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Análise dos Exames

Laboratóriais
Prof. Me Wilma Galvão
LEUCOGRAMA
LEUCOGRAMA
• baixa sensibilidade e especificidade
• é preciso considerar o contexto clínico
• variáveis : idade, sexo, raça, doenças, uso de medicamentos
LEUCOGRAMA
• Realiza-se a contagem expressa em valores relativos e absolutos
• Realiza-se o estudo da morfologia dos neutrófilos, linfócitos e
monócitos
• Avaliação dos seguintes índices:
• Contagem total de leucócitos
• Contagem diferencial de leucócitos (CDL);
• Neutrófilos (Bastonetes e Segmentados);
• Eosinófilos;
• Basófilos;
• Linfócitos;
• Monócitos.
LEUCOGRAMA
Contagem total de leucócitos
- VR: 5.000 a 10.000 mm3
- Recomenda-se considerar sempre os valores absolutos
- Leucocitose ou leucopenia
- discreta ou leve
- moderada
- acentuada
- As leucocitoses ocorrem basicamente em três situações:
- Leucocitose fisiológica: geralmente de grau leve é comum em gestantes, RN, lactantes, após
exercícios físicos e em pessoas com febre;
- Leucocitose reativa: notadamente relacionada ao aumento de neutrófilos e se deve às
infecções bacterianas, inflamações, necrose tecidual e doenças metabólicas;
- Leucocitose medulares: relacionada a doenças mieloproliferativas (leucemias mieloides,
policitemia vera, mieloesclerose) e linfoproliferativas (leucemias linfoides e alguns linfomas).
LEUCOGRAMA
Contagem total de leucócitos
- VR: 5.000 a 10.000 mm3 Causas de diminuição
- indivíduos com reservas medulares
- As leucopenias: exauridas ex:
- associada a uma variedade de infecções (em geral viral) - quimioterapia recente;
- associada a um maior destruição, menor produção ou - medicamentos imunossupressores;
- desnutrição;
menor sobrevida - algumas infecções virais ex:
- muitas vezes se deve a diminuição de neutrófilos - influenza,
- sarampo,
- hepatite infecciosa,
- rubéola,
- HIV/AIDS
LEUCOGRAMA Variações:
➢ 7.700 neutrófilos/μL - neutrofilia
Contagem total de Neutrófilos ➢ 2.000 neutrófilos/μL - neutropenia

- VR: 100 a 400 mm3 (bastões)


2700 a 6.200 mm3 (segmentados)
- Os neutrófilos segmentados são as primeiras células sanguíneas recrutadas para
o sítio inflamatório. Leucócitos polimorfonucleares (PMNs)
- Em infecções mais severas, o neutrófilo bastonete pode aumentar na circulação
(desvio à esquerda).
- Formam radicais livres (ânion superóxido) e espécies reativas de oxigênio (EROs)
como resultado dos processos digestivos
- Sobrevida de poucas horas: sua produção é constante
LEUCOGRAMA
Variações:
Contagem total de Neutrófilos ➢ 7.700 neutrófilos/mm3 - neutrofilia
- VR: 100 a 400 mm3 (bastões) ➢ 2.000 neutrófilos/ mm3 - neutropenia
2700 a 6.200 mm3 (segmentados)
Neutrofilia: ↑ valores absolutos (idade; raça, estado fisiológico)
- ex: > 7.700 /mm3 para adulto branco
> 6.160/mm3 para adulto negro
> 3 – 15.000 mm3 recém nascidos com desvio a esquerda
- na gestação ocorre desvio a esquerda e alterações morfológicas com granulação e corpúsculo de
Dohle

Mecanismos fisiopatológicos
- Aumento da produção e/ou liberação medular: resposta adequada a um infecção; processo
inflamatório crônico ou proliferação neoplásica
- Alteração da distribuição de células entre os compartimentos circulantes e marginalizados:
desmarginalização: descargas adrenégicas, uso de corticoides, exercício físico; convunsões.
- Alteração na migração dos neutrófilos para os tecidos: uso de esteroides, patologia congênita que
podem diminuir o pool marginal e aumento da permanência na circulação
LEUCOGRAMA
LEUCOGRAMA

