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É uma verminose causada pelo nematóide Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido por lombriga, e que tem como habitat o intestino
delgado. É considerado o mais “cosmopolita” dos parasitos humanos. Os vermes adultos são e cilíndricos, sendo que as fêmeas medem cerca de
30 a 40 cm de tamanho e os machos de 15 a 30 cm. As fêmeas possuem a parte posterior retilínea e os machos são facilmente reconhecíveis pelo
enrolamento ventral de sua extremidade caudal.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Habitualmente o parasitismo por Ascaris é assintomático. As manifestações mais frequentes nos casos sintomáticos são: dor abdominal, náuseas,
vômitos, diarréia e anorexia. É comum a criança eliminar os vermes pela boca, pelas narinas ou pelo ânus, antes ou durante o quadro clínico. Em
crianças é muito comum o aparecimento de manchas claras e circulares no rosto, denominadas “panos”.
Em virtude do ciclo pulmonar das larvas, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares com febre, tosse, dispnéia do tipo asmatiforme,
bronquite e broncopneumonia, caracterizando a síndrome de Loeffler, que cursa com eosinofilia sanguínea elevada. Quando a carga parasitária é
grande, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal, apendicite aguda e manifestações decorrentes da migração dos vermes adultos para o fígado
e canais biliares, perintonites, pancreatites e hepatites.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
O diagnóstico laboratorial da ascaridíase baseia-se no exame parasitológico de fezes com pesquisa de ovos do parasito. Os vermes adultos de A.
lumbricoides podem ser encontrados ao exame macroscópico das fezes. Na fase de migração larvária podem ser encontradas larvas no escarro
Parasitoses intestinais:
prevalência e aspectos
epidemiológicos em moradores de
rua
Intestinal parasites: prevalence and
epidemiological aspects in homeless people
Rafael Souza Antunes1
Anny Priscilla Ferreira de Souza2
Elismar de Fátima Pinheiro Xavier2
Priscilla Rodrigues Borges3
Mestre. Universidade Federal do Goiás (UFG). Goiânia-GO, Brasil.
1
GO, Brasil.
Biologia. Mestre. Universidade Federal do Goiás (UFG). Goiânia-GO,
3
Brasil.
Instituição: Faculdade Anhanguera de Anápolis. Anápolis-GO, Brasil.
Recebido em 13/08/2019
Artigo aprovado em 30/01/2020
DOI: 10.21877/2448-3877.202000894
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Diagnóstico parasitológico
Análise estatística
Considerações éticas
Por se tratar de uma análise baseada nos dados dos resultados gerados a
partir da prática da medicina laboratorial, o presente trabalho foi
submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Associação
Anhanguera Educacional Ltda de acordo com o protocolo nº 37494214.
5.0000.5372.
RESULTADOS
CONCLUSÃO
Agradecimentos
Abstract
Objective: Analyze intestinal parasites in homeless people in the city of
Anápolis-GO and identify the main signs and symptoms. Methods: The
study was carried out based on laboratory data, in which two methods
were used for the parasitological diagnosis, spontaneous sedimentation –
Hoffman, Pons and Janner technique and the Baermann-Moraes method.
A questionnaire with information related to symptoms and
epidemiological aspects was also applied. Results: 43 individuals
participated in the research. The prevalence of intestinal parasites in the
population studied was 67.44% (29/43), of which 62.07% (18/29) had
multiple parasites. There was a predominance of protozoa (67.30%;
35/52) in relation to helminths (32.70%; 17/52). The most prevalent
parasites were: Entamoeba histolytica (21.15%; 11/52), Entamoeba
coli (17.31%; 9/52) and Endolimax nana (15.38%; 8/52). Among the signs
and symptoms, abdominal pain (86.20%; 25/29), nervous irritability
(75.86%; 22/29) and diarrhea (68.96%; 20/29) stood out. The data
demonstrated that there is a relationship between intestinal parasitosis
and the signs and symptoms presented. Conclusion: The frequency of
intestinal parasites was high and there was an association of parasitic
infections with conditional characteristics such as lifestyle and health
conditions, in addition to presenting a possible contribution to future
studies that report the importance of preventing and treating parasitic
diseases in humans.
