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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL.

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1. PRÓLOGO

Quando acrescentamos um composto como Trembolona, por exemplo,


em conjunto com T3 + T4 e HGH em doses razoáveis, digamos que TUDO
MUDA.

Você não é um humano normal mais, pelo menos temporariamente, a


nível bioquímico e metabólico. As regras do jogo mudam. Simples assim.

2. INTRODUÇÃO

Este eBook tem como intuito educar usuários de hormônios a lidar


melhor com colaterais provindos do uso de hormônios. A ideia é prapagar
conhecimento sobre o assunto, visando controlar danos e educar.

Não se esqueça de printar uma página do eBook e me marcar no seu


story, no Instagram após a leitura! o perfil é @brunopina.tsd.

3. TESTOSTERONA
3.1. FUNÇÕES DA TESTOSTERONA NO CORPO HUMANO

A testosterona é o hormônio sexual primário masculino e um esteroide


anabolizante, ou seja, um hormônio androgênico (potencializa característi-
cas masculinas) esteroide anabolizante.

Hormônio androgênico esteróide anabolizante. Esta é a definição mais


básica de Testosterona.

Suas funções são inúmeras no desenvolvimento de ambos os gêneros,


como desenvolvimento muscular, densidade óssea, e crescimento capilar.

Homens possuem em média, cerca de 20x mais Testosterona do que


mulheres (fato científico), seu impacto é muito maior, embora mulheres
sejam mais sensíveis a ele do que homens.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

No pico da puberdade e início da vida adulta, geralmente os níveis de


Testosterona de homens estão no seu ápice.

A “energia” é tão intensa, que em conjunto com a pouca experiência de


vida (até então), se não bem direcionada, pode resultar em todo tipo de
evento negativo, desde dirigir bêbado, traições, a crimes. A esmagadora
maioria dos presos no mundo inteiro, são homens (jovens), não é a toa.

Até então, percebemos que Testosterona é vital para o desenvolvimen-


to muscular, ósseo, e capilar de ambos homens e mulheres (característi-
cas secundárias), além das características principais masculinas, como
o desenvolvimento de órgãos genitais, mas não somente isso, tem um
profundo impacto em TODO o nosso comportamento.

Agressividade, libido, ereções adequadas (homens, e algumas mulheres


que exageram nas doses de hormônios), bem estar, humor equilibrado,
confiança, ansiedade: tudo isto é regulado pela Testosterona.

Por sinal, “regulado” é um excelente termo. É exatamente esta a função


da testosterona: regular. Testosterona é um hormônio regulador do
sistema endócrino, com impacto sistêmico (global) de enorme relevância.
Traduzindo: Testo é vida, e vamos confirmar esta frase no próximo tópico.

3.2. A ENORME IMPORTÂNCIA DO ESTROGÊNIO

Estrogênio é o hormônio sexual feminino, e também um esteroide


anabolizante, ou seja, um hormônio que possui formato esteroidal (es-
teroide), e promove anabolismo (anabolizante).

O que os distingue completamente, é o fato de Estrogênio não ser


androgênico, ou seja, não gerar características masculinas. Muito pelo
contrário: é um hormônio que promove características ginoides, ou seja,
femininas.

Este hormônio é dividido normalmente em 3 partes, e em uma 4ª parte


(E4 ou Estetrol), apenas na gravidez.

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Os outros 3 são, respectivamente, Estrona (E1), Estradiol, ou Oestradiol


(E2) e Estriol (E3). Estradiol (E2) é o composto predominantemente ativo
durante toda nossa vida (ambos os gêneros).

É cerca de 10x mais potente do que Estrona (E1), e 100x (cem vezes)
mais potente do que Estriol (E3). Daqui em diante, não se preocupe se ler
“Estradiol” ou E2 no lugar de Estrogênio. Estradiol é tão mais potente, que
geralmente utilizamos (homens) apenas ele como referência em exames.
Pelo menos, é o meu caso.

Ao passo que Testosterona é sintetizada através do Colesterol,


TODAS as formas de Estrogênio são sintetizadas através de hormônios
andrógenos, especificamente TESTOSTERONA (é vida) e Androstenediona,
INCLUSIVE em mulheres.

Colesterol -> Testosterona -> Estrogênio.

Não nos enganemos, porém, pelo fato de Estrogênio ser oriunda da


Testosterona e também ser um hormônio anabolizante. Estamos falando
de um hormônio completamente diferente aqui, com funções completa-
mente diferentes, mas ao mesmo tempo, “casa certinho” com Testostero-
na, ou seja, tem forte sinergia com ela.

Testosterona e Estrogênio se completam,


como Homens e Mulheres. =)

Percebemos o quão Estrogênio é importante, a começar, quando va-


mos fazer exames de sangue, com o intuito de verificarmos se está tudo
OK com nosso colesterol (perfil lipídico).

Estrogênio é extremamente positivo para o perfil lipídico, aumentando


HDL e reduzindo LDL, que respectivamente são colesterol “bom” (de alta
densidade, HDL) e “ruim” (de baixa densidade, LDL).

Tem relação com coagulação, regulação de fluidos, motilidade intesti-


nal, função pulmonar (dando suporte aos alvéolos), tem efeito neuropro-
tetor e age como regulador do reparo do DNA em si!

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Não somente isto: em estudos, conseguimos verificar claramente o


quão impactante são os níveis de Estrogênio com relação a Testosterona
e como isto afeta completamente o comportamento de ambos homens
e mulheres, para melhor ou pior (individualidade biológica tem grande
importância aqui).

Temos como ótimo exemplo tangível do impacto psicológico dos níveis


destes hormônios (Testo e E2), um estudo publicado em 2007 no Jour-
nal of Psychiatric Neuroscience and Therapeutics (DOI:10.1016/j.bio-
psych.2006.01.012).

Neste estudo, os pesquisadores analisaram ratos e possíveis des-


enceadores de compulsões em ratos, similares ao que observamos em
pessoas que sofrem de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

Um achado interessante, foi que a deficência da enzima aromatase em


alguns ratos, resultava em baixos níveis de estrogênio e isto exacerbava
drasticamente comportamentos compulsivos. Mais estrogênio, em segui-
da, reduziu dramaticamente tal comportamento.

Em outro estudo, publicado em 2012 (DOI:10.1016/j.bio-


psych.2011.11.023), observamos que a aplicação de estrogênio no hipo-
campo de ratos, aumentava a recaptação de Serotonina.

Se até aqui você já não percebeu a importância do Estrogênio, te digo:


quando a barra do agachamento está nas costas, prestes a “envergar”
com a quantidade de carga, e o joelho começa a gritar enquanto você
nem começou a agachar, te garanto que você vai perceber.

Nossas juntas/articulações possuem receptores estrogênicos. Estrogê-


nio é importantíssimo para a proteção biomecânica estrutural destas,
bem como o funcionamento e lubrificação das mesmas. Osteoartrite, por
exemplo, está associada à deficiência de Estrogênio (DOI: 10.1186/ar2791).

Podemos dizer, para fechar o tópico, que:


TESTO É VIDA, E ESTROGÊNIO TAMBÉM!

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3.3. RELAÇÃO TESTOSTERONA:ESTRADIOL (E2)

Este tópico foi amplamente abordado no eBook RELAÇÃO TESTO:E2, di-


sponível em nossa loja (www.blackbook.net.br), totalmente GRATUITA-
MENTE e de ALTA qualidade!

Lá você vai entender muito melhor este conceito e como eu iniciei esta
teoria aqui no Brasil, há diversos anos atrás, no Facebo1ok.

Sugiro fortemente a leitura de forma complementar, porém vamos falar


muito sobre este tema ao longo deste eBook.

3.4. DISLIPIDEMIA

Dislipidemia é, essencialmente, um desequilíbrio desfavorável do co-


lesterol HDL (de alta densidade) com relação ao LDL (de baixa densidade).
LDL alto e HDL alto, caracteriza dislipidemia. Um desequilíbrio no perfil
lipídico.

Isto, com o tempo, pode gerar uma série de problemas, como por ex-
emplo o acúmulo plaquetário, podendo resultar em diversos problemas
de origem cardiovascular.

4. MÃO NA MASSA

A partir deste momento do eBook, nós vamos entrar de cabeça na


parte PRÁTICA, sem muitas delongas e sem explicações detalhadas sobre
cada substância empregada e/ou suas possiveis repercussões (colaterais).

O objetivo deste eBook é fornecer as ferramenta necessárias para que


um usuário de hormônios com o mínimo de experiência e know-how,
muitas vezes em conjunto com seu médico, possa averiuar e corrigir prob-
lemas decorrentes do uso de hormônios.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Talvez você se surpeenda ao longo do caminho. Tem bastante infor-


mação de alto nível aqui. Aprecie o passeio até a toca do coelho.

