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Paciente sexo masculino, 58 anos, branco, natural de Luziania — GO, comerciante, casado.
QD: emagrecimento há 4 meses
Há 4 meses refere cansaço, palpitações, tremores e perda de peso. Há 2 meses o paciente refere estar
urinando em grande quantidade, bebendo
muita água, fadiga e aumento da velocidade de perda de peso.
HSDA: emagrecimento de 8Kg cm 4 meses.
AP: IAM há 4 anos, 1 episódio de TV há 1 ano.
HAS e DM há 8 anos.
Faz uso de: Amiodarona 200mg/dia de 2° a 6 feira
Sinvastatina l0mg/dia
Cloridrato de Metformina 850mg 2x ao dia, Maleato de Enalapril 10mg 2x ao dia
AF: Mae era DM e HAS. Pai falecido de IAM aos 53 anos
Exame Físico
PA: 120x80 mmHg
P: 100 bpm
Peso: 68 Kg
Altura: 1,67
IMC: 24,3
Agitado, mãos quentes e úmidas.
Tireóide aumentada de tamanho 1x
AC: Bulhas rítmicas taquicárdicas
AR: Pulmões limpos
Abdome: Fígado a 1,5 cm RC. Baço não palpável
Membros: sem edema
SN: Tremor fino de extremidades
Exames laboratoriais
Hemograma: Hb: 12,2g/dl (VR:12-16) Ht: 37
GB: 6700 (Bast:1 Segm:65 Eos:2 Linf: 28)
Cr: 1,1 mg/dl (VR: 0,7-1,5)
PCR - 2 mg/dl (VR < 0,3 mg/dl)
Glicemia de Jejum: 270 mg/dl (VR: 70-100)
A1c: 9,8% (VR: 4,0-6,0)
ColT: 220 mg/dl (VR < 200)
LDL: 112 mg/dl (VR: <130)
HDL: 48 mg/dl (VR > 40)
TG: 200 mg/dl, (VR < 150)
EAS: gli ++, proteína ausente, leuco 1000, hem 2000
TSH: < 0,03U/L (VR: 0,45-4,5)
T4: 3,0 ng/dl (VR: 0,7-1,5)
T3: 90 ng/dl (VR: 40-80)
TRAb: negativo
Ac anti-TPO: negativo
Exames de Imagem
US Doppler cie Tireoide: Distribuição aumentada da vascularização no interior da glândula
Captação de tireoide com Iodo131 na 24ª hora: 11%
Conduta:
Metimazol ou Propiltiouracil
Substituir Amiodarona por sotalol
Carboidratos e Diabetes
Quantidade total de carboidratos é mais importante do que o tipo de carboidrato índice glicêmico:
As dietas com baixo índice glicêmico reduzem a glicemia pós-prandial, no entanto, existe muita
dificuldade de manter essa dieta a longo prazo
Estudos com dieta baixo índice glicêmico versus dieta de alto índice glicêmico (12 dias a 6
semanas), para avaliar a resposta no diabetes tipo 1 não fornecem evidências convincentes do
benefício
Uso de Adoçantes
Frutose:
A frutose, no diabetes, produz menor resposta pós-prandial quando substitui a sacarose ou o amido,
no entanto, a frutose pode afetar negativamente os lipídios plasmaticos
Não se recomenda a utilização de adoçantes à base de frutose, porém, não existe razão para
recomendar que os diabéticos evitem a frutose natural dos alimentos (frutas e vegetais)
Nivel de
Recomendações Evidencia
Ingerir grãos integrais, frutas, vegetais e leite com baixo teor de gordura A
Quantidade total de carboidratos é mais importante do que a fonte ou o tipo A
Como sacarose não aumenta glicemia mais do que quantidades isocalóricas de A
amido, não precisa ser restrito. Porém substituir os outros carboidratos não
aumentando oferta total de CH
Adoçantes são seguros quando consumidos dentro dos níveis recomendados pelo A
FDA
Proteínas e Diabetes
Nivel de
Recomendações Evidencia
No Diabetes tipo 2 controlado, a ingestão de proteínas não aumenta glicemia B
A proteína estimula também a secreção de insulina, como o carboidrato
No Diabetes a necessidade de proteína pode ser maior do que a recomendação, B
mas não maior que a ingestão usual (15-20% do total calórico)
Não existe evidência para reduzir consumo de proteínas se função renal normal Opinião de
Experts
Efeito a longo prazo de dietas com baixo teor de CH e elevado de proteína não é
Opinião de
conhecido.
