitas), as infecções sexualmente
transmissíveis (IST) – termo actualmente adoptado pela OMS
-A técnica de PCR em Tempo Real está revolucionando os
diagnósticos médicos. Sua alta sensibilidade permite identificar o agente
infeccioso no organismo mesmo que a pessoa não tenha desenvolvido a
doença. Identificando um possível agente transmissor para realizar o
tratamento adequado. Sua quantificação (ex. Cargas Virais) e possibilidade de
detecção de múltiplos patógenos na mesma reacção (Multiplex) garantem um
diagnóstico bem mais preciso.

-O Kit XGEN Multi UP e Kit XGEN Multi UB são testes in vitro para
a detecção qualitativa de ácido nucleico de patógenos causadores de
infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em amostras clínicas.
Patógeno Amostra

Chlamydia trachomatis (CT) Urina / Swab genital / Swab retal

Neisseria gonorrhoeae (GC) Urina / Swab genital / Swab retal

Mycoplasma genitalium (MG) Urina / Swab genital / Swab retal

Trichomonas vaginalis (Tvag) Urina / Swab genital / Swab retal

Mycoplasma hominis (Mhom) Urina / Swab genital / Swab retal

Ureaplasma
Urina / Swab genital / Swab retal
urealyticum (Uurea)

Ureaplasma parvum (Uparv) Urina / Swab genital / Swab retal

-O Kit XGEN Master HSV1 e HSV2 são testes in vitro para a detecção
quantitativa de ácido nucleico viral em amostras clínicas como auxílio para a
avaliação de infecções pelo vírus herpes simplex tipo 1 e 2 (HSV1 / HSV2).

Patógeno Amostra

Sangue total/ plasma/ líquido cefalorraquidiano


HSV1
(LCR)/ urina/ swab

Sangue total/ plasma/ líquido cefalorraquidiano


HSV2
(LCR)/ urina/ swab

HEMATOLOGIA
28
R: A hematologia é um segmento da medicina especializado no estudo
de doenças relacionadas ao sangue, avaliando suas causas, métodos de
prevenção e tratamentos. Deste modo, a hematologia envolve tanto a
produção do sangue pelo corpo quanto a avaliação de todos os
componentes
que formam e estão envolvidos com este fluido, incluindo células sanguíneas,
medula óssea, veias e substâncias livre circulantes.

Composição do sangue - plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. O


sangue humano faz parte do sistema circulatório, formado também pelo
coração e vasos sanguíneos. Sua principal função é a distribuição dos
nutrientes, gás oxigénio e hormônios para as células do corpo humano.

Introdução da Hematopoiese pré e pós-natal


R: Hematopoiese, também conhecida por hematopoese, hemopoese
e hemopoiese, é o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos
elementos figurados do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) a partir de
um precursor celular comum e indiferenciado conhecido como célula
hematopoiética pluripotente, célula-tronco ou stem-cell. As células-tronco, que
no adulto encontram-se na medula óssea, são as responsáveis por formar
todas as células e derivados celulares que circulam no sangue.

1. Período Embrionário e Fetal: Iniciando no primeiro mês de vida pré-


natal, surgem as primeiras células fora do embrião, são os eritroblastos
primitivos.Na sexta semana, tem início a hematopoiese no fígado; o principal
órgão hematopoiético nas etapas inicial e intermediária da vida fetal. Na fase
intermediária da vida fetal, o baço e os nodos linfáticos desempenham um
papel menor na hematopoiese, mas o fígado continua a dominar essa função.
Na segunda metade da vida fetal, a medula óssea torna-se cada vez mais
importante para a produção de células sanguíneas.

2. Período Pós-natal: Logo após o nascimento, cessa a hematopoiese


no fígado, e a medula passa a ser o único local de produção de eritrócitos,
granulócitos e plaquetas. As células-tronco e as células progenitoras são
mantidas na medula óssea. Os linfócitos B continuam a ser produzidos na
medula e órgãos linfóides secundários e os linfócitos T são produzidos no timo
e também nos órgãos linfóides secundários. Ao nascer o espaço medular total
é ocupado pela medula vermelha; na infância apenas parte desse espaço será
necessária para a hematopoiese; o espaço restante fica ocupado pelas células
de gordura. Mais tarde apenas os ossos chatos (crânio, vértebras, gradil
torácico, ombro e pelve) e as partes proximais dos ossos longos (fêmures e
úmeros) serão locais de formação de sangue.

cito, tamanho, forma, cor, composição


R: Os eritrócitos, também chamados de glóbulos vermelhos ou
hemácias, possuem grande flexibilidade, formato arredondado e forma de
disco bicôncavo, isto é, apresentam centros mais finos e bordas mais
espessas. Quando maduras, essas células não possuem núcleo nem
algumas organelas, como é o caso das mitocôndrias.
29
Os eritrócitos sobrevivem por um período limitado de tempo, cerca de
120 dias. Após esse período, são levados até o baço onde ocorre a sua
destruição. É importante destacar que os componentes dos eritrócitos são
reaproveitados para a formação de novas células.
A principal característica dos eritrócitos é a presença de uma proteína
rica em ferro: a hemoglobina. Essa proteína garante o transporte de
oxigénio e também faz com que o sangue adquira sua coloração vermelha
característica.

As Hemácias, são as células encontradas em maior quantidade no


sangue. Existem pequenas variações em sua quantidade no corpo humano
relacionadas ao sexo, onde nos homens há cerca de 4,5 a 5,2 milhões de
hemácias em cada mililitro de sangue, enquanto nas mulheres essa variação
é de 4,0 a 4,8 milhões de hemácias por mililitros de sangue.
A quantidade normal de hemoglobina em um indivíduo adulto é de
13 a 15g/100ml, ou seja, existem de 13 a 15 gramas de hemoglobina em cada
100ml de sangue.

Eritrócito
R: Transporte de gáses (oxigénio e dióxido de carbono).
globular, Macrométodo e Micrométodo, Fundamento, Técnica,
Valores normais e Causas de erro
R: O que é Volume Corpuscular Médio - VCM. O VCM, que significa
Volume Corpuscular Médio, é um índice presente no hemograma que indica
a média do tamanho das hemácias, que são as células vermelhas do
sangue. O valor normal do VCM é entre 80 e 100 fl, podendo variar de
acordo com o laboratório.

VCM: volume corpuscular médio é calculado dividindo-se o hematócrito


pelo número de eritrócitos e multiplicando-se por 10. Representa o tamanho
médio dos eritrócitos e sua unidade é fentolitros (fL.).

Actualmente o hematócrito é obtido por aparelhos automatizados. A


metodologia automatizada não mede directamente o hematócrito mas mede o
volume da hemácias (eritrócitos) ou tamanho médio da hemácias (VCM) e
quantifica o número de hemácias no sangue. O hematócrito é obtido então pelo
cálculo: Ht=VCM x número de hemácias/10.

Caso o valor seja inferior à média, significa que existe pouca quantidade
de glóbulos vermelhos circulantes. Podem ser obtidas alterações falsas como
a diminuição do HT devido a excesso de EDTA, amostras velhas sem
refrigeração ou refrigeradas por longos períodos ou quando são
utilizados anestésicos ou métodos de contenção química do paciente
causando encarquilhamento celular.

Caso o HT apresente valor superior à média, significa que existe uma


quantidade maior de glóbulos vermelhos para o volume de sangue, podendo
ser falsamente aumentado quando o animal se encontra desidratado ou a
colecta do sangue tiver sido realizada sob situação de excitação ou
stress. Assim também os processos induzidos pelo exercício são reflectidos 30
em alterações nos constituintes do sangue. O volume globular (VG), valores de
proteínas totais plasmáticas, da concentração de hemoglobina e na contagem
total de hemácias aumentam conforme a intensidade do exercício, sendo que
pode haver discretas reduções nos valores destes parâmetros após o repouso.
Essas elevações nos valores do eritrograma estão relacionadas com a
contracção esplénica devido à maior necessidade de oxigenação.

Índices hematimétrico
Pela contagem de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito do paciente, os
índices hematimétrico são calculados através de fórmulas, sendo úteis para
classificação das anemias e suas respostas.

-VCM: Volume Corpuscular Médio – indicador do tamanho celular


quando comparado com valores de referência espécie-específicos. Permite a
classificação celular em macrocitose, Microcitose ou normocitose.

-HCM: Hemoglobina Corpuscular Média – indicador do conteúdo médio


(massa) de hemoglobina em um eritrócito individual.

-CHCM: Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média – indicador


da concentração média de hemoglobina nos eritrócitos individualmente.
Permite a classificação celular em hipocromia ou normocromia.

-CHCM alto no hemograma significa que há mais hemoglobina que o


normal dentro dos glóbulos vermelhos, também chamados eritrócitos ou
hemácias. ... Também é a hemoglobina que dá a cor vermelha ao sangue. A
CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média) é um índice
hematimétrico do eritrograma.

Se o valor for inferior a 80 fl, significa que as hemácias estão pequenas


e a anemia é do tipo microcítica. Microcitose significa uma diminuição do
tamanho dos eritrócitos, indicada no hemograma através do VCM (Volume
Corpuscular Médio). Neste caso, os eritrócitos são denominados microcíticos.

Técnica, Valores normais


e Causas de erro.
R: O eritrograma é composto pela contagem total de eritrócitos, dosagem de
hemoglobina, hematócrito, índices hematimétricos (VCM e CHCM) e avaliação
da morfologia eritrocitária. Mesmo na espécie canina, quando os dados
fornecidos pelo contador de células automático CELM modelo CC 530 não são
compatíveis com o VCM, CHCM e a observação do esfregaço sanguíneo, a
contagem de eritrócitos é realizada na câmara de Neubauer.

A técnica de contagem de eritrócitos na câmara de Neubauer pode ser


feita utilizando duas formas de diluição descritas a seguir:

-Diluição em pipeta de Thomas (microdiluição):


 Homogeneizar o sangue.
 Aspirar o sangue até a marca de 0,5 (pipeta de glóbulos vermelhos).
 Limpar o sangue de fora da pipeta com papel ou gaze.
31
 Aspirar o diluente até a marca 101.
 Agitar bem (aproximadamente 5 minutos manual).
 Desprezar as primeiras gotas e preencher a câmara de Neubauer.
 Deixar a câmara em repouso alguns minutos (aproximadamente 5
minutos) e iniciar a contagem.
 Contar as hemácias de 5 quadrados médios e multiplicar por 10000.

-Diluição em tubo de ensaio (macrodiluição):


 Em um tubo de ensaio colocar 4mL da solução diluente.
 Acrescentar 20 microlitros de sangue homogeneizado e rinsar a pipeta.
 Homogeneizar a solução final por inversão do tubo.
 Preencher a câmara de Neubauer com o auxílio da pipeta ou de um tubo
capilar.
 Contar as hemácias de 5 quadrados médios e multiplicar por 10050.

Observações: Para a diluição, o líquido de Hayem e a solução


fisiológica são os mais utilizados para qualquer espécie animal. Existem
também os líquidos mais específicos, como o de Gower (para ruminantes) e de
Marcano (para eqüinos e carnívoros). Para a contagem total de células de
aves, répteis e peixes se utiliza a solução de Natt-Harrick. O fator de
multiplicação é calculado de acordo com cada diluição.

