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EXAMES LABORATORIAIS
Elaboração: Ac. Enf. Maitê Souza Magdalena. 2017/2.
Tempo de Protrombina (TP) INR
 Avalia a via extrínseca da coagulação, ou seja, a tendência de É um índice mundial para padronizar os resultados do TP. O uso
coagulação do sangue. de anticoagulantes orais é avaliado somente pelo INR.
 Monitora efeito dos anticoagulantes orais - que retardam a
formação de vit K, ↓ os fatores de coagulação II, VII, IX, X. Valor de referencia:
 TP ↑ = ↓ protrombina no sangue.  1,0 sem utilizar anticoagulantes.
 Varfarina → 48 a 72h p/ causar alteração do TP  Entre 2 a 3: Para prevenção e tratamento de tromboses venosas,
embolias pulmonares e sistêmicas.
Valor de referência: de 11 a 13 s. Valor crítico > 30 s.  Acima de 5,00: Risco hemorrágico é importante
 Risco de sangramento/hemorragia: >30s c/ uso de anticoagulante;
>20s s/ uso de anticoagulante. Contagem de plaquetas
 Para pacientes c/ problemas cardíacos ou para tto de coágulos  Tempo médio de vida das plaquetas: 7,5 dias.
sanguíneos – manter 2 a 2,5 vezes acima do valor basal.  2/3 no sangue circulante, 1/3 no baço.

Níveis elevados → Deficiência de fatores de coag. ou de vit K, tto Valor de referência: 140000 a 400000/mm3. Valores Críticos:
com anticoag, hepatopatia/lesão hepática, obstrução biliar, aloolismo.. <20000/mm3: sangramento espontâneo, petéquias, equimoses.
Níveis diminuídos → Diarréia ou vômito (desidratação)
Trombocitose (↑): Anemia ferropriva, esplenectomia ou outra cirurgia
recente, gravidez, leucemia mielógena crônica, regeneração sanguínea
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado causada por perda de sangue aguda, insuf renal, pancreatite crônica,
(TTPA/KTTP) tuberculose...
 Avalia a via intrínseca, ou seja, a formação
Trombocitopenia (↓): leucemia, infecção disseminada, destruição de
do coágulo de fibrina/trombo.
plaquetas por fármacos ou distúrbio imune, deficiência de ácido fólico
 Monitora resposta à terapia com heparina.
ou de vitamina B12, acúmulo de plaquetas em baço de tamanho
aumentado, coagulação intravascular disseminada (CID), infecção por
Valor de referência: de 21 a 35 s. Valor crítico > 100- 150 s.
HIV... (CUNHA, 2014)
Valores > 70s: sangramento espontâneo. Em tto com heparina: até 2
ou 2,5 vezes acima dos valores normais.
Eosinófilos
Níveis elevados → Certas deficiências dos fatores de coagulação, uso  Defesa contra parasitoses
de heparina/varfarina,deficiência de vit K, hepatopatia...  Participa de processos alérgicos (histamina)

Níveis diminuídos → Estágios iniciais da CID, câncer extenso (exceto Valor de referência: 2 a 6%
de fígado), imediatamente após hemorragia... (LIPPINCOTT, 2011)
Eosinofilia (↑): alergias, asma, parasitoses...
Leucograma
 Avalia os glóbulos brancos (leucócitos) Eosinopenia (↓): aumento da produção suprarrenal de esteroides –
 Determina existência de infecção / inflamação. Síndrome de Cushing (insuf. suprarrenal aguda); infecções
bacterianas com desvio à esquerda (↑ das células jovens/bastões)
Valor de referência: (CUNHA, 2014)
Adultos negros: 3.200 – 10.000
Adultos: 4.000 a 10.000/µL. Basófilos
Crianças: 0-2 semanas: 9.000-30.000  Avalia inflamação crônica
2-8 semanas: 5.000 – 21.000
2 meses – 6 anos: 5.000 – 19.000 Valor de referência: 0 a 1%

Leucocitose (>11.000): Infecção aguda, sepse, leucemia, traumatismo


Basofilia (↑): leucemia granulocítica (mielocítica), leucemia
ou lesão tecidual, neoplasias malignas (CA broncogênico), basofílica aguda, doença de Hodgkin...
hemorragia aguda, necrose tecidual, fármacos (adrenalina)...
Basopenia (↓): fase aguda de infecção, hipertireoidismo, febre
Leucopenia (<4.000): Depressão da medula óssea, infecções virais, reumática em crianças... (CUNHA, 2014)
leucemia, anemia aplásica, após tratamento com antineoplásicos...

