Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Arapongas
2023
CAROLINE STEPHANIE DE SOUZA
Arapongas
2023
CAROLINE STEPHANIE DE SOUZA
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
Canine monocytic ehrlichiosis (CME), caused by Ehrlichia spp, and transmitted mainly by
Rhipicephalus sanguineus, is a disease present in the clinical routine of dogs, and often
causes great damage to the health and quality of life of patients. The disease has three
stages, and its clinical signs vary according to the stages. The clinical signs presented vary
according to the three phases of the disease, namely the acute, subclinical and chronic
phases. Dogs infected with Ehrlichia frequently present alterations such as lethargy,
anorexia, fever, lymphadenopathy, splenomegaly, thrombocytopenia, bleeding disorders and
hypergammaglobulinemia. The diagnosis of CME is based on the combination of history,
clinical signs, laboratory alterations and serological, molecular or direct observation
diagnostic tests of the agent. The aim of the present study was to determine the occurrence
of Ehrlichia spp. in blood samples from domesticated dogs in northern Paraná. Blood
samples with EDTA were obtained from veterinary clinics and laboratories located in the
municipalities of Apucarana and Arapongas located in the north of Paraná. Blood samples
were subjected to DNA extraction using the commercial PureLink™ Genomic DNA Mini Kit
(Invitrogen) and PCR amplification using specific primers for the agent. The results showed
that 10 of the 179 animals (5.58%) tested positive for Ehrlichia spp. It is concluded that this is
a disease present in the region, with great importance for the health of dogs and humans,
since it is an emerging Zoonosis. With this study it is concluded that the region studied has a
low frequency of infection by Ehrlichia spp. in dogs, but broader studies of the local canine
population are important to better elucidate the epidemiology of the parasite.
CAPITULO II
CAPITULO I
CAPÍTULO I
1 INTRODUÇÃO 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13
2.1 Aspectos históricos e taxonomia 13
2.2 Ciclo biológico 15
2.3 Patogenia 15
2.4 Sinais Clínicos 16
2.5 Diagnóstico 17
2.6 Controle e Profilaxia 18
2.7 Potencial Zoonótico 18
3 REFERÊNCIAS 19
4 OBJETIVOS 23
4.1 Objetivo geral 23
4.2 Objetivos específicos 23
CAPÍTULO II
5 INTRODUÇÃO 27
6 MATERIAL E MÉTODOS 29
6.1 Comitê de ética 29
6.2 Animais, amostras e estudo de área 29
6.3 Extração de DNA 31
6.4 Amplificação nested-PCR 31
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO 32
8 CONCLUSÃO 34
9 REFERÊNCIAS 35
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 39
13
1. INTRODUÇÃO
A erliquiose monocítica canina (EMC), ou como é chamada popularmente
“doença do carrapato”, é uma afecção com vasta distribuição mundial, principalmente
em regiões tropicais e subtropicais, esta distribuição geográfica se dá principalmente
devido a presença do principal vetor da doença, o carrapato Rhipicephalus sanguineus
que infecta o cão através da sua saliva no momento do repasto sanguíneo (Sainz et al.,
2015).
A EMC é uma das doenças infecciosas mais importantes do Brasil, considerada
endêmica (Vieira et al, 2011) chegando a apresentar 60% de cães infectados em
algumas regiões do país ( Silva, 2020).
Esta doença é causada pela Ehrlichia spp. pertencente da ordem das
Rickettsiales, da família Ehrlichiaceae e ao gênero Ehrlichia, que é uma bactéria gram-
negativa, parasita intracelular obrigatório de células hematopoiéticas maduras ou
imaturas, especialmente do sistema fagocitário mononuclear. Embora o principal agente
envolvido na EMC seja E. canis, cães também podem se infectar com E. chaffeensis e
E. ewingii (Nelson et al., 2015).
A caracterização clínica da doença inclui febre, apatia, anorexia, perda de
peso, petéquias, equimoses e epistaxe, enquanto nas alterações laboratoriais podem ser
evidenciadas desvio de neutrófilos à esquerda e eosinopenia, além de anemia e
trombocitopenia (Silva, 2020).
