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Colégio Estadual Luciano Passos

Andressa Riana Souza Pinheiro dos Santos e Clara Lorhany


Almeida.

Helmintos.

Cruz das Almas - BA


2023
Andressa Riana Souza Pinheiro e Clara Lorhany Almeida.

Helmintos

Trabalho de conclusão do segundo trimestre


apresentado ao colégio Luciano Passos, como parte
dos requisitos para a obtenção de pontuação na
competência de Saúde Integral.

Prof. Walkyria Sá.

Cruz das Almas- Ba


2023
Sumário
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4

2 ESQUISTOSSOMOSE ................................................................................................ 5

3 FILARIOSE LINFÁTICA .................................................... Erro! Indicador não definido.

4 CISTICERCOSE ........................................................................................................... 8

5 TENÍASE .................................................................................................................... 9

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 10
1 INTRODUÇÃO

Parasitologia Helmintos: Doenças Infecciosas Associadas ao Sistema Digestório. As


parasitoses intestinais são causadas por helmintos e protozoários. A helmintologia é o
estudo e conhecimento sobre endoparasitas vermiformes, os helmintos.
Os helmintos não conseguem sobreviver sem um hospedeiro por apresentarem um
sistema digestório e respiratórios reduzidos e pouco funcionais. Assim, é preciso obter
os nutrientes já semi-digeridos para que o seu metabolismo se mantenha ativo. Com a
relação parasita-hospedeiro bem definida, se forem removidos dos hospedeiros morrem.
Além disso, possuem alta capacidade reprodutiva, proliferando-se rapidamente no
organismo do hospedeiro.
As doenças emergentes constituem uma das principais causas de morte no mundo e
abrangem cerca de dois a três milhões de óbitos, causado por parasitas por ano. As
parasitoses intestinais constituem um grave problema de saúde pública, especialmente
nos países em desenvolvimento como o Brasil.
Provocam uma série de efeitos nocivos à saúde e estão associados a fatores sociais,
econômicos, ambientais e culturais que proporcionam condições favoráveis à
disseminação. Os indivíduos afetados são, em maioria, os residentes em áreas que
ainda carecem de infraestrutura, como instalações sanitárias inadequadas, poluição
fecal da água e de alimentos consumidos, fatores socioculturais, contato com fezes
animais, ausência de saneamento básico, além da idade do hospedeiro e do tipo de
parasito infectante.
No Brasil, apresentam-se bastante disseminadas e com alta prevalência, a maior parte
em crianças e moradores de rua, decorrente da falta de acesso a itens de necessidade
básica do ser humano. Essas doenças muitas vezes cursam de forma silenciosa, o que
pode dificultar seu diagnóstico, tratamento adequado e profilaxia. No entanto, sintomas
como diarreia, desnutrição, anorexia, fraqueza e dor abdominal são algumas das
consequências. os helmintos têm uma importância médica muito grande. Iremos abordar
quatro de suas principais doenças, suas caracteristicas, e suas prevenções.
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2 ESQUISTOSSOMOSE

A esquistossomose mansoni é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo Schistosoma


mansoni, cujas formas adultas habitam os vasos mesentéricos do hospedeiro definitivo
(homem) e as formas intermediárias se desenvolvem em caramujos gastrópodes aquáticos do
gênero Biomphalaria. Trata-se de uma doença, inicialmente assintomática, que pode evoluir
para formas clínicas extremamente graves e levar o paciente a óbito. A magnitude de sua
prevalência, associada à severidade das formas clínicas e a sua evolução, conferem a
esquistossomose uma grande relevância enquanto problema de saúde pública.
No Brasil, a esquistossomose é conhecida popularmente como “xistose”, “barriga d’água” ou
“doença dos caramujos”.
O diagnóstico da esquistossomose é feito por meio de exames laboratoriais de fezes. É
possível detectar, por meio desses exames, os ovos do parasita causador da doença.
O médico também pode solicitar teste de anticorpos para verificar sinais de infecção e para
formas graves ultrassonografia.
Ciclo biológico, os esquistossômulos são transportados através da vasculatura até o fígado.
Lá, se transformam em vermes adultos. O par (macho e fêmea) de vermes adultos migra
(dependendo da espécie) para as veias intestinais no intestino ou no reto, ou para o plexo
venoso do trato geniturinário, no qual vivem e botam ovos.
A transmissão da esquistossomose ocorre quando o indivíduo infectado elimina os ovos do
verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas
que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários que vivem nas águas doces. Após
quatro semanas, as larvas abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam livres nas
águas naturais. O ser humano adquire a doença pelo contato com essas águas.
Destaca-se que a transmissão da esquistossomose não ocorre por meio do contato direto
com o doente. Também não ocorre “autoinfecção”.
A prevenção da esquistossomose consiste em evitar o contato com águas onde existam os
caramujos hospedeiros intermediários infectados. O controle da esquistossomose é baseado
no tratamento coletivo de comunidades de risco, acesso a água potável e saneamento básico,
educação em saúde e controle de caramujos em lagos e rios.

