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Glicogenólise

Discentes: Yasmin, Julia, Larissa,


Karen, Marielly, Gabriela, Rafaela,
João e Kauã
Doscente: Rafael Morales

Sinop/MT
2023
1.Introdução
O carboidrato é a principal macromolécula, que fornece energias para o organismo,
sendo considerada a fonte mais rápida e precisa para promover a reação de lise. O
mesmo pode ser digerido, absorvido e reservado, de duas maneiras, sendo elas:
glicogênio hepático ou glicogênio muscular. A partir do glicogênio ocorre a quebra do
mesmo, sendo transformado em glicose.
Ao consumir alimentos ricos em carboidratos, inicia-se a lise dessa molécula,
através das enzimas α-amilases salivares, que transformam polissacarídeos em
oligossacarídeos, entretanto essa enzima não possui a capacidade de maior reação
de quebra. Após a deglutição, o quimo adentra o estômago onde ocorre a
desnaturalização das enzimas α-amilases salivares, devido ao PH baixo do suco
gástrico, não há, portanto, quebra desse açúcar nas fossetas gástricas.
Após alcançar o intestino, o pâncreas libera o suco pancreático que contém enzimas
que fazem a quebra das cadeias oligossacarídeos em monômeros que são
absorvidos e direcionados para o sangue. Estes serão absorvidos e através do
processo denominado glicogênese é convertido em glicogênio muscular e hepático
para serem utilizados como fonte de energia, e também para o tecido adiposo.
O glicogênio armazenado no fígado e no músculo tem funções diferentes entre si,
enquanto o músculo tem reservas apenas para suprimento próprio, caso necessário,
o armazenado no fígado tem função reguladora da quantidade de açúcar no sangue.
Quando armazenado esses ganham a conformação de grânulos que ao serem
solicitados para uso, em um estado pós prandial, por exemplo, será necessário a
quebra desses grânulos, esse processo de quebra é caracterizado pelo processo
conhecido como glicogenólise. Nesse processo atuam principalmente duas enzimas
a glicogênio sintetase e a glicogênio fosforilase, que tem suas funções reguladas
pelos hormônios insulina e glucagon.
A insulina regula a síntese do glicogênio, uma vez que estimula a hexoquinase e
fornece o material para a síntese do mesmo. Enquanto o glucagon sinaliza a
liberação de glicose para a circulação, esse hormônio se liga a um receptor de
membrana dos hepatócitos e provoca a ativação de enzimas que gera uma
sequência de reações para que enfim a enzima fosfoglicomutase possa converter a
glicose 6-fosfato para uso do músculo.
Esse processo apresentado é de grande importância para a homeostase em casos
de intensa atividade ou jejum, ou seja, quando há baixa de glicose disponível no
sangue o reservatório dela em forma de glicogênio torna-se imprescindível.
2.Objetivo
O objetivo desse estudo é elucidar o processo de transformação da reserva de
glicogênio em glicose. O armazenamento de glicogênio hepático e do glicogênio
muscular é degradado para que ocorra a transformação em glicose, esse processo é
denominado Glicogenólise.

3.Desenvolvimento
Para que o processo de glicogenólise aconteça é necessário a digestão de
carboidratos, esse processo metabólico começa a partir da boca, nela é produzida a
saliva, que contém a enzima alfa-amilase salivar, responsável por reduzir os
oligossacarídeos, cuja função é iniciar na boca a digestão do amido. Após ser
deglutido o quimo (bolo alimentar) será encaminhado para o estômago, onde
acontece a quebra de lipídios e proteínas. Por conseguinte, ao chegar no intestino o
pâncreas libera o suco pancreático para a neutralização da acidez do estômago para
que não venha a trazer danos para o intestino, a ação da amilase pancreática
permite a liberação de monômeros que serão absorvidos e direcionados para o
sangue. Quando absorvido a glicose é encaminhado para o músculo onde através
do processo de glicogênese é convertido em glicogênio muscular, encaminhado
também para o fígado ou para o tecido adiposo, quando encaminhado para o fígado
a glicose é convertida em glicogênio hepático e ao chegar no tecido adiposo é
direcionado para a síntese de lipídios.
O glicogênio muscular e glicogênio hepático será reservado para que possa ser
utilizado de maneira rápida quando preciso, por exemplo, ao realizar atividades
físicas é necessário a reserva de glicogênio muscular, pois, o organismo utiliza a
energia desse componente de maneira rápida e de modo eficaz faz a manutenção
dos músculos. Os principais sítios de armazenamento de glicogênio são o músculo e
o fígado. Nestes tecidos o glicogênio é armazenado na forma de grânulos, aonde
estão presentes também as enzimas responsáveis pela sua metabolização. A
fisiologia do músculo esquelético é diferente daquela do fígado, pois somente estoca
glicogênio para satisfazer suas necessidades próprias, enquanto que o glicogênio
armazenado pelo fígado é utilizado principalmente para manutenção dos níveis de
glicose sanguíneos
Para que esse glicogênio seja utilizado ele precisa ser convertido em glicose para o
organismo, esse processo é chamado de GLICOGENÓLISE.
A Glicogenólise, nada mais é que a lise/quebra do glicogênio (polímero de glicose).
Este processo é ativado no jejum curto de até 12 horas e também ao ser realizado
atividades físicas, utilizando, assim, o glicogênio hepático e muscular.
A síntese e a degradação do glicogênio estão diretamente relacionadas à ação de
duas enzimas, a glicogênio sintetase (síntese) e a glicogênio fosforilase
(degradação), as quais estão sob a regulação dos hormônios insulina e glucagon.
Nessa via há 3 enzimas presentes:
Glicogênio fosforilase: Cliva uma ligação (1-4) com fosfato inorgânico. Essa
enzima só cliva resíduos de glucose que estejam a mais de 4 resíduos de distância
de uma ramificação.
Enzima Desramificadora: transfere três resíduos de glicose de um ramo limite para
outro ramo. O último resíduo da ramificação (com uma ligação a(1-6)) é eliminado
por hidrólise, dando como resultado glicose livre e glicogénio desramificado. A
hidrólise é catalizada pela mesma enzima desramificadora.
A glicogênio fosforilase é mais rápida do que a enzima desramificadora, pelo que os
ramos exteriores do glicogênio são degradados muito rapidamente no músculo em
poucos segundos quando é necessária muita energia. A degradação do glicogênio
para lá deste ponto exige a enzima desramificadora e é portanto mais lenta.
Fosfoglicomutase: Na qual sua função é mudar a posição em duplo fosfato,
movendo o fosfato da posição 1 para a 6 e vice e versa.