4.1. AVISO INICIAL

É mister consignar que eu, o autor deste livro, Bruno G. Pina, NÃO sou
médico, NÃO substituo um médico e NÃO realizo qualquer tipo de pre-
scrição. A responsabilidade é inteiramente sua ao realizar abordagens
descritas neste eBook.

O Blackbook: Manual de Controle de Hormônios Vol.1, é um eBook com


intuito meramente educacional. Hormônios e fármacos associados a este,
podem ser danosos à sua saúde. O conhecimento obtido oriundo das
informações presentes neste e demais eBooks visam propagar conheci-
mento apenas.

Mantenha seus exames em dia, e comunique quaisquer alterações ao


seu médico. Comunique quaisquer alterações ao seu médico.

Dito isso... MÃO NA MASSA!!!

5. GINECOMASTIA

5.1. O QUE DE FATO É GINECOMASTIA?

Ginecomastia é uma condição em que há desenvolvimento exacerbado


das glãndulas mamárias em homens. Isto ocorre quando há um dese-
quilíbrio entre andrógenos e estrógenos.

Entre hormônios masculino e feminino, por assim dizer.


Muito E2, pouca Testo.

Mais informações a respeito, podem ser encontradas no artigo a seguir,


de 2008. DOI:10.1542/peds.2007-2081 (American Academy of Pediatrics).

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5.2. DESENVOLVIMENTO DA GINECOMASTIA

Uma vez instalada esta situação (relação Testo:E2 ruim, ou seja, E2


demais), diversos efeitos colaterais podem ocorrer, como visto no começo
deste eBook, porém dentre eles, temos, com o passar do tempo, o desen-
volvimento da famigerada Ginecomastia.

É normal que isto ocorra durante um protocolo. Acertar o ponto de


equilíbrio perfeito entre Testo:E2 não é tarefa fácil, e mesmo mantendo
o protocolo igual, é possível que em determinada fase, bioquimicamente
falando, você esteja diferente.

O que isso significa é que você realmente precisa ter o feeling de TUDO,
para sempre ter uma noção de que caminho tomar, se se prender a “fór-
mulas” e receitas de bolo, que nunca serão confiáveis, pois ignoram algo
muito básico, como individualidade biológica.

Tudo começa, geralmente, com uma sensibilidade maior nos mamilos


contra a roupa, por exemplo, ou ao encostar em alguém. Em seguida, ou
ao mesmo tempo, vem uma coceira chata, que vai e vem.

Se esta for tratada BEM durante o protocolo e não persistir, muito


dificilmente haverá qualquer desenvolvimento de Gineco posteriormente.
Se não cuidar, porém, pode ser que ela devagarinho vá se desenvolvendo,
até se tornar algo insustentável (de feio).

Temos um pequeno problema, porém: a maior parte dos usuários de


hormônios, geralmente faz cagada em cima de cagada (no começo), assim
como eu fiz. Alguns aprendem, outros não, mas no meio do caminho co-
letam cicatrizes das lições aprendidas. Uma dessas cicatrizes, no seu caso,
pode ser ginecomastia. Todos nós erramos.

5.3. QUAIS HORMÔNIOS PODEM GERAR GINECOMASTIA?

Essencialmente, todo hormônio que aromatiza, ou seja, que sofre ação


da enzima aromatase (localizada principalmente no tecido adiposo), vai

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ser um potencial causador de ginecomastia, uma vez que a aromatase é


responsável por transformar Testosterona em Estrogênio.

Alguns exemplos:

a) Testosterona
b) Boldenona
c) Nandrolona
d) Metandrostenolona
e) Trembolona

Sim, Trembolona aromatiza, porém pouco, e por mecanismos total-


mente diferentes. Isto foi abordado em um eBook reservado para este
hormônio, localizado na loja www.blackbook.net.br, com o título “Trem-
bolona”.

5.4. GINECOMASTIA CAUSADA POR PROLACTINA...?

Ginecomastia, como dito acima, é o desenvolvimento exacerbado das


glândulas mamárias em homens. A origem da palavra Ginecomastia é
grega. “Gine” (γυνή) significa literalmente “mulher” e a palavra “Mastia”
significa mama. É só ligar A + B.

Muito bem, se estamos falando de desenvolver as mamas, e sabe-


mos que estrogênio é o hormônio responsável por este desenvolvimen-
to, então é seguro dizer que estrogênio = desenvolvedor das glândulas
mamárias, ou no mínimo, estimula. De acordo?

Ótimo. Voltemos à aula de etimologia: Prolactina, provinda, também do


grego, é quebrado nos termos “pro” (antes de), e lactina... é, essa aí você
acertou: paralelepípedo flamejante! Só uma brincadeira pra quebrar o
gelo. A palavra é leite.

Prolactina = “antes do leite”, literalmente. É um hormônio que vem


antes do leite. A palavra deixa bem claro “que quem manda nesta porra”,
quando o assunto é produção de leite, é prolactina.

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Consegue perceber como cada um tem um papel ESPECÍFICO aqui? Pri-


meiro estrogênio desenvolve as glândulas. Posteriormente, produz leite,
quando necessário, e por fim, para fins de curiosidade, ejeta o leite para
amamentar, com auxílio do hormônio ccitocina.

5.5. SEGREDOS PARA A PREVENÇÃO DE GINECOMASTIA

Nós sabemos que precisamos de manter uma Relação Testo:E2 boa.


Sabemos em que situação se desenvolve (com o estrogênio alto), porém
sabemos também que estrogênio baixo demais também pode ser um
grande problema.

Para “piorar” a situação, não existe fórmula ou receita de bolo. Alguém


com as mesmas doses, das mesmas substâncias, com o mesmo peso,
idade, e estilo de vida, todos extremamente parecido com os seus, ainda
sim pode fazer exames como:

Testo Total/Livre/Estradiol/Prolactina e com exatamente os mesmos


resultados, tenha colaterais de estrogênio alto, você não, e vice-versa.
Imagine então com uma infinitude de diferenças? Seria ingênuo pensar
que todos reagiríamos da mesma forma.

OK. Estrogênio nem alto, nem baixo demais.


Exames dificilmente serão úteis. O que fazer?

Você vai precisar de atuar aqui SE AUTO CONHECENDO. Todo body-


builder ou pessoa que leva esse estilo de vida a sério, precisa de SE CON-
HECER! É uma jornada de crescimento em TODOS os sentidos, e só será
sustentável, se for de DENTRO pra FORA.

Com o tempo, ao se observar, estudar e analisar como você reage a


cada estímulo, tudo muda. Requer tempo, quebrar um pouco a cara, com-
eter alguns vacilos, mas te dá muito mais controle sobre certas situações,
e acima de tudo, na sua saúde.

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Vamos aos pontos principais:

a) Não se conserta o que não está quebrado. O uso de inibidores de


aromatase é ON DEMAND, ou seja, de acordo com a necessidade. Lem-
bre-se que você pode a qualquer momento aumentar um pouco a dose de
Testosterona em conjunto com os ajustes a seguir.

b) Sentiu sensibilidade nos mamilos? Introduza Exemestano 12.5mg


SEG/QUA/SEX. Tenha consigo antes de começar o protocolo. Manipulado.

c) Aguarde 1 semana. Se não houver melhora, suba a dose para 25mg


SEG/QUA/SEX.

d) Aguarde 1 semana. Se não houver melhora, introduza Letrozol 1/4


comp. TER/QUI.

e) Aguarde 1 semana. Se não houver melhora suba Letrozol para 25mg


e introduza Cabergolina 1/2 comp. TER/QUI.

f) Aguarde 1 semana. Não melhorou? Adicione Raloxifeno 60mg TSD.

f) Aguarde 1 semana. Ainda não resolveu? Adicione 350mg de Master-


on/semana.

g) Aguarde 1 semana. Ainda não resolveu? Adicione 350mg de Stanozo-


lol/semana.

OBS.: Essa é a ordem de ida e volta, ambas gradativas, com


CALMA! Aguardando os períodos que eu sugeri.

A lógica aqui é que você, em algum momento, em alguma das letras aci-
ma (a, b, c...), ache o “seu” ponto. A maioria já vai resolver seus problemas
completamente no máximo aé a letra D, principalmente se houver aumen-
to de Testosterona em conjunto, mas cada caso é um caso.

Resolveu? NÃO MEXE! Deixa desse jeitinho pela duração do protocolo, e


faça ajustes só se realmente precisar. NÂO pare com as proteções depois

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que o problema (coceira etc.) for sanado, porque você vai só piorar a situ-
ação se fizer isso.