NEUTROFILIA

- Aguda: instala-se em minutos, horas ou dias → desmarginalização

- Crônica: semanas a meses → depende da produção medular


LEUCOGRAMA
NEUTROFILIA INFECCIOSA
➢ aumento da liberação da reserva medular para o Pool circulante como consequência
do aumento da migração dos neutrófilos para os tecidos em resposta a bactérias,
citocinas, fatores de crescimento (áreas infectadas, inflamadas, traumatizadas ou
necróticas)
➢ Infecções agudas: cocos piogênicos → Leucocitose com neutrofilia
➢ Germes com cápsula lipoica (bacilo Koch, de Hansen,etc)
➢ Exercem ação leve: reação linfoide
➢ Exercem ação moderada: reação monocitária
➢ Exercem ação intensa: reação mieloide
➢ Fato que é aceito para interpretação:
➢ Aumento de monócitos – sugere infecção crônica
➢ Linfocitose na fase crônica – sugere tendência a cura
➢ Diminuição de eosinófilos – sugere infecção grave (anaeosiofilia)
Honda e cols. (2016)
Estabeleceram fases para infecção bacteriana
→1ª FASE: 12-24h após infecção: ↓ número de leucócitos
- não ocorre desvio a esquerda ( sem células do pool medular)
- neutrófilos circulantes e do pool marginal migram para tecidos
→2ª FASE: ↑ número de leucócitos
- desvio a esquerda – aumento do número de bastões na circulação, e
células medulares, quanto mais grave a infecção maior esse número
- se o número de leucócitos cair abaixo do mínimo significa que a
medula não está conseguindo acompanhar a demanda
→3ª FASE: ↓ redução do desvio a esquerda – recuperação da infecção bacteriana
a contagem de leucócitos permanece acima dos VR
se isso não ocorre: neutrófilos produzidos = neutrófilos consumidos
→ 4ª FASE: número de leucócitos normal sem desvio a esquerda → infecção controlada
Valores do
desvio
refletem a
gravidade da
infecção e o
tempo de
duração da
infecção

Novo aumento
de bastão
refletem
complicação
Desvio a esquerda significa o
aumento do numero de bastao (> 6
- 10%) e a presença de formas mais
imaturas da linhagem dos
neutrófilos

isso é proporcional a gravidade da


infecção. A medula esta sendo
solicitada de maneira intensa em
resposta a um aumento de
demanda tecidual e está ocorrendo
grande destruição de neutrófilos.

A medida que o desvio diminui isso


indica que está ocorrendo uma
evolução favorável, e a infecção é
controlada
O paciente relata dores sem uma causa física,
RESULTADO VR
alterações de sono, perda de energia, irritabilidade,
ERITROGRAMA baixo desempenho. Relata trabalhar como motorista
Eritrocitos 5 4 – 6 .106 e não pratica atividade física regular.
Hb 14 13 – 18 Leucocitose fisiológica: adaptativa (leve) ?
Ht 42 42 – 54 Um aumento na concentração sérica de glicocorticóides
VCM 83 82 -92 leva a:
HCM 28 27 -32
- liberação de neutrófilos maduros para a circulação e
diminuição da migração dos neutrófilos para o tecidos. Causam
CHCM 31 31 -35 demarginação endotelial dos neutrófilos, resultando no
RDW 12 11,5 -14,5 aumento temporário de neutrófilos.
LEUCOGRAMA - Não houve desvio à esquerda
- A redução do número de eosinófilos ocorre na presença de
Leucócitos 11.000 5.000 – 10.000 níveis elevados de corticóides
Bastonetes 200 0 - 400 - Diminuição do número de linfócitos na circulação,
Segmentados 7.500 2.700– 6.200 possivelmente pela redistribuição deles, e pela prioridade
neutrofílica;
Basófilos 20 10 - 150 - hiperadrenocortismo a queda dos números de linfócitos
Eosinófilos 60 50 - 500 pareça ser decorrente de linfólise.
Linfócitos típicos 1000 1.100 – 3.300 - Os glicocorticoides alteram a recirculação linfática,
contribuindo para a linfopenia.
Monócitos 800 150 - 700 - Monocitose induzida por cortisol pode provocar também a
demarginação
LEUCOGRAMA
Leucocitose reativa: infecciosa, inflamatória, necrose
Paciente diagnosticado com quadro de tecidual (moderada)
apendicite fez leucograma e resultados estão A presença de células jovens, associado a uma
apresentados abaixo leucocitose com neutrofilia, sugere fortemente a
existência de uma infecção aguda.
É o tipo mais comum de leucocitose
RESULTADO VR
LEUCOGRAMA Desvio a esquerda escalonado:
Leucócitos 21.000 5.000 – 10.000 segmentados>bastões>metamielócitos>mielócitos>pro
Mielócito 110 0 mielócitos
Metamielócito 220 0
↓ dos eosinófilos
Bastonetes 1025 0 - 400 ↑ dos monócitos (aguda→ crônica) – acima de 20%
Segmentados 18.000 2.700– 6.200 atenção pq células como blastos, lifoblastos são contadas
Basófilos 20 10 - 150 como monócitos em função da semelhança (aparelho)
Eosinófilos 25 50 - 500 ↓ leucócitos (aguda) – mobilização para tecido p/
reconhecimento antigênico. Desvio prioritário de
Linfócitos típicos 1.000 1.100 – 3.300
produção de células neutrofilicas
Monócitos 700 150 - 700
PCR proporcional a gravidade do processo inflamatório
Além das infecções bacterianas também são causas de
leucocitose:
•Processos inflamatórios, como uma pancreatite aguda,
Causas mais frequentes de apendicite ou colecistite.
•Cetoacidose diabética.
leucocitose com neutrofilia •Infarto do miocárdio.
•Exercício extenuante.
- Infecções bacterianas: •Tabagismo.
•Doenças autoimunes.
pneumonia, otite, amigdalite, •Crise convulsiva.
meningite, sinusite, erisipela, •Pós-operatório de grandes cirurgias.
•Medicamentos: corticoides, epinefrina, lítio, fator de
osteomielite e pielonefrite. crescimento hematopoiético, ácido retinoico…
•Cocaína.
•Tumores.
•Leucemia.
•Choque térmico.
Raramente, uma infecção com desenrrolar + provoca uma
LEUCOGRAMA leucocitose que ultrapassa o valor de 30.000 cel/microL.