Síntese
Após uma refeição rica em carboidratos e com a elevação da concentração da
glicose sanguínea ocorre a liberação de insulina pelo pâncreas. No fígado e
músculo, a insulina tem um efeito imediato, que é caracterizado pela ativação da
enzima glicogênio sintetase, a qual converte o excesso de glicose livre em uma
cadeia de glicose denominada glicogênio.
A glicose circulante entra nas células hepáticas e musculares através do
transportador de alta capacidade do tipo GLUT, sendo que a concentração elevada
de glicose intracelular provoca a dissociação da hexoquinase da sua proteína
nuclear reguladora. Uma vez ativa, a hexoquinase fosforila a glicose, formando
glicose 6-fosfato, o que estimula a glicólise (nas células musculares) e fornece o
material para a síntese do glicogênio. Essa síntese pode chegar até 10% do peso
total do fígado. O glicogênio hepático serve como reservatório de glicose para os
tecidos, quando a glicose da alimentação não está disponível (particularmente para
o sistema nervoso central).

Degradação
Quando os níveis de glicose sanguínea diminuem, ocorre um aumento na secreção
do hormônio glucagon, que tem a função principal de sinalizar a liberação de glicose
para a circulação, proveniente da degradação do glicogênio hepático. O glucagon
liga-se ao seu receptor de membrana nos hepatócitos e acarreta na ativação de uma
enzima denominada PKA (Proteína Quinase A). Essa enzima, por sua vez, inativará
por fosforilação a enzima glicogênio sintetase, bloqueando a síntese de glicogênio. A
PKA também inativa a PFK-1 (fosfofruto quinase) reduzindo desta forma a glicólise.
Nessa condição, o fígado produz glicose 6-fosfato pela quebra do glicogênio e
por gliconeogênese, e cessa o emprego da glicose tanto para alimentar a via
glicolítica como para a síntese do glicogênio, maximizando desta forma a quantidade
de glicose que ele pode lançar na corrente sanguínea. A quebra do glicogênio
requer uma reação de desramificação para fosforolisar as ligações glicosídicas dos
resíduos de glicose, nos pontos ramificados da estrutura de glicogênio. A primeira
reação é catalisada pela enzima glicogênio-fosforilase, a qual cliva as ligações
(alfa 1-4) do glicogênio. Neste instante, moléculas de glicose 1-fosfato são liberadas.
A enzima fosfoglicomutase pode converter a glicose 1-fosfato em glicose 6-fosfato
(reação reversível). Assim, a glicose 6-fosfato pode ser disposta para a glicólise no
músculo.

4.Conclusão
No entanto a glicogenólise é importante para que ocorra a quebra de glicogênio, e
pode ser ativado após jejum ou atividades intensas. Tendo os níveis de glicose
reduzidos ativando o hormônio glucagon que sinaliza a falta de glicose sanguínea. O
glicogênio hepático, serve como um reservatório de glicose, caso em algum momento
haja a falta da mesma, sendo de grande importância para os neurônios pois os
mesmos utilizam disso como forma energética ou para manter a homeostasia do
sangue em relação a glicose . Já o glicogênio muscular, fornece uma fonte de energia
rápida, pois pode ser gasto em menos de uma hora durante atividade intensa.
5.Referências
CAMPBELL, Mary K. Bioquímica, 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
NELSON, David L;Cox, Michael M.; Lehninger-Princípios de Bioquímica, 4 ed. São
Paulo: Savier, 2006.
ROBERGS, Roberto A; ROBERTS, Scott O. Princípios Fundamentais de Fisiologia do
Exercício para Aptidão, Desempenho e Saúde. 1 ed. São Paulo: Phorte, 2002
BURTON-FREEMAN, B. Postprandial metabolic events and fruit-derived phenolics: a
review of the science. Br. J. Nutr., v.104, p.S1–S14, 2010.
GERALDO, J. M.; ALFENAS, R. C. G. Papel da Dieta na Prevenção e no Controle da
Inflamação Crônica – Evidências Atuais. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v.52, p.951-
967, 2008.

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