O diagnóstico é realizado através da associação dos sinais clínicos e
laboratoriais com métodos sorológicos, incluindo reação em cadeia da polimerase, além
da observação de mórulas em células mononucleares em lâminas de esfregaços
sanguíneos (Megid. et al, 2016).
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Fonte: http://www.tickencounter.org/tick_identification/brown_dog_tick
2.3 PATOGENIA
A ehrlichiose não apresenta predileção por raça ou idade e ambos os sexos são
acometidos igualmente. Os sinais clínicos são amplos e variados e se alteram de acordo
com a fase da doença (Taylor et al, 2010). A doença possui três fases, sendo elas fase
aguda, fase subclínica, e fase crônica (Megid et al, 2016).
Durante a fase aguda os sinais clínicos podem ser discretos e inespecíficos ou
graves e potencialmente fatais. Dentre os sinais comumente observados nesta fase
podemos citar depressão, letargia, anorexia, êmese, pirexia e perda de peso. Sinais mais
específicos que podem ser observados são linfadenomegalia, esplenomegalia, petéquias,
equimose cutânea e epistaxe (SAINZ et al., 2015). Icterícia é uma condição que pode
estar presente em alguns casos devido ao potencial de lesão hepática do agente
(Andrade et al.,2020)
Na fase crônica da doença os sinais tendem a ser os mesmos da fase aguda
porém mais graves. Durante o curso da doença há a possibilidade de infecções
secundárias que terão seus sinais de acordo com o local e tipo de infecção (Harrus e
17
Waner, 2011).
Ocasionalmente a infecção acomete o sistema nervoso, ocasionando sinais
clínicos como ataxia, convulsões, paresia, hiperestesia e andar em círculos (Taylor et
al, 2010).
Em alguns casos sinais oculares também podem ser observados nas fases aguda
e crônica. As manifestações observadas podem ser conjuntivites, petéquias e equimoses
da conjuntiva e da íris, edema de córnea e panuveíte (Harrus et al., 2002).
2.5 DIAGNÓSTICO
AGUIAR D.M. et al. Genetic diversity of Ehrlichia canis in Brazil. Vet Microbiol 2013;
164(3-4): 315-321. Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378113513001296?via%3Dihub
Acessado em: 25 de março de 2023.
DAS, G. et al. Study of biology of brown dog tick, Rhipicephalus sanguineus. North-
East Veterinarian, v.16, n.4, p.29-31, 2017.
NEER, T.M. et al. Consensus statement on erlichial disease of small animals from the
infection disease study goup of the ACVIM. Journal of Veterinary Internal Medicine,
v.16. 2002.
SOUZA V. R. F., et al. Avaliação clínica e molecular de cães com erlichiose. Ciência
Rural 2010; vol 40, num. 6 : pp1309- 1313.
WANER, T. et al. Significance of serological testing for ehrlichial diseases in dogs with
special emphasis on the diagnosis of canine monocytic ehrlichiosis caused by Ehrlichia
canis. Vet Parasitol, v.95, p.1-15, 2001.
23
4. OBJETIVOS
CAPÍTULO II
ARTIGO CIENTÍFICO
25
Ocorrência de Ehrlichia spp. em cães domiciliados no norte do Paraná
RESUMO
ABSTRACT
Canine monocytic ehrlichiosis, caused by the agent Ehrlichia spp, and transmitted
mainly by the ectoparasite Rhipicephalus sanguineus, is a disease that is often seen in
the clinic of dogs, and often causes great damage to the health and quality of life of
patients. With this in mind, information about the occurrence of the disease can be very
important auxiliary tools to contribute to the scientific scenario of the area. To carry out
this work, 179 blood samples were collected from dogs treated in municipalities in the
northern region of Paraná, without distinction of breed, sex or age, and whether or not
they had clinical or laboratory alterations suggestive of the disease. Blood samples will
be tested for DNA inheritance using the commercial QIAmp DNA Blood Mini Kit and
PCR amplification using agent-specific primers. Of the total of 179 samples, 24.02%
(43/179) came from veterinary clinics, 37.43% (67/179) from laboratories in
Arapongas, and 38.54% (69/179) from laboratories in Apucarana. The test results
amazed that 10 (5.58%) of the 179 blood samples from dogs tested positive for
Ehrlichia spp. With this study, it is concluded that the region served has a low frequency
of infection by Ehrlichia spp. in dogs, but broader studies of the local canine population
are important to better elucidate the epidemiology of the parasite.
