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GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

PRÁTICA DIETÉTICA III

PLANEJAMENTO ALIMENTAR QUANTITATIVO DO ADULTO

ANA LETÍCIA KRUG – RA 21259808


BRUNA LESSI GREGÓRIO REIS – RA 21308168
DANIELA LAGOS CERQUEIRA – RA 10113128
JANAINA C. BAIDA FONTOURA – RA 21273310
LUDMILA TEMPORÃO HINRICHSEN – RA 21304573
RACHEL LACERDA – RA 21329477
ROSANA DE FILIPPI – RA 20483167

SÃO PAULO
ABRIL DE 2020
1 CASO CLÍNICO
RESUMO DO CASO:
J.R.M., 28 anos, gênero feminino, auxiliar administrativo, casada. Não tem filhos.
Reside em casa própria com sua família em um bairro de classe média de São Paulo.
Procura atendimento nutricional, pois deseja melhorar hábitos alimentares. Sua rotina
relata dormir 6h por dia, gasta 1 hora com afazeres de casa (atividade leve), faz
caminhada diária de 1 h e o restante do dia mantem atividade leve.

Dados antropométricos
Peso atual: 55Kg
Altura: 1,55 m

Exame físico
Pele: Hidratada
Olhos: mucosas úmidas e coradas
Cavidade oral: sem particularidades
Cabelos e Unhas: sem particularidades
Edema: não apresenta

Exames bioquímicos
Glicemia em jejum: 85 g/dL
Colesterol Total: 138mg/dL
LDL-c: 96 mg/dL
HDL-c: 50 mg/dL
Triglicérides: 120 mg/dL
Hemoglobina: 12,5 g/dL
Ferritina: 8 ng/mL

Ingestão alimentar e sintomas gastrointestinais


Nº refeições: 5 refeições ao dia (CM, LM, A, LT e J)
Intolerâncias alimentares: nega
Náuseas e vômitos: nega
Distensão abdominal e flatulência: presentes.
Dificuldade de mastigação ou deglutição: não apresenta
Hábito intestinal: refere trânsito intestinal irregular, evacuando em dias
alternados.
Consome refeições, com alto teor de carboidratos complexos integrais, grãos e
proteínas vegetais;
Gosta de todas as frutas e vegetais.
Ingere em média 1 litro de água por dia.

2 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
2.1 ​Avaliação Antropométrica

IMC: 22,89 (peso/altura2)


Classificação do IMC: EUTROFIA (18,5 a 24,9)
Peso mínimo: altura2 x 18,5 = 1,55 x 1,55 x 18,5 = 44,44
Peso máximo: altura2 x 24,9 = 1,55 x 1,55 x 24,9 = 59,82
Peso Ideal: altura 2 x 21,75 = 1,55 x 1,55 x 21,75 = 52,25

2.2 Avaliação Bioquímica

Glicemia em jejum 85 mg/dL normal


Colesterol Total 138mg/dL normal

LDL-c 96 mg/dL normal


HDL-c: 50 mg/dL normal
Triglicérides 120 mg/dL desejável
Hemoglobina 12,5 g/dL próxima de baixa
Ferritina: Ferritina: Baixa

DIAGNÓSTICO: Resultado exibe possibilidade de Anemia Ferropriva.

2.3 ​Avaliação Clínica


Pele: Hidratada
Olhos: mucosas úmidas e coradas
Cavidade oral: sem particularidades
Cabelos e Unhas: sem particularidades
Edema: não apresenta
Exame Físico feitos através de Inspeção e Palpação
DIAGNÓSTICO: todos os itens dentro do padrão de normalidade.

2.4 ​Avaliação Dietética


Nº refeições: 5 refeições ao dia (CM, LM, A, LT e J)
Intolerâncias alimentares: nega
Náuseas e vômitos: nega
Distensão abdominal e flatulência: presentes.
Dificuldade de mastigação ou deglutição: não apresenta
Hábito intestinal: refere trânsito intestinal irregular, evacuando em dias
alternados.
Consome refeições, com alto teor de carboidratos complexos integrais, grãos e
proteínas vegetais;
Gosta de todas as frutas e vegetais.
Ingere em média 1 litro de água por dia.
DIAGNÓSTICO: Pode ter baixa ingestão de fibras e/ou água.

