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Sistema Circulatório

Prof.ª Alessandra Januário


Giesteira
1 - Coronária Direita
2 - Coronária Descendente
Anterior Esquerda
3 - Coronária Circunflexa
Esquerda
4 - Veia Cava Superior
5 - Veia Cava Inferior
6 - Aorta
7 - Artéria Pulmonar
8 - Veias Pulmonares
9 - Átrio Direito
10 - Ventrículo Direito
11 - Átrio Esquerdo
12 - Ventrículo Esquerdo
13 - Músculos Papilares
14 - Cordoalhas Tendíneas

15 - Válvula Tricúspide
16 - Válvula Mitral
17 - Válvula Pulmonar
Propriedades do músculo cardíaco
Inotropismo Condutividade
Automatismo
é a propriedade(Dromotropismo)
(cronotropismo)
que tem o coração de se
contrair ativamente como um todo único, uma vez
Capacidade
Inotropismo
estimulada de o acoração
toda gerar seus Contração
sua musculatura, próprios estímulos
o que resulta no
elétricos,
Condução
fenômeno independentemente
do
da processo
contraçãode sistólica.
ativação
de influências
elétrica extrínsecas
Assim, por todo o
o coração
ao
miocárdio,
órgão. uniformemente,
funciona numa sequência sistematicamente
como um sincício. Também o
•grau
estabelecida.
Podedeser modificado pode
contratilidade por diversos fatores (atividade
ser modificado do
por diversos
Cronotropismo Frequência
sistema
Nodo sinusal
fatores, nervoso
(marca-passo
intrínsecos autônomo, natural)
os íons
e extrínsecos ao plasmáticos,
coração, com a
temperatura
Feixes internodais
resultante e a irrigação
aumento coronariana).
(efeito inotrópico positivo) ou
•diminuição
Nodo
Estímulos
átrioventricular
responsáveis
(efeito pela excitação
inotrópico negativo) automática
da força do
de
Dromotropismo
miocárdio
Feixe de His
podem nascer em qualquer Condução
parte do coração;
contração.
• Tecidoeespecializado
Ramos sub-ramos direito(zonas
e esquerdo
de marcapasso)
feixe de His
SISTEMA DE PURKINJE
A ritmicidade própria do coração, assim como o
sincronismo na contração de suas câmaras, é feito
através do sistema condutor e excitatório presente no
tecido cardíaco: O Sistema de Purkinje. Este sistema é
formado por fibras auto-excitáveis e que se distribuem de
forma bastante organizada pela massa muscular
cardíaca.
Sistema de Purkinje:
Nodo
Ramos
Nodo Sinu-Atrial
Direito e(SA):
Atrio-Ventricular Também
Esquerdo(AV): do chamado
Feixe
nodo
Chegando
de Sinusal,
Hiss: o é de destes
impulso
Através onde
a partem
este os
nodo,
ramos,
Feixe
impulsos, AV: Através do semesmo o
demoraráa cada
paralelamente, ociclo, que
aproximadamente
impulso distribuem
segue 0,12
com
impulso
grande
seguedo
por todo o restante
segundos paraemseguir
rapidez
com
coração. grande
direção em Por isso
ao frente
ápice doe
pode
rapidez ser frente
em considerado
e vem
atinge umao
atingir
coração, o Feixe
acompanhando
AV, que
nosso marcapasso natural. Localiza-se
o logo
septo
segmento
seguir.
interventricular.
na parede Portantoque
lateral As se
este
do divide
ramificações
átrionodo,
direito, emtêm
localizado
próximo 2à
em
por uma
finalidade
ramos:
abertura daregião
veia otimizar
cavabem baixa
a chegada
superior. do sincíciodos
atrial, tematravés
impulsos por função da maior
principal
quantidade
retardar
a passagem
possível e nodomais impulso
curtoantes
espaço quede o
mesmo atinja
tempo possívelo sincício
por todoventricular.
o sincício
ventricular.
Rede de Purkinj
REFLEXOS CARDÍACOS

Efeito de Starling – Aumento da força de contração


quando ocorre um aumento do retorno venoso (pré-carga).

Efeito de Anrep – Aumento da força de contração


quando ocorre um aumento na pressão aórtica (pós-
carga).

Efeito Bowdich – Aumento da forca de contração


quando ocorre aumento da frequência cardíaca.
Camadas da Parede Cardíaca:
O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo
irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um
Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração.
saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele.
Ele restringe o coração à sua posição no mediastino,
O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais
embora permita suficiente liberdade de movimentação para
fina e mais delicada que forma uma dupla camada,
contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em
circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do
duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso.
pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A
camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também
chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do
coração.
Camadas da Parede Cardíaca:
Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido
seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o
revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do
pericárdio seroso.
Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto
de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o
coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o
interior dos vasos sanguíneos.
Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de
tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de
tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra
facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é
contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que entram e saem
do coração.
Lei de Frank-Starling

Estabelece que o coração, dentro de limites fisiológicos, é


capaz de ejetar todo o volume de sangue que recebe
proveniente do retorno venoso.