5.6. CASOS E CASOS: QUANDO, OU NÃO, A REVERSÃO É


POSSÍVEL

A reversão da ginecomastia é possível quando a mesma ainda é recen-


te. Durante um protocolo, ou dentro de no máximo 1 ano. A partir daí, o
tecido vai se solidificando mais e mais, e aí só é possível remover cirurgica-
mente.

5.7. SEGREDOS PARA A REVERSÃO QUÍMICA DE GINECO-


MASTIA

Sabemos que estrogênio é o hormônio “mãe” no que se diz respeito a


desenvolvimento da ginecomastia. O caminho mais certeiro para tentar-
mos a eliminação dela através de fármacos, é “deprivando” aquele tecido
(glândulas mamárias) de ginecomastia.

Um exemplo nítido deste processo, é muito observado em mulheres


fisiculturistas. Quando não há implante de silicone, resta muito pouco teci-
do com o passar do tempo (e de uso de hormônios androgênicos).

Mesmo sem dietas super restritas que as levem a teores de %BF ex-
tremamente baixos, o que talvez justificaria a “perda” das mamas (e tam-
bém justifica, mas não completamente), estas atletas têm perda dramática
no volume destas.

De certa forma, esta situação, é, nada mais, nada menos, uma espécie
de ginecomastia reversa. Elas pagam preços (altos) com o uso de hormô-
nios também.

Muito bem, agora que ligamos Estrogênio a Glândulas Mamárias, as


coisas ficam um pouco mais fáceis. Precisamos essencialmente cortar a
alimentação do desenvolvimento das glândulas, e para isso, precisamos
de jogar estrogênio no CHÃO.

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Não vai ser agradável. Se prepare para os psicológicos nada agradáveis,


mas se for possível, é assim que tem que ser feito:

- Testosterona Alta (min. 600mg);


- Masteron 350mg / semana;
- Exemestano 25mg TSD
- Letrozol 2.5mg TSD;
- Raloxifeno 60mg TSD;
- Stanozolol 20mg 2 sem ON / 1 OFF.

Aqui nós vamos atacar de todos os caminhos possíveis. Se queríamos


zerar o estrogênio... muito bem, com a fórmula acima, conseguimos.

Você pode aliviar nas doses e tentar não crashar Estradiol completa-
mente, assim consegue se sentir melhor, mas quanto mais crashado (tem-
porariamente), melhor.

Os protocolos devem durar 8 semanas cada. Em seguida deixe o es-


trogênio voltar por menos 2 meses, e pode retomar, se desejar e achar
que vale a pena, se teve bons resultados até então

5.8. CIRURGIA PLÁSTICA

Tudo conversa com uma consulta médica, e este médico deve ser
(quase obrigatoriamente) um cirurgião plástico. Isso significa que se você
quiser que o procedimento seja bem feito, não deve utilizar o SUS como
base de referência. Esteja pronto para inveStir.

O procedimento padrão feito por um mastologista (médico especial-


izado em glândulas mamárias) é o de remover todo o excesso de tecido
mamário (cerca de 90% do total), e manter cerca de 10% no local, visando
dar suporte ao mamilo.

A recuperação leva em torno de 2 meses, e voce está pronto para


começar a retormar os treinos de peitoral, aos poucos. O índice de êxito
do processo em si (que é tranquilo), é bem alto.

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Temos um problema com este procedimento padrão, porém.

5.9. CIRURGIA DE GINECOMASTIA SEM REBOTE

Não há nada de errado no procedimento e na lógica dele. O problema,


é que você só reduziu a fonte do problema, não eliminou elas (as glându-
las) por inteiro. Quaaaase totalmente, mas quase e nada = praticamente
mesma coisa, nesse caso em específico.

Digo “praticamente a mesma coisa”, porque logo após o procedimento,


cuja recuperação é meio chata e um pouco morosa (cerca de 2 meses),
evidentemente o resultado inicial é ótimo, porém com o passar do tempo,
a coisa pode mudar de figura.

O que acontece em um enorme número de casos já relatados a mim, é


que, seja num ambiente natural (sem uso de hormônios) ou hormonizado,
ao passar do tempo (geralmente anos), o tecido volta a se desenvolver
gradativamente, até começar a incomodar de novo, mesmo que não re-
torne ao tamanho original.

Isso é chato pra cacete, venhamos e convenhamos. Todo aquele inves-


timento de tempo, dinheiro, dores, recuperação... pra ginecomastia voltar
depois... certamente não é legal, e quem passou por este de situação ou
sabe de um caso de um amigo, certamente vai se identificar.

Como evitamos isso? Utilizando os serviços de um mastologista que


esteja disposto a fazer um procedimento diferente do que o costumeiro
(mais avançado), ou os de um cirurgião plástico, habituado com este tipo
de manejo/trabalho, porque eles, na sua própria maneira, artistas.

Com o cirurgião plástico particular, você pode deixar perfeitamente


claras suas necessidade específica neste caso, que é a remoção TOTAL
(100%) das glândulas mamárias. Não pode sobrar nada, nada, absoluta-
mente nada.

O problema é... sem glândulas mamárias, não tem com provermos


suporte pro mamilo, o que significa que o cirurgião terá que refazê-los.

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Perceba que o trampo neste caso é muito maior e especializado, o que


provavelmente, como eu disse anteriormente, significará um investimento
maior.

Cabe a você, no final das contas. Eu particularmente acredito que tudo


tem que ser feito, deve e merece ser bem feito, e este caso não é exceção.
Certamente no meu caso eu optaria pela remoção total e não me subme-
teria ao outro procedimento, nem se me pagassem.

Você resolve o problema MESMO, ou não. Se não resolver o problema


INTEIRO... neste caso, isso vai cobrar seu preço.

Mais cedo ou mais tarde. Simples assim.

5.10. CONTROLE DE PROLACTINA

No inciso 5.4 eu bati alguns dos pontos a seguir, porém repito aqui, de
forma sucinta e objetiva, para elucidarmos sobre este tópico.

- Prolactina, provinda, também do grego, é quebrada nos termos “pro”


(antes de), e “lactina”: Leite.

- Prolactina = “antes do leite”, literalmente. É um hormônio que “vem


antes do leite”. A palavra evidencia o quão vital prolactina é, se tratando
do produção de leite.

Fisiologicamente, funciona assim então:

- Primeiro estrogênio desenvolve as glândulas. Posteriormente, produz


leite, quando necessário (depende muito dos níveis de estrogênio).

Com as informações acima, e pelo que colhi na minha experiência


prática ao longo dos anos, para condensar, posso dizer basicamente o
seguinte:

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Estrogênio -> Prolactina.

Reumidamente... é isso. Existe uma ordem hierárquica, por assim dizer.


Os níveis de prolactina dependnm dos níveis de estrogênio, uma vez que
tudo opera em equilíbrio para que nosso corpo se prepare para X e Y situ-
ações.

Quando hormonalmente, por possíveis motivos diversos, um homem


chega ao ponto de “cruzar” a barreira hormonal, e se tornar mais feminino
do que masculino (é exatamente isso que acontece quando sua gineco
desenvolve, você hormonalmente está mais mulher do que homem), “cru-
zar” essa barreira significa forte domínio estrogênio, o que significa (mui-
to) excesso de estrogênio.

Se essa situação (relação testo:e2 extremamente negativa) não for


sanada, além do desenvolvimento mais acentuado da gineco, conceira
etc., agora que a “mama” do indivíduo está desenvolvida o suficiente, seu
corpo “pensa” mais ou menos assim:

“Esse maluco aqui, ou maluca, sei lá, nem sei de mais nada... o ser
humano aí, está com as “mamas” prontas para uso e temos estrogênio
circulante pra cacete. Bora aumentar Prolactina pra deixar ele...ela, enfim,
pronto para amamentar”.

Se suas mamas estão ficando prontas para amamentar (com o aumen-


to de prolactina), evidentemente há sim possibilidade de inchaço destas,
e até mesmo coceira, lembrando ginecomastia, mas agora sabemos que
não, prolactina tem uma função muito específica. Ou seja, pode inchar os
mamilos, não desenvolver o tecido.

Muito bem, a questão visual já é incômoda o suficiente, porém prolacti-


na alta nos afeta em outros “departamentos”, como libido e até mesmo o
psicológico. A maioria relata ficar “pra baixo, desanimados” com Prolactina
alta.

Isso já deixa bem claro que temos que controlar prolactina.

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Como fazemos? Temos duas vias:

a) via “natural”, com substâncias que reduzem prolactina através do


aumento de dopamina, uma vez que estes são antagônicos (+ dopamina
= - prolactina) e outros mecanismos alternativos.

b) a via farmacológica, com uso de apenas uma substância que garan-


tidamente vai resolver o problema, muito potente e essencialmente, livre
de colaterais (embora nenhum medicamento seja livre destes).

