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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO-UNINOVE

BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

RHENAN MARQUES CAVALCANTE E SILVA

ACOMPANHAMENTO DO ATENDIMENTO DE ANIMAIS DE


PEQUENO PORTE
Relatório de práticas observadas e patologias durante o estágio observatório

São Paulo/SP
2023/1
ACOMPANHAMENTO DO ATENDIMENTO DE ANIMAIS DE PEQUENO
PORTE
Relatório de práticas observadas e patologias durante o estágio observatório

RA: 420116047
Rhenan Marques Cavalcante e Silva
Graduando em Medicina Veterinária pela Uninove
06/A- Campus Vergueiro

São Paulo/SP
2023/1

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Sumário

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 3

2. ABSTRACT ................................................................................................... 3

3.DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 4

3.1. RELATÓRIO ........................................................................................... 4

4. LEISMANIOSE ............................................................................................. 7

4.1. ETIOPATOGENIA ................................................................................... 8

4.2. SINAIS CLÍNICOS .............................................................................. 9

4.3. DIAGNÓSTICO .................................................................................... 10

4.4. TRATAMENTO ..................................................................................... 11

5. REFERÊNCIA ............................................................................................. 12

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1. INTRODUÇÃO
Todos sabemos que a rotina na clínica veterinária é corrida
e vemos todos os tipos de doenças e enfermidades no animal. Neste relatório sobre
a pratica na clínica veterinária de pequenos animais vai ser descrevido as principais
doenças, acometimento e práticas observados em 20 horas de estágio no Hospital
Veterinario Campo limpo 24 horas sendo a veterinária observada, Dra. Flavia
Fernandes formada desde 2015, especialista e pós-graduada em Clínica médica de
pequenos animais sendo o CRMV-SP ativo: 35.571, com a supervisão da veterinária
responsável Dra. Ana Ligia formada desde 2005, especialista e pós-graduada em
Medicina Felina sendo o CRMV-SP ativo: 24.901.
O trabalho irá abortar principalmente a rotina a qual tive durante
20 horas de estagio, como principal foco temos uma doença chamado Leishmaniose
Visceral, a qual tive o privilégio de acompanhar o caso até a resolução do diagnóstico
e tratamento.

2. ABSTRACT
We all know that the routine at the veterinary clinic is hectic and
we see all kinds of illnesses and diseases in the animal. In this report on the practice
at the veterinary clinic for small animals, the main diseases, involvement and practices
observed in a 20-hour internship at the 24-hour Veterinary Hospital Campo Limpo will
be described, with the veterinarian being observed, Dr. Flávia Fernandes graduated
since 2015, specialist and post-graduate in Clinical Medicine for Small Animals, CRMV-
SP being active: 35.571, supervised by the veterinarian in charge, Dr. Ana Ligia
graduated since 2005, specialist and post-graduated in Feline Medicine, CRMV-SP
being active: 24.901.
We have a disease called Visceral Leishmaniasis, which I had the
privilege of following the case until the diagnosis and treatment was resolved.

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3.DESENVOLVIMENTO
Neste tópico vamos abordar os casos e práticas desenvolvidas durante 20
horas de estágio observatório no Hospital Veterinário Campo Limpo 24 horas.
3.1. RELATÓRIO
O relatório de práticas veterinária foi desenvolvido em estágio observatório no
Hospital Veterinario Campo Limpo 24h que está localizado na Estrada do Campo
Limpo, n° 5856- Jardim Pirajussara entre o período 02/05/2023 á 04/05/2023, com o
objetivo de aprender as diferentes técnicas e patologias na clínica médica de
pequenos animais.
No primeiro momento chegou um paciente de nome Chaplin, 10 anos, macho,
SRD, histórico de apatia, hiporexia e gotejamento de urina pela casa , paciente foi
examinado e feita anamnese; temperatura de 37.6, mucosa LHC ( Levemente
Hipocorado), bexiga repleta, gotejamento de urina com sangue, ausculta cardíaca e
respiratória normais e sem alteração, com esses achados a veterinária determinou
que o paciente examinado estava com obstrução uretral, foi feito o orçamento para
autorização dos procedimentos necessário.
Após a conversa com os tutores foi autorizado o procedimentos, o acesso
venoso foi pego e fixado, colocado no soro RL( Ringer Lactato) 250ml, foi feito
anestesia geral regularmente leve, com a sonda própria para felinos , a veterinária
sondo o paciente para desobstrução do ureter porém foi notado um plug no começo
do pênis do paciente no qual dificultava o passagem da sonda até a bexiga, foi usado
cateter de cor azul para desobstruir a região ou empurrar o plug de volta a bexiga,
depois de muitas tentativas o paciente foi sondado e conectado ao circuito fechado
com debito urinário a cada 4 horas, no dia seguinte o paciente foi levado para o US e
os achados são: cálculos urinários de 1 cm para mais em toda a região da bexiga, rim
direito com morfofisiológica alteração com discreto aumento cortical, demais órgão e
porções dentro do padrão para a idade do paciente, o paciente ficou internado durante
2 dias com o protocolo; Dexametasona, Agemoxi, tramal, buscopam, gabapentina (
pois o paciente era bem bravo e o medicamento serve para relaxamento do ureter)...
completado as 48 horas de internação o paciente evolui seu caso e teve uma boa
resposta clínica aos medicamentos e foi liberado com prescrição para casa. No dia
seguinte o paciente retornou para o hospital com o mesmo histórico do dia que foi
internado, foi feito US com dopller de urgência que notou nefropatia acentuada no rim

