Você está na página 1de 25

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.

BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

Texto redigido em 03/07/2016.


Distribuído originalmente no Facebook.

1. INTRODUÇÃO

Antes de começar a escrever, sei que o que eu escrevo im-


pacta o pensamento de muitas pessoas, então antes de
qualquer coisa, quero deixar bem claro que eu não estou
sugerindo/indicando nada pra ninguém.

O intuito é meramente educacional, hormônios não são brin-


quedo e podem te machucar seriamente.

Eu achei importante começar com esse aviso porque vou


abordar dosagens aqui e detalhes específicos de forma
aberta, então não quero ver vocês fazendo cagada e de-
pois puxando meu pé à noite. O problema é seu se você não
tem maturidade para abstrair as informações que lhe são
fornecidas.

Para iniciarmos nossa análise, primeiro quero definir o “su-


mário”. Primeiro nós vamos falar do cenário atual, depois
vamos discutir questões empíricas - que na minha opinião
são muito mais importantes do que APENAS estudos sem a
prática.

Podem reparar que a maioria dos teoricões nem parecem


que treinam; à toa que não é – em seguida, por fim, vamos

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 2
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

tratar de questões científicas para embasar a análise me-


lhor.

Vamos lá? Mas tem que ler tudo com calma, viu jovem ga-
fanhoto? Senão vai sair pulando o texto igual você pula as
partes dos vídeos do xvideos que eu sei, e aí depois sai fa-
lando groselha por aí. Todos os detalhes são importantes.

2. MECANISMOS DE AROMATIZAÇÃO

Eu ia começar a falar sobre o cenário atual, mas antes eu


vou ter que educar os que não sabem como os mecanismos
de aromatização funcionam, senão não vamos a lugar al-
gum, né?

Muito bem, aromatização, como o próprio nome já diz, tem


relação com a enzima aromatase. Enzima aromatase é uma
grande filha da puta que nós temos localizada primaria-
mente no tecido adiposo.

Ela converte nosso excesso de testosterona em estrogênio e,


se isso gerar um desequilíbrio na RELAÇÃO TESTOSTERONA/
ESTRADIOL (anotem isso!), temos problemas relacionados a
estrogênio alto.

Sim, a aromatase é uma grande “fdp”, mas como tudo no


corpo humano é BRILHANTE, até a “filha da putisse” dela tem
um motivo e é importantíssimo para nossas funções, porque

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 3
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

quem criou o corpo humano é um gênio e pensou em tudo.

A enzima aromatase está ali porque nós homens


não temos uma “fábrica” de produção de estrogê-
nio como as mulheres têm (ovários) e nem precisa-
mos, porque não precisamos de TANTO estrogênio.

Todavia, precisamos de um pouco para o funcionamento


adequado do corpo como um todo, desde humor até lubrifi-
cação de juntas, articulações, libido etc.

A verdade é que todo ser humano é um pouco homem e um


pouco mulher, alguns só são muito mais homens do que mu-
lheres e vice-versa.

Dê uma quantidade absurda de testosterona para uma mu-


lher e ela se torna um homenzinho com piriquita. Dê uma
quantidade absurda de estrogênio para um homem e ele se
torna uma mulherzinha com bililiu.

O que isso nos mostra é que homens e mulheres comparti-


lham muitos hormônios e características em comum. Se mu-
lheres não tivessem testosterona, assim como os homens elas
também teriam problemas diversos.

O que muda entre um sexo e outro (tirando características


sexuais primárias, como estrutura óssea e órgãos genitais)
são as características secundárias, que são justamente pro-

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 4
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

movidas pelos hormônios sexuais principais, testosterona e


estrogênio.

Por isso crianças antes da puberdade se assemelham muito


fisicamente, com exceção das características primárias.

Resumindo, o corpo humano é perfeito, mas você insiste em


tentar brincar de Deus (ou Odin, Rá ou o que/quem quer que
tenha criado essa máquina magnífica) e cagar tudo.