O tratamento da esquistossomose, para os casos simples, é em dose única e supervisionado


feito por meio do medicamento Praziquantel, receitado pelo médico e distribuído
gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Os casos graves geralmente requerem internação
hospitalar e até mesmo tratamento cirúrgico, conforme cada situação.
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3 FILARIOSE LINFÁTICA

A Filariose Linfática (Elefantíase) é uma doença parasitária crônica, considerada uma das
maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo. É causada pelo
verme nematoide Wuchereria Bancrofti e transmitida pela picada do mosquito Culex
quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita. Entre as
manifestações clínicas mais importantes da Filariose Linfática estão edemas (acúmulo
anormal de líquido) de membros, seios e bolsa escrotal, que podem levar a pessoa à
incapacidade.
O diagnóstico da Filariose Linfática (Elefantíase) deve ser específico e detalhado, para
descartar a hipótese de outras doenças. Os testes laboratoriais que comprovam a presença
do verme parasita causador da doenças são:
Exame direto em lâmina;
Hemoscopia positiva;
Ultrassonografia, que pode demonstrar a presença de filarias nos canais linfáticos.
Outros testes, especialmente apoiados em cartões podem ser utilizados para triagem.
Ciclo biológico, aFilariose Linfática (Elefantíase) é uma doença parasitária crônica,
considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo
prazo. É causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti e transmitida pela picada do
mosquito Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita.
Entre as manifestações clínicas mais importantes da Filariose Linfática estão edemas (acúmulo
anormal de líquido) de membros, seios e bolsa escrotal, que podem levar a pessoa à
incapacidade.
Tratamento, Orienta-se que devido à Filariose Linfática estar em vias de eliminação no Brasil,
seja realizada a identificação morfológica do parasito (classificação da espécie filarial) antes
do tratamento específico com a Dietilcarbamazina (DEC).

O procedimento de identificação morfológica se dá por meio do encaminhamento de


material biológico para o Laboratório do Serviço de Referência Nacional em Filarioses (SRNF)
no Instituto Aggeu Magalhaes (IAM) Fiocruz/Pernambuco.
A droga de escolha é a DEC na forma de comprimidos, de 50mg da droga ativa, sua
administração se dá por via oral e apresenta rápida absorção e baixa toxicidade. Esta droga
tem efeito micro e macro filaricida, com redução rápida e profunda da densidade das
microfilárias no sangue, por isso sua indicação é para aquelas pessoas com infecção ativa.
Medidas de Prevenção, é importante a população adotar medidas de higiene, evitar acúmulo
de lixo e águas paradas para diminuir a proliferação do mosquito transmissor. Além dessa
medida, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que nas áreas endêmicas, com
prevalência superior a 1%, seja adotada a estratégia de tratamento coletivo respeitando as
indicações relacionadas à idade e estado clínico do indivíduo. Salienta-se que a pessoa não
precisa estar doente para realizar o tratamento coletivo.