Podemos então concluir que o coração pode regular sua


atividade a cada momento, seja aumentando o débito
cardíaco, seja reduzindo-o, de acordo com a necessidade.
Funções
•Transporte de gases dos pulmões aos tecidos e dos
tecidos aos pulmões
•Transporte dos nutrientes das vias digestivas aos tecidos
•Transporte de toxinas
•Distribuição dos hormônios vindos das glândulas, vitaminas
e carboidratos.
•Distribuição de anticorpos
•Manutenção da temperatura
•Eliminação de resíduos
Sistema Circulatório

O sistema cardiovascular ou circulatório é formado por uma


rede de tubos de diversos calibres, que põe em
comunicação todas as partes do corpo.

Dentro desses tubos circula sangue, impulsionado pelas


contrações rítmicas do coração

Sangue: Hemácias e plasma


Circulação no coração
Tipos de circulação:
 Venosa:

- sangue rico em CO2


- CO2 produzido na respiração celular

 Arterial:
- sangue rico em O2
- O2 vindo dos pulmões

Obs.: a hemoglobina das hemácias


transporta os gases
Comunicação

O átrio direito comunica-se


com o ventrículo direito pela
válvula tricúspide.
O átrio esquerdo , por sua vez,
comunica-se com o ventrículo
esquerdo pela válvula
bicúspide.
Coronárias
Sístole X Diástole
 Sístole- Período de contração muscular cardíaca
que alterna com período de repouso.
 A cada batimento cardíaco, os átrios contraem-se
primeiro- sístole arterial.
 Os ventrículos contraem-se posteriormente,
bombeando o sangue para fora do coração, para as
artérias, o que corresponde à sístole ventricular.
Comparação
Aberta x Fechada
• Circulação aberta: tipo de circulação em que o sangue
ou hemolinfa sai do interior dos vasos e entra em contato
direto com as células. Ocorre em artrópodes e na maioria
dos moluscos

• Circulação fechada: tipo de circulação em que o sangue


flui exclusivamente dentro dos vasos.
Ex: Anelídeos, Moluscos cefalópodes e vertebrados
Simples x Dupla
• Circulação simples: tipo de circulação em que o sangue
passa uma única vez pelo coração em cada ciclo
completo. Ocorre em vertebrados de respiração branquial.

• Circulação dupla: tipo de circulação em que o sangue


passa duas vezes pelo coração em cada ciclo completo.
Ocorre em vertebrados de respiração pulmonar
Incompleta x Completa
• Circulação dupla incompleta: tipo de circulação em que ocorre
mistura dos sangues venoso e arterial no coração ou na
comunicação entre a artéria aorta e a pulmonar. Presente em
anfíbios e répteis.
• Circulação dupla completa: tipo de circulação em que não
ocorre mistura dos sangues venoso e arterial no coração.
Presente em aves e mamíferos.
- sangue venoso: sangue cuja taxa de gás carbônico é maior
que a de oxigênio.
- sangue arterial: sangue cuja taxa de oxigênio é maior que a
de gás carbônico.
O músculo cardíaco
 Músculo estriado (filamentos de actina e miosina)
 Discos intercalados – membranas celulares de céls
conectadas em série por junções comunicantes
(passagem de potencial de ação com rapidez).
 Sincício atrial e sincício ventricular separados por
um tecido fibroso que envolve os orifícios valvulares
– as contrações nestes sincícios não são contínuas.
Potenciais de ação no mm
cardíaco
1 - Canais rápidos de sódio
2 - Canais lentos de cálcio-sódio – permite entrada de sódio ou
cálcio formam um platô (0,2 s no mmA e 0,3s no mmV).
Permite a entrada de Ca++ que auxilia na contração do mm
(retículo sarcoplasmático pouco desenvolvido) e possibilita
que a frequência rítmica dos átrios seja mais rápida do que
dos ventriculos.
3 – canais de potássio
 Portanto, a força de contração depende em
grande parte da concentração de íons cálcio no
líquido extracelular.
 A duração da contração do mm cardíaco é em
função da duração do potencial de ação.
 Átrios – bomba de reforço (retardo de 1/10 s da
condução elétrica do A para o V).
 Ventrículos – principal fonte de força para
movimentar o sangue através do sistema
vascular.
 Função dos átrios como bomba – 75% do sangue flui direto para o V
portanto, algumas vezes somente em situações de muito esforço uma
pessoa que tenha comprometimento atrial ou valvular percebe
sintomas de insuficiência cardíaca como falta de ar.
 Função dos ventrículos como bomba – fase de enchimento rápido dos

ventrículos, período de contração isométrica (fechamento das válvulas


AV e abertura das válvulas semilunares), período de ejeção e fase de
relaxamento isométrico (abertura das válvulas AV), reinício do ciclo.
 Volume diastólico final – 110 a 120 ml de sangue no ventrículo.

 Débito cardíaco – quantidade de sangue que sai do coração durante

a sístole (70 ml).


 Volume sistólico final – sangue remanescente de 40 a 50 ml.

