Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
11
Graduanda em Medicina Veterinária, Centro Universitário Maurício de Nassau. biancalanara14@gmail.com
2
Graduanda em Medicina Veterinária, Centro Universitário Maurício de Nassau. Caaraujomaciel@gmail.com
3
Graduando em Medicina Veterinária, Centro Universitário Maurício de Nassau. felipeneto@gmail.com
4
Graduand0 em Medicina Veterinária, Centro Universitário Maurício de Nassau.
joaomarcosalmeida670@gmail.com
5
Graduando em Medicina Veterinária, Centro Universitário Maurício de Nassau.
joaovitornascimento45@gmail.com
6
Professora do Curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário Maurício de Nassau.
Ana.babo.vet@gmail.com
7
Graduanda em Medicina Veterinária, Centro Universitário Maurício de Nassau. marinavreisr@gmail.com
8
Graduando em Medicina Veterinária, Centro Universitário Maurício de Nassau. pauloandrekr@gmail.com
9
Graduanda em Medicina Veterinária, Centro Universitário Maurício de Nassau. taiperuffo@gmail.com
10
Graduanda em Medicina Veterinária, Centro Universitário Maurício de Nassau. barbosastalita06@gmail.com
2
1 INTRODUÇÃO
Quando há infecção por Escherichia coli e Proteus spp., a lesão é severa e o exsudato
é vermelho-amarronzado, espesso, viscoso, opaco e fétido. Em outros casos quando a
3
2 RELATO DE CASO
Uma fêmea canina, da raça chow chow, de sete anos de idade, foi atendida na clínica
veterinária All Pet, localizada na cidade de Barreiras, região Oeste da Bahia. O tutor do
animal relatou que o mesmo possuía histórico de uma piometra diagnosticada dois anos antes
e tratada com antibioticoterapia. Entretanto, no decorrer dos anos o animal ainda apresentava
como sintoma, secreção vaginal.
O animal foi encaminhado para tratamento de dez dias com antibiótico (amoxicilina
com clavulanato e metronidazol, anti inflamatório e suplementação.
4
Após tratamento, foram realizados novos exames que apontaram melhora no nível de
plaquetas e demais taxas, possibilitando o encaminhamento do animal para cirurgia de
ovariosalpingohisterectomia com a finalidade de tratar a piometra.
O procedimento cirúrgico ocorreu como planejado e dentro dos parâmetros. A
cadela ficou internada sob observação durante um dia e ao apresentar sinais de melhora
obteve alta e pôde retornar para sua residência. Infelizmente um dia após o procedimento, a
cadela conhecida por Kiara voltou pra clínica totalmente debilitada, indo a óbito por sepse.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A piometra pode apresentar-se de duas formas: aberta ou fechada. Isso vai depender
da abertura ou não do cérvix. Nos casos de piometra aberta, ocorre uma descarga vaginal de
secreção purulenta e fluido uterino (geralmente com odor muito forte). Já nos casos de
piometra fechada, não existe essa descarga vaginal, pois a cérvix se encontra fechada. Por
esse motivo, ocorre retenção de fluidos no lúmen vaginal, causando uma acentuada distensão
dos cornos uterinos. A Piometra fechada costuma ser mais preocupante pois o animal pode
adoecer gravemente antes do seu dono perceber que há um problema no animal.
O diagnóstico da Piometra é concluído relacionando o histórico clínico do
paciente com o exame físico e exames complementares. Os quais como o exame
radiográfico e ultrassonográfico, os exames laboratoriais atuam no sentido de concluir
o diagnóstico de piometra, tais como o hemograma e o leucograma. Segundo Rabelo (2005)
e Fossum (2008), para detectar as alterações associadas à sepse e avaliar a função
renal são necessários hemograma e leucograma completo. A leucometria de cadelas
com piometra é quase sempre característica de inflamação supurativa ou purulenta, isto
é, leucocitose, neutrofilia com desvio à esquerda, presença de formas imaturas e monocitose
substancial.
Nos dados coletados dos leucogramas de do animal avaliado, as taxas de
leucócitos e neutrófilos segmentados estão maiores do que o valor de referência (tabela
1), e segundo Fossum (2008), o aumento da contagem de leucócitos é diretamente
proporcional à gravidade da doença.