Muito bem, vamos lá.

a)

- Gingko Biloba 400mg/dia


- Mucuna Pruriens 400mg/dia
- L-Teanina 200mg/dia
- Vitamina B6 200mg/dia

Ao acordar.

Neste caso aqui, temos Gingko Biloba para melhora da circulação san-
guínea (isso sempre será positivo pra tudo), e este composto é um dopa-
minérgico.

Mucuna Pruriens (L-DOPA) vai elevar os níveis de dopamina direta-


mente e em menor escala, os de serotonina. Isso traz foco, concentração e
leve relaxamento.

L-Teanina atua como um composto sinérgico, fazendo com que o efeito


dos demais compostos seja muito mais agradável para o usuário, manten-
do a aderência no “tratamento”, por assim dizer. Eleva dopamina, seroton-
ina e GABA. Ótimo ansiolítico.

Vitamina B6 é amplamente estudado em doses deste patamar em


mulheres com hiperprolactinemia, e provou ser muito eficiente em doses
entre 200~300mg, para redução de Prolactina.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Todas estas substâncias são SEGURAS para o uso a longo prazo (vul-
go “pro resto da vida”), com exceção da Vitamina B6, pelo menos nessas
doses.

Elas, vão, por mecanismos diversos, contribuir para o controle dos


níveis de prolactina naturalmente. É começar a usar e esquecer. Terá im-
pactos positivos na sua vida como um todo, e de quebra, controla prolacti-
na, após controlar estrogênio, é claro.

Vale ressaltar, porém, que SE estiver com níveis de Prolactina altos de-
mais, ou caso seja sensível demais à prolactina, “só” isso, talvez não seja o
suficiente para o controle adequado.

DEPOIS de tentar esta medida, temos uma via muito mais anos 2020 se
é que me entende, “PA PUM RESOLVIDO”. A boa e velha, via farmacológica.

b)

Cabergolina. Um frasco minúsculo de cerca de R$40,00~R$80,00 com


2 comprimidos (hoje em dia, ela está bem barata e acessível). Estes dois
comprimidinhos são incrivelmente fortes.

O controle de prolactina farmacológico é extremamente simples: pro-


lactina MUITO alta ou quer resolver o problema no mesmo dia? 1 com-
primido 2x/semana.

Dose de ataque normal: 1/2 comprimido 2x/semana (totalizando 1 com-


promido por semana)

Dose de manutenção: 1/2 comprimido 1/semana.

OBS. Ao utilizr ela 1x/semana, faça o uso apenas Quarta-feira de cada


semana. 2x/semana, divida nos dias Terça e Quinta.

Pode ser que alguns indivíduos necessitem de ajustes um pouco mais


específicos, e nem preciso de dizer que CADA CASO É UM CASO, certo? De
toda forma, com este ponto de partida, você vai ter plena capacidade de

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

fazer um controle adequado de Prolactina.

6. 19NOR

6.1. TREMBOLONA & NANDROLONA: INTRODUÇÃO

Estes hormônios fazem parte de uma família chamada “19NOR” e por-


tanto, compartilham diversas similaridades, mas ao mesmo tempo são
totalmente diferentes em outros aspectos.

Ambos sofrem ação da enzima 5a-redutase (enzima que coverte an-


drógenos em DHT e similares), porém Trembolona é convertida em DHT
(dihidrotestosterona), ao passo que Nandrolona é convertida em dihi-
dronandrolona, uma versão muito menos potente do que DHT, excelente
para aqueles com propensão à calvície.

Por outro lado, Trembolona aromatiza (sim, aromatiza) por vias não tão
conhecidas e em quantidades não tão relevantes, ao passo que Nandrolo-
na sofre muito mais ação da enzima aromatase.

Ambas lutam pelo #1 lugar das substâncias injetáveis, pelo pódio de


“EA que gera mais força”, na minha experiência. Nandrolona, porém, tem
seu aumento de força mais seguro, promovendo regeneração articular e
estimulando síntese de colágeno, além de mais líquido sinovial durante o
treino.

Trembolona, entre as melhores para protocolos de cutting, e Nandrolo-


na, entre as melhores para protocolos de bulking. Parecem Yin e Yang,
estes dois hormônios.

6.2. 19NORs E NEURODEGENERAÇÃO

Infelizmente, nem tudo são flores. Em um estudo conduzido em 2003


(DOI: 10.1016/s0306-4522(03)00120-9), e publicado na revista de Neuro-
ciência do ScienceDirect, entitulado “O hormônio esteroide anabolizante
Nandrolona, induz alterações na densidade dos receptores 5HT1B e
5HT2B no cérebro de ratos machos”, o que significa que Nandrolona reduz

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

os níveis de Serotonina em ratos.

Os estudos feitos dentro do campo da neurociência envolvendo EAs,


têm como objetivo, geralmente, entender as variações comportamentais
decorrentes de mudanças fisiológicas em ratos, que fizeram uso de EAs,
para tentar entender melhor o comportamento humano.

Este e inúmeros outros estudos envolvendo esteroides anabolizantes,


foram conduzidos em ratos nas últimas décadas, então o Pubmed é um
hoje um ótimo acervo para entender a fundo todo o processo e quais
outras teses existem, indicando neurodegeneração, mas poucos são total-
mente sólidos, e apenas indicadores, portanto ficamos por aqui, na Sero-
tonina, que é o que está ao nosso alcance de corrigir, de forma tangível.

6.3. DESEQUILÍBRIO DA FUNÇÃO TIROIDIANA

A maioria dos estudos conduzidos, foram feitos há décadas atrás e em


animais, o que me dá pouco o que trabalhar sobre o tema.

Ao que tudo indica, Trembolona, muito mais do que outros hormônios


(que também têm impacto), gera um enorme impacto na globulina ligado-
ra de tiroxina (thyroid binding globulin), também conhecida como TGB.

Veja só a cascata de eventos:

» 1. Tren reduz TGB.

» 2. Baixa de TGB induz hipotiroidismo (temporário).

OBS.: Você pode dosar seu nível sérico de TGB, caso queira, a propósito.
Existe um exame proóprio para isto.

» 3. Hipotiroidismo sinaliza a liberação de mais TRH (thyrotropin-releas-


ing hormone), ou “hormônio estimulante da tireoide”.

» 4. A liberação de TRH induz a secreção de Prolactina.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Agora que você sabe de todo o processo, basta interromper ele no


meio do caminho, seja dando suporte para funcionamento da tireoide,
seja através do uso de tiroidianos em conjunto com Trembolona (isto só
ocorre com Trembolona), porém tiroidianos não são o foco deste eBook e
um assunto extremamente complexo.

Seguimos.

6.4. DANOS GERADOS PELO EXCESSO DE PROLACTINA

Prolactina, como já dito anteriormente, vai gerar um inchaço nos mami-


los temporário, porém desconfortável e sensível (gera coceira, por exemp-
lo).

Não somente isso, prolactina elevada tem um profundo impacto psi-


cológico, uma vez que é antagônica à Dopamina, ou seja, “oposta” a ela, e
assim como Zinco reduz Cobre, o hormônio Prolactina, reduz os níveis do
neurotransmissor Dopamina.

6.5. A RELAÇÃO ENTRE PROLACTINA & DOPAMINA

Dopamina é pertencente à família das catecolaminas e está direta-


mente ligada à via mesolímbica, também conhecida como de “via de
recompensa”.

É este neurotransmissor, associado a outros da mesma família, como


Adrenalina e Noradrenalina, que te levantam da cama, acelerado e empol-
gado porque hoje é dia que você vai tirar férias e ir pra praia, “uhuuul! dig
din dig din”. Isso é dopamina, resumidamente.

Se tiramos Dopamina do indivíduo, tiramos, de certa forma, sua vitali-


dade. Sua “libido” pela vida, por assim dizer. Sua vontade de “desbravar” o
mundo.

Novamente, para concluir: mais prolactina significa menos dopamina, e


o inverso também.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Dito isso, nós precisamos de manter prolactina sob controle pelos


motivos estéticos já expostos, para que não haja desregulação tiroidiana,
e para que a via mesolímbica não seja afetada negativamente, o que seria
péssimo para nós, desencadeando, potencialmente, depressão.

6.6. REDUÇÃO DE DOPAMINA & SEROTONINA

Falamos bastante sobre Dopamina até aqui, mas muito pouco sobre
Serotonina. Serotonina é um neurotransmissor, cujos efeitos psicológicos,
envolvem inibição da ira, agressão, temperatura corporal, equilíbrio de
humor, sono, vômito e apetite.