Neutrófilos
Contagem diferencial de leucócitos (HC)
 Neutrófilos segmentados: células adultas
 Granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos  fagocitose,
 Neutrófilos bastonetes: células jovens
resposta a microrganismos, reação tecidual inflamatória.
 Defesa contra bactérias
 Agranulócitos: linfócitos, monócitos
Valor de referência: segmentados – 55 a 65%; bastonetes – 3 a 5%.
Monócitos
 Função: remover células lesionadas e mortas e microrganismos Neutrofilia (↑): infecções bacterianas, inflamação, (ex: artrite
 Monócito  Céls em trânsito no sangue, s/ atividade fagocitária. reumatoide, pancreatite, gota), distúrbios metabólicos (DM, dano
 Nos tecidos  Macrófagos: alta atividade fagocitária. hepático), hemorragia aguda, anemia hemolítica, leucemia mielóide.

Neutropenia (↓): infecção bacteriana grave, sepse, doenças


Valor de referência: 3 a 7%
hematopoiéticas – anemias aplásica, megaloblástica e ferropriva,
Monocitose (↑): infecções bacterianas, endocardite, TB, sífilis... leucemia... (CUNHA, 2014)
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Linfócitos Eritrograma
 Dois tipos: B (produzem anticorpos – memória Imunológica) e T  Eritrócitos = glob. vermelhos = hemácias
(CD4 e CD8).  Hemácia: transporta de O2 dos pulmões para os tecidos e leva CO2
dos tecidos para os pulmões.
Valor de referência: 20 a 50%  Ajuda a classificar anemias.

Linfocitose (↑): linfoma, infecções virais de VA superior


(pneumonia), citomegalovírus, infecção aguda por HIV, hepatite viral Contagem de hemácias
aguda... Valor de referência: 4,0 – 5,0 milhões células/mm³

Linfopenia (↓): quimio e radioterapia, diminuição dos CD4 – AIDS, Oligocitemia (↓): Anemia, hemorragia aguda ou crônica, leucemia,
estado caquético, processos infecciosos graves... (CUNHA, 2014) doença de Hodgkin e outros linfomas, lúpus eritematoso, doença de
Addison...