Esses valores podem se modificar em situações de esforço


Função das válvulas

 Válvulas atrioventriculares (tricúspide e mitral) – impedem o


retorno do sangue dos ventrículos para os átrios durante a
sístole. As válvulas são presas aos mm papilares pelas
cordoalhas tendinosas. Esses mm se contraem quando os
ventrículos se contraem impedindo que a projeção das
válvulas para os átrios seja muito acentuada.
 Válvulas semilunares (aorta e pulmonares) – impedem o
retorno do sangue das artérias aorta e pulmonares para os
ventrículos durante a diástole.
 Fechamento passivo
Regulação do bombeamento cardíaco
 Regulação intrínseca da bomba cardíaca – mecanismo de
Frank-Starling – quanto maior for o estiramento do músculo
cardíaco durante o enchimento maior será a força de
contração e a quantidade de sangue bombeado para a aorta.
 Sistema nervoso autonômico:

Nervos simpáticos – aumento da Frequência cardíaca, da força


de contração e o aumento do débito cardíaco.
Nervos parassimpáticos (vago) – diminuição dos batimentos
cardíacos, da força de contração e do débito cardíaco.
Excitação rítmica do coração
 Sistema especializado de excitação e condução
do coração que controla as contrações
cardíacas: nodo sinusal (nodo sinoatrial ou
nodo SA) onde é gerado o impulso rítmico
normal, as vias internodais que conduzem o
impulso do nodo sinusal para o nodo AV, o
nodo Av (nodo atrioventricular) onde o
impulso proveniente dos átrios é retardado
antes de passar para os ventrículos, o feixe AV,
que conduz os impulsos dos átrios para os
ventrículos e os feixes esquerdo e direito das
fibras de Purkinje que conduzem o impulso
cardíaco a todas as partes do ventrículos.
 Nodo sinusal – localizado na parede ântero-superior do
átrio direito. Auto-excitação das fibras do nodo sinusal
– os íons sódio tem naturalmente acesso ao interior das
fibras do nodo SA. Marcapasso natural do coração pela
alta freqüência de disparos de potenciais de ação.

Limiar
 Vias internodais – condução rápida (1m/s) do impulso pelas paredes atriais
terminando no nodo AV.
 Nodo AV – localizado na parede septal do átrio direito responsável pelo
retardo de transmissão do impulso do átrio para o ventrículo ( 0,16s -
fornece tempo para os átrios esvaziarem o excesso de sangue nos
ventrículos antes da contração ventricular). Causa: menor número de
junções comunicantes.
 Fibras de Purkinje – conduzem os impulso do nodo AV através do feixe AV
para os ventrículos. São fibras grandes com alta velocidade (1,5 a 4,0 m/s),
alta permeabilidade das junções comunicantes. Se ramifica em ramo
esquerdo e direito e se tornam contínuas com as fibras ventriculares (0,3 a
0,5 m/s).
Efeitos do sistema nervoso
autônomo
 Estimulação parassimpática (vagal) – libera
acetilcolina aumentando a permeabilidade das
membranas das fibras cardíacas ao potássio,
diminuindo todo o impulso elétrico.
 Estimulação simpática – noradrenalina
aumenta a permeabilidade da fibra ao sódio e
ao cálcio.
Artérias Coronárias
Função: oxigenar o coração.
Artéria coronária esquerda – supre as porções
anterior e lateral do ventrículo esquerdo.
Artéria coronária direita supre o ventrículo direito e
parte posterior do ventrículo esquerdo.
Seio coronário e veias cardíacas anteriores - fluxo
de sangue venoso do miocárdio para o átrio direito.
Sistema simpático – efeito final de vasodilatação.
Sons cardíacos

 Primeira bulha cardíaca (B1) – fechamento da


válvula AV – sístole do coração.
 Segunda bulha cardíaca (B2) – fechamento das

válvulas semilunares – diástole do coração.


Eletrocardiograma
Neste gráfico se distingue uma onda P
que corresponde à contração das
aurículas, e um consecutivo complexo
QRS determinado pela contração dos
ventrículos. Conclui o ciclo uma onda T.
Muitas alterações cardíacas
determinam uma modificação da onda
eletrocardiográfica normal, de modo
que o eletrocardiograma representa um
precioso meio de diagnóstico.
Exercícios
Sistema circulatório
SANGUE

É um tecido conjuntivo líquido que circula pelo


sistema vascular sanguíneo formado pelo Plasma
e pelas células sanguíneas.
- Volume total em um adulto: 5 litros
- É produzido na medula óssea
- Fundamental para a formação do sangue: ferro,
acido fólico e vitamina B12.
COMPOSIÇÃO DO SANGUE

- Parte líquida do sangue: PLASMA


● Contém 90% de água, composto por glicose, proteínas, sais,
gases (O² e CO²) hormônios, anticorpos.
- Parte sólida do sangue: CÉLULAS
● Glóbulos Vermelhos (hemácias ou eritrócitos) transporte de
O² e CO² entre os pulmões e os tecidos
● Glóbulos Brancos (leucócitos) defesa do organismo contra
invasão de microrganismos
● Plaquetas controle de sangramento, auxiliam na coagulação,
são restos ou fragmentos de células.
PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SANGUE

Nutrição: Manutenção da vida do organismo por meio do


transporte de nutrientes até os tecidos;
Respiração: Transporte de O² dos pulmões até as células, e
CO² das células até os pulmões;
Excreção: Levam escórias resultantes do metabolismo das
células até os órgãos excretores (pulmões, pele, fígado e
rins) para serem eliminados;
Proteção: Levam anticorpos e células de defesa a todo o
corpo;
Regulação: Distribuição dos hormônios e substâncias que
produzem o equilíbrio hídrico e eletrolítico ao organismo.
COMPONENTES CELULARES E FISIOLOGIA DO SISTEMA
HEMATOLÓGICO