Tabela 1: hemograma
HEMOGRAMA
5
Eritrograma
RBC Eritrócitos Totais -------- 4,23 --------- 5,50 - 8,50 x10³ cels/L
HGB Hemoglobina -------- 7,7 --------- 12,0 - 18,0 g/dl
HCT Hrmatócrito -------- 26,2 --------- 37 - 55 %
MCV Volume Corpuscular Médio -------- 61,94 --------- 60 - 77 fl
MCH Hemoglobina Corpuscular Médio -------- 18,2 --------- 20 - 25 pg
MCHC Concent. Corpus. Média de Hemoglib. -------- 29,39 --------- 32 - 36 g/di
RDW_C
V Distribuição de Hemácias -------- 14,2 --------- 11,0 - 15,5 %
Plaquetas
PLT Plaquetas Totais -------- 79 --------- 166 - 575 x10³ cels/L
MPV Volume Plaquetário Médio -------- 11,7 --------- 7,0 - 12 fL
PDW Amplitude de Distribuição de Plaquetas -------- 16,5 --------- 0 fL
PCT Plaquetócrito -------- 0,09 --------- 0 %
0
1
1 Trigliceridio mg/dI ---- - ----- 20 156
1
2 CPK (UI/I) ---- - ----- 11,5 284
1
3 Bilirubina Direta (mg/dl) ---- - ----- 0,06 0,12
1
4 Bilirubina Indireta (mg/dl) ---- - ----- 0,01 0,3
1
5 Bilirubina Total (mg/dl) ---- - ----- 0,1 0,49
1
6 Glicemia (mg/dl) ---- 45 ----- 70 110
1
7 Lipase (UI/L) ---- - ----- 13 200
1
8 AMILASE (UI/l) ---- - ----- 185 700
1
9 Colesterol (mg/dI) ---- - ----- 135 270
2
0 Colesterol HDL (mg/dl) ---- - ----- 40 78
2
1 Colesterol VHDL (mg/dl) ---- - ----- 4 22,4
2
2 Colesterol LDL (mg/dl) ---- - ----- 91 169,6
2
3 LDH (UI/l) ---- - ----- 45 233
2
4 Cálcio (mg/dl) ---- - ----- 9 11,3
2
5 Fósforo (mg/dl) ---- - ----- 2,6 6,2
2
6 Potássio (mEq/L) ---- - ----- 3,7 5,8
2
7 Sódio (mEq/l) ---- - ----- 141 153
2
8 Ac. Urico (mg/dl) ---- - ----- 0,2 0,9
2
9 Prot. Urinária (mg/dl) ---- - ----- 6 241
3
0 Creat. Urinária (mg/dl) ---- - ----- 16 420
3
1 P/C U mg/dl ---- - ----- 0,05 2.45
“A piometra por ser uma doença inflamatória crônica, não é difícil encontrar
uma discreta anemia normocítica normocrômica não regenerativa (VG 28 a 35 %), a
anemia é resolvida uma vez que a piometra for corrigida” (FELDMAN e NELSON,
1996; FERREIRA e LOPES, 2000; FOSSUM, 2008).
O exame ultrassonográfico apresenta vantagens sobre o exame radiográfico.
Além de não possuir radiação, o que o torna mais seguro, o ultra-som fornece informações
sobre a forma, o tamanho, a textura dos tecidos e as conformações dos órgãos sem
que o fluido abdominal interfira na imagem . Esse exame é muito eficiente na
7
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
do Paraná. In: Congresso Nacional de Medicina Veterinária FAG, Cascavel. Emavet Fag, 2,
2-9.
FOSSUM, T. et al. Cirurgia de Pequenos Animais. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil,
2008.
NELSON R.W. & COUTO C.G. Distúrbios da vagina e útero. In: Fundamentos da
medicina interna de pequenos animais. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2006.
p. 486-87.
NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina Interna de Pequenos Animais, 2 @ed. Rio de
Janeiro, Koogan, p.681- 683, 2001.
10
11