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ÍNDICES DE PROGNÓSTICO NUTRICIONAL

AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL (ASG)


Método simples de baixo custo e com boa reprodutibilidade e confiabilidade
* Instrumento tanto para o prognóstico quanto para o diagnóstico
Dividida em 3 partes:
História:
- Mudança de peso
Suava (<5%) Moderada (5-10%) Grave (>10%)
*Questiona-se também a perda de peso nas últimas 2 semanas
- Modificações na ingestão alimentar (em relação com o normal)
Avalia-se tanto a duração quanto o tipo de modificação, que pode ser
qualitativa ou quantitativa
- Sintomas gastrointestinais (que persistem por mais de 2 semanas)
Anorexia, vômitos, diarreia, que somente serão significativos caso ocorram por
mais de 2 semanas
- Capacidade funcional
Relata alterações nas atividades diárias, que devem ser avaliadas por sua
duração e pelo grau de comprometimento da atividade física
- Doença e demanda metabólica
Doenças de alto estresse (queimaduras, sepse e neoplasias).
Exame físico
Avaliar perda de gordura subcutânea, perda de massa muscular, presença de
edema e ascite, dor óssea e fraturas e alterações da pele
Categorias da ASG
A = bem nutrida
B = moderadamente (ou em risco) desnutrido
C = gravemente malnutrido
AVALIAÇÃO DO ESTADO IMUNOLÓGICO
Linfocitometria Global ou Contagem Total de Linfócitos Periféricos
(CTLP) – Indicador de Mecanismo de Defesa Celular
*Contra-indicado para pacientes em uso de esteroides, RT, QT ou doença
imune
CTL = leucócitos x % linfócitos / 100
800 a 1199/ mm³ - depleção moderado
< 800/ mm³ - depleção grave
Valor mínimo aceitável (KRAUSE) – 1500/ mm³

Testes de Hipersensibilidade cutânea tardia (HCT ou RHR)


- Injeção de Antígenos de memória
Interpretação:
> 5 mm de enduração – resposta positiva
< 5 mm de enduração – depleção grave
* Anergia cutâneo total = sem resposta imunológica, frequente em
desnutridos grave

EXAMES LABORATORIAIS EMPREGADOS NA AVALIAÇÃO


NUTRICIONAL
Proteínas do Plasma – avaliação da síntese protéica ou da “reserva” protéica
visceral é realizada através desta dosagem.
- Albumina
- Síntese hepática e meia-vida de 18-20 dias
* Uso da albumina total na avaliação do estado nutricional – é questionável –
influenciada por diversos fatores:
- Função hepática
- Perda de proteínas
- Hidratação prejudicada com grande troca de fluidos, infecção e inflamação
Uso da albumina na avaliação nutricional – correlação com mudanças de CM
braquial, na facilidade de dosagem e no baixo custo
*Baixa concentração de albumina – não estão envolvidas a gênese da
desnutrição protéico-calórica - indicar a ingestão dietética de proteínas não
está adequada para manter a síntese proteica.
Valor Interpretação
Normal > 3,5 g/dl (3,5 – 5,5 g/dl)
Depleção Leve 3,0 – 3,5 g/dl
Depleção Moderada 2,4 – 2,9 g/dl
Depleção Grave < 2,4 g/dl

TRANSFERRINA
* Proteína de síntese hepática relacionada com o transporte sérico de ferro;
- Vida útil aprox 7-8 dias
- Mais sensível nos casos de desnutrição aguda e no controle de interverções
dietoterápicas
* Aumenta: carência de ferro, gravidez, fase precoce das hepatites agudas e
por perdas hemáticas crônicas
* Reduz: várias anemias, infecções crônicas, doenças hepáticas, nas
neoplasias e na sobrecarga de ferro. Neste casos, não deve ser utilizada para
avaliação nutricional.
Valor Interpretação
Normal 200 – 400 mg/dl
Depleção Leve 151 – 200 mg/dl
Depleção Moderada 100 – 150 mg/dl
Depleção <100 mg/dl

TRANSTIRETINA OU PRÉ-ALBUMINA
- Transporta a tiroxina
- Vida média 2-3 dias
- Sintetizada no fígado e com níveis de reserva muito pequenas no organismo
- Diminui rapidamente quando a ingestão de calorias e/ou proteínas e
insuficiente.
- É um indicador sensível de deficiência proteica e retorna rapidamente
seus níveis quando a terapia nutricional é adequada.
- É melhor indicador de estado de proteína visceral e balanço nitrogenado
positivo do que a albumina ou a transferrina
Valor Interpretação
Normal >15 – 35 mg/dl
Depleção Leve 11 – 15 mg/dl
Depleção Moderada 5-10 mg/dl
Depleção Grave <5 mg/dl
- Proteína Transportadora de Retinol
* Mais sensível das ptns do plama
- Proteina específica para o transporte de vitamina A do tecido hepático para
outros tecidos-alvo de seu papel fisiológico
* Hipertireodismo e deficiência de Zinco – baixas concentrações
- Vida média = 10 – 12 horas – reflete melhor as alterações agudas de
desnutrição
Valores normais: 3 a 5 mg/dl
Valores abaixo: 3 mg/dl

AVALIAÇÃO PROTÉICO SOMÁTICA


ÍNDICE CREATININA-ALTURA
- Utilizada para medir massa magra corporal ou tecido metabolicamente ativo
dos pacientes, acreditando-se na excreção urinária
- Creatinina está armazenada no músculo – creatina-fosfato – depósito
energético – solicitado na gliconeogênese – produto de degradação é a
creatinina
100% da creatinina é excretada na urina
Creatinina excretada na urina de 24h (3 dias consecutivos) – reflete
diretamente a concentração de creatinina corporal total – indiretamente –
massa muscular total
*Atenção: está medida só é validade se a função renal estiver preservada
- Excreção média p sexo fem – 18 mg/kg
- Excreção média p sexo mas – 23 mg/kg

ICA = volume urinário 24h x (Creatinina urinária) / Excreção de creatinina


esperada na urina 24h

Valor Interpretação
Normal >80%
Depleção leve 60 – 80%
Depleção moderada 40 – 60%
Depleção grave <40%
* Valores menores de 60% apostam depleção grave de massa muscular
BALANÇO NITROGENADO (BN)
- Pode avaliar a necessidade de aumento de oferta energética e avaliar a
conduta nutricional empregada
BN = g proteína ingerida / 6,25 – (Uréia urinária + 4) / 2,14
Classificação do BN e sua associação metabólica:
Positivo – anabolismo
Igual a zero – equilíbrio
Negativo – catabolismo

DOSAGEM DE URINÁRIA DE 3-METIL-HISTIDINA


3-metil-histidina – excretada inteiramente na urina
Consequentemente a determinação de 3-metil-histidina na urina 24h –
aproxima-se do turnover muscular total durante o período de coleta.

DOSAGEM DE SOMATOMEDINA C (IGF1)


Hormônio do crescimento – indicador do estado nutricional proteico

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