Células Vermelhas = Glóbulos Vermelhos = HEMÁCIAS =


ERITRÓCITOS
- Anatomia: Disco bicôncavo sem núcleo.
- Função: Transportar O² para o corpo
- Existem 5 milhões de Eritrócitos em cada 1 mm³ de sangue
- Período de vida útil: Entre 115 e 130 dias
Células Brancas = Glóbulos Brancos
= LEUCÓCITOS

- Anatomia: Possuem núcleos e são capazes de


exercer uma movimentação ativa no sangue
Função: Defesa do organismo (combate infecções) e
produção de anticorpos
- Existem Entre 4 milhões a 10 milhões de células
em cada 1 mm³ de sangue.
- Período de Vida: varia de 13 a 20 dias
Os LEUCÓCITOS dividem-se em:

1- Granulócitos: Neutrófilos, Basófilos,


Eosinófilos.

2- Linfócitos ou agranulócitos

3- Monócitos (sangue) Macrófagos (tecidos)


FUNÇÕES DAS CÉLULAS QUE COMPÕEM OS
LEUCÓCITOS

2- 1- Granulócitos
Agranulócitos
3- Monócitos (sangue) Macrófagos (tecidos)
-–Neutrófilos.
Linfócitos B, Linfócitos T, Linfócitos NK.
Função: Eliminam as Bactérias, célula neoplásica.
Função: Produzem
- Basófilos/Eosinófilos.
a imunidade, Matam os
Função: Eliminam
microrganismos qualquer
invasores. agressão ao
Função: Combatem distúrbios alérgicos, infecções
organismo, fazem a limpeza de infecções e
parasitárias: ascaridíase, esquistossomose.
necrose nos tecidos (fagocitose).
PLAQUETAS = TROMBÓCITOS

São fragmentos celulares minúsculos que circulam entre as


células sanguíneas.
Anatomia: Forma de um eclipse possuem vários grânulos
internos. Seu ciclo vital é de 10 dias.
São encontradas em cada gota de sangue cerca de 150.000
a 400.000 plaquetas.
Função: Proteger o organismo contra perda excessiva de
sangue (hemorragias), juntam-se e fixam nas áreas dos
vasos lesados, formando uma espécie de tampão que
impede a saída do sangue.
HEMOGRAMA

- É um exame laboratorial de rastreamento básico, simples, de


baixo custo e mais solicitado.
- Fornece informações diagnósticas úteis sobre o sistema
hematológico e outros sistemas orgânicos, prognóstico,
resposta ao tratamento e recuperação.
- Consiste em teste que determina o número, variedade,
percentagem, concentração e qualidade do sangue.
Consiste na contagem de:

- Noções básicas qualitativas e quantitativas das células


sanguíneas fisiológicas
Leucócitos (Verificar presença de Infecção)
Hemácias (Verificar a Concentração de O² entre Pulmão ↔
Tecidos)
Plaquetas (Coagulação e controle do sangramento)
Hemoglobina (Ocorrências de Anemias)
VCM (Volume Corpuscular Médio) É base para avaliar
anemia
CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média)
Ajuda na monitorização do tratamento da anemia.
HEMOGLOBINA

Hemoglobina (Heme = Fe + Porfirina (Pigmento vermelho) /


Globina = Proteína)
É o pigmento respiratório do sangue, contido nas hemácias e
transporta oxigênio do pulmão aos tecidos e dióxido de
carbono em sentido inverso.
Valores Normais:
Homem: 13 a 18,0g
Mulher: 12 a 16,0g
↑ Valor: Desidratação, choque, queimaduras, ICC, DPOC.
↓ Valor: Anemias, deficiência de Fe+, Hemorragias.
DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS
Problemas comuns de pacientes com Distúrbios
Hematológicos

•Fadiga, Fraqueza
•Tendências a hemorragias
•Lesões na língua, gengivas ou mucosas
•Dispnéias
•Dores ósseas ou articulares
•Febre
•Erupções cutâneas e pruridos
EXAMES DE DIAGNÓSTICOS DOS DISTÚRBIOS
HEMATOLÓGICOS

1. COLETA DE SANGUE:
Punção Cutânea
-É realizada para retirar uma pequena quantidade de sangue
Locais: dedo, calcanhar, lóbulo da orelha;

Punção Venosa
-É realizada para a coleta de uma quantidade maior de
sangue

-Local: Veia
2. BIOPSIA

-É utilizada para estabelecer diagnósticos de doenças


hematológicas, avaliações de conteúdo infeccioso e
parasitários, tumores

-Locais: Aspiração da Medula óssea, nódulos linfáticos,


glândulas

-É contra indicado em pacientes com Hemofilia, e com


distúrbios de coagulação
Sequencia
fisiopatológica das
doenças
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS

ANEMIA
LEUCEMIAS
Distúrbios Plaquetários (Coagulação)
1. ANEMIAS
CONCEITO:
Diminuição do número de HEMOGLOBINA contida nos glóbulos
vermelhos como resultado da carência de um ou mais
nutrientes essenciais à manutenção do organismo ou defeitos
anatômicos das hemácias
A hemoglobina é o pigmento dos glóbulos vermelhos
(eritrócitos) e tem a função vital de transportar o oxigênio dos
pulmões aos tecidos.
-Valores normais para a concentração de hemoglobina no
sangue:
-3g∕dL para homens
-12 g ∕dL para mulheres
Principais tipos de anemia:

