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CASO 1

DATA: 29/04/2022

Secretária: Juliana Lobo

Coordenadora: Maria Cecília Melo

Objetivo de Aprendizagem
*Explicar o metabolismo dos macronutrientes no estado alimentado.
>O estado alimentado é o período de duas a quatro horas após uma refeição normal.
Durante esse intervalo, ocorre um aumento plasmático transitório de glicose, aminoácidos e
triglicerídeos.
>Durante esse período absortivo, praticamente todos os tecidos utilizam glicose como
combustível, e a resposta metabólica corporal é dominada por alterações no metabolismo
do fígado, do tecido adiposo, do músculo esquelético,rins e do encéfalo.

Ordem do meio de utilização de energia


1.Fígado
2.Músculo (Tecido Adiposo)
3.Encéfalo, rins ou tecido adiposo

METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS


3 opções de uso da glicose
1. Obter energia. Glicólise --> ATP
2. Guardar excesso. Glicogênese --> Glicogênio
3. Sintetizar RNA e DNA ou NADPH --> síntese de lipídios --> via das pentoses
Pós absorção dos carboidratos: Os produtos da digestão do amido são hidrolisados pelas
enzimas presentes na borda em escova do intestino. Os produtos finais da digestão de
carboidratos são a glicose, a frutose e a galactose. Esses produtos passam para a célula da
mucosa intestinal, para os capilares sanguíneos e então para a veia porta, onde são
metabolizados.Após a absorção, a frutose e a galactose são transformadas no fígado em
glicose. A glicose que vai ser distribuída pela circulação vai ser utilizada por todos os tecidos
corporais.
*O que não for glicose será transformado em glicose, ou seja, só temos a glicose circulante.
FÍGADO
Responsável por processar e distribuir os nutrientes, pois a drenagem venosa intestinal e
pancreática passa pelo sistema venoso porta-hepático antes de entrar na circulação
sistêmica.
*Após uma refeição, o fígado é banhado pelo sangue que contém todos os nutrientes
absorvidos e elevados níveis de insulina, secretada pelo pâncreas. O fígado capta
carboidratos, lipídeos e alguns aminoácidos e aí então eles serão metabolizados,
armazenados ou encaminhados para outros tecidos.

PÂNCREAS
Estimula a produção da insulina, que ajuda a controlar a concentração de glicose no plasma
sanguíneo, uma vez que ele estimula a captação de glicose por diferentes tecidos.
*O pâncreas estimula as enzimas digestivas: amilase pancreática,lipase pancreática,
elastase, tripsina, tripsinogênio.
INSULINA
-É um hormônio peptídico produzido pelas células beta das ilhotas de Langerhans.
-Seus efeitos metabólicos são anabólicos, favorecendo a síntese de glicogênio, de
triacilgliceróis e de proteínas.
-Hormônio transportador da molécula de glicose.
-Participa da formação de ATP na glicose.
*Outros hormônios que estimulam a produção de insulina pelo pâncreas:
GLP,CCK,secretina.
*A insulina é essencial porque nossas células não conseguem utilizar a glicose de forma
direta. É necessário que a insulina se conecte às células e transmita a informação para que
uma série de reações dentro da célula permitam a entrada da glicose.

TECIDO MUSCULAR
-Pode utilizar glicose, aminoácidos, ácidos graxos e corpos cetônicos como combustível.
-O músculo capta glicose via GLUT-4 (para energia e síntese de glicogênio) e aminoácidos
(para energia e síntese de proteínas).

OBS: O GLUT4 É UM COFATOR NECESSÁRIO PARA QUE A INSULINA CONSIGA TRANSPORTAR


A GLICOSE.
Integração metabólica: É tudo o que acontece com o nutriente desde o consumo até a
utilização, ou seja, a função dos órgãos com os macronutrientes.
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS
-Os macronutrientes vão sinalizar para a insulina, ou seja, a insulina vai estimular a síntese
proteica em todos os tecidos e inibir a degradação (no fígado).
-Os aminoácidos vão ser convertidos no fígado.
-Os carboidratos e os lipídios são considerados poupadores de aminoácidos.
-O tecido muscular é o principal local para degradação de aminoácidos de cadeia ramificada

RINS
-O fígado vai converter a amônia (produto do metabolismo dos aminoácidos) em ureia que
vai ser excretada pelos rins.

METABOLISMO DOS LIPÍDIOS


-Ocorre a lipogênese, pois tem um excesso de glicose,ATP, acetil CoA e NADH.
Digestão: Começa no estômago e é completada no intestino delgado. Os lipídeos são
catalisados pela lipase lingual (origina de glândulas na parte de trás da língua) e pela lipase
gástrica (secretada pela mucosa gástrica).