Reação
Quadros Leucemoide
que levam a RLNneutrofilica (RLN)
- Decorrente de infecções graves
-Infecções
Contagemgraves: meningite, tuberculose, difteria, pneumonia
de leucócitos acima de 50.000 mm3
-Inflamação
Neutrofilia com
grave com desvio a esquerda
lesão tecidual: grandes(queimados
inclusive presença de blastos)
com escalonamento maturacional
-Intoxicações: mercúrio
Nesses casos sugere-se diferenciação da Leucemia mieloide crônica
(LMC):
Carcinomas com metástases
- análise morfológica osseas sanguíneo (alterações morfológicas importantes como
do esfregaço
granulações azuróficas ou tóxicas, vacúolos, corpúsculos de dohle - inespecífico)
- reação para
Hemorragias fosfatase
graves alcalina leucocitária
e quadros agudos de(↑RLN e ↓LMC)
hemólise
- testes citogenéticos e moleculares.
- Nas Leucemias os leucócitos chegam a mais de 100.000 cel/microL.
Politraumatismos
- Eosinofilia e basofilia ocorre na LMC e não é esperada na RLN
O hemograma é sugestivo de Leucemia RESULTADO VR
Mielóide Crônica ERITROGRAMA

Caso clínico
As principais características laboratoriais da Eritrocitos 2,99 4 – 6 .106
LMC são: Hb 9 12 – 18
• Mulher de 56 anos relata ao clínico cansaço, Ht 32 41 – 54
- mal-estar
leucocitose geral,
acentuada, com formas
manchas jovens,
na pele, e
podendo chegar atéQueixa-se
a forma detambém
blastos. falta VCM 82 82 -92
abdômen inchado.
- de
Há apetite
desvio àe esquerda, escalonado. (algumas HCM 27 27 -32
perda de peso. O exame clínico
vezes não)palidez, hepato-esplenomegalia, CHCM 30 31 -35
revelou
- além de ofebre.
É comum Solicitou
aumento o hemograma e
de basófilos RDW 22 11,5 -14,5
- provas hepáticas.
a anemia normocítica e normocrômica, LEUCOGRAMA