• Anemia Ferropriva (carência de ferro)


• Anemia Perniciosa (carências de vitamina B12 e
de ácido fólico)
• Anemias Falciforme (por defeitos genéticos)
ANEMIA FERROPRIVA

São distúrbios nas quais o conteúdo total de ferro do corpo


está abaixo do nível necessário ao organismo
Estima-se que 90% das anemias sejam causadas pela
deficiência de ferro. É considerada um dos tipos mais
comuns de anemia.
- O Ferro é um nutriente essencial para a vida e atua
principalmente na síntese (fabricação) das células
vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas
as células do corpo. Normalmente um adulto deve ingerir
entre 10 a 15mg de ferro por dia nos alimentos: carne
vermelha, fígado, beterraba, vegetais verdes (couve,
CAUSAS

-Perda crônica de sangue, pelo trato gastrintestinal nos


homens
-Sangramento menstrual frequentes nas mulheres (perda de
20mg de ferro por menstruação)
-Uso de medicamentos (aspirinas)
-Câncer no intestino.
-Insuficiente ingestão de alimentos com ferro;
-Gravidez e crescimento da criança;
-Distúrbios como síndrome da má absorção, verminoses,
miomas, hemorragias, ocasionando perdas progressivas de
ferro
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

- Hipotensão arterial devido à diminuição do volume de sangue


total
- Taquicardia e palpitação
- Fadiga; Dispnéia
- Sudorese; Cefaléia, Ansiedade; Agitação.
- Anorexia (falta de apetite). Fraqueza generalizada
- Vertigens. Desmaios frequentes
- Diminuição da função mental
- Palidez nas mucosas, glossite (inflamação na língua).
DIAGNÓSTICO

- Exame Laboratorial de sangue: Diminuição das taxas de


Hemoglobina
- Exame Clínico
TRATAMENTO ALIMENTAR

Alimentos ricos em ferro de Origem animal: – Fígado e


carnes vermelhas
Alimentos ricos em ferro de Origem vegetal:
- Leguminosas (feijão, grão-de-bico, fava, lentilha, ervilha);
nozes, castanhas, rapadura, açúcar mascavo;
- Hortaliças (couve, agrião, taioba, salsa)
Para uma melhor absorção do ferro presente nesses
alimentos é recomendado o consumo de alimentos com alto
teor de vitamina C junto com as refeições: Acerola; Abacaxi;
Goiaba; Kiwi; Laranja; Limão; Pimentão; Repolho; Tomate.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

- Medicamentos com alto teor de ferro por via oral ou


parenteral: Sulfato Ferroso
- Transfusão de Sangue: Concentrado de Hemácias e
Plaquetas
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
-Testar a presença de sangue nas fezes e urina e alertar a
pessoa para fazer esta pesquisa em casa;

-Informar a pessoa de que é normal a constipação após


administração do sulfato ferroso, devendo ter um plano de
eliminação gastrointestinal adequado ou recorrer a
emolientes, se necessário, conforme prescrição médica;

-Instruir a pessoa acerca da importância da ingestão de


ferro, presente na carne, peixe, legumes e fruta (a vitamina
C, aumenta a absorção de ferro).
ANEMIA PERNICIOSA
CONCEITO

Anemia devido a carências de vitamina B12 e de ácido fólico


- É um tipo de Anemia que ocorre devido aos erros na
maturação (retardada) e formação das Hemácias
(megaloblástica), em consequência da deficiência da
Vitamina B12 no sangue, produzida por um distúrbio na
mucosa gástrica.
A Vitamina B12 é responsável pela Maturação das Hemácias
CAUSAS

- Atrofia e defeito na mucosa gástrica prejudicando a


absorção de nutrientes
- Doença celíaca
- Tratamento da tuberculose
- Má nutrição na infância
- Deficiência na dieta materna durante a gestação pode
causar anemia perniciosa em bebês com menos de 4 meses
de idade.
- Deficiência de cobalto no organismo (elemento presente na
vitamina B12)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

- Devido à anemia: Fraqueza, Fadiga, palidez,


dispnéia, angina, edema nos MMII
- Devido a alterações no sistema gastrintestinal:
Língua lisa: glossite (língua vermelha e ardente),
- Diarréia, Adormecimento e formigamento dos pés
e das mãos (parestesia); perda de apetite,
desconforto gástrico, perda de peso, Icterícia,
Deterioração mental irreversível.
DIAGNÓSTICO

- Endoscopia digestiva
- Hemograma com VCM aumentado, Pesquisa
laboratorial da taxa de Vitamina B12
TRATAMENTO

Medicamentos, Reeducação Alimentar: Consumo de:


