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Mets – 1 min equivale a 3.5 ml-kg-1. Valor indicador de avaliação física. Medição do consumo de O2.
Permite visualizar uma melhoria da saúde.
Mioquinas – músculos que regulam os órgãos alvos (cérebro, fígado e tecido adiposo)
Tipos de Mioquinas:
• IL6 - anti-inflamatório endógeno;
• Irisina – atua no tecido adiposo (tecido branco e castanho);
• Miostatina – conhecida como fator 8 de crescimento e diferenciação inibe a hipertrofia. Esta
proteína é produzida no músculo esquelético, circula no sangue e atua no tecido muscular, atrasa
o desenvolvimento das “células-mães” musculares. O mecanismo de ação não é completamente
conhecido;
• Mionectina – o exercício voluntário aumenta drasticamente a expressão e os níveis circulantes
de mionectina para promover a absorção de ácidos gordos. A absorção de ácidos gordos pelas
células pode estar na base de um dos efeitos benéficos do exercício físico;
• Decorina – melhora a cicatrização do músculo esquelético, não só prevenindo a fibrose, mas
também promovendo a regeneração muscular;
• FGF 21 – fator de crescimento fibroblastico 21;
• SPARC – a proteína secretada ácida é rica em cisteína (SPARC)/osteonectina é expressa em
diferentes tecidos durante a remodelação e reparação, sugerindo uma função na regeneração;
• IL 15 – hipertrofia;
• BDNF – o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro é uma proteína “neurotrofinas”.
Quando realizamos exercício (esforço) numa intensidade extensiva, encontra-se em processo catabólico.
Sem catabolismo (esforço) não há anabolismo (pós-esforço, possui uma enorme componente hormonal –
testosterona).
Exercício e Adaptação
Treino - Prescrição sistemática de estímulos que respeitem os mecanismos biológicos de adaptação ao
esforço. Condicionadores de modificações morfológicas e funcionais, de âmbito agudo ou crónico.
Propiciadoras da obtenção, programada, de um elevado nível de desempenho motor.
60 a 70% da energia perde-se sob a forma de calor. A energia restante (30 a 40%) é utilizada para a
atividade muscular e metabolismo celular.
ATP (nucleótido de adenina) – composto de alta energia, cuja principal função é a de armazenar e
transferência dessa energia.
Quilocaloria (Kcal)
Nos sistemas biológicos, a energia pode ser medida em quilocalorias. Uma quilocaloria é uma quantidade
de energia calorífica necessária para elevar de 1º C (de 14 para 15º C) uma determinada massa de água (1
kg).
Reservas de Energia
Em repouso, o organismo humano utiliza hidratos de carbono e gordura para a produção energética. As
proteínas fornecem muito pouca energia para a atividade celular têm, no entanto, uma importante função
anabolizante tissular. Durante a atividade física aeróbia intensa, o organismo humano utiliza,
predominantemente, hidratos de carbono. Esta utilização é tanto mais significativa quanto mais intenso
for o esforço. A inversa também é verdadeira, uma menor intensidade implica uma maior participação
percentual de lípidos.
Gordura – Lípidos
Constituem o substrato energético preferencial em esforços de baixa intensidade. As reservas energéticas
são mais abundantes do que as de hidratos de carbono. Menos acessíveis para o metabolismo porque
devem ser convertidas em glicerol a AGL (ácidos gordos livres). Só os AGL são utilizados para a ressíntese
de ATP.
Proteínas
Podem ser utilizadas como fonte energética se convertidas em glucose – via glucogénese. Podem gerar
AGL – Lipogénese, situação que se verifica no jejum prolongado. Só os aminoácidos podem ser utilizados
como substrato energético.
Nota:
• Os HCO, Lípidos e proteínas fornecem a energia necessária à ressíntese do ATP.
• HCO e proteínas fornecem cerca de 4.1 Kcal/g, e os lípidos cerca de 9 Kcal/g.
• A energia derivada dos HCO é mais facilmente utilizada pela fibra muscular do que os lípidos e
proteínas.
Atividade Glicolítica
Glicogénese – Síntese de glicogénio – forma como a glucose é armazenada no fígado e nos músculos.