- a esplenomegalia Leucócitos 387.000 5.000 – 10.000


- Prova citogenética - presença do Blastos 11.610 0
cromossomo Philadelphia em 95% das LMC Pro-mielócito 19.350 0
Plaquetograma Resultado VR Mielócito 34.830 0
Plaquetas 40.000 150.000 a 450.000 սl Metamielócito 50.310 0
Basófilo 19.350 10 - 150 Bastonetes 92.880 0 - 400
Eosinofilo 15.480 50 - 500 Segmentado 131.580 2.700– 6.200
Monócitos 3.870 150 - 700 Linfócitos típicos 7.740 1.100 – 3.300
O hemograma é sugestivo de Leucemia RESULTADO VR
Mielóide Aguda, devido ao grande número de ERITROGRAMA

Caso clínico
blastos (Esfregaço confirma) Eritrocitos 3 4 – 6 .106
Os exames complementares sugeridos são Hb 8 13 – 18
punção de medula óssea e relato
citoquímica Ht
• Homem com 61 anos de de VCM
22 41 – 54
mieloperoxidase
muita fraqueza e confusão
75 82 -92
HCM 22 27 -32
Podemental.
tratar-seApresentou manchas
de Leucemia Mielóide na
Aguda CHCM 28 31 -35
pele.
pelas Há uma
seguintes semana tem febre
razões: RDW 18 11,5 -14,5
e muitaacentuada
• leucocitose sudoração. O médico LEUCOGRAMA
examinou
• presença o paciente
prevalente e solicitou o
de blastos Leucócitos 193.000 5.000 – 10.000
• blastos visualizados no esfregaço de MO
hemograma. Blastos 150.540 0
• comprovado por citoquímica específica. Pro-mielócito 5.790 0
Metamielócito 3.860 0
Plaquetograma Resultado VR Bastonetes 9650 0 - 400
Plaquetas 90.000 150.000 a 450.000 սl Segmentado 15.440 2.700– 6.200
Basófilo 1.500 10 - 150 Linfócitos típicos 1.930 1.100 – 3.300
Eosinofilo 1.200 50 - 500 Monócitos 1.850 150 - 700
Neutropenia
• Valores inferiores a 2000 a 1800 adultos brancos
• Pode acontecer pelos seguintes mecanismos:
1. Diminuição da Produção (anemias, problemas na MO)
2. Destruição aumentada
3. Liberação medular defeituosa
4. Redistribuição dentro dos vasos: marginalização
5. Retenção no baço
6. Sobrevida diminuída (neutropenias imunes)
7. Rápido transporte para os tecidos e a MO não acompanha (sepse)
LEUCOGRAMA Variações:
➢ 7.700 neutrófilos/μL - neutrofilia
➢ 2.000 neutrófilos/μL - neutropenia

Neutropenia
- Defesas cutâneas e mucosas diminuídas
- Infecções de repetição: otite, sinusite, diarreia, cistite
- Etnica: africanos e asiáticos (assintomático)
- Uso de medicamentos
- Infecções virais
- Doenças autoimunes
- < 500 → é grave e está relacionado com a reserva medular depletada (anemia aplasica, leucemia,
quimioterápicos)
- Neutropenia febril: situação de urgência – risco de sepse (usar antibióticos, fator de crescimento de
granulócito (G-CSF)
Caso clínico
Paciente de 25 anos, internado, RESULTADO VR
com diagnóstico de esquizofrenia LEUCOGRAMA
grave e refratária. Iniciada a Leucócitos 2.500 5.000 – 10.000
clozapina, observou-se excelente
resposta. Foi feito o Bastonetes 0 0 - 400
acompanhamento hematológico, Segmentados 900 2.700– 6.200
visto esse fármaco ter uma Basófilos 20 10 - 150
potente ação agranulocítica. Eosinófilos 55 50 - 500
Hemogramas seriados foram Linfócitos típicos 1.500 1.100 – 3.300
realizados nas: 1ª semana: 4ª; 8ª Monócitos 700 150 - 700
e 12ª semana.
Os resultados mostraram crescente contagem de reticulócitos para avaliação da função medular
agranulocitose. A suspensão do uso levou a recuperação
EOSINOFILIA
• VR: 50 – 500 mm3
• ↑ acima de 500/mm3
• classificação : leve (500-1500), moderada(1500 – 5000) e intensa (acima 5000)
• Causas:
1. Parasitoses: fazem ciclo pulmonar com risco de desenvolver síndrome de loeffler
2. Doenças alérgicas e atópicas: asma, rinite, urticaria, eczema, reações as drogas
3. Doenças respiratórias: fibrose cística
4. Insuficiência adrenal
5. Artrite reumatoide
6. Doença celíaca
7. Doenças neoplásicas
EOSINOPENIA
• VR: 50 – 500 mm3
• ↓ abaixo de 50/mm3
• Na fase inicial de processos infecciosos agudos (apendicite, abdômen
agudo) ocorre um estímulo do eixo hipófise – suprarrenal que
provocará eosinopenia
• a superprodução de cortisol pelas adrenais irá produzir eosinopenia e
linfocitopenia- um critério diagnóstico importante
• tratamento com corticoides e adrenalina tende a levar a eosinopenia
BASOFILIA (VR: 10 – 150 mm3)