Carnes, Peixes, Ovos, Laticínios, Folhas Verdes

- O ácido fólico é uma vitamina do complexo B,


abundante nas folhas verdes presente em pequena
quantidade em muitos outros alimentos vegetais, e na
totalidade dos alimentos de origem animal. A fervura
prolongada dos alimentos destrói a vitamina.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Iniciar administração oral de ácido fólico (100-200 mg diários),


seguindo um regime alimentar equilibrado, de acordo com
prescrição médica e nutricional;
- Prevenir infecções;
- Promover a higiene oral do paciente;
- Encaminhar para os serviços sociais e de recuperação, os
indivíduos com hábitos alcoólicos.
- Instruir a pessoa e família acerca dos alimentos ricos em ácido
fólico tais como: ovos, couves, brócolis, alimentos ricos em
Vitamina C.
- Informar ao paciente ou a família, de que não deve cozer
demasiado os alimentos, pois a cozedura retira-lhes grande parte
ANEMIA FALCIFORME

Anemias por defeitos genético e hereditário que causa a


malformação das hemácias (responsáveis pela retirada do
oxigênio dos pulmões, transportando-o para os tecidos), que
perdem a forma discóide, enrijecem e deformam-
se, assumem forma semelhante a foices (de onde vem o
nome da doença), com maior ou menor severidade de acordo
com o caso, causam deficiência do transporte de oxigênio
pelo sangue.
A expectativa de vida dos portadores desta anemia é em
média de 42 e 48 anos.
- Dores e edemas nas mãos e pés
- Infecções bacterianas frequentes: CAUSAS pneumonias septicemia,
osteomielite
Hereditáriae -meningites.
transmite dos pais para os filhos
- Febre
- Úlcera (ferida) de Perna: ocorre mais CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES freqüentemente próximo aos
tornozelos. As úlceras podem levar anos para a cicatrização
completa.
O curso daPara prevenir
doença o aparecimento
é variável. dasapresentam
Há doentes que úlceras, osproblemas
pacientes
devem usarmais
sérios com meias grossaseeoutros
frequência sapatos
têmfechados;
problemas esporádicos de
Lesões e obstruções
saúde. Podem ocorrer:de pequenos vasos faz com que os rins percam
- Crise
sua de dor nos
capacidade deossos e nas articulações:
concentrar causado
urina causando pela obstrução
micção frequente,dee
pequenos
enurese vasosna
(urinar sanguíneos
cama) e a pelos glóbulos vermelhos em forma de
desidratação.
- foice.
Esplenomegalia (aumento do baço)
- -Morte
Icterícia
por(cor amarela
falta nos olhos,
de sangue paramucosa e pele):
os outros é o sinal
órgãos, comomais
o cérebro e
frequente da doença. Quando o glóbulo vermelho se rompe, aparece um
o coração. É uma complicação da doença que envolve risco de vida
pigmento amarelo no sangue que se chama bilirrubina, fazendo com que
e exige tratamento emergencial.
DIAGNÓSTICO

Exame Laboratorial: Eletroforese de hemoglobina.


Teste do pezinho, realizado gratuitamente antes do bebê
receber alta da maternidade.

TRATAMENTO

Acompanhamento por toda a vida por uma equipe com


vários profissionais treinados no tratamento da anemia
falciforme para orientar a família e o doente a descobrir
rapidamente os sinais de gravidade da doença.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Orientar a família sobre:


1. Os sinais e sintomas (Manifestações Clínicas) de uma
crise falciforme, como a desidratação, dor e o estresse do
paciente.
2. A importância de o hábito alimentar saudável, rico em
frutas, legumes e verduras; como também, a necessidade
do consumo de doces e proteínas.
3. Evitar mudanças bruscas de temperatura (ambiente muito
frio ou muito quente);
4. Importância da participação dos pais no cuidado e apoio
durante a internação;
Cuidados de Enfermagem durante a Hospitalização
1-
11-Assegurar
Atentar paraa os
permanência dos nos
riscos de úlcera paisMMII
durante
(pés ae pernas);
hospitalização;
12- Observar sinais e sintomas que levam ao processo de
2- Evitar mudanças bruscas de temperatura (ambiente muito
infecção;
13-
frio Mudança
ou muito de decúbito de 3 em 3 horas;
quente);
14- Realizar higiene
3- Promover ambientecorporal através
seguro de banho 1 vez ou mais ao
e tranquilo;
dia de acordo
4- Permitir usocom
deabrinquedos
necessidade; para pacientes na pediatria;
15- Realizar curativo
5- Administrar nas lesões;
analgésicos, antitérmicos e antibióticos
16- Avaliar sinais de desidratação;
prescritos e avaliar após 1 hora;
17- Avaliar sinais de choque;
6- Observar Edema nos membros inferiores;
18- Controlar os Sinais Vitais (SSVV);
7-
19-Elevar membros
Estimular aceitaçãoinferiores
da dietapara diminuir
rica em ferro eedemas;
proteína;
8-
20-Estimular movimentos
Controlar o peso diário; de membros;
9-
21-Fazer massagem
Ensinar o pacientecomcomohidratante
esvaziar a3bexiga
vezesno aoinício
dia; da crise de
10- Fazer controle hídrico;
LEUCEMIA
Em condições normais, a MEDULA ÓSSEA fabrica CÉLULAS TRONCOS
(células mães imaturas) que se desenvolvem em células sanguíneas
maduras.
A célula tronco sanguínea pode tornar-se uma célula tronco mielóide ou
uma célula tronco linfóide.
- As células tronco linfóides se desenvolvem em células brancas
sanguíneas.
- As células troncos mielóides são as células imaturas chamadas
mieloblastos e podem se desenvolver em um dos três tipos de células
sanguíneas maduras:
* Células vermelhas sanguíneas, que carregam oxigênio e outros
materiais para os tecidos do corpo.
* Células brancas sanguíneas, que combatem infecções e doenças.
LEUCEMIA
- A palavra leucemia refere-se a um grupo de cânceres que
afetam as células do sangue caracterizadas pelo aumento
acentuado da quantidade dos leucócitos.
A Leucemia se desenvolve na medula óssea.
-Inicialmente a leucemia afeta a medula óssea, depois se
espalha para os nódulos linfáticos, baço, fígado, Sistema
Nervoso Central.
- É um Câncer do sangue. Pode ser aguda ou crônica e
pertence à família das neoplasias.
Neoplasia: Crescimento celular desordenado com mudanças
nas características das células Podem ser Malignas
= CÂNCER, ou Benignas
TIPOS DE LEUCEMIAS

