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Curso de Nutrição EaD – Metodologia Semipresencial

Universidade Cruzeiro do Sul

Estudo de Caso
Estágio Curricular Supervisionado
em Nutrição Clínica

Solange Devesa da Silva


RGM: 1623321750

São Paulo
2023
Curso de Nutrição EaD – Metodologia Semipresencial
Universidade Cruzeiro do Sul

Estudo de Caso
Estágio Curricular Supervisionado
em Nutrição Clínica

Estudo de Caso apresentado à disciplina de Estágio Curricular Supervisionado


em Nutrição Clínica do Curso de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul
como requisito parcial para aprovação.

Solange Devesa da Silva


RGM: 1623321750

Supervisor de Campo: Thalia Trigueiro Teixeira


Supervisor Acadêmico: Prof.ª Paula Morcelli de Castro

São Paulo
2023
A – Resumo do Estudo de Caso

O estudo de caso foi realizado no consultório Thalia Teixeira Trigueiro, sendo


a mesma, a supervisora do estágio. O caso clínico do paciente era
hipertrigliceridemia com HDL baixo e excesso de peso. O acompanhamento foi
realizado no período de 24/02/23 até 28/04/2023, totalizando duas consultas.
O paciente não faz atividade física na semana, somente nos dias de folga
pratica judô, tem um alto consumo de lanches com muita gordura saturada, sódio e
aditivos, não acredita que o sono seja algo importante, não gosta de beber água,
consumia uma grande quantidade de sucos e tinha um baixo consumo de fibras na
dieta.
Após a disponibilização do plano alimentar, entrega de materiais educativos e
orientações da nutricionista, foram observadas melhoras nos habitos alimentares do
paciente, como a diminuição no consumo de lanches, aumento da ingestão de água,
dimuição no consumo de sucos e aumento na quantidade de fibras provenientes das
frutas, verduras, legumes, e grãos integrais. Vale também destacar que houve
reduções de medidas nas circunferências corporais e dobras cutâneas. Por fim,
acredito que nas próximas consultas o paciente terá realizado os novos exames
laboratorias, e a nutricionista analisará se houve redução nos marcadores do perfil
lípidico, medidas antropométricas e melhora hábitos alimentares.
B – Introdução

As dislipidemias podem ser definidas como alterações e desordens no


metabolismo das lipoproteínas, “caracterizadas pela elevação dos níveis plasmáticos
de triglicérides ou de alterações dos níveis das lipoproteínas”. (CUPPARI; 2014,
p.407)
“As lipoproteínas são compostas por lipídios e proteínas denominadas
apolipoproteínas (Apos) e são responsavéis pelo transporte de lipidios no plasma”,
de acordo com Cuppari (2014, p.407).
As dislipidemais podem ser classificadas como etiológicas e laboratoriais
(BRASIL, 2017). Na classificação etiológica, temos duas categorias, a primária,
sendo sua origem genética, podendo ser agravada pelos hábitos alimentares, e a
secundária, devido à comorbidades, uso de medicamentos e alimentação
inadequada. A classificação laboratorial é definida em:
• Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160
mg/dL).
• Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150
mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum).
• Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG
(TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum). Se
TG ≥ 400mg/dL, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald é
inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não
HDL-c ≥ 190 mg/dL.
• HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50
mg/dL) isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG.
(BRASIL; 2017, p.13.)

As lipoproteínas são classificadas conforme a sua densidade segundo


Cuppari (2014), LDL (Low density lipoprotein ou lipoproteina de baixa densidade):
Rica em colesterol. Faz o transporte do colesterol do fígado para os tecidos, sendo
considerado o “colesterol ruim”.
HDL(High Density Lipoprotein ou Lipoproteína de alta densidade): Rica em
colesterol. Faz o transporte do colesterol dos tecidos para o fígado, considerado o
“colesterol bom”.
Quilomícrons(QM): Rica em triglicérides. São responsáveis pelo transporte dos
triglicerídeos do intestino para os tecidos.
VLDL( Very Low Density Lipoprotein ou Lipoproteína de muito baixa densidade).
Rica de triglicérides. Efetua o transporte de triglicerídeos do fígado para os tecidos.
Os triglicerídeos (TG) são macromoléculas apolares com baixa solubilidade
no sangue que necessitam de lipoproteína para circular. Existem múltiplos
mecanismos que regulam a síntese, condensação e remodelação de
lipoproteína rica em triglicerídeos e eliminação da circulação. Os níveis
séricos de TG são fortemente influenciados por uma combinação de fatores
ambientais e genéticos. As condições ambientais que podem influenciar os
níveis de TG incluem dieta, ingestão de álcool, atividade física,
farmacologia, função adiposa, função/atividade do músculo esquelético,
gordura hepática, resistência ou deficiência de insulina e estado hormonal.
(HERNANDEZ et al., 2021, p.2)

Quando os triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for


obtida sem jejum), a dislipidemia é classificada como Hipertrigliceridemia isolada,
porém quando há uma diminuição nos níveis de HDL( < 40 em homens), também
temos a classificação de HDL baixo.
A hipertrigliceridemia com baixo HDL “representam alterações lipídicas que
compartilham etiologias e, assim, ocorrem em geral associadas. Essa interação
acarreta o aumento do perfil de risco cardiovascular”. (BRASIL; 2017,p.48).
Podem ter origem genética ou de causa secundárias como: dieta inadequada,
medicamentos ou comorbidades. As hipetrigliceridemias
moderadas e graves são o resultado da herança poligênica de genes
recessivos e da combinação com fortes influências ambientais. As
manifestações mais graves da hipertrigliceridemia hereditária, causadas por
transmissão bialélica monogênica, são raras; como tal, os indivíduos
tendem a não ter parentes gravemente afetados. (HERNANDEZ et a., 2021,
p.4)

