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E REGULAÇÃO
METABÓLICA
Daniell Lima Costa Muniz
Sumário
INTRODUÇÃO������������������������������������������������� 3
ESTADO ALIMENTADO���������������������������������� 4
JEJUM INICIAL���������������������������������������������� 9
JEJUM PROLONGADO��������������������������������� 13
ADAPTAÇÕES METABÓLICAS NO
EXERCÍCIO FÍSICO��������������������������������������� 18
RESPOSTA DO METABOLISMO AO
ESTRESSE���������������������������������������������������� 24
CONSIDERAÇÕES FINAIS���������������������������� 31
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INTRODUÇÃO
Neste e-book são abordados assuntos integrados
de todo o conhecimento acerca do metabolismo.
Além desse assunto integrado, conheceremos
o funcionamento disso de maneira prática em
nossas vidas. No corpo humano podemos usar
dois momentos para diferenciar o metabolismo: o
estado alimentado e o estado em jejum. O estado
alimentado tem características anabólicas, mo-
mento em que será produzida energia e ocorrerá a
síntese de moléculas advindas dos nutrientes. Já
o estado de jejum se caracteriza como um estado
catabólico, em que há a degradação de moléculas
grandes em outras menores para produzir energia.
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ESTADO ALIMENTADO
A gente se alimenta com a finalidade de obter ener-
gia dos nutrientes para que nossas células façam
seus trabalhos biológicos e assim possamos viver.
Então, após ingerir algum alimento, seja carboi-
dratos, lipídios ou proteínas, o corpo irá digeri-lo e
absorvê-lo para liberar energia (adenosina trifos-
fato – ATP). Esse metabolismo, após a ingestão
dos alimentos, em que os nutrientes absorvidos
e armazenados serão utilizados para a síntese de
energia e estoque é um metabolismo anabólico.
Portanto, saberemos agora o que acontece quando
estamos alimentados.
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Figura 1: Esquema Geral do metabolismo no estado
alimentado
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absorvida no intestino e pela veia porta irá para
o fígado. Outra grande parte ficará circulando na
corrente sanguínea para ser entregue para o en-
céfalo e músculos e outros tecidos.
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a corrente sanguínea onde será utilizada para
produzir ATP e pode seguir para ser armazenada
como glicogênio. Quando em excesso, pode ser
armazenada como gordura.
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ácidos graxos livres podem seguir para o tecido
adiposo e ser recombinados em triglicerídeos para
serem estocados. Podem também seguir para as
células para serem oxidados e produzir energia. Já
os quilomícrons que restaram na circulação serão
metabolizados no fígado, formando as lipoproteí-
nas, como a lipoproteína de baixa densidade (LDL).
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JEJUM INICIAL
Quando estamos no estado alimentado ou absor-
tivo, os níveis de glicose aumentam. Em resposta,
o metabolismo entra no estado anabólico, com a
liberação da insulina levando à síntese de glicogênio,
síntese de gorduras, síntese de energia e síntese
de tecidos proteicos para estruturas celulares.
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O jejum inicial se dá a partir de 4 horas após a úl-
tima refeição e dura por cerca de 8 horas. Nesse
momento, ao invés do pâncreas estar liberando
insulina, será detectada a diminuição da glicose
na corrente sanguínea e isso leva ao aumento da
liberação de hormônio glucagon. Esse hormônio
se opõe às funções da insulina. Ou seja, com a
falta de alimentos para produzir glicose e ATP, o
glucagon ativa uma série de processos para poder
gerar essa glicose e ATP.
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Figura 3: Comparação dos níveis de insulina e glucagon
no estado alimentado e em jejum
lina
Insu
gon
Glicogenólise
a
Gliconeogênese Gluc
Cetogênese
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Figura 4: Esquema geral do metabolismo em jejum
SAIBA MAIS
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JEJUM PROLONGADO
Como dito anteriormente, o jejum tem início cerca
de 4 horas após a última refeição. A continuidade
do jejum, ou seja, a não alimentação, levará a mais
alterações metabólicas no organismo, com intuito
de manter a entrega de glicose ao sangue e energia
para os tecidos.