Registro de 3 dias para avaliação de adequação de ingestão de nutrientes


Avaliação qualitativa – observamos os intervalos entre as refeições, os grupos
alimentares, a mastigação, o local onde a paciente faz as refeições e a higiene. Através
do Registro de 3 dias, foi possível observar os grupos alimentares consumidos pela
paciente.
A) Presença de alimento de todos os grupos:
GRUPO D1 D2 D3
ALIMENTAR
Grupo 1 - CEREAIS, 5 VEZES 4 VEZES 4 VEZES
GRÃOS, RAIZES,
TUBÉRCULOS
(6 PORÇÕES)
Grupo 2 – 4 VEZES 2 VEZES 7 VEZES
VERDURAS E
LEGUMES
(3 PORÇÕES)
Grupo 3 – FRUTAS 4 VEZES 4 VEZES 5 VEZES
(3 PORÇÕES)
Grupo 4 – LEITES E 2 VEZES 2 VEZES 2 VEZES
DERIVADOS
(3 PORÇÕES)
Grupo 5 – CARNES 2 VEZES 4 VEZES 2 VEZ
E OVOS
(1 PORÇÃO)
Grupo 6 – - - 1 VEZ
LEGUMINOSAS
(1 PORÇÃO)
Grupo 7 – ÓLEOS E 2 VEZES - 1 VEZ
GORDURAS
(1 PORÇÃO)

Grupo 8 - 4 VEZES 3 VEZES 2 VEZES


AÇÚCARES E
DOCES
(1 PORÇÃO)

DIAGÓSTICO: A paciente tem ingestão alimentar menor que o recomendado dos


grupos alimentares 1, 2 e 4.
E ingestão acima do recomendado segundo os guias alimentares dos grupos 3, 5, 7 e 8.
B) Número de refeições: 5 refeições dia
C) Omissão de refeição por lanches e/ou substituição de refeições principais por
lanches: não apresenta.
D) Horário e intervalo entre as refeições: Mantém bom padrão de horários todos os
dias e bom intervalo entre as refeições
E) Compensação entre as refeições: não apresenta
F) Modo de preparo/acréscimo de sal no alimento pronto: usa sal e vinagre na
salada. Além de 1 colher de sopa rasa de óleo de soja para as preparações (p. ex.:
1 no almoço e 1 no jantar.
G) Característica da carne consumida: no D1 teve peixe empanado e no D2 teve
frango assado com pele (almoço).
H) Tipo de alimentos consumidos:
- arroz integral e refinado.
- leite integral e desnatado
- pão de forma integral e pão francês
- produtos industrializados (chocolate, coca cola, sorvete, goiabada cascão )
- macarrão de massa branca
I) Consumo de frutas e saladas:
- salada crua.
- frutas (não se refere se com ou sem casca)
- legumes cozidos
- legumes crus (cenoura ralada)
J) Condições em que as refeições são realizadas: em casa ou em restaurantes. Não cita
presença de eletrônicos. Por ser casada é possível imaginar que seja acompanhada do
marido.
Avaliação Semi-Quantitativa – esse critério é baseado em Guias Alimentares, análise
do número de porções para cada grupo alimentar, de acordo com características da
paciente.

Imagem: Pirâmide alimentar.

Fonte: material de aula oferecido pela professora

Análise das porções consumidas pela paciente:


Ao verificar as porções consumidas percebe-se que o tamanho da porção é mais ou
menos do tamanho médio do que é indicado como porção.
Em relação ao consumo adequado de porções segundo Guias Alimentares percebeu-
se baixa ingestão de cereais, grãos, raízes e tubérculos, leites e derivados e carnes e
aves. Boa ingestão de frutas, verduras e legumes e bem acima do recomendado a
ingestão de açúcares e doces (4 vezes mais).
Avaliação quantitativa - DRI – quadro comparativo entre o que foi consumido e o que
é recomendado, em valores absolutos (g, mg, ug)
Ingestão de Macronutrientes
1. Somatório das quantidades de Macros
2. Kcal - Conversão em Kcal (lipídeo 9, carboidrato 4, proteína 4)
D1 D2 D3
Carboidrato (g) 1.315,44 1.611,13 1.122,58