As vias pelas quais os neuroônios serotoninérgicos trabalham, têm


forte relação com a divisão parassimpática do nosso sistema nervoso neu-
ronegetativo, pertence, por sua vez, ao sistema nervoso central (SNC).

A subdivisão (parassimpática) à qual Serotonina pertence, é de certa


forma, oposta/antagônica à divisão simpática. Perceba como Serotonina
está ligada a sono, vômito e apetite, ao passo que Dopamina tem a ver
com “ação”. Agir, desbravar, correr, lutar.

São tipos de comportamentos completamente diferentes, e por isso


nosso corpo, magnífico como é, aumenta X neurotransmissores com
relação a Y neurotransmissores, como por exemplo seria o caso se um
caminhão caísse do céu, no meio da sala da sua casa, nesse exato mo-
mento.

Te garanto que você iria liberar Dopamina, Adrenalina e Noradrenalina


de uma forma insana, e seu coração ia ficar daquele jeito: na boca. Dopa-
mina alta.

Depois que o susto passasse, porém, e fosse hora de descansar, você


com certeza não estaria no mesmo estado de espírito, após bater um
pratão de comida e tomar um banho quente pra dormir. Serotonina alta.

Agora que entendemos o conceito de Dopamina e Serotonina, e sabe-

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

mos que tudo no corpo humano opera em equilíbrio... analisemos as duas


situação mais comuns com o uso de Nandrolona e Trembolona, respectiv-
amente.

a) Serotonina levemente abaixo do que o normal, dopamina baixa (Nan-


drolona)

Nandrolona sabidamente reduz os níveis de Serotonina, assim como Tr-


embolona, porém em menor escala. Testosterona não gera esta redução.

Além disso, sabemos que Nandrolona pode elevar os níveis de prolac-


tina. Isto terá um impacto forte nos níveis de Dopamina, e o usuário pode
apresentar um comportamento letárgico, sem disposição... vitalidade
baixa, o que leva a uma cascata de problemas, podendo desencadear um
quadro depressivo agudo.

b) Serotonina abaixo do que o normal, dopamina muito mais alta (Tr-


embolona)

Se aumentamos Dopamina demais com relação à Serotonina?

Temos comportamentos com tendência a psicose (desconexão com a


realidade, como mania de pesersuição), nos tornamos instáveis (humor
oscila muito), com níveis de empatia reduzidos (o nível de andrógenos alto
contribui muito aqui) e agressividade elevada, maior irritabilidade.

Mais vontade de produzir e ir atrás do que queremos. Disciplina eleva-


da e muito mais foco/concentração.

6.7. “RAGE”, DEPRESSÃO, INSTABILIDADE, ANSIEDADE:


CONHEÇA A PRISÃO MENTAL

Após ler todos os pontos acima, resta alguma dúvida de que este tema
é altamente complexo? Nós sabemos de certa forma o que X e Y signifi-
cam Z pelo que observamos de estudos e na literatura, mas nossa individ-
ualidade biológica não pode ser desprezada.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Não somente isso, nossa história de vida não pode ser negligenciada.
A forma como o mundo nos percebe hoje e como percebemos o mundo,
aliado às nossas memórias e toda a caminhada que percorremos, vai ter
total impacto positivo ou negativo no uso destes hormônios que mexem
com o psicológico.

A agressividade exacerbada pode ser canalizada nos treinos, em tra-


balhar firme para se disciplinar, colocar o trabalho em dia.

A ansiedade, em momentos que não estamos tão bem, pode ser um


ótimo convite a nos questionarmos sobre inúmeras coisas que estavam
debaixo do tapete para nós mesmos, talvez as respostas que encontramos
nestes auto questionamentos, são melhores do que qualquer remédio,
para eliminarmos fantasmas do passado.

A instabilidade é só o hormônio te mostrando que você tem muito a


amadurecer ainda, pra segurar o rojão sem quebrar.

...e por aí vai.

Significa que agora Trembolona deve ser utilizada para “treinar sua
mente” como um Monge Shaolin? Evidentemente, não. O ponto é que,
uma vez que tenhamos feito nossa parte, farmacologicamente, você terá
que acreditar no processo e aprender a domar melhor a si mesmo, e por
conseguinte, os hormônios (o bom, e o ruim).

6.8. MINI GUIA PARA CONTROLE DE COLATERAIS OCA-


SIONADOS POR 19NORs

a) Sabemos que Trembolona aumenta Dopamina no começo do pro-


tocolo, porém há uma queda dos níveis de Dopamina com o passar do
tempo.

b) Isto não ocorre com Nandrolona, porém ambas reduzem os níveis


os níveis de Serotonina, e ambas podem (por outro mecanismo, que é o
aumento de prolactina), reduzr Dopamina.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Dito isso, a abordagem é a mesma para Nandrolona & Trembolona.

Recomendo, antes de mais nada, que você acesse meu perfil do Insta-
gram (@brunopina.tsd) e procure pelo “Trenbolone Survival Kit”, um nome
carinhoso em inglês, que dei para o que eu chamo de Kit de Sobrevivência
à Trembolona.

Aquele “kit” serve para ambas as substâncias, e vão cobrir essenciale-


mente todos os pontos necessários. Eu já pensei em tudo pra você. En-
tendo, porém, que nem todos os leitores deste eBook, têm condições de
sustentar um manipulado daqueles, que pode ficar um pouco caro.

Pensando em expandir a abordagem e incluir mais pessoas, ao invés de


dar o peixe, vou lhes ensinar a pescar.

Vamos lá, fellas, acompanhem comigo. Façamos uma revisão do que


lhes ensinei até agora:

1. Nandrolona & Trembolona, ambas, reduzem os níveis Serotonina.


2. Nandrolona & Trembolona, ambas, podem reduzir níveis de Dopa.
3. Nandrolona & Trembolona, ambas, são neurodegenerativas
3. Pode ocorrer aumento excessivo de estrogênio
4. Pode ocorrer aumento excessivo de prolactina

Com base nessas informações, eis o que podemos encaixar em cada


situação, respectivamente falando a nível farmacológico:

1. 5HTP, Mucuna Pruriens, L-Teanina, comer muitas bananas e alface.

2. Gingko Biloba, Mucuna Pruriens, L-Tirosina, Selegilina low doses.

3. CoQ10, Ácido Alfa Lipoico, Acetilcisteína, Acetil-L-Carnitina, Tadalafila,


L-Citrulina, L-Arginina, altas doses de DHA.

4. Inibidores de aromatase (abordagem já descrita).

5. Cabergolina, além dos compostos da listas 2. Estes também podem

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

ajudar muito no controle de prolactina, pois aumentam os níveis de dopa-


mina.

Isto é tudo que você precisa para 19NORs, fella.

7. ESTROGÊNIO

7.1. O QUE EXATAMENTE É ESTROGÊNIO E QUAIS SUAS


FUNÇÕES?

Não faria sentido começar a falar de estrogênio isoladamente, sem an-


tes ter a certza que você de fato tem noções básicas do hormônio estrogê-
nio.

Para não ficar repetitivo: caso não tenha lido ainda o Inciso 3.2 deste
eBook, sugiro a leitura antes de prosseguir com os demais pontos a se-
guir.

7.2. MINI GUIA PARA CONTROLE DE ESTROGÊNIO E PRO-


LACTINA + MINDSET:

Como observado anteriormente neste eBook, Testosterona e Estrogê-


nio são ambos vitais para ambos os gêneros, contanto que estejam equili-
brados um com relação ao outro.

Homens têm muita Testosterona (20x mais do que mulheres), e mul-


heres têm mais Estrogênio. É isto (a relação adequada de hormônios), que
nos difere a nível de aparência.

Os hormônios Testosterona e Estrogênio têm total relação com nossas


características secundárias, como barba e pelos (característica secundária
masculina), ou forma de distribuição de gordura em formato d pera (car-
acterística secundária feminina).

Perceba, então, que um hormônio, como já dito anteriormente, de-


pende do outro. O pensamento de que estrogênio é uma espécie de

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

“vilão” e tentar reduzi-lo a qualquer custo, é balonie. Bobagem. Besteira. E


errado.

Dito isso, quando você pensar em estrogênio daqui pra frente, pense
nele como carboidratos. Sim, carboidratos. Carboidratos são bons pra
gente. Alguma dúvida quanto a isso? Nos dão energia, força pros treinos,
facilitam o anabolismo.

Se comermos demais, porém... um dos nossos maiores aliados, pode


se tornar um terrível inimigo, gerando fortíssimo acúmulo de gordura. É o
que acontece quando nos descontrolamos na dieta e literalmente “enfia-
mos a cara no pudim”.

Nem muito, nem pouco. Apenas o necessário. Com muita paciência e


autoanálise.