-LINFÓIDE: É o crescimento rápido das células linfócitas


(glóbulos brancos) imaturas

-MIELÓIDE: São alterações genéticas no DNA das


células mielóides que são as células vermelhas sanguíneas
ou plaquetas anormais, produzidas na medula óssea, que
bloqueia a produção das células normais (Não é linfócitica).
As Leucemias podem ser:

Agudas — aquelas de início e evolução rápidas

►LLA – Leucemia Linfóide Aguda


►LMA – Leucemia Mielóide Aguda
São mais frequentes em crianças e adolescentes
Crônicas — aquelas em que a instalação é lenta.

►LLC – Leucemia Linfóide Crônica


►LMC – Leucemia Mielóide Crônica
São mais freqüentes em adultos e idosos
CAUSAS
Fatores Hereditários (histórico de câncer na família)
Diversos produtos alimentícios industrializados são capazes de
promover alterações das células sangüíneas, como:
- Açúcar branco refinado (produz perda de minerais importantes,
como o magnésio, o zinco, o cromo, o selênio)
- Aditivos sintéticos - corantes, aromatizantes etc,
- Sacarina, os ciclamatos - presentes em praticamente todos os
produtos "diet"
- Hormônio sintético aplicados ao gado bovino, frango, porcos para
produzir mais peso, também presente nos ovos de granja
- Sulfito de sódio - usado para dar cor nas carnes do açougue e
nas carnes industrializadas, como a salsicha, presunto, linguiça,
salame, mortadela.
- Nitrato de potássio - aplicado às carnes e produtos
perecíveis para maior conservação
- Óleos industriais - presentes nos salgadinhos
industrializados empacotados
- Benzopireno - um dos maiores cancerígenos ambientais,
presente nas gorduras escuras das frituras, na carne dos
hambúrgueres industrializados.
Nicotina, tabaco, alcatrão – Presentes no cigarro.
Monóxido de Carbono (CO): é um gás, não inflamável,
inodoro, incolor, muito perigoso tendo em vista seu alto teor
de toxicidade, presente no resultado da queima de
combustíveis.
Contato com materiais radioativos
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

- Anemia (Diminuição das células vermelhas),


- Infecções (Diminuição das células brancas)
- Hematomas e Hemorragias (Diminuição das
plaquetas).
- Dispnéia (Diminuição do transporte de O² pelas
células vermelhas)
- Fadiga; Dores nos ossos e articulações.
- Vômitos e náuseas; Palidez;
- Cefaléia; Suores noturnos; Desnutrição.
- Visão dupla; desorientação mental; febre alta
- Falta de apetite (anorexia); perda de massa muscular e
peso corporal, acentuada (caquexia)
- Manchas roxas (equimoses) no corpo não relacionado a
traumas;
- Pontos vermelhos na pele (petéquias);
- Comprometimento das ínguas (gânglios linfáticos);
- Aumento do fígado e do baço (hepatoesplenomegalia)
DIAGNÓSTICO

-Exame de Sangue: Hemograma completo (Aumento


acentuado nos valores de todas as células brancas –
Leucócitos);

-Mielograma: Coleta de amostra de sangue retirada da


medula óssea (após anestesia local, uma agulha especifica
é introduzida no osso da bacia ou no esterno. Uma amostra
é retirada com uma seringa, indo posteriormente para
análise no laboratório).
TRATAMENTO