Pois bem, continuando o raciocínio... quando você, na sua inso-


lência humana, insiste em usar uma quantidade enorme de tes-
tosterona, muito mais do que seu corpo foi projetado para ter.

Seu próprio corpo, como foi programado para funcionar,


vai trabalhar para “combater”/reverter esse desequilíbrio.
E para isso ele aromatiza uma PARTE do excesso de testos-
terona através da enzima aromatase, processo esse que nós
chamamos de aromatização.

Como eu disse anteriormente, a enzima aromatase se lo-


caliza no tecido adiposo, o que significa que quanto mais
gordo você é (ou foi, mas seu estado atual importa mais do
que o passado), mais enzima aromatase você possui, o que
provavelmente também o torna mais sensível ao estrogênio
circulante.

Então o gordo aromatiza mais e é mais sensível ao estro-

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 5
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

gênio. O que significa que o gordo não usa hormônios. Acho


que isso está bem claro já, né?

Quanto mais gordo, menor o aproveitamento dos EAs (so-


bretudo os que aromatizam), porque muito se perde nesse
processo de aromatização e os colaterais relacionados a
estrogênio são muito mais pronunciados.

Outro fator importante a ser levado em consideração para


aromatização é o SHBG. SHBG = Globulina Ligadora de
Hormônios Sexuais.

Quanto mais baixo, maior a quantidade de testosterona li-


vre, o que em tese é lindo, porém geralmente níveis excessi-
vamente baixos - geralmente decorrentes da concentração
plasmática instável de substâncias com potencial de aro-
matização (testosterona, nandrolona etc.) e a própria os-
cilação plasmática das drogas também - podem aumentar
excessivamente a aromatização.

Sendo assim, é inteligente manter as injeções o mais cons-


tante possível com essas substâncias, mesmo que estejam
acopladas a um éster com cadeia carbônica longa, como
Enantato ou Cipionato, cuja MV é longa.

São três pontos-chave, então, para concluir esse tópico:

a. O corpo aromatiza o excesso de testosterona quer você

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 6
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

queira ou não, a não ser é claro que você utilize algo para
bloquear isso (a ser abordado posteriormente);

b. A enzima aromatase é localizada no tecido adiposo, por-


tanto quanto maior o % de gordura, maiores os níveis de aro-
matase e portanto maior potencial de aromatização.

c. Injeções frequentes com substâncias que aromatizam ten-


dem a reduzir o potencial de aromatização.

3. CENÁRIO ATUAL

Eu não sei exatamente quando/como isso se originou, mas


acredito que tenha tido forte influência do “boom” do gh15
no Brasil iniciado em 2012, mas antes disso a mentalidade já
era parecida.

A lógica atual do uso de testosterona da maioria das pes-


soas é que se deve utilizar POUCA testosterona, sobretudo
aqueles que “acham” que aromatizam excessivamente (mes-
mo claramente tendo o % de gordura sob controle).

É aí que começa a arrogância e o papagaismo. Sei que o


empirismo é grande parte do bodybuilding e, como eu disse
acima, pra mim é ainda assim a parte mais importante.

No entanto, é muitas vezes o nosso calcanhar de aquiles,


porque teorias/mitos bizarros são criados sem pé nem ca-

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 7
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

beça, geralmente propagados através da mentalidade de


rebanho tipicamente brasileira: “um amigo de um amigo meu
fez, ele é gigante, não importa se as únicas duas palavras do
arsenal de vocabulário dele são uga e... uga”.

A teoria que muitos utilizam para o controle de estrogênio,


os que se acham mais espertos pelo menos, é o controle via
exames. Bom, primeiramente eu devo dizer que no mundo
real esse tipo de controle tem pouca aplicabilidade NESSE
CASO ESPECÍFICO, pelos seguintes motivos:

a. O controle de estrogênio é feito “on demand” com o uso


de inibidores de aromatase (Anastrozol, Letrozol e Exemes-
tano) e/ou bloqueadores seletivos como Tamoxifeno e Ra-
loxifeno.