Experts
Efeito a longo prazo também desconhecido nos níveis de LDL
Se microalbuminúria e Taxa de filtração glomerular > 70 ml/minuto, recomenda-se
B
a quantidade de proteínas entre 0.8 a 1,0 g/kg/dia
Se Taxa de filtração glomerular entre 70 e 30 ml/minuto, reduzir a quantidade de B
proteínas para 0,8 g/kg/dia
Lipídios e Diabetes
Nível de
Recomendações evidencia
Gordura saturada: < 10% da ingestão calórica diária A
Indivíduos com LDL > 100 mg/dL podem se beneficiar com ingestão gordura
saturada equivalente a 7% do valor calórico total
Ingestão colesterol: 300 mg/dia A
Indivíduos com LDL t 100 mg/dL: podem se beneficiar com redução para < 200
mg/dia
Ingestão de 2 a 3 porções de peixes por semana B
Lipídio poliinsaturado C
Resumo das Recomendações
Valor energético total Considerar necessidades individuais
Utilizar parâmetros semelhantes aos da população geral
Carboidratos totais 45 a 60% do valor energético total
Sacarose Até 10% do valor energético total
Frutose Não se recomenda adição nos alimentos
Gordura total Até 30% do valor energético total
Ácidos graxos saturados < 7% do valor energético total
Ácidos graxos poliinsaturados Até 10% do valor energético total
Ácidos graxos monoinsaturados Completar de forma individualizada
Colesterol < 200 mg/dia
Proteína 15 a 20% do valor energético total
Fracionar plano alimentarem 6 refeições, sendo 3 principais e 3 lanches
Consumo diário de 2 a 4 porções de frutas, sendo pelo menos uma rica em vitamina C
Três a 5 porções de hortaliças cruas e cozidas
Sempre que possível preferir os alimentos integrais
Alcool e Diabetes
Nível de
Recomendações evidencia
Uma dose ou menos por dia para mulheres D
Duas doses ou menos para homens D
Sal de Cozinha
Recomendações:
Máximo 6 gramas/dia = 2,4 g de Sódio
1 colher chá = 1 grama sal
Micronutrientes
Standards of Medical Care in Diabetes - 201 3
• Routine supplementation with antioxidants, such as vitamins E and C and carotene, is not advised
because of lack of evidence of efficacy and concern related to long-term safety.
Atividade Física
Recomendações para Teste de Esforço
Diagnóstico
Critérios Diagnósticos da Sindrome de Ovários Policisticos sugeridos pela Sociedade de Excesso de
Andrógenos (AES), 2006:
Hiperandrogenismo – Hirsutismo e/ou hiperandrogenemia
Disfunção ovariana - Anovulação crônica e/ou ovários policisticos ao US
Exclusão de outras causas (causas secundarias) de anovulação/hiperandrogenismo
(Hiperandrogenismo, Hirsutismo e Acne)
USG
Parte da propedêutica
Ovário Policístico (ESHRE/ASRM)
Presença de mais de 12 folículos com 2-9 mm diâmetro e/ou Volume ovariano > 10 cm3
Avaliar endométrio
Estigma: Ovários Policísticos x SOP
Quadro Clínico
Hiperandrogenismo - Orgãos-alvo:
Pele: Hirsutimo (índice de Famirren > 8) e Acne
Unidade Pilosebassea
Couro Cabeludo: Alopecia Androgênica (rara)
Irregularidade Menstrual
Espaniomenorréia
Amenorréia
Hirsutismo
Acne
Infertilidade
Obesidade
Acantosis nigricans
SOP Doença Ginecológica?
