Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CASO 35
Resumo: Menino de 9 anos com dor abdominal aguda consistente com pancreatite,
hepatoesplenomegalia, xantomas eruptivos e história familiar de hipertrigliceridemia e doença
cardíaca.
CORRELAÇÃO CLÍNICA
A LPL é uma enzima encontrada na superfície endotelial capilar do tecido adiposo, coração e
músculo esquelético e é necessária, junto com a apoC-II, para a hidrólise de triglicerídeos.
ApoC-II, encontrada na superfície dos quilomícrons e VLDL, serve como ativador da LPL. Uma
deficiência em LPL resulta em níveis elevados de triglicerídeos (VLDL e quilomícrons). O nível
de colesterol pode estar normal ou ligeiramente elevado.
A deficiência de LPL é herdada em um padrão autossômico recessivo. Pacientes com
deficiência de LPL frequentemente apresentam episódios recorrentes de pancreatite na
infância e podem apresentar outros sinais clínicos de hipertrigliceridemia, incluindo xantomas,
hepatoesplenomegalia e lipemia retinal. A redução da atividade sérica da LPL, após uma
injeção de heparina intravenosa, confirma o diagnóstico de LPL ou deficiência de apoC-II. A
intervenção terapêutica inicial consiste principalmente na modificação da dieta (redução da
ingestão de gordura).
ABORDAGEM PARA:
Transporte lipídico
OBJETIVOS
DEFINIÇÕES
DISCUSSÃO
Os triglicerídeos (TGs) são transportados com segurança na corrente sanguínea
embalados em lipoproteínas chamadas quilomícrons ou VLDLs. Os quilomícrons
são formados nas células epiteliais do intestino e são responsáveis pelo transporte
dos lipídios da dieta. O VLDL é sintetizado no fígado e transporta lipídios sintetizados
endogenamente do fígado para os tecidos periféricos. Ambas as lipoproteínas são
compostas por um núcleo composto principalmente de TGs envoltos por uma
monocamada composta de fosfolipídios, colesterol livre e apolipoproteínas.
Os triglicerídeos dietéticos são hidrolisados pela lipase pancreática no lúmen do
intestino delgado. A colipase, proteína secretada junto com a lipase pancreática,
liga-se ao TG e à lipase pancreática e melhora o processo hidrolítico. O TG é
decomposto em ácidos graxos livres e 2-monoacilgliceróis, que formam micelas
junto com sais biliares e outros compostos lipossolúveis, como colesterol e vitaminas lipossolúveis.
Os ácidos graxos livres e monoglicerídeos são absorvidos pelas microvilosidades
das células epiteliais intestinais. Na célula epitelial, os ácidos graxos e
monoglicerídeos são reformados em triglicerídeos, que são empacotados com
fosfolipídios, colesterol e apolipoproteína B-48 em quilomícrons.
Os quilomícrons recém-sintetizados são secretados na linfa e entram na corrente
sanguínea através do ducto torácico. Na corrente sanguínea, as partículas de
quilomícrons obtêm proteínas de lipoproteínas de alta densidade (HDLs), incluindo
apoC II e apoE, que são importantes para a função dos quilomícrons (Figura 35-1).
Nos leitos capilares do tecido adiposo, do tecido muscular (especialmente do
músculo cardíaco) e das glândulas mamárias lactantes, a apoC II liga-se e activa a
LPL, que se liga à superfície endotelial dos capilares pelo sulfato de heparano. A
LPL hidrolisa o TG no núcleo do quilomícron em ácidos graxos livres e glicerol. Os
ácidos graxos são absorvidos pelas células adiposas ou musculares; o glicerol é
reciclado de volta ao fígado. No músculo, os ácidos graxos são oxidados para
produzir ATP e no tecido adiposo são reformados em TG para armazenamento. O
remanescente de quilomícrons com depleção de TG permanece na corrente
sanguínea até se ligar ao receptor remanescente de quilomícrons localizado nos
hepatócitos, um processo mediado pela apoE. Os remanescentes são levados para
os hepatócitos por endocitose e degradados no lisossomo em ácidos graxos, aminoácidos, colestero
Machine Translated by Google
AGL c
Sangue
Intestinal TG+c
ApoB48 PT
mucosa
célula
Linfa ApoB48
Quilomícrons
TG>c Sulfato de heparano
Lipoproteína
HDL lipase
Capilar
ApoE parede
ESSE ApoC
ApoB48
ApoA
TG>c ApoC
ApoE FFA
Lisossoma
Remanescente
Quilomícrons
remanescente
Apoproteínas (Apo)
receptores
Colesterol (c)
Fosfolipídeo (PL)
Célula hepática
Éster de colesterol (CE)
Triacilglicerol (TG)
Ácido graxo livre (FFA)
Figura 35-1. Formação e metabolismo de quilomícrons. (As abreviaturas utilizadas estão definidas na caixa anexa.)