Keywords
Parasitic diseases; homeless persons; epidemiology
REFERÊNCIAS
Correspondência
Rafael Souza Antunes
Faculdade Anhanguera de Anápolis
Avenida Universitária, nº 683 – Centro
Anápolis-GO, Brasil
Incidência e prevalência
Incidência Prevalência
Tempo de
diagnóstico de Casos de sobreviventes,
doença Recém diagnosticada. diagnosticados a qualquer momento.
Requer o acompanhamento de
indivíduos em uma população
Acompanhamento para identificar novos casos. Não necessita de acompanhamento.
O que é incidência
Incidência refere-se à taxa de manifestação de uma
determinada doença. É usado para medir a taxa de ocorrência
de uma doença em um determinado período, lidando com o
número de novos casos diagnosticados em uma população,
durante um período específico.
Ele fornece informações sobre o risco das pessoas serem
acometidas pela doença e é muito importante no estudo de
suas causas.
O que é prevalência
A prevalência refere-se ao número de casos de uma doença em
uma população, durante um período específico de tempo. Deste
modo, ela determina o número total de casos de uma doença
em uma dada população e o impacto que isso tem na sociedade,
levando em consideração casos antigos e novos.
RESUMO
Introdução
As infecções por helmintos e enteroprotozoários estão entre os mais frequentes
agravos do mundo. Quando o parasita está presente no seu hospedeiro, ele busca
benefícios que garantam sua sobrevivência. De um modo geral, essa associação
tende para um equilíbrio, pois a morte do hospedeiro é prejudicial para o parasito.
Material e métodos
Local da pesquisa
O município de Maria Helena situa-se na região noroeste do Paraná, com uma área
de 491,5 km2 e com uma altitude de 630 metros acima do nível do mar, sendo a
latitude 23º 35'30'' sul e longitude 53º12'W de GR. Apresenta uma população total
de 5.752 habitantes, sendo 2.920 homens e 2.832 mulheres. A temperatura média
anual é de 20º a 25º C, sendo que a média anual de temperatura máxima é de 29º
a 40º C, e a média anual de temperatura mínima é de 14º a 18º. A umidade
relativa tem os valores médios anuais em torno de 75% 5.
Como instrumento de coleta, foi utilizado uma ficha, onde, além do resultado do
exame coproparasitológico, foram registrados os dados epidemiológicos (sexo,
idade, época do ano, local de residência) relacionados a cada paciente no período
de estudo.
Resultados e discussão
Durante o período de estudo, foi analisado um total de 431 amostras de fezes, na
faixa etária de zero a 89 anos, sendo que 69 apresentaram positivos para um ou
mais tipo de parasita, descrito na Tabela 1.
Observa-se uma porcentagem de positividade geral para enteroparasitas de 16%.
Dentre as espécies de enteroparasitas que foram encontradas nos exames das
amostras dos indivíduos pesquisados, a maior prevalência foi Endolimax
nana (6,5%), Entamoeba coli (6,3%) e Giardia intestinalis (3,5%)
Esta amplitude é compatível com Vieira et al.8, Oliveira et al.9, Prado et al.10 e
Nolla e Cantos11 em estudos sobre a prevalência de enteroparasitoses, que
apresentam semelhança em relação a maior número de indivíduos parasitados
por Endolimax nana. Apontam que os fatores determinantes do elevado
parasitismo foram atribuídos à menor renda familiar, ao número de pessoas
residentes em cada domicílio, à escolaridade e ao hábito de ingerir verduras e
frutas sem a devida higienização.