Taxas de conversão
Mais mulheres com SOP têm conversão
Curva normal para Intolerante: 16% por ano (vs7,2%)
intolerância a glicose para DM: 2% por ano
Risco aumentado cerca de 3 vezes para Diabetes Gestacional
Obesidade
35 a 60% dos casos
Piora o prognóstico
Circunferência abdominal > 80 cm (88)
Risco cardiovascular
Síndrome metabólica
Piora a resposta para indução da ovulação e tratamento com Metformina
CRITÉRIOS PARA SÍNDROME METABÓLICA
Presença de 3 entre 5 fatores:
Fatores de risco Valores
Circunferência abdominal > 88cm
Triglicérides > ou = 150 mg/dL
HDL-c < 50 mg/dL
Pressão arterial > ou = 130/85 mmHg
Glicemia de jejum > ou = 100mg/dl
Doença Cardiovascular
Dislipidemia
Diminuição do HDL
Aumento dos Triglicérides
Aumento do Colesterol total
Obesidade: Circunferência abdominal > 88 cm
Resistência à insulina
Dificuldades de concentração: 7x maior
Propedêutica Complementar
Glicemia
Insulina
Curva glicêmica pelo TTGO
Colesterol total e frações
Todas as pacientes com SOP devem realizar TTGO (0 e 2h após 75g glicose)
Pacientes COM Intolerância à Glicose devem fazer o exame anualmente
Pacientes SEM Intolerância, testar a cada 2 anos
Fisiopatologia do DM2
HIPERGLICEMIA – CAUSA MULTIFATORIAL:
Redução do efeito incretinico
Secreção insulínica deteriorada
Aumento na lipólise
Secreção de glucagon aumentada
Alteração na reabsorção de glicose
Aumento DO PHG
Disfunção neurotransmissora
Redução na captação de glicose
A Inibição da DPP-4 aumenta GLP1 ativo no plasma : O alimento no TGI estimula a liberação de
GLP1, que torna-se ativo logo em seguida para desempenhar sua função. No entanto, O DPP-4,
inativa mais de 80% do GLP1. O uso de inibidor da DPP-4, visa, então, diminuir a inibição do GLP1
Mecanismo de ação dos inibidores do SGLT-2
O Inibidor do SGLT-2 reduz a reabsorção de glicose no túbulo proximal, causando glicosúria com
baixo risco de hipoglicemia
Orlistate
Sem atuação no sistema nervoso central
Inibição da lipase intestinal com bloqueio da absorção de 30% da gordura ingerida
Sibutramina
Cirurgia Bariatrica
Remissão do DM
Clínico: 12%
Bypass Gastrico com Y de Roux: 42%
VGS: 37%
Dieta VLCD
DEFINIÇÃO
Grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia.
A hiperglicemia é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambos.
DM TIPO 2
Maior incidência após 40 anos
60-90% de pacientes obesos (ou peso normal com aumento de gordura visceral)
Início insidioso, pode ser assintomático por longo tempo
Cetose é rara
Mudanças no estilo de vida + Medicações orais aumentam a secreção de insulina
Exames Laboratoriais em DM
Glicemia de jejum ou ao acaso
Teste de tolerância à glicose
HbA1c
Glicemia de jejum
PREPARO
Jejum mínino de 8 horas
Em regime ambulatorial
Manter tubo refrigerado e centrifugar até duas horas
Alternativa: uso do fluoreto
Método enzimático
VALORES:
Glicemia normal: até 99 mg/dL
Glicemia de jejum alterada: 100-125 mg/dL
Diabetes: glicemia maior ou igual a 126 mg/dL (confirmar em segunda ocasião)
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Evitar:
Medicações (corticóide)
Exercícios
Tabagismo
Cafeína
Importante:
Os 75 g de glicose deve diluída em 250 a 300mL de agua e ser ingerida em até 5 minutos;
Glicação da Hemoglobina