TRANSPORTE
Os triglicerídeos vão entrar nos enterócitos. Os de cadeia média entram nos enterócitos e já
caem na circulação portal (circulação sanguínea do fígado), eles não precisam de
transportador, nem quilomícrons, nem da bile. Os triglicerídeos de cadeia longa vão entrar
nos enterócitos (para entrar vão precisar da bile e quilomícrons) e vão cair na circulação
linfática para depois chegar ao fígado.
LDL: leva o colesterol
HDL: Retira o excesso de colesterol

*LDL pega o colesterol e triglicerídeos do fígado e leva para os tecidos, deixando placas de
ateroma no caminho.
*HDL faz o transporte reverso. Recolhe as placas deixadas pelo LDL, levando para o fígado
para ser metabolizado.

OXIDAÇÃO DOS LIPÍDIOS DIETÉTICOS


-Após os transportes dos lipídeos pelo LDL, o ATP será gerado nos adipócitos, fígado e
glândulas mamárias.

FÍGADO
Tem um importante papel no metabolismo, pois é responsável não só pela síntese de
triacilgliceróis, como também de diferentes ácidos graxos, fosfolipídios e colesterol. É o
principal responsável pela utilização de ácidos graxos para obtenção de energia quando a
disponibilidade de glicose é baixa.

TECIDO ADIPOSO
A maior parte dos ácidos graxos incorporados aos estoques de TAG dos adipócitos, após o
consumo de uma refeição contendo lipídeos, é fornecida pela degradação dos TAG
exógenos (da dieta) dos quilomícrons, enviados pelo intestino, e dos TAG endógenos das
VLDL, enviados pelo fígado.
>No estado alimentado, níveis elevados de glicose e de insulina favorecem o
armazenamento de triacilgliceróis com todos os carbonos sendo fornecidos pela glicose.

MÚSCULOS
Os ácidos graxos são liberados dos quilomícrons e das VLDL pela ação da LPL. Entretanto, os
ácidos graxos são combustíveis secundários para o músculo em repouso no estado
alimentado, situação em que a glicose é a principal fonte de energia.

Funções metabólicas especializadas dos tecidos


PÂNCREAS: Secreta insulina e glucagon em resposta a mudanças na concentração
sanguínea de glicose.
FÍGADO: Processa gorduras, carboidratos e proteínas da dieta. Sintetiza e distribui
lipídeos, corpos cetônicos e glicose para outros tecidos. Converte o excesso de nitrogênio
em uréia.
INTESTINO DELGADO: Absorve nutrientes da dieta, move-os para o sangue ou para o
sistema linfático.
TECIDO ADIPOSO: Sintetiza, armazena e mobiliza triacilgliceróis.
MÚSCULO ESQUELÉTICO: Usa ATP para realizar trabalho mecânico.
ENCÉFALO: Transporta íons para manter o potencial de membrana. Íntegra sinais do
corpo e do ambiente. Envia sinais para outros órgãos.

HORMÔNIOS
Insulina
-É um hormônio peptídico produzido pelas células beta das ilhotas de Langerhans.
-É o hormônio mais importante a coordenar a utilização de combustíveis pelos tecidos.
-Seus efeitos metabólicos são anabólicos, favorecendo a síntese de glicogênio, de
triacilgliceróis e de proteínas.

“Como atuam os hormônios e como outros órgãos participam dessa etapa?”


Ao nos alimentarmos, o intestino quebra os carboidratos que ingerimos em substâncias
mais simples, entre elas a glicose. Do intestino, a glicose passa para a corrente sanguínea,
que vai levá-la para todo o organismo e usá-la como fonte de energia. Quando o pâncreas
percebe que o nível de glicose no sangue aumentou, ele secreta o hormônio chamado
insulina. A insulina é essencial porque nossas células não conseguem utilizar a glicose de
forma direta. É necessário que a insulina se conecte às células e transmita a informação
para que uma série de reações dentro da célula permitam a entrada da glicose.

Glucagon
Secretado no pâncreas. É estimulado na hipoglicemia. Age nas células do fígado para
quebrar o glicogênio e ativar a gliconeogênese, a partir de Aa e lactato.

Adrenalina
Secretado nas glândulas supra renais, em resposta a algum estímulo, como o medo,
estresse, hipoglicemia, agindo no fígado e músculo ativando a glicogenólise e liberando
glicose para o metabolismo.

Hormônio tireoidiano
Pode aumentar o efeito da adrenalina, aumentando a glicose e gliconeogênese,
potencializando a ação da insulina.

NOMENCLATURAS
Gênese: formação
Lise: quebra
Neo: novo

Lipogênese: formação de lipídios


Glicogenólise: quebra do glicogênio em glicose
Glicólise: quebra da glicose para formar ATP
Gliconeogênese: formação de uma nova glicose por compostos não glicídicos.
Glicogênese: formação de glicogênio, a partir de moléculas de glicose
Lipólise: quebra de lipídios

Referências:
Ferrier, Denise R. Bioquímica ilustrada. (Ilustrada).

WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 5ª ed. São Paulo:
Atheneu, 2017

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