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EXAMES LABORATORIAIS
Elaboração: Ac. Enf. Maitê Souza Magdalena. 2017/2.
Tempo de Protrombina (TP) INR
Avalia a via extrínseca da coagulação, ou seja, a tendência de É um índice mundial para padronizar os resultados do TP. O uso
coagulação do sangue. de anticoagulantes orais é avaliado somente pelo INR.
Monitora efeito dos anticoagulantes orais - que retardam a
formação de vit K, ↓ os fatores de coagulação II, VII, IX, X. Valor de referencia:
TP ↑ = ↓ protrombina no sangue. 1,0 sem utilizar anticoagulantes.
Varfarina → 48 a 72h p/ causar alteração do TP Entre 2 a 3: Para prevenção e tratamento de tromboses venosas,
embolias pulmonares e sistêmicas.
Valor de referência: de 11 a 13 s. Valor crítico > 30 s. Acima de 5,00: Risco hemorrágico é importante
Risco de sangramento/hemorragia: >30s c/ uso de anticoagulante;
>20s s/ uso de anticoagulante. Contagem de plaquetas
Para pacientes c/ problemas cardíacos ou para tto de coágulos Tempo médio de vida das plaquetas: 7,5 dias.
sanguíneos – manter 2 a 2,5 vezes acima do valor basal. 2/3 no sangue circulante, 1/3 no baço.
Níveis elevados → Deficiência de fatores de coag. ou de vit K, tto Valor de referência: 140000 a 400000/mm3. Valores Críticos:
com anticoag, hepatopatia/lesão hepática, obstrução biliar, aloolismo.. <20000/mm3: sangramento espontâneo, petéquias, equimoses.
Níveis diminuídos → Diarréia ou vômito (desidratação)
Trombocitose (↑): Anemia ferropriva, esplenectomia ou outra cirurgia
recente, gravidez, leucemia mielógena crônica, regeneração sanguínea
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado causada por perda de sangue aguda, insuf renal, pancreatite crônica,
(TTPA/KTTP) tuberculose...
Avalia a via intrínseca, ou seja, a formação
Trombocitopenia (↓): leucemia, infecção disseminada, destruição de
do coágulo de fibrina/trombo.
plaquetas por fármacos ou distúrbio imune, deficiência de ácido fólico
Monitora resposta à terapia com heparina.
ou de vitamina B12, acúmulo de plaquetas em baço de tamanho
aumentado, coagulação intravascular disseminada (CID), infecção por
Valor de referência: de 21 a 35 s. Valor crítico > 100- 150 s.
HIV... (CUNHA, 2014)
Valores > 70s: sangramento espontâneo. Em tto com heparina: até 2
ou 2,5 vezes acima dos valores normais.
Eosinófilos
Níveis elevados → Certas deficiências dos fatores de coagulação, uso Defesa contra parasitoses
de heparina/varfarina,deficiência de vit K, hepatopatia... Participa de processos alérgicos (histamina)
Níveis diminuídos → Estágios iniciais da CID, câncer extenso (exceto Valor de referência: 2 a 6%
de fígado), imediatamente após hemorragia... (LIPPINCOTT, 2011)
Eosinofilia (↑): alergias, asma, parasitoses...
Leucograma
Avalia os glóbulos brancos (leucócitos) Eosinopenia (↓): aumento da produção suprarrenal de esteroides –
Determina existência de infecção / inflamação. Síndrome de Cushing (insuf. suprarrenal aguda); infecções
bacterianas com desvio à esquerda (↑ das células jovens/bastões)
Valor de referência: (CUNHA, 2014)
Adultos negros: 3.200 – 10.000
Adultos: 4.000 a 10.000/µL. Basófilos
Crianças: 0-2 semanas: 9.000-30.000 Avalia inflamação crônica
2-8 semanas: 5.000 – 21.000
2 meses – 6 anos: 5.000 – 19.000 Valor de referência: 0 a 1%
Neutrófilos
Contagem diferencial de leucócitos (HC)
Neutrófilos segmentados: células adultas
Granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos fagocitose,
Neutrófilos bastonetes: células jovens
resposta a microrganismos, reação tecidual inflamatória.
Defesa contra bactérias
Agranulócitos: linfócitos, monócitos
Valor de referência: segmentados – 55 a 65%; bastonetes – 3 a 5%.
