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Teresina, 2021
A maioria dos parasitos intestinais é diagnosticada pelo exame das fezes, embora outros
materiais, como urina, escarro, secreções urogenitais, aspirados, tecidos, conteúdo duodenal e
espécimes obtidos por biópsia, possam ser utilizados para a identificação de certas espécies, os
estágios usuais de diagnóstico são os ovos e as larvas de helmintos e os trofozoítos, cistos,
oocistos e esporos de protozoários. Na realidade, uma identificação segura e correta de um
parasito depende de critérios morfológicos, os quais estão sujeitos a uma colheita bem feita e a
uma boa preservação dos espécimes fecais (CARVALHO et al., 2002).
Os métodos envolvem procedimentos diretos, como, por exemplo, exame direto a fresco
para a pesquisa de ovos, larvas e cistos nas fezes; exame do sangue para a pesquisa de
microfilárias ou coloração de esfregaços sangüíneos segundo Giemsa; as técnicas incluem
condutas, reagentes e instrumentos, como, por exemplo, centrífugo-sedimentação pelo
formaldeído-éter ou sedimentação espontânea (MENDES, 2005).
O exame parasitológico de fezes (EPF) serve para identificar parasitos nas fezes, ele
consiste em vários métodos de análise das fezes, que permitem isolar ovos, larvas e cistos de
diversos parasitas, são geralmente solicitados após suspeita de alguma parasitose, os sintomas
mais frequentes das parasitoses são diarreia, muco ou sangue nas fezes, dor de barriga, bem
como náusea, vômitos e coceira no ânus, o EPF é uma análise laboratorial que consiste na
avaliação de pequenas amostras de fezes do paciente. Através do exame parasitológico de
fezes, o laboratório é capaz de detectar e identificar a presença de parasitos ou seus ovos nas
fezes, o que é um sinal inequívoco de verminose (REY, 2010).
Já o exame direto a fresco tem a função de avaliar a carga parasitária dos pacientes
infectados proporcionando um diagnóstico rápido dos espécimes nas infecções maciças,
permitindo observar os trofozoítos vivos dos protozoários, o exame direto a fresco não é
necessário para os espécimes colhidos com preservadores; usualmente é suficiente a
concentração e o exame de esfregaços permanentes corados (BELO et al., 2012).
Método Da Fita, é através desse método, além dos ovos típicos, podem ser vistos uma ou
duas fêmeas de Enterobius e, eventualmente, ovos de Taenia spp. Antes de considerar o
paciente livre de infecção deverão ser realizados quatro ou seis exames em dias consecutivos.
Os adultos colhidos da região perianal ou da superfície das fezes confirmam a infecção
(CAVAGNOLLI et al., 2015).
Quando os ovos não forem encontrados na área central, examinar toda a preparação
antes de reportar que “não foram vistos ovos ou adultos do parasito”. Quando a fita de celofane
adesiva e transparente estiver opaca e foi usada para a colheita, colocar uma gota do óleo de
inversão sobre ela, ficando a fita suficientemente clara para prosseguir o exame microscópico.
A lâmina de microscopia com a fita de celofane adesiva e transparente com ovos infectantes
deve ser transportada com cuidado, desde que esses espécimes representam uma fonte em
potencial de infecção (CAVAGNOLLI et al., 2015).
REY, L. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.