Glicogenólise – Degradação do glicogénio em glucose – 1 – fosfato por forma a poder ser utilizada pelos
músculos.
Sistema Oxidativo
• Utiliza o oxigénio como comburente;
• Produz ATP a nível mitocondrial;
• Fornece muito mais energia (ATP) do que o sistema anaeróbio;
• É o processo energético predominante em esforços prolongados e/ou de baixa intensidade.
• Os AGL são transportados pelo sangue às fibras musculares e degradados na mitocondria sob a
ação de enzimas dando origem a ácido acético que, por sua vez, se converte em acetyl CoA;
• O Acetyl CoA entra no Ciclo de Krebs e na cadeia de transporte de electrões;
• A oxidação das gorduras necessita de mais oxigénio e gera mais energia do que a oxidação dos
hidratos de carbono.
Calorimetria indireta – calcula o dispêndio energético a partir das trocas respiratórias. Para tal, utiliza-se
o quociente respiratório (QR) – quociente entre VCO2 e o VO2.
Quociente Respiratório
• Quociente entre o dióxido de carbono produzido (VCO2) e o oxigénio consumido (VO2);
• QR = VCO2/VO2;
• O valor do QR em repouso varia entre 0.78 a 0.80 (aproximadamente).
Limiar de Lactato
• O ponto em que o lactato sanguíneo começa a acumular-se acima dos níveis de repouso durante
o exercício de intensidade crescente;
• O aumento súbito do lactato sanguíneo com o aumento do esforço pode ser o resultado de um
aumento na produção de lactato ou de uma diminuição de remoção de lactato do sangue;
• Pode indicar potencial para exercício de resistência; a formação de lactato contribui para a fadiga.
Limiar de Lactato
• O ponto em que o ácido lático no sangue aumenta sistematicamente durante o exercício
incremental;
➢ Aparece a 50-60% VO2máx em indivíduos não treinados;
➢ A taxas de trabalho mais elevadas (65-80% VO2máx) em indivíduos treinados;
• Também chamado:
➢ Limiar anaeróbio;
➢ Início da acumulação de lactato no sangue (OBLA)
• Os níveis de lactato no sangue atingem 4mmol/L
O Limiar de Lactato (LT), quando expresso como uma percentagem do VO2máx, é um dos melhores
determinantes do ritmo de um atleta em provas de resistência, como a corrida e o ciclismo. Enquanto
pessoas não treinadas têm normalmente um LT à volta de 50% a 60% do seu VO2máx, os atletas de elite
podem não atingir o LT até cerca de 70% ou 80% do VO2máx.
Taxa Metabólica
• Ritmo a que o corpo gasta energia em repouso e durante o exercício;
• Medida como consumo de oxigénio pelo corpo inteiro e seu equivalente calórico;
• A taxa metabólica basal (TMB) é a energia mínima necessária para as funções fisiológicas
essenciais (1.200 e 2.400 kcal);
• A taxa metabólica de repouso é a energia mínima para a atividade diária normal (1.800 a 3.000
kcal).
Causas da Fadiga
• Depleção de Fosfocreatina (PCr);
• Depleção de glicogénio (especialmente em atividades com duração superior a mais de 30
minutos);
• Acumulação de ácido lático e H+ (hidrogénio) (especialmente em atividades com duração inferior
a 30 minutos);
• Fadiga neuromuscular;
• Stress.
4 - Os potenciais de ação são transportados pelas fibras de Purkinje desde os ramos do feixe até às paredes
ventriculares.
Objetivos
• Papel do sistema cardiovascular na remoção de metabolitos derivados da atividade muscular;
• Modificações operadas em cada componente do sistema cardiovascular no processo de
adaptação orgânica ao exercício com carácter regular (treino);
• Influência das adaptações cardiovasculares no desempenho motor;
• Estrutura e função do sistema cardiovascular e do sangue;
• Resposta cardiovascular ao exercício de diferentes intensidades. Adaptações agudas e crónicas;
• Papel do sistema cardiovascular no suprimento de oxigénio e nutrientes aos tecidos
hiperfuncionantes (tecido muscular esquelético).
