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Segredos do Bodybuilding
Por: Ugo Oliveira & André Rizzuti

Nesta obra você encontrará explicações teóricas e guias


práticos para aplicação cotidiana, diante das mais diversas
situações, comumente enfrentadas pelo praticante de
fisiculturismo.
Cabe salientar aqui, para os marinheiros de primeira viagem,
que nem tudo que lemos na área científica é condizente com a
prática. A ciência evolui, e muitas vezes, no caso do Bodybuilding,
ela tenta provar o que muitos atletas já fazem há décadas.
Algumas situações apresentadas possuem embasamento
científico atual, outras são simplesmente empíricas. Cabe o seu
julgamento, e experiência, tratá-las da maneira que lhe for
cabível.

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Esta obra tem como objetivo guiar novos aprendizes do
Bodybuilding a conceitos práticos e teóricos usados no dia-a-dia
do atleta/entusiasta.
Tudo escrito aqui partirá de experiências e observações de
ciência aplicada.
O material irá destruir alguns mitos do que se lê hoje na
internet e mostrará qual a nossa filosofia de trabalho sobre
assuntos diferentes.
Ao término dos diferentes capítulos você se encontrará
preparado para enfrentar e lidar com as diversas variáveis que
surgem no dia-a-dia, para nós, que levamos o Bodybuilding e o
fitness como estilo de vida, desde as coisas mais simples até as
mais obscuras.

No decorrer do conteúdo, verão que a forma de abordagem


baseada em evidencias quando possível e no bom senso é o
melhor caminho. O Bodybuilding e fisiculturismo é muito
demonizado por grande maioria dos profissionais da saúde, o
meio fitness não tanto, mas em termos de usos indevidos e
abusos, ambos são muito frequentes nas duas situações. Portanto
como dito o mais importante é não manter sensacionalismo para
nenhum dos dois extremos e sim educar aqueles que vivem no
meio para que possam ter e desenvolver uma melhor consciência.

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IMPORTANTE

Todas as informações contidas nessa obra, tanto


teóricas quanto práticas são de cunho informativo,
portanto cabe ao leitor toda a responsabilidade ao
seguir ou aplicar qualquer conduta aqui descrita.
O conteúdo desta publicação não substitui o trabalho
de um profissional qualificado. Consulte um
profissional credenciado para adequar as sugestões
desta obra às suas individualidades.

Copyright © 2019 por Ugo Oliveira e André Rizzuti


Todos os direitos reservados.

Segredos do Bodybuilding
Ugo Oliveira e André Rizzuti, Primeira Edição, 2019.
Projeto gráfico e capa: Ugo Oliveira
Revisão: Ugo Oliveira e André Rizzuti

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SOBRE OS AUTORES

Cursou Educação Física pela UFRJ, Ex Atleta de Fisiculturismo pela IFBB-Rio, influenciador,
autor, e divulgador de diversos trabalhos online desde 2009. Conhecido principalmente pelo seu
trabalho com dezenas de atletas e network no Bodybuilding Internacional. Começou a divulgar seu
conhecimento como moderador de diversos fóruns online nacionais e internacionais, sendo o
GH15.org (Internacional) e Hipertrofia.org / Treino Insano (Nacionais) como os mais famosos.
Também conhecido pelo seu canal de motivação no Youtube; “AxlTijuca”. Com mais de 15 milhões
de acessos. Hoje, Coach de Fitness Internacional, residiu em quatro Países e continua expandindo
seu network.

Cursou Educação Física, Nutrição e se transferiu para Medicina onde esta terminando a
graduação. Autodidata e influenciador, teve contato com o mundo do fisiculturismo desde os 15
anos, chegou a competir na SubJr e Jr pela FMBB e pela IFBB-MG, atualmente se dedica apenas
aos estudos e produção de conteúdos. Adquiriu uma grande experiência prática aplicando
princípios mesmo, e com atletas/profissionais da saúde.