Estudos de revisão sistemática4 têm associado à hipertrigliceridemia (TG


>500 mg/dL) ao surgimento da pancreatite âguda e doenças cardiovasculares.
O principal objetivo do tratamento farmacológico é reduzir a probabilidade de
doenças cardiovasculares e pancreatite, visto que a hipertrigliceridemia é uma das
causas dessas patologias.
Os fibratos podem reduzir os níveis de triglicerídeos em 20% a 70%. “Alguns
estudos da “era pré-estatina” mostraram que o tratamento com fibratos também
resulta em redução do riscocardiovascular”. (PARHOFER KG; LAUFS U, 2019,
p.829).
O manejo nutricional para tratamento da hipertrigliceridemia consiste em
elaborar um plano alimentar que possa reduzir o peso corporal, a massa gorda,
especialmente a adiposidade visceral que afetam os níveis séricos de TG.
A hipertrigliceridemia (Hernandez et al., 2021) foi verificada em 80% das
pessoas com execesso de peso e obesidade.
A perda de peso pode permitir reduções de TG proporcionais aos níveis
basais de TG e à quantidade de perda de peso alcançada. Foi demonstrado
que uma redução de peso de 5 a 10% reduz o TG em aproximadamente
20%.
Uma dieta com consumo execessivo de açúcar pode afetar diretamente os
níveis de triglicerídeos. A maioria dos açúcares, devido ao teor de frutose,
estimula a síntese hepática de fosfatase alcalina e aumenta o acúmulo de
gordura hepática, promovendo a produção de VLDL. 6 A frutose está
presente como xarope de milho com alto teor de frutose em muitas bebidas
adoçadas com açúcar (55% de frutose, 45% de glicose), que são as
principais fontes de açúcares adicionados na dieta americana. O consumo
de frutas inteiras como alternativa ao suco de frutas é recomendada, e o
consumo de água é preferido. Os pacientes devem ser instruídos a
substituir os amidos refinados por grãos integrais ricos em fibras e
leguminosas; no entanto, a quantidade e as calorias ainda precisam ser
consideradas. (HERNANDEZ et al., 2021, p.4)

As dietas recomendadas (BRASIL, 2017) para o tratamento da


hipertrigliceridemia são a DASH(DietaryApproachs to Stop Hypertension), onde há
redução de gordura saturada e colesterol e maior consumo de frutas, legumes,
verduras e latcínios desnatados e a dieta do mediterrâneo, onde há um consumo
maior de gorduras poli-insaturadas e monoinsaturdas, como peixes e oleaginosas,
grãos integrais, massas, frutas, verduras e legumes e vinho.
Segundo Brasil (2017, p.407), a utilização de proibióticos também é recomendada
para quem tem hipertrigliceridemia. “Um estudo de metanálise com 485 indivíduos
mostrou que a administração de probióticos reduziu em 4,9 mg/dL o LDL-c, em 6,4
mg/dL o CT e em 3,95 mg/dL os TG”.
Nesse contexto podemos citar a utilização de fibras solúveis como o psyllium
e aveia. “Uma revisão de estudos indica que doses de 7 a 15 g de psyllium ao dia
estão associadas com uma redução de 5,7% a 20,2% de LDL-c e redução de 2% a
14,8% de CT”. (BRASIL; 2017, p.22). A aveia, mais especificamente o farelo de
aveia, que contém mais fibras se comparada a em flocos ou farinha tem a
capacidade de reduzir a absorção do colesterol, sendo uma ótima opção para inserir
na dieta dos pacientes.
A distribuição dos macronutrientes deve ser feita conforme as
alterações no perfil lipídico. A recomendação dietética para TG (200-499 mg/dL)
segundo Brasil (2017, p.407) preconizam: “carboidratos ( 50%-55% do VCT),
proteínas (15%-20% do VCT), lipídios (30%-35% do VCT), adição de açúcares (5%-
10% do VCT), gordura saturada( <5% do VCT), excluir o consumo de ácido graxos
trans, ácido graxos poli-insaturados e monoinsaturados (10%-20% do VCT) “.
C – Desenvolvimento do Estudo de Caso
1. Identificação do paciente/cliente.
▪ Iniciais do nome completo.
CAM
▪ Sexo
Maculino
▪ Idade
45
▪ Nacionalidade e naturalidade.
Brasileiro/Paulista
▪ Estado civil.
Casado.
▪ Escolaridade.
Ensino médio completo
▪ Profissão/ocupação.
Vendedor
▪ Data de admissão no hospital (se for consultório, data que paciente procurou o
nutricionista)
24/02/2023
▪ Período de acompanhamento do paciente
24/02/23 – 28/04/2023

2. Histórico Social
▪ Descrever condições de moradia, composição familiar e nº de pessoas que
contribuem com a renda, gasto com alimentação, etc.
O paciente é casado, tem duas filhas. Possui gastos com a alimentação tanto
em casa quanto fora e relata muitas refeições em lanchonetes.