De acordo com a idade, sexo e cultura, entre outros fatores, passam a existir
hábitos que favorecem ou não o encontro com o parasita. As variações na
frequência das doenças entre homens e mulheres podem ocorrer por diferenças
fisiológicas, intrínsecas ou comportamentais, sendo distribuídas por influência na
estrutura da população. Deve-se considerar também que os cuidados podem ser
diferenciados entre homens e mulheres, podendo haver dificuldade na busca de
tratamento e, ainda, diferenças nos critérios de diagnóstico devido às variações
clínicas podem apresentar-se de forma assintomática entre os sexos 14.
Crianças até nove anos de idade têm atividades de lazer geralmente em ambientes
externos, podendo ter contatos mais frequentes com geohelmintos, enquanto
crianças mais velhas estão mais restritas a ambientes fechados.
Grande parte dos habitantes do município de Maria Helena são de baixo nível
socioeconômico. No presente estudo, verificou-se que todas as casas da região
urbana são abastecidas com água proveniente de poço artesiano, que é tratada
pela SANEPAR (Companhia de Saneamento do Paraná). O município não apresenta
rede de tratamento de esgoto. Já na zona rural, a fonte de abastecimento de água
ocorre por meio de poços tratados pelos proprietários. Outro fator de destaque é
que a população rural cultiva hortaliças em meio a porcos e galinhas, aumentando
a chance de contaminação por enteroparasitoses.
Apesar de diversos trabalhos sugerirem a água como veículo de parasitas, agentes
entéricos, não se pode confirmar esta hipótese, pelo presente trabalho, pois a água
servida não foi analisada. Porém, o fato de encontramos uma prevalência de
parasitas inferior aos demais estudos da Região Sul do país pode estar vinculado ao
tratamento convencional realizado na água do município, que inviabiliza as formas
infectantes dos parasitas.
De acordo com os meses estudados, não houve diferença estatística, uma vez que
p= 0,5089. Não se verifica uma relação entre períodos de chuva e de seca durante
o ano e o número de exames positivos. Os meses que apresentaram maior número
de exames positivos foram setembro de 2004 e março de 2005.
Considerações finais
A prevalência de enteroparasitoses nos indivíduos pesquisados foi de 16%; houve
predomínio dos parasitos Endolimax nana (6,5%), Entamoeba coli (63%)
e Giardia intestinalis (3,5%). O grupo etário de zero a nove anos apresentou as
maiores taxas de prevalência (85,1%). Em 3,2% das amostras, foi detectado
poliparasitismo.
Referências
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I
Universidade Estadual do Piauí, Parnaíba, PI
II
Curso de Biomedicina, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI
III
Departamento de Biomedicina, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUCTION: Intestinal parasitoses are a serious public health problem of
worldwide nature. These disorders are correlated with poor basic sanitation
conditions coupled with lack of basic hygiene notions, and are observed especially
among children. Among these parasites, the nematode Ascaris lumbricoides stands
out, with high incidence in Brazil and worldwide. The prevalence and intensity of
infection by this pathogen were analyzed by means of a cross-sectional study
among children living in the municipality of Tutóia, State of Maranhão, between July
and December 2008.
METHODS: The study population consisted of children between one and twelve
years of age, totaling 220 individuals. Fecal samples were collected in households in
vials containing MIF preserving solution and were processed using the spontaneous
sedimentation technique. A standard questionnaire was applied to each parent or
guardian, and the results were used for descriptive analysis on the study sample.
RESULTS: The prevalence of A. lumbricoides was 53.6%. Analysis on the
questionnaires revealed alarming results regarding the degree of unhealthy
condition to which the population is subjected, in addition to its poor hygiene
habits.
CONCLUSIONS: The prevalence rate found in this study is a clear reflection of the
lack of basic sanitation in the region studied. Thus, a public policy for raising
awareness and combating this disease is needed.
