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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA - UNIESAMAZ

BACHARELADO EM BIOMEDICINA
TURMA: BM8MA
PROF. RESPONSÁVEL PELA DISCIPLINA: FÁBIO COSTA DE
VASCONCELOS

LADILCE COSTA PINA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ESTÁGIO CURRICULAR


SUPERVISIONADO SETOR HEMATOLOGIA

Belém –PA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA - UNIESAMAZ

BACHARELADO EM BIOMEDICINA

LADILCE COSTA PINA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO


SETOR: HEMATOLOGIA

Belém – Pará
TERMO DE APROVAÇÃO

LADILCE COSTA PINA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO


Setor: HEMATOLOGIA para Avaliação da Preceptora ou Coordenador (a) de Estágio
do Centro Universitário da Amazônia, como requisito parcial para obtenção do
Diploma de Bacharel em Biomedicina.

NOTA
CONCEITO

Belém (PA), de de 20 .

Por:

Preceptor (a)

Coordenador(a) de Estágio

Belém – Pará
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 05
1.2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO 06
2. NOME DA TÉCNICA: Tipagem sanguínea 06
2.1 Objetivos 07
2.2 Materiais 07
2.3 Procedimentos Técnicos 08
2.4 Série Vermelha 08
2.5 Série Branca 08
2.6 Plaquetas 08
2.7 Tipagem sanguínea 09
2.8 Relato de caso 09
3. CONCLUSÃO 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
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1. INTRODUÇÃO

A Hematologia estuda os elementos figurados do sangue: hemácias (glóbulos


vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Além disso, avalia
também o estado de normalidade dos elementos sanguíneos, dos órgãos
hematopoiéticos e as doenças a eles relacionados. O hemograma é o exame
que avalia as células sanguíneas de um paciente e é requerido pelo médico para
diagnosticar ou controlar a evolução de uma doença. Vale salientar que a
expressão "Hemograma Completo" é de certa maneira redundante, já que todo e
qualquer Hemograma avalia a série vermelha, branca e plaquetária. As células
circulantes no sangue são divididas em três tipos: células vermelhas (hemácias
ou eritrócitos), células brancas (ou leucócitos) e plaquetas (ou trombócitos). No
laboratório de Hematologia outros testes como TTP, TP, VHS e reticulócitos
também são realizados. A coleta de material é o primeiro passo para todas as
análises efetuadas no laboratório clínico e dela dependem todas as etapas
seguintes, por isso se faz necessário o correto procedimento na coleta das
amostras. A análise quantitativa das hemácias, leucócitos totais, plaquetas e a
avaliação dos índices hematimétricos são hoje realizados por meio de
equipamentos automatizados que combinam diferentes métodos de avaliação de
alta tecnologia e precisão à capacidade de análise de milhões de células,
permitindo resultados mais precisos. A utilização desses equipamentos permite
também a avaliação de índices hematológicos e a visualização em histogramas
que demonstram a distribuição dos diferentes elementos analisados. Essa
característica possibilita a identificação de alguns parâmetros antes impossíveis
de serem avaliados ou que eram analisados subjetivamente, com a visualização
do esfregaço em lâmina. Entre esses parâmetros, temos o índice de anisocitose
(RDW), a identificação de populações mistas de células, a anisocitose
plaquetária e alertas para possíveis alterações presentes na amostra examinada.
Esses alertas são específicos para alterações das séries vermelhas, branca e
das plaquetas, como presença de blastos, granulócitos imaturos, desvio à
esquerda, atipias linfocitárias, grumos plaquetários, microcitose, hipocromia,
entre outros.Realizam ainda, por uma combinação de métodos de análise celular
e coloração, a contagem diferencial de leucócitos, que serve de orientação para
o citologista, chamando a atenção para situações nas quais a avaliação deve ser
mais cuidadosa. A análise qualitativa é realizada pela avaliação da lâmina
corada, associada aos resultados obtidos pela avaliação eletrônica. A coloração
das células diferencia em detalhes as estruturas nucleares e citoplasmáticas,
permitindo à avaliação do tamanho das células, a relação núcleo/citoplasma, a
forma do núcleo, a presença de nucléolos, o padrão da cromatina e a coloração
do citoplasma, a presença de granulação, vacúolos e outras alterações
morfológicas. Os resultados auxiliam a identificação de doenças de origem
primária ou secundária de características agudas ou crônicas. São utilizados
também para acompanhar a evolução de uma varie dade de doenças e para
monitorar os efeitos colaterais decorrentes do uso de medicamentos.
A avaliação eritrocitária pode identificar processos anêmicos, policitêmicos,
alterações de forma e tamanho das hemácias. A avaliação leucocitária pode
identificar processos inflamatórios, infecciosos, alérgicos, parasitários e
leucêmicos. Pode também indicar a presença de elementos anormais e de
atipias linfocitárias. A avaliação plaquetária identifica processos de
trombocitopenias adquiridas ou hereditárias e trombocitoses
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1.2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO

O estágio foi realizado na Clínica e Laboratório Abrahim que está no mercado


desde março de 1976, onde iniciou suas atividades somente como laboratório. A
clínica e laboratório Abrahim é referência para o atendimento em média
complexidade e tem como objetivo atender a população com alta qualidade em
atendimento e resultados e preços acessíveis a todos. Possui uma ampla
estrutura de três andares dividida em atendimento, consultórios, área de entrega
de resultados de exame/lanchonete, boxs de coleta, e sala de raio x e etc. No
segundo andar está localizada a área técnica onde fica o setor de Hematologia,
sala ampla e refrigerada que comporta balcões com centrífugas, microscópios
ópticos, homogeneizador, agitador de amostras, duas geladeiras para
armazenar as amostras biológicas e reagentes bioquímicos, computadores de
uso interno, pipetas, ponteiras, descartes para materiais biológiocos, analisador
de hematologia LH750, analisador de hematologia MINDRAY BC5380,
diluentes/reagentes e demais equipamentos e materiais de rotina utilizados no
setor.
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2. NOME DA TÉCNICA: Tipagem sanguínea

2.1 Objetivos

Diagnosticar e analisar o sangue do paciente através de lâminas, métodos de


coloração e também demais processos usados para determinar o tipo sanguíneo
e RH do paciente.

2.2 Materiais
 MATERIAIS
 Pipeta de 10µL;
 Pipeta de 500 µL;
 Ponteira azul;
 Ponteira amarela;
 Soros Anti “A”, “B”, “AB” e “RH”;
 Caneta para identificação;
 Estante para tubos;
 Tubos de ensaio;
 Corante leishman;
 Descarte;
 Soro fisiológico;
 Pipeta pateur;
 Provetas;
 Papel toalha;
 Lâmina fosca;
Laminula;
 Descarte para lâmina e laminulas;


 EQUIPAMENTOS;
 Microscópio óptico;
 Centrífuga
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2.3 Procedimentos Técnicos

 METODOLOGIA

2.4 Série Vermelha

A contagem de hemácias é a primeira informação fornecida e é expressa em


milhões por mm3. Os níveis de hemácias iguais ou maiores que 6,20
milhões/mm3 em homens e iguais ou maiores que 5,70 milhões/mm3 em
mulheres são considerados poliglobulia. A concentração de hemoglobina é
expressa em g/dL, e sua avaliação é de grande importância pelo papel no
transporte de oxigênio e por estar diretamente relacionada à anemia, sendo sua
melhor forma de avaliação laboratorial. O volume relativo das hemácias dentro do
volume de sangue é fornecido pela análise do hematócrito, que é expresso
percentualmente. A relação entre esses diferentes parâmetros pode ser obtida
pela análise dos índices hematimétricos que irão fornecer informações adicionais
sobre variações de volume e concentração da hemoglobina. Os achados
morfológicos do esfregaço corado fornecem mais informações sobre conteúdo da
hemoglobina, forma, tamanho e inclusões eritrocitárias.

2.5 Série Branca

A contagem global e diferencial de leucócitos e suas alterações quantitativas e


qualitativas são as principais informações fornecidas na análise da série branca.
Os leucócitos totais são expressos em mil/mm3. A contagem diferencial é de
grande importância, podendo definir perfis patológicos, e é fornecida pela
análise conjunta dos equipamentos automatizados e pela leitura do esfregaço
corado, que avalia as diferentes formas leucocitárias e as expressa de forma
percentualmente (relativa) e em mm3 (absoluta). A análise das alterações
morfológicas dos leucócitos também é realizada por observação microscópica
do esfregaço corado. Os leucócitos podem ser divididos em granulócitos
(mielócito, metamielócito, bastão, neutrófilos, eosinófilos e basófilos), monócitos
e linfócitos.

2.6 Plaquetas

A avaliação das plaquetas pode ser feita de forma quantitativa, expressa em


mm3, e de modo qualitativo, pela avaliação das características analisadas no
esfregaço corado, o que permite a identificação de alterações morfológicas das
plaquetas. A utilização de equipamentos automatizados, além de fornecer
contagens mais precisas, permite que se obtenham informações em relação à
presença de anisocitose e grumos plaquetários, e também de índices
plaquetários, que em sua maioria ainda não estão liberados para uso clínico.
Entre eles, os que começam a ser utilizados são o MPV (Mean Platelet Volume),
considerado um índice de anisocitose plaquetária, e o PDW (Platelet Distribution
Width). Entretanto, ainda faltam maiores dados de correlação clínica.
As alterações quantitativas podem ser tanto o aumento da quantidade de
plaquetas, chamada hiperplaquetemia, quanto a diminuição, denominada
plaquetopenia.
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2.7 Tipagem Sanguínea

