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METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS E GORDURAS

Profa. Me. Vanessa Pavesi de Faria

RESUMO

INTRODUÇÃO

O metabolismo é um conjunto de reações bioquímicas que acontece a


nível celular, a palavra vêm do grego onde "metabolismos", que quer dizer
"mudança". Este processo é fundamental a vida celular e, portanto, a vida de
cães e gatos, e podemos dividir em duas fases, fases de anabolismo onde ocorre
a sintetização de moléculas mais complexas a partir de outras mais simples. E o
catabolismo onde acontece o contrário, degradação de moléculas mais
complexas para gerar outras mais simples.

METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS

Para entender o metabolismo dos carboidratos devemos separar em


estado alimento e estado em jejum. No estado alimentado o indivíduo tem uma
alta concentração de glicose no sangue, e o organismo sinaliza para as células
absorverem essa glicose através da liberação da insulina (sinalização de
captação de glicose), as células usam a glicose para respiração celular para
gerar energia nas mitocrondrias. Aos poucos essa energia que excede e sobra
são estocadas em forma de Glicogênese (reservar glicose), nas células do fígado
e do musculo.
No estado em jejum o animal tem baixa concentração de glicose no
sangue, isso sinaliza ao pâncreas liberar o hormônio glucagon, que sinaliza as
células para produzirem glicose (liberarem) para o sangue através da
glicogenólise (quebra de glicogênio). Outra forma do organismo tentar suprir a
demanda de glicose é o uso de reservas através da gliconeogênese (formação
de novas glicoses), através de ácidos graxos e aminoácidos.

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METABOLISMO DOS LIPÍDEOS

No intestino delgado a bile emulsifica os lipídeos em partículas menores


chamadas micelas, estas após a ação das lipases liberam ácidos graxos e
glicerol, que atravessam a mucosa intestinal e nos enterócitos são
transformados em triacilgliceróis e juntamente com o colesterol são
transportados por proteínas (formando os quilomícron). Os quilomicron chegam
em órgãos como o fígado que metabolizam lipídios, sendo novamente
hidrolizados e penetrando nas células ou exportando para outros tecidos.
O metabolismo de lipídios exógenos é aquele que advêm da via
alimentar, sendo principalmente composto por triglicerídeos, e em pequena
parte por colesterol, vitaminas lipossolúveis, ácidos graxos livres e fosfolipídios
(5%). Estes triglicerídeos são reduzidos a monoglicerídeos ou ácidos graxos
livres após a digestão são solubilizados pelas micelas dos ácidos biliares, que
os transportam para os vilos intestinais para serem absorvidos. Após a
absorção eles são remontados em triglicerídios e unidos com colesterol
formando os quilomícrons, que viajam através dos vasos linfáticos, para a
circulação. Nos tecidos os triglicerídeos são reduzidos ácidos graxos livres e
glicerol, que serão usados como fonte e armazenamento de energia. Os
remanescentes de quilomícrons (não utilizados) circulam então de volta para o
fígado, onde são removidos. Já o metabolismo de lipídeos endógenos ocorre
através da sintetização de lipoproteínas pelo fígado, responsáveis pelo
transporte dos triglicerídeos e colesteróis endógenos.

METABOLISMO DAS PROTEÍNAS

As proteínas são moléculas de elevado peso molecular constituída por


aminoácidos, sintetizadas constantemente e degradadas novamente no
organismo, numa reciclagem contínua.
Uma observação importante é a não existência de reserva de proteínas,
ou seja, os aminoácidos não utilizados imediatamente após a síntese proteica
são excretados. O metabolismo das proteínas e aminoácidos divide-se em vias
anabólicas ou catabólicas, onde diversas reações bioquímicas ocorrem para
estas moléculas serem constituídas. Todos os aminoácidos possuem uma etapa

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em comum em seu metabolismo, denominado ciclo da uréia, entretanto, após
este ciclo cada aminoácido sofre o seu metabolismo próprio.
Durante o ciclo da uréia o nitrogênio não reciclado na síntese de
aminoácidos é depositado nos hepatócitos na forma de amônio, onde é
metabolizado em uréia. Este processo inicia-se com o carbamoil-fosfato doando
seu grupo carbamoil para a ornitina, formando a citrulina e liberando fosfato. Na
etapa posterior ocorre a formação do argininosuccinato, por condensação entre
o grupo amino do aspartato e o carbamoil da citrulina. Na terceira etapa a enzima
arginino-succinase age na arginino-succinato, dando origem a arginina e
fumarato. O fumarato retorna ao ciclo do ácido cítrico na mitocôndria. Na quarta
etapa a arginina é hidrolisada produzindo uréia e ornitina. O ornitina retorna para
a mitocôndria para reiniciar o ciclo, enquanto ocorre a excreção da uréia.
A interconexão entre o Ciclo de Krebs e o Ciclo da Ureia é conhecida
como bicicleta de Krebs, onde mesmo funcionando de forma independente, e a
ligação entre eles depende do transporte dos intermediários comuns entre a
mitocôndria o citosol e da atuação de fumarase e malato desidrogenase. Durante
o jejum severo ou em quadros de diabetes, as proteínas corporais serão
hidrolisadas e seus aminoácidos empregados como combustível.

Figura 1: Esquematização da “Bicicleta de Krebs”, Fonte: NELSON & COX


(2011).

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