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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZONIA - UFRA

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL E DE RECURSOS HIDRICOS - ISARH


DISCIPLINA: BIOQUÍMICA

Profa. Dra. Joanne Moraes de Melo Souza


Profa. Dra. Marília Danyelle Nunes Rodrigues
INTRODUÇÃO

Proteínas são polímeros de aminoácidos, presentes em todas as


células vivas; portanto, são essenciais à vida de todo animal.

Possui inúmeras funções e tipos nas células;

FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS:


§Estrutural: (construção dos tecidos novos e renovação)
§Fonte de energia: (quando em excesso, ou quando faltam os
carboidratos e gordura)
§Secreções Glandulares: (hormônios e enzimas)
§Mecanismo de defesa: (anticorpos imunoglobulinas)
§Balanço de fluidos: (manutenção do equilíbrio ácido-base-
poder tamponante)
INTRODUÇÃO

Proteínas (dieta ou de tecidos) são fonte de aminoácidos;

A obtenção de energia metabólica a partir de aminoácidos varia


de acordo com o organismo e as condições metabólicas deste.
Plantas raramente ou nunca oxidam aminoácidos para produzir energia,
mas podem usar como PRECURSOR BIOSSINTÉTICO de outros
compostos
PROTEÍNAS DEGRADADAS EM PLANTAS

ØNo Vacúolo

ØNa Germinação

ØU s a m c o m o P r e c u r s o r e s d e A m i n o á c i d o s e
compostos nitrogenados como: Fenialanina, tirosina:
lignina, alcaloides
Triptofano: hormônio como auxina
PROTEÍNAS DEGRADADAS EM
ANIMAIS

JÁ EM ANIMAIS PODE OCORRER EM


TRÊS SITUAÇÕES:

NA RENOVAÇÃO PROTEÍCA: Durante a síntese e


degradação normal de suas proteínas;

EM DIETAS RICAS EM PROTEÍNAS: excedendo as necessidades do


organismo, já que aa não podem ser armazenados;

DURANTE O JEJUM OU NO DIABETE MELITO NÃO CONTROLADO: pois os


carboidratos não estão disponíveis ou não são adequadamente utilizados;

OBS.: Carnívoros podem obter 90% de suas necessidades energéticas da oxidação de aminoácidos,
enquanto herbívoros obtêm somente uma pequena fração;
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS DA DIETA

As proteínas da dieta são degradadas até aminoácidos por enzimas


proteases durante a digestão no estômago (pepsina) e no intestino
delgado (tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidases).

Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/6388350/
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS DOS TECIDOS
Uma proteína endógena pode ter meia-vida de 30 seg até muitos
dias;
Proteínas dos tecidos são degradadas até aminoácidos por
SISTEMAS PROTEOLÍTICOS ESPECIALIZADOS.

TIPOS

SISTEMAS CITOSÓLICOS: LISOSSOMOS:


§dependentes de ATP proteínas de membranas,
§ proteínas defeituosas e de extracelulares e de meia-
vida curta; vida longa;
Proteassomo 26S:
§ complexo de proteínas capaz de degradar praticamente qualquer
proteína em oligopeptídios de 7-9 AA com consumo de ATP.
§Este complexo reconhece especificamente proteínas ubiquitinadas
(76aa). 1. Proteína é marcada por
uma ligação com
ubiquitinas (E1, E2 e E3) no
resíduo Lys

2. Proteínas
ubiquitinadas são
direcionadas para o
proteassomo 26S
3. No complexo
proteassomo 26S a
molécula protéica é
desnaturada e quebrada
em peptídeos (7 a 9 AA)
PLANTAS E
ANIMAIS

ANIMAIS

GRUPO AMINO (NH4+): parte E S Q U E L E T O S


da amônia gerada é reciclada CARBONADOS (α-
na síntese de novos CETOÁCIDOS): sofrem
aminoácidos ou produtos gliconeogênese (glicose) ou
nitrogenados; O excesso de oxidação completa a CO 2 ,
amônia é excretado EM H2O e ATP (energia);
ANIMAIS;
v A maior parte dos L-aminoácidos é metabolizada no fígado em
animais;
v A remoção dos grupos α-amino são realizadas por enzimas
aminotransferases ou transaminases que fazem a transferência
para o α-cetoglutarato liberando o α-cetoácido correspondente;

v A transaminação é a coleta de grupos


amino a partir de diferentes
aminoácidos, na forma de L-glutamato
que se torna doador de grupos
aminos para vias biossintéticas ou
vias de excreção;

OBS.: Cetoácidos são ácidos orgânicos que contêm


um grupo funcional carbonila e um grupo ácido
carboxílico. Fonte: http://alemdasapostilas.blogspot.com/2017/11/degradacao-de-aminoacidos.html
O excesso de amônia gerado em outros tecidos é enviado ao fígado para ser excretado
na forma de glutamina ou alanina que é menos tóxica;