Realizar análise desses dados para verificar a existência de um ou mais fatores


que possam estar influenciando na aquisição de alimentos, nos hábitos
alimentares e tratamento dietético a ser aplicado.

Através da anamnese verifiquei que o paciente tem um gasto habitual com


refeições fora de casa, podendo concluir que a renda não é um impeditivo em
questão de aquisição de alimentos, hábitos alimentares e tratamento dietético.

3. Antecedentes Médicos e Familiares


▪ Obter do prontuário ou com o próprio paciente, informações sobre as suas
condições de saúde antes da internação, como: saúde na primeira infância,
hospitalizações anteriores com motivos e datas, gestações e partos, doenças
crônicas, tratamentos, história de alergias, medicamentos utilizados a nível
domiciliar.
O paciente não está internado, procurou o nutricionista devido a alterações no
perfil lipídico.

▪ Prática de atividade física, tabagismo, etilismo, alterações comportamentais,


alteração de apetite, digestão, hábito intestinal (consistência e frequência –
utilizar a Escala de fezes de Bristol).
O paciente pratica judô nas folgas, não fuma, relata que quando está
estressado devido ao trabalho (vendas), pede lanches, informa ter gases e
barriga estufada, evacua diariamente, escala de fezes de Bristol 3 ou 4 e o
apetite é aumentado pela manhã.

▪ Condições de saúde dos pais e avós (se apresentam ou apresentavam alguma


patologia).
O paciente relata que tem histórico familiar de dislipidemia, doenças
cardiovasculares e hipertensão arterial.
▪ Realizar análise desses dados para verificar a existência de um ou mais fatores
que tenham relação com o desenvolvimento ou agravamento da patologia do
paciente.
O paciente tem histórico familiar de dislipidemia, mais especificamente a
hipertrigliceridemia, podendo ser a causa primária do aparecimento da doença,
embora o estilo de vida do paciente, os hábitos alimentares inadequados possam
ter contribuido para o surgimento da patologia.
4. História da Moléstia Atual (HMA) e Exame Físico
▪ Para consultório de nutrição, descrever por qual motivo o paciente procurou o
nutricionista.
O paciente procurou a nutricionista para melhorar a saúde e emagrecer, pois
está com hipertrigliceridemia com HDL baixo, faz uso de medicamento para
controle da patologia e tem histórico familiar de hipertrigliceridemia.

▪ Hipótese diagnóstica e/ou diagnóstico definitivo.


O paciente recebeu o diagnóstico de hipertrigliceridemia com HDL baixo após
a realização de exames laboratorias solicitados pelo médico.

5. Medicamentos
▪ Descrever os medicamentos utilizados durante a internação (para consultório,
mencionar os medicamentos e suplementos de uso contínuo), sua indicação,
princípio ativo, efeitos colaterais relacionados com o trato gastrointestinal,
interação do tipo fármaco-nutriente (utilizar livro específico para analisar as
interações).

MEDICAMENTOS UTILIZADOS:
EFEITOS
MEDICAME COLATERAI INTERAÇÃO
SUBSTÂN INDICAÇÃO
NTO (Nome S MEDICAMENTO-
CIA ATIVA PARA O CASO
Comercial) (relacionado NUTRIENTE
s ao TGI)
Ciprofibrato Ciprofibrato Tratamento da Obstipação, Os fibratos diminuem
Hipertrigliceride
flatulência, a absorção de ferro e
mia
Naúseas e vitaminas (A, K, D e
Vômitos. B12) (ROE, 1985)
Fonte: (Consultório Thalia/2023)

▪ Realizar discussão sobre possíveis interações nutricionais de acordo com os


medicamentos utilizados (essa discussão é obrigatória no estudo de caso).

Os fibratos aumentam a atividade da enzima lipase lipoproteica, diminuindo


os níveis de TG e VLDL e aumentam o HDL, “diminuem a absorção de ferro e
vitaminas (A, K, D e B12)”. (ROE, 1985). “Manifestações clínicas associadas à
deficiência dos mesmos correspondem à anemia, dificuladade de cicatrização,
fadiga, formigamento nas extremidades, letargia, redução no paladar e olfato, e
úlceras linguais, entre outros.” (GOMEZ & VENTURINI, 2009).
O paciente não apresenta sintomas clínicos de deficiências de vitaminas, ele
relata que ás vezes sente a barriga um pouco inchada, podendo ser causado
pela ingestão de alimentos com muita gordura e pobre em fibras, e o
medicamento tem como efeito colateral a obstipação.

6. Exames Bioquímicos e Complementares


▪ Apresentar uma tabela com os exames bioquímicos realizados na data mais
próxima do início do acompanhamento nutricional, informando os valores de
referência e o valor apresentado pelo paciente. Se o paciente realizou vários
exames durante a internação, apresentar todos. (Para consultório e ILPI, caso o
paciente não tenha exames, é necessário justificar)
▪ Apresentar o laudo dos exames de imagem ou funcionais, caso tenha.