É assim que devemos fazer com carboidratos, e é assim que desen-


volvemos o famoso “feeling”. Assim deve ser feito, também, para o con-
trole de estrogênio. A mesma lógica.

Observe exatamente a “cronologia” do avanço dos sintomas. Você vai


saber quando o estrogênio está um pouco alto (só uma leve coceira) ou
MUITO alto (forte coceira).

Analise também outros pontos como ereção matinal (um forte indi-
cador de equilíbrio hormonal adequado), como seu humor fica quando
o estrogênio está alto, mas você precisa de analisar o SEU humor, SEUS
pensamentos. Cada um reage de uma forma.

Alguns ficam mais agressivos quando o e2 sobe. Outros ficam mais


recolhidos, tímidos, fechados. Outros variam de A a Z nos extremos de
triste e feliz ao longo do dia (variação de humor como mulheres na TPM).

Tem mais: alguns, quando estão com o estrogênio levemente alto (leve
coceira nos mamilos), têm aumento da libido, não redução, e só têm prob-
lemas com libido quando a situação está crítica (e2 muito alto com relação
à Testosterona)

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Ainda a nível de libido, outros já “morrem” com um leve aumento do


estrogênio. Zero vontade/desejo.

Existem casos em que o indivíduo não sente sensibilidade nos mamilos.


Nesses casos, mais do que em todos os outros, você precisa de se con-
hecer para saber qual a medida adequada.

Pra isso, fellas, vocês vão precisar de ANOTAR o que se passa nos pro-
tocolos de vocês. Ter espécies de diários, onde anotam o que sentiram
em que ocasião, e que medida adotaram. Depois relatam o resultado. E
repitam isso 10x, 100x, 1000x.

Uma hora, com suficiente estudo sobre si mesmo, embora o feeling já


tenha se desenvolvido até lá (tenho certeza), você terá um “dossiê” de si.
Nenhum coach no mundo te conhece ou conhecerá tão melhor do que
você a si mesmo, porém você precisa de se esforçar e não se deixar enga-
nar por si mesmo.

É assim que analisamos nossos níveis de estrogênio e prolactina. Junte


todos os dados deste guia, junte com o que aprendeu sobre ginecomastia,
associe isto ao meu eBook sobre Relação Testo:E2, disponível na loja www.
blackbook.net.br, e você terá todo o conhecimento necessário para fazer
um excelente controle de sua própria relação Testo:E2.

8. ACNE & PERDA DE CABELO

8.1. ANDRÓGENOS, ANDROGENISMO & DHT

Andrógeno, do grego “homem” (ao passo que ginóide = “mulher”), é um


termo amplo para qualquer composto natural ou sintético, e no nosso
caso, geralmente um hormônio esteroide anabolizante, que estimula/con-
trola o desenvolvimento e manutenção das características masculinas, se
acoplando aos receptores androgênicos (AR), para isso.

Esta definição deixa claro que, basicamente, todo esteroide anabo-


lizante disponível para nosso consumo, é um andrógeno, e dentre as
funções de um andrógeno, estão, repito: estimular e controlar o desen-

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

volvimento e manutenção das características masculinas.

Quais seriam essas características (secundárias)? Pelos, oleosidade da


pele elevada, barba, voz grossa, formato do rosto, padrão de distribuição
de gordura, desenvolvimento muscular, comportamento psicológico mas-
culino (tomar, dominar, defender, criar, desbravar, competir).

Homens já possuem 20x mais Testosterona do que mulheres, agora


imagine uma situação em que seu colega Joãozin dos Veneno, aplica 1g de
Testosterona/semana (o suficiente para aumentar os níveis de Testostero-
na 10x).

Estamos falando aqui de 200x mais Testosterona do que mulheres, e os


níveis de Testosterona de 10 homens em 1 só. 1g por semana não é uma
dose absurda, principalmente se for o único composto do protocolo.

Suponhamos que seja 1g de Trembolona, agora. Trembolona tem uma


relação androgenismo/anabolismo de 500:500, ao passo que Testosterona
possui 100:100. Isso significa que Trembolona é 5x mais androgênica do
que Testosterona.

Com 1g de Trembolona, você se torna 1000x mais androgênico do que


uma mulher. Ainda falando de números, você possui o nível de andro-
genismo equivalente ao de 50 homens.

Claro, não é qualquer um que usa 1g de Trembolona, mas temos várias


outras substâncias muito androgênicas por aí, e a própria Testosterona
não é exceção. Podemos controlar DHT, o qual vamos discutir a seguir,
mas androgenismo não depende somente do DHT.

As substâncias em si (testosterona, trembolona etc.), são androgênicas,


e elas em si, podem gerar acne e perda de cabelo, mesmo que você jogue
DHT no chão com Dutasterida, o que não é uma boa ideia.

O mesmo se aplica, por exemplo, à retenção hídrica. Pode zerar o es-


trogênio, socar Letrozol. Se não tirar Testosterona, Nandrolona etc., total-
mente ou quase totalmente antes do palco, o atleta embaça. O problema
está nas substâncias.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Vamos resumir alguns pontos a seguir:

a) Mesmo que você utilize doses baixas, a dose “baixa” da maioria dos
usuários de hormônios, já é muito mais alta do que seria o seu natural.
Isso se aplica a androgenismo também.

b) Reduzir DHT é só uma peça do quebra cabeças. DHT é um dos con-


tribuintes para maior androgenismo, mas não é o único. Nem próximo
disso. Todo EA é androgênico.

c) Só parando de utilizar os EAs, para reduzir androgenismo ao normal.


Podemos apenas realizar “controle de danos”.

d) Se você tiver propensão a ficar careca (casos na família), provavel-


mente vai ficar careca, com o uso de hormônios prolongado. Você já tinha
propensão, e “turbina” o processo... não dá pra lutar contra nossa genéti-
ca.

e) Se não tiver propensão, a ficar careca e estiver tendo problemas num


protocolo, há mais esperança, vem comigo, mas antes vamos falar de
acne.

8.2. O QUE É ACNE, E QUAIS SÃO SUAS CAUSAS?

Acne é uma condição cutânea, fortemente associada à genética, porém


com o aumento de andrógenos, na maioria dos usuários, há uma “ex-
plosão” curta de acne, que tende a estabilizar durante o protocolo.

Outros, parecem não ter melhora não importa que hormônio utilizem,
e acabam muitas vezes por interromper o protocolo ou o uso de hormô-
nios como um todo, devido a este problema.

Essencialmente, uma “espinha” é o resultado de uma série de eventos.

a) Primeiramente, forma-se um comedão, também conhecido como


“cravo”. Isto ocorre devido ao androgenismo elevado em maior escala,

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

porque as glândulas sebáceas aumentam a produção de sebo. Isto leva à


obstrução de um folículo piloso da pele (poro).

b) Em seguida, muitas vezes tocamos nossa pele ao longo do dia, após


dirigirmos e tocarmos no volante sujo, por exemplo. Ao sair do carro em
dia quente, já suando, passamos a mão na testa para enxugar o suor.
Apenas isso é o suficiente para contaminar o rosto. Quase impossível não
tocar. É automático em certas situações.

c) Por fim, o sistema imunológico e microbiota, quando bem ajustados,


têm um profundo impacto positivo na reação do seu corpo (se ele vai
inflamar estes poros ou não). Aqui entram a alimentação, treino, sono, e o
próprio uso de Testosterona, ironicamente.

8.3. QUAIS SÃO AS CAUSAS DA PERDA DE CABELO?

Alopécia (calvície), e seu tipo mais comum (alopécia androgenética), é


caracterizada por uma perda gradual e progressiva dos cabelos.

O fator hereditário manda muito, é verdade, porém quando nosso co-


lega Joãozin dos Veneno eleva seus níveis de androgenismo em 10x, 20x,
30x, 50x... a coisa muda de figura.

Não dá pra comparar como você vai reagir com tamanha diferença para
o que seria seu “natural”.

Pode ser que não haja ninguém na sua família careca, e você seja o pri-
meiro, porque por um acaso ninguém na sua família tem 10x mais Testos-
terona do que você.

O que isso significa? Que dentro da sua família, você vai ser o fundador
do bonde dos carecas, se perceber que a juba tá indo pro ralo (literal-
mente) e não fizer nada a respeito.

Vamos descobrir como fazer algo a respeito a seguir.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

8.4. GUIA DE CONTROLE ANDROGÊNICO

Muito bem, é chegado o momento que com este guia, você vai apren-
der os “jumps of the cat”, que significam “pulos do gato flamejante”, em
Tupi-Guarani.