DISTÚRBIOS RELACIONADOS AOS BASÓFILOS


BASOFILIA
Alergia ou inflamação: colite, alimentos, drogas, inalantes
Urticária
Artrite Reumatoide
Diabetes mellitus, hipotireoidismo
Infecção: influenza; tuberculose
Deficiência de ferro
Neoplasias: carcinomas, LMC,
BASOFILIA (VR: 10 – 150 mm3)

DISTÚRBIOS RELACIONADOS AOS BASÓFILOS


BASOFILOPENIA
Hereditária
Uso de glicocorticoides
Urticária
Anafilaxia
Hipertireoidismo
Uso de drogas
LINFOCITOSE
• VR: 1.100 – 3.300 mm3
• ↑ de 4.500 mm3
• na maioria das vezes tem caráter benigno
• Diagnóstico depende: clínica, idade, morfologia
• Causas benignas
- Infecções principalmente as de etiologia viral
- Doenças autoimunes; reações de hipersensibilidade
- Medicação, trauma, vacinação, após retirada do baço, tabagismo
- Na fase de recuperação de uma infecção bacteriana aguda
- No adulto observação cuidadosa – excluir neoplasia - morfologia
No adulto ter observação cuidadosa – excluir neoplasia – morfologia
- células de aspecto pleomórfico → maior probabilidade de uma linfocitose reativa – morfologia aparece
como linfócitos atípicos de vários tamanhos e formas
( linfocitose raramente excede 30.000 mm3 )
LINFOCITOSE
• Causas malignas
- No adulto ter observação cuidadosa da morfologia
- células de aspecto monomórfico → suspeita
neoplásica (origem monoclonal)
- linfócitos frágeis
REAÇÃO LEUCEMOIDE LINFOIDE
• ↑ de 100.000 mm3
• quadros clínicos reacionais em que a linfocitose é com valores
esperados em pacientes com leucemia linfoide
• coqueluche, dermatite herpetiforme, varicela,
• câncer de estomago, melanoma metastático,
• câncer de mama,
• tuberculose miliar, entre outras
Caso clínico •Paciente
Sugestivo de Leucemia
criança de 5 anoslinfoide
apresentaaguda
letargia,
comum em crianças (pico 2-5 a)
fadiga, fraqueza e palidez. Dor nas pernas e
RESULTADO VR •braços
causaprincipalmente
desconhecidajoelhos
> 5% dee origem
cotovelo. Os
LEUCOGRAMA genética
pais relatam perda de peso e do apetite, nos
Leucócitos 27.000 5.000 – 10.000 • Mielograma = 80% de blastos linfóides.
últimos 3 meses. Apresentou episódios de
Bastonetes 0 0 - 400 •sangramento
infiltração na na medula
gengiva e ósseana pele.
hematomas por
Segmentados 900 2.700– 6.200 linfoblastos
Presença de febre noturna esporádica (38-
Basófilos 10 10 - 150 • insuficiência medular
38,5ºC). Procurou assistência médica anterior
Eosinófilos 40 50 - 500 •recebendo
As doresdiagnóstico
osteo-articulares
de podem
infecção de ser
vias
Linfócitos atípicos 21. 600 0 predominantes em 50% dos pacientes.
aéreas superiores sendo
acompanhada por medicado com
sangramentos,
Linfócitos típicos 200 1.100 – 3.300
infecções ee anemia
antibiótico xarope para tosse. Medico
Monócitos 100 150 - 700
solicitou hemograma
Plaquetas 20.000 150.000 a 450.000 սl
Caso clínico • Sugestivo de Leucemia Linfocítica Crônica.
Paciente sexo masculino, 79 anos
• É uma doença que acomete, principalmente idosos.
RESULTADO VR de idade, foi ao cardiologista para
• Linfocitose assintomática no sangue periférico e
LEUCOGRAMA uma avaliação de rotina. Como
linfoadenopatia.
Leucócitos 60.600 5.000 – 10.000 parte dopelocheck-up,
• É caracterizada o médico
acúmulo de linfócitos B maduros
em sangue periférico (>5.000/mm³). Ou seja, não são
Bastonetes 0 0 - 400 solicitou
blastos e devem o ser
hemograma
contados como elinfócitos
outrosna
Segmentados 2.424 2.700– 6.200 exames
contagem complementares.
diferencial.
• Apesar
Nota: de paciente
alguns previamente
pacientes desenvolverem
Basófilos 20 10 - 150 linfoadenomegalias, esplenomegalia e hepatomegalia,
Eosinófilos 55 50 - 500 saudável
muitos dos pacientese sãosem alterações
assintomáticos, no
e a suspeita
ocorre de forma acidental com a realização dos exames
Linfócitos atípicos 25.240 0 de exame
rotina. físico
Monócitos 300 2.424 O hemograma
• O diagnóstico apresentou
é confirmado os
com base no imunofenotipo
dos linfócitos do sangue periférico ou da medula óssea,
Linfócitos típicos 30.906 1.100 – 3.300 com seguintes resultados:
expressão aberrante do marcador T CD5,
Plaquetas 173.000 150.000 a 450.000 սl
LINFOPENIA
• VR: 1.100 – 3.300 mm3
• ↓ de 1.000 mm3
• pacientes hospitalizados é uma resposta normal ao stress
• pacientes com contagem < 600 mm3 prognostico desfavorável – recaída (linfoma )