Valores de referência do Valores de referência


Valores de referência do bebê até 1 ano da criança
recém-nascido
Eritrograma
Eritrócitos 4.0 a 5.6 milhões/ µL 4.0 a 4.7 milhões/ µL 4.5 a 4.7
milhões/ µL
Hemoglobina 13.5 a 19.6 g/dL 11.0 a 13.0 g/dL 11.5 a 14.8 g/dL
Hematócrito 44 a 62% 36 a 44% 37 a 44%
VCM 77.0 a 101.0 fL 77.0 a 95.0 fL
HCM 28.0 a 33.0 pg 30.0 a 33.0 pg

Valores de referência da mulher Valores de referência em homens


Eritrograma
Hemácias 3.9 a 5.4 milhões/ µL
Hemoglobina 12.0 a 16.0 g/dL
Hematócrito 35 a 47%
VCM 80.0 a 100.0 fL
HCM 27.0 a 32.0 pg
CHCM 31.0 a 36.0 g/dL
RDW 10.0 a 16.0%

32
Eritrócitos
Hemácias 4.2 a 5.9 milhões/ µL
Hemoglobina 13.0 a 18.0 g/dL
Hematócrito

VCM 80.0 a 100.0 fL


citos, HCM 27.0 a 32.0 pg
Fundamento, Material e regentes, CHCM 31.0 a 36.0 g/dL
RDW 10 a 16%
Técnica e Valores normais.
R: A contagem de reticulócitos é usada para determinar se a medula
óssea está respondendo de modo adequado às necessidades do corpo de
produção de hemácias e para esclarecer o mecanismo de diferentes tipos de
anemia.

A reticulocitose é uma condição em que há um aumento de


reticulócitos, glóbulos vermelhos imaturos. É comumente visto na anemia.
Reticulocitose é uma elevação no número de reticulócitos (hemácias jovens) no
sangue, um sinal de produção de glóbulos vermelhos raramente rápida.

Reticulócitos são eritrócitos (ou hemácias) imaturos. Como as


hemácias, os reticulócitos não apresentam núcleo e são chamados assim por
causa da malha reticular de RNA ribossômico, que se torna visível à
microscopia quando corada com azul de cresil brilhante.

A contagem é feita em percentagem em relação às hemácias circulantes


que ainda não estão no estado de reticulócito.

Método automático
Actualmente, para contar reticulócitos, são usados contadores
automatizados usando laser com corante fluorescente que marca o RNA e
DNA. Isso diferencia os reticulócitos das hemácias (que não contêm RNA nem
DNA).

Método manual
Pode também ser usado o método de coloração pelo azul de cresil
brilhante e fazer uma contagem, tirando-se uma porcentagem em relação às
hemácias presentes no campo microscópico. Os reticulócitos são as hemácias
com pontos em seu interior.

Interpretação
Uma pessoa normal apresenta de 0,5 a 1,8% de reticulócitos circulantes.
Porém, a interpretação é feita em valores absolutos, isto é, multiplica-se o valor
obtido em percentagem na contagem de reticulócitos pelo número de hemácias
total do paciente.

Se uma pessoa tem anemia, a percentagem de reticulócitos será


aumentada se a medula óssea tiver capacidade de produzir novas hemácias e
se uma pessoa com anemia tiver uma percentagem normal, isto significa que a
medula óssea não está produzindo novas hemácias a fim de corrigir esta
anemia. Pode-se concluir que o reticulócito expressa a produção medular de 33
novas hemácias.

A produção de reticulócitos deverá crescer entre 2 a 3 dias de uma


hemorragia aguda, e atingir o pico entre 6 a 10 dias.
Bruno VilLar | DOMINGOS MBOLELA CATUMBELA CELESTINO
Bruno VilLar | DOMINGOS MBOLELA CATUMBELA CELESTINO
O cálculo do Índice de Produção de Reticulócitos (IPR), em função da
sua contagem e em situação normal, é dado por:
IPR=
Contagem Corrigida de Reticulocitos

Tempo de maturação em dias

Para se definir a contagem corrigida de reticulócitos, importante em


pacientes anémicos, usa-se a fórmula a seguir:

Contagem corrigida de reticulócitos =

% De reticulócitos x HT do paciente

HT normal*

O hematócrito normal é 40% para mulher e 45% para homem

lógica, Classificação segundo


a resposta medular.
R: A anemia é definida como síndrome caracterizada por diminuição de
massa eritrocitária total. Laboratorialmente, definimos anemia como
hemoglobina menor que 12 g/dl em mulheres ou 13 g/dl em homens.

Classificação etiológica das anemias


 Deficiência de Ferro- Anemia Ferropriva
 Quadro Laboratorial
 Inicial
 Queda do nível de hemoglobina
 Anemia normocítica e normocrômica
 Leve microcitose e HCM decrescendo
 Avançada
 Hb abaixo de 10 g/dl
 Microcitose e hipocromia (VCM e HCM \u2193)
 Anisocitose (RDW > 14,5%)
 Ferro sérico, ferritina e saturação de transferrina \u2193
 TIBC (capacidade de ligação do ferro) \u2191
 STFR(receptor de transferrina sérica) e Transferrina \u2191
 Microcitose Intensa interferindo na Plaqueta

Classificação segundo a resposta medular


-Regenerativa: quando a produção de eritrócitos pela medula óssea
mantém-se normal;
34
As anemias regenerativas são causadas por um aumento da perda de
eritrócitos maduros, enquanto a produção das células jovens na medula óssea
continua normal ou pode até ser estimulada; o que basicamente decorre de
dois tipos de eventos: hemorragias crônicas ou aumento da taxa de hemólise.
Nas anemias regenerativas, o número de reticulócitos circulantes encontra-se
aumentado, o que serve de indicador da regeneração medular.

-Arregenerativa: quando a produção de eritrócitos é prejudicada.

As anemias regenerativas hemorrágicas podem ser decorrentes de


hemorragias agudas ou crônicas. As hemorragias agudas podem ocorrer por
diversos motivos, como trauma, atropelamento, cirurgias, úlceras
gastrointestinais; intoxicação por dicumarínicos (por exemplo, warfarina, que
age como antagonista da vitamina K, substância ativadora de determinados
fatores da coagulação); intoxicação por anil (Indigofera suffruticosa), planta
comum no Nordeste do Brasil; intoxicação por samambaia (Pteridium
aquilinum), que possui componentes cancerígenos capazes de causar
neoplasia na bexiga e no trato gastrointestinal, inibição da medula óssea
causando pancitopenia e hematúria enzoótica; e ainda devido à coagulação
intravascular disseminada (CID).

ito e alterações de laboratório


R: Anemia por deficiência de ferro é um tipo de anemia causado pela
deficiência de ferro. Uma anemia é a diminuição do número de glóbulos
vermelhos ou da quantidade de hemoglobina no sangue. Quando é de
aparecimento lento, os sintomas são geralmente vagos, incluindo fadiga,
cansaço, falta de ar ou falta de capacidade para realizar exercício físico. A
anemia de aparecimento súbito geralmente manifesta sintomas mais
pronunciados, como estado de confusão, sensação de desmaio e aumento da
sede. A pessoa só começa a ficar pálida quando a anemia já é significativa. Em
crianças, podem ocorrer atrasos no crescimento e desenvolvimento. Pode
haver outros sintomas, dependendo da causa subjacente.

A anemia por deficiência de ferro pode ser causada por ingestão


insuficiente de ferro na dieta, hemorragias ou má absorção do ferro a partir dos
alimentos. Entre as causas de hemorragias estão menstruações abundantes,
parto, fibromioma do útero, úlceras no estômago, cancro do cólon e
hemorragias urinárias. A má absorção de ferro pode ocorrer como resultado da
doença de Crohn ou de um bypass gástrico.

Alterações de Laboratório
-Níveis de Hemoglobina e Hematócrito: O valor baixo da hemoglobina
e do hematócrito de uma pessoa diz que ela tem anemia, mas não pode
elucidar qual tipo de anemia.

-Hemograma completo: dirá se a anemia é microcítica (possui VCM


abaixo do normal).

-Ferremia (dosar ferro no sangue): dosagens baixas de ferro podem


indicar uma anemia ferropriva. O ferro também diminui em casos de doenças 35
crônicas, neoplasias, entre outras.

-Dosagem de transferrina: apresenta-se em quantidade aumentada na


anemia ferropriva.
-Ferritina: proteína achada principalmente no fígado, armazena íons de
ferro. Quando não tem ferro armazenado, essa proteína é chamada
apoferritina. Sua dosagem indica a quantidade de ferro armazenado.

-TIBC: Capacidade de ligação de ferro total (TIBC) está aumentado para


compensar a deficiência.

-Aspirado de medula óssea: é muito invasivo para ser usado


normalmente por isso não é muito utilizado. Quando usado, avalia-se a
presença de ferro usando-se corante especial para ferro, o corante azul da
Prússia. Ao observar-se os macrófagos na medula, observa-se a presença de
ferro. Utilizado para diagnóstico diferencial de anemia sideroblástica.

ito e alterações de laboratório


R: Anemias Megaloblásticas são anemias causadas por uma série de
distúrbios provocados pela síntese comprometida do DNA. A divisão celular
é lenta, porém o desenvol•vimento citoplasmático progride normalmente,
de modo que células megaloblásticas tendem a ser grandes, com uma
proporção aumentada de RNA em relação ao DNA. Estas alterações levarão
às anormalidades hematológicas tanto na medula óssea como no sangue
periférico.

A megaloblastose é definida pelo Volume Corpuscular Médio ou


VCM, quando este é superior a 100 pg/ml.Temos por definição uma
megaloblastose, são condições associadas à megaloblastose álcool, doenças
hepáticas, uso de medicações e as anemias refratárias com medula
hipocelular, como nas mielodisplasias e nas anemias siderobláticas.

Alterações de Laboratório
O VCM é quase sempre aumentado, pode estar até 140, com frequência
o esfregaço revela hipersegmentação de neutrófilos, pode ocorrer neutropenia
com valores menores do que 1000 cels/mm3 e trombocitopenia com valores
menores que 50.000 céls/mm3. São critérios para considerar o esfregaço como
tendo hipersegmentação:

 Pelo menos 1 netrófilo com 6 ou mais loboso


 2-5% ou mais com 5 ou mais lobos
 Aumento do número médio de lobos (media 3,4 lobos)
 Acentuada variação de tamanho entre os neutrófilos

Apesar de reticulócitos normais ou baixos, vários outros achados que


ocorrem em anemias hemolíticas, como aumento de LDH, bilirrubina indirecta,
diminuição de haptoglobina. O ferro sérico pode estar aumentado.

A produção e destruição nestes pacientes podem estar aumentadas


mais confinadas a medula óssea com: hemólise intramedular ou eritropoiese 36
ineficaz, caso ocorra déficit de ferro concomitante o diagnóstico pode ser
falseado, pois o VCM pode diminuir. Um estudo em pacientes com déficit
documentado de cobalamina encontrou os seguintes achados:
 -44% dos pacientes sem anemia
 -VCM menor que 100 em 33%
 -Contagem leucócitos norma em 86% dos casos
 -Contagem normal de plaquetas em 79% dos casos
 -Esfregaço de sangue perférico normal em 33% dos casos
 -DHL normal em 43% dos pacientes
 -Níveis séricos de biliorrubina normais em 83% dos casos

ito e alterações de laboratório


R: Anemia hemolítica (do grego antigo haemo sangue, lysis ruptura) é
uma anemia devido à ruptura das hemácias (hemólise) antes da sua vida
normal de 120 dias. Essa ruptura anormal de hemácias pode ocorrer nos vasos
sanguíneos (hemólise intravascular) ou em outro lugar do corpo
(extravascular). Ela possui diversas causas, podendo ser inofensiva ou até
mesmo ameaçar a vida. A classificação geral da anemia hemolítica é a de sua
origem se é adquirida ou idiopática. O tratamento depende da causa e natureza
das quebras das hemácias.