O sangue é um líquido composto por trilhões de células, divididas em hemácias


(glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Todas ficam
suspensas no plasma. A função dessas células, constantemente produzidas
pela medula óssea (tipo de tecido que fica nos ossos) e que circulam por veias e
artérias, é nutrir tecidos e órgãos com vitaminas, anticorpos e hormônios,
essenciais ao funcionamento do corpo. São quatro os tipos de sangue, A, B, O e
AB, classificado segundo a presença ou ausência de antígenos (Ag) na
superfície das hemácias ou de anticorpos (Ac) no plasma.
As pessoas que tem sangue do grupo A apresentam anticorpos chamados de
"Anti B", ou seja, são incompatíveis com o sangue do grupo B e vice e versa. Já
as do grupo O como não têm na membrana da sua hemácia essas
características de A e de B, possuindo, no entanto, ambos anticorpos. Por
último, as pessoas do grupo AB têm características tanto de A quanto de B e
não possuem anticorpos. Além do tipo de sangue A, B, AB ou O, há também na
superfície da célula um outro marcador: proteína D, a do fator RH, presente em
mais ou menos 75% das pessoas. Esse fator, quando presente, determina que o
sangue é do tipo positivo, e quando está ausente, que trata-se de sangue do tipo
negativo. Esse item é importante, por que uma pessoa com RH ausente, ou
seja, negativo, só gera anticorpos quando for exposta, em sua vida, a uma
transfusão de sangue do tipo positivo.

2.8 Relato de caso

Paciente do sexo feminino R.M.L,S, 38 anos de idade, sem histórico de exames


anteriores no sistema do laboratório Abrahim, foi coletado o sangue pela manhã e
após a triagem a amostra do paciente foi entregue para área técnica.
Pipetou-se o sangue com uma pipeta de 10 uL e colocou-se na ponta da lâmina.
Em seguida com a lâmina extensora arrastou-se o sangue um pouco para trás
preenchendo toda a borda e fez-se o esfregaço. Identificou-se a lâmina e
colocou-se o nome do paciente. Depois que secou-se o sangue, colocou-se o
corante Leischman cobrindo toda a lâmina e esperou-se 4 minutos. Passado os 4
minutos, colocou-se água destilada na lâmina em cima do corante e esperou-se 6
minutos. Passado os 6 minutos enxaguou-se a lâmina segurando ela em pé de
baixo da torneira em jato moderado de água e enxugou-se atrás da lâmina com
pedaço de papel. Identificou-se os tubos de ensaio e os numerou na seguinte
ordem: A, B, AB, RH. Preparou-se a suspensão de hemácias, onde utilizou-se
pipetas de 500 uL para solução fisiológica e 50 uL de sangue total em tubo de
ensaio e homogenizou-se. Pingou-se 2 gotas Anti A, B, AB e RH em seus
respectivos tubos e adicionou-se em cada tudo 50 uL da suspensão de
hemácias, onde trocou-se as ponteiras. Homogenizou-se os tubos e centrifugou-
se por 1’ a 2700 rpm. O resultado para o exame de tipagem sanguínea, foi de O
positivo, o exame foi laudado e liberado corretamente.
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3 CONCLUSÃO

Conclui-se a importância da hematologia como meio auxiliar de diagnóstico


através de exames simples e eficazes, auxiliando os médicos a estabelecer
diagnósticos, firmar prognósticos e acompanhar os tratamentos das inúmeras
enfermidades que atingem os humanos. No setor de hematologia trabalha-se
com sangue total e neles são feitos exames como hemograma, VHS, e tipagem
sanguínea. O sangue colhido tem o objetivo de estudar as frequentes alterações
dos seus componentes quando o organismo é acometido por doenças.
Muitos são os meios para a obtenção do sangue usado para o exame
hematológico, como por exemplo, sangue o venoso, capilar, arterial, punção da
medula óssea de ossos como o externo, tíbia, ilíaco e apófises espinhosas, dos
gânglios, baço e tumores, porém o sangue usado na maioria das vezes é o
venoso e o capilar. As atividades efetuadas durante o estágio em hematologia
permitiram uma melhor compreensão dos fundamentos teóricos na medida em
que estabeleceram as relações lógicas da prática vivenciada. Assim como,
permite aprofundar ainda mais os conhecimentos adquiridos, além de sanar
muitas dúvidas. E para isso, a utilização de técnicas sensíveis e específicas é o
fator preponderante para o bom desenvolvimento da análise. Logicamente há a
necessidade de se levar em conta os possíveis interferentes que podem falsear
os resultados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OLIVEIRA, H. P. Hematologia Clínica – 1ª ed – Rio de Janeiro: Atheneu, 1978.

OLIVEIRA, Antonio Altair Magalhãe et al.ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA DAS


HEMÁCIAS.São Paulo: Roca, 2009.

OSENFELD, Ricardo.Fundamentos do hemograma: do laboratório à clínica. Rio


deJaneiro:
Guanabara Koogan, 2007

LORENZI, T. F.Manual de Hematologia.Propedêutica e Clínica. 2 ed. Rio de


Janeiro:Medsi,
1999.

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