fonte: https://pt-br.topographic-map.com/map-3rvnh/Arapongas/?center=-23.41423%2C
-51.43509&zoom=12
fonte : https://pt-br.topographic-map.com/map-3rvnh/Arapongas/?center=-23.5609%2C
-51.45547&zoom=13
31
A extração de DNA de sangue total foi realizada com kit comercial QIAmp
DNA Blood Mini Kit (Quiagen, São Paulo, Brasil), seguindo as recomendações do
fabricante . O DNA extraído será identificado e armazenado a -20°C, até a realização da
PCR.
A extração de DNA de sangue total foi realizada com kit comercial PureLink™
Genomic DNA Mini Kit (Invitrogen), seguindo as recomendações do fabricante. O
DNA extraído foi identificado e armazenado a -20°C, até a realização da PCR.
A amplificação do DNA de Ehrlichia canis foi realizada por PCR. Os
primers que foram utilizados são baseados na sequência parcial do gene dsb Dsb-330
(5‟-GAT GAT GTC TGA AGA TAT GAA ACA AAT-3‟) e Dsb-728 (CTG CTC GTC
TAT TTT ACT TCT TAA AGT-3‟) (ALVES et al, 2014) e as seguintes condições de
amplificação foram utilizadas: desnaturação a 95 ºC, por 2 minutos, 50 ciclos de 95 °C,
por 15 segundos, anelamento a 58 ºC, por 30 segundos, extensão a 72 ºC, por 30
segundos e extensão final a 72 ºC, por 5 minutos (DOYLE et al., 2005).
Todas as reações de amplificação foram realizadas em volume total final
igual a 25 μL, contendo uma mistura de 2,5 μL do DNA-amostra, 2,5 μL de cada
deoxinucleotídeo (2 mM), 1,25 µL de cada oligonucleotídeo iniciador (10 µM), 0,4 µL
de Taq DNA polimerase (1,25 U), 5 μL de tampão da PCR (PCR buffer 5X) e 12,1 μL
de água ultrapura, totalizando 25 μL.
Após amplificação, os fragmentos de DNA foram separados por
eletroforese em gel de agarose a 1%, corados com Sybr™ (Biotium, Hayward, EUA), e
visualizados por luz ultravioleta em transiluminador de UV.
32
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
X 2= 0,05, p=0,40
GOTTLIEB, J. et al. Rangelia vitalii, Babesia spp. e Ehrlichia spp. em cães de Passo
Fundo, estado do Rio Grande do Sul, Revista Brasileira de Parasitologia, Jaboticabal, vol.
25, nº 2, p. 172-178, abr.-jun. 2016. Disponível em : https://doi.org/10.1590/S1984-
29612016041.
HARRUS, S. et al. Canine monocytic ehrlichiosis: a retrospective study of 100 cases, and
an epidemiological investigation of prognostic indicators for the disease. Veterinary
Record, v. 141, n. 14, p. 360-363, 1997.
36
RIBEIRO. C.M. et al. Molecular epidemiology of Anaplasma platys, Ehrlichia canis and
Babesia vogeli in stray dogs in Paraná, Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira 37(2):129-
136, fevereiro, 2017. Disponível em : https://doi.org/10.1590/S0100-736X2017000200006
SOARES R. Molecular survey of Anaplasma platys and Ehrlichia canis in dogs from
Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências
(2017) 301-306. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0001-3765201720150556
STICH, R. W. et al. Host surveys, ixodid tick biology and transmission scenarios as related
to the tick-borne pathogen, Ehrlichia canis Veterinary Parasitology. v. 158, n. 4, p. 256-
273, 2008
10.CONSIDERAÇÕES FINAIS