Causas mais comuns


Cirurgias, queimaduras, infecção aguda, insuficiência hepática fulminante
IRA e IRC (insuficiência renal aguda e crônica)
Uso de corticoides
Carcinomas, Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin
HIV
Anemia ferropriva e megaloblástica
Caso clínico
• Paciente com a COVID-19.
• A COVID-19 é uma infecção sistêmica com impacto significativo no sistema
hematopoiético e na hemostasia.
• No período de incubação (1 a 14 dias) na fase inicial da doença: com sintomas inespecíficos –
Nº de leucócitos e linfócitos no sangue periférico é normal ou ligeiramente reduzida.
• Após os 1º sintomas, há um aumento dos sintomas com pronunciado aumento de mediadores
inflamatórios e citocinas, que tem sido caracterizado como uma “tempestade de citocinas”. Neste
momento: uma linfopenia (absoluta e relativa) significativa se torna evidente.
• Explicada como uma resposta imune defeituosa ao vírus
• Linfopenia grave < 600 significa indicador de admissão em UTI
• Neutrofilia como resposta as citocinas inflamatórias – estado hiperinflamatório
• ↑ Razão neutrófilos/linfócitos (RNL) observada no grupo de pacientes com
evolução mais grave em comparação ao grupo com clínica mais branda
MONOCITOSE
• VR: 150 – 700 mm3
• >1.000 em adultos
• > 3.500 em neonatos
• participa de processos infecciosos e inflamatórios agudos e crônicos
• condições imunológicas, reações de hipersensibilidade
• Reparo tecidual
• 1º sinal de recuperação de infecções agudas graves, neutropenia
severa e após quimioterapia antineoplásica (bom prognostico)
MONOCITOPENIA
• VR: 150 – 700 mm3
• < 100 mm3

• acompanha processos como anemia aplástica, ou induzida por


quimioterapia, radio ou uso de corticoides
• Infecções virais
• Leucemias
• Desnutrição
PLAQUETOGRAMA
PLAQUETOGRAMA
- VR: 150.000 a 450.000 սl

• Avaliação dos seguintes índices:


• Contagem total de plaquetas
• Volume plaquetário médio (VPM);
• Plaquetócrito (PCT)
• Anisocitose plaquetária (PDW)

• Clinicamente há dois eventos extremos que são considerados os mais


relevantes, estes são a hemorragia (Trombocitopenia) e trombose
(Trombocitose). É também importante em processos neoplásicos
PLAQUETOGRAMA
- VR: 150.000 a 450.000 սl
• Alterações quantitativas
TROMBOCITOPENIA (↓ de 150.000/ul)
Insuficiência na produção: presença de macroplaquetas pode sugerir
renovação acelerada. Quando ocorre junto com alterações eritrocitárias e
leucocitárias suspeita-se de defeito na medula (aplasia, leucemia, infiltração,
síndrome mielodisplásica) – “fazer mielograma para definir diagnóstico”