3 CISTICERCOSE
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A cisticercose é transmitida com a ingestão de ovos da tênia. Isso ocorre quando ingerimos
alimentos ou água contaminada pelas fezes de seres humanos que possuem teníase. Essa
contaminação pode ocorrer quando as fezes são liberadas em ambiente inadequado,
contaminando, por exemplo, a água que será utilizada para a irrigação ou mesmo para o
consumo.
O tratamento da cisticercose depende do local onde o cisticerco está. Ele pode basear-se
apenas no tratamento dos sintomas ou pode incluir medicamentos antiparasitários e cirurgia.
A prevenção da cisticercose inclui medidas básicas de higiene, como lavar sempre as mãos
bem como as frutas e verduras antes do consumo. É importante também beber apenas água
filtrada, fervida ou tratada, não utilizar fezes humanas como adubo e utilizar água de
qualidade para irrigação de hortas. Outro ponto que merece destaque é nunca defecar em
lugares inapropriados e tratar os casos de teníase, a fim de evitar que ovos contaminem a
água e os alimentos.
A cisticercose humana inicia-se quando o indivíduo contaminado libera os ovos de Taenia
solium nas fezes e, ele mesmo ou outros seres humanos, os ingerem acidentalmente, como
nos casos de águas contaminadas ou manuseio de alimentos com a mãos não devidamente
higienizadas após uma evacuação. Pessoas que moram na mesma casa de uma pessoa
contaminada com Taenia solium são as que têm o maior risco de desenvolverem cisticercose.
Quando um indivíduo ingere acidentalmente os ovos da T. solium, o processo se dá de forma
semelhante ao que ocorre nos porcos. Os ovos liberam o embrião do parasito dentro dos
intestinos, o mesmo cai na corrente sanguínea e espalha-se pelo corpo do paciente. Se o ovo
conseguir alcançar o cérebro, um cisticerco irá se desenvolver neste órgão, levando à
neurocisticercose, a forma mais grave da doença.

4 TENÍASE
Teníase, popularmente conhecida como “solitária”, é uma verminose causada pelos
platelmintos das espécies Taenia solium e Taenia saginata.
A transmissão da teníase ocorre através do consumo de carne crua ou mal cozida. A carne
nessas condições pode conter os cisticercos.
Os suínos e bovinos se contaminam quando ingerem alimentos contaminados como ovos ou
proglotes eliminados no ambiente com as fezes de humanos portadores da teníase. Após os
ovos serem ingeridos, eles seguem pelo sistema digestório e liberam um embrião, que penetra
na mucosa intestinal, cai na corrente sanguínea e aloja-se na musculatura do animal,
desenvolvendo-se em uma forma larval denominada cisticerco.
O homem contrai a teníase ao alimentar-se da carne mal passada ou crua contendo os
cisticercos vivos. As larvas são liberadas, o escólex da tênia fixa-se no intestino delgado, e o
parasita desenvolve-se alimentando-se dos nutrientes, liberados no processo de digestão, por
absorção pela superfície corpórea. As primeiras proglotes são eliminadas de 60 a 70 dias após
a fixação no intestino. Cada proglote grávida pode apresentar até 40 mil ovos do animal. Esses
ovos podem sobreviver por muito tempo no meio externo.
Diagnosticada por meio da análise dos sintomas do paciente e do exame de fezes, no qual se
analisa a presença de proglotes e ovos no material.
Já, o tratamento consiste na utilização de medicamentos antiparasitários, conforme
prescrição médica.
As medidas de prevenção são:
•Não ingerir carne crua ou insuficientemente cozida.
•Lavar bem as mãos, principalmente após usar o banheiro e antes das refeições.
•Lavar bem os alimentos como verduras, frutas e hortaliças.
•Não adubar plantações com fezes humanas.
•Construir sanitários com fossa séptica

REFERÊNCIAS
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https://www.todamateria.com.br/teniase/

"Cisticercose: sintomas, trasmissão, tratamento - Brasil Escola"


https://brasilescola.uol.com.br/amp/doencas/cisticercose.htm

"Teníase - Ciclo, Sintomas e Tratamento | MD.Saúde" https://www.mdsaude.com/doencas-


infecciosas/parasitoses/teniase-cisticercose/

https://www.saude.ba.gov.br/suvisa/vigilancia-epidemiologica/doencas-de-transmissao-
vetorial/esquistossomose/#:~:text=A%20transmiss%C3%A3o%20da%20esquistossomose%2
0ocorre,que%20vivem%20nas%20%C3%A1guas%20doces

https://portal.saude.pe.gov.br/verbete/filariose#:~:text=O%20ciclo%20da%20transmiss%C3
%A3o%20ocorre,desenvolvem%20at%C3%A9%20a%20fase%20adulta

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/multimedia/figure/ciclo-de-vida-
simplificado-do-
schistosoma#:~:text=Os%20esquistoss%C3%B4mulos%20s%C3%A3o%20transportados%20a
trav%C3%A9s,qual%20vivem%20e%20botam%20ovos

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