Tratando-se de IAs, a introdução de Letrozol, por exemplo,


mesmo em baixas dosagens, muda completamente um exa-
me de estradiol a curtíssimo prazo. E para ter controle total
sobre isso, você teria que literalmente tirar sangue toda se-
mana para avaliar a resposta do indivíduo.

b. Cada indivíduo responde TOTALMENTE diferente aos estí-


mulos, manifesta colaterais de forma TOTALMENTE diferente.
Como você trata um ser humano único e singular como um
pedaço de carne? Como um número? Isso não existe.

Podemos ter duas pessoas com a mesma idade, altura, peso,

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 8
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

tempo de treino, protocolo, alimentação e rotina, com os


mesmos níveis de testosterona e estradiol e UM ter sintomas
de estrogênio BAIXO, enquanto o OUTRO tem sintomas de
estrogênio alto! Com os mesmos números!

c. Substâncias como trembolona podem facilmente mascarar


os níveis de estradiol e gerar números totalmente bizarros,
algo como 500+ de estradiol (valor de referência 10-40)
com apenas 300mg de testosterona/semana, por exemplo.

O que acontece, então, são DOIS cenários em face do dito


acima:

a. Como todo bom desconhecedor da fisiologia humana, o


esperto/gênio lê o exame, vê o valor de referência (que foi
desenvolvido de forma totalmente genérica e não deveria
ser tomado como verdade absoluta, mas tudo bem, é um di-
recionamento para situações NORMAIS) do estradiol, por
exemplo: 10-40, e percebe que o estradiol está em 80!!!

Ó céus, quanta aromatização, quem nos salvará? E aí soca


Letrozol... porque ACHA que tem algo de errado, ignora
completamente o quadro clínico do indivíduo (se sentindo
bem, sem sensibilidade nos mamilos, sem retenção excessiva,
PA normalizada, variação de humor estável, libido ótima,
ereções matinais) e soca Letrozol no coitado porque viu um
número que segundo vossa excelência “gênio” achava que
estava errado.

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 9
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

Ignora não só o quadro clínico, como também COMPLETA-


MENTE a RELAÇÃO TESTOSTERONA/ESTROGÊNIO (ainda
será abordado mais pra frente).

b. Outro caso é o indivíduo que estava usando testosterona


um pouco mais alta, mas não muito, digamos 400-500mg, e
realmente aromatizou um pouquinho a mais da conta, o sufi-
ciente para sentir sensibilidade nos mamilos e então inicia o
uso de IA para combater, após verificar a suposta anormali-
dade nos exames.

Após conversar com outros “experts” do assunto, percebe


então que ele se trata de um “aromatizador de mão cheia”
e que agora sua dosagem limite de testosterona deve ser
fixada em 200-300mg, a fim de evitar a aromatização ex-
cessiva.

Mas percebe que agora MESMO com o estradiol mais bai-


xo, ele começou maiores colaterais de estrogênio elevado e
precisa usar ainda mais IA!!! Com menos testosterona! Como
assim??? Que azarado...

Isso nos leva ao próximo ponto, talvez um dos mais cruciais.

4. RELAÇÃO TESTOSTERONA/ESTROGÊNIO

Suponhamos, ok? Apenas suponhamos que num “mundo per-


feito” não houvesse individualidade biológica como eu ex-

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 10
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

pus anteriormente, o que INVALIDA esse raciocínio, mas ok,


vamos viver num conto de fadas temporariamente só pra eu
ilustrar isso aqui.

Sabemos que o valor de referência de estradiol é de cerca


de 10-40.

Sabemos que o valor de referência de testosterona é de


cerca de 300-800.

Isso nos diz que o número limítrofe inferior para estradiol é


de 10 e o limítrofe superior é 40. Assim como 300 e 800 para
testosterona, respectivamente.

Teoricamente - e isso é só no nosso mundinho do Bob, mas


só pra termos uma BASE de referência pra não ser absoluta-
mente empírico/pautado no quadro clínico -, se a testoste-
rona está no limite inferior, o estradiol também teoricamente
deveria estar PRÓXIMO disso, ok? E vice-versa.