Proteína 405,31 572,30 653,65


Lipídeo 467,91 1.144,27 761,35

Kcal – Soma - VET 2.188,69 3.327,71 2.537,58

3. % do VET - Percentual correspondente de cada macro (o somatório das macros


equivale a 100%)
Kcal – Soma - VET 2.188,69 3.327,71 2.537,58

​VALOR MÉDIO DO VET = D1 + D2 + D3 / 3


​VALOR MÉDIO DO VET = 2.188,69 + 3,327,71 + 2.537,58 / 3
​VALOR MÉDIO DO VET = 2.684,66 Kcal/dia
4. % da adequação – corresponde ao percentual determinado – considera as
necessidades
CARBOIDRATO: % de adequação= média do consumo em g x 100/EAR (100g)
D1 = 328,86g
D2 = 402,78g
D3 = 280,65g
Média do consumo: 328,86 + 402,78 + 280,65 = 337,43
​ ​ ​ ​ ​ ​ ​3

​ ​ % de adequação = 337,43 x 100


​ ​ ​ ​ ​ 100

​ % de adequação = 337,43%
AVALIAÇÃO: consumo acima do recomendado segundo EAR. Mas o valor da EAR
não reflete as necessidades devidas do consumo de carboidrato para todas as funções do
organismo.
PROTEINA: para calcular o % de adequação de proteína, usa-se a relação g/kg de peso
do paciente a partir da média de ingestão em relação a recomendação EAR 0,66g/kg.
D1 = 100,33g
D2 = 143,08g
D3 = 163,40g
% adequação = média do consumo em g / peso em kg x 100/ 0,66
Média do consumo = 100,33 + 143,08 + 163,40 = 135,60
​ ​ ​ ​ ​ ​ 3

​ ​ % de adequação = 135,60 = 2,46


​ ​ ​ ​ 5​ 5

​ % de adequação = 2,46 X 100 = 372,72%


​ ​ ​ ​ ​ 0,66 ​ ​

AVALIAÇÃO: XXXXX
5. Levando em consideração a Recomendação DRI de 2002 temos o que segue:
Carboidrato – 45 a 65% do VET
Proteína – 10 a 35% do VET
Lipídeo – 15 a 35% do VET
Carboidrato Proteína Lipídeo

D1 60,10% 18,52% 21,38%


Normoglicidica Normoproteica Normolipidica
D2 48,42% 17,20% 34,39%
Normoglicidica Normoproteica Hiperlipidica
D3 44,24% 25,76% 30%
Hipoglicidica Normoproteica Normolipidica

6. Levando em consideração a Recomendação da FAO/OMS 1985 temos:


Carboidrato 55 a 75% do VET
Proteína 10 a 15% do VET
Lipídeo 15 a 30% do VET
Carboidrato Proteína Lipídeo

D1 60,10% 18,52% 21,38%


Normoglicidica Hiperproteica Normolipidica
D2 48,42% 17,20% 34,39%
Normoglicidica Hiperproteica Hiperlipidica
D3 44,24% 25,76% 30%
Normoglicidica Hiperproteica Normolipidica no
limite máximo

Ingestão de Fibra Alimentar: usa como cálculo o % de adequação simples a partir da


média de ingestão de 3 dias.
D1= 81,92g
D2= 32,94g
D3=43,55g

​Média de ingestão = D1 + D2 + D3/3


​Média de ingestão = 81,92 + 32,94 + 43,55 / 3
​Média de ingestão = 52,47g
​% de adequação = média de ingestão x 100 / EAR
​% de adequação = 52,47 x 100 / 25
​% de adequação = 209,88%
AVALIAÇÃO: consumo provavelmente inadequado, acima das recomendações de fibra
entre 90 e 110%.
RO!!! VOCE SABE FAZER ESTE CAL +CULO E A AVALIAÇÃO?

Ingestão de Gordura Saturada: usa como cálculo o % de adequação simples usando


como relação a média do VET.

​% de adequação = média do consumo x 100 / média do VET


D1= 29,16g
D2= 513,99g
D3= 13,56g

​Média de ingestão = D1 + D2 + D3/3


​Média de ingestão = 29,16 + 513,99 + 13,56 / 3
​Média de ingestão = 185,57g
​% de adequação = média de ingestão x 100 / média do VET
​% adequação = 187,57 x 100 / 2.684,66
​% de adequação = 6.99%

AVALIAÇÃO: consumo provavelmente adequado, abaixo das recomendações de
gordura saturada que não pode ultrapassar 10% do VET.
RO!!! VOCE SABE FAZER ESTE CALCULO E A AVALIAÇÃO?

