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Nutrição Humana

Lipídios parte II – Profª. Drª. Kátia


Callou
Ação da lipase lingual
Clivagem dos ácidos graxos na posição sn- Lipase Gástrica – Hidrólise de
3 parte dos TCM e curta
Preferencial – ácidos graxos de cadeia
mais curta Produtos – AG + diacilglicerol

Funcionamento ótimo da enzima – Movimentos de propulsão e


dispersão mecânica pela mastigação retropropulsão
Garantir a ação enzimática
posterior
Duodeno
70% TAG – precisa de sais biliares e
lipase pancreática
CCK – estimula a secreção biliar e pancreática
Sais biliares + fosfolipídios +esteróis
– importantes para formação de
micelas Enterogastrona – inibe a secreção e motilidade
gástrica

Lipase pancreática - hidrólise das ligações éster nas


posições sn-1 e sn-3

Produtos finais – AGL + MAG (incorporados nas


Micelas
Formação de Micelas

2-monoacilglicerois
esterois
fosfolipídios Sais biliares Micelas
Ácidos graxos

Principal veículo para transportar os


lipídios do lúmen para a superfície
da mucosa do enterócito - absorção
Processo de
digestão e
absorção dos TAG
e formação dos Circulação sistêmica

quilomícrons

TAG + ésteres de colesterol + fosfolipídios

+ vitaminas lipossolúveis + apoproteínas


Digestão e absorção dos esterois

Colesterol

Alimentação + bile
Colesterol alimentar é 65% esterificado – precisa ser hidrolisado a esteróis
livres pela enzima pancreática colesterol esterase
Colesterol biliar existe na forma livre – melhor eficiência de absorção

Nas membranas e na superfície das lipoproteínas – Colesterol encontra-se na


forma livre;

No plasma, o colesterol encontra-se esterificado (ação da enzima Lecitina


colesterol esterase – LCAT)
exocitose

Apo A e Apo B48 APO CII, APO CIII


APO E
Circulação sistêmica HDL QM
Formação de lipoproteínas e transporte de lipídios no sangue

❑ complexos solúveis de proteínas e


lipídios que transportam lipídios na
circulação

❑ Formadas no intestino, fígado

❑ são catabolizadas nos rins, no fígado


e em tecidos periféricos por meio de
endocitose mediada por receptor e
por outros mecanismos
Quilomicrons

VLDL
IDL
LDL HDL
Composição das Lipoproteínas plasmáticas

QM VLDL LDL HDL


Tamanho 1 µm (0,8 a 3 µm) 0,3 a 0,7 µm < 0,3 µm 0,1 a 0,02 µm
Triglicerídio 84% 50 a 60% 10% 4%
Fosfolipídio 9% 18% 20% 24%
colesterol 4% 20% 45% 17%
1% esterificado 10% esterificado 8% esterificado 2% esterificado
proteína 2% 10% 23% 55%
apolipoproteínas B48, CII, E, A B100, CII, E B100, E AI, AIV, C, E

Legenda: QM: quilomícrons; VLDL: lipoprotepina de muito baixa densidade; LDL: lipoproteína de baixa densidade; HDL: lipoproteína de alta
densidade
ESTÍMULO PELA APO CII
Endotélio dos capilares sanguíneos
do tecido adiposo e tecido muscular

REESTERIFICAÇÃO -TAG

LIPÓLISE
+ ALBUMINA

IDL

PONTE PARA LIGAÇÃO AOS RECEPTORES


Transporte de lipídios
no organismo

VLDL- produzida no fígado a partir dos


lipídios endógenos e exógenos

Incorporação do colesterol endógeno e


dos quilomícrons remanescentes e dos
TAG hepáticos

Rossi, 2020
Transporte endógeno dos lipídios

Lecitina colesterol
acil transferase
Ilustração dos receptores da Lipoproteína de baixa densidade (LDL) no tecido e da Apo
B100 da LDL
Fatores que alteram a atividade da Apo B100

❑ A atividade do receptor que reconhece a Apo B100 é regulada por diversos


fatores:

❑ Quantidade de colesterol
❑ Tipo de ácido graxo presente na dieta
❑ AGS – diminui a atividade do LDL-R
❑ AG trans – redução da expressão gênica dos receptores B e E
❑ MUFA (18:1) – aumenta a atividade do LDL-R
❑ Avanço da idade para homens e mulheres
❑ Fase da menopausa para as mulheres
❑ Características genéticas como ocorre na doença de hipercolesterolemia familiar
❑ Não possuem o receptor de membrana que reconhece a Apo B100
Metabolismo de lipídios

Lipólise

oxidação
Lipólise

Processo em que os triacilgliceróis são dissociados em ácidos graxos e glicerol

Ocorre em situações de alta demanda energética


3 fenômenos de estresse: exercício, dieta restritiva, jejum
Jejum: cortisol, catecolaminas
hormônio predominante: glucagon

Local: músculo, fígado e tecido adiposo


Quando necessidade de energia
Onde: 1- Hidrólise – citoplasma; 2- b-oxidação- mitocôndrias
1- Hidrólise

Figura 1. Esquema resumido da participação das enzimas LHS (enzima lipase hormônio
sensível) e ATGL (enzima lipase de triacilgliceróis do adipócito) no processo de lipólise.
AGNE: ácido graxo não esterificado; ATGL: lipase de triacilgliceróis do adipócito; DAG: diacilglicerol; LHS: lipase
hormônio sensível; MAG: monoacilglicerol; MGL: monoacilglicerol lipase; TAG: triacilglicerol.
Síntese de TAG
ou ser convertido em di-hidroxiacetona
(intermediário da glicólise) pela enzima
glicerol-fosfato-desidrogenase, que
participa da glicólise e da
gliconeogênese

GL Fígado
Glicerol AGL
Enzimas AGL albumina
Lipólise AGL

Músculo, coração e
fígado
Oxidados p energia
Oxidação dos ácidos graxos

1.Ativação do ácido graxo, formando o acil-coA (citoplasma)

2.Passagem do ácido graxo ativado pela membrana interna da mitocôndria por


meio de carregador específico: carnitina

3.Oxidação do acil-coA até acetil co-A na matriz mitocondrial


Cetogênese – formação de corpos cetônicos
onde: mitocôndrias dos hepatócitos

Chemin & Mura, 2016


Interação do metabolismo lipídico
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
V Diretriz Brasileira de dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose. Xavier, H.T. et al. Arquivos Brasileiros de cardiologia,
2017.

IZAR, M.C.o.; et al. Posicionamento sobre o consumo de gordura e saúde cardiovascular. Arquivos Brasileiros de
Cardiologia, n.116, vol.1, 2021.

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