INTRODUÇÃO
MÉTODOS
Local
Amostra
Procedimento
Considerações Éticas
O histórico clínico revelou que 94,5% das crianças não apresentavam sintomas,
para verminoses, como prurido anal e perversão alimentar, enquanto que somente
1,3% apresentaram diarréia, 0,8% vômito, e 3,2% dor abdominal. A pesquisa
revelou também que 84,6% das crianças utilizavam medicação antiparasitária
indicada por farmacêuticos ou balconistas, sem realizar exames
coproparasitológicos. Ainda, 15,4% das crianças nunca fizeram o uso de qualquer
medicação desse gênero.
No quesito higiene pessoal, todas as crianças tomavam três ou mais banhos por dia
e possuíam o hábito constante de cortar as unhas. Em 65% das crianças observou-
se o uso de calçados somente para sair, enquanto 25% usavam somente em casa,
e 10% constantemente. Todas as famílias afirmaram que as crianças lavavam as
mãos antes das refeições e após as excreções.
DISCUSSÃO
A análise dos questionários revelou que o bairro São José, em Tutóia, possui fatores
que predispõem a disseminação de enteroparasitos. Tendo em vista essas precárias
condições de saúde e saneamento básico, sugere-se que alguns indivíduos tenham
sido parasitados na própria região onde moram, uma vez que grande parcela das
famílias afirmou não se deslocar periodicamente para outras localidades, facilitando
a reinfecção por A. lumbricoides.
O histórico clínico revelou que a maioria das crianças não apresentava sintomas
para ascaridíase. A sintomatologia da ascaridíase é bastante variável e nos quadros
mais leves as manifestações são inespecíficas 11. As infecções crônicas em crianças,
ainda que sejam geralmente assintomáticas, podem produzir retardo de
crescimento clinicamente significativo20,21. Alguns estudos apontam uma relação
entre a infecção por A. lumbricoides e o surgimento da asma22,23.
Todas as famílias afirmaram ter algum tipo de animal em suas residências. Todavia,
sabe-se que isso não foi fator determinante para a transmissão da ascaridíase, uma
vez que esta não possui potencial zoonótico. Cerca de 100% das famílias também
afirmaram não possuir pragas em casa. Descarta-se, portanto, a idéia de
transmissão das enteroparasitoses através de vetores mecânicos dentro da própria
residência.
O fato de um percentual significativo das crianças nunca ter feito o uso de qualquer
tipo de medicação antiparasitária leva a crer que a alta prevalência de ascaridíase
se deve também ao grau de descomprometimento das famílias com a saúde da
criança. Além disso, o difícil acesso ao sistema público de saúde traz consigo
dificuldades para erradicação de doenças27.
Conclui-se que existe alta prevalência de A. lumbricoides nas crianças do bairro São
José, em Tutóia, MA, indicando um estado epidemiológico preocupante. Desse
modo, é nítida a necessidade da implementação de programas do governo que
tentem reverter à questão das precárias condições higiênico-sanitárias do bairro em
estudo.
Sabe-se que a educação em saúde para crianças é fator essencial para controle da
ascaridíase, especialmente considerando as características da doença durante a
infância: alta prevalência, alta porcentagem de resistência ao tratamento, altas
taxas de eliminação de ovos e altos níveis de reinfecção. Portanto, sugere-se que
de nada adianta o empenho do governo em reverter o quadro de elevada
prevalência de ascaridíase em Tutóia se os moradores não adotarem medidas de
educação preventiva, uma vez que a criança tem um papel importante na
manutenção do ciclo do A. lumbricoides e que seus maus hábitos desempenham
papel decisivo na disseminação dessas doenças.
CONFLITO DE INTERESSE
REFERÊNCIAS
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Introdução
Com relação à criança menor de dois anos, apesar do reduzido número de publicações
sobre o assunto neste grupo etário, tem sido relatada a ocorrência do parasitismo em
crianças já nos primeiros meses de vida (Costa-Macedo & Rey, 1997). Alguns estudos
para avaliar a prevalência da ascariose, nesta faixa etária, mostram aumento
significativo da infecção por A. lumbricoides entre as menores de um ano em relação às
de um ano (Frenzel et al., 1979; Monteiro et al., 1988; Costa-Macedo et al., 1998).