Ingestão de Micronutrientes: usa como cálculo o desvio padrão.


Cálcio
D1 D2 D3
755,99 mg 1.284,02 mg 275,90 mg

1. Média da ingestão (Mi):


Mi = (x1 + x2 + x3) / n
Mi = (755,99 mg + 1284,02 mg + 275,90 mg) / 3
Mi = 2.315,91 mg / 3
Mi = 771,97 mg
2. Desvio padrão intrapessoal (Dpi) = 285 mg
3. Mediana da recomendação (EAR) = 800 mg/d
4. Probabilidade de consumo (D) = Mi – EAR
D = 771,97 mg – 800 mg
D = - 28,03 mg
5. Desvio padrão da necessidade (Dpn) = EAR x 0,1
Dpn = 80 mg
6. Desvio padrão da ingestão (Dpd) =
Dpd =
Dpd = 182,96 mg
7. Razão D/Dpd = -28,03 mg/128,96 mg
Razão D/Dpd = - 0,15
8. Interpretação: Na tabela não consta o intervalo maior que -0,5 e menor do que 0.
Assim, considerando-se como critério D/DP < - 0,5, tem-se uma ingesta
habitual inadequada de cálcio. Probabilidade de concluir corretamente de 0,7.

Sódio
D1 D2 D3
1.186,35 mg 4.898,61 mg 739,36 mg
1. Média da ingestão (Mi):
Mi = (x1 + x2 + x3) / n
Mi = (1.186,35 mg + 4.898,61 mg + 739,36 mg) / 3
Mi = 6.824,32 mg / 3
Mi = 2.274,77 mg
2. Desvio padrão intrapessoal (Dpi) = 1.287 mg
3. Mediana da recomendação (DRI) = 1,5 g/d (1.500 mg/d)
4. Probabilidade de consumo (D) = Mi – EAR
D = 2.274,77 mg – 1.500 mg
D = 774,77 mg
5. Desvio padrão da necessidade (Dpn) = EAR x 0,1
Dpn = 150 mg
6. Desvio padrão da ingestão (Dpd) =
Dpd =
Dpd = 758,04 mg
7. Razão D/Dpd = 774,77 mg/758,04 mg
Razão D/Dpd = 1,02
8. Interpretação: Considerando-se como critério D/DP > 1, tem-se uma ingesta
habitual adequada de sódio. Probabilidade de concluir corretamente de 0,85.

Ferro
D1 D2 D3
13,11 mg 16,82 mg 8,23 mg

1. Média da ingestão (Mi):


Mi = (x1 + x2 + x3) / n
Mi = (13,11 mg + 16,82 mg + 8,23 mg) / 3
Mi = 38,16 mg / 3
Mi = 12,72 mg
2. Desvio padrão intrapessoal (Dpi) = 5,7 mg
3. Mediana da recomendação (EAR) = 8,1 mg/d
4. Probabilidade de consumo (D) = Mi – EAR
D = 12,72 mg – 8,1 mg
D = 4,62 mg
5. Desvio padrão da necessidade (Dpn) = EAR x 0,1
Dpn = 0,81 mg
6. Desvio padrão da ingestão (Dpd) =
Dpd =
Dpd = 3,39 mg
7. Razão D/Dpd = 4,62 mg/3,39 mg
Razão D/Dpd = 1,36
8. Interpretação: Considerando-se como critério D/DP > 1,00, tem-se uma ingesta
habitual adequada de ferro. Probabilidade de concluir corretamente de 0,85.
Vitamina A
D1 D2 D3

177,62 mcg 356,66 mcg 76,92 mcg

9. Média da ingestão (Mi):


Mi = (x1 + x2 + x3) / n
Mi = (177,62 mcg + 356,66 mcg + 76,92 mcg) / 3
Mi = 611,20 mcg / 3
Mi = 203,73 mcg
10. Desvio padrão intrapessoal (Dpi) = 287 mcg
11. Mediana da recomendação (EAR) = 500 mcg/d
12. Probabilidade de consumo (D) = Mi – EAR
D = 203,73 mcg – 500 mcg
D = - 296,27 mcg
13. Desvio padrão da necessidade (Dpn) = EAR x 0,1
Dpn = 50 mcg
14. Desvio padrão da ingestão (Dpd) =
Dpd =
Dpd = 173,08 mcg
15. Razão D/Dpd = - 296,27 mcg/173,08 mcg
Razão D/Dpd = - 1,71
16. Interpretação: Considerando-se como critério D/DP < 1,65, tem-se uma ingesta
habitual inadequada de vitamina A. Probabilidade de concluir corretamente de
0,95.