Conceito e alterações de laboratório


Para o diagnóstico de AHAI devem ser realizados os seguintes
exames complementares:

• Hemograma com contagem de plaquetas: deve evidenciar


anemia caracterizada por hemoglobina abaixo de 13 g/dl em homens e
abaixo de 12 g/dl em mulheres. Plaquetopenia (contagem total de
plaquetas abaixo de 150.000/mm3) associa-se à síndrome de evans;
• Teste de coombs direto: deve ser positivo, caracterizando
anticorpos ligados à superfície das hemácias;
• Teste para comprovação de hemólise: caracteriza-se por
aumento de reticulócitos e desidrogenase láctica (dhl), além de
redução dos níveis séricos de haptoglobina. A bilirrubina indirecta pode
estar elevada nos pacientes com hemólise grave. Para o diagnóstico
de hemólise, pelo menos um destes testes deve estar alterado, sendo
a haptoglobina o mais sensível;

ito e alterações de laboratório


R: A policitemia, também chamada de poliglobulia, é o inverso da
anemia, pois se trata do aumento do número de eritrócitos circulantes.
Contudo, há uma semelhança entre ambas, pois assim como na anemia, a
policitemia raramente é primária e geralmente decorre de outra patologia.

No laboratório, a principal alteração observada será um aumento dos


parâmetros eritrocitários, com volume globular, hemoglobina e contagem
de eritrócitos maiores que o esperado para a espécie. As policitemias podem
37
ser classificadas em falsas ou verdadeiras, e estas em primárias ou
secundárias.
A policitemia falsa, também dita relativa, é causada por
hemoconcentração em consequência à desidratação. A desidratação provoca
perda de água do plasma, no entanto o número de células não se altera,
provocando hemoconcentração; esta situação faz com que laboratorialmente o
animal apresente características de policitemia. Outras alterações laboratoriais
que frequentemente acompanham a falsa policitemia são o aumento da
densidade urinária e da PPT. Este é o tipo mais comum de policitemia nos
animais.

A policitemia verdadeira ocorre quando não há alteração significativa


no volume de líquido intravascular e sim real aumento do número de hemácias,
devido à maior produção destas pela medula óssea. A policitemia verdadeira
pode ser dividida em primária e secundária.

A policitemia verdadeira secundária é causada por oxigenação


insuficiente dos eritrócitos e consequente insuficiência cardiorrespiratória. Se a
hipóxia estimula a produção e a ação da eritropoetina, há maior produção de
eritrócitos, exatamente como ocorre nas anemias regenerativas, porém sem
hemólise. O resultado destes mecanismos é o aumento do número de
eritrócitos e instalação real da policitemia.

MICROBIOLOGIA
Classificação geral dos microrganismos
R: Os principais grupos de microrganismos são: vírus, bactérias, protozoários,
algas e fungos.

Vírus

Os vírus são organismos microscópicos que não possuem células. Por


isso, são considerados parasitas intracelulares. Os vírus só conseguem realizar
suas actividades vitais dentro de outra célula viva. Alguns vírus são
patogénicos e causam doenças ao homem. Alguns exemplos são: gripe, 38
sarampo, febre-amarela, meningite, caxumba, hepatite, AIDS e varíola.

Bactérias
As bactérias são seres unicelulares e procariontes. Elas fazem
parte do Reino Monera. As bactérias podem ser encontradas em diversos
ambientes e são capazes de suportar condições ambientais inóspitas à
maioria dos seres vivos. Mesmo sendo imperceptível, as bactérias
desenvolvem importantes funções no ambiente. Elas atuam nos ciclos
biogeoquímicos e na produção de alimentos e medicamentos.

Algumas bactérias podem ser patogênicas e causam doenças como a


cólera, difteria, febre tifóide, lepra, meningite, tuberculose.

Protozoários

Os protozoários são seres eucariontes, unicelulares e heterótrofos.


Pertencem ao Reino Protista, junto com as algas que são organismos
aquáticos que têm a capacidade de realizar fotossíntese. Elas podem ser micro
ou macroscópicas, eucariontes ou procariontes.

Os protozoários apresentam variadas formas corporais e ocupam


ambientes úmidos ou o interior de outros organismos. Alguns são parasitas,
causadores de doenças. Entre as doenças causadas por protozoários estão:
amebíase, giardíase, malária e doença de chagas.
39
Fungos
Os fungos são seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou
pluricelulares, eucariontes e heterótrofos. Eles fazem parte do Reino Fungi. Os
fungos possuem diversos tipos de habitat visto que são encontrados no
solo, na água, nos vegetais, nos animais, no homem e nos detritos em geral.
Diante do grande número de espécies, cerca de 1,5 milhão, os fungos são
utilizados para diferentes fins, como na produção de medicamentos e até
mesmo na produção de queijos.

O cogumelo é um tipo de fungo que é muito apreciado na culinária,


sendo fonte de proteínas. Alguns fungos podem ser patogênicos. Entre as
doenças relacionadas com fungos estão: micoses, sapinho, candidíase e
histoplasmose.

R: Uma espécie bacteriana requer a observação de um conjunto


complexo de características para determinar sua taxonomia. Assim, a
classificação/identificação de uma bactéria é analisada pelos seus aspectos de
morfologia, de coloração, de motilidade, de crescimento, de presença ou
ausência de esporos, de fisiologia, de sorologia, de genética e, eventualmente
de patogenicidade.

O Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology constitui a obra de melhor


referência oficial da taxonomia bacteriana, contendo a descrição das
ordens, famílias, géneros e espécies das bactérias conhecidas e
classificadas.

A nomenclatura faz menção ao nome do microorganismo e as regras


obedecem ao International Code of Nomenclature of Bacteria, que consiste em
três principais regras (1) existe apenas um nome correto para um
microorganismo, (2) nomes que induzem erro ou confusão devem ser
descartados e (3) todos os nomes devem ser em latim ou latinizados. O
sistema actual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em
maiúscula, é o género, o segundo, em minúscula, é o epíteto específico.

Os dois nomes juntos formam o nome da espécie. Os nomes


científicos podem vir do nome do cientista que descreveu a espécie, de um
nome popular desta, de uma característica que apresente, do lugar onde
ocorre, e outros. Por convenção internacional, o nome do género e da espécie é
impresso em itálico, o dos outros táxons não. Subespécies têm um nome
composto por três palavras, onde o primeiro nome se refere ao género e o
segundo nome a espécie.
40
cterianas. Movimento bacteriano
R: A maioria das células bacterianas possui parede celular, localizada
externamente à membrana plasmática, formada por peptideoglicano ou
mureína, que garante protecção e forma à célula. Além da parede, algumas
bactérias possuem uma cápsula polissacarídica que envolve essa estrutura.

-Membrana plasmática: Camada envoltório do citoplasma celular,


constituída de fosfolipídeos, proteínas e estruturas como os lipídeos.

-Citoplasma: Líquido de consistência viscosa com presença de enzimas


e metabólitos. Grande parte do metabolismo das células bacterianas ocorre no
citoplasma.

Movimento bacteriano

As bactérias movem-se em direcção a substâncias atraentes e fogem


das repelentes. Tem bactérias que exibem um maravilhoso dispositivo de
natação, o flagelo, que não há nada semelhante em células mais complexas.
Em 1973 se descobriu que algumas bactérias nadam fazendo girar seus
flagelos. Assim, o flagelo bacteriano atua como uma hélice giratória em
contraste com o cílio, que atua como um remo.

Elas nadam por rodarem os seus flagelos. Uma Escherichia coli ou


Salmonella typhimurium tem cerca de seis flagelos que emergem de posições
aleatórias de sua superfície. Esses filamentos finos helicoidais são
constituídos de subunidades de flagelina de 53Kd. Quando os flagelos
rodam em sentido contrário aos ponteiros do relógio, eles formam um feixe
coerente que transmite uma força propulsiva aos ponteiros do relógio, eles
formam um feixe coerente que transmite uma força propulsiva.

O resultado é um nado suave, quase que em linha recta. Por outro lado,
quando os flagelos rodam no mesmo sentido dos ponteiros do relógio, o feixe
se dispersa porque os filamentos helicoidais não podem se encaixar uns nos
outros. Assim, bactéria faz rodopios transitóriamente e, então, nada em uma
direcção diferente quando a rotação anti-horária é restaurada. O rodopio
redireciona a bactéria, que se dirigia em um sentido improdutivo. Além do mais,
as bactérias são nadadoras muito eficientes. Menos de 1% de sua produção
energética total é consumida por seus motores flagelares. seu desempenho é
mais impressionante dado o seu pequeno tamanho em relação à viscosidade
da água. A bactéria não pode relaxar, nem mesmo por um microssegundo. A
resistência viscosa enfrentada por uma bactéria é semelhante áquela que
experimentaríamos se tentássemos nadar em melado.

carbono, Classificação
segundo o metabolismo
R: Fonte de carbono: de acordo com a fonte de átomos de carbono
para a produção de suas moléculas orgânica, elas são classificadas em dois
grandes grupos:
41
-Autotróficas: As bactérias autotróficas obtêm suas moléculas de
carbono apenas de dióxido de carbono.
-Heterotróficas: São bactérias que obtêm seus átomos de carbono de
moléculas orgânicas que captam do ambiente. Além do gás carbónico ela
precisa de um carboidrato.
Fonte de energia: bactérias podem utilizar como fonte de energia luz,
substâncias inorgânicas ou orgânicas:
• Luz: Como as bactérias que fazem fotossíntese ou fototróficas.
• Compostos químicos: Como as bactérias quimiotróficas.
• Composto inorgânico: litotróficas
• Composto orgânico: organotróficas

Classificação segundo o metabolismo


Se forem combinadas as classificações de fonte de energia e de fonte
de átomos de carbono expostas acima, pode-se classificar as bactérias em
quatro grandes grupos, quanto a suas necessidades nutricionais:
Fotoautotróficas
Bactérias fotoautotróficas são capazes de produzir elas mesmas as
substâncias orgânicas que lhes servem de alimento, tendo como fonte de
carbono o gás carbônico e como fonte de energia a luz.
Cianobactérias: são fotolitoautotróficas e aparentemente foram as
pioneiras no uso da água como fonte de elétrons. Incluiriam as proclorófitas
(gêneros Prochloron, Prochlorothrix e Prochlorococcus), apesar de se
distinguirem destas por apresentar apenas clorofila a, além de ficobilinas azul e
vermelha. Esses pigmentos são responsáveis pelas diversas colorações,
muitas vezes brilhantes, que essas bactérias apresentam.
Sulfobactérias: realizam um tipo de fotossíntese em que a substância
doadora de hidrogênio não é a água, mas compostos de enxofre,
principalmente o gás sulfídrico (H2S). Por isso essas bactérias produzem
enxofre elementar (S) como subproduto da fotossíntese, e não gás oxigênio,
como na fotossíntese que utiliza H2O.
Fotoheterotróficas
As bactérias fotoheterotróficas utilizam luz como fonte de energia,
mas não convertem exclusivamente o gás carbônico em moléculas
orgânicas. Assim, elas utilizam compostos orgânicos que absorvem do meio
externo, como alcoóis, ácidos graxos, glicídios etc, como fonte de carbono
para a produção dos componentes orgânicos de sua célula. Essas células
são bactérias anaeróbias e, como exemplo, pode-se citar as bactérias não
sulfurosas verdes como Chloroflexus spp., e as não sulfurosas púrpuras,
como Rhodopseudomonas spp.
Quimioautotróficas
As bactérias quimioautotróficas utilizam oxidações de compostos
inorgânicos como fonte de energia para a síntese de substâncias orgânicas a
partir de gás carbônico (CO2) e de átomo de hidrogênio (H) proveniente de
substâncias diversas. As substâncias orgânicas produzidas são utilizadas como
42
matéria-prima para a formação dos componentes celulares ou degradadas para
liberar energia para o metabolismo.
Quimioheterotróficas
A maioria das espécies bacterianas apresenta nutrição
quimioeterotrófica,[104] ou seja, tanto a fonte de energia quanto a de átomos
são moléculas orgânicas que a bactéria ingere como alimento. De acordo com
a fonte das substâncias que lhe servem de alimento, as bactérias heterotróficas
são classificadas em saprofágicas e parasitas. Exemplo: Clostridium.
Saprofágicas: alimentam-se a partir de matéria orgânica sem vida,
como cadáveres ou porções descartadas por outros seres vivos.
Parasitas: alimentam-se a partir de tecidos corporais de seres vivos e
podem ser patogênicas.

