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FT 512 2023

Profa. Gabriela Alves Macedo


PED: Daniel e Paloma
PAD: Larissa
Aluna: Ana Julia da Mata RA: 202620

Exercícios sobre Carboidratos Aulas 18 e 25 de agosto

1. Quais são as unidades básicas dos carboidratos? Quais dessas unidades são
mais comuns na dieta humana? Quais as ligações químicas entre elas são
digeríveis pelo organismo humano, e quais não são?
Glicose, frutose e galactose. As mais comuns na dieta humana são glicose,
frutose e galactose. As ligações Alfa 1,4 e Alfa 1,6 são digeríveis e as ligações
beta não são digeríveis.

2. Quais os tecidos (tipos de células humanas) que metabolizam apenas glicose,


e quais podem metabolizar frutose e galactose?
Cérebro, sistema nervoso, eritrócitos, testículos, medula renal e tecidos
embrionários são os tecidos que metabolizam apenas a glicose. Já o fígado e
intestino metabolizam a frutose e galactose.

3. Diferencie as estruturas químicas de glicogênio, amilose e amilopectina.


Glicogênio: bastante ramificado com ligações alfa-1,6-glicosídicas com ligações
alfa-1,4-glicosídicas nas partes não ratificadas e permite rápida liberação de
glicose
Amilose: componente do amido com estrutura linear alfa-1,4-glicosídicas, não
tem muitas ramificações, então é mais compacta e por isso também tem uma
digestão mais lenta, liberando a glicose aos poucos.
Amilopectina: componente do amido com estrutura ramificada de ligações
alfa-1,6-glicosídicas que formam pontos de ramificação, em parte não
ramificadas é composta por ligações alfa-1,4-glicosídicas. Por conta do tamanho
de sua estrutura, a digestão é mais rápida do que a da amilose, liberando então a
glicose de maneira mais rápida.

4. Descreva as principais etapas da digestão de carboidratos na boca,


estômago e intestinos delgado e grosso.
Na boca: ação mecânica da mastigação com a ação da alfa-amilase que vai
hidrolisar ligações alfa-1,4-glicosídicas em amilases e amilopectinas, formando
dextrinas
No estômago: o ácido estomacal vai destruir a ação enzimática da alfa-amilase,
então as dextrinas continuam para o intestino delgado onde a bile é liberada no
duodeno para emulsificar gorduras, facilitando a ação da amilase pancreática
que vai quebrar a maltose em unidades de glicose, na mucosa intestinal a ação
das enzimas maltase, sacarase e isomaltase vão entrar em ação para converter
dissacarídeos em monossacarídeos.
No intestino grosso: ao chegar no intestino grosso, como a maioria dos
nutrientes já foram absorvidos pelas microvilosidades do intestino delgado,
sobra apenas fibras alimentares não digeríveis e carboidratos de ligações beta
que também não são digeríveis, mas são fermentados por bactérias intestinais
produzindo ácidos graxos de cadeia curta e gases.

5. Como se dá a absorção de glicose? Detalhe e diferencie da absorção de


frutose e galactose. Logo após a absorção desses monossacarídeos, comente
quais são seus destinos preferenciais (pense no tecido muscular, adiposo e
fígado).
A absorção de glicose, frutose e galactose ocorre principalmente no intestino
delgado, embora cada monossacarídeo siga um caminho ligeiramente diferente.
A glicose é absorvida pelas células intestinais com a ajuda dos transportadores
SGLT1, usando o gradiente de sódio como impulso. Em seguida, é transportada
para a corrente sanguínea através do GLUT2. A frutose, por sua vez, é absorvida
pelas células intestinais através dos transportadores GLUT5 e entra na corrente
sanguínea para ser levada ao fígado, onde é metabolizada. A galactose também
utiliza os transportadores SGLT1 para entrar nas células intestinais, seguindo um
caminho parecido com o da glicose.
Uma vez absorvidos, esses monossacarídeos têm destinos diferentes em vários
tecidos. O tecido muscular utiliza principalmente glicose como fonte de energia
durante a contração muscular, enquanto a frutose e a galactose têm um papel
secundário nesse processo. Nas células adiposas, a glicose é armazenada na
forma de triglicerídeos, contribuindo para o acúmulo de gordura. Novamente,
frutose e galactose têm participação limitada aqui.
O fígado vai ser responsável por regular os níveis de glicose no sangue e no
metabolismo dos monossacarídeos. A glicose absorvida, frutose e galactose são
transportadas até o fígado, onde são processadas. A glicose pode ser armazenada
como glicogênio hepático ou ser liberada conforme necessário para manter os
níveis de açúcar no sangue. A frutose e a galactose também passam pelo fígado,
onde a frutose é convertida em glicose ou glicose-6-fosfato, enquanto a
galactose é transformada em glicose-6-fosfato antes de entrar nas vias
metabólicas.

