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CATABOLISMO DE LIPÍDIOS

Degradação de lipídeos > sempre há produção/fornecimento de energia


Fontes de lipídios:
 Gorduras da dieta.
 Gorduras armazenadas no tecido adiposo – armazenados na forma de pequenas e várias gotículas.
Quando não estamos utilizando essa gordura, o organismo vai armazenar como fonte de energia para
quando precisamos.
 Gorduras sintetizadas em um órgão para exportação a outro.

Digestão de lipídios:
Boca  processo mastigatório  estômago 
intestino delgado  formação da bile (auxilia os sais
biliares na emulsificação dessas gorduras)  digestão
no intestino delgado).
 A digestão dos lipídios inicia-se no estômago,
para os recém nascidos.
 A digestão lipídica no adulto é no duodeno.
 O calor do estômago auxilia na liquefação dos
lipídios, ou seja, deixa os lipídios líquidos.
 A vesícula biliar armazena a bile > secreta os
sais biliares > emulsificação dos lipídios da dieta
pelos sais biliares.

O lipídio é totalmente apolar, e os sais biliares


são polares. Quando encontra um lipídio
anfipático, os sais biliares se ligam a ele, a parte
polar com a parte polar. A parte apolar fica na
parte externa.

Digestão no intestino:
Bile > é constituída por ácidos taurocólicos, ácidos glicocólicos, ácidos biliares, colesterol, lectina e
pigmentos biliares, além de proteínas e íons.
Enzimas > lipase pancreática, que estão presentes no suco pancreático. Tem também as enzimas colesteril
esterase, Fosfolipase A2. As lipases em geral atuam sobre os triacilgliceróis (gorduras normais que
ingerimos).
Duodeno > é o principal local de digestão lipídica no adulto.
Degradação enzimática dos lipídios
>

Controle hormonal da digestão


de lipídios >
Quando começam a chegar os
lipídios e proteínas da dieta,
ocorre a estimulação de
hormônios (colecistoquinina e
secretina). Esses hormônios
estimulam a contração da
vesícula biliar para que ocorra a
secreção dos sais biliares e
auxiliam para que o pâncreas
secrete também as enzimas
pancreáticas.
O bicarbonato faz com que
aumente o pH, pois no
intestino, as enzimas
pancreáticas atuam no pH
7,5/8,0. E, além disso, estimula
a secreção da bile pela vesícula
biliar.
Processamento dos lipídios alimentares em vertebrados:
ApoC-II > se aglomeram para formar os quilomícrons (transportadores de lipídios).

Mobilização dos triacilgliceróis no tecido adiposo:


Níveis baixos de glicose no sangue acionam a mobilização dos triacilgliceróis por meio da ação da
Epinefrina e do glucagon sobre a adenililciclase dos adipócitos.

 Como mobilizar os ácidos graxos que estão armazenados no nosso organismo?


Sensação de fome > nosso organismo secreta hormônios de fome (glucagon no fígado e a adrenalina
nos músculos e nos tecidos) > esses hormônios se ligam no receptor de membrana nos adipócitos > vai
ativar a adenilil ciclase > vai transformar ATP em AMPc > ativa a proteína quinase > ativa a triacilglicerol
lipase > quebra o triacilglicerol liberando os ácidos graxos e glicerol > a albumina transportadora vai
transportar esses ácidos graxos até onde estiver precisando (músculos etc.) e começa a fazer a quebra
para produzir ATP.
 Os baixos níveis de glicose no sangue acionam a liberação de glucagon.
 O hormônio liga-se a seu receptor na membrana do adipócito e estimula a adenililciclase, via proteína
G, para produzir AMPc.
 Esta, ativa a PKA que fosforila a lipase hormônio sensível e as proteínas perilipinas da superfície da
gotícula.
 A fosforilação da perilipinas (faz parte da membrana do adipócito) permite o acesso da lipase hormônio
sensível a superfície da gotícula onde hidrolisa os triacilgliceróis em ácidos graxos livres.
 Os ácidos graxos livre saem do adipócito e no sangue ligam-se a soroalbumina para serem
transportados até os tecidos alvos.
Estrutura molecular de lipoproteínas:

LDL > Mais lipídios/colesterol. O excesso dele se deposita na corrente sanguínea. E obstrui o caminho,
formando placas de aterosclerose. Podendo causar derrame, AVC.
HDL > Mais proteínas.
Entrada do glicerol na via glicolítica:
O glicerol é transformado pela glicerol quinase em glicerol-3-fosfato e dihidroxiacetona fosfato que são
intermediários da via glicolítica, e então eles entram na via glicolítica, para formar ATP.
Os ácidos graxos são metabolizados na matriz mitocondrial.
Ácido graxo:
o Menos de 12 carbonos > entra direto.
o Mais de 14 carbonos > precisa de um transportador obrigatoriamente > lançadeira de carnitina.

Entrada dos ácidos graxos no interior da mitocôndria por meio do transportador de acil-carnitina/carnitina:

Estágios da oxidação dos ácidos graxos:


A oxidação dos ácidos graxos fornece 80% das
necessidades energéticas no coração e no fígado dos
mamíferos.