A equação de Fick estabelece a relação entre o consumo de oxigénio (VO2), a diferença arterio-venosa (a-
vO2 dif) e o débito cardíaco (Q).
Provas de Esforço
• Atletas que pretendam avaliar o nível de condição física específica ou a eficácia dos programas
de treino. Neste caso, utilizam-se provas de esforço onde se determinam vários parâmetros, com
especial relevância para o consumo máximo de oxigénio, limiar anaeróbio e concentração de
lactato sanguíneo.
• Saudáveis e praticantes de atividade física que pretendam quantificar a sua capacidade de
tolerância ao esforço e/ou determinar o seu nível de condição física.
• Candidatos à prática de atividade física
• Prescrição do exercício em contexto não clínico – programas de atividade física de lazer.
• Portadores de algumas patologias de âmbito cardiovascular e ou respiratório.
Dois Objetivos:
• Perceber se as cargas de treino são as recomendáveis;
• Processo de treino.
Homeostasia – manutenção de um meio interno constante ou inalterado. Ambiente interno constante em
condições sem stress, resultante de muitas respostas reguladoras de compensação.
Sistema Láctico – está a produzir energia mais ou menos nos 40’ a 45’.
Capacidade Láctica – produção de energia que dura mais tempo 45’ a 1 min.
Potência Aeróbia (avaliação) – VO2máx – está a ser produzido quando consumimos o máximo de oxigénio.
Grande parte dos carboidratos encontram-se nos músculos (1600 kcal), sendo que esses nutrientes são
utilizados pelos próprios músculos.
Tecido adiposo (grande reserva lipídica – Glucídica) – garante um volume muito grande de energia
Cross-over - % total de energia despendida durante o esforço. Utilização em simultâneo dos glúcidos
(altos) ou lípidos (baixos).
Os lípidos são utilizados em QR mais baixos, enquanto os glúcidos nos QR são mais elevados.
Ressíntese
Recuperação ativa – realização em simultâneo do mesmo exercício, no mesmo período de tempo para
rentabilizar o lactato.
VO2máx – Critérios
1. Fase estacionária na relação VO2/intensidade do exercício. Definido como um aumento
(acréscimo) no VO2 inferior 2ml. Kg-1. Min-1;
2. Quociente respiratório final de 1.15 ou superior;
3. Uma FC final não inferior a 10 b.min-1 da FCmáx. Predita;
4. Lactato sanguíneo pós-exercício (5 min) [Bla] de 8mmol.1-1 ou superior;
5. Fadiga incapacitante para a continuidade do esforço – exaustão.
Q = VS x FC
Pressão Arterial
• Pressão arterial média (PAM) – média das pressões arteriais durante todo o ciclo cardíaco.
• PAM = PAD + (0.333 x (PAS) – (PAD))
Hematócrito
Equilíbrio Hidro-Electrolítico
1. Estado de equilíbrio;
2. Para água e eletrólitos significa que os ganhos e perdas equilibram;
3. Mantido por mecanismos que repõem a água e eletrólitos perdidos e excretam o excesso;
4. Objetiva-se uma estabilidade contínua;
5. O balanço de água e eletrólitos é interdependente.
Distribuição Intercompartimental
1. Não se distribuem uniformemente;
2. Variam quantitativa e qualitativamente;
3. O movimento de água e eletrólitos entre os compartimentos é regulada por mecanismos que
garantem de forma dinâmica a sua estabilidade.
• Líquido intracelular;
• Líquido extracelular;
▪ Intersticial, Sangue/Plasma e LCR (Líquido cefalorraquidiano).
• Líquido Intersticial;
▪ Fora das células, dos vasos e do SN.
• Isotónico;
▪ Pressão osmótica igual ao conteúdo celular.
▪ Uma célula colocada num meio isotónico não ganha nem perde água.
Compartimentos Líquidos
• Cerca de 40 litros de água distribuem-se por dois compartimentos principais:
Composição Qualitativa
• Extracelular;
▪ Não variam significativamente - sódio, cálcio, cloro e bicarbonato.
• Intracelular;
▪ Elevadas concentrações de potássio, magnésio, fosfatos e sulfatos
Água
50% - 70% da MC
75% da MM
• Equivale à pressão necessária, que aplicada sobre um recipiente contendo solvente puro, impede
a osmose.