HbA + Glicose ⇆ pré-HbA1C → HbA1c ou A1C
Hemoglobina glicada
PREPARO
Não há necessidade de jejum
Sofre menos interferência de medicações que alteram a glicemia
Tubo estável quando refrigerado
MÉTODO
Usada para controle de DM
HPLC (padrão-ouro), imunoensaio
Para diagnóstico: método deve ser certificado pelo NGSP
VALORES
Diabetes: A1c maior ou igual a 6,5% (confirmar em segunda ocasião)
Risco de DM: A1c entre 5,7-6,4%
Critérios Diagnósticos de DM
Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl
OU
Glicemia 2h da glicemia ≥ 200 mg/dl durante um teste oral de tolerância à glicose (TOTG)
OU
Hemoglobina glicada ≥ 6,5%
OU
Glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dl, em um paciente com sintomas, tais como poliúria, polidipsia e
inexplicável perda de peso
Pré-diabetes
Categorias de Risco Aumentado para Diabetes
Glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL (glicemia de jejum alterada)
Glicemia 2h após 75g de glicose entre 140 e 200 mg/dL (intolerância à glicose)
HbA1c entre 5,7% e 6,4%
Resumindo:
Normal Pré-diabetes Diabetes (confirmar com segundo
teste)
Glicemia de Jejum < 100 mg/dL Glicemia de Jejum entre 100- Glicemia de Jejum > 126 mg/dl
125 mg/dl (Glicemia de Jejum Glicemia ao acaso > 200 mg/dL +
Alterada) sintomas
TOTG 2h < 140 mg/dL TOTG 2h entre 140 -199 mg/dL TOTG 2h > 200 mg/dL
(IAG)
HbA1c (Método certificado 5.7% - 6.4% ≥ 6.5%
pelo NGSP)
Ausência dos critérios acima: Iniciar investigação acima dos 45 anos de idade
Resultados normais: repetir a cada 3 anos. Dependendo do resultado inicial (pré-diabetes) e fatores
de risco
Frutosamina
Estrutura formada pela interação de glicose com aminogrupos do aminoácido lisina, presente na
albumina
Utilizada para controle glicêmico dos últimos 15 dias
Fatores que podem interferir na sua dosagem
Síndrome nefrótica
Desnutrição
Resultados de 1,5-AG
GlycoMark Diabetes A1c
>10 Bem controlado 4-6
5 -10 Moderadamente controlado 6-8
2-5 Mal controlado 8 -10
<2 Muito descompensado > 10
Cérebro
Aumenta neuroproteção
Diminui o apetite
Fígado
Diminui a produção de glicose
Estômago
Retarda o esvaziamento gástrico
Pâncreas:
Sensibilidade à insulina
Aumenta a secreção de insulina
Diminui a secreção de glucagon
Aumenta a biossíntese de insulina
Aumenta a proliferação de células Beta
Diminui a apoptose de células Beta
Secreção e inativação do GLP-1:O alimento no TGI estimula a liberação de GLP1, que torna-se ativo
(GLP1 7,6 – ativo) logo em seguida para desempenhar sua função. No entanto, O DPP-4, inativa
mais de 80% do GLP1 (GLP-1 9,36 – inativo), em cerca de 1 a 2 min (meia vida do GLP-1)
Existem dados limitados sobre o significado clinico da taquifilaxia mediada pelo GLP-1 sobre o
controle da glicemia pós-prandial em pacientes com DM2 nas situações da exposição prolongada
esvaziamento gástrico
Basal insulin
Fasting glycemic control
Individualized dosing
Hypoglycemic risk
Weight gain
GLP-1 agonist
Fasting and postprandial glycemic control
Weight reduction
Low hypoglycemic risk
Glucagon suppression
Gastrointestinal side effects
Hipotiroidismo
Síndrome clínica resultante da deficiência de produção ou ação dos hormônios tiroidianos com
consequente lentificação
generalizada dos processos metabólicos.