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Sumário

Modulação Hormonal ................................................................... 8


Introdução ao conceito de Blast & Cruise / TRT ....................... 12
Cinco coisas que você deveria saber antes de usar hormônios . 13
Mulheres e hormônios / Considerações primordiais ............... 21
O impacto dos anticoncepcionais nos ganhos ........................... 25
Síndrome dos ovários policísticos .............................................. 28
DHT amigo, não vilão ................................................................. 31
Finasterida .................................................................................. 32
Estradiol ...................................................................................... 35
Prolactina .................................................................................... 37
Ginecomastia .............................................................................. 41
Libido .......................................................................................... 45
Acne ............................................................................................. 50
Fertilidade ................................................................................... 54
Manutenção do perfil lipídico .................................................... 57
Função Hepática ......................................................................... 59
E a famosa Silimarina? ............................................................... 63
Hipertensão arterial secundária aos AES .................................. 68
Tireoidianos ................................................................................ 70
Termogenicos .............................................................................. 74
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Exames ........................................................................................ 78
Nódulos e Inflamações ............................................................... 81
Entendendo Hipertrofia ............................................................. 85
Dietas........................................................................................... 91
Estratégias ................................................................................... 99
Estratégia pós-refeição “lixo” ................................................... 100
Metformina ............................................................................... 103
O lado negativo de estimulantes em doses altas ..................... 107
Enzimas Digestivas ....................................................................110
Lugol ........................................................................................... 111
Treinamento, o fator esquecido ................................................ 113
GH e Peptídeos ..........................................................................118
SARMS ...................................................................................... 134
Conclusão da Apostila .............................................................. 139
Créditos ..................................................................................... 140
Referências ................................................................................. 141

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Modulação Hormonal.

De alguns anos pra cá, tornou-se febre o termo “modulação


hormonal”, que na verdade, não é reconhecido na medicina e,
muito menos, pela sociedade brasileira de endocrinologia.
A verdade é que existe a reposição hormonal e a prescrição de
esteroides anabolizantes para o ganho estético, (em termos de
massa magra e perda de gordura), por médicos que, 90% das
vezes, não tem conhecimento teórico nem prático sobre o

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assunto, e, então, esse segundo cenário é mascarado com o termo
“modulação hormonal”.
Raramente um jovem/adulto até os 50 anos, de fato,
apresentaria níveis baixos de testosterona (salve situações
patológicas), é muito fácil enganar o cliente por valores de
referência (sim, nesse ramo o paciente se tornou cliente). E
mesmo com os níveis baixos circulando por volta dos 250 ng,
ainda se tem que levar em consideração a quantidade de
testosterona livre e o SHBG.
Mesmo em relação a esses marcadores, sendo a livre média e o
SHBG normal dentro da referência, é possível se manter em uma
condição fisiológica de libido, energia, massa muscular, óssea
etc., pela individualidade de resposta de cada um.
Portanto, é inconsequente colocar jovens completamente
desinformados em dependência desses hormônios, porque
infelizmente, é o que acontece, e, as sequelas na qualidade de
vida, principalmente, nos aspectos psicológicos, são grandes e
difíceis de se estabilizar.
Os médicos devem refletir, assim os profissionais da área da
saúde no geral, antes de prescrever (por mais ínfimos que sejam
os colaterais fisiológicos) esteroides para entusiastas, sem
ressaltar tudo que vem junto a longo prazo. Por isso, há coisas
básicas que todo iniciante deve saber antes de iniciar o uso de
hormônios, coisas que o profissional médico ou quem indicou,
raramente cita que também valem para muitos outros compostos
e não somente os hormônios.

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(Níveis de Testosterona Livre no Sangue por Idade.)
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK216175/

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Introdução ao conceito de Blast and Cruise /
TRT.