Aminoácidos de
Proteínas FÍGADO
Aminoácidos celulares
de Proteínas
ingeridas

Catabolis
mo do
grupo
amino

Glutamina
Alanina transporta a
transporta a amônia livre na
amônia livre na corrente
corrente sanguínea dos
sanguínea dos Excreção na mitocôndria hepática tecidos para o
músculos para o ou rins na forma de amônia, ureia fígado ou rins.
fígado . ou ácido úrico
Fonte: https://ib.rc.unesp.br/Home/Departamentos47/BioquimicaeMicrobiologia/catabolismo.pdf
As plantas reciclam todo NH4+ do grupo amino
A amônia (NH4+) gerada no catabolismo é muito tóxica para os animais e
deve ser excretado diretamente ou convertido em ureia (ciclo da ureia)
ou ácido úrico dependendo do organismo.
CICLO DA URÉIA OU CICLO DA ORNITINA
Ocorre nos animais terrestres transformando a AMÔNIA (NH4 + )
gerada pela degradação dos aminoácidos em UREIA que é excretada
na urina(circulação-rins) ;

O ciclo ocorre parte nas mitocôndrias e parte no citoplasma das células


do fígado e rins.
CICLO DA URÉIA OU CICLO DA ORNITINA

Fonte: https://ib.rc.unesp.br/Home/Departamentos47/BioquimicaeMicrobiologia/catabolismo.pdf
CICLO DA URÉIA OU CICLO DA ORNITINA

NH 4 + é ligado ao CO 2 (HCO 3 - ) produzido na respiração formando


carbamoil-fosfato na matriz mitocondrial hepática (gasto de ATP)
catalisada pela enzima carbamoil-fosfato-sintetase I;
CICLO DA URÉIA OU CICLO DA ORNITINA
MATRIZ
MITOCONTRIDAL
1º etapa

1° REAÇÃO:
Carbamoil-fosfato entra no ciclo da uréia doando seu grupo
carbamoil para a ornitina produzindo citrulina com liberação de
Pi catalisada pela enzima ornitina-transcarbamoilase.
CICLO DA URÉIA OU CICLO DA ORNITINA CITOPLASMA

2° REAÇÃO:
Segundo grupo amino fornecido pelo aspartato é incorporado a
citrulina por meio de condensação formando arginino-succinato
catalisada pela enzima arginino-succinato-sintetase com gasto de
ATP;
CITOPLASMA
CICLO DA URÉIA OU CICLO DA ORNITINA

3° REAÇÃO:
Arginino-succinato é clivado em arginina e fumarato pela arginino-
sucinase:
CICLO DA URÉIA OU CICLO DA ORNITINA CITOPLASMA
2º etapa

4° REAÇÃO:
Fumarato vai para mitocôndria para o CICLO DE KREBS;
Hidrólise da arginina pela arginase produz uréia e ornitina
(vai para a mitocôndria onde pode recomeçar o ciclo).
CICLO DA URÉIA OU CICLO DA ORNITINA
§Como o FUMARATO é produzido no ciclo da ureia e esse é um intermediários do
C i c l o de Kre bs , e ntão o s c i c l o s e stão i nte rco n e c ta d o s , p o ré m o p e ra m
independentemente;

Fonte: https://docplayer.com.br/68853841-Metabolismo-dos-aminoacidos-prof-henning-ulrich.html
CUSTO ENERGÉTICO DO CICLO DA URÉIA

§O ciclo da uréia tem um elevado custo energético,


equivalente à hidrólise de 4 ATP;

§Este custo pode ser reduzido na cadeia transportadora de


elétrons, uma vez que um NADH é produzido na oxidação do
fumarato a oxaloacetato, e na CTE pode produzir 2,5ATP.
CATABOLISMO DE GRUPOS CARBONADOS
v OS ESQUELETOS CARBONADOS são oxidados completamente a CO2 ,
H2O e ATP, ou fornecem C para síntese de glicose (na gliconeogênese) ou
para cetogênese (corpos cetônicos);

GRUPO
AMINA ESQUELETO
CARBONADO
CATABOLISMO DE GRUPOS CARBONADOS

Esqueletos carbonados entram no ciclo do ácido cítrico por meio


de cinco intermediários:
§acetil-CoA
§ α-cetoglutarato
§ succinil-CoA
§ fumarato
§ oxaloacetato
Alguns são convertidos em piruvato e deste em acetil-CoA ou
em oxaloacetato;
CATABOLISMO DE GRUPOS CARBONADOS

Fonte Nelson & Cox, 2011.


AMINOÁCIDOS PODEM GERAR CORPOS
CETÔNICOS

Os sete aminoácidos que são inteiramente ou em parte degradados em


acetoacetil- CoA e/ ou acetil-CoA (fenilalanina, tirosina, isoleucina,
leucina, triptofano, treonina e lisina) podem gerar corpos cetônicos no
fígado;

Acetoacetil- CoA acetoacecetato acetona e β-hidroxibutirato

A cetose é uma doença que, em bovinos, surge 3 a 6 semanas após o


parto, antes e durante o pico de lactação. É uma doença que acomete
os ruminantes em consequência do desequilíbrio energético.
A taxa de mortalidade é baixa, mas como a cetose leva a perda
acentuada na produção de leite e no peso corpóreo, isto resulta num
grande prejuízo econômico para o produtor de leite.
Obrigada pela
atenção!!

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