Policitemia (↑): hipoxemia, altitude elevada, doença pulmonar,


Índices hematiméticos
hipoventilação alveolar, doença cardiovascular, uso de tabaco, recém-
VCM: Volume corpuscular médio. Mostra o tamanho das hemácias.
nascidos (fisiológico) (CUNHA, 2014)
Valor de referência: 80 a 100fL.
 Normal = normocitose.
 VCM ↑ = macrocitose → deficiência de vit B12, Hemoglobina (Hb)
deficiência de ác fólico (folato), anemia megaloblástica,  Proteína localizada no interior das hemácias.
quimioterapia...  Transporte de O2 e CO2.
 VCM ↓ = microcitose → deficiência de ferro, perda de
ferro, perda de sangue, anemia ferropriva... Valor de referência: 12,0 – 16,0 g/dL
Hb ↓: Anemia, deficiência de ferro, hemorragia, anemia hemolítica
HCM: Hemoglobina corpuscular média. Mede o peso médio da Hb (transfusão de sangue incompatível, fármacos)...
no eritrócito. Hb ↑: ICC, DPOC
Valor de referência: 22 a 32 pg
 HCM ↑ : anemia macrocítica e recém-nascidos Hematócrito (Ht)
 HCM ↓ : anemia microcítica  Mede a porcentagem de hemácias no sangue total.
 CHCM ↓ = Hipocromia: deficiência de ferro, anemia
microcítica, anemia por perda de sangue crônica... Valor de referência: 36 – 50%
Ht ↓: hipervolemia, anemia, leucemias, linfimas, doença de Hodgkin,
CHCM: Concentração de Hb corpuscular média. Mede a insuficiência suprarrenal, hemorragia. Reação hemolítica...
concentração média de Hb nas hemácias (cor das hemácias) Ht ↑: desidratação... (CUNHA, 2014)
Valor de referência: 32 a 36d/dL
 CHCM ↓= Hipocromia: deficiência de ferro, anemia
microcítica, anemia por perda de sangue crônica... Gasometria Arterial
Avalia gases (O2 e CO2), pH e equilíbrio ácido-básico
RDW: Parâmetro automático para fazer uma média do tamanho das
células. Indica anisocitose (hemácias de tamanhos diferentes)  pH (potencial de hidrogênio H+): 7,35 a 7,45
 pO2: 80 a 100 mmHg.
Gasometria Arterial * > 100: hiperóxia verifica oxigenação
* < 80: hipóxia
 pCO2: 35 a 45 mmHg
* > 45: hipercapnia verifica ventilação
* < 35: hipocapnia
 HCO3: 22 a 26 mEq/L
 SaO2 maior que 95%
 BE (Base excess): Mostra o excesso ou déficit de bases dissolvidas
no plasma sanguíneo - usado para calcular qtdade de HCO3 a ser
infundido na acidose metabólica.
pH do sangue: neutro - 7,35 a 7,45
pH ↑ = alcalose (perda de ácido, excesso de base, ex: vômito)
Gasometria Arterial
pH ↓= acidose (perda de base, excesso de ácido, ex: diarreia) Mecanismos de compensação
Distúrbio metabólico → Compensação pulmonar
H2O + CO2 se unem e formam H2CO3 (ácido carbônico, maior
 Acidose metabólica (↓ HCO3): pulmão tenta compensar com uma
ácido do organismo)
alcalose respiratória - hiperventilação e excreção de CO2
 Alcalose metabólica (↑ HCO3): compensação c/ acidose
 Hipoventilação - pCO2 ↑ e pH ↓ = acidose respiratória
respiratória - hipoventilação e retenção de CO2
 Hiperventilação - pCO2 ↓ e pH ↑ = alcalose respiratória
Distúrbio Respiratório → Compensação Renal
Ácidos doam H+ → H2CO3 quando perde um H+ se transforma em  Acidose respiratória (↑ CO2): retenção de HCO3 e excreção de H+
HCO3 (bicarbonato, principal base do organismo) pelo rim
 Alcalose respiratória (↓ CO2): retenção de H+ e excreção de HCO3
 HCO3 ↑ e pH ↑ = alcalose metabólica

 HCO3 ↓ e pH ↓ = acidose metabólica Acidose e Hipercalemia


A acidose acelera a saída do K+ intracelular, que se acumula no
sangue (hipercalemia), levando a arritmia e parada. O Gluconato de
cálcio manda o K+ para dentro da célula.
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Amilase Lipase (soro)


 Diagnóstico de pancreatite aguda;  Diagnóstico de pancreatite aguda ou de outros distúrbios
 Diferenciar a pancreatite aguda de outras causas de dor abdominal pancreáticos. Mais específico p/ dano pancreático do que amilase.
que exigem cirurgia imediata;
 Avaliar a possibilidade de lesão pancreática causada por Valor de referência: Inferiores a 190 unidades/L
traumatismo ou cirurgia abdominal.
Níveis elevados → Pancreatite aguda, obstrução do ducto pancreático,
Valor de referência: Soro até 195 Ul/L; Urina 59-401 Ul/L.
câncer pancreático, obstrução intestinal alta (infarto intestinal), úlcera
Níveis elevados → Pancreatite aguda. péptica perfurada associada a pancreatite química causada por suco
gástrico, doença renal c/ comprometimento da excreção.
Níveis moderadamente elevados → Obstrução do colédoco, ducto
pancreático ou ampola de Vater, lesão pancreática por úlcera péptica Fatores de interferência: Uso de colinérgicos, codeína e morfina
perfurada, câncer pancreático, doença aguda das glândulas salivares, (nível falsamente elevado); Uso de paracetamol, cimetidina, AINE;
comprometimento renal. Hemodiálise. (LIPPINCOTT, 2011; XAVIER et al, 2011)