Ou seja, para cerca de 300-500 de testosterona, o estra-


diol deveria estar mais ou menos em torno de 10-20. Isso
TEORICAMENTE seria um nível de estradiol otimizado, des-
considerando individualidade biológica e sendo totalmente
frio.

Novamente, seguindo essa lógica, o quadrante superior de


estradiol dentro desse valor de referência (cerca de 30-40)

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 11
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

provavelmente seria compatível com níveis de testosterona


naturais mais elevados, em torno de 600-800. Todos esses
valores teoricamente seriam “compatíveis” uns com os outros.

Muito bem. Agora vamos trazer isso pra realidade de um


hormonizado.

Sabemos que quem utiliza hormônios muitas vezes recorre


ao mercado negro para adquirir substâncias, e um dos prin-
cipais formatos de testosterona utilizado é o Enantato de
Testosterona (éster enantato acoplado à substância testos-
terona, 8 átomos de carbono, MV de cerca de 4-5 dias).

Pelo fato do éster enantato ser relativamente pesado, a


cada 100mg de testosterona, perdemos 30mg devido ao
peso do éster, ou seja, a cada 100mg de Enantato de Tes-
tosterona, recebemos 70mg de testosterona “livre”.

Também sabemos que cerca de 100mg de Enantato de Tes-


tosterona/semana (já considerando o peso do éster e a tes-
tosterona “perdida” devido a isso) GERALMENTE equivalem
a cerca de 600-700ng/dl de testosterona num exame, se o
produto for de boa procedência.

Pode variar um pouco pra menos ou pra mais, depende da


confecção da droga (que é feita caseiramente), grau de
oxidação, solventes e veículo utilizados, armazenamento
etc., mas gira em torno disso.

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 12
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

Sendo assim, uma matemática básica nos diz que, por exem-
plo, 400mg de testosterona/semana, TEORICAMENTE, nos
fornecerá em torno de 2400-2800ng/dl de testosterona
total, mas diversos outros fatores, como empilhamento de
meias vidas, frequência de injeções, fase do protocolo (pri-
meiras semanas, últimas semanas) etc., podem impactar os
exames. Porém, novamente, é uma boa base de referência.

Agora vamos raciocinar um pouquinho? Vocês lembram da-


quele discurso que eu fiz sobre HOMEOSTASE? EQUILÍBRIO?
Pois bem... vocês lembram que eu disse que o corpo humano
sempre quer manter um equilíbrio e que precisa de níveis de
estrogênio equilibrados RELATIVOS à testosterona? Afinal de
contas é pra isso que existe enzima aromatase, né?

Muito bem. Qual é o sentido, então, de um indivíduo com


cerca de 4x mais testosterona que teria no quadrante supe-
rior ter, por exemplo, 30 de estradiol? Isso no nosso mundo
do Bob, desconsiderando individualidade biológica, é claro.

Por que diabos você ficaria extremamente assustado se seu


estradiol estivesse em, digamos, 120, num cenário desses? 4x
mais testosterona, 4x mais estradiol, meu caro. Matemática
básica.

Eu vou repetir pela 10ª vez, caso não tenha ficado claro: isso
é tudo TEORICAMENTE, porque no mundo real não é exa-
tamente assim que funciona, porém é o MAIS PRÓXIMO que

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 13
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

você que adora se basear em números para julgar um ser


vivo altamente complexo individual pode chegar.

Logo, percebam que o corpo humano NÃO trabalha de for-


ma isolada e sempre de forma sistêmica. Tudo faz parte de
um todo e não podemos desconsiderar o funcionamento
como um todo para satisfazer nossas necessidades. O corpo
humano funciona como funciona e não como queremos que
ele funcione.

A RELAÇÃO TESTOSTERONA/ESTRADIOL deve sempre ser a


referência, e não valores separados. Valores separados não
dizem NADA sem cruzarmos quadro clínico e contexto como
um todo, principalmente se tratando de um indivíduo que
NÃO é normal, com níveis de testosterona NADA normais.