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Além disso, as proteínas também entrarão de
maneira mais intensificada no catabolismo por
conta do jejum prolongado. Essas proteínas po-
dem vir do tecido muscular e serão transformadas
em polipeptídios, ação catalisada por enzimas
chamadas de proteases. Outras enzimas, como
as exopeptidases, degradarão os polipeptídios,
formando aminoácidos livres. Os aminoácidos
livres poderão ir para a desaminação para formar
ATP ou serem convertidos em substratos a fim
de formar glicose e assim poderem participar das
vias aeróbias para formar ATP.
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Figura 5: Esquema geral do metabolismo em jejum 2
Glicose
no plasma
Glucagon Insulina
Lactato,
Figado piruvato, Músculo,
amoniácidos tecido adiposo
Ácidos e outras células
graxos
Hipoglicemia prolongada
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Tabela 1: Comparação do metabolismo em estado alimen-
tado e em jejum.
Nutriente Forma Metabolismo no Metabolismo no
que é estado alimentado estado de jejum
absorvido
Carboi- Glicose; 1.Usado de forma 1.O glicogênio
drato frutose; imediata para armazenado
galactose a produção de será degradado
energia por meio para fornecer
da glicólise, ciclo energia no pro-
do ácido cítrico e cesso chamado
cadeia de transpor- glicogenólise.
te de elétrons;
2.Participa da
produção de
lipoproteínas;
3.É armazenado
como glicogênio
pelo processo de
glicogênese;
4.O excesso forma
gordura no proces-
so de lipogênese.
Gordura Ácidos 1.Serão estocados 1.Será estimula-
graxos como triglicerídeos da a quebra de
livres; no fígado e múscu- triglicerídeos e
triglice- los e tecido adipo- ácidos graxos
rídeos; so no processo de para produzir gli-
colesterol lipogênese; cose nos proces-
2.Colesterol pode sos de lipólise e
servir para síntese gliconeogênese;
de esteroides e 2.Servirão
componentes de para produzir
membrana; ATP na via de
3.Ácidos graxos betaoxidação;
são utilizados 3.Serão trans-
para formar formados em
lipoproteínas. corpos cetônicos
para servir de
fonte de energia
para o cérebro.
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Proteína Amino- 1.Maioria dos 1.Proteínas são
ácidos; aminoácidos irão degradadas a
pequenos aos tecidos para a aminoácidos e
peptídeos síntese proteica; podem servir
2.Em excesso como glicose
pode virar gordura para produzir
no processo de energia no
lipogênese. processo de
gliconeogênese.
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ADAPTAÇÕES
METABÓLICAS NO
EXERCÍCIO FÍSICO
Quando falamos sobre exercícios físicos estamos
nos referindo àquelas atividades que têm como
objetivo melhorar, aprimorar e desenvolver nossas
capacidades físicas. São atividades que seguem
um raciocínio lógico de organização e estruturas.
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Temos também a via anaeróbia lática, que é uma
via de fonte de energia conhecida como sistema
glicolítico. Nessa via, a energia é proveniente prin-
cipalmente do glicogênio muscular e hepático, para
esforços acima de 10 segundos, podendo chegar a
até 2 minutos de duração. Como exemplo podemos
citar exercícios como um sprint de 200 metros,
musculação tradicional acima de 8 repetições e
natação de 50 a 100 metros.
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Figura 6: Esquema Geral das vias energéticas e os tipos
de exercícios específicos
Duração do exercício
0 4s 10s 1,5min 3min+
Força-potência
ATP (power lift, salto em altura, arremesso de
dardo, tacada de golfe, saque no tênis)
Tipos de desempenho
Potência sustentada
(sprints, freadas rápidas, desempenho do
ATP + PCr jogador de linha no futebol americano,
rotina de ginástica)
Potência anaeróbica-
ATP + PC + ácido láctico -endurance
(Sprints de 200 a 400m,
natação de 100m)
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anaeróbio. Conforme o conceito de especificidade,
as adaptações a esse tipo de exercício irão refletir
justamente nos sistemas de energia imediatos e a
curto prazo e alguns aumentos no sistema aeróbio.