R: As bactérias são seres microscópicos que se reproduzem


assexuadamente por divisão binária, também chamada de cissiparidade. A
divisão binária ocorre quando uma bactéria duplica o seu material genético
e logo em seguida se divide, originando duas bactérias idênticas a ela. Uma
bactéria, quando em condições ideais de temperatura e nutrientes, leva
aproximadamente vinte minutos para completar todo o processo de divisão.

As bactérias não apresentam nenhum tipo de reprodução sexuada, e


sim recombinação genética que pode ocorrer por transformação,
transdução ou conjugação.

-A transformação ocorre com algumas bactérias que conseguem


absorver fragmentos de DNA que se encontram dispersos no meio. Esses
fragmentos são incorporados ao material genético das bactérias transformando-
as.

-Na transdução bacteriana ocorre troca de material genético entre


bactérias com a participação de um bacteriófago.

-A conjugação bacteriana, assim como ocorre na transformação e na


transdução, é a passagem de DNA de uma célula doadora para uma receptora.
No caso da conjugação, é necessário o contacto entre as células bacterianas,
sendo que a doadora possui um plasmídio conjugativo, que possui genes que
codificam, por exemplo, para o pili F (F= fertilidade). Este se liga a célula
bacteriana receptora e recebe uma fita do Plasmídio (lembre-se que plasmídio
são moléculas de DNA extracromossomal). Como as fitas são
complementares, a que ficou serve de molde para outra fita e a que foi para
outra célula também. A conjugação é uma forma de recombinação genética
entre as bactérias. Como não há aumento no número de células bacterianas,
não pode ser considerada uma forma de reprodução.

ncia das bactérias


R: As bactérias têm uma função ecológica de fundamental importância
para a manutenção de vida em nosso planeta. Destacam-se, neste caso, as 43
bactérias decompositoras ou saprófitas, as que vivem em mutualismo com
outros seres como as que associam-se a leguminosas ou a ruminantes,
além
das espécies que têm importância em vários campos industriais e na
agricultura.

Existem bactérias que são decompositoras e saprófitas. Suas funções,


junto aos fungos, são de reciclagem da matéria orgânica proveniente de
organismos mortos, além de resíduos como fezes e urina. ... O ciclo do
nitrogênio é realizado por bactérias do gênero Rhizobium que estão presentes
em raízes de leguminosas.

opriedades essenciais dos vírus


R: Vírus (do latim virus, "veneno" ou "toxina") são pequenos agentes
infecciosos, a maioria com 20-300 ηm de diâmetro, apesar de existir vírus
ɡiɡantes de (0.6–1.5 µm), que apresentam genoma constituído de uma ou
várias moléculas de ácido nucleico (DNA ou RNA), as quais possuem a forma
de fita simples ou dupla. Os ácidos nucleicos dos vírus geralmente apresentam-
se revestidos por um envoltório proteico formado por uma ou várias proteínas,
o qual pode ainda ser revestido por um complexo envelope formado por uma
bicamada lipídica.

As partículas virais são estruturas extremamente pequenas,


submicroscópicas. A maioria dos vírus apresentam tamanhos diminutos, que
estão além dos limites de resolução dos microscópios ópticos, sendo comum
para a sua visualização o uso de microscópios eletrônicos. Vírus são estruturas
simples, se comparados a células, e não são considerados organismos, pois
não possuem organelas ou ribossomos, e não apresentam todo o potencial
bioquímico (enzimas) necessário à produção de sua própria energia
metabólica. Eles são considerados parasitas intracelulares obrigatórios
(característica que os impede de ser considerado seres vivos), pois dependem
de células para se multiplicarem. Além disso, diferentemente dos organismos
vivos, os vírus são incapazes de crescer em tamanho e de se dividir. A partir
das células hospedeiras, os vírus obtêm: aminoácidos e nucleotídeos;
maquinaria de síntese de proteínas (ribossomos) e energia metabólica (ATP).

Fora do ambiente intracelular, os vírus são inertes. Porém, uma vez


dentro da célula, a capacidade de replicação dos vírus é surpreendente: um
único vírus é capaz de multiplicar, em poucas horas, milhares de novos vírus.
Os vírus são capazes de infectar seres vivos de todos os domínios (Eukarya,
Archaea e Bactéria).

rus, Genomas virais, Classificação do genoma


viral
R: Dentre os vários grupos de vírus existentes, não existe um padrão
único de estrutura viral. A estrutura mais simples apresentada por um vírus
consiste de uma molécula de ácido nucleico coberta por muitas moléculas de
proteínas idênticas. 44

Os vírus mais complexos podem conter várias moléculas de ácido


nucleico assim como diversas proteínas associadas, envoltório proteico com
formato definido, além de complexo envelope externo com espículas. A maioria
dos vírus apresenta conformação helicoidal ou isométrica. Dentre os vírus
isométricos, o formato mais comum é o de simetria icosaédrica.

Genomas virais
Ao contrário das células, que apresentam genoma constituído por DNA e
RNA, os vírus possuem DNA ou RNA como material genético, e todos os vírus
possuem apenas um ou outro no vírion. No entanto, existem vírus que
possuem ambos, porém, em estágio diferentes do ciclo reprodutivo. As
moléculas de ácido nucleico dos vírus podem ser fita simples ou dupla, linear
ou circular, e segmentada ou não.

O genoma dos vírus de RNA tem ainda a característica de possuir senso


positivo (atua como mRNA funcional no interior das células infectadas) ou
senso negativo (serve de molde para uma RNA-polimerase transcrevê-lo
dando origem a um mRNA funcional). A quantidade de material genético viral é
menor que a da maioria das células. O peso molecular do genoma dos vírus de
DNA varia de 1,5 × 106 a 200 × 106 Da. Já o dos de RNA varia de 2 × 106 a
15
× 106 Da. No genoma dos vírus estão contidas todas as informações genéticas
necessárias para programar as células hospedeiras, induzindo-as a sintetizar
todas as macromoléculas essenciais à replicação do vírus.

A classificação inicial dos vírus foi feita por meio dos estudos que
visavam a propriedade dos vírus de causar doenças e infecções. ...
Atualmente, os critérios mais importantes para a classificação dos vírus são:
hospedeiro, morfologia da partícula viral e tipo de ácido nucleico.

Taxonomia
R: Os Vírus se classificam de acordo com os princípios de classificação
científica utilizados para plantas e animais, seguindo antes regras próprias.

Na classificação dos vírus existe:


Classificação antiga – Sintomatologia
1966, Comitê Internacional de Taxonomia Viral:

 Tipo de ácido nucleico


 Estratégia de replicação
 Morfologia

De Reino até Ordem - ausência de classificação


 Família - Viridae
 Gênero - Virus
 Espécie viral

No entanto, porque são utilizadas por alguns autores, fazemos aqui uma
breve referência a uma das classificações possíveis (com base nas
características do genoma), sem cariz filogenético, já que os vírus podem não 45
ter uma origem em comum...Segue-se um destes tipos possíveis:
Classe I - DNA de banda (ou fita) dupla.
Classe II - DNA de banda simples.
Classe III - RNA de banda dupla.
Classe IV - banda simples de RNA positivo (isto é, o RNA é
imediatamente traduzido pelos ribossomos, actuando como se fosse RNA
mensageiro).

Classe V - banda simples de RNA negativo (é necessário transcrever a


banda em RNA mensageiro, para então este ser traduzido pelos ribossomos).
Classe VI - banda simples, positiva, de RNA, com DNA como
intermediário na formação das proteínas (retrovírus).
Classe VII - banda dupla de DNA com um RNA intermediário na
replicação (Hepadnavírus).

Há outras classificações virais com classes, embora a verdadeira não


use classes. Essas outras classificações, a classes por seu anfitrião
(indivíduo que o vírus infecta), ou ácido nucleico, ou por tipo, como
satellites e viroids. Também há uma classificação viral que usa dois filos:
Desoxivirus e Ribovirus. Há também uma que diz que todos os grupos
são chamados: Forma.

clo viral, Morfologia dos vírus


R: No seu processo de reprodução, os vírus contam com dois tipos de
ciclos: o ciclo lisogênico e o ciclo lítico. No ciclo lítico- o vírus insere o seu
material genético no da célula hospedeira e, diferentemente do ciclo
lisogênico- passa a dominar o metabolismo da célula, destruindo-a no final do
processo.

Morfologia dos vírus


O exemplo mais conhecido de vírus de morfologia complexa são os
bacteriófagos (ou simplesmente, fagos). O fagos possuem partícula viral
composta por uma "cabeça" (capsídeo), de simetria icosaédrica, e uma cauda
helicoidal. ... Fagos infectam exclusivamente bactérias ou archaea e todos
possuem genoma constituído por dsDNA.

entrada dos vírus no organismo


R: Para a entrada do vírus na célula, este deve, inicialmente, se
adsorver ou se ligar a receptores existentes na superfície das células do
hospedeiro e, a partir daí, penetrar. A maioria dos vÌrus entra no hospedeiro
através das mucosas dos tratos respiratório e gastrointestinal. Alguns vírus
invadem o hospedeiro pelas mucosas urogenital e conjuntiva. Nesta
primeira, temos como exemplo o vÌrus da imunodeficiÍncia humana (HIV).

, Agentes infecciosos subvirais


R: Duas viroses relatadas abaixo, AIDS e condiloma acuminado são
doenças sexualmente trasmissíveis (DSTs). A listagem também relaciona
viroses comuns na infância, rubélola, caxumba, sarampo, poliomelite - para
as
quais existem vacinas. Algumas das principais viroses que acometem os 46
seres humanos são:
Resfriado Comum, Caxumba, Raiva, Rubéola, Sarampo, Hepatites,
Dengue, Poliomielite, Febre amarela, Varicela ou Catapora, Varíola, Meningite
viral, Mononucleose Infecciosa, Herpes, Condiloma, Hantavirose e AIDS.

Partículas Subvirais
Existem dois outros tipos de agentes infecciosos patogênicos,
identificados inicialmente como vírus, mas que diferem destes em maior ou
menor grau: são os viroides e os príons. Devido às suas estruturas bastarrte
simplifica das, viroides e príons são chamados, às vezes, de partículas
subvirais.

-Os viroides- constituídos apenas por pequenas moléculas circulares de


RNA de fita única, estão entre os menores agentes patogênicos conhecidos.

-Os príons- constituem uma classe de agentes infecciosos totalmente


inusitados, pois não têm sequer ácidos nucleicos. Eles constituem-se
exclusivamente a partir da forma modificada de uma proteína de mamíferos.

Algumas enfermidades causadas pelos príons, geralmente fatais, são


denominadas encefalopatias subagudas espongiformes transmissíveis
(TSEs), pois deixam o cérebro dos indivíduos afectados com aspecto
esponjoso.

R: Em bacteriologia o material colectado deve ser representativo do


processo infeccioso suspeito. Para realização da colecta de material para
análise bacteriológica é importante observar alguns pontos: o material deve
ser colectado do local onde haja maior probabilidade de se isolar o
microrganismo; colectar quantidade suficiente de material para uma
análise completa; utilizar frascos adequados para cada tipo de material
enviado e anotar o horário de colecta para permitir o controlo de
qualidade e análise da viabilidade da amostra.