- QUIMIOTERAPIA E TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA


LLA e LMA - As leucemias que ocorrem em crianças e
adolescentes progridem rapidamente e o tratamento deve ser
iniciado imediatamente após o diagnóstico. Sem este
tratamento ocorre morte em semanas ou meses.
LLC e LMC – As leucemias que ocorrem em adultos e idosos,
tem uma progressão lenta, as células se acumulam no
sangue e amadurecem de forma anormal. O tratamento só
poderá ser realizado de acordo com a evolução da
monitorização das modificações nestas células.
- O tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que
a medula óssea retornar a produzir as células normais.
O grande progresso para o tratamento da leucemia é obtido através da
associação de medicamentos (Quimioterapia), controle das
complicações infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da
doença no sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal).
A duração do tratamento é entre um e dois meses após o início (fase de
indução de remissão), quando os exames não mais evidenciam células
leucêmicas.
- A Quimioterapia é um conjunto de drogas para destruir as células
neoplásicas, possui ação vesicante (Irritam as paredes do vaso, e são
capazes de causar necrose vascular)
- A leucemia Mielóide aguda (LMA) é uma doença potencialmente curável;
- Para alguns casos, em que a poliquimioterapia não obtém sucesso é
indicado o transplante de medula óssea.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
1. Conhecer os efeitos adversos da Quimioterapia utilizada,
classificação e ação dos agentes e interações entre as
drogas.
2. Atentar para o tipo de tratamento, evolução clínica
(estágio da doença) e ainda para a história de tolerância aos
ciclos anteriores de quimioterapia.
3. Observar presença de hiperemia, edema, dor no sítio de
punção durante a administração dos quimioterápicos;
4. Monitorar os sinais de infecção;
5. Avaliar sinais vitais e iniciar curva térmica (controle da
temperatura);
6. Na presença de alterações indicativas de infecção, colher
7. Proceder à transfusão sangue com Concentrado de
Hemácias quando prescritos;
8. Encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética para
estruturação de uma dieta adequada;
9. Administrar suplementos férricos (Sulfato Ferroso)
quando prescritos;
10. Incentivar períodos mais prolongados e freqüentes de
sono e repouso;
11. Proporcionar um ambiente seguro, calmo.
12. Providenciar cobertores (caso de hipotermia) e roupas
adicionais (casos de sudorese excessiva);
DISTÚRBIOS
PLAQUETÁRIOS
-Coagulação
Para que uma –coagulação aconteça
É o processo nanormalmente,
formação éde um
necessário que todos os fatores, numerados
coágulo de fibrina para parar um sangramento e
convencionalmente de I a XII, trabalhem na sequência dos
ajudar
seus a reparar
próprios o tecido danificado. Desordens na
números.
-coagulação
Cada um tem podem levar a eum
a sua importância aumento
todos no risco
eles trabalham
de hemorragia,
conjuntamente trombose
para ou embolismo.
que a coagulação possa ocorrer. Mas
se um dos membros não trabalha como os outros, o
trabalho
Fator deficacoagulação:
incompleto paraÉformar
uma oproteína
coágulo enecessária
terminar ou
estancar uma hemorragia.
para o sangue coagular normalmente.
As pessoas com hemofilia que não têm atividade de um dos
fatores 8 (VIII) ou 9 (IX) sangram espontaneamente.
HEMOFILIA

CONCEITO

- A hemofilia é um distúrbio na coagulação do sangue.


É uma doença genético-hereditária que se caracteriza por
desordem no mecanismo de coagulação do sangue e
manifesta-se com maior frequência no sexo masculino.
Genética
Mulheres têm dois cromossomos X (XX), enquanto
homens têm um X e um Y (XY). Somente o cromossomo
X carrega os genes relacionados aos fatores de
coagulação.
O Hemofílico tem somente os cromossomos (YY)
TIPOS DE HEMOFILIA

1- Hemofilia A – Paciente têm deficiência (pouco ou nenhum)


fator de coagulação tipo VIII. Ocorrem em cerca de 90% das
pessoas com hemofilia.
2- Hemofilia B - têm deficiência (pouco ou nenhum) fator de
coagulação tipo IX.
3- Hemofilia Adquirida:
Em casos raros a hemofilia pode ser adquirida. Isso pode
acontecer quando o corpo fabrica anticorpos contra fatores de
coagulação na corrente sanguínea. Esses anticorpos podem
impedir que os fatores de coagulação funcionem.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

- HEMORRAGIAS - Sangramento abundante que demora muito a parar


- HEMARTROSES (sangramentos repetidos) atingido e desgastando
principalmente as articulações, cartilagens, os músculos e, depois, a
parte óssea.
- ARTROPATIA do hemofílico (comprometimento da articulação que leva à
artrose da junta e resulta em desvios, retrações ou encurtamento do
membro afetado).
- EPISTAXE (sangramentos pelo nariz)
- Dores nas articulações
- Atrofia muscular,
- Dores intensas
O hemofílico pode sangrar internamente, especialmente nos joelhos,
tornozelos e cotovelos. Esse sangramento pode danificar órgãos ou
TRATAMENTO

Não há cura para a hemofilia, existem vários estudos que procuram


melhores tratamentos. Controla-se a doença com injeções regulares
dos fatores de coagulação deficientes.
- Medicamentoso: Fator anti-hemofílico
- Aplicações de gelo - O gelo ajuda e deve ser colocado, no mínimo,
três vezes por dia, durante 15 ou 20 minutos, não só imediatamente no
início do sangramento, mas até que a hemorragia cesse e o processo
regrida.
- Imobilizar a articulação para poupar o órgão e aliviar a dor.
- Repouso absoluto
- Vitamina K (Kanakion)
- Fisioterapia com profissional especializado para não desencadear
novas hemorragias.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
* Proteger o portador de Hemofilia de traumatismos;
* Imobilizar as articulações em casos de hemorragias
articulares;
* Observar e anotar episódios hemorrágicos;
* Adotar cuidados especiais na realização de tricotomias,
lavagens intestinais, aplicação de calor;
* Auxiliar na higiene oral, atentando para não machucar a
gengiva e mucosa oral; Proteger de traumatismos;
* Providenciar cartão de identificação do hemofílico, que
deverá conter: grupo sanguíneo, fator Rh, pessoa a ser
avisada em caso de urgência, nome do médico e endereço
do hospital em que faz tratamento.

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