Prevalência em torno de 2% em mulheres e 0,2% em homens
Acima de 65 anos - 6% em mulheres e 2% em homens
Hipotiroidismo primário ocorre em 95% do total de casos
Hipotiroidismo central 0,005% da população geral
Hipotiroidismo congênito: 1 em cada 4000 a 5000 RN
Etiologia
Primário:
Tiroidite de Hashimoto
Déficit de iodo
Terapia com iodo radioativo
Tiroidectomia
Tireoidite subaguda
Doenças infiltrativas
Uso de medicações
Central:
Adenoma hipofisário
Radioterapia hipofisária
Destruição hipofisária
Disfunção hipotalâmico
Quadro Clínico
Sintomas:
Astenia
Sonolência
Déficit de memória
Disfunção cognitiva
Ganho de peso
Constipação
Intolerância ao frio
Dispnéia aos esforços
Sinais:
Pele fria, seca e amarela (caroteno)
Bradicardia
Lentificação dos reflexos
Movimentos e fala lentos
Voz rouca e arrastada
Eixo Hipotalamo-Hipofisario no Hipotiroidismo
Primario: Hipotálamo aumenta produção de TRH que estimula Hipofise a aumentar produção de
TSH
Secundario: Hipotálamo aumenta produção de TRH que estimula Hipofise a aumentar produção de
TSH, mas a Hipófise não responde (TSH diminuído ou nl)
Terciario: Hipotálamo aumenta produção de TRH que estimula Hipofise a aumentar produção de
TSH, mas a hipófise não responde
Diagnóstico
Anticorpos antitiroidianos: positivos (tiroidite autoimune) - quando pedir?
Hiponatremia
Aumento de colesterol total e LDL: redução do metabolismo hepático
Anemia normocítica e normocrômica
Hiperprolactinemia (Aumento de TRH)
Aumento de CPK: miopatia
ECG: baixa voltagem, bradicardia
Hipertiroidismo
Epidemiologia
80% dos casos de hipertiroidismo tem como causa a moléstia de Basedow Graves
Sua prevalência na população é incerta, estima-se entre 0,4 a 1%
Proporção na população: 5 mulheres para 1 homem
Pico de incidência entre a segunda e quarta década
Cerca de 15% dos doentes tem um familiar acometido,e em 50 % dos familiares de pacientes
encontra-se anticorpos positivos
Etiologia
Moléstia de Basedow Graves - 80%
Bócio Multinodular tóxico
Outras causas:
Efeito Jod-Basedow (hipertiroidismo induzido por excesso de iodo ou amiodarona)
Adenoma tóxico (mutação no receptor do TSH)
Mola Hidatiforme, Coriocarcinoma
Tumor Hipofisário Secretor de TSH (tirotropinoma)
Resistência hipofisária aos hormônios tiroidianos
Carcinoma folicular (raramente)
Tiroiditede Hashimoto
Tiroidite subaguda
Tirotoxicose factícia
Tirotoxicose por Hamburger
Teratoma ovariano (Struma ovarii)
Fisiopatologia:
A produção de imunoglobulinas (TSI) pelos linfócitos B que se ligam e ativam o receptor do TSH,
desencadeia:
Aumento do volume da tiroide
Secreção excessiva dos hormônios tiroidianos, causando:
o Supressão do TSH
o Ausência de feedback negativo sobre os TSI
E resultando em: hipertireoidismo com bócio difuso, T3 e T4 elevados e TSH suprimido
Características Clínicas
Perda de peso
Fadiga
Palpitações
Ansiedade
Sudorese
Intolerância ao calor
Diarréia
Prurido
Labilidade emocional
Aumento do apetite
Tremor de extremidades
Aumento n° evacuações
Alterações menstruais
Lacrimejamento ocular
Diagnóstico Complementar
US de tiroide com Bócio, hiperfluxo ao Doppler
Cintilografia com captação com iodo radioativo nas 24h (RAIU) com aumento de captação
Uso Clínico dos Testes de Função Tiroidiana (TSH, T3, T4)
Início do tratamento de hipotiroidismo ou hipertiroidismo crônico e grave: TSH pode permanecer
anormal por algum tempo, neste caso utilizar dosagem de T4 livre
Tratamento de hipotireoidismo: controlar com TSH e T4 livre a cada 6-8 semanas até atingir
regularidade de uso e dose adequada de levotiroxina
Hipotiroidismo central: avaliar TSH e T4 livre em associação
Alteração das frações totais dos hormônios tiroidianos: T3 e T4 totais podem refletir alteração nas
proteínas de transporte, particularmente a TBG (gestação, uso de ACO, alterações genéticas)
Pacientes criticamente doentes: não realizar testes de função tiroidiana de rotina, a não ser que exista
forte suspeita de doença tiroidiana
Situações Especiais
Gestantes