Aspirados de abscesso, material de biópsia, líquor, urina, sangue e


aspirado profundo de feridas abertas devem ser obtidos após descontaminação
da pele, sendo que o material colectado por suabe não é o ideal nessas
situações.

A colecta para cultura de bactérias anaeróbias deve seguir critérios


rigorosos, pois a maioria desses microrganismos não sobrevive à exposição ao
oxigénio por mais de 20 minutos. Deve-se evitar a contaminação com a
microbiota normal endógena e sempre que possível colectar a amostra por
meio de aspirado com agulha e seringa ou colectar fragmentos do tecido
infectado, sendo que o material aspirado deve ser precedido da eliminação do
ar residual. É recomendado a realização de cultura para aeróbios e método de
Gram, uma vez que a maioria das infecções por anaeróbios é mista.
47
Sangue
O procedimento de colecta para hemocultura é crítico e deve ser
realizado utilizando procedimentos assépticos. A antissepsia adequada da
pele é fundamental no processo de colecta, para evitar a probabilidade de
contaminação da amostra. A colecta do sangue deve ser feita por meio de
punção venosa, com material adequado frasco de hemocultura, material para a
punção, antisséptico e identificação adequada do paciente. O volume ideal
corresponde a 10% do volume total do frasco de colecta. O conteúdo deve ser
transferido para tubos ou frascos esterilizados e remetido sob refrigeração,
preferencialmente em até 24 horas após a colecta.

ção. A esterilidade
R: Esterilidade é definida no campo da microbiologia como um meio
ausente de qualquer microorganismo viável.

Para a realização dos testes de esterilidade são empregados meios de


cultura e seu resultado pode ser dado em UFC/ml ou g ou simples
detecção. Soluções parenterais devem ser estéreis e apirogênicas.

de momento de fazer a colheita


R: A colecta de amostra biológica adequada é uma etapa muito
importante no processo de realização do exame pelo laboratório. Tem como
finalidade obter um resultado preciso e de qualidade, fundamental para uma
orientação epidemiológica e/ou clínica correta.

Coleta, preparo e identificação da amostra biológica


A fase anterior à colecta deve ser objecto de atenção por parte de todas
as pessoas envolvidas no atendimento com a finalidade de se prevenir a
ocorrência de erros e não conformidades. A obtenção de uma amostra
biológica de boa qualidade exige do profissional conhecimento técnico e
deve ser realizada rigorosamente dentro das normas de biossegurança
vigentes no país, ocasião em que se deve observar o que segue:

a) Ao iniciar o procedimento de colecta, o profissional de saúde deve


organizar todo o material de acordo com as amostras a serem colectadas,
conferir todos os dados da requisição e solicitar ao paciente que diga seu nome
completo e data de nascimento para confirmação dos dados da requisição;

b) Na etiqueta de identificação da amostra deve constar o nome


completo do paciente, tipo de exame e data/hora de colecta com letra legível;

c) Em tubos de sangue deve-se, preferencialmente, utilizar a etiqueta


própria do tubo com caneta que não borre ou apague;

d) Na requisição do exame deve constar o nome completo e telefone do


profissional que efectuou a colecta ou que recebeu a amostra de forma a
garantir a rastreabilidade.

 Colecta de sangue
Não é necessário jejum prolongado para colecta dos exames. Para
48
evitar lipemia das amostras deve-se obedecer a um jejum de pelo menos 3 a 4
horas antes da colecta de sangue.
Para as técnicas de colecta recomendamos seguir as orientações dos
Cursos Telelab:

Técnicas para Colecta de Sangue e Coleta de Sangue - Diagnóstico e


monitoramento das DST, Aids e Hepatites Virais.

a) Sangue total
Colectar o sangue com o anticoagulante recomendado para a realização
do exame, logo após a colecta homogeneizar suavemente por oito a dez vezes
e identificar correctamente o tubo.

b) Soro
Colectar o sangue em tubo sem anticoagulante. Recomendamos a
utilização de TUBO DE

PLÁSTICO COM GEL SEPARADOR e activador de coágulo (tampa


amarela) Este contém uma barreira de gel que está presente no fundo do tubo.

Após a colecta, manter o tubo, verticalmente por 30 minutos a


temperatura ambiente, não refrigerar o sangue logo após a colecta para evitar
hemólise, esta etapa é muito importante para que ocorra a coagulação do
sangue e retracção do coágulo, evitando a formação de fibrina e hemólise da
amostra. A formação da barreira de gel pode ser comprometida caso o tubo
seja resfriado antes da centrifugação.

Apos este período centrifugar o tubo com sangue entre 2.500 a 3.000
rpm por 10 minutos para obtenção do soro (sobrenadante).

O tempo entre a colecta e a centrifugação não deve exceder a duas


horas. Durante a centrifugação a barreira de gel move-se para cima até a
interface entre o soro e o coágulo, onde forma uma barreira estável que separa
o soro da fibrina e das células. Neste caso, o soro pode ser utilizado pelo
laboratório directamente no tubo de colecta, eliminando a necessidade de
transferência de um tubo para outro.

Após a centrifugação, os tubos com gel devem permanecer por uma


hora na posição vertical, para minimizar o risco de danificar a barreira formada
pelo gel, por meio dos movimentos de vibração durante o transporte.

Manter as amostras centrifugadas no tubo original de colecta com gel


separador sob refrigeração (2 °C a 8 °C).

Este tubo pode permanecer por até cinco dias refrigerado.


Excepcionalmente, se necessário, manter armazenado no local de colecta por
período maior que cinco dias, mas nunca mais de 30 dias, recomendamos
fraccionar o soro para tubo resistente a baixas temperaturas como: criotubos
ou tubos de polietileno tamanho 12x75 mm, congelar o soro fraccionado (- 20 49
°C) e enviar soro com gelo reciclável, em quantidade suficiente para manter as
amostras congeladas até a chegada ao laboratório ou preferencialmente em
gelo seco.
c) Plasma
O sangue total deve ser colectado em tubo com anticoagulante. Seguir a
técnicas de colecta e homogeneização adequada do sangue, para evitar
hemólise. É a amostra de escolha para a realização de testes moleculares
como Carga Viral do HBV e HIV.

Colecta das demais amostras biológicas


As orientações para a colecta das demais amostras biológicas como
escarro, fezes, líquor, líquido pleural, lavado bronco-alveolar, sangue para
hemocultura, secreções e outras amostras.

Para estas amostras, etiquetar o frasco com nome completo e legível do


paciente, data e hora da colecta, exame, tipo de amostra biológica ou sítio de
colecta. A etiqueta deve ser colocada no corpo do frasco colector, nunca na
tampa.

Todas as amostras biológicas devem ser armazenadas até o momento


do envio de forma adequada, obedecendo às orientações do laboratório, para
que não haja interferência em seus constituintes.

URINOLOGIA
ins. Sistema primário
R: Rim é cada um dos dois órgãos excretores, em forma de feijão,
tendo no ser humano, aproximadamente 11 cm de comprimento, 5 cm de
largura e 3 cm de espessura. É o principal órgão do sistema excretor e
osmoregulador dos vertebrados. Os rins filtram produtos do metabolismo
presentes na corrente sanguínea, e os excretam, com água, na urina; a urina
sai dos rins através dos ureteres, para a bexiga.

Em humanos, os rins estão localizados na região posterior do


abdómen, atrás do peritónio, motivo pelo qual são chamados de órgãos
retroperitoneais. Existe um rim em cada lado da coluna; o direito encontra-se
logo abaixo do fígado e o esquerdo abaixo do baço. Em cima de cada rim
encontramos a glândula suprarrenal.

Funções dos rins


Além de excretar substâncias tóxicas, os rins também desempenham
muitas outras funções. Abaixo estão listadas as principais funções renais:

 Eliminar substâncias tóxicas oriundas do metabolismo, como por exemplo,


a ureia e creatinina;
 Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano, tais como: sódio, 50
potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, cloro e outras;
 Regular o equilíbrio ácido-básico, mantendo constante o pH sanguíneo;
 Regular a osmolaridade e volume de líquido corporal eliminando o excesso
de água do organismo;
 Excreção de substâncias exógenas como por exemplo medicações e
antibióticos;
 Produção de hormônios: eritropoietina (estimula a produção de hemácias),
cininas e prostaglandinas.
 Modificar a forma da vitamina D que chega ao rim depois de ser convertida
em uma forma possível de ser transportada pela corrente sanguínea no
Fígado transformando esta num hormônio cuja função principal é aumentar
a absorção de cálcio no intestino e facilitar a formação normal dos ossos
 Produção de urina para exercer as suas funções excretórias.

R: A formação da urina ocorre nos néfrons em um processo que envolve


três etapas: a filtração, a reabsorção e a secreção.

- Filtração: Essa primeira etapa ocorre na cápsula glomerular e é um


processo passivo. Caracteriza-se pela saída do filtrado do plasma do interior do
glomérulo para a cápsula. Isso ocorre em virtude da alta pressão do sangue
nesse local. O chamado filtrado glomerular, ou urina inicial, é livre de proteínas
e assemelha-se ao plasma sanguíneo.

- Reabsorção: O filtrado resultante da etapa da filtração apresenta


substâncias que são bastante importantes para o organismo e devem ser
reabsorvidas. A reabsorção ocorre no túbulo néfrico, principalmente nos
túbulos proximais, e é importante para evitar a perda excessiva de substâncias,
tais como água, sódio, glicose e aminoácidos. Esse processo é responsável
por determinar como será a composição final da urina.

- Secreção: Algumas substâncias presentes no sangue e que são


indesejáveis ao organismo são absorvidas pelas células do túbulo contorcido
distal. O ácido úrico e amônia fazem parte dessas substâncias que são
retiradas dos capilares e lançadas ao líquido que formará a urina.

Após passar por toda a extensão do túbulo néfrico, a urina está formada.
Ela então é conduzida até os ureteres, que a levarão até a bexiga, onde
permanecerá até sua eliminação.

R: Como a urina primária e secundária é formada


O sistema urinário desempenha a função principal de excreção de
produtos metabólicos do corpo. O processo de formação de urina é um
mecanismo muito complexo que consiste em dois estágios. Durante o primeiro
estágio, a urina primária é formada por filtração em uma cápsula do
néfron. Em seguida, passa através de túbulos contorcidos e uma alça de
Henle, de onde até 99% da água é sugada de volta para o sangue.aminoácidos
contidos nele, açúcares e alguns sais minerais. 51
Qual é a diferença entre urina primária e secundária
A urina primária é produzida poro glomérulo renal, consistindo em
um grande número de capilares. O sangue que passa através deles é filtrado, e
o fluido separado é enviado para a cápsulade Shumlyansky-Bowman. Esta
será a urina primária. Não contém células sangüíneas e moléculas de proteínas
complexas, pois elas não passam através das paredes dos capilares, mas
aminoácidos, açúcares, gorduras e outras moléculas passam livremente por
elas.A urina primária também contém água, que passa pelos canalículos do
néfron contorcido. Pressão osmótica nas paredes dos túbulos (a chamada
reabsorção).

Todos os dias o corpo produz150-180 litros de urina primária. Todos os


compostos úteis presentes nele não desaparecem, uma vez que eles entram
novamente no corpo durante o processo de difusão e na função de transporte
das paredes dos túbulos. Substâncias que permanecem após o processo de
difusão e serão a urina secundária. Ele entra primeiro nos túbulos coletores,
depois nos copos grandes e grandes do rim, depois se acumula na pelve renal,
da qual a urina é descarregada na bexiga através dos ureteres e, após o
preenchimento, deixa a uretra do corpo.