Muito bem, fellas. Vamos focar em alguns pontos-chave. Os que estão


ao nosso alcance. Por exemplo: “parar de usar hormônios” é uma possibi-
lidade, mas isso vai acontecer? Nós dois sabemos que não, então sejamos
práticos:

a) Androgenismo: Quando falamos de acne, perda de cabelo e viril-


ização, nós estamos falando de androgenismo, correto? A resposta é “cor-
reto”, a propósito. Então androgenismo é “alemão” a.k.a inimigo. Anotado.

b) Andrógenos & DHT: Aprendemos que DHT é sim um caminho para


reduzir androgenismo, porque é muito mais potente do que Testostero-
na quando falamos de androgenismo, mas não é o único. É apenas uma
peça, um caminho. Muitos se enganam aqui, e acabam reduzindo DHT
demais com Finasterida e afins.

c) Sistema imunológico: A “barreira final” entre haver inflamação em


um comedo, resultando naquela coisa horrorosa cheia de pus, é como seu
corpo reage à contaminação. O sistema imunológico tem um papel funda-
mental.

d) Fator genético: Não podemos descartar o fator genético. Ele pode


jogar muito contra ou ao seu favor. Saiba dosar na balança se vale a pena
ser um pitbullzão careca ou mais “franzino”, digamos assim, e cabeludo.
Escolhas... escolhas, my friend.

e) Cuidados ambientais: Existem diversas medidas que podemos adotar


para cada caso: Acne/Virilização e Perda de cabelo.

Estes, fellas, são os pontos mais importantes a serem levantados antes


de colocarmos a mão na massa. Agora sim podemos ir para as medidas
propriamente ditas. Novamente, eu vou te ensinar a pescar aqui, ao invés

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

de passar uma “fórmula” pronta.

Vamos lá:

a) ACNE/VIRILIZAÇÃO

Acne e virilização entram na mesma categoria, porque as medidas ado-


atadas para acne, em quase todos os casos, vão se aplicar à redução de
virilização, com pequenas exceções (às quais eu vou elucidar).

Pensando em redução de DHT direta e de conversão de outros compos-


tos em DHT (inibindo a ação da enzima 5a-redutase), nós vamos trabalhar
com as seguintes substâncias:

» Saw Palmetto.
» Espironolactona.
» Metformina XR.
» Chá verde.
» Cogumelo Reishi.
» Zinco (pelo menos 50mg/dia).

Com estas substâncias nós vamos, na mesma ordem, temos os se-


guintes objetivos:

» Reduzir DHT.
» Reduzir expressão do receptor andrógeno (AR) em todo o corpo.
» Reduzir expressão de mTOR, afetando o pathway androgênico negati-
vamente (menos androgenismo).
» Inibidor da 5a-redutase.
» Inibidor da 5a-redutase.
» Inibidor da 5a-redutase.

Por fim, temos duas substâncias muito interessantes, para acne espe-
cificamente:

» Shampoo Cetoconazol, para acne no corpo (deixar agir 2-3 mins no


banho).

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

» Vitamina B5 em altas doses de ataque (geralmente em torno de 1g


a 2g/dia). É um método alternativo muito eficiente, e bem documentado
através de estudos.

Quanto aos fármacos “clássicos”: eu não acredito que o uso de Finas-


terida e Dutasterida deva ser realizado, porque estas substâncias tendem
a gerar mais problemas do que soluções.

É melhor (menos dor de cabeça, mais seguro) e mais sustentável se-


guir pelo caminho que eu passei. Claro que talvez saia mais caro do que
apenas comprar Finasterida genérica na farmácia, mas tudo na vida são
escolhas. Você decide.

Anote isto: quando estiver planejando um protocolo a nível financeiro,


o custo de proteções/auxiliares deve ser 50% em relação ao protocolo.

Seu gasto deve ser metade protocolo, metade proteção/auxiliares,


mudanças na dieta/fitoterápicos e por aí vai. Tudo que for necessário para
que o protocolo continue nos eixos, inclusive outros EAs.

Farmacologicamente, para menos agressão com as proteções (e na


verdade ter efeitos positivos a nível de saúde, enquanto se protege), a
tendência é que seu custo de proteções aumente consideravelmente com
relação ao que vem gastando.

Ossos do ofício. É sua saúde. Invista, ou não. Repito: a decisão final é


sempre sua. Escolhas.

b) PERDA DE CABELO

Genética sem dúvidas tem um grande impacto aqui, então se seu pai
tem entradas gigantescas ou é careca, prepara o lombo. Vamos trabalhar
para minimizar isso ao máximo, mas precisamos ser realistas.

Digamos que com o uso de hormônios, você acelera o processo de


desenvolvimento de alopécia absurdamente, principalmente com o fator
genético presente.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Como eu sempre digo: não existe passeio de graça. Cá estamos. E ago-


ra, o que todos nós fazemos (propensão genética), para evitar a perda de
cabelo?

A via responsável por este problema é a via androgênica. Excesso de


androgenismo, certo? Certo.

Geralmente DHT tem grande parcela de “culpa”, mas existem outras


vias que podemos trabalhar, certo? Certo.

Muito bem, a metodologia para correção de todos estes pontos foram


abordados acima, no Inciso 7.5, então não há necessidade de repeti-los.

O que muda especificamente no caso da perda de cabelo, é a adição de


um composto chamado Minoxidil. Certifique-se de obter o original.

Tome banho e seque o cabelo parcialmente. Em seguida, pingue Minox-


idil (original) ao longo de toda a área afetada. Massageie em movimentos
circulares e com a ponta dos dedos, para atingir as raízes.

Minoxidil requer total disciplina. Você precisa de realizar este procedi-


mento 2x ao dia. Manhã e noite. Todo dia, sem falhar.

Se a perda de cabelo não estiver presente há muitos anos, é totalmente


possível reverter o processo com todas estas medidas. Você vai precisar
se dedicar, mas temos chances, fellas.

9. BLAST & CRUISE: OBJETIVO, DURAÇÃO E METODOLOGIA

Blast literalmente significa porrada, explosão, “clack bum”, “fire in the


hole”. Tocar o terror. Ok, você entendeu. Cruise é justamente o contrário.

Quando o carro está no piloto automático, ele está no modo “cruise”.


Se seu carro for um Tesla, é só colocar os pezinhos pra cima e apreciar o
passeio.

Blast = guerra.
Cruise = afiar o machado entre uma guerra e outra,.ura.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Que fique claro, ninguém precisa de fazer blast.

Dá pra evoluir em cruise por muitos, muitos anos.

Dito isso, blast é um período curto, variando entre 8 a 16 semanas, em


média, com doses (de preferência gradativamente) muito mais elevadas
do que no cruise, bem como uma variedade maior de EAs, buscando o
máximo de sinergia e explodir de dentro pra fora, ou ficar seco(a) como
um(a) calango(a) do Deserto.

Já o cruise, é o período “normal” do indivíduo. Quando ele deixa de ser


mutante, temporariamente. É o pit stop, se tratando de uso de hormônios.

Se tratando de atletas, o cruise começa 4 semanas após o campeonato.


Ele passa 2 semanas com o protocolo pegando forte e comendo BEM após
o campeonato, comida de verdade.

Com o físico recuperado (glicogênio etc.), o atleta, aí sim, inicia a abor-


dagem correta de início de Cruise, que é interromper todas as injeções e
orais por 2 semanas.

O procedimento é o mesmo para não atletas. A diferença é que o proto-


colo se encerra na data que você definiu e ponto.

Quando a data chegar, você tira tudo por 2 semanas inteiras, e inicia
então a dose definida para seu cruise por semana.

Antes de iniciar a Testosterona novamente, bem no final das 2 sema-


nas sem uso de hormônios, você deve fazer exames completos, visando
ter uma base inicial de análise, diagnóstico e definição de condutas para
corrigir estas alerações. É seu ponto de partida.

10. ANÁLISE DE EXAMES

10.1. SOMOS TODOS SERES HUMANOS, ALGUNS APENAS


QUIMICAMENTE MODIFICADOS

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Quando falamos de humanos e suas “particulares”, observamos


anomalias diversas, variando de tumores na hipófise, hipotiroidismo,
diabetes mellitus tipo I, TDAH (rs), até pessoas que possuem os órgaos em
posições todos invertidos. Coração do lado direito, fígado do outro lado, e
por aí vai.

Com poucos exemplos, dá pra ficar bem claro que somos muito pare-
cidos, estruturalmente falando (mesmos órgãos, mesmo funcionamento
geral), mas nossa “realidade fisiológica” individual varia MUITO!

Ocorre, porém, que para o desenvolvimento de análises bioestatísticas,


falando a nível de referências de exames, baseados em dados coletados
através do SUS, por exemplo, eventualmente chegamos em valores medi-
anos, ou seja, que a maior parte da população possui.