Monócitos
Função: remover células lesionadas e mortas e microrganismos Neutrofilia (↑): infecções bacterianas, inflamação, (ex: artrite
Monócito Céls em trânsito no sangue, s/ atividade fagocitária. reumatoide, pancreatite, gota), distúrbios metabólicos (DM, dano
Nos tecidos Macrófagos: alta atividade fagocitária. hepático), hemorragia aguda, anemia hemolítica, leucemia mielóide.
Linfócitos Eritrograma
Dois tipos: B (produzem anticorpos – memória Imunológica) e T Eritrócitos = glob. vermelhos = hemácias
(CD4 e CD8). Hemácia: transporta de O2 dos pulmões para os tecidos e leva CO2
dos tecidos para os pulmões.
Valor de referência: 20 a 50% Ajuda a classificar anemias.
Linfopenia (↓): quimio e radioterapia, diminuição dos CD4 – AIDS, Oligocitemia (↓): Anemia, hemorragia aguda ou crônica, leucemia,
estado caquético, processos infecciosos graves... (CUNHA, 2014) doença de Hodgkin e outros linfomas, lúpus eritematoso, doença de
Addison...
Cálcio / Cálcio total (Ca ++) Hiperfosfatemia: excreção renal diminuída, insuficiência renal, hipo
Aprox. 98% do cálcio no adulto está no esqueleto, o restante, no paratireoidismo e pseudo-hipoparatireoidismo. Outras causas - lise
fluido extracelular e tecidos. tumoral, rabdomiólise, hemólise, acidose metabólica e respiratória.
Cálcio sérico: avaliação de pacientes em coma, com pancreatite,
polidipsia e azotemia. Hipofosfatemia: perigo maior à vida - deficiência de vit D, má
Cálcio urinário: avaliação do metabolismo ósseo do cálcio e no absorção, abuso de álcool e de antiácidos contendo alumínio, cálcio
paciente com litíase renal. ou magnésio - estados em que há uma absorção intestinal reduzida.
(XAVIER et al, 2011).
Valores de referência:
Sérico:
- Lactente até 1 mês: 7-11,5 mg/dL. Cloreto (cloro sérico, Cl)
- 1 mês-1ano: 8,6- 11,2 mg/dL. Ânion de maior concentração extracelular; útil na avaliação de
- Adultos: 8,6 -10,5 mg/dL. distúrbio do equilíbrio hidreletrolítico e ácido-base.
Urinário: até 4 m g/kg de peso corporal para ambos os sexos e Concentração de Cl varia inversamente com o bicarbonato (HC03-).
crianças, ou < 250 mg/24h na mulher e < 300 mg/24 h no homem .
Valor crítico: sérico: < 7 m g/dL pode levar à tetania; > 14 m g/dL Valores de referência: 96- 105 m Eq/L.
pode induzir o coma.
↑ nas desidratações hipertônicas, em certas acidoses tubulares renais,
Hipercalcemia (↑): elevação do hormônio paratireóideo em diarreias com grande perda de bicarbonato, na intoxicação por
(hiperparatireoidismo primário) e em situações como câncer, salicilatos, no hiperparatireoidismo primário e na perda de gás
sarcoidose, TB, hipervitaminose por vit D, insuf. renal, desidratação, carbônico por hiperventilação.
imobilização prolongada, hipertireoidismo, doença de Addison,
acromegalia, etc. Drogas que ↑ os níveis: lítio, tiazídico, outros ↓ quando há vômitos excessivos, aspiração gástrica, na acidose
diuréticos, estrógenos e antiestrógenos. metabólica, na insuf adrenal, queimaduras ou pelo efeito de
diuréticos. (XAVIER et al, 2011)
Hipocalcemia (↓): baixos níveis de albumina, altos níveis de fósforo
(insuf. renal, hipoparatireoidismo e pseudo-hipoparatireoidismo), na
deficiência de vit D, nas síndromes de má absorção, na acidose
tubular renal, na pancreatite aguda, na hipomagnesemia e nos estados
dilucionais (XAVIER et al, 2011).
Impresso por STEFANIE SILVA, CPF 107.730.036-06 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e
não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/05/2021 13:41:49
Ferritina (Fer) Valores de referência: Baixo < 40 mg/dl. Fator protetor > 60 mg/dl.
Principal proteína de armazenamento de ferro - relação direta entre
o nível sérico e a quantidade de ferro estocado na medula óssea. LDL
Os níveis de ferritina diminuem na deficiência de Fe antes mesmo Na sua forma oxidada, é englobada por macrófagos, formando as
do aparecimento de anemia ou alteração do tamanho da hemácia. células espumosas precursoras das placas ateroscleróticas.