Níveis diminuídos → Pancreatite crônica, câncer pancreático, cirrose,


hepatite, toxemia da gravidez. Uréia (soro)
 Avaliar a função renal e ajudar no diagnóstico de doença renal;
Fatores de interferência: Consumo de álcool em grande qtdade,  A elevação dos níveis de ureia é também chamada de azotemia.
cirurgia pancreática recente, úlcera perfurada ou abcesso intestinal
(resultado falsamente alto); ácido aminossalicílico, corticosteroides, Valor de referência: De 10 a 40 mg/dl. Em idosos: valores
contraceptivos hormonais, analgésicos opióides, rifampicina discretamente mais altos, possivelmente ate 69 mg/dl. Valores
(resultados falsamente elevados). (XAVIER et al, 2011; críticos: Inferiores a 2 mg/dl ou superiores a 80 mg/dl.
LIPPINCOTT, 2011)
Níveis elevados → Doença renal (acima de 100 mg – grave
comprometimento da função renal), redução do fluxo sanguíneo renal
Creatinina
(p. ex no caso de desidratação), obstrução do trato urinário.
 Avaliar a função renal (taxa de filtração glomerular);
 Em geral, uma duplicação dos valores da creatinina indica perda de Níveis diminuídos → Lesão hepática grave, desidratação,
50% da função renal. hiperidratação.
 Depende da massa muscular  Pctes idosos e com pouca massa
musc. podem apresentar insuf. renal com valores pouco aumentados Fatores de interferência: Uso de esteróides anabólicos,
aminoglicosídeos e anfotericina B (possível aumento); Uso de
SANGUE cloranfenicol e tetraciclinas (possível diminuição ). (LIPPINCOTT,
Valor de referência: Adultos: Homens 0,7- 1,3 mg/dL; Mulheres 2011; XAVIER et al, 2011)
0,6- 1,1 mg/dL; RN 0,3-1 mg/dL.
URINA Exame Qualitativo de Urina (EQU)
Valor de referência: Adultos: Homem 15-20 mg/kg/24 h; Mulher Análise física
15-20 mg/kg/24 h.  Aspecto. Normal (límpido). Turvação patológica (céls epiteliais,
leucócitos, hemácias, cristais, bactérias e leveduras).
Níveis elevados → Hidratação deficiente, exercício físico, gravidez,  Cor. Habitual = amarelo citrino. Variações - amarelo pálida =
queimaduras, intoxicação por monóxido de carbono, hipotireoidismo. grande ingestão de líquidos; privação de líquidos = cor mais escura.
 Densidade. Entre 1.015-1.030.
Níveis diminuídos → Redução do fluxo sanguíneo renal, necrose
tubular aguda, glomerulonefrite aguda ou crônica, pielonefrite crônica Análise quimica
bilateral avançada, lesões renais bilaterais avançadas; insuficiência
 Acetona. Subproduto do metabolismo da gordura e dos AG -
cardíaca; desidratação grave. quando as reservas de glicose estão exauridas ou quando a glicose
não pode penetrar nas células devido à falta de insulina.
Fatores de interferência: Dieta hiperproteica ou exercícios vigorosos
 Bilirrubina. Valores elevados – doenças hepáticas e biliares, lesões
(possível aumento); Uso de anfotericina B, aminoglicosídeos,
parenquimatosas, obstruções intra e extra-hepáticas, neoplasias
furosemida e diuréticos tiazídicos (possível redução). (XAVIER et al,
(hepáticas / trato biliar). Sempre ausente nas icterícias por hemólise.
2011; LIPPINCOTT, 2011)
 Hemoglobina. Hemólise intravascular (pequenos traumas,
exercícios extenuantes ou patologias das vias urinárias...)
Transaminase oxalacética (TGO)  Glicose. Quando níveis séricos acima de 160/180 mg/dl (glicosúria)
 Diagnóstico de doenças no fígado.  Nitrito. Indica infecção das vias urinárias.
 pH. Reflete o pH plasmático. Indicador da função tubular renal.
Valor de referência: Até 48 unidades/L Normalmente varia entre 5 e 7.
 Proteínas. Até 150 mg/24h. Aumento - indicador inicial de patolog.
Níveis elevados → Ingestão alcoólica, cirrose, hepatites virais, renal. Excreção maior durante o dia e menores durante a noite
hemocromatoses, anemias hemolíticas, insuficiência cardíaca,  Urobilinogênio. Níveis inferiores a 1 m g/dl. O aumento na urina
hepatites não-alcoólicas. indica processos hemolíticos, disfunção hepática ou porfiria.