Sobrevida reduzida: diabetes, aterosclerose coronariana, aids, uso de drogas


PLAQUETOGRAMA
- VR: 150.000 a 450.000 սl
• Alterações quantitativas
TROMBOCITOPENIA (↓ de 150.000/ul)
Insuficiência
CONTAGEM na produção: presença de
DE PLAQUETAS macroplaquetas
RISCO DE HEMORRAGIA pode sugerir
renovação acelerada. Quando ocorre junto com alterações eritrocitárias e
> 100.000 / ul NENHUM
leucocitárias suspeita-se de defeito na medula (aplasia, leucemia, infiltração,
50.000 - 100.000
síndrome / ul
mielodisplásica) –Não há mielograma
“fazer risco de sangramento espontâneo;
para definir diagnóstico”
Pode haver risco em caso de trauma ou cirurgia
20.000 - 50.000
Sobrevida / ul diabetes,
reduzida: Pode haver risco coronariana,
aterosclerose espontâneo baixo;
aids, uso de drogas
Há risco em caso de trauma ou cirurgia
10.000 - 20.000 / ul Risco Hemorrágico
< 5.000 – 10.000 / ul Alto risco que pode ser fatal
+ comum
Efeito supressor

Sequestro de plaquetas
no baço aumentado

VPM ↑
A trombocitose reativa é a produção exacerbada de
PLAQUETOGRAMA plaquetas em resposta a outra doença. Existem muitas
causas, como infecções agudas, doenças inflamatórias
(p. ex., artrite reumatoide, doença inflamatória
- VR: 150.000 a 450.000 սl intestinal, tuberculose e sarcoidose), deficiência de
ferro e certas neoplasias. A trombocitose reativa
• Alterações quantitativas normalmente não está associada a maior risco de
TROMBOCITOSE (↑ de 500.000/ul) trombose ou sangramento.

CAUSAS DE TROMBOCITOSE
TROMBOCITOSE PRIMÁRIA
LMC , Anemia sideroblástica, Trombocitopenia essencial (neoplasia do sangue que
acontece devido ao mau funcionamento das células-tronco)
TROMBOCITOSE SECUNDÁRIA
Hemorragia aguda; cirurgia; tratamento da falta de B12; Exercício
TROMBOCITOSE ESPÚRIA (FALSA)
Fragmentação de hemácias
Crioglobulinemia (Vasculite autoimune)
Plaquetograma
VPM:
→ é correlacionado com a função plaquetária
→ pode ser um índice mais sensível que o número de plaquetas,
→ marcador de interesse clínico, em várias desordens.
→ O VPM ↑ pode ser encontrado em:
→ pré-eclâmpsia,
→ diabetes,
→ doenças cardíacas,
→ hipertireoidismo,
→ esplenectomia,
→ talassemias α ou β,
→ vírus da imunodeficiência humana (HIV) e púrpura trombocitopênica idiopática (PTI).
→ Em desordens mieloproliferativas, como a leucemia mieloide crônica e a mielofibrose, as
plaquetas frequentemente, mas não sempre, são grandes e anormalmente heterogêneas.
Plaquetograma
VPM:
→ é correlacionado com a função plaquetária
→ pode ser um índice mais sensível que o número de plaquetas,
→ marcador de interesse clínico, em várias desordens.
→ O VPM↓pode
O VPM ↑ podeser
serencontrado
encontrado em:
em:
→ pré-eclâmpsia,
→ sepse,
→ diabetes,
→ quimioterapia,
→ doenças cardíacas,
→ hipertireoidismo,
→ doenças inflamatórias do intestino, como: colite ulcerativa e
→ esplenectomia,
doença
→ talassemias α ou de
β, Crohn,
→ vírus
→ da imunodeficiência humana (HIV) e púrpura trombocitopênica idiopática (PTI).
hipotireoidismo,
→ Em desordens mieloproliferativas, como a leucemia mieloide crônica e a mielofibrose, as
→ anemia
plaquetas megaloblástica
frequentemente, mas não sempre, são grandes e anormalmente heterogêneas.

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