5. EMPIRISMO/APLICAÇÃO PRÓPRIA/PRÁTICA

Agora entra a parte onde eu compartilho com vocês um pou-


co da minha prática em mim mesmo e com dezenas (talvez
o número já tenha chegado a mais de 100) de... digamos...
voluntários.

Como todo bom estudioso do assunto, eu não me limitei aos livros


de Guyton & Hall, Goodman & Gillman etc., também me aprofun-
dei no que realmente importa dentro do mundo do bodybuilding.

Fiz uso do conhecimento obtido através de livros de Dan

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 14
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

Duchaine, Lyle McDonald, Chris Aceto, Carlon Colker etc., e


claro né, uma pitadinha de gh15, getbig e datbtrue, porque
ninguém é de ferro.

Percebi no meio underground que um consenso parecia rei-


nar, e esse consenso era que se deve tomar muito cuidado
com a aromatização excessiva, e que sem HGH a aroma-
tização pode ser absurda, principalmente ultrapassando
700mg~1g de testosterona/semana, o que significa que ja-
mais, em hipótese alguma, se deveria cruzar essa barreira
negra, sobre perigo iminente de virar uma teta gigante am-
bulante com 3 olhos.

A lógica por trás disso era meio óbvia: quanto mais testoste-
rona, mais aromatização, e isso fazia muito sentido pra mim,
então evidentemente eu tomei muito cuidado durante anos
na minha aplicação prática e me mantive bastante receoso
por bastante tempo, sempre me limitando a dosagens bai-
xas/médias, chegando a no máximo 500mg em média.

Percebi que em mim mesmo e em outros mais susceptíveis a


colaterais de estrogênio alto, que o uso de IAs era pratica-
mente obrigatório, mesmo em dosagens baixas, e sempre me
perguntei - como ouvia relatos de caras usando 2g... algu-
mas vezes até 3g+ de testosterona - como diabos aquilo era
possível. Freaks de natureza, talvez? HGH... deve ser o HGH.
Ou genética, né? Isso.

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 15
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

Não que genética não tenha relação, tem sim. Há pessoas


que nem sequer têm sensibilidade nos mamilos! Parecem
simplesmente ser imunes a ginecomastia. Mas isso NÃO se
aplica a maioria de nós.

Qual é a falha dessa mentalidade? Haha. Vocês já sabem,


né? Eu dei a resposta lá em cima. Mas não exatamente a
resposta completa. Então deixa eu complementar pra fazer
mais sentido.

Lembram dos IAs que eu falei? Exemestano, Letrozol, Anas-


trozol... pois bem, Exemestano é um IA suicida, ele é pratica-
mente um Spets-naz, um S.A.S, um NAVY SEALS, um COMAN-
DOS.

É o legit Rambo dos IA. Ele entra na fábrica de enzima aro-


matase e destrói tudo, um verdadeiro vândalo, destruidor,
matador, aniquilador de enzima aromatase.

Então matando a aromatase, você não produz mais estro-


gênio, só que não é “A” enzima né, temos uma quantidade
enorme de “enzimas aromatase” pelo corpo todo, então o
Exemestano só vai destruir parte disso e gradativamente,
então não é bem assim também, a não ser que você abuse.

O problema é que se você abusar, ele vai ter matado a fábri-


ca, e você fica sem estrogênio. Aí é game over pra você, ou
pelo menos pro seu bililiu e humor, por algumas semanas no

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 16
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

mínimo, até o corpo produzir novas enzimas aromatase. É o


mais eficaz, mas mais “perigoso”, além de caro (geralmente).

P.S.: Eu reli essa parte novamente ao editar este texto e digo


hoje: “porra nenhuma”. Pode usar Exemestano sem medo.

Em seguida temos o Letrozol e Anastrozol, esses são os mais


comuns, são da categoria dos NÃO suicidas (Exemestano
é suicida). Esses aqui se prendem ao estrogênio circulante
TEMPORARIAMENTE e bloqueiam a ação deles de forma sis-
têmica temporariamente.