Valores maiores com a idade e em pessoas do sexo masculino. Tem melhor correlação com risco de aterosclerose do que o CT.
Valores de ref.: Homens: 18-370 ng/ml; Mulheres: 9 - 120 ng/ml. Valores de referência: Ótimo < 100 mg/dl; Desejado < 130 mg/dl;
Risco moderado 130 - 160 mg/dl; Alto risco > 160 mg/dl.
Níveis elevados: sobrecarga de ferro, insuficiência renal crônica,
hepatopatias crônicas, alcoolismo, hemocromatose, neoplasias e
infecções. (XAVIER et al, 2011) Triglicerídios (TGC, TG)
Diagnóstico de hiperlipidemias.
Controvérsias sobre a sua associação independente como fator de
Ferro (Fe) risco para doença arterial coronariana ou aterosclerose.
Molécula responsável pela capacidade que a hemácia tem de
carregar oxigênio Valores de referência:
Depósitos de ferro (como ferritina e hemossiderina) são Adultos: Normal até 150 mg/dl. Limítrofe: 151 - 199 mg/dl. Alto:
encontrados no fígado, no baço e na medula óssea. 200-500 mg/dl. Muito alto: > 500 mg/dl.
Variação circadiana - pela manhã, chega a ser 30% mais alto do que Valores críticos:
à tarde. A coleta deve ser coletada pela manhã. 250-500: associado à doença vascular periférica.
Níveis podem estar falsamente aumentados por hemólise ou por > 500: associado a um alto risco de pancreatite aguda.
contaminação do frasco. > 1.000: hiperlipidemias, especialmente tipo 1 ou V, risco
substancial para pancreatite.
Valores de ref.: Homens: 53- 167 μg/dl.; Mulheres: 49-151 μg/dl. > 5.000: associado a xantoma eruptivo, corneal arcus, lipemia
retinalis, fígado e baço aumentados. (XAVIER et al, 2011)
Excesso: Lesão hepática aguda, Hemólise, Envenenamento por
chumbo, Elevação pré-menstrual, Talassemia...
Lactato desidrogenase (LDH)
Deficiência: Variação circadiana, Síndrome nefrótica, Dieta Enzima da rota glicolítica que catalisa a conversão de lactato em
inadequada, Perdas sanguíneas... (XAVIER et al, 2011) piruvato.
Liberada quando ocorre dano celular, como hipóxia e necrose.
A ampla distribuição dessa enzima entre os tecidos faz com que
Creatinoquinase ou Creatinofosfoquinase seja um indicador de doença pouco específico.
(CK ou CPK)
Valor de referência: 230-460 UI/ L.
Enzima que catalisa a transferência de grupos fosfalatados de alta
energia, sendo encontrada em tecidos com alto gasto energético
(coração, cérebro e músculos). Pode estar elevado em casos de neoplasias, doenças
cardiorrespiratórias (incluindo insuficiência cardíaca e miocardites),
Cerca de 90-93% dos pacientes com IAM apresentam níveis
anemia hemolítica e megaloblástica, mononucleose infecciosa,
aumentados em algum momento.
hipotireoidismo, infartos pulmonares, pneumocistose, doenças
hepáticas e síndrome coronariana aguda.
Valor de referência: Homens até 190 UI/L. Mulheres até 165 UI/L.
Os níveis de pico apresentam-se mais elevados e são alcançados mais Obs.: Hemólise durante a coleta, atraso no processamento ou
refrigeração de sangue não separado podem ocasionar aumento dos
precocemente após IAM em pacientes que tiveram reperfusão da
coronária ocluída, tanto por trombólise espontânea quanto na induzida níveis de LDH. (XAVIER et al, 2011)
por drogas ou mecânica. REFERÊNCIAS
CUNHA, Carlos Leonardo Figueiredo (org). Interpretação de
Valores elevados → em diversas condições onde há lesão muscular, Exames Laboratoriais na Prática do Enfermeiro. 1 ed. Rio de
como em trauma muscular, injeções IM, miosite, distrofia muscular, Janeiro: Rubio, 2014.
após cirurgias, no pós parto, após exercícios razoavelmente intensos
(corridas), em delirium tremens ou em convulsões. Também aparece LIPPINCOTT, William & Wilkins. Brunner & Suddarth Exames
aumentada em pacientes com hipotireoidismo, hipocalemia grave e Complementares. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
pelos efeitos do álcool na musculatura. (XAVIER et al, 2011) XAVIER, Ricardo M [et al.]. Laboratório na prática clínica. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2011.