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❖ Conceitos Básicos:
Carboidratos: é um macronutriente formado por moléculas de carbono, hidrogênio
e oxigênio, e quando esse macronutriente é ingerido, digerido e absorvido é responsável
por liberar glicose, que quando é oxidada gera energia para que o nosso corpo
desempenhe suas funções fisiológicas, por isso, o carboidrato é considerado a maior fonte
de energia. Porém, sua função não é apenas o fornecimento de energia, pois ela também
confere função estrutural como exemplo da celulose e quitina.
PS.: O cérebro é um dos órgãos que não funcionam sem glicose disponível na
corrente sanguínea, quando há uma diminuição no consumo deste nutriente há uma
produção exagerada de corpos cetônicos, uma vez que o organismo utiliza proteínas como
fonte de energia.
❖ Metabolismo:
Essa glicose que é absorvida pode ter vários destinos, mas todos eles têm as
mesmas funções: ser oxidada para formação de energia, ou armazenada para um uso
futuro. A geração de energia ocorre através da respiração celular, que é dívida em três
partes: Via glicolítica/glicólise, ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória. Pode também ser
armazenada em forma de glicogênio através da glicogênese, e esse glicogênio pode ser
degradado para a liberação de glicose livre através da glicogenólise. A glicose também
pode ser formada a partir de componentes não-glicídicos (gliconeogênese).
➢ Via Glicolítica/Glicólise:
É a primeira via metabólica e a melhor de ser entendida, essa via é a única que vai
ocorrer fora da mitocôndria, ocorre mais precisamente no citosol da célula, e o objetivo é
unicamente oxidar uma molécula de glicose em duas moléculas de piruvato, não pode ser
considerado uma fonte de geração de energia por ter uma baixa formação de ATP. Essa
via é constituída de 10 reações e essas reações são divididas em duas fases, onde as cinco
primeiras reações consistem na fase de empréstimo onde é investido 2 ATPs para poder
clivar uma molécula em duas, e a segunda etapa consiste nas cinco últimas reações
denominada de fase de pagamento. Todas essas reações são mediadas por enzimas, que
vão atuar colocando ou retirando determinados componentes nas moléculas.
Ao chegar na quarta reação a molécula de frutose 1,6-bifofsfato é clivada em
Gliceraldeído 3-fosfato (GAP) e Di-hidroxiacetona (DAHP) fosfato, e como é necessário
duas moléculas e GAP para que todas as reações ocorram em dobro, então esse DAHP é
convertido na quinta reação, levando em consideração que tudo agora ocorrerá duas
vezes.
✓ Regulação da via:
A regulação dessa via vai ocorrer mediada por três enzimas; Hexoquinase,
fosfofrutoquinase e piruvatoquinase.
➢ Destino do Piruvato:
✓ Aeróbico:
✓ Anaeróbico:
Outros monossacarídeos como frutose e galactose podem ser usados como fonte
de energia, basta transformá-los em intermediários da via glicolítica, isso ocorre quando
há a adição de fosfato no carbono 6.
▪ Frutose:
Frutose 1-fosfato
Gliceraldeído Di-hidroxiacetona
Do mesmo modo que a frutose, a galactose também tem que ser fosforilada, Essa
fosforilação ocorre através de uma galactoquinase, e um ATP será o doador do fosfato
para essa fosforilação, é formada uma molécula de galactose 1-fosfato, que reage com
uma UDP-Glicose formando UDP-galactose e glicose 1-fosfato, pois a galactose 1-
fosfato não pode entrar na via. Então a glicose 1-fosfato entra na via e é rapidamente
transformada em glicose.
Glicose 1-fosfato
Galactose 1-fosfato
UDP-Glicose
UDP-Galactose
Glicose 1-fosfato
Glicose 6-fosfato
A enzima promove a
liberação de H+, que irá se Ocorre novamente perda
juntar a um FAD, de um carbono em forma
formando FADH2, que de CO2, ocorre outra
será usado na cadeia A enzima promove a saída da coenzima A, formação de NADH, e por
respiratória, assim como o ocorre então a junção de um fosfato fim a entrada de uma CoA
NADH inorgânico (Pi) a uma molécula de GDP
formando então GTP, esse GTP doa esse
fosfato para um ADP ocorrendo então a
formação de um ATP, e o GTP volta a ser
GDP
✓ Regulação do ciclo
O complexo III é
O NADH doa os seus abastecido com os
hidrogênios ao Complexo I, que hidrogênios dos outros
bombeia esses H+ no espaço 2 complexos
intermembranar. O NADH volta totalizando 8 H+
a ser NAD+ e volta para a via bombeados (4 Esse fosfato entra
glicolítica e C.K. O complexo derivados do NADH e através de um Há um custo de 4 H+
bombeia um total de 4 H+. 4 do FADH2), esse carreador com o para formar 1 ATP.
complexo repassa os custo de 1 H+
elétrons para o entrando com ele.
O Complexo II não tem complexo IV através de
capacidade suficiente para uma estrutura
O complexo V é responsável por juntar o ADP presente na
bombear os hidrogênios que o denominada Citocromo
membrana com o fosfato (Pi) que entrou, e esse processo
FADH2 doa, então o complexo C (Cit C).
só é possível quando o mesmo gira (semelhante a uma
repassa esses hidrogênios junto turbina) e junta o ADP ao Pi, porém isso só é possível com
com os elétrons para a CoQ. O o custo de 3 H+ nesse complexo, desse modo o complexo
FADH2 volta a ser FAD e volta gira e junta os dois formando ATP.
para o C.K
4 do complexo II
4 do complexo I
2 do complexo III
2 do complexo III
➢ Glicogênese
Proveniente da via
glicolítica ou
oxidação da
galactose
➢ Glicogenólise
O hormônio que atua nessa via é o Glucagon, por ser um hormônio catabólico,
estimula a quebra do glicogênio, evitando assim que ocorra uma hipoglicemia.
➢ Interação entre os hormônios:
➢ Gliconeogênese
Se um indivíduo ficar sem se alimentar por mais de cinco horas o seu corpo já vai
ter utilizado toda a glicose livre e possivelmente todo o glicogênio do seu corpo, então o
glucagon começará a estimular a quebra de proteínas e triglicerídeos, para assim liberar
aminoácidos (principalmente a alanina) e glicerol, para a formação de glicose. O lactato
também é usado, por isso é classificada como sendo uma via que utiliza componentes não
glicídicos.
Essa frutose 6-fosfato reverte até glicose 6-fosfato, essa molécula também sofre
hidrólise promovendo a saída do fosfato e a molécula passa a ser glicose livre, concluindo
assim o terceiro desvio.
➢ Ciclo de Cori
Durante um curto período de intenso esforço físico, a distribuição de oxigênio aos
tecidos musculares pode não ser suficiente para oxidar totalmente o piruvato. Nestes
casos, a glicose é convertida a piruvato e depois a lactato, através da via da fermentação
láctica. Este lactato pode por consequência se acumular no tecido muscular e difunde-se
posteriormente para a corrente sanguínea. O ciclo evita que o lactato se acumule na
corrente sanguínea, o que poderia provocar acidose láctica. Sendo assim, o ciclo é
importante para manter a glicemia constate durante um período elevado de atividade
física.
O ciclo consiste em: o musculo realizar a fermentação lática, jogar este lactato na
corrente sanguínea, o fígado captura esse lactato e através da gliconeogênese transforma
esse lactato em glicose, o fígado joga essa glicose na corrente sanguínea e o musculo pega
novamente para formar glicogênio.