Movimento Intercompartimental
• Regulada por dois fatores major que influenciam o movimento de água e eletrólitos:
▪ Pressão hidrostática;
▪ Pressão osmótica.
Ganhos de Água
• 60% de ingestão líquida;
• 30% alimentar;
• 10% metabolismo.
• Bebemos porque há um equilíbrio dos líquidos compartimentais
Sede Osmométrica – produzida por um aumento da pressão osmótica do líquido intersticial em relação
ao meio intracelular, o que leva a uma desidratação celular.
Sede Volumétrica – causada por hipovolémia. Ocorre quando o volume de sangue/plasma diminui.
Índice de Hidratação
Estado de Hidratação
• Análise: Sódio (Na), potássio (K), magnésio (MG+2);
• Os resultados permitem otimizar a metodologia de hidratação;
• A composição do suor varia;
• Necessidade de bebidas diferentes;
• Quantificação das perdas de sódio são fundamentais.
Esvaziamento gástrico e Características do Líquido
Reposição Hídrica
• Esvaziamento gástrico rápido;
• Aroma agradável;
• Energética de exercício > 1 hr;
• Taxa energética adequada (40 – 90 g/L);
• Fornecimento de sódio (0.5 to 0.7 g/L);
• Ausências de distúrbios GI (Gastrointestinais);
• Melhor se forem frias (13 to 18ºC)
Hidratação
O que beber?
• Cloro:
▪ O volume plasmático é restabelecido mais rapidamente se o líquido possuir cloretos (0.45 g/L).
• Sódio:
▪ Retenção líquida, previne desidratação e atrasa a produção de urina.
• Potássio:
▪ Promove a hidratação intracelular.
• CHO (Glucose, Polímeros da glucose)
▪ Mais apetecível (aroma) vs. Água pura;
▪ Estimula a absorção;
▪ Repreenchimento em glicogénio.
Recomendações Pré-Exercício
• A ingestão de líquidos antes do esforço apenas beneficia o esforço de duração igual ou superior
a 20 min.
Nunca inicie o exercício sem se ter hidratado convenientemente.
Treino Desportivo
Em futebolistas de alta competição, cerca de 30% de todas as lesões são de índole muscular. A sua
prevalência está bem documentada e replicada em vários estudos.
Tempos aproximados para as diferentes fases de regeneração tissular, os intervalos que exibem variações
significativas dependem do tipo de tecido envolvido. Não se incluem aqui as lesões crónicas.
Conceito de Fadiga
• Diminuição da capacidade funcional;
• Provocada por estimulação;
• Permanência e intensidade de estimulação;
• Reversibilidade com o repouso.
Responsabilidade do Treinador
• Negligência na recuperação;
• Progressão da carga ignorando os processos de adaptação;
• Excesso de competições;
• Monotonia no processo de treino;
• Número excessivo de “falhanços”.
Responsabilidade do Atleta
• Tempo insuficiente de sono;
• Hábitos da vida diária;
• Insuficiente tempo de lazer;
• Alimentação;
• Ambiente envolvente.
HRV e Fadiga
• Normalmente, a HRV aumenta durante o sono ou em atividades relaxantes (ex. meditação) –
predomínio da atividade parassimpática;
• Ao contrário também é verdadeira. Diminui por efeitos de atividades stressantes. Podendo ser
um indicador de fadiga ou de recuperação deficiente, onde o efeito agressor do exercício ou
treino assumem um papel importante.
Os testes clínicos e laboratoriais só muito raramente são úteis no diagnóstico de fadiga crónica ou
overtraining.
• As dosagens divididas ao longo do dia têm assumido alguma popularidade, com efeitos no
incremento da massa muscular, redução da massa gorda e benefícios no desempenho muscular.
Whey Protein
• A vulgar e comercialmente designada whey protein é a proteína do soro do leite. Trata-se de uma
proteína de baixo peso molecular que possui um elevado valor biológico. Possui uma elevada
concentração em aminoácidos essenciais e também de cadeia ramificada (BCAA), com
reconhecida influencia no ganho de massa magra.