A urina secundária é mais concentrada, além da água, contém


uréia, ácido úrico, sais de sódio, cloro, potássio, sulfato e amônia. Eles
dão à urina um odor característico. Corpo humano diariamente produz até 1,5
litros de urina secundária, que é então excretada durante a micção. É nas
peculiaridades da formação da urina que se encontra a resposta à pergunta, o
que distingue entre a urina primária e a secundária.

Recoleição da amostra de urina


R: A colecta de urina para a realização da análise pode ser feita de
diferentes formas, são elas: em frasco colector (onde o próprio paciente pode
ser instruído quanto à coleta), por cateterismo vesical (aspiração de urina em
cateter de drenagem), punção suprapúbica ou por bolsa colectora
esterilizada. Além disso, difere-se o método de coleta, quando, por exemplo, é
requisitada a urina de 24 horas, procedimento este que visa a analisar a urina
excretada pelo paciente durante o período de 24 horas.

Colecta de Urina em Frasco Colector e Urina de 24 horas


Para a colecta da amostra de urina utiliza-se a urina do jato médio,
atentando sempre para a não contaminação da amostra e assepsia correta,
principalmente em pacientes do sexo feminino, em que o risco para
contaminação é aumentado. Nos casos em que o objectivo é a identificação de
parasitas, eventualmente presentes na uretra, e/ou após massagem prostática,
o jato inicial da urina é colhido (Urina de Jato Inicial).

Este exame é indicado principalmente para medir a função dos rins ou


avaliar a quantidade de proteínas ou outras substâncias na urina, como sódio,
cálcio, oxalato ou ácido úrico, por exemplo, como forma de identificar doenças
dos rins e vias urinárias. Outras substâncias como amônia, ureia, magnésio e 52
fosfato também podem ser quantificadas neste exame.

Na gravidez, este exame costuma ser utilizado para determinar a


presença de proteínas na urina da gestante para o diagnóstico de pré-
eclâmpsia, que é uma complicação que surge na gravidez, em que a
grávida desenvolve hipertensão, retenção de líquidos e perda de proteínas pela
urina.

Como colher o exame


Para fazer o exame de urina de 24 horas, o indivíduo deve seguir os
seguintes passos:

 Buscar o recipiente próprio do laboratório;


 No dia seguinte, logo de manhã, após acordar, urinar no vaso sanitário,
desprezando a primeira urina do dia;
 Anotar a hora exacta da micção que fez no vaso sanitário;
 Depois de ter urinado no vaso sanitário, colectar todas as urinas do dia e
da noite no recipiente;
 A última urina a ser colectada no recipiente deve ser à mesma hora da
urina do dia anterior que fez no vaso sanitário, com uma tolerância de 10
minutos.
 Por exemplo, se o indivíduo urinou às 8 horas do dia, a colecta de urina
deve terminar exactamente às 8 horas do dia seguinte ou no mínimo às
7h50 e no máximo às 8h10.

Cuidados durante a colecta da urina


Durante a colecta de urina de 24 horas, é necessário ter certos cuidados
como:
 Se for evacuar, não deverá urinar no vaso sanitário porque toda a urina
deve ser colocada no recipiente;
 Se for tomar banho, não pode urinar no banho;
 Se sair de casa, tem que levar o recipiente junto ou não pode urinar até
regressar a casa;
 Não pode fazer o exame de urina de 24 horas menstruada.
 Entre as coletas de urina, o recipiente deve estar em um local fresco, de
preferência refrigerado. Quando a coleta estiver terminada, o recipiente
deve ser levado o mais rapidamente possível ao laboratório.

Valores de referência
Alguns dos valores de referência do exame de urina de 24 horas são:
 Clearance de creatinina entre 80 e 120 ml/min, que pode estar diminuído
na insuficiência dos rins. Entenda o que é a insuficiência renal e como
tratar;
 Albumina: menor que 30 mg/24 horas;
 Proteínas totais: menor que 150 mg/ 24 horas;
 Cálcio: sem dieta até 280 mg/24h e com dieta 60 a 180 mg/24h.

Estes valores podem variar de acordo ou a idade, o sexo, as


condições de saúde da pessoa e o laboratório que faz o exame, por isso,
devem sempre
53
ser avaliados pelo médico, que irá indicar a necessidade de um tratamento.

Urocultura (adulta e crianças)


R: Crianças- Não possui horário específico para colecta, nem se faz
necessária retenção urinária.

Crianças que utilizam fraldas o ideal é que o responsável leve-a até o


laboratório para que as Analistas de Laboratório façam a assepsia e
coloquem o colector infantil. No caso de não ser possível fazer o
procedimento no laboratório, a mãe será instruída para que faça o processo
em casa.

Caso a criança não colha dentro de 40 minutos ou no máximo 1 hora,


o processo de assepsia deve ser repetido e um novo colector colocado,
assim sucessivamente até a obtenção da amostra que depois de colhida
deve ser entregue ao Laboratório imediatamente, caso não possa fazê-lo,
mantenha a urina em geladeira por no máximo 30 minutos e traga-a o mais
rápido possível ao laboratório.

Para crianças que não utilizam fralda o processo de assepsia deve ser
realizado conforme orientação à cima e logo após a mesma deverá urinar no
coletor convencional com tampa rosqueáveL. Entregar a amostra ao laboratório
imediatamente, caso não possa fazê-lo, mantenha a urina em geladeira por no
máximo 30 minutos e traga-a o mais rápido possível ao laboratório;

Adultos- após levantar-se, realizar higiene pessoal com água e


sabonete, enxaguar bastante e secar com toalha limpa (que não tenha sido
usada anteriormente);

Começar a urinar no vaso sanitário para desprezar o primeiro jato de


urina. Em seguida, colher a urina no frasco até completar sua metade;

Não colocar a parte interna da tampa em contacto com a pia, vaso


sanitário e mãos; Não encostar o frasco nas genitais;

Se não for possível colectar a primeira urina da manhã, fique com a


urina retida por 2 horas ou retenha a urina o máximo possível, então proceda
como descrito acima. Informe ao laboratório o tempo de retenção urinária;

Entregar a amostra ao laboratório imediatamente, caso não possa fazê-


lo, mantenha a urina em geladeira por no máximo 30 minutos e traga-a o mais
rápido possível ao laboratório;

Não transportar a urina em locais/superfícies que tenham contacto com


o sol.

R: O exame de urina é dividido em três etapas: análise física, análise


química e a sedimentoscopia, sendo os dois primeiros de execução mais
simples e o último é considerado moderadamente complexo. 54

A análise física abrange a cor, o aspecto e a densidade específica.


A análise da cor e do aspecto é percebida através da inspeção. A cor padrão
normal da urina é amarela, podendo atingir variações de tonalidades de
pálida a âmbar.

Diversas colorações podem ser vistas de acordo com alterações na


urina, como: cor rósea, vermelha ou castanha, devido à presença de
eritrócitos, hemoglobina ou mioglobina; cor acastanhada pela presença de
bilirrubinas, carotenos; marrom escuro com presença de porfirina, melanina e
coloração de alimentos.

Quanto ao aspecto, a urina pode ser classificada em límpida,


ligeiramente turva ou turva, devido à precipitação de fosfatos amorfos (urina
alcalina), precipitação de uratos amorfos (urina ácida) ou pela presença de
bactérias, leucócitos ou eritrócitos. Podendo também ser classificada em urina
leitosa (quilúria), que ocorre em situações de oclusão dos vasos linfáticos
pélvicos.

A densidade específica é quantificada mediante o uso do


densímetro, refratômetro ou fita reactiva e possui o objectivo de analisar a
actividade dos rins em manter, de acordo com o critério adequado, o equilíbrio
hídrico do organismo. Desse modo, a densidade específica contempla a
relação entre a quantidade de volume de água eliminado e solutos.

R: Na análise química geralmente obtém-se o pH, proteínas totais,


glicose, bilirrubinas e urobilinogênio, corpos cetônicos, ação
peroxidásica, esterase leucocitária e nitritos. Os estudos dessa etapa
podem ser efetuados em tubos de ensaio, com a formação de reacções
químicas ou, por meio de tiras reagentes. A utilização de tiras reagentes
objectiva um teste mais veloz, simples, com baixo custo e alta precisão.

R: Já a sedimentoscopia possui a finalidade de identificar e,


ocasionalmente, quantificar vários componentes figurados, como: leucócitos,
hemácias, células epiteliais, bactérias, cilindros, cristais e fungos. Além
disso, é um processo de grande demanda que necessita de actividade
laboratorial manual acentuada, é pouco uniforme e acarreta um maior custo
aos laboratórios porque é fundamental a presença de mão-de-obra qualificada
para se alcançarem resultados confiáveis.

A sedimentoscopia possui um alto valor preditivo negativo e a


literatura ainda menciona redução significativa de custos, além de abatimento
do tempo de trabalho. Dessa forma, em diversos países, a etapa
sedimentoscópica é abolida quando as análises físicas e químicas não
possuem anormalidades.

idade, Alterações da quantidade


55
R: A quantidade de urina produzida pelos rins também denominada
diurese apresenta uma variação dependente de inúmeros factores, tais como a
quantidade de líquidos e alimentos ingeridos, as características
constitucionais do indivíduo, as condições de temperatura e humidade,
entre outros. Num adulto normal de peso médico, geralmente, tende a situarse
entre os 1 000 e os 2 000 ml por dia, quantidade que costuma ser eliminada
entre quatro a seis micções. No entanto, existem várias doenças que podem
provocar uma alteração na quantidade de urina produzida e/ou no número de
micções.

Poliúria: Corresponde à eliminação de volume de urina superior ao


normal, ou seja, superior aos 2 500 ml/dia.

Oligúria: Corresponde à eliminação de volume de urina inferior ao


normal, ou seja, menos de 400 ml/dia.

Anúria: Corresponde à ausência de eliminação de urina, embora se


considere como tal a eliminação de um volume inferior a 100 ml/dia.

Polaquiúria: Corresponde a um aumento da frequência das micções,


mas sem que exista um aumento do volume total de urina eliminada durante o
dia. É sempre provocada por uma doença das vias urinárias.

Nictúria: Corresponde à necessidade de urinar durante a noite. Pode


ser provocada por uma poliúria. Neste caso, cada micção é acompanhada
da emissão abundante de urina. Pode também ser provocada por uma
polaquiúria, o que representa o aumento da frequência de micção durante a
noite.

R: Paraurese: Incapacidade de urinar diante de pessoas ou em


ambientes estranhos

Enurese: Micção involuntária, inconsciente, Não confundir com


incontinência (que é perda e não micção) Fisiológica até os 4 anos Diurna ou
nocturna Não há doença do trato urinário Ligada a factores psicogênicos
Ligada à hereditariedade - haveria atraso na mielinização das fibras nervosas
envolvidas no arco reflexo da micção.

R: Urina bem clara: Pode ser sinal de que você está tomando água em
excesso. Ao contrário do que se pensa, a ingestão exagerada de líquidos
também pode ser prejudicial ao organismo, pois sobrecarrega os rins e causa
perda de sais minerais, edema, sonolência e mal-estar;

Amarelo-claro: Esta é a cor ideal da urina;

Amarelo-escuro: É considerada normal, porém indica que a urina está


concentrada e que você precisa ingerir mais água;

Âmbar ou mel: Pode ser sinal de desidratação. É importante beber mais


água; 56
Laranja: Pode indicar falta de água ou a presença de pigmentos de
alimentos. Se a coloração persistir, pode ser sinal de problemas no fígado
ou
na vesícula. É importante consultar um médico e realizar exames para
descartar qualquer complicação;

Com presença de espuma ou efervescente: Se o sinal persistir, pode


significar excesso de proteína ou problema renal. Consulte um nefrologista;

Rosa ou avermelhada: Se o sinal for persistente, pode indicar


problemas no fígado, rim, próstata, infecção ou ainda algum tumor;

Acastanhada: Indica desidratação severa ou problemas no fígado;

Azulada ou esverdeada: O pigmento pode ser oriundo de algum


alimento ou medicação ingeridos ou ainda ser sinal de uma infecção
bacteriana.