VLDL
ApoB100 Lipase
TG>CE lipoproteica
Parede
capilar
HDL
Lipase
Lisossoma hepática IDL
ApoE
ESSE
Síntese
ApoC ApoA
ApoB100
CE>TG
LDL
Receptores de LDL
Lisossoma
Células periféricas
Figura 35-2. Formação de lipoproteína de densidade muito baixa e metabolismo em lipoproteína de baixa densidade.
(As abreviações são usadas na Figura 35-1.)
PERGUNTAS DE COMPREENSÃO
35.1 Um adolescente apresenta dor epigástrica moderada a intensa. O exame físico revela
extensos xantomas eruptivos e hepatoesplenomegalia.
Uma amostra de sangue revela plasma leitoso. Qual das alternativas a seguir é a
lipoproteína com maior probabilidade de estar elevada no plasma deste paciente?
A. Quilomícrons
B. Remanescentes de quilomícrons
C.HDL
D.IDL
E. LDL
35.2 Os resultados laboratoriais de um paciente com diabetes mellitus tipo 1 não controlado
revelam hiperglicemia (634 mg/dL) e hipertrigliceridemia (498 mg/dL).
A causa mais provável da hipertrigliceridemia neste paciente é qual das seguintes
opções?
A. Deficiência de apoproteína C-II
B. Aumento da síntese hepática de triglicerídeos
C. Diminuição da atividade da lipase lipoproteica
D. Deficiência em receptores de LDL
E. Ausência de lipase sensível a hormônios
Machine Translated by Google
35.3 Uma mulher de 25 anos foi encaminhada a um centro de pesquisa lipídica para
investigação de hipertrigliceridemia moderada porque os perfis lipídicos e
lipoproteicos plasmáticos apresentavam anormalidades. Tanto o HDL quanto
o LDL foram mais flutuantes e mostraram elevações no conteúdo de TG com
a massa de TG aproximadamente igual à do colesterol. Uma deficiência em
qual dos itens a seguir é a causa mais provável da anormalidade lipídica deste paciente?
A. Lecitina-colesterol aciltransferase
B. Lipoproteína lipase
C. Apoproteína C-II
D. Lipase hepática
E. Apoproteína B-100
RESPOSTAS
35,3 D. Lipase hepática. As flutuações anormais das frações LDL e HDL devido ao
seu conteúdo aumentado de TG indicam que o IDL não está sendo processado
em LDL e o HDL não está sendo remodelado. Ambos os processos são
realizados pela lipase hepática. Uma deficiência na lecitina-colesterol
aciltransferase levaria a níveis elevados de colesterol sérico, quase todos como colesterol livre.
Deficiências na lipase lipoprotéica ou apoC-II levariam à hipertrigliceridemia
como aumento de quilomícrons e/ou VLDL. Uma deficiência de apoB-100 levaria
a níveis aumentados de LDL, mas eles teriam a relação TG/colesterol normal.
Machine Translated by Google
PÉROLAS DE BIOQUÍMICA
REFERÊNCIAS
Brunzell JD, Deeb SS. Deficiência familiar de lipoproteína lipase, deficiência de apo C-II e deficiência de lipase hepática.
In: Scriver CR, Beaudet AL, Sly WS, et al, eds. As bases metabólicas e moleculares das doenças hereditárias. 8ª
edição. Nova York: McGraw Hill; 2001.
Haymore BR, Parks JR, Oliver TG, et al. Hipertrigliceridemia. Médico Hosp. 2005;41(3):17-24.