Material e métodos
Foram entregues 231 potes para crianças menores de 12 meses e respectivas mães e
foram examinadas 120 destas crianças e 104 mães. Para as crianças de 12 a 23 meses
foram entregues 362 frascos, sendo examinadas 267 amostras. A amostra total
examinada correspondeu a 491 exames.
Os dados foram armazenados e analisados no software Epi Info 6.0. Foram estimadas as
médias e respectivos desvios padrão (DP), medianas e prevalências por idade para as
crianças e as mães, e determinados os intervalos de 5% de confiança. Os testes
utilizados para comparação foram as estatísticas não paramétricas do x2 (Pearson).
Resultados
Foram realizados um total de 491 exames, sendo 387 de crianças menores de 24 meses e
104 de mães de crianças menores de um ano.
A mediana das idades entre as crianças foi 16 meses com primeiro quartil em 8 meses e
terceiro quartil em 19 meses. Para o grupo de mães a mediana da idade foi 26 anos, com
primeiro quartil em 21 anos e terceiro quartil em 32 anos.
Nos três grupos pesquisados, a infecção por A. lumbricoides correspondeu a pelo menos
2/3 das enteroparasitoses encontradas. As crianças de 12 a 23 meses apresentaram
proporções nove vezes maiores de infecção do que as menores de 12 meses. A
positividade para A. lumbricoides foi de 3,3 (I.C.95% 1,0-7,8) para os menores de 12
meses, 30,7 (I.C. 95% 25,4-36,6) para os de 12 -23 meses e 42,3% (I.C. 95% 33,0-51,9)
para as mães. A prevalência total das enteroparasitoses e da ascariose, pelas duas
técnicas, encontra-se na Figura 1.
A distribuição das crianças por grupos etários (idade em meses) e segundo o estado de
infecção por A. lumbricoides mostrou diferenças estatisticamente significativas na
composição etária dos dois subgrupos de infectados e não infectados por A.
lumbricoides (p < 0,001), sendo observado um predomínio de ascariose entre as
crianças maiores. Os valores estimados mostram um aumento das prevalências
específicas com a idade (Tabela 1).
Na população materna, a maior proporção de ascariose ocorreu na faixa etária abaixo de
25 anos, enquanto as não infectadas eram, predominantemente, mulheres com mais de
25 anos, faixa em que a prevalência foi menos elevada (Tabela 1). A diferença
observada entre estes grupos também foi estatisticamente significativa (p = 0,01).
Discussão
No Brasil, o parasitismo intestinal nos dois primeiros anos de vida é menos conhecido
que em outras faixas etárias. Neste estudo, a presença de parasitismo foi registrada a
partir do sexto mês de vida. Em três destas crianças a mãe também se encontrava
infectada. Todavia, para o conjunto das crianças menores de um ano, a positividade
encontrada para o A. lumbricoides foi percentualmente menor, quando comparada aos
resultados de outros autores (Frenzel et al., 1979; Gendrel et al., 1983; Monteiro et al.,
1988; Costa-Macedo & Rey, 1997). Para esta faixa etária, os resultados se mostraram
menos precisos, devido ao tamanho reduzido da amostra examinada. A perda maior
nesta faixa etária (e no grupo de mães) em relação a outra faixa estudada, deveu-se, em
parte, a pouca sensibilização das mães para participarem do estudo. Por outro lado, o
tipo de exame (MIF) é mais trabalhoso (coleta múltipla de fezes, em dias diferentes), o
que gerava coletas incompletas, devolução de potes vazios e pedidos de maior prazo
para coletar o material. Esses pedidos acarretavam, por sua vez, a necessidade de maior
número de visitas domiciliares além do previsto (3), o que nem sempre foi possível. A
perda importante nesse grupo (48%) pode estar comprometendo as estimativas,
especialmente se o grupo que não participou estiver relacionado a uma probabilidade de
apresentar infecção diferente do grupo que participou.
