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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURICIO DE NASSAU

AUTORES:RICARDO RIQUE DE ALMEIDA CANTÍDIO; GREYCE KELLY VIANA


FERNANDES; IANA VALENTINA DE ARAÚJO.

TRABALHO SOBRE AS PATOLOGIAS OOFORITE, PIOSSALPINGITE, SINDROME


DO RESTO OVÁRICO, BALANOPOSTITE E PATOLOGIAS GENITAIS MASCULINAS
OCASIONADAS POR LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA.

NATAL

2022
AUTORES:RICARDO RIQUE DE ALMEIDA CANTÍDIO; GREYCE KELLY VIANA
FERNANDES; IANA VALENTINA DE ARAÚJO.

TRABALHO SOBRE AS PATOLOGIAS OOFORITE, PIOSSALPINGITE, SINDROME


DO RESTO OVÁRICO, BALANOPOSTITE E PATOLOGIAS GENITAIS MASCULINAS
OCASIONADAS POR LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA.

Trabalho apresentado no curso de graduação de


Medicina Veterinária do Centro Universitário
Mauricio de Nassau.

Docente: Ana Gabriela Pombo Celles Cordeiro.

NATAL

2022
A síndrome do Resto Ovárico (SRO) é referente a presença de tecido ovariano funcional
mesmo após cirurgia de Ovariosalpingohisterectomia (OSH) em cadelas e gatas, decorrente
da presença de tecido ovariano acessório no ligamento largo uterino ou por erro na técnica
cirúrgica de OSH, podendo ocasionar comportamento de Estro e Proestro mesmo após a
castração, para diagnosticar é necessário exames como ultrassonografia ou videolaparoscopia
junto da anamnese relatando o histórico do paciente. Para tratamento é necessário o animal
passar por nova intervenção cirúrgica afim de retirar o tecido residual.

Piossalpingite, refere-se ao acumulo de exsudato purulento na tuba uterina, evoluindo para a


obstrução da mesma. Os micro-organismos que comumente podem ocasionar essa patogenia
são Streptococcus sp., Staphylococcus sp., Escherichia coli e Trueperella pyogenes, essa
lesão pode ocasionar granulação e sequencialmente metaplasia escamosa do epitélio, e
comprometimento da função do órgão. Seus sintomas são ocasionados por febre, dor e
desconforto, distensão e estufamento abdominal. é utilizado de ultrassonografia e exames
hematológicos para diagnóstico e seu tratamento pode ser a base de antibióticoterapia e uso de
antiflamatório ou intervenção cirúrgica de OSH.

Patologias genitais masculinas associadas à Leishmaniose Visceral Canina. A


leishmaniose é uma doença parasitária crônica causada por protozoário pertencente ao gênero
Leishmania e sua transmissão no Brasil é causada pela ação hematófaga de insetos fêmeas da
espécie Lutzomiya Longipalpis, onde após o repasto sanguíneo inocula o parasita nos
mamíferos onde ocorre a fagocitose pelos monócitos atraídos para o local, dentro da célula o
parasito se diferencia e se divide, até que ocorra o rompimento celular, permitindo a infecção
de macrófagos, encerrando ciclo quando o flebotomíneo captura os macrófagos infectados
durante o repasto sanguíneo. porém a transmissão também pode ocorrer por via venérea ou
vertical. Os principais sinais clínicos observados são linfo adenomegalia, dermatopatias,
hepatoesplenomegalia, onicogrifose e oftalmopatias, no sistema genital pode ocorrer
epididimite por presença da forma amastigota alterando o perfil leucocitário desse órgão
ocorrendo transmigração de neutrófilos, macrófagos e linfócitos para o lúmen, também já se
observou formas amastigotas de leishmania em prepúcio de animal com TVT ( Tumor
Venéreo Transmissível) com reação inflamatória de macrófagos e formas amastigotas do
protozoário no sêmen do hospedeiro. O diagnóstico para saber se o animal está com
Leishmaniose é o teste sorológico do Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA) e o teste
de Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), e o teste de Reação em Cadeia da
Polimerase (PCR) além dos exames de triagens. O tratamento para essas afecções é o próprio
tratamento da carga parasitaria da leishmaniose com Alopurinol para inibir o metabolismo das
purinas, exercendo efeito inibidor do crescimento da Leishmania, Aminosidina antibiótico
que inibe a síntese proteica e altera a permeabilidade da membrana plasmática dos parasitas,
Antimoniais pentavalentes (Glucantime) e (Pentostam) que bloqueiam o metabolismo do
parasito inibindo a síntese de ATP e replicação do DNA do mesmo, levando a morte e
Anfotericina B que atua rompendo a membrana celular e provocando a morte parasitaria,
além desse tratamento o animal deve estar com a coleira repelente e tomando as vacinas
contra Leishmaniose. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda Eutanásia em
cachorros positivos para Leishmaniose Visceral Canina.