6. Qual é a importância em se manter a taxa glicêmica dos indivíduos? Quais


as estratégias que o organismo possui para regular a glicemia (em casos de
aumento e de queda), e quais hormônios estão envolvidos nesses processos?
É importante para garantir o pleno funcionamento do organismo, a glicemia se
refere à quantidade de glicose presente no sangue e é uma fonte essencial de
energia para as células. Manter a glicemia dentro dos limites normais é
importante para evitar a hiperglicemia e hipoglicemia.
As estratégias que o organismo possui para regular a glicemia, em casos de
aumento da glicemia (hiperglicemia), é a liberação de insulina pelo pâncreas
quando os níveis de glicose aumentam após uma refeição, que vai facilitar a
entrada de glicose nas células para absorção e armazenamento nos tecidos. Para
a regulação da queda da glicemia (hipoglicemia), caracterizada quando os níveis
de glicose estão baixos, o pâncreas libera glucagon que estimula o fígado a
liberar glicose na corrente sanguínea, aumentando os níveis de glicemia, nesse
estado de hipoglicemia também libera-se adrenalina que vai estimular a
liberação de glicose pelo fígado e diminui a captação de glicose pela células para
poupar a glicose gerada. Os hormônios envolvidos são a insulina, glucagon e
cortisol (liberado em situações de estresse e aumenta os níveis de glicose).
7. Quais as rotas metabólicas preferenciais para a glicose em indivíduos que
estavam em jejum e acabam de consumir o açúcar?
Primeiro vai passar pela glicólise para absorção, uso e produção de ATP e
NADH, após a absorção vai diminuindo a produção do glucagon que estava alta
durante o jejum, para produzir insulina e armazenar a glicose como glicogêneo,
levando glicose para o fígado e nos músculos. Se o nível glicêmico ainda estiver
baixo, o glucagon pode estimular a glicogenólise e a neoglicogênese, liberando
glicose no sangue. Em alguns casos, o consumo repentino de uma grande
quantidade de glicose após um jejum prolongado pode levar a picos rápidos nos
níveis de glicose, possivelmente desencadeando uma resposta de insulina
excessiva. Isso pode resultar em hipoglicemia reativa (queda brusca da glicose
após o aumento) e sintomas como fome, tremores e fraqueza.

8. Quais as rotas metabólicas preferenciais para a glicose em indivíduos que


estão bem alimentados e ingerem o açúcar na sobremesa, depois de uma
vasta refeição?
Inicialmente, ocorreria a glicogênese, uma vez que o fígado capta o excesso de
açúcar e inicia esse processo, enquanto os músculos também sintetizam
glicogênio para armazenar o excedente de glicose.
Posteriormente, em uma etapa subsequente, a glicólise entraria em ação para
gerar energia, e o que não fosse utilizado nesse processo seria direcionado para a
síntese de lipídios. Esse excesso de glicose seria convertido em ácidos graxos e
armazenado nos tecidos adiposos, porém, essa conversão ocorreria somente
quando a quantidade consumida fosse maior do que a energia gasta.

9. Defina Índice e Carga Glicêmica e explique para que são usados estes
parâmetros.
O índice glicêmico é um método de classificação de carboidratos na dieta,
avaliando sua facilidade de absorção e seu impacto na elevação dos níveis de
glicose no sangue. Por outro lado, a carga glicêmica considera tanto a
quantidade quanto a qualidade do carboidrato presente em uma refeição. Ambos
esses critérios são valiosos para desenvolver planos alimentares saudáveis e
podem ser particularmente úteis no gerenciamento da glicose em indivíduos com
diabetes, além de auxiliar no controle do peso corporal.

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