Contudo, é importante assinalar que o parasitismo já a partir dos seis meses de vida
pode estar relacionado ao período do desmame da criança, quando ocorre a introdução
de novos alimentos e inicia-se uma etapa do desenvolvimento que lhe permite maior
mobilidade no ambiente. Vale destacar a acentuada elevação na proporção de
parasitismo nas crianças com 12-23 meses/ano de idade, em relação às da faixa etária
anterior, onde, mais uma vez, o parasitismo por Ascaris lumbricoides configura-se
como o mais freqüente nesta faixa etária. A extrema diferença encontrada entre os
menores de um ano e as crianças de um ano já foi relatada por outros autores (Monteiro
et al., 1988; Costa-Macedo & Rey, 1997; Costa-Macedo et al., 1998).
Uma possível explicação para a prevalência negativa do parasitismo abaixo dos seis
meses de idade pode estar relacionada à hipótese de Carlier & Truyens (1995) que
sugere o envolvimento de respostas imunológicas em filhos de mães imunes com uma
proteção inicial contra a infecção por conta da transferência de anticorpos maternos
contra Ascaris lumbricoides.
Como as rotas de transmissão da ascariose pressupõem contato com solo e/ou alimentos
contaminados e dependem de um tempo para que os ovos eliminados pelo hospedeiro
no meio ambiente tornem-se infectantes (geohelmintos), surpreende-nos a maior
precocidade de transmissão dessa espécie quando comparada às outras de transmissão
fecal-oral direta, como os protozoários intestinais.
Nas mães, ao contrário do que foi observado para as crianças, as proporções tendem a
diminuir com a idade. Uma hipótese para explicar a diferença observada estaria
relacionada ao nível de conhecimento sobre os mecanismos de transmissão desta
parasitose, a uma melhor educação sanitária e um maior nível de escolaridade nas
mulheres de faixas etárias mais elevadas.
Para as crianças menores de um ano, verificamos apenas carga parasitária leve, dado
consistente com os achados de Ferreira et al. (1991). Este fato, entretanto, não garante
que elas estejam protegidas do desenvolvimento de doença parasitária, pois além da
capacidade migratória do parasito, que pode levar a manifestações clínicas
desencadeadas por apenas um verme, devemos considerar a relação de diâmetro entre o
verme e a luz intestinal (Silva et al., 1997b). Obstrução intestinal em crianças menores
de cinco anos (Silva et al., 1997b), alterações nutricionais (Costa-Macedo & Rey, 1990)
e obstrutivas (Rathi et al., 1981) em lactentes foram observadas em crianças com cargas
parasitárias leves.
Agradecimentos
Referências
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ENTEROBÍASE OU OXIURÍASE
Ovos de Enterobius vermicularis
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O parasitismo leve por E. vermicularis é geralmente assintomático. O sintoma mais frequente é
o prurido anal noturno, causado pela presença das fêmeas na pele desta região, produzindo
irritabilidade, desconforto e sono intranquilo. O prurido intenso leva o indivíduo a coçar-se e a
produzir escoriações na pele, que abrem caminho a infecções bacterianas.
Nas mulheres, o verme pode migrar para a vulva e vagina, causando prurido vulvar e
corrimento vaginal, e salpingite. As manifestações digestivas registradas são náuseas, vômitos,
dores abdominais, tenesmo e raramente evacuações sanguinolentas. Pode ocorrer ligeira
eosinofilia (4 a 15% de eosinófilos).
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
O diagnóstico laboratorial da enterobíase baseia-se no encontro do parasito e de seus ovos. O
método empregado é o do swab anal que emprega fita adesiva transparente aplicada sobre a
pele da região, fazendo com que os ovos e fêmeas quando presentes fiquem aderidos à
superfície gomada da fita. Essa fita será colocada sobre uma lâmina de microscopia e
observada ao microscópio. O exame parasitológico de fezes, mesmo com técnicas de
enriquecimento, só revela cerca de 5 a 10% dos casos de parasitismo.