RESULTADOS COLETADOS
DURANTE
Exames Valores de Referência
ACOMPANHAMENTO DO
ESTUDO DE CASO
24/02/2023
Colesterol Total Adulto: < 200 233
HDL Adulto: >40 32
VLDL Até: 40mg/dL 79,60
Triglicérides Desejável: Inferior a 150 398
Fonte: (Laborhclin/2023)

▪ Realizar ANÁLISE E DISCUSSÃO dos resultados dos exames, evolução do


paciente e possível causa para os resultados alterados. Utilizar a literatura como
base (essa discussão é obrigatória no estudo de caso).

Conforme os resultados dos exames apresentados, temos um quadro de


dislipidemia, sendo sua etiologia classificada como dislipidemia primária, onde
envolve fatores genéticos “(hipertrigliceridemia familiar, sendo sua causa
desconhecida, possivelmente múltiplos defeitos e mecanismos e TG 200-
500mg/dl)”, pode ser agravada pelos hábitos alimentares inadequados (Michael,
Vishnu, 2021) e a classificação laboratorial como HDL-c baixo, ou seja, tem uma
redução do HDL-c (homens < 40 mg/dℓ) e está associada ao aumento de
TG(<150).(BRASIL; 2017).
A classificação de Fredrickson (BRASIL; 2017) permite diferenciar a causa da
elevação dos triglicerídeos, se é de fonte alimentar (quilomícrons) ou endógena
(VLDL). Conforme o resultado do exame pode-se observar presença de VLDL
aumentado, colesterol total aumentado e triglicérides aumentadas, sugerindo a
classificação tipo V (CT pouco aumentado e aumento importante dos TG por
elevação concomitante de QM e VLDL).
O acúmulo de quilomícrons e/ou de VLDL no compartimento plasmático
resulta em hipertrigliceridemia e decorre da diminuição da hidrólise dos TGs
destas lipoproteínas pela lipase lipoproteica ou do aumento da síntese de
VLDL. Variantes genéticas das enzimas ou apo relacionadas com essas
lipoproteínas podem causar aumento de síntese ou redução da hidrólise. A
junção de lipoproteínas ricas em colesterol, como a LDL, no compartimento
plasmático, resulta em aumento de colesterol. (BRASIL; 2017, p.2)

A evolução do paciente em relação aos exames não foi verificada, pois o


paciente passou em consulta com a nutricionista apenas duas vezes. Na primeira
consulta foram analisados os exames e na segunda consulta, a análise foi feita
atraves da anamnese e medidas antropométricas. Foram solicitados exames na
segunda consulta, e o resultado desses exames será analisado, entretanto, a data
agendada é superior ao término do estágio, não sendo possível analisar a evolução
através dos paramêtros bioquímicos.

7. Planejamento das necessidades nutricionais

a) Cálculo da Taxa Metabólica Basal (TMB)


“A formula de Harris e Benedict é bastante utilizada para calcular a taxa
metabólica basal e essa equação apresenta a vantagem de ajustar o valor obtido da
TMB por gênero, peso corporal, estatura e idade, uma vez que essas variáveis são
utilizadas para o uso da fórmula”. (CUPPARI; 2006, pg.55).
A escolha para utilização da fórmula se deve a quantidade de fatores que a
mesma aborda, como a idade, peso, altura e genêro, podendo obter um resultado
mais fidedigno.

b) Cálculo do Gasto Energético Total (GET)


GET: TMB x FA
GET: 1.689,63 X 1, 72

GET: 2906,16 kcal/dia

Ao calcular o gasto enérgético total, a opção foi pelo nível de atividade física
moderada, pois o paciente é vendedor, fica em pé durante o dia todo e duas vezes
na semana faz judô.
O comitê de experts que compõe a Organização Mundial da
Saúde/Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(OMS/FAO) definiu como necessidade de energia a quantidade de energia
da dieta necessária para manutenção do balanço energético em um
indivíduo de determinada idade, gênero, peso, estatura e nível de atividade
física (NAF), de modo a manter boa saúde. (CUPPARI; 2006, pg.55).

c) Calorimetria indireta (se houver)


A nutricionista não possui calorimetria.

d) Distribuição de macronutrientes em % e gramagem (Proteína, Carboidrato e


Lipídio)

Adequeção de macronutrientes conforme o cardápio elaborado pela nutricionista.

Macronutrientes % VCT Gramas


Carboidratos 51% 249,52g
Proteínas 28% 138,73g
Lipídios 20% 43.64g
e) Determinação dos micronutrientes (cálcio, ferro, vitamina C e outros que
julgar necessários) e fibras

Adequação dos micronutrientes conforme as Dris - RDA, patologia


(hipertrigliceridemia com HDL baixo) e interações farmácos x nutrientes.

Micronutriente Recomendação Cardápio elaborado pela


RDA nutricionista
Ferro 8mg 13mg
Vitamina B12 2,4 mcg 13,18 mcg
Vitamina A 900mcg 309,41mcg
Vitamina D 5mcg 2,17mcg

f) Características da Dieta (consistência, via de administração, intervenções)


O cardápio foi elaborado com a recomendação de dieta hipocalórica, baixa
em gorduras saturadas e caboidratos refinados, aumento do consumo de fibras e
ingestão de água. Consistência da dieta: normal.

8. Anamnese Alimentar
▪ Descrever o local de preparo, as preferências e intolerâncias alimentares,
mudanças aos finais de semana ou após a doença.