Vitamina C
D1 D2 D3

287,21 mg 419,35 mg 70,52 mg

1. Média da ingestão (Mi):


Mi = (x1 + x2 + x3) / n
Mi = (287,21 mg + 419,35 mg + 70,52 mg) / 3
Mi = 770,08 mg / 3
Mi = 259,02 mg
2. Desvio padrão intrapessoal (Dpi) = 67 mg
3. Mediana da recomendação (EAR) = 60 mg/d
4. Probabilidade de consumo (D) = Mi – EAR
D = 259,02 mg – 60 mg
D = 199,02 mg
5. Desvio padrão da necessidade (Dpn) = EAR x 0,1
Dpn = 6 mg
6. Desvio padrão da ingestão (Dpd) =
Dpd =
Dpd = 39,14 mg
7. Razão D/Dpd = 199,02 mg/39,14 mg
Razão D/Dpd = 5,08
8. Interpretação: Considerando-se como critério D/DP > 2,00, tem-se uma ingesta
habitual adequada de vitamina C. Probabilidade de concluir de 0,98.

3 ​DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
A – Composição corporal
O IMC da paciente é classificado como Eutrófico, é um IMC normal. Ou seja, a
paciente está dentro do seu peso adequado.

B – Determinar a necessidade energética

1. Gasto Energético Basal (GEB)


GEB = (13,3 x P) + (334 x E) + 35
GEB = (13,3 x 55) + (334 x 1,55) + 35
GEB = 731,50 + 517,70 + 35
GEB = 1.284,20 Kcal

2. Fator de Atividade Física Médio (FAM)

Tabela: Atividades realizadas durante os dias da semana.


ATIVIDADE CATEGORIA FATOR ATIVIDADE DURAÇÃO FA x PERÍODO
(FA) (horas) (horas)
Sono Repouso 1,0 6 6
Atividades Leve 2,5 1 2,5
domésticas
Caminhada Leve 2,5 1 2,5
Outras Leve 2,5 16 40
atividades
Média 51/24 = 2,12

Conforme apresentado na tabela, as atividades diárias relatadas pela paciente


indicam FAM de 2,12.

3. Gasto Energético Total (GET)


GET = GEB x FAM
GET = 1.284,20 x 2,12
GET = 2.722,50 Kcal

A paciente, seguindo os cálculos nutricionais da OMS, sendo do sexo feminino e


estando na faixa de 18 a 30 anos, tem como GEB 1.284,20 kcal.
Pelos cálculos (GEB, FAM e GET) o Valor Calórico Total (VCT) podemos considerar
que os valores estão adequados.
Também, considerando o IMC, que está adequado, ela não precisaria perder peso, mas
melhorar os hábitos alimentares. Que é o objetivo da paciente.
C – exames bioquímicos
Os exames bioquímicos mostram nível de ferritina abaixo do indicado. Este resultado
indica anemia ferropriva e a necessidade de ajustar o consumo de ferro na dieta.
Mas ao avaliar o Desvio Padrão de ferro, tem-se que a paciente tem ingesta
habitual adequada de 0,85. Estes valores podem indicar também baixa
assimilação, sangramento, vida útil das hemácias mais curta.
D – avaliar sinais clínicos
Sinais clínicos normais, sem apresentar nenhum índice de carência nutricional de
vitaminas.
E – sintomas gastrointestinais
A paciente relata presença de distensão abdominal e flatulência, além de trânsito
intestinal irregular e evacuação em dias alternados. Estes sintomas podem indicar
baixa ingestão de fibras solúvel ou talvez alta ingestão de fibra insolúvel. Olhando
para o recordatório a paciente tem ingestão média de fibra de 52,47 g/d.
Acredita-se que pela alta ingesta de massas e grãos, associada à baixa ingesta hídrica,
tem-se uma redução do trânsito intestinal, o que promove acúmulo de fezes,
fermentação e distensão abdominal.
A distensão abdominal e flatulência pode também estar associada à várias
condições, como:
- baixa ingesta hídrica;
- consumo alimentar com predominância de alto teor de carboidratos e proteínas;
- grande volume das porções de carboidratos e proteínas por refeição;
- ingesta de líquidos (refrigerante e sucos) junto com as refeições;
- intolerância alimentar.
Em relação ao hábito intestinal, observa-se uma inadequação no volume hídrico,
já que o consumo relatado está em torno de 18 ml/kg/dia. Considerando a
recomendação de 35 à 40 ml/kg/dia, ela deveria ingerir entre 1.925 – 2.200 ml dia.