As principais adaptações metabólicas advindas
dos exercícios anaeróbios são:
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2) Aumentam a capacidade da oxidação dos
ácidos graxos e um aumento da utilização de tri-
glicerídeos como fonte principal de energia pelo
músculo treinando;
FIQUE ATENTO
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2. Eficiência da frequência cardíaca: o treinamento pro-
voca redução da frequência cárdica devido a uma maior
atividade parassimpática e menor atividade simpática,
isso é um importante preditor de evento cardiovascular;
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RESPOSTA DO
METABOLISMO AO
ESTRESSE
Quem nunca teve um momento de estresse? Algu-
mas pessoas sentem um tremor no corpo, outros
calafrios, alguns sentem a temperatura do corpo
aumentar, além de outras situações. O estresse
não significa apenas aquele momento de raiva,
mas pode ser conceituado como reação natural
do organismo ao perigo ou ameaça, deixando-nos
alerta. São reações fisiológicas, ou seja, reações
normais e que acontecem para adaptações a si-
tuações novas.
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A resposta ao estresse se inicia com a percepção
do sistema nervoso central de que há uma ameaça
potencial, o estímulo estressante, a homeostase.
Quando ocorre essa percepção pelo sistema ner-
voso central, o organismo age em uma resposta
biológica integrada no intuito de defender o orga-
nismo. Essa resposta se dá na combinação de
quatro fatores:
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3) Resposta do sistema neuroendócrino: a res-
posta neuroendócrina ao estresse mais conhecida
é a ativação do hipotálamo-pituitária-adrenal, pro-
vocando liberação dos hormônios liberadores de
corticotrofina, adreno-corticotrópico, o que resulta
na liberação de hormônios glicocorticoides. Essas
respostas alteram o metabolismo, aumentando
a glicogenólise, lipólise e catabolismo de prote-
ínas com o intuito de reestabelecer o equilíbrio
homeostático;
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REFLITA
https://www.ufmg.br/online/arquivos/015265.shtml
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NOÇÕES DE BIOQUÍMICA
DO SANGUE
De maneira geral, podemos entender como bio-
química do sangue toda molécula que o compõe
e aquilo que está circulando na corrente sanguí-
nea. Conhecer a bioquímica do sangue vai muito
além de identificar o nível de cada variável: para
a área de saúde, é por meio do sangue, junto com
outros exames, que poderão ser identificadas ou
descartadas doenças, além de se verificar como
está o metabolismo da pessoa e de se monitorar
a progressão da doença, conhecendo o efeito dos
possíveis tratamentos.
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indivíduos saudáveis e sua relação com a idade,
sexo e, em alguns casos, etnia.
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SAIBA MAIS
Confira: http://bjhbs.hupe.uerj.br/WebRoot/pdf/444_pt.pdf.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final deste e-book no qual abordamos
conhecimentos importantes e curiosidades que
servirão para sua prática profissional. A integra-
ção da Bioquímica com vários outros conteúdos
do funcionamento do corpo é de fundamental
importância. Parece que são muitas informações,
mas trazendo aplicabilidade a elas fica mais claro
seu entendimento.
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Imagine, então, um aluno/cliente/paciente que tem
diabetes descontrolada e sabendo que nessas
pessoas o acúmulo de cetonas pode ser elevado
e a tolerância a exercícios extenuantes são baixos,
que decisão você tomaria?
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Referências Bibliográficas
& Consultadas
BELLÉ, L. P. Bioquímica aplicada:
reconhecimento e caracterização de
biomoléculas. São Paulo: Érica, 2014. [Minha
Biblioteca].