FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TERESINA

CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

DISCIPLINA: PARASITOLOGIA

PROFESSORA: FRANCISCA MAIRANA

RELATORIO DE PARASITOLOGIA

ALUNA: GESSYKA NUNES DA ROCHA BRITO

TERESINA, 2021
INTRODUÇÃO

As infecções parasitárias têm grande importância mundial, principalmente em regiões

com baixo desenvolvimento econômico e condições precárias de higiene e saúde. Além disso,
tais infecções atualmente acometem milhões de pessoas no mundo todo, causando sérios
problemas de saúde e gerando perdas econômicas devido ao custo dos tratamentos e ao
afastamento da população trabalhadora, bem como das crianças de suas escolas (MARTINS et
al, 2013).

A transmissão das parasitoses ocorre principalmente através da ingestão ou do contato

com água, alimentos ou solo contaminados com as estruturas infectantes (cistos, oocistos, ovos
ou larvas), mostrando a relação direta com países e/ou regiões onde os serviços de
abastecimento de água e tratamento de esgoto, principalmente, são precários.

O diagnóstico das infecções parasitárias é de extrema importância para a população,

visto que quando este é realizado de forma correta, é possível que se faça um tratamento
adequado dos indivíduos parasitados. Além do mais, o controle das parasitoses é importante
para a saúde da população, pois é através deste que o governo pode otimizar e melhorar os
serviços de saúde em determinada região. Portanto, o diagnóstico por meio do exame
parasitológico de fezes (EPF) ainda é o mais utilizado em todo o mundo, sendo considerado
padrão ouro (BICA et al., 2011).

Desta forma, o EPF tem como objetivo investigar, pesquisar e diagnosticar formas
evolutivas de parasitas, para dar uma certeza que existe uma infecção parasitaria, através da
detecção de cisto, trofozoitos de larvas de qualquer forma evolutiva daquele parasita que está
sendo investigado, essas formas evolutivas vão ser eliminadas junto com as fezes desse
paciente.

É importante que os médicos saibam compreender os fundamentos dos métodos

existentes para o diagnóstico parasitológico e entendam a importância de evitar o uso
indiscriminado de medicamentos como forma profilática para o tratamento de parasitoses.
Ainda, é necessário que a população saiba quais são as principais formas de infecção para que
possam se prevenir e cobrar das autoridades melhorias no sistema de saúde pública, incluindo
mais estudos na área das doenças inflamatórias a fim de aumentar o conhecimento da
associação das mesmas com as parasitoses intestinais.
DESENVOLVIMENTO

Na realização do EPF, é necessário vários cuidados começando no recebimento da

amostra, deve conter o nome do paciente; idade, número de identificação do laboratório; hora
da colheita e hora da chegada da amostra ao laboratório, as instruções, sobre a coleta de fezes
devem ser claras e passadas ao paciente, é importante verificar se o paciente as entendeu, pois é
na coleta adequada que se inicia a qualidade do exame parasitológico.

Para a realização do exame de fezes é necessário saber a clínica do seu paciente para que
seja escolhida a técnica correta para ser utilizada nesse exame, precisamos sempre levar em
consideração éter o conhecimento adequado sobre a escala de bistrol, que vai estar em anexo
nesse relatório.

Esse exame é geralmente solicitado se uma pessoa está apresentando problemas

digestivos e intestinais, principalmente acompanhados de dor, infecções, vômitos, febre, cólicas
e diarreias, esse exame é solicitado pelo médico.

A análise inicial a ser realizada após receber o exame de fezes é a analise macroscópica
através dessa analise você já consegue perceber algumas características como observar se tem a
presença de sangue, de muco, e em algumas situações se tem proglotes, larvas, na escala de
Bristol, tem a classificação das fezes de acordo com a sua consistência, nessa classificação nas
fezes normais é mais comum ser encontrado formas císticas, já nas fezes diarreicas é mais
comum ser encontrados os trofozoitos, mas em qualquer tipo de fezes podemos encontrar os
ovos e larvas de helmintos e de outros parasitas, além desses parâmetros podemos ainda
visualizar a presença de sangue vivo nas fezes podemos estar diante de um quadro de
enterorragia, podendo indicar alguma hemorragia aguda no trato intestinal, mas se tenho sangue
e muco, indica desinteria pois pode haver ulceração ou infecção no trato intestinal, indicando
uma parasitose.