O paciente tinha o hábito de fazer a ingestão de lanches em lanchonetes e


relata gostar bastante de suco natural, sendo a sua ingestão diária de 500 ml nas
refeições principais. Não relata intolerâncias ou alergias alimentares e tem
dificuldade para beber água, pois trabalha como vendedor e não quer ter que ir ao
banheiro. Após o descobrimento da doença e da inserção do plano alimentar,
conseguiu diminuir a ingestão dos sucos, mas ainda relata dificuldades para beber
água e começou a comprar marmitas conforme as quantidades descritas no
cardápio.

▪ Aplicar o Dia Alimentar Habitual (ou o Recordatório de 24 horas para pacientes


de consultório), calcular calorias, macro e micronutrientes (os cálculos do
cardápio deverão ser anexados para consulta da professora). (ANEXO 1)
(APÊNDICE 1)

DIA ALIMENTAR HABITUAL (EM CASA)

REFEIÇÃO / LOCAL ALIMENTO QUANTIDADE


HORÁRIO EM MEDIDAS
CASEIRAS
Café da manhã- 09:30 Lanchonete Café com leite com 1 copo de 200ml
açúcar 1colher de chá
Café da manhã- 09:30 Lanchonete Pão de queijo 1 unidade média
Café da manhã- 09:30 Lanchonete Pão na chapa 1 unidade
Almoço -13:00 Refeitório Arroz do tipo 1 5 colheres de sopa
cozido
Almoço -13:00 Refeitório Feijão carioca cozido 6 colheres de sopa
Almoço -13:00 Refeitório Filé de frango 1 unidade pequena
grelhado
Almoço -13:00 Refeitório Suco de laranja 500 ml
Lanche da tarde -15:00 Refeitório Misto quente 1 unidade
Lanche da tarde – 15:00 Refeitório Suco de laranja 500 ml
Jantar- 21:00 Residência Arroz do tipo 1 5 colheres de sopa
cozido
Jantar – 21:00 Residência Feijão carioca cozido 6 colheres de sopa
Jantar -21:00 Residência Filé de frango 1 unidade pequena
grelhado
Jantar – 21:00 Residência Suco de pêra 500 ml
Fonte: (Thalia Trigueiro/2023)

▪ Calcular a porcentagem de adequação das calorias, macro e micronutrientes, em


relação às suas necessidades nutricionais. (apêndice 2)

CÁLCULO DO DIA ALIMENTAR HABITUAL E ADEQUAÇÃO


DIETA
NECESSIDADE
NUTRIENTES HABITUAL % ADEQUAÇÃO
NUTRICIONAL
(EM CASA)
CALORIAS 2906 kcal/dia 1904 kcal/dia 65,51%
PROTEÍNA % 20% 22.9% 115%
CARBOIDRATO % 55% 55,5% 100,9%
LIPÍDIO % 25% 21,6% 86,4%
FIBRAS 25g 23g 92%
Ferro 8mg 8,25mg 103%
VITAMINA B12 2,4 mg 1,72mcg 71,6%
VITAMINA A 900mcg 292,55mcg 32,44%
VITAMINA D 5mcg 1,43mcg 28,6%
Fonte: (ThaliaTrigueiro/2023)
▪ Analisar e discutir se o consumo habitual atinge às necessidades do paciente e
se a qualidade da alimentação é adequada. Avaliar a porcentagem de adequação
e suas possíveis consequências ao caso. Apresentar conclusões sobre o hábito
alimentar (essa discussão é obrigatória no estudo de caso).

O paciente tinha um alto consumo de alimentos com muita gordura saturada,


sódio e aditivos alimentares, como lanches e um consumo exarcebado de sucos.
Embora a procentagem não ultrapasse muito da recomendação, a qualidade dos
alimentos estava inadequada, por isso foi necessário ajustar para que o paciente
pudesse obter redução na porcentagem de gordura, diminuir o peso e melhorar o
perfil lipídico. Através dos exames bioquimícos não foi verificado deficiência das
vitaminas lipossolúvel (D) e da vitamina B12(hidrossoluvél), entretanto como a
medicação reduz a absorção desses nutrientes, foram adicionado alimentos fontes
dessas vitaminas. A vitamina A deficiente no organismo pode causar cegueira
noturna, já a deficiência de vitamina D pode causar a osteomalácia, osteoporose e o
raquistismo em crianças. A vitamina B12 é essencial para a formação das células
sanguíneas e a sua deficiência pode causar a anemia perniciosa².

9. Avaliação e Diagnóstico Nutricional


▪ Avaliação antropométrica (apresentar tabelas com os parâmetros e respectivas
classificações como: peso, altura, IMC, circunferências e dobras, CMB, AMBc, %
gordura, risco cardiovascular, etc.) – OBS: para crianças e gestantes, classificar
os parâmetros a partir das curvas.