F – em relação aos MICRONUTRIENTES


​A paciente tem ingestão habitual adequada de Fe e vitamina C
Um fator importante para a ingestão de ferro é a biodisponibilidade do micronutriente.
A associação com alguns alimentos (como queijo, leite) pode inibir a absorção do
ferro, e a associação com alimentos cítricos pode otimizar a absorção.
Para avaliar os outros preciso fechar aconta
RO PODE FAVOR PODE FAZER AS CONSIDERAÇÕES DOS OUTROS
MICRONUTRIENTES?
DIAGNOSTICO:
A paciente precisa melhorar a qualidade dos alimentos ingeridos, em especial incluir
alimentos do grupo 6 – leguminosas – e aumentar a ingestão de água para 2,2
litro/dia..
RO POR FAVOR PODE AJUSTAR O PARAGRAFO QUE NÃO CONSEGUI ALINHAR
NA ESQUERSA
RO VEJA SE AGORA FICOU MELHOR!! PODE ESCREVER O QUE ACHAR
MELHOR!
Meninas, pelos resultados da tabela, a ingesta de ferro está acima do recomendado.
Pelo peso dela, a ingesta de água não seria aproximadamente 2.200 ml dia?

4. CONDUTA NUTRICIONAL
A paciente chegou ao consultório com o objetivo da consulta de “melhorar
hábitos alimentares” e a paciente apresenta IMC adequado, sem queixas e exame físico
sem alterações. Assim, sugere-se manter dieta “normo” (valores de referência) e
introduzir pequenas mudanças para melhorar o padrão nutricional, aumentar a absorção
de ferro (já que pelos cálculos a ingesta de ferro está adequada, está acima do EAR).
Sendo melhor suplementar para otimizar a absorção e corrigir a ferritina e aumentar a
ingesta de vitamina A.
4 NECESSIDADES NUTRICIONAIS
Quantidade de energia e nutrientes que um indivíduo sadio deve ingerir para
satisfazer suas necessidades fisiológicas e prevenir deficiências. As necessidades
variam de acordo com o individuo e grupo.

5.1 ​NECESSIDADES ENERGÉTICAS (Determinação do Valor Energético


Total - VET)

Fórmula FAO/OMS 1985 (Apresentar o cálculo)

Cálculo do VET

D1 D2 D3

2.189,69 3.327,71 2.537,57

Nutriente FAO/OMS
Carboidratos 55 - 75%

Proteínas 10 - 15%
Lipídeos 15 - 30%

Carboidrato Proteína Lipídeo

D1 60,10% 18,52% 21,38%


Normoglicidica Hiperproteica Normolipidica
D2 48,42% 17,20% 34,39%
Normoglicidica Hiperproteica Hiperlipidica
D3 44,24% 25,76% 30%
Normoglicidica Hiperproteica Normolipidica no
limite máximo

5.2 ​NECESSIDADES DE MACRO E MICRONUTRIENTES

DETERMINAÇÃO DO QAVP (Quadro de Análise de Valores Previstos):


distribuição do VET nos macronutrientes (PTN, LIP e CHO) e definição das metas
e limite de ingestão de micronutrientes:

VET: 2.600 Kcal/dia


FAO/OMS
Nutriente % Kcal Gramas g/KgP
Carboidrato 65% 1.690 422,50 7.68
Proteína 10% 260 65 1.18
Lipídeo 25% 650 162,5 2.95
Total 100% 2.600 650 .
​ ​ ​ ​
Nutriente* DRI/RDA UL
Sódio 1.5 mg/dia 2.3 mg/d
Calcio 800 mg/d 2.500 mg/d
Ferro 8.1 mg/d 45 mg/d
*Nutrientes a serem escolhidos e justificados a escolha
** Indicar recomendação de fibra alimentar