Transaminase pirúvica (TGP) Análise microscópica do sedimento


 Diagnóstico de doenças no fígado.  Céls epiteliais. É comum.
 Hemácias e leucócitos. Normal em peq qtdades. Aumentado em
Valor de referência: Até 45 unidades/L lesões inflamat., infecciosas ou traumát. dos rins ou vias urinárias.
 Cristais. Achado frequente na análise do sedimento
Níveis elevados → Alcoolismo, hepatites virais, hepatites não-  Cilindros. Elementos exclusivamente renais. Peq qtdade é normal.
alcoólicas, cirrose, colestase, hemocromatose, anemias hemolíticas, Nas doenças renais, apresentam-se em grandes qtdades.
hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio. (LIPPINCOTT, 2011)  Muco. Presença excessiva - processos inflamatórios do trato
urinário inferior ou do trato genital. (XAVIER et al, 2011)
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Potássio (K+) Magnésio (Mg)


 Principal cátion intracelular. Responsável pela manutenção da  Quarto cátion mais abundante no corpo, e o segundo mais
osmolaridade intracelular e tb pelo potencial elétrico celular. prevalente no meio intracelular;
 Útil no acompanhamento de pacientes em uso de diuréticos, em  Sintomas de hipo e hipermagnesemia ocorrem a partir de níveis
nefropatas, principalmente na cetoacidose diabética, no manejo da inferiores a 1,2 mg/dl e superiores a 3 mg/dl, respectivamente.
hidratação parenteral e na insuficiência renal.
Valores de referência: 1,9-2,5 mg/dL.
Valores de referência: Sérico 3,6 - 5 mEq/L (3,6 - 5 mmol/L);
Urinário 26-123 mmol/dia. Hipomagnesemia: Diarreia aguda e crônica, Síndromes de má
absorção, Desnutrição grave, Hipercalcemia, Alcoolismo, Depleção
Se, na IRA, potássio > 6,5 mEq/L  indicação é de diálise. de fosfato, Pancreatite aguda, Sepse, Queimaduras extensas
(XAVIER et al, 2011).
Hipermagnesemia: latrogenia, Alcalose metabólica, Insuficiência
renal, Hipocalcemia, Hemólise, Hipotireoidismo, Antiácidos,
Sódio (Na) laxativos ou catárticos, Nutrição parenteral, Doença de Addison,
 Principal cátion do líquido extracelular e a principal partícula Intoxicação por carbonato de lítio
osmoticamente ativa fora da célula.
 Solicitado na avaliação de pacientes com distúrbios eletrolíticos, Fatores de interferência: níveis podem diminuir com digitálicos, diu
equilíbrio ácido-base, balanço da água, intoxicação por água e réticos (tiazídicos e de alça), aminoglicosídeos, ciclosporina,
desidratação. cisplatina, anfotericina B e pentamidina (XAVIER et al, 2011).
 O sódio urinário é importante na avaliação de pacientes com
insuficiência renal, pré-renal, oligúria aguda e no diagnóstico
diferencial da hiponatremia. Fósforo (PO4)
 A concentração sanguínea de Na pode estar diminuída em  Participa de processos metabólicos e de energia celular e funciona
decorrência de grandes quantidades de glicose (que atrai o líquido também como tampão urinário.
intracelular, criando um efeito dilucional).
Valores de referência:
Valores de ref.: Sérico 135-145 mmol/L; Urinário 27-287 mmol/dia. Sérica
- Crianças: 4-6 mg/dl.
Hipernatremia: desidratação hipertônica, diabete insípido, comas - Adultos: 2,5-4,5 mg/dl.
hiperosmolares, entre outras situações. Urinária
- Adultos: 0,9- 1,3 g/24 h.
Hiponatremia: síndrome nefrótica, insuficiência cardíaca, secreção Valor crítico: sérico : < 1 m g/dl quando se observam manifestações
inapropiada do hormônio antidiurético e nefropatias c/ perda de Na hematológicas (hemólise), neurológicas (encefalopatia, parestesia,
(XAVIER et al, 2011). confusão), musculares (rabdomiólise), ósseas, renais e cardíacas
(cardiomiopatia e insuficiência cardíaca).

