Esquistossomose é uma doença parasitária causada por um platelminto. A doença é também conhecida como doença do caramujo, xistose e barriga d’água. esquistossomose é uma parasitose provocada pelo Schistosoma mansoni, uma espécie de platelminto. A doença pode ser assintomática ou provocar sintomas como febre, diarreia e fraqueza.
Alguns pacientes desenvolvem um aumento do
volume do abdômen, motivo pelo qual a doença é conhecida como barriga d’água. O tratamento é feito com uso de medicamento disponibilizado gratuitamente. O não tratamento da doença pode levar a complicações e até mesmo à morte. Agente etiológico da esquistossomose A esquistossomose é causada por vermes platelmintos da classe dos trematódeos da espécie Schistosoma mansoni. Esse verme apresenta coloração esbranquiçada, e há diferença entre o macho e a fêmea.
O macho mede entre 6,5 mm e 12 mm e apresenta o corpo achatado.
Suas bordas se enrolam ventralmente e formam o canal ginecóforo. O enrolamento das bordas corporais dá a impressão que o verme apresenta corpo cilíndrico. A fêmea é mais fina e cerca de duas vezes maior que o macho. Apresenta corpo cilíndrico e as extremidades afiladas. A fêmea aloja-se no canal ginecóforo do macho, no qual é facilmente fecundada. Ciclo da esquistossomose A doença inicia seu ciclo quando pessoas com esquistossomose eliminam suas fezes em ambiente aquático ou próximo a ele. As fezes contêm ovos de Schistosoma mansoni, os quais eclodem quando entram em contato com a água e eliminam uma larva ciliada chamada de miracídio.
Os miracídios liberados na água penetram no hospedeiro intermediário do parasita, o
caramujo do gênero Biomphalaria. Dentro do hospedeiro, os miracídios se multiplicam e passam por uma série de transformações. Eles dão origem a outra forma larval, chamada de cercária, que é liberada no ambiente. A maior liberação ocorre em momentos quando o calor e a luz solar são mais intensos (entre 10 h e 16 h). Esse momento coincide com o período em que uma maior quantidade de pessoas está em contato com a água. A cercária é a forma infectante do parasita e se caracteriza por possuir uma cauda bifurcada. Essa forma larval penetra ativamente no corpo do ser humano por meio de pele e mucosas. Assim que atravessa a pele ou mucosa, ela perde a cauda e se transforma em esquistossômulo. Os esquistossômulos caem na circulação venosa e atingem órgãos como coração e pulmões. Do coração, eles são levados para diferentes partes do corpo por meio das artérias. O parasita é localizado preferencialmente na veia porta no fígado. Diagnóstico da esquistossomose O diagnóstico, geralmente, não é uma tarefa fácil em regiões onde a doença não ocorre com frequência. É fundamental, para a realização de um diagnóstico correto, saber os sintomas do paciente e também informações sobre onde o indivíduo vive e se ele se expôs a ambientes que possam estar contaminados. A realização de exames laboratoriais é essencial para a confirmação do caso. O exame de fezes permite a detecção de ovos do parasita causador da doença. Tratamento da esquistossomose A esquistossomose é tratada com uso do medicamento Praziquantel, distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde, e só deve ser utilizado após prescrição médica. O medicamento apresenta baixa toxicidade e os efeitos colaterais são leves. Sua dosagem varia em crianças e adultos e relaciona-se com o peso corporal do indivíduo. Em casos mais graves da doença, a internação pode ser recomendada. Prevenção da esquistossomose A esquistossomose pode ser prevenida evitando o contato com águas onde existam os hospedeiros intermediários do parasita (caramujos). A atenção deve ser redobrada em locais onde não há saneamento básico adequado.