Justificativa de escolha do Micronutrientes:

Sódio: ingestão habitual adequada, mas alto. Precisa ser diminuído para evitar
problemas de saúde, como doenças cardiovasculares.
Cálcio: ingestão habitual inadequada, abaixo do recomendado. Mulher em faixa etária
reprodutiva.
Ferro: ingestão habitual adequada. Mas os exames de sangue indicam anemia
ferropriva. O ideal seria suplementar para melhorar a absorção.
5 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ENERGÉTICO TOTAL ENTRE REFEIÇÕES

VET 2.6 kcal dia


VET 2.200 Kcal/dia
Refeição %VET % adotado Kcal da refeição
Café da manhã/desjejum 15 – 20 15% 390
Lanche da Manhã/colação 5 – 10 5% 130
Almoço 25 – 35 ​ 35% 910
Lanche da tarde 15 – 20 15% 390
Jantar 25 – 35 30% 780
Lanche noturno/ceia 5 – 10 - -
TOTAL 100% 100% 2.600

A paciente não tem o hábito de fazer ceia e neste momento a ceia não sera incluída.

O paciente continuará a fazer 5 refeições dia. Como não tem o hábito de substituir
refeições, continuará a fazer o almoço e o jantar as maiores refeições.

A consistência continua normal visto que é uma paciente saudável.

Aumentar a ingestão hídrica em 2.2 litros de água para melhorar as questões do trato
intestinal.

6 PLANEJAMENTO DIETÉTICO
Quantidade
Alimento Medida caseira
(g ou mL)
DESJEJUM
Horário: Local: Residência
Leite desnatado em pó 50ml 1/4 copo americano
Pão de forma integral 20g 1 fatia
Queijo ricota 100g 2 fatias
Banana maça 100g 1 unidade
COLAÇÃO
Horário: Local: Residência
Café 100ml ½ copo americano
Açúcar mascavo 10g 1 col. chá
Pão de queijo 80g 1 unidade média
ALMOÇO
Horário: Local: Residência
Alface americana 8g 3 folhas pequenas
Alface crespa 15g 3 folhas pequenas
Agrião 20g 4 folhas pequenas
Tomate comum 80g 4 fatias
Azeite 7,6 1 col. sopa
Sal 1 1 col. chá
Bifé grelhado 180g 2 unidades
Arroz integral cozido 140g 4 col. sopa
Feijão 80g 1 concha
Suco de laranja natural 200ml 1 copo americano
LANCHE DA TARDE
Horário: Local: Residência
Suco de abacaxi e Hortelã 200ml 1 copo americano
Pão de forma integral 20g 1 fatia
JANTAR
Horário: Local: Residência
Costela bovina assada 80g 2 pedaços
Brócolis no vapor 100g 4 flores
Purê de batata 80g 1 colher de sopa
Laranja Pêra 150g 1 unidade

7 CÁLCULOS NUTRICIONAIS DE MACRO E MICRONUTRIENTES DO


PLANEJAMENTO DIETÉTICO

- Fator de cocção: Arroz = duplica/ Feijão = triplica/ Macarrão = triplica/ Polenta mole
= quadriplica.​
1

Alimento/ Quantidade Medida Proteína Lipídeo Carboidrato Fibra Na Fe


Ca (mg)
preparação/bebida (g ou ml) caseira (g) (g) (g) (g) (mg) (mg)
Café da manhã: 50 ¼ copo 17,35 0,45 26,20 216 0,6815 0,45
Leite desnatado em americano