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Medidas aferidas

▪ Estatura: 1,67 cm ▪ Peso Habitual: 79,9 kg ▪ Peso Ideal: 68,3kg

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
DATA:24/02/2023 DATA: 24/03/23
PERCEN PERCENT
VALO TIL OU % CLASSIFIC VALOR IL OU % CLASSIFICA
PARÂMETROS
RES ADEQUA AÇÃO ES ADEQUAÇ ÇÃO
ÇÃO ÃO
Peso Atual (kg) 79,9 - - 78,6 - -
Peso Estimado - - - - - -
Entre 25 Entre 25 e
IMC (kg/m²) 28,64 Sobrepeso 28,18 Sobrepeso
e 29,9 29,9
Excesso de Excesso de
Pescoço (cm) 42,5 >37 42,0 >37
peso peso
Abdômen(cm) 94,0 - - 92,0 - -
Cintura(cm) 91,5 <94 Normal 90,0 <94 Normal
Quadril(cm) 97,0 - - 94,5 - -
Circunferência - - - -
da Panturrilha 37,5 37,5
(cm)
Risco
Relação 0,95 <0,95 cardiovasc 0,94 < 0,95 Normal
Cintura/Quadril
ular
Torax(cm) 101,0 - - 100,0 - -
Tríceps (mm) 15,0 - - 12,4 - -
Bíceps(mm) 6,9 - - 7,2 - -
Subescapular( 36,5 - - 32,2 - -
mm)
Coxa(mm) 17,9 - - 14,8 - -
Supraíliaca(mm 29,5 - - 28,5 - -
)
Abdomên(mm) 36,8 - - 35,5 - -
Peitoral(mm) 17,5 - - 16,0 - -
Axilar 33,0 - - 31,0 - -
média(mm)
Panturrilha(mm 8,0 - - 9,1 - -
Fonte: (Thalia Trigueiro/2023)

▪ Bioimpedância (caso no local seja realizado o teste, apresentar os resultados)


A nutricionista não tem balança de bioimpedância.
▪ Avaliação Bioquímica do estado nutricional (hemoglobina, hematócrito, contagem
total de linfócitos %CTL, albumina, etc.) – classificar de acordo com o estado
nutricional.
Não foi disponibilizado o exame de hemograma e albumina.

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA DO ESTADO NUTRICIONAL


▪ Determinar o Diagnóstico Nutricional Final, considerando a classificação
global, a massa magra, a gordura corporal, o risco cardiovascular e possíveis
deficiências ou inadequações alimentares. Avaliar conjuntamente os dados da
alimentação e do estado nutricional.

A avaliação física foi feita através das medidas antropométricas


(circunferências e dobras cutanêas) indicou um percentual de massa gorda de
27,9% considerado acima da média em homens, percentual de massa magra de
72,1%, coonsiderado normal, relação cintura/qudril indicou risco cardiovascular e
o IMC de 28,64 indicou excesso de peso.
O paciente tem diagnóstico para dislipidemia (hipertrigliricedemia com HDL
baixo), come quando está estressado e tem hábitos alimentares que contribuiram
para o agravamento das patologias, como o consumo frequente de sucos,
lanches e a baixa ingestão de água.

10. Condutas Dietoterápicas


▪ Relatar a dieta prescrita pelo médico, a conduta nutricional adotada pela equipe
de nutrição e a via de administração utilizada pelo paciente.
Dieta hipocalórica, baixa em carboidratos refinados e gordura saturada.
▪ Descrever os objetivos do cuidado nutricional.
A nutricionista aumentou o consumo de verduras, gorduras insaturadas,
fibras, e água, pois o paciente apresentava baixa ingestão desses nutrientes e
também apresentava distensão abdominal, sensação de não ter evacuado o
necessário, mesmo com o hábito de ir até duas vezes por dia ao banheiro,
também orientou o paciente sobre a hipetrigliceridemia e como se alimentar
corretamente.

▪ Apresentar o(s) cardápio(s) oferecido(s) durante o período de acompanhamento


e demonstrar os resultados da composição química (os cálculos deverão ser
anexados para consulta do professor) (ANEXO 2) (APÊNDICE 3)

DIETA OFERECIDA AO PACIENTE OU PRESCRITA PELO NUTRICIONISTA


QUANTIDADE
REFEIÇÃO / HORÁRIO ALIMENTO
EM MEDIDAS CASEIRAS
Café da manhã- 05:30 Pão integral 2 fatias
Café da manhã- 05:30 Ovo de galinha 2 unidades
Suco de uva
Café da manhã- 05:30 1 copo de 200 ml
concentrado
Laanche da manhã-
Banana 1 unidade
10:00
Laanche da manhã-
Aveia 1 colher de sopa
10:00
Almoço- 12:00 Arroz integral cozido 6 colheres de sopa
Almoço- 12:00 Feijão carioca cozido 2 conchas médias
Filé de frango
Almoço- 12:00 1 unidade média
grelhadoo
Almoço- 12:00 legumes 1 escumadeira
Almoço- 12:00 Verduras ½ prato
Lanche da tarde – 14:00 Café com leite 1 xicara
Lanche da tarde – 14:00 Pão integral 2 fatias
Lanche da tarde – 14:00 requeijão 1 colher de sobrmesa
Lanche da tarde – 14:00 Farelo de aveia 1 colher de sopa
Jantar -20:00 Arroz integral cozido 6 colheres de sopa
Jantar -20:00 Feijão carioca cozido 2 conchas médias
Filé de frango
Jantar -20:00 1 unidade média
grelhadoo
Jantar -20:00 legumes 1 escumadeira
Jantar -20:00 laranja 1 unidade média
Jantar -20:00 Verduras ½ prato
Fonte: (Thalia Trigueiro/2023)

▪ Analisar e justificar as condutas nutricionais adotadas durante o período de


acompanhamento.
▪ Relatar e justificar as adaptações e modificações efetuadas.