Beta oxidação > quebra no carbono beta.

Catabolismo do ácido graxo:

Etapa 1: Um ácido graxo de cadeia longa é oxidado para produzir resíduos de acetil na forma de acetil-CoA.
Esse processo é chamado de b-oxidação.
Etapa 2: Os grupos acetil são oxidados a CO2 no ciclo do ácido cítrico.
Etapa 3: Os elétrons derivados das oxidações das etapas 1 e 2 passam ao O2 por meio da cadeia
respiratória mitocondrial, fornecendo a energia para a síntese de ATP por fosforilação oxidativa.
Via da Beta-oxidação:

a) Em cada um dos passos desta sequência,


um resíduo acetila (vermelho) é removido
na forma de acetil-CoA da extremidade
carboxílica da molécula do ácido graxo.
Sempre vai liberar 2 carbonos na forma de
Acetil-CoA.

b) Os seis passos seguintes do palmitato


liberam mais sete moléculas de acetil-CoA,
sendo a sétima originária dos últimos dois
átomos da cadeia de 16C do palmitato. Ao
todo são formadas 8 moléculas de acetil-
CoA.
Oxidação de uma acil-graxo monoinsaturado:
 A oxidação de um ácido graxo monoinsaturado exige uma enzima adicional, a enoil-CoA isomerase,
essa enzima reposiciona a dupla ligação, convertendo o isômero cis em trans, um intermediário normal
da Beta-oxidação.
Oxidação de um ácido graxo poli-insaturado:
 A oxidação do ácido linoléico além da enoil-CoA isomerase, essa requer uma segunda enzima auxiliar, a
2,4-dienoil-CoA redutase dependente de NADPH. A sua ação combinada dessas duas enzimas converte
a trans-delta ao quadrado, cis-delta na quarta-dienoil CoA intermediária no substrato trans delta ao
quadrado-enoil- CoA necessário para a Beta-oxidação.
Oxidação do Propionil-CoA produzido pela Beta-oxidação de ácidos graxos com número ímpar de átomos
de carbono:
 A sequência envolve carboxilação do Propionil-CoA e formação do D-metilmalonil-CoA e a conversão
deste último em succinil-CoA.
 Essa conversão requer a epimerização da forma D para a forma L-metilmalonil-CoA seguida de uma
reação, onde os substituintes nos átomos de carbono adjacentes trocam de posição entre si.
Regulação coordenada da síntese e degradação dos ácidos graxos:

A síntese e a degradação não ocorrem ao mesmo tempo.


Corpos cetônicos:
Substâncias solúveis que não precisam de transportador. Durante a oxidação dos ácidos graxos no fígado
dos seres humanos e da maioria dos outros mamíferos, o acetil-CoA formado pode entrar no ciclo do ácido
cítrico ou pode ser convertido em corpos cetônicos. Formação dos corpos cetônicos a partir de Acetil-CoA.
Beta-hidroxibutirato como combustível:
O Beta-D-hidroxibutirato sintetizado no fígado
passa para a corrente sanguínea e chega aos
tecidos. Nesse local em um processo de três
passos, é convertido novamente em acetil-CoA.
Corpos cetônicos: nosso organismo não
aproveita a acetona.

Síntese dos corpos cetônicos e sua exportação


pelo fígado:
Quando estamos em jejum > começa a cair a
taxa de glicose > e o nosso organismo começa a
sintetizar glicose via gliconeogênese, isso
ocorre no fígado.
Nosso organismo faz de tudo para manter a
glicemia no valor normal.
Diabéticos não tratados > hálito com odor de
álcool.
Cetoses  quantidade elevada de corpos cetônicos (nível tolerante).
Cetoacidose  excesso de corpos cetônicos, diminui pH (perigoso para paciente e pode ser fatal).
Cetonuria  excesso de corpos cetônicos na urina.

ESTUDO DIRIGIDO:
1) Quais são os locais de digestão de lipídeos no nosso organismo? Cite todas as enzimas e hormônios
envolvidos na digestão de lipídeos. Como acontece a absorção desses lipídeos?

2) Qual a importância do catabolismo dos ácidos graxos? Em que situação fisiológica acontece essa via no
nosso organismo? Em que compartimento celular acontece a via.
3) Descreva como ocorre a entrada/transporte de um ácido graxo de 8C (ácido octanóico, encontrado no
leite materno) e 14C (ácido mirístico, encontrado no óleo de palma e manteiga) para o interior da
mitocôndria.
4) Descreva todos os passos da Beta-oxidação de um ácido graxo (Palmitato) de 14 carbonos. Considere
todos os NADH, FADH2 e ATP que são gerados nessa via.
5) Descreva em que situação metabólica acontece a produção de corpos cetônicos? Esses corpos cetônicos
servem como combustíveis para o nosso organismo?
6) Onde e como ocorre a síntese e aproveitamento desses corpos cetônicos. Precisa de um transportador
específico para chegar até tecido periférico?

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