Pão de forma 20 1 fatia 9,40 3,70 49,90 6,90 506 132 3
integral
Queijo ricota 50 1 fatias 6,13 4,05 1,90 141,50 126,50 0,05
Banana maça 100 1 unidade 1,80 0,10 22,30 2,60 3 0,2
Colação: Café 100 ½ copo 0,70 0,10 15,00 1,00 3
americano
Açúcar mascavo 10 1 col. Chá 1,89 0,5 2,54 0,16
Pão de queijo 80 1 unidade 4,08 19,68 27,36 0,48 618,40 81,60 0,24
media
Almoço: Alface 8 3 fl. 0,04 0,01 0,14 0,08 0,56 1,12 0,02
americana Pequenas
Alface crespa 15 3fl. 0,19 0,03 0,25 0,27 0,45 5,70 0,06
Pequenas
Agrião 20 4 fl. 0,54 0,04 0,46 0,42 1,4 26,60 0,62
Pequenas
Tomate comum 80 4 fatias 0,88 0,16 2,48 0,96 0,80 5,60 0,16
Azeite 3,8 ½ col. 3,8
Sopa
Sal 1 1 col. Chá 0,28 0,14 0,28 1,40 4,2 0,14 0,14
Bifé grelhado 180 2 38,88 10,08 88,20 5,40 3,42
unidades
​ ​Arroz 70 2 col. 1,82 0,7 17,92 1,89 0,70 3,5 0,21
integral cozido Sopa
Feijão preto 80 1 concha 3,84 0,40 10,88 6,80 1,60 21,60 1,04
Laranja pêra 150 1 unidade 1,50 0,15 13,34 1,20 33 0,15
Lanche da Tarde: 100 ½ copo 5,30 0,10 2 19
Água de coco americano
Pão de forma 20 1 fatia 9,40 3,70 49,90 6,90 506 132 3
integral
Jantar: Costela 80 2 pedaços 23,04 22,16 76 22,40 1,76
bovina assada
Brocolis 100 4 flores 2,10 0,50 4,40 3,4 2,00 51,00 0,50
Purê de batata 80 1 col. 0,96 9,51 1,04 1,60 3,20 0,16
Sopa
Total --- ------- 122,93 69,95 259,41 34,44 2168,91 679,5815 15,34
(grama/mg/mcg)
Kcal --- 491,72 629,55 1.037,64 ------ ------- ------- ------
- -
% do VET (CHO, --- ------- 491,72 629,55 1037,64 ------ ------- ------- ------
PTN, LIP) - -
% de adequação --- 22,77 29,16 48,06 ------ ------- ------- ------
(Kcal, CHO, PTN, - -
LIP)
Análise dos ------- ------- 110,72 11,30 130
micronutrientes*

* Análise do micronutrientes: possivelmente adequado esta entre a ......e a .......,


possivelmente inadequado........

1

8 ANÁLISE DA DIETA
Analisar a dieta proposta em relação a todos os parâmetros já estudados em aula:

- Comparar o QAVP com o QAVE (Quadro de Análise de Valores Encontrados):


RO VOCE SABE ME DIZER O QUE É PARA FAZER AQU? É para fazer todos os
cálculos que fizemos do recordatório aqui par a sugestão da dieta?
- Micronutrientes mínimo RDA e máximo UL.
RO AQUI É PARA FAZER O CALCULO DE DESVIO PADRAO DA NOVA DIETA?
- Adequação de 5% para mais ou para menos do VET e do % dos nutrientes, desde que
não ultrapasse o limite mínimo e máximo da AMDR.

9 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS
Apresentar orientações nutricionais ao planejamento:
Exemplos: ATENÇÃO – orientações devem ser individualizadas, claras e objetivas.

Por ex. orientação sobre a ingestão de água.


Ex.:
▪ Fazer pratos visualmente atrativos, com cores variadas, e em especial, contendo
leguminosas. E com alimentos de texturas diferentes.
▪ Comer devagar e mastigar bem os alimentos. O processo de mastigação atua na
saciedade.
▪ Manter as refeições ao longo do dia, variando os alimentos de acordo com as
substituições.
▪ Começar as refeições preferencialmente por saladas cruas ou frutas.
▪ Reduzir os óleos das preparações, evitar frituras, preferir preparações refogadas,
grelhadas, ensopadas ou assadas.
▪ Usar óleo de soja ou vegetal para a cocção, mas com moderação.
▪ Usar azeite para temperar salada e evitar adicionar sal.
▪ Evitar comer produtos denominados light.
▪ Comer preferencialmente carnes com molhos, mas evitar molhos gordurosos.
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Inserir as referências consultadas, seguindo padrão ABNT.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa de Orçamentos


Familiares 2008-2009: Tabela de Medidas Referidas para os Alimentos Consumidos no
Brasil. Rio de Janeiro. 2011.

Tabela Brasileira de Composição de Alimentos - TACO. 4. ed. Campinas, 2011.

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