……………………………
Principais sintomas
O sintoma mais comum da enterobiose é a coceira no ânus,
principalmente durante a noite, pois é o período em que o parasita
se movimenta até o ânus. Além da coceira anal, que muitas vezes
é intensa e atrapalha o sono, outros sintomas podem aparecer
caso haja grande quantidade de parasitas, sendo os principais:
Enjoo;
Vômito;
Dor na barriga;
Cólica intestinal;
Pode haver sangue nas fezes.
Para diagnosticar a presença do verme desta infecção, é
necessário coletar material do ânus, pois o exame de fezes comum
não é útil para detectar o verme. A coleta de material, geralmente,
é feita com a colagem de fita celofane adesiva, método conhecido
como fita gomada, que é solicitada pelo médico.
Saiba reconhecer os sintomas de oxiúrus.
…………………………….
Parasitoses
2. Retroinfecção
Após 3 semanas, os ovos implantados na região perianal
eclodem e dão origem a novos vermes. Estes vermes podem
entrar pelo ânus e seguir em direção ao ceco, onde irão se
acasalar novamente.
3. Heteroinfecção
A transmissão do oxiúrus para outras pessoas pode ocorrer
através de mãos contaminadas com ovos.
SINTOMAS
A maioria dos paciente infectados pelo oxiúrus não apresenta
sintomas. Em geral, os sintomas surgem quando o paciente já se
reinfectou sucessivamente, a ponto de ter uma grande
quantidade de vermes no seu trato intestinal, o que pode ocorrer
somente meses depois da contaminação inicial.
Quando o verme provoca sintomas, o mais comum é a coceira
anal. Em alguns casos, a coceira é intensa e deixa o paciente
inquieto e com dificuldade de dormir. Os vermes adultos podem
migrar para locais além do ânus, como a região vaginal. Nas
mulheres pode haver vulvovaginite (inflamação da vulva e da
vagina), coceira e corrimento vaginal.
Ocasionalmente, em paciente que se auto contaminam
repetidamente, a carga de vermes nos intestinos pode ser tão
alta, que o paciente passa a sentir os sintomas típicos das
parasitoses intestinais, tais como dor abdominal, dor para
evacuar, náuseas e vômitos. A obstrução do apêndice pelos
vermes é possível, podendo provocar um quadro de apendicite
aguda.
Os pacientes que coçam a área anal freneticamente podem
provocar escoriações na mucosa, facilitando a infecção das
feridas por bactérias.
DIAGNÓSTICO
Como a eliminação do Enterobius vermicularis pelas fezes pode
ser errática, ou seja, não apresenta um calendário regular ou
previsível, o exame parasitológico de fezes comum não costuma
ser positivo para o verme ou seus ovos. Com este exame,
somente 10% dos pacientes infectados conseguem ser
diagnosticados.
A oxiuríase é mais facilmente diagnosticada através do método
de Graham, no qual se usa uma fita adesiva na pele ao redor do
ânus para que os ovos localizados nesta região adiram à fita.
Estes ovos, então, são colocados sobre uma lâmina de vidro e
visualizados sob um microscópio.
TRATAMENTO
O tratamento da oxiuríase é simples e deve ser feito
preferencialmente em todas as pessoas que moram na mesma
casa.
REFERÊNCIAS
Doenças infecciosas e parasitárias – Guia de bolso, 8a
edição – Ministério da Saúde.
Enterobiasis (pinworm) and trichuriasis (whipworm) –
UpToDate.
Pinworm (Enterobiasis) – Medscape.
Enterobiasis (also known as Pinworm Infection) – Centers
for Disease Control and Prevention (CDC).
Enterobius vermicularis infection – Gut – British Society of
Gastroenterology.