Você está na página 1de 3

AULA 08 – METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS NO EXERCÍCIO FÍSICO

Dos três macronutrientes, o Carboidrato é o mais importante no que diz respeito


à performance.
O carboidrato é a principal fonte de energia?! Dessa forma, pensa-se (equívoco)
que a glicose é mais oxidada do que os lipídios. No entanto, deve se levar em
consideração o tecido e o contexto em questão.
O papel do fígado é controlar a glicemia, metabolizar substâncias, estocar
glicose!
No Tecido Muscular, pode haver uma mudança.

É na célula em que haverá a absorção da glicose para que seja transformada


em energia (ATP). Glicose e Galactose são absorvidas junto com uma molécula
de sódio (transporte ativo, SGLUT1), já a Frutose não possui um sódio acoplado
(difusão facilitada, GLUT5).
Taxa de Oxidação Máxima de Glicose: 60g/h (limitado por conta do
transportador). Diante disso, é importante que atividades intensas e de longa
duração tenham uma suplementação, intratreino, de Sacarose (Frutose +
Glicose); uma vez que os transportadores são diferentes. A adição de frutose
aumenta em até 75% a taxa de oxidação de glicose.
Glicogênio é a forma como o corpo humano armazenada o carboidrato; com isso,
caso o estoque de glicogênio já esteja cheio, o carboidrato segue a via
metabólica da síntese de ácido graxo. O glicogênio pode ser manipulado de
forma aguda, as mudanças acontecem em menos de 24h.
GLICOGÊNIO E FADIGA MUSCULAR
O glicogênio muscular está associado diretamente à fadiga periférica. Quando
há muito quebra de ATP, o meio intracelular fica cheio de metabólitos (íons de
hidrogênio, elétrons...) e isso faz com que haja a fadiga. Também tem os casos
dos indivíduos ceto-adaptados, que possuem um baixo consumo de carboidrato
e o corpo se adapta, poupando o glicogênio.
Glicólise Anaeróbica (pesquisar)
A quantidade de glicogênio pode mudar de acordo com o estado do indivíduo
(exausto, treinado, destreinado, altamente treinado).

QUAL O IMPACTO DO EXERCÍCIO NO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO?


O exercício físico aumenta a mobilização de glicogênio. Quanto mais o indivíduo
se exercita, maior é a demanda por ATP. O corpo passa a buscar por diferentes
vias energéticas, ácido graxo ou glicose.
Existem alterações, agudas (aumento de GH, aumento a lipólise) e crônicas
(melhora na capacidade oxidativa, biogênese mitocondrial), que mobilizam o
corpo para poupar o estoque de glicogênio e utilizar a gordura como fonte de
energia.
Apenas a glicose pode ser metabolizada anaerobicamente e os músculos não
mobilizam as gorduras de forma tão rápida quanto o glicogênio, por isso a
glicose/glicogênio é uma excelente fonte de energia. O carboidrato pode se
transformar em ácido graxo, mas a recíproca não é válida.

SÍNTESE DE GLICOGÊNIO PÓS-EXERCÍCIO


A ressíntese de glicogênio no pós esforço acontece em duas fases: (1) fase
independente de insulina e na (2) fase dependente de insulina.
(1) – reposição rápida, 30-60min pós exercício; glicogênio atinge níveis baixos.
O músculo está direcionado para recuperar o estoque de glicogênio.
(2) – ressíntese 80% menor, depende da relação da insulina.
UTP e ATP são nucleotídeos fosfatos, GTP também. Com isso, a ressíntese de
glicogênio é um processo que consome bastante energia.

FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESSÍNTESE DE CARBOIDRATO


Quantidade de carboidrato, 1,2g/kg; o tipo de carboidrato, os de Alto Índice
Glicêmico possuem uma maior taxa de ressíntese; e o tempo de ingestão do
carboidrato.

GLICOGENÓLISE
O que mais contribui para a quebra de glicogênio é o volume de treino.

Para a glicose ser liberada para a corrente sanguínea, ela precisa ser
desfosforilada. Há um risco em realizar um treino de longa duração e com baixo
estoque de glicogênio, o corpo irá utilizar aminoácidos para gerar energia
(proteólise, perda de massa muscular).

Baixo estoque de glicogênio juntamente com uma atividade física moderada faz
com que haja um aumento da atividade da PGC1-a (aumento do volume de
mitocôndrias, biogênese mitocondrial); essa alteração promove uma
potencialização do metabolismo oxidativo (utilizando o glicogênio). Essa
depleção de glicogênio durante e após a atividade potencializa o estímulo da
PGC1-a. Detalhe: estudos para respostas agudas, não crônicas.
Ciclo de Randle (pesquisar)
Caso haja a privação de carboidrato, é importante que haja um balanço no
consumo proteico; uma vez que o corpo utilizará os aminoácidos para a síntese
de glicogênio (gliconeogênese). O principal fator que determina a taxa de
gliconeogênese é a entrega do substrato ao fígado; o lactato é um importante
precursor primário hepático e torna-se importante à medida que a intensidade do
exercício aumenta.
A privação de carboidrato fará com que o indivíduo chegue à fadiga mais rápido
e terá uma queda na performance. No entanto, é importante destacar que
indivíduos treinados utilizarão uma menor quantidade de carboidratos, aumenta
o número e tamanho das mitocôndrias e a utilização de oxigênio, assim como
uma melhora do metabolismo oxidativo e consequente aumento do limiar
anaeróbico.

Você também pode gostar