R: A urina apresenta um odor característico que é causado pela


presença de uma substância chamada ureia. Quanto maior for a concentração
de ureia, mais forte será o cheiro da urina. Na imensa maioria dos casos, uma
urina mal cheirosa indica uma urina com menos quantidade de água para diluir
a ureia.

R: A urina turva pode dever-se a uma infecção do trato urinário e, nesse


caso, tem um cheiro fétido. Os cálculos do trato urinário podem também
originar uma urina turva, mas não necessariamente infectada. A urina turva é
resultado da presença de determinados sais, como fosfatos. Em casos raros,
pode aparecer linfa misturada com a urina, o que lhe confere um aspecto
leitoso.

Quando ligeira, a hematúria (presença de sangue na urina) dá à urina


um aspecto escurecido. Quando a quantidade de sangue na urina aumenta,
esta torna-se avermelhada e pode conter coágulos. Contudo, a urina
avermelhada não é apenas provocada pela presença de sangue. Alguns
corantes alimentares podem ser expelidos pela urina e existe uma grande
variedade de fármacos que podem alterar-lhe a cor (por exemplo, a rifampicina
e a dipirona pode torna-la alaranjada). Também as pessoas que comem
beterraba podem ficar com a urina avermelhada. Em alguns doentes com
porfiria, a urina torna-se avermelhada quando deixada em repouso; em
pessoas com icterícia, a urina é castanha ou alaranjada. A urina com espuma,
principalmente se esta persiste depois de ter sido agitada, pode conter excesso
de proteínas.

u reacção
R: A urina é naturalmente ácida, já que o rim é o principal meio de
57
eliminação dos ácidos do organismo. Enquanto o pH do sangue costuma estar
em torno de 7,4, o pH da urina varia entre 5,5 e 7,0, ou seja, bem mais ácida.
Valores de pH maiores ou igual 7 podem indicar a presença de
bactérias que alcalinizam a urina. Outros factores que podem deixar a urina
mais alcalina são uma dieta pobre em proteína animal, dieta rica em frutas
cítricas ou derivados de leite, e uso de medicamentos como acetazolamida,
citrato de potássio ou bicarbonato de sódio. Ter tido vômitos horas antes do
exame também pode ser uma causa de urina mais alcalina. Em casos mais
raros, algumas doenças dos túbulos renais também podem deixar a urina com
pH acima de 7,0.

Valores menores que 5,5 podem indicar acidose no sangue ou


doença nos túbulos renais. Uma dieta com elevada carga de proteína animal
também pode causar uma urina mais ácida. Outras situações que aumentam a
acidez da urina incluem episódios de diarreia ou uso de diurético como
hidroclorotiazida ou clortalidona.

O valor mais comum é um pH por volta de 5,5-6,5, porém, mesmo


valores acima ou abaixo dos descritos podem não necessariamente indicar
alguma doença. Este resultado deve ser interpretado pelo seu médico.

R: Correlaciona-se com a osmolalidade urinária, ajudando a definir o


estado de hidratação do doente. Reflete a capacidade do rim em concentrar
a urina.

ção, Determinação qualitativa


e quantitativa.

R: Proteínas totais baixa


As possíveis causas que levam à diminuição das proteínas no sangue
são:

 Alcoolismo crônico;
 Doenças hepáticas, que prejudicam a produção de albumina e de
globulina no fígado;
 Doenças renais, devido à perda de proteínas na urina;
 Gravidez;
 Excesso de hidratação;
 Cirrose;
 Hipertireoidismo;
 Deficiência em cálcio e vitamina D;
 Insuficiência cardíaca;
 Síndrome de má absorção.

Além disso, a desnutrição grave também pode levar a uma redução dos
níveis de proteína no sangue. 58
Proteínas totais elevadas
Já as possíveis causas que levam ao aumento das proteínas no sangue
são:
 Aumento da produção de anticorpos em algumas doenças infecciosas;
 Câncer, principalmente no mieloma múltiplo e na macroglobulinemia;
 Doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico,
 Doenças granulomatosas;
 Desidratação, porque o plasma sanguíneo fica mais concentrado;
 Hepatite B, C e autoimune;
 Amiloidose, que consiste no acúmulo proteico anormal em diversos órgãos e
tecidos celulares.

O que pode ser proteínas na urina


As proteínas também podem ser quantificadas na urina, em casos de
proteinúria, em que a quantidade de proteínas é superior ao normal.
Geralmente, as proteínas não conseguem passar através dos glomérulos ou
filtros renais, durante a filtração do sangue, devido ao seu tamanho, porém é
normal encontrar quantidades residuais.

No entanto, existem algumas situações que podem causar um aumento


temporário nos níveis das proteína, podendo resultar de exposição a frio
intenso, calor, febre alta, atividade física intensa ou estresse, não sendo motivo
para preocupação, ou um aumento que se prolonga por mais tempo, podendo
ser sinal da presença de distúrbios como doença renal, diabetes, hipertensão
ou artrite reumatoide, por exemplo. Saiba mais sobre a proteinúria.

R: A glicosúria aparece em pessoas com problemas renais (glicosúria


renal) ou excesso de açúcar (indicando diabetes). Em situações normais, o
organismo elimina a glicose pela urina quando a concentração no sangue é
elevada Deve ser vigiada porque pode vir a desenvolver diabetes.

A pré-diabetes indica que a glicose não está sendo bem aproveitada e


está ficando acumulada no sangue, mas ainda não caracteriza a diabetes. O
indivíduo é considerado pré-diabético quando os valores da sua glicemia em
jejum variam entre os 100 e 125 mg/dl e é considerado diabético se esse valor
atingir os 126 mg/dl.

O Reagente de Benedict é uma solução de sulfato de cobre, carbonato


de sódio e citrato de sódio em água. É usado para detectar a presença de
certos tipos de carboidratos conhecidos como açúcares redutores. O
reagente é usado no teste de alimentos e para detectar a glicose na urina, que
pode ser um sinal de diabetes.

R: Cetonas na urina (cetonúria) frequentemente podem ser detectadas


pela tira reagente. As cetonas são formadas quando o corpo quebra as
gorduras. As cetonas podem aparecer na urina devido a inanição, diabetes 59
mellitus não controlado e, ocasionalmente, após beber quantidades
significativas de álcool.
biliares na urina, Significado
R: Os pigmentos biliares são essencialmente a bilirrubina, é um
produto da degradação da hemoglobina que possuímos nas nossas hemácias,
é esse pigmento que dá cor às nossas fezes. Não confundir com sais/ácidos
biliares que são as substâncias que servem como detergente e ajudam a
emulsionar as gorduras que ingerimos. O aparecimento de pigmentos biliares
mucosa é denominado de icterícia e indica um estado patológico como:

 Anemia hemolítica
 Cálculo biliar
 Colecistite
 Colangite
 Tumor da cabeça do pancreas
 Estenose do colédoco
 Ausência de enzimas hepáticas

Na icterícia (coloração amarelada que começa na esclera, parte branca


dos olhos) por disfunção hepática ou obstrução dos canais biliares a bolirrubina
irá ser eliminada por meio da urina, originando uma urina mais escura (colúria).
Em conjunto com este quadro o doente pode ter ainda acolia fecal, ou seja,
fezes claras/sem cor, que indica que o pigmento não chegou às fezes, ou seja,
obstrução do canal biliar.

R: O urobilinogênio é um produto da degradação da bilirrubina pelas


bactérias presentes no intestino, que é levado para o sangue e excretada pelo
rim. No entanto, quando há grande quantidade de bilirrubina produzida,
acontece um aumento na concentração de urobilinogênio no intestino e,
consequentemente, na urina.

A presença de urobilinogênio é considerada normal quando encontra-se


entre 0,1 e 1,0 mg/ dL. Quando os valores estão acima, é importante verificar
os outros parâmetros avaliados, bem como outros exames que possam ter sido
solicitados, para que se possa saber a causa do aumento da bilirrubina na
urina.

No entanto, quando presente em quantidades acima do esperado e


quando há alteração de outros fatores analisados no exame de urina e de
sangue, pode ser indicativo de:

 Problemas no fígado, como cirrose, hepatite ou câncer de fígado, em


que também pode ser percebida a presença de bilirrubina na urina. Veja
o que pode ser a bilirrubina na urina;

 Alterações no sangue, em que o corpo produz anticorpos que reagem


contra as hemácias, havendo a sua destruição e, consequentemente, 60
maior produção de bilirrubina, cujo valor aumentado pode ser percebido
através de análises do sangue. Além disso, no caso das anemias
hemolíticas, é também possível verificar alterações no hemograma,
principalmente na quantidade de hemácias e de hemoglobina.

BIOQUÍMICA CLÍNICA
Definição, importância e diagnóstico no Laboratório Clínico
R: A bioquímica clínica, também conhecida como química clinica ou
química fisiológica ou patológica, consiste em uma ciência que medeia a
química e a patologia, responsável por investigar materiais orgânicos, como
sangue e urina, em que seus resultados reflectem alterações metabólicas
responsáveis pelo desenvolvimento de doenças.

Estabelecer valores de referência bioquímicos em amostras orgânicas


é de suma importância, pois eles servirão como parâmetros para avaliar as
alterações funcionais do indivíduo, e com isso contribuir com o clínico
diminuindo suas incertezas e propiciando a conduta mais adequada de
tratamento e predição de prognóstico.

A bioquímica clínica propicia a análise de amostras como urina,


sangue, líquor, sêmen, líquidos pleurais, sinovial, ascítico, secreçőes em
geral em que se pode mensurar valores de analitos importantes para
controle e manutenção da homeostasia orgânica.

Múltiplos exames estão inseridos no campo da bioquímica clínica, tais


como, avaliação de proteínas, aminoácidos, enzimas, lipídeos, minerais,
eletrólitos, aspectos bioquímicos da hematologia, como o ferro sérico,
hormônios, marcadores tumorais, líquidos orgânicos, substâncias do
sistema hepatobiliar, dentre outros analitos, que podem ser analisados
quantitativamente e/ou qualitativamente.

Muitos diagnósticos só podem ser estabelecidos, as etiologias


confirmadas ou a terapia apropriada selecionada, com o emprego dessas
análises, daí a importância de racionalizar exames diagnósticos apropriados.

Na maioria das mensurações laboratoriais, os resultados variam de um


laboratório para outro, o usuário deve portanto, conhecer quais os adotados
para cada um, assim como deve estar atento às variações por idade, sexo,
altura, estado fisiológico (ex: gravidez, lactação) que se aplicam ao paciente
em particular.

Actualmente, as investigações bioquímicas estão presentes em todos os


ramos da medicina e fortemente inseridas nas relações médico-paciente. Isso
se deve principalmente, as informações sobre exames e doenças que são
extensamente atualizadas, incluindo novas tecnologias como anticorpos
monoclonais, reação em cadeia da polimerase, citometria de fluxo, dentre 61
outras técnicas modernas que melhoram a precisão e a capacidade
diagnóstica.
gasométricos e
colorimétricos, Conceitos, Importância
R: A análise gravimétrica ou gravimetria é um método analítico
quantitativo clássico que tem por objectivo isolar e realizar a pesagem de um
elemento ou composto definido em sua forma mais pura que é separado de
uma quantidade ou amostra previamente conhecida. Este método é feito em
diversas etapas para garantir a correta quantificação da substância desejada.