O estrogênio está lá, ele ainda existe, porém está “imobi-


lizado” temporariamente, por isso IAs não suicidas causam
rebote após cessado o uso. Esse é o problema desses IAs,
mas o lado “bom” é que são mais “facilmente” (e isso é bem
entre aspas) utilizados.

O fato é que tanto os suicidas quanto não suicidas redu-


zem uma % do seu estrogênio circulante. % eu disse, não um
número específico. Sei que muitos de vocês não são gênios
em exatas (tampouco eu), porém vocês sabem que um valor
FIXO é diferente de PORCENTAGEM, né?

O que isso significa é que 10% de 500 é 50, e já 10% de 5000


é 500. Parece meio idiota isso que eu acabei de falar, mas
perceba que de 500 pra 50 a diferença do valor fixo é de
450 “apenas”, ao passo que no segundo caso, a diferença

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 17
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

é de 4500!!! Entenderam a lógica da coisa? Isso ainda não


diz muita coisa, porque se calcularmos ao pé da letra, ainda
assim a diferença não é tão drástica - e isso me deixou com
uma pulga atrás da orelha.

Essa pulga atrás da orelha surgiu quando eu, no ápice de


um dos meus testes práticos, comecei a reduzir dosagens de
outros hormônios em detrimento do aumento de testosterona
visando ao maior crescimento.

Pra encurtar a conversa, com 2g de testosterona/semana,


tinha (tenho) que utilizar Exemestano apenas 1-2x na se-
mana, sendo que com doses muito mais moderadas, 400-
500mg por exemplo. Muitas vezes necessitei de muito mais
do que isso, beirando ao uso de Exemestano DSDN e em
alguns casos até mesmo TSD. E isso depois de vocês virem
o quão Exemestano é potente para controle de estrogênio.

Evidentemente, recrutei voluntários para replicar esse teste


e o resultado foi o mesmo em TODOS os casos: muito menos
colaterais relacionados a estrogênio, sensação “good fee-
ling” aumentada, libido “up the roof”, treinos intensos, pesa-
dos, fortes, articulações/juntas blindadas, retenção contro-
lada, psicológico muito mais equilibrado.

Isso me fez refletir também sobre atletas do passado, mais


especificamente anos 1970-80 e até do Brasil (os mais old
school), que utilizavam e ainda utilizam também doses co-

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 18
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

piosas de testosterona e surpreendentemente muitos nem


sabem o que é IA (no máximo “Nolvadex”/tamoxifeno).

Quando você lê o número 1g~2g de testosterona/semana,


talvez a primeira coisa de forma preconceituosa e limitada
que te vem à mente é ABUSO, mas como eu disse, outras
substâncias seriam reduzidas em detrimento desse aumento
de testosterona, óbvio.

Ao invés de usar tanta trembolona, stanozolol e substâncias


que te arrebentam muito mais que testosterona, você usaria
muito mais testosterona, que é MUITO mais “natural” e tole-
rável pelo corpo humano do que a maioria dos outros EAs.
Essa é a lógica, e não sair socando tudo em grandes quan-
tidades.

Enfim, o fato é que claramente isso funciona, e funciona mui-


to bem. Mesmo sem HGH. Não estou falando que a solução
é 2g de testosterona/semana, até porque isso foi apenas
um teste, mas estou dizendo que talvez (COM CERTEZA) esse
medo de passar de 700mg~1g de testosterona/semana é
infundado. É claro que você vai diminuir as outras substân-
cias, né? Ou vai dar uma de Bostin Loyd agora?

Mas por que funciona? Talvez seja o IA reduzindo mais estro-


gênio com maiores doses de testosterona? Talvez... pode ser
que sim, tem fundamento, mas isso não me convenceu, então
eu fui além... e com isso eu encerro a parte empírica desse
artigo.
BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.
PÁGINA 19
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

Em seguida temos o Letrozol e Anastrozol, esses são os mais


comuns, são da categoria dos NÃO suicidas (Exemestano é
suicida). Esses aqui inibem a ação das enzima aromatase-
TEMPORARIAMENTE.