Cálcio / Cálcio total (Ca ++) Hiperfosfatemia: excreção renal diminuída, insuficiência renal, hipo
 Aprox. 98% do cálcio no adulto está no esqueleto, o restante, no paratireoidismo e pseudo-hipoparatireoidismo. Outras causas - lise
fluido extracelular e tecidos. tumoral, rabdomiólise, hemólise, acidose metabólica e respiratória.
 Cálcio sérico: avaliação de pacientes em coma, com pancreatite,
polidipsia e azotemia. Hipofosfatemia: perigo maior à vida - deficiência de vit D, má
 Cálcio urinário: avaliação do metabolismo ósseo do cálcio e no absorção, abuso de álcool e de antiácidos contendo alumínio, cálcio
paciente com litíase renal. ou magnésio - estados em que há uma absorção intestinal reduzida.
(XAVIER et al, 2011).
Valores de referência:
Sérico:
- Lactente até 1 mês: 7-11,5 mg/dL. Cloreto (cloro sérico, Cl)
- 1 mês-1ano: 8,6- 11,2 mg/dL.  Ânion de maior concentração extracelular; útil na avaliação de
- Adultos: 8,6 -10,5 mg/dL. distúrbio do equilíbrio hidreletrolítico e ácido-base.
Urinário: até 4 m g/kg de peso corporal para ambos os sexos e  Concentração de Cl varia inversamente com o bicarbonato (HC03-).
crianças, ou < 250 mg/24h na mulher e < 300 mg/24 h no homem .
Valor crítico: sérico: < 7 m g/dL pode levar à tetania; > 14 m g/dL Valores de referência: 96- 105 m Eq/L.
pode induzir o coma.
↑ nas desidratações hipertônicas, em certas acidoses tubulares renais,
Hipercalcemia (↑): elevação do hormônio paratireóideo em diarreias com grande perda de bicarbonato, na intoxicação por
(hiperparatireoidismo primário) e em situações como câncer, salicilatos, no hiperparatireoidismo primário e na perda de gás
sarcoidose, TB, hipervitaminose por vit D, insuf. renal, desidratação, carbônico por hiperventilação.
imobilização prolongada, hipertireoidismo, doença de Addison,
acromegalia, etc. Drogas que ↑ os níveis: lítio, tiazídico, outros ↓ quando há vômitos excessivos, aspiração gástrica, na acidose
diuréticos, estrógenos e antiestrógenos. metabólica, na insuf adrenal, queimaduras ou pelo efeito de
diuréticos. (XAVIER et al, 2011)
Hipocalcemia (↓): baixos níveis de albumina, altos níveis de fósforo
(insuf. renal, hipoparatireoidismo e pseudo-hipoparatireoidismo), na
deficiência de vit D, nas síndromes de má absorção, na acidose
tubular renal, na pancreatite aguda, na hipomagnesemia e nos estados
dilucionais (XAVIER et al, 2011).
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Proteína C Reativa Colesterol total (CT)


 Proteína reativa de fase aguda, que aparece na circulação após  Compreende todas as formas de colesterol encontradas nas
poucas horas desde o início de um processo inflamatório. lipoproteínas.
 Seu maior componente é o LDL e, em menor parte, o HDL e
Valores de referência: 0,02 - 8 mg/L. VLDL. Existe forte associação entre os níveis aumentados de
colesterol e o desenvolvimento de doença aterosclerótica.
Pode elevar-se em pós-operatórios (valores > 25-35 mg/L são
associados a maiores complicações), doença inflamatória pélvica, Valores de referência: Desejável < 200 mg/dl; Risco moderado 200-
sepse (valores > 50 mg/L têm sensibilidade de 98,5% e especificidade 239 mg/dl; Alto risco maior ou igual 240 mg/dl.
de 75% na detecção de sepse em pacientes graves) e em síndromes
isquêmicas agudas.
HDL
 Usado com o preditor para aterosclerose coronariana, para avaliar
Valores aumentados também foram considerados fator de risco para
doença cardiovascular, acidentes vasculares cerebrais e doença risco de doença arterial coronariana (DAC) e diagnosticar
lipoproteinemias.
vascular periférica. (XAVIER et al, 2011)
 Valores abaixo do normal - risco de doença arterial coronariana.

Ferritina (Fer) Valores de referência: Baixo < 40 mg/dl. Fator protetor > 60 mg/dl.
 Principal proteína de armazenamento de ferro - relação direta entre
o nível sérico e a quantidade de ferro estocado na medula óssea. LDL
 Os níveis de ferritina diminuem na deficiência de Fe antes mesmo  Na sua forma oxidada, é englobada por macrófagos, formando as
do aparecimento de anemia ou alteração do tamanho da hemácia. células espumosas precursoras das placas ateroscleróticas.
 Valores maiores com a idade e em pessoas do sexo masculino.  Tem melhor correlação com risco de aterosclerose do que o CT.

