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A oxidação dos ácidos graxos de cadeia longa a acetil-CoA é a principal via de produção de energia
em muitos organismos e tecidos. No coração e fígado de mamíferos, por exemplo, proporciona em
torno de 80% das necessidades energéticas sob quaisquer circunstâncias fisiológicas. Os elétrons
removidos durante a oxidação dos ácidos graxos passam através da cadeia respiratória, levando à
síntese de ATP; o acetil-CoA produzido a partir dos ácidos graxos pode ser completamente oxidado a
CO2 no ciclo do ácido cítrico, resultando numa posterior conservação de energia. Em algumas
espécies e em alguns tecidos, os acetil-CoA têm destinos alternativos. No fígado, o acetil-CoA pode
ser convertido a corpos cetônicos – um combustível hidrossolúvel exportado para o cérebro e outros
tecidos quando a glicose não está disponível. Em plantas superiores, o acetil-CoA serve
primariamente como um precursor biossintético, e secundariamente como combustível. Embora o
papel biológico da oxidação dos ácidos graxos difere de organismo a organismo, o mecanismo é
essencialmente o mesmo. O processo repetitivo de quatro etapas, conhecido como β-oxidação,
através do qual os ácidos graxos são convertidos a acetil-CoA será aqui discutido.