As condutas adotadas durante o acompanhamento foram o aumento de fibras


provenientes das frutas, verduras e legumes, pois o paciente tinha um baixo
consumo de fibras e micronutrientes, o aumento do consumo de água, porque o
paciente relatava baixa ingestão, diminuição do consumo de sucos, lanches e
ultraprocessados devido ao relato do consumo em excesso, e material educativo
sobre a importância do sono, pois o paciente não acreditava na importância do sono
reparador.

▪ Calcular a porcentagem de adequação das calorias, macro e micronutrientes, em


relação às suas necessidades nutricionais.

CÁLCULO DA DIETA OFERECIDA AO PACIENTE OU PRESCRITA PELO


NUTRICIONISTA
NECESSIDADE DIETA
NUTRIENTES % ADEQUAÇÃO
NUTRICIONAL PRESCRITA
CALORIAS 2906 kcal/dia 1962 kcal/dia 67,51%
PROTEÍNA % 20% 27,80% 139%
CARBOIDRATO % 55% 50,48% 91,78%
LIPÍDIO % 25% 21,72% 86.88%
FIBRAS 25g 50g 200%
Ferro 8mg 14,84mg 185,5%
VITAMINA B12 2,4 mcg 13,18mcg 549,16%
VITAMINA A 900mcg 309,41mcg 34,34%
VITAMINA D 5mcg 2,17mcg 43,4%
Fonte: (Thalia Trigueiro/2023)

▪ Apresentar tabela com % de aceitação alimentar diária (somente para


hospitalizados e ILPI).
Não se aplica.
▪ Analisar e discutir se a dieta prescrita atinge às necessidades do paciente (essa
discussão é obrigatória no estudo de caso).
A recomendação da necessidade nutricional foi elaborada de acordo com
BRASIL (2017). No quadro acima se pode observar que o cardápio elaborado pela
nutricionista está abaixo das necessidades nutricionais, entretando o valor ofertado
encontra-se acima da taxa metabólica basal e com uma redução de 944 kcal, pois o
paciente precisava perder peso.
Os lipídios também se encontram abaixo da recomendação, visto que a
quantidade de gordura insaturada está insuficiente, seria necessária essa
adequação para que o paciente possa aumentar os níveis HDL, sabendo-se que os
ácidos graxos poli-insaturados como o ômega 3 “apresenta efeitos
antitrombogênicos (antiplaquetários) e redutor de redutor dos triglicerídeos”.
(GOMEZ &VENTURINI, 2009).
O medicamento que o paciente utiliza reduz a absorção de ferro, então os
valores acima do recomendado não trarão prejuízos. A quantidade de ingestão
máxima conforme as DRIS são de 45mg/dia.
A vitamina B12 está muito acima do recomendado, entretando o medicamento
reduz a absorção, fazendo com que parte da ingestão do nutriente não seja
absorvida.
A vitamina A está muito abaixo do recomendado, podendo acarretar doenças
cegueira noturna ou xeroftalmina.
A vitamina D também se encontra abaixo da recomendação, porém em forma
de colecalciferol é sintetizada na pele humana pela radiação UV-B a partir do 7-de-
hidrocolesterol. A minha sugestão seria a suplementação da vitamina D3 caso o
paciente não tenha disponibilidade de expôr ao sol e por fim temos tem um aumento
na quantidade fibras, sendo a indicação mimíma recomendada de 25g, podendo até
ultrapassar esse valor, porém se a quantidade for exagerada pode haver redução da
eficiência da absorção de outros nutrientes no intestino delgado, especialmente
cálcio e zinco, além de aumentar os gases e outros distúrbios intestinais².

11. Orientação Nutricional


▪ O aluno deverá elaborar uma orientação nutricional, EM LINGUAGEM DE
FÁCIL ENTENDIMENTO PARA O PACIENTE, com as instruções para uma
alimentação saudável adaptada à sua patologia e estado nutricional.
▪ Não usar termos técnicos.
▪ Dar o máximo de exemplos possíveis de alimentos.
▪ Mencionar os alimentos que devem ser evitados.
▪ Além de falar sobre a alimentação, abordar sobre aspectos como: mastigação,
frequência das refeições e intervalos, ingestão de água, fibras, grupos
alimentares de consumo diário, grupos alimentares de consumo esporádico, etc.

Título para o Paciente: Orientações para controle de colesterol

 Consuma fibras solúveis (aveia, arroz integral, frutas), pois elas reduzem a
absorção do colesterol;
 Reduza o consumo de gorduras saturadas e trans (frituras, bolos, biscoitos,
sorvetes, carnes gordas);
 Aumente o consumo de alimentos antioxidantes (frutas e verduras), pois as
moléculas de colesterol são altamente vulneráveis aos danos causados pelos
radicais livres;
 Reduza o consumo de açúcares e álcool, pois estimulam o fígado a produzir
ainda mais colesterol;
 Inclua na alimentação gorduras boas (castanhas, nozes, linhaça, azeite de
oliva e peixes), pois aumentam o HDL (colesterol bom) e reduzem o LDL
(colesterol ruim);
 Aumente o consumo de alho e cebola, pois ajudam a reduzir o colesterol e
triglicerídeos;
 Acrescente temperos nas refeições como: pimenta, manjericão, alecrim e
orégano, pois eles são ricos em antioxidantes, que previnem a oxidação do
colesterol;
 Reduza o consumo de café, pois a cafeína torna esse colesterol circulante,
podendo contribuir para a oxidação do colesterol.