Por isso IAs não suicidas causam rebote após cessado o uso.
Esse é o problema desses IAs, mas o lado “bom” é que são
mais “facilmente” (e isso é bem entre aspas) utilizados.

O fato é que tanto os suicidas quanto não suicidas redu-


zem uma % do seu estrogênio circulante. % eu disse, não um
número específico. Sei que muitos de vocês não são gênios
em exatas (tampouco eu), porém vocês sabem que um valor
FIXO é diferente de PORCENTAGEM, né?

O que isso significa é que 10% de 500 é 50, e já 10% de


5000 é 500. Parece meio idiota isso que eu acabei de
falar, mas perceba que de 500 pra 50 a diferença do valor
fixo é de 450 “apenas”, ao passo que no segundo caso, a
diferença é de 4500!!!

Entenderam a lógica da coisa? Isso ainda não diz muita


coisa, porque se calcularmos ao pé da letra, ainda assim a
diferença não é tão drástica - e isso me deixou com uma
pulga atrás da orelha.

Essa pulga atrás da orelha surgiu quando eu, no ápice de


um dos meus testes práticos, comecei a reduzir dosagens de

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 20
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

outros hormônios em detrimento do aumento de testosterona


visando ao maior crescimento. E pra encurtar a conversa,
com 2g de testosterona/semana, tinha (tenho) que utilizar
Exemestano apenas 1-2x na semana, sendo que com doses
muito mais moderadas, 400-500mg por exemplo.

Muitas vezes necessitei de muito mais do que isso, beirando


ao uso de Exemestano DSDN e em alguns casos até mesmo
TSD. E isso depois de vocês virem o quão Exemestano é po-
tente para controle de estrogênio.

Evidentemente, recrutei voluntários para replicar esse teste


e o resultado foi o mesmo em TODOS os casos: muito menos
colaterais relacionados a estrogênio, sensação “good fee-
ling” aumentada, libido “up the roof”, treinos intensos, pesa-
dos, fortes, articulações/juntas blindadas, retenção contro-
lada, psicológico muito mais equilibrado.

Isso me fez refletir também sobre atletas do passado, mais


especificamente anos 1970-80 e até do Brasil (os mais old
school), que utilizavam e ainda utilizam também doses co-
piosas de testosterona e surpreendentemente muitos nem
sabem o que é IA (no máximo “Nolvadex”/tamoxifeno).

Quando você lê o número 1g~2g de testosterona/semana,


talvez a primeira coisa de forma preconceituosa e limita-
da que te vem à mente é ABUSO, mas como eu disse, outras
substâncias seriam reduzidas em detrimento desse aumento

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 21
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

de testosterona, óbvio.

Ao invés de usar tanta trembolona, stanozolol e substâncias


que te arrebentam muito mais que testosterona, você usaria
muito mais testosterona, que é MUITO mais “natural” e tole-
rável pelo corpo humano do que a maioria dos outros EAs.
Essa é a lógica, e não sair socando tudo em grandes quanti-
dades.

Enfim, o fato é que claramente isso funciona, e funciona mui-


to bem. Mesmo sem HGH. Não estou falando que a solução
é 2g de testosterona/semana, até porque isso foi apenas
um teste, mas estou dizendo que talvez (COM CERTEZA)
esse medo de passar de 700mg~1g de testosterona/sema-
na é infundado. É claro que você vai diminuir as outras subs-
tâncias, né? Ou vai dar uma de Bostin Loyd agora?

Mas por que funciona? Talvez seja o IA reduzindo mais es-


trogênio com maiores doses de testosterona? Talvez... pode
ser que sim, tem fundamento, mas isso não me convenceu,
então eu fui além... e com isso eu encerro a parte empírica
desse artigo.