Apesar de ser um método bastante complexo e demorado de ser


realizado, ainda é muito utilizado pois é um método quantitativo exacto e
preciso quando utilizadas balanças analíticas confiáveis, além de possibilitar o
controle das possíveis fontes de erros durante o processo e ser um processo
relativamente de baixo custo, pois utiliza equipamentos que são
consideravelmente baratos.

Métodos Turbidimétrico
Esse método baseia-se na dispersão de partículas em suspensão.
Quando um feixe de luz colimado atinge uma partícula em suspensão, porções
da luz são absorvidas, reflectidas ou dispersas pela solução. A quantidade de
luz transmitida na direcção frontal é detectada. A quantidade de luz absorvida
por uma suspensão de partículas depende da concentração e do tamanho das
partículas.

O método turbidimétrico apresenta como vantagens a rapidez,


facilidade operacional, medida objectiva da resposta e exactidão. As
desvantagens incluem a necessidade de equipamento de leitura da resposta,
ausência da identificação de contaminação grosseira ou coloração da amostra
que interfira na leitura fotométrica.

(Métodos gasométricos)…

Métodos Colorimétricos
Colorimetria, em química analítica e física, é uma técnica utilizada
para determinar a concentração de compostos coloridos em solução. Um
calorímetro é um dispositivo utilizado para mensurar a concentração de um
analito em determinada solução através da medição da absorbância em um
determinado comprimento de onda de luz visível.

Para utilizar o colorímetro, devem ser preparadas várias soluções de


concentrações diferentes, incluindo uma solução de controle cuja concentração
seja conhecida. Uma vez que a coloração da solução depende da
concentração e do caminho óptico, podemos comparar soluções padrão
(centrações conhecidas) com aquela de concentração desconhecida a fim
de mensurar sua concentração.

Há também calorímetros electrónicos automatizados, que para 62


fornecerem resultados fidedignos, devem ser calibrados com uma cubeta
contendo a solução de controlo (concentração conhecida). A concentração de
uma amostra pode ser calculada a partir da intensidade da luz antes e depois
de passar através da amostra utilizando a lei de Beer-Lambert.

R:
Princípio
Dosificação
As origens do método do biureto podem ser traçadas desde a proposta
inicial de Autenrieth, em 1915; posteriormente diversos autores propuseram
modificações do mesmo, sendo, atualmente, a proposta metodológica de
Gornall e cols9. a mais utilizada. O método se baseia na reação do reativo do
biureto, que é constituído de uma mistura de cobre e hidróxido de sódio com
um complexante que estabiliza o cobre em solução, sendo o tartarato de sódio
o recomendado por Gornall e cols.9. O cobre, em meio alcalino, reage com
proteínas formando um complexo quadrado planar com a ligação peptídica. O
produto de reação apresenta duas bandas de absorção, uma em 270 nm e
outra em 540 nm. Apesar da banda na região de 270 nm aumentar em seis
vezes a sensibilidade do método do biureto14, a banda na região de 540 nm é
a mais utilizada para fins analíticos, porque diversas substâncias, normalmente
presentes na maioria dos meios analisados, absorvem na região de 270 nm
causando muita interferência no método.

Aplicações
O método de biureto tem sido aplicado para determinar a concentração
de proteínas totais em diversos meios, sendo eles: soro ou plasma sangüíneo,
líquido cérebro espinhal (líqüor), urina, alimentos, saliva, fibrinogênio e tecido
animal. O método de biureto tem sido, também, utilizado em análise por
injeção em fluxo, assim como em alguns métodos cinéticos. Apesar de ser
rápido, utilizar reagentes de baixo custo e não apresentar grande variação da
absortividade específica para diferentes proteínas, este método não é muito
sensível, como foi destacado por diversos autores, colocando-o em grande
desvantagem, em relação a outras metodologias, e por isto tem sido, ao longo
dos anos, substituído por métodos mais sensíveis. Mesmo assim, o método de
biureto continua sendo recomendado para a determinação da concentração de
proteínas totais em plasma sangüíneo pela Associação Americana de Análises
Clínicas e por diversos autores, bem como para a determinação de proteínas
totais em saliva30 e leite29, quando comparado com outros métodos.

ol. Fundamentos. Procedimentos.


Cálculos.
R: Bromocresol, genericamente, refere-se a um grupo de compostos
orgânicos formados pela bromação dos cresóis. Possuem fórmula genérica
C7HmBrnO, onde m é igual a 8+n, sendo que n varia num número de 1 a 4,
existem “mono”, di, tri e tetrabromocresóis.
63
A reação de bromação dos cresóis pode ser realizada em presença de
ácidos fortes, como o ácido sulfúrico. Sua estrutura ocorre em determinados
indicadores de pH, como a tetrabromometacresolsulfonoftaleína, mais
conhecida como verde de bromocresol, no 5',5"-dibromo-o-cresolsulfoftaleína,
conhecido como púrpura de bromocresol, ou no meta-cresolsulfoneftaleína
conhecido como púrpura de metacresol.

O método Zincke de nitração, descrito pela primeira vez em 1900,


envolve a substituição de átomos de bromo em posições orto ou para a um
grupo hidroxila por grupos nitro. Entre os bromocresóis, o 2,3,5,6-tetrabromo-
4- metilfenol permite a reação à temperatura ambiente, em 30 minutos,
produzindo o 3,5,6-tribromo-4-metil-2-nitrofenol a 78% de rendimento. O
método permite os mesmos derivados nitro do 2-bromo-4-metilfenol e 2,6-
dibromo-4-metilfenol, mostrando que o sistema reagente pode introduzir um
grupo nitro no lugar tanto de hidrogênio como de bromo.

“Cálculo em PDF”

das proteínas por eletroforese.


Fundamentos, Procedimento, Cálculo- Em PDF

calibração
R: A calibração é um processo de comparação, por exemplo na
metrologia, a comparação de um equipamento que desejamos calibrar com um
padrão, que pode ser um outro equipamento (padrão) ou algum material
padrão.

A curva de calibração é uma relação funcional do sinal observado (y)


dada uma certa quantidade de analito. Em geral, utilizamos a regressão linear
simples (para mais detalhes consulte o conteúdo regressão linear simples) para
estimarmos a incerteza devido a curva de calibração (para mais detalhes sobre
o que é incerteza consulte o conteúdo incerteza de medição).

e calibração para a hemoglobina


R:Reservado em PDF 2pág.
nsificação, Fundamento, Valores
normais, Causas de erro

Valores normais da Ureia


Exame Resultado Valores de referência
Uréia 150 16-40 mg/dL
Creatinina 2,8 0,6-1,2 mg/dL*
Ácido úrico 5,4 2,5-7,4 mg/dL
pH arterial 7,26 7,35-7,45

visão do metabolismo da glicose 64


R: Reservado em
PDF
isis, Localização e
Importância
R: O glicogênio, que é um polímero de resíduos de glicose, é o
principal polissacarídeo de reserva em animais e é encontrado em todas as
células. Ele está presente em maior concentração no fígado e no músculo.

→ Função do glicogénio no organismo


O glicogénio é importante para a produção de ATP em células
musculares e na maioria dos outros tipos celulares. No músculo, a energia
proveniente do glicogênio é essencial para a contração muscular. Nesse
caso, percebe-se que o glicogênio não é exportado, sendo utilizado pela
própria célula. No fígado, o glicogênio atua como uma fonte de glicose,
sendo responsável pelo controle da glicemia. Nesse caso, a glicose é
exportada para outras partes do corpo.

A conversão de glicose-6-fosfato para glicose, que ocorre no


fígado, rim e intestinos, pela ação da glicose 6-fosfatase, não ocorre no
músculo esquelético devido à falta desta enzima. ... Teoricamente, a
glicogenólise ocorre no músculo esquelético e pode gerar alguma glicose livre
para entrar na corrente sanguínea.

Importancia
Glicogenólise é o o caminho de volta para a glicogênese,
transformando o glicogênio em glicose à medida que a célula necessita de
energia para as suas funções.As moléculas de glicose serão liberadas em uma
série de reações denominada glicogenólise e a glicose liberada vai ativar a via
glicolítica onde ativará o CK e o CR para a produção de energia.

al, Libertação de energia da


Glicolisis
R: A glicólise (do grego glykos, açúcar, e lysis, quebra) é um processo
anaeróbio, ou seja, sem a presença de oxigênio, que ocasiona a degradação
da glicose (C6H12O6). Nessa via metabólica, que ocorre no citoplasma das
células de todos os seres vivos, acontece a formação de ácido pirúvico
(C3H4O3) e de moléculas de ATP.

Papel da insulina,
Importância biológica
R:
, Diabetes mellitus,
Conceito e
importância
R: A glicemia é a concentração de glicose no sangue ou mais precisamente no
plasma.

Diabetes mellitus, ou simplesmente diabetes, é um grupo de doenças


metabólicas em que se verificam níveis elevados de glicose no sangue durante um longo 65
intervalo de tempo.
A diabetes é o resultado quer da produção insuficiente de insulina pelo pâncreas,
quer da resposta inadequada das células do corpo à insulina produzida. Existem três
tipos principais de diabetes:

 A diabetes mellitus tipo 1 resulta da produção de quantidade insuficiente de


insulina pelo pâncreas. Este tipo era anteriormente denominado "diabetes
insulino-dependente". As causas são desconhecidas.

 A diabetes mellitus tipo 2 tem origem na resistência à insulina, uma condição


em que as células do corpo não respondem à insulina de forma adequada. À
medida que a doença avança, pode também desenvolver-se insuficiência na
produção de insulina. Este tipo era anteriormente denominado "diabetes não
insulino-dependente". A principal causa é peso excessivo e falta de exercício
físico.
 A diabetes gestacional é a condição em que uma mulher sem diabetes apresenta
níveis elevados de glicose no sangue durante a gravidez.

Diagnóstico
O diagnóstico do diabetes normalmente é feito com base na verificação das
alterações da glicose no sangue em jejum e após ingestão de grandes doses de açúcar
em dois dias diferentes.

Para realizar o teste confirmatório do Diabetes o paciente deve permanecer em


jejum de 8h (é permitido beber água) antes da primeira colecta de sangue. Em seguida
deve-se ingerir 75g de glicose anidra (ou 82,5g de glicose monoidratada), dissolvidas
em 250-300ml de água, em no máximo 5 minutos. Uma nova coleta de sangue é feita 2
horas após a ingestão de glicose. Durante a espera o paciente não pode fumar e deve
permanecer em repouso.

A diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou


persistente, e é diagnosticada ao se demonstrar qualquer um dos itens seguintes:

 Nível plasmático de glicose em jejum de 8h maior ou igual a 126 mg/dL (7,0


mmol/l) em duas ocasiões;

 Nível plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l duas
horas após ingerir uma dose de 75g de glicose anidra em duas ocasiões (prova
de tolerância à glicose oral);
 Nível plasmático de glicose aleatória igual ou superior a 200 mg/dL ou 11,1
mmol/l associados a sinais e sintomas típicos de diabetes.
 Níveis de hemoglobina glicada iguais ou superiores a 6,5%.

Não é necessário fazer o reteste caso o paciente já possua os sintomas


característicos. Caso o nível de glicose esteja entre 140 e 200 após a ingestão da glicose
anidra é diagnosticado uma tolerância à glicose diminuída, conhecida como pré-diabetes
e que exige que o paciente faça atividade física regular, perca peso e reduza muito seu 66
consumo de carboidratos para não desenvolver diabetes. O mesmo vale para pessoas
com nível de glicose no sangue em jejum entre 110 e 126, sendo assim diagnosticados
com glicose plasmática de jejum alterada.
Caso a paciente esteja grávida, um nível de glicose acima de 110 em jejum ou de
140 após ingerir 75g de glicose já é suficiente para indicar diabetes gestacional.

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