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direito e esquerdo com esse achado e o paciente em estado crítico, os tutores
decidiram pela realização de eutanásia.
No dia 02/05, foram observadas as técnicas para a realização de vacina em
cão e gatos e o esquema vacinal de cada espécie sendo para cães e gatos:

Esquema vacinal para cães e gatos


Espécies V10 V4 V5 RAIVA TOSSE GIARGIA
Felinos Somente A partir de A partir de A partir de Somente Somente
para cães 45 dias 45 dias 4 meses para cães para cães
Cães A partir de Somente Somente A partir de A partir de A partir de
45 dias para para 4 meses 2 meses 2 meses
felinos felinos

No dia 02/05, chegou no Hospital um cachorro da raça Shitzu de 1 ano com


histórico de arrastando a bunda do chão e sangramento anal, foi feito a anamnese e
foi lotado que as glândulas anais tinham se inflamado e criado uma fistula anal, os
parâmetros do paciente estavam estáveis e a temperatura relativamente alta- 39.5, foi
feito tosa anal para observar e limpar a região com soro fisiológico e clorexidina 2%
em sabão liquido, passado pomada neomicina e aplicado medição subcutânea como;
Dexametasona, Agemoxi e Tramal, paciente foi liberado e retornou em 7 dias com a
fistula seca e em processo de cicatrização.
No dia 03/05, chegou um paciente canino da raça maltês, 7 anos, histórico de
tosse / engasgo, respiração levemente dispneico e ofegante, feito raio x de tórax e
notado opacificação do pulmão direito, sugerindo bronquite ou broncopneumonia,
também foi notado no raio x aumento do tamanho do coração que podia explicar a
tosse e a respiração ofegante, paciente foi encaminhado para ecocardiograma e foi
evidenciado uma cardiopatia dilata no coração com insuficiência na valva mistral, oi
feito a Pressão Arterial do paciente : 220 mmhg, passado enalapril, alodipino,
furosemida e prednisona, paciente se encontra em acompanhamento do
endocrinologista e do cardiologista, além de acompanhamento com o clínico geral.
No dia 03/05, chegou um paciente canino. 3 anos, SRD, que estava sangrando
do membro pélvico esquerdo e com mau cheiro no membro acometido, tutores relatam
que paciente tem tumor, mas nunca fez acompanhamento ou exame no animal, foi
perguntado sobre o ambiente a qual o animal vivia, a resposta foi que o animal vive
nos fundos da casa e que só vão lá para colocar água e comida para ele e relataram
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que animal tinha parado de se alimentar e andar a três dias. Analisado a pata e
observado feridas com osso exposto e miasse, passado os procedimentos
necessários e autorizados, feito a limpeza da ferida e observado necrose da pata,
passado a informação para os tutores dos procedimentos de amputação, liberados
com prescrição médica.
No dia 04/05/2023 chegou um cachorro de porte grande no hospital pesando
28,400 kg com histórico de hiporexia. Apatia, diarreia e vomito excessivo, na
anamnese foi notado, temperatura- 38.9, mucosa com icterícia discreta, algia em
palpação abdominal, indicado internação e exame de sangue e US completo, tutor
relatou que o animal vive em um sitio a qual é cuidado pelo caseiro que teve histórico
de leishmaniose, o paciente já havia tratado no começo do ano erliquiose canina
confirmado por PCR. Animal internado e Coleta PCR para Leishmaniose- Resultado
Positivo, animal se encontra bem e em tratamento para a doença.