Ooforite, também conhecida como ovarite, é uma inflamação de um ou dos dois ovários. É
uma doença rara em animais doméstico, ou seja, gatas e cadelas. É mais comum é animais de
grande porte. Geralmente quando atinge animais de pequeno porte a causa é doença
autoimune ou bacteriana. Em gatas é bastante confundida com a PIF (peritonite infecciosa
felina), por apresentar os mesmos sintomas.

Esta doença pode acontecer devido a processos inflamatórios do trato genital e acabar
acometendo os ovários, levando a aparecimento de cistos, abcessos, infecções periovariana,
causar aderências dos ovários nos órgãos e levar a infertilidade do animal. Os sintomas da
ovarite são, febre, dor na palpação, corrimento vaginal, anestro prolongado. Não é uma
doença contagiosa entre eles e nem para nós humanos.

Para o diagnostico desta doença, temos que estar prestando atenção nos sinais clínicos, no
relato do tutor e associar com exames de imagem e laboratorial. Uma USG para avaliar
melhor estes órgãos, um hemograma, bioquímicos, citologia do local, antibiograma. Após a
realização destes exames poderemos ver se tem bactéria, se este ovário já está aderido ou não.
E assim realizar um protocolo terapêutico eficaz.

O tratamento consiste em antinflamatorios e antibiótico no caso de querer manter o caráter


reprodutivo do animal. Caso contrário o indicado mesmo é a castração que além de tratar esta
doença, evita reincidia e evita até mesmo outras doenças. A castração no caso é um
tratamento preventivo e curativo.

Balanopostite é uma inflamação que acomete tanto cães como gatos machos. É uma
inflamação que atinge a glande (cabeça do pênis) e o prepúcio, ou seja, a pele que reveste o
pênis. Está doença apesar de não ser considerada algo urgente, é algo que causa bastante
desconforto ao animal, podendo levá-lo a ter lambeduras em excesso, seguindo de outros
sintomas como: disúria, secreção purulenta, odor fétido da região.

Não é uma doença transmissível entre eles e nem para nós humanos. Geralmente acomete
mais os cães, porém em gatos se ocorre pela decorrência de obstrução e precisar manipular a
região para sondar. Existem dois casos, o mais leve em que a secreção não é muita e não
existe muitas lesões, se consegue tratar em casa com medicamentos antiflamatorios,
antibióticos e até limpeza da região. Já nos casos mais graves em que o animal se lambe em
excesso e acaba mexendo e ferindo ainda mais a região, pode chegar até a necrosas o tecido e
precisar de intervenção cirúrgica.

Para o diagnóstico desta doença, precisamos fazer uma anamnese, conversar com o tutor,
avaliar o pênis do animal e até mesmo fazer exames laboratoriais para ver se existem
bactérias. Os exames mais utilizados são antibiograma e citologia do local. Através do
antibiograma poderemos observar se a causa é uma cistite e que está levando ao animal a ter
dores e acabar lambendo a região. Ou até mesmo cálculos. Já na citologia podemos observar
as lesões se tem bactérias acometendo o local. Muito importante também avaliar hemograma
e funções hepáticas e renais deste animal.

Após todos os exames clínicos e laboratoriais, chegamos ao diagnóstico e teremos uma


melhor conduta terapêutica. Que como foi citado acima o tratamento para esta doença é com
anti-inflamatórios, antibiótico, limpeza do local e uso de colar elizabetano para evitar que o
animal venha a se lamber e machucar mais ainda o local.

A melhor forma de prevenção é a castração, evitar que este animal tenha acesso a rua, em
caso de fimose fazer uma higienização melhor do local para evitar que se acumule sujeira. E
em casos de alergias, identificar a causa primária e retirar.
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