Valores de ref.: Homens: 18-370 ng/ml; Mulheres: 9 - 120 ng/ml. Valores de referência: Ótimo < 100 mg/dl; Desejado < 130 mg/dl;
Risco moderado 130 - 160 mg/dl; Alto risco > 160 mg/dl.
Níveis elevados: sobrecarga de ferro, insuficiência renal crônica,
hepatopatias crônicas, alcoolismo, hemocromatose, neoplasias e
infecções. (XAVIER et al, 2011) Triglicerídios (TGC, TG)
 Diagnóstico de hiperlipidemias.
 Controvérsias sobre a sua associação independente como fator de
Ferro (Fe) risco para doença arterial coronariana ou aterosclerose.
 Molécula responsável pela capacidade que a hemácia tem de
carregar oxigênio Valores de referência:
 Depósitos de ferro (como ferritina e hemossiderina) são Adultos: Normal até 150 mg/dl. Limítrofe: 151 - 199 mg/dl. Alto:
encontrados no fígado, no baço e na medula óssea. 200-500 mg/dl. Muito alto: > 500 mg/dl.
 Variação circadiana - pela manhã, chega a ser 30% mais alto do que Valores críticos:
à tarde. A coleta deve ser coletada pela manhã. 250-500: associado à doença vascular periférica.
 Níveis podem estar falsamente aumentados por hemólise ou por > 500: associado a um alto risco de pancreatite aguda.
contaminação do frasco. > 1.000: hiperlipidemias, especialmente tipo 1 ou V, risco
substancial para pancreatite.
Valores de ref.: Homens: 53- 167 μg/dl.; Mulheres: 49-151 μg/dl. > 5.000: associado a xantoma eruptivo, corneal arcus, lipemia
retinalis, fígado e baço aumentados. (XAVIER et al, 2011)
Excesso: Lesão hepática aguda, Hemólise, Envenenamento por
chumbo, Elevação pré-menstrual, Talassemia...
Lactato desidrogenase (LDH)
Deficiência: Variação circadiana, Síndrome nefrótica, Dieta  Enzima da rota glicolítica que catalisa a conversão de lactato em
inadequada, Perdas sanguíneas... (XAVIER et al, 2011) piruvato.
 Liberada quando ocorre dano celular, como hipóxia e necrose.
 A ampla distribuição dessa enzima entre os tecidos faz com que
Creatinoquinase ou Creatinofosfoquinase seja um indicador de doença pouco específico.
(CK ou CPK)
Valor de referência: 230-460 UI/ L.
 Enzima que catalisa a transferência de grupos fosfalatados de alta
energia, sendo encontrada em tecidos com alto gasto energético
(coração, cérebro e músculos). Pode estar elevado em casos de neoplasias, doenças
cardiorrespiratórias (incluindo insuficiência cardíaca e miocardites),
 Cerca de 90-93% dos pacientes com IAM apresentam níveis
anemia hemolítica e megaloblástica, mononucleose infecciosa,
aumentados em algum momento.
hipotireoidismo, infartos pulmonares, pneumocistose, doenças
hepáticas e síndrome coronariana aguda.
Valor de referência: Homens até 190 UI/L. Mulheres até 165 UI/L.

Os níveis de pico apresentam-se mais elevados e são alcançados mais Obs.: Hemólise durante a coleta, atraso no processamento ou
refrigeração de sangue não separado podem ocasionar aumento dos
precocemente após IAM em pacientes que tiveram reperfusão da
coronária ocluída, tanto por trombólise espontânea quanto na induzida níveis de LDH. (XAVIER et al, 2011)
por drogas ou mecânica. REFERÊNCIAS
CUNHA, Carlos Leonardo Figueiredo (org). Interpretação de
Valores elevados → em diversas condições onde há lesão muscular, Exames Laboratoriais na Prática do Enfermeiro. 1 ed. Rio de
como em trauma muscular, injeções IM, miosite, distrofia muscular, Janeiro: Rubio, 2014.
após cirurgias, no pós parto, após exercícios razoavelmente intensos
(corridas), em delirium tremens ou em convulsões. Também aparece LIPPINCOTT, William & Wilkins. Brunner & Suddarth Exames
aumentada em pacientes com hipotireoidismo, hipocalemia grave e Complementares. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
pelos efeitos do álcool na musculatura. (XAVIER et al, 2011) XAVIER, Ricardo M [et al.]. Laboratório na prática clínica. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2011.

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