12. Evolução Clínica e Nutricional


▪ Demonstrar e analisar os indicadores clínicos e nutricionais, em ordem
cronológica (peso, pressão arterial, temperatura, edema, diurese, evacuações,
aceitação alimentar)

EVOLUÇÃO CLÍNICA
Parâmetros 24/02/23 24/03/23
Peso Corporal 79,9kg 78,6kg
Ingestão de água 500ml 1 litro
Consumo de lanches 3 vezes ao dia 1 vez ao dia
Consumo de sucos 1,5 litros 200ml
Circunferência do abdomên 94cm 92cm
Circunferência 91,5cm 90cm
da cintura
Circunferência do quadril 97cm 94,5cm
Fonte: (Thalia Trigueiro/2023)
▪ Analisar a evolução do quadro clínico e nutricional por meio dos resultados
obtidos e relacionar com a patologia e tratamento clínico/nutricional prescrito.

Conforme podemos observar no quadro acima o paciente obteve ótimos


resultados em apenas um mês de tratamento, a ingestão de água aumentou,
contribuindo para a diminuição do excesso de peso, pois a água transporta os
nutrientes, participa de reações químicas e ajuda na eliminação de metabólitos via
sistema renal.
O paciente diminui a ingestão de sucos e lanches que contribuiam para o
excesso de peso e aumento dos triglicerídeos e por fim perdeu medidas corporais e
gordura que são fatores de risco para quem tem dislipidemias.

D – Conclusão do tratamento dietoterápico


▪ Apresentar os resultados do tratamento dietoterápico e, correlacionar com as
condutas adotadas durante o período de seguimento.
Durante o período de acompanhamento do paciente, foram observadas
algumas melhoras nos hábitos alimentares após a disponibilização do plano
alimentar, como o aumento no consumo de frutas, verduras e legumes, promovendo
mais saciedade. Aumento no consumo de água através da estratégia de saborizá-la
e explicar a sua importância no tratamento. Diminuição no consumo de sucos e
lanches, atráves da estratégia de incusão de frutas e legumes, fracionamento das
refeições e inclusão de um lanche da tarde e um da manhã. Por fim houve
diminuição do peso e de medidas corporais, contribuindo para o não agravamento
da doença e possível melhora no perfil lipídico.

▪ Discutir a importância do profissional nutricionista na área clínica e sua interação


com a equipe multidisciplinar.
O nutricionista clínico tem um papel muito importante na prevenção e
tratamento de patologias, pois com o aumento no consumo de produtos
ultraprocessados, sódio, açúcar e pouca atividade física, os incivíduos estão a cada
vez mais propensos ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
A nutrição clínica busca através de estratégias, condutas e desenvolvimento
de um plano alimentar, ajudar, orientar e educar os pacientes sobre a alimentação,
respeitando as individualidades, preferências e condição socioeconômica, com o
intuito de ajudar a diminuir esse aumento exarcebado de doenças crônicas não
transmissíveis.
O manejo multidisciplinar também é de grande relevância, pois ás vezes só
nutricionista não consegue fazer um atendimento adequado, visto que os pacientes
têm suas particularidades, necessitando de outros profissionais da saúde para que o
tratamento seja bem sucedido.
E – Referências Bibliográficas

¹Faludi AA, Izar MCO, Saraiva JFK, Chacra APM, Bianco HT, Afiune Neto A et al.
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da
Aterosclerose – 2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76

²NASCIMENTO et al., Intridução a nutrição: Conceitos básicos. 1ª edição. São


Paulo: Martinari, 2016.

³CUPPARI. L. Nutrição Clínica no adulto. 3ª edição. São Paulo: Manole,2014.


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Szatmary, P., Grammatikopoulos, T., Cai, W. et al. Pancreatite Aguda:
Diagnóstico e Tratamento. Drogas 82 , 1251–1276
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Guo YY, Li HX, Zhang Y, He WH. Hypertriglyceridemia-induced acute


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Discov Med. 2019 Feb;27(147):101-109. PMID: 30939294.
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Parhofer KG, Laufs U. The Diagnosis and Treatment of Hypertriglyceridemia.
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PMID: 31888796; PMCID: PMC6962767. 10.3238/arztebl.2019.0825
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Hernandez P, Passi N, Modarressi T, Kulkarni V, Soni M, Burke F, Bajaj A, Soffer D.
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ROSSI, L.; POLTRONIERE ,F .Tratado de Nutrição e dietoterapia.1. ed. Rio de


Janeiro : Guanabara Koogan, 2019.

MARIA, M.;MAGNUS, K. Interação Fármaco-Nutriente: Desafios atuais da


farmocologia. Rio Grande do Sul: EDIPUCRS, 2014.
F – Anexos e Apêndices

ANEXO 1 – Recordátório habitual

Elaborado pela nutricionista Thalia


ANEXO 2 – Plano alimentar

Elaborado pela nutricionista Thalia


APÊNDICE 1- Cáclulo do recodatório habitual

Elaborado pelo autor (2023)

APÊNDICE 2- Cálculo das necessidades nutricionais e adequação

Elaborado pelo autor (2023)


Elaborado pelo autor (2023)
Elaborado pelo autor (2023)
APÊNDICE 3- Cálculo do cardápio da nutricionista e adequação

Elaborado pelo autor (2023)


Elaborado pelo autor (2023)

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