6. THE JUMP OF THE CAT / O PULO DO GATO / ESTUDO


CIENTÍFICO

Como vocês sabem, ou deveriam saber, NÃO se deve anali-


sar estudos apenas pelo abstrato e sim analisar todo o con-

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 22
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

texto, métodos, perfil dos grupos de experimento e controle


etc. de forma criteriosa/profunda, ou fica extremamente
tendencioso.

Neste caso e vou me abster ao abstrato dessa vez e quem


tiver interesse pode analisar o estudo mais a fundo (tem
mais algumas curiosidades), mas por enquanto vou me ater
ao principal.

CRUZEM as informações deste abstrato com os gráficos


anexados a este post.

LINK DO ESTUDO (2010):


http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2913038/

“AROMATIZAÇÃO SATURA A 600MG DE ENANTATO DE


TESTOSTERONA/SEMANA”

BACKGROUND/CENÁRIO: Durante a terapia com o uso


de Testosterona, Testosterona é parcialmente converti-
da em 17 -estradiol (E2) e 5 -dihidrotestosterona (DHT).
O impacto da idade, dose de testosterona e composição
corporal nos níveis totais e livres de Estradiol e DHT são
desconhecidos até então.

OBJETIVO: Avaliamos as diferenças dos níveis de E2 e DHT


com relação à dose utilizada e idade em resposta à utili-
zação de testosterona em doses diferentes e por pessoas

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 23
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

jovens e de maior idade.

MÉTODOS: 51 jovens adultos (19 a 35 anos) e 52 homens de


idade mais avançada (59-75 anos) completaram o tra-
tamento com injeções de um análogo agonista de GnRH,
além de dosagens SEMANAIS aleatoriamente designadas de
Enantato de Testosterona (25, 50, 125, 300 ou 600mg) por 5
meses.

RESULTADOS: Durante a administração de testosterona, os


níveis totais e livres de Estradiol aumentaram de acordo
com a dose (dose efeito, P < 0.001) em ambos homens jo-
vens e adultos.

Os níveis totais e livres Estradiol e relações E2:T foram mais


altos em jovens adultos do que idosos, mas as diferenças
relacionadas a idade no que tange relações de E2 livre e
E2:T não foram significantes depois de ajustes/equivalência
para níveis de testosterona, percentual de % e SHBG. Níveis
de DHT e relações DHT:T tiveram relação com a dose admi-
nistrada mas não mudaram de acordo com a idade.

Durante a administração de testosterona, os níveis de E2 e


DHT exibiram AUMENTOS SATURÁVEIS DE ACORDO COM A
DOSE. Ademais, a quantidade de aromatização é maior em
homens mais velhos, o que está relacionado parcialmente
ao percentual de gordura, SHBG e níveis de testosterona.

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 24
BLACKBOOK: RELAÇÃO TESTO:E2

7. CONCLUSÃO

Como vocês podem observar, de acordo com os dados em-


píricos e científicos, parece haver uma drástica redução da
aromatização depois de um determinado ponto (600mg/
semana).

Isto indica que a administração de dosagens mais elevadas


(800mg, 1g, 1.2g, 1.5g etc.) na verdade NÃO gera maiores
problemas relacionados a estrogênio, MUITO PELO CON-
TRÁRIO, JUSTAMENTE O OPOSTO, uma vez que a relação
T:E2 se torna cada vez mais positiva, devido à saturação de
aromatização após 600mg.

Não devemos desconsiderar níveis de % percentual de gor-


dura e outros fatores que podem propiciar maior aromati-
zação, nem desconsiderar o controle com IA se necessário
for.

Não obstante, este post (agora eBook) vem para quebrar


de uma vez por todas o paradigma infundado que dosa-
gens mais baixas de testosterona devem ser utilizadas para
evitar problemas com estrogênio, o que na verdade causa
justamente o OPOSTO.

VERITAS LIBERABIT VOS!

BlackBook Store - Licenciado para: ramon_abaete@yahoo.com.br.


PÁGINA 25

Você também pode gostar