É claro que estas análises foram feitas há MUITO tempo atrás para
chegarmos nos valores de referência em exames hoje, mas a fisiologia hu-
mana não mudou desde então, só nosso acesso a diversos recursos que a
mudam completamente.

Quando acrescentamos um composto como Trembolona, por exemplo,


em conjunto com T3 + T4 e HGH em doses razoáveis, digamos que TUDO
MUDA. Você não é um humano normal mais, pelo menos temporaria-
mente, a nível bioquímico e metabólico. As regras do jogo mudam. Sim-
ples assim.

Por outro lado, quando colocamos 1g de Testosterona por semana,


por exemplo, não faria sentido que nosso Estradiol estivesse em apenas
20, faria? Tudo no corpo humano opera em equilíbrio. Puxa de um lado...
arrasta tudo junto.

Falando em arrastar: Talvez seu TSH, nessas condições, seja “arrastado”


para o tamar de 1, ou algo assim. Isso oficialmente te enquadra em um
quadro de hipertiroidismo. No mundo normal. Esse mundo aqui é difer-
ente. No bodybuilding, 1 + 1 talvez seja 2. Talvez. Pode ser que seja 3.

Tudo é possível.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Seu HGH basal, dosado pela manhã, 3h após um shot IM de seringa de


insulina, vai bater nas alturas com seus 8ui de Saizen diários, indicandoo
algum problema na sua glândula pituitária. E aí? Temos algum problema
aqui com nossos 8ui de Saizen/dia? Acho que não, talvez a #dickskin, de
tão fina que a pele fica.

Nosso TGO e TGP podem estar ligeiramente elevados, algo em torno de


60, mas contanto que Gama GT, Bilirrubinas e Coagulograma Total este-
jam OK, é esperado que TGO e TGP estejam levemente elevados.

Sinal de treino pesado. TGO e TGP têm relação com o fígado, porém
também com todos os músculos, inclusive o coração. Seria amador analis-
ar apenas eles.

CPK talvez esteja em 2500, 3000, 4000! Muito, muito acima do valor de
referência. Fez o exame próximo do treino de costas, com deadlifts até
arrancar o couro, ou após um HEAVY leg day?

Hmmm. TGO e TGP em níveis normais? EXCELENTE! É exatamente este


o nível que queremos. Treino é inflamatório, então CPK deve ser sua base
para o quão intensos estão sendo seu treino a nível fisiológico (sem mim-
imi, sem chance pro erro).

Seu colesterol está em 300?! Puts. E como está HDL e LDL? “100 de HDL
e 200 de LDL”. Hmmm. Entendi. PERFEITO assim. Segue o baile.

Uma visão “clássica” de um médico que travou nos anos 90 (limitada,


antiquada e amadora com relação à nossa realidade), já piraria logo de
cara com o TSH. “Hipertiroidismo! Cê tá fodido, cara... puts...”.

Depois ele veria seu HGH basal e por um acaso você deu mole com
prolactina. Ele faria a associação e já logo pensaria (“coitado, tá com um
tumor na hipófise”). Daí vê seu CPK. Já era, nesse momento ele já tá quase
querendo te internar, até que vê o colesterol em 300. Game over.

Tenho total respeito à classe médica, mas esse tipo de abordagem sem
nenhum tipo de preparo, só inibe o usuário de hormônios a procurar

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

médicos.

Eles existem, fellas, só é importante se certificar que entendem do nos-


so mundo, mas nenhuma faculdade ensina o teor de conteúdo visto aqui.

BODYBUILDING NÃO SE APRENDE NA FACULDADE.

Tampouco, bodybuilders devem ser analisados como a maioria da


população. São incomparáveis.

Muito bem... até aqui, você já teve uma excelente noção de como, quan-
do hormonizados, nossa fisiologia muda em diversos aspectos abordados,
então agora é hora de nos aprofundarmos em cada exame, sucintamente.

10.2. HEMOGRAMA

As alterações mais comuns decorrentes em usuários de hormônios,


são a elevação dos níveis de Hemácias e/ou Hematócrito e/ou Hemoglo-
bina. Estes marcadores, indicam, vulgarmente falando, que seu sangue
está “grosso”, quando elevados, e trazem uma série de problemas, como
elevação absurda da pressão arterial.

O controle é feito por 3 vias:

a) Sangria prescrita por médico;


b) Doação de sangue;
c) Aspirina em doses baixas (125mg/dia) por longos períodos.

10.3. ATIVIDADE HEPÁTICA

Para se avaliar atividade hepática única e exclusivamente, TGO e TGP


podem ser desconsiderados. São irrelevantes. Não se avalia fígado com
TGO e TGP.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

A avaliação é hepática é conduzida através dos exames Bilirrubinas,


Gama GT, e Coagulograma Total.

10.4. MARCADORES CARDÍACOS

TGO, TGP e CPK. Basicamente, se tivermos um problema cardíaco in-


stalado, seus níveis de TGO, TGP e CPK estarão RIDICULAMENTE altos. Fica
tranquilo, você vai saber.

O resto você já sabe, sai gritando como uma louca e chama seu médico,
porque você tem um probleminha meio grave, nesse caso.

Nós NUNCA interferimos com alterações cardíacos.


SOMENTE MÉDICOS.

10.5. ATIVIDADE NEFRÓTICA

A atividade nefrótica, ou renal, é avaliada, primeiramente, através dos


exames Ureia e Creatinina. Constatada alguma alteração, avalia-se micro-
albuminúria.

Caso haja alguma alteração nos níveis de microalbuminúria, relate ao


seu médico imediatamente e não tente nenhuma conduta. QUALQUER
ALTERAÇÃO NOS RINS PODE SER MUITO PERIGOSA. Fique atento.

Nós NUNCA interferimos com alterações nefrótica.


SOMENTE MÉDICOS.

10.6. PERFIL LIPÍDICO

Segundo as últimas diretrizes da American Heart Association, os níveis


ideais (máximos) de HDL para LDL, devem ser em torno de 1:3. Isso signifi-
ca que o “ideal” máximo de LDL seria 120, caso seu HDL esteja em 40.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Dificilmente vamos conseguir nos mantermos nesta faixa durante o


protocolo, mas é possível com uma dieta LIMPA e muita disciplina nos car-
dios. Com substâncias como Cardarine em 20mg/dia, as coisas ficam bem
mais fáceis nesse sentido, mas a base sempre será dieta e cardios, para
tentar “segurar” o desequilíbrio causado por altos níveis de andrógenos.

A mesma conduta do Blast, deve ser adotada no Cruise, no que se diz


respeito a, basicamente, viver um estilo de vida saudável. É esse o camin-
ho para colesterol equilibrado, sem necessidade de recursos adicionais
para manter o controle.

10.7. ATIVIDADE TIROIDIANA

Hormônios como Trembolona podem afetar a atividade tiroidiana, e


este é um dos poucos exames que vale a pena ser feito durante o protoco-
lo, dependendo do caso.

Os valores principais são TSH e TGB, porém TSH é a referência. Um TSH


normal gira em torno de 2~3. Muito abaixo disso, significa hipertiroidismo
ou uso de tiroidianos. Dependendo da dose de T3/T4, seu TSH vai ficar
zerado. Normal.

Num segundo momento, se analisa T4, T3 e T3 reverso, porém isso é


reservado para médicos no processo de diagnóstico do tipo de hipo/hiper-
tiroidismo. T3 reverso excessivo pode ser relevante em alguns casos, mas
se baseie por TSH.

Se você não usa hormônios tiroidianos e/ou nandrolona e/ou prolacti-


na, e verifica o TSH em torno de 6, 7, 8, 10+... temos um caso de hipotiroid-
ismo aqui.

11. CRUISE

A dose média que eu acredito ser ideal para um cruise, é de 400mg/se-


mana. Enantato de Testosterona ou Durateston. Deposteron, não.

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MANUAL DE CONTROLE DE COLATERAIS (VOL. 1)

Só isso, e nada mais. No máximo 50~100mg de Nandrolona/semana,


caso sinta dores articulares.

Nós fazemos exames ANTES, para saber o que temos que corrigir, e
DEPOIS, para sabermos se corrigimos ou não.

O cruise se resume a isso, fisiologicamente.

12. MUITO OBRIGADO

Chegamos ao fim de mais um eBook. Espero que vocês tenham per-


cebido a evolução do teor apresentado e eu tenha contribuido positiva-
mente para sua jornada.

Não se esqueça de printar uma página do eBook e me marcar no seu


story do Instagram. Me diga através dos stories, o que achou da leitura.

Dê seu feedback. Ele é muito bem-vindo e importante. =)

IG.: @brunopina.tsd

Muito obrigado pela confiança depositada no meu trabalho,


e até a próxima, muito em breve, tenho certeza.

Cordialmente,
Bruno G. Pina.

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