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4. LEISMANIOSE
A Leishmaniose é uma doença infecciosa não contagiosa causado por
protozoários do gênero Leishmania, também conhecida como Leishmaniose Visceral
é uma Doença considerada pelo Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma
doença reemergente, negligenciada e uma das seis endemias tropicais prioritárias no
programa de controle de doenças.
A Leishmaniose foi sugerida pela primeira vez em 1903 por William Boog
Leishman e Charles Donovan, descreveram separadamente, mas simultaneamente
por esfregaço sanguíneo de paciente da índia. Em 1908 os pesquisadores Nicole e
Comte demostraram pela primeira vez o parasitas em cães, sugerindo assim o
possível papel desses animais como reservatório.

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4.1. ETIOPATOGENIA
A Leishmaniose é causada pelo protozoário parasita Leishmania que é
transmitido pela picada de mosquitos-palha infectados. O parasita ataca o sistema
imunológico e, meses após a infecção inicial, a doença pode evoluir para uma forma
visceral mais grave, que é quase sempre fatal se não for tratada
A doença afeta algumas das pessoas mais pobres do mundo e está associada
à desnutrição, deslocamento de população, condições precárias de habitação e
saneamento precário, um sistema imunológico fraco e falta de recursos financeiros. O
calazar, em geral, também está ligado a mudanças ambientais como o desmatamento,
construção de barragens, sistemas de irrigação e urbanização.

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4.2. SINAIS CLÍNICOS
O período de incubação pode variar em animais infectados naturalmente de
03 meses á 07 anos, levando a diferentes apresentações clínicas: aguda. Subaguda,
crônica e regressiva. A leishmaniose não tem sinais clínicos especifico e sim algumas
alterações em exames de sangue e ultrassonografia abdominal. De sinais clínicos
podemos citar algumas que geralmente tivemos em diversos paciente; os mais
frequentes são apatia (desânimo, fraqueza, sonolência); perda de apetite;
emagrecimento progressivo; feridas na pele, no focinho, orelhas, articulações e cauda
que demoram a cicatrizar; descamação e perda de pelos; crescimento exagerado das
unhas; problemas oculares; diarreia com sangue e paresia dos membros posteriores,
conforme cita (Fonseca, 2019).

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4.3. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da leishmaniose a alguns anos atras era um desafio para
diversos veterinários, porém, hoje em dia, temos diversas formas de diagnostico,
como por exemplo, pelos sinais clínicos apresentados podemos relacionar eles com
os exames laboratoriais como o ultrassom, que podem evidenciar, esplenomegalia,
hepatomegalia, vesícula biliar levemente alterado, rim com topografia alterados,
pancreatite e inflamação no intestino ... Já no exame de sangue podemos notar
alterações na Hemoglobina, hematócrito, linfócitos aumentados, e principalmente
ureia e creatinina que podem levar a insuficiência renal
Porém outros diagnósticos são mais seguros como o teste rápido
imunocromatográfico e ELISA ou PCR por sangue, esses tipos de diagnostico são
mais usados na clínica, o lado ruim do PCR é que eles têm um tempo útil de 5 a 7 dias
uteis, porém já quando tem a suspeita da doença o tratamento já é iniciado o quanto
antes, já que a doença tem alto risco de mortalidade se não tratada.

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4.4. TRATAMENTO
Como Tratamento temos diversos medicamentos que podem auxiliar na
melhora clínica desses pacientes, como mostra a tabela abaixo com bases nos
medicamentos diversos para tratamento da doença e dos sinais clínicos com base no
livro (Jericó, 2015).

Jericó, M. M. (2015). Tratado de Medicina internade Cães e Gatos Volume 1.


Rio de Janeiro: Editora ROCA.

Também podemos adicionar nos medicamentos; Dexametasona na dose de


0,07- 0,15 mg/kg a cada 12 horas por via intravenosa ou oral; Amoxilina + Clavulanato
de Potássio 6,6- 22 mg/kg a cada 08 horas via intravenosa ou oral; metronidazol 12-
15 mg/kg a cada 12 horas via oral ou intravenosa; Cloridrato de tramadol- 1-3mg/kg a
08 ou 12 horas via oral ou intravenoso, esses são alguns medicamentos a qual
podemos usar para tratar dos sinais dessa doença que apareceram durante o
tratamento.

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5. REFERÊNCIA

Fonseca, V. (13 de Junho de 2019). https://www.bio.fiocruz.br. Fonte: Fundação


Oswaldo Cruz: https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/sintomas-transmissao-
e-prevencao-leishmaniose-canina-dpp
Jericó, M. M. (2015). Tratado de Medicina internade Cães e Gatos Volume 1. Rio de
Janeiro: Editora ROCA.
Papich, M. G. (2012). Manual de Terapia Veterinária 3ºedição. Ria de Janeiro: Editora
Mundial.

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