Anteriormente falamos que a técnica de realização desse exame é muito importante,

temos a técnica de sedimentação espontânea ou A técnica de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz
que é a técnica mais comum para realização desse exame, a sedimentação espontânea é o
método parasitológico mais utilizado nos serviços de saúde devido ao seu amplo espectro,
melhor observação dos parasitos ou dos seus ovos/larvas, facilitando a identificação das
espécies, baixo custo e facilidade para execução. Pode, assim, fornecer um diagnóstico
satisfatório e preciso. Por também apresentar ampla abrangência no diagnóstico das parasitoses,
o método de sedimentação espontânea tem sido utilizado ao longo dos anos em laboratórios de
análises clínicas, o método de sedimentação espontânea consiste basicamente na mistura das
fezes com água, sua filtração por uma gaze cirúrgica (ou parasitofiltro) e manutenção em
repouso, formando uma consistente sedimentação dos restos fecais ao fundo do cálice.

Uma alíquota do sedimento é pipetada sobre lâmina, é feito um esfregaço e observado

em microscópio. Este método detecta a presença de ovos nas fezes, principalmente os pesados,
após coloração com lugol. Diversas variações são realizadas nessa técnica a fim de promover a
visualização de mais formas evolutivas, dada a praticidade da técnica. Após 24 horas de
sedimentação, cistos de protozoários e larvas de helmintos também podem ser encontradas com
maior facilidade. Essa é a técnica mais utilizada rotineiramente em laboratórios clínicos.

Temos o Método direto que as fezes são examinadas ao microscópio, entre lamina e
lamínula, diluídas numa densidade que dá para se ler as letras de um jornal através do
preparado. Fezes preservadas são úteis para a detenção de cistos de protozoários e de ovos e
larvas de helmintos, mas a pesquisa de trofozoítos deve ser feita, pelo método direto, com fezes
frescas, não preservadas.
CONCLUSÃO

O exame parasitológico não oferece riscos. Para sua realização, o paciente não pode
estar fazendo uso de laxantes. Pessoas que foram submetidas a exames de contrastes
radiológicos ou a qualquer tratamento com antibióticos, antiparasitários e anti-inflamatórios
precisam consultar e respeitar o tempo necessário para que os medicamentos não afetem o
resultado. O ideal é informar o médico que fez o pedido sobre qualquer remédio que esteja
sendo tomado.

Tendo em vista que existem diferentes formas de diagnóstico parasitológico, cabe ao

laboratório clínico a escolha de qual método será aplicado. O importante é certificar-se que a
técnica utilizada resultará em um laudo fidedigno, pois é através desse resultado que
intervenções medicamentosas serão introduzidas ao paciente. 

Além disso o profissional precisa ter o conhecimento adequado tanto das técnicas de
exames como da clínica de seu paciente, para que possa ser direcionado de forma correta, para o
exame correto e assim ter um diagnostico seguro.
REFERENCIAS

BICA, VC; DILLENBURG, AF; TASCA, T. Diagnóstico laboratorial da Giardiose Humana:

comparação entre as técnicas de sedimentação espontânea em água e de centrífugo-flutuação
em solução de sulfato de zinco. Rev. HCPA 31(1): 39-45. 2011.

MARTINS, C.M.C., PIRES, C.M., DIAS, L.M.A. Estudo de Prevalência de Parasitas Intestinais
nas crianças dos 2 a 12 anos da Comunidade de Rincão – Santa Catarina. Universidade Jean
Piaget de Cabo Verde. 2013.
ANEXOS

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=escala+de+bristol+fezes