Muitas pessoas chegam com dúvidas a respeito do uso de


hormônios.
Antigamente, a famosa TPC (Terapia pós ciclo) era comum
entre os “ratos de academia”. A questão é que a ciência avançou.
Apesar de reposição hormonal ainda ser um tabu no Brasil, por
exemplo, na Flórida (Onde Ugo residiu por 2 anos.), era algo bem
comum.
Há todo um interesse das grandes farmacêuticas em manter a
reposição de testosterona longe do mercado, junto com certa
ignorância das partes profissionais, mas isso seria uma longa
discussão.
Mas então, o que acontecia com o usuário de hormônios até os
anos 90 (adeptos de TPC)?
O usurário usava em um tempo específico, digamos, 8-10
semanas de hormônios, desligando seu eixo hormonal, e após
isso, colocava-se um coquetel de drogas para TENTAR recuperar
esse eixo, depois se repetia o processo, 2,3 até 4 vezes ao ano, até
que no final, seu eixo se perdia de vez, com recuperações cada vez
mais difíceis.
De alguns anos pra cá, principalmente fora do Brasil, começou-
se a utilizar o processo de Blast and Cruise, nome denominado
pelos próprios atletas, onde Blast (nome que denominada
explosão) seria a fase mais anabólica do uso de hormônios, e o
Cruise (nome em inglês para denominar uma velocidade em
cruzeiro, uma ponte), seria a fase de reposição hormonal usando
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o mínimo possível para se manter uma dosagem fisiológica de
testosterona, ou pouco acima disso.
O cruise também serve como uma ponte entre dois Blasts,
podendo assim, ser subjetivo em termos de dosagem de atleta
para atleta.
Com o tempo, foi se descobrindo que essa era a forma menos
danosa e mais estável de se construir um corpo competitivo a
longo prazo. Afinal, você não está brincando com seu eixo a cada
2 meses, assim, poderá parar quando quiser com prejuízos
menores, através de protocolos mais avançados de restauração de
eixo. (Como uso da Triptorelina).
Por essas e outras razões, sempre citamos aos mais antigos, que
não se usa mais TPC, uso de hormônios são um estado do atleta,
ou você usa ou não. Se você usa e de fato, quer chegar a outro
nível, vai ter que usar ininterruptamente e também arcar com as
consequências disso, pois elas existirão.
A primeira pergunta que surge é sobre os gastos envolvidos.
Podemos te afirmar que fica muito mais caro pagar antigas TPCs,
do que usar dosagens baixas de Testosterona por semana.
Portanto, basicamente, o Blast and Cruise consiste nesses
períodos onde o Blast seria aquele momento pré-estabelecido no
qual se usariam doses, teoricamente, um pouco mais elevadas,
visando alcançar os objetivos individuais.
Já o Cruise seria a manutenção de uma dose suprafisiológica
baixa, que faça a manutenção dos ganhos, sejam em termos de
massa magra ou baixa de percentual de gordura.
É no Cruise também, onde os usuários devem se atentar a
corrigir o máximo possível a sobrecarga causada no blast, como:
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cuidado com a saúde hepática, perfil lipídico e diversos outros
marcadores importantes para manutenção de saúde no usuário.

Cinco coisas que você deve saber


antes de iniciar o uso de hormônios.

1 - Não importa se você vai utilizar testosterona bioidêntica em


creme ou cápsulas, isso não significa que ela seja diferente ou
mais segura que a terapia de reposição com testosterona
injetável, pelo contrário, muitas vezes, pode até ser pior se você
levar em consideração a efetividade, custo, e metabolização da
mesma. Afinal, você pode até atingir escores de testosterona total
altos, porém, a testosterona livre não tende a subir tanto em
termos de ganhos estéticos, os injetáveis são melhores veículos
por maior exposição a dosagens plasmáticas elevadas, enquanto
os bioidênticos são apenas para reposição funcional e
dependendo do caso muitas vezes falham.

2- Há efeitos no aumento do desempenho e evolução física,


efeitos no sistema nervoso central, como aumento do senso de
bem-estar, e o potencial ansiolítico. Temos também melhora do
desempenho sexual na libido/potência, e quando se cessa o uso,
tem-se um período de adaptação e recuperação longo, que aliado
aos fatores externos do dia-a-dia, levam o usuário a um certo grau
de dependência, ou desmotivação. Portanto, na maioria dos
casos, principalmente em jovens, deve ser ressaltado esse fator e,
se de fato, aquele indivíduo está apto a arcar com tudo isso, pois,
na maioria das vezes, ele está entrando em um buraco escuro sem

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ter consciência disso. Há um grande consenso na comunidade
cientifica já da dependência psicológica dos esteroides
anabolizantes, que inclusive já vem citada em alguns livros
voltados para área como a ultima edição do Anabolics.

3 - Os efeitos não são dose-dependentes com linearidade, cada


indivíduo tem uma sensibilidade para a testosterona, alguns
podem responder melhor com 200mg quinzenalmente, do que
outros com as mesmas 200mg semanalmente, depende de “N
fatores”. Nunca comece pensando que maiores doses vão
significar maiores resultados. Um grande erro é começar com
altas doses, tendo um shape que não seja proporcional a elas, isso
faz com que muito dos usuários se frustrem com os resultados e
fiquem estagnados querendo aumentar cada vez mais as doses, e
esquecendo-se de fatores importantes. Deve-se sempre aprender
a ter percepção de todas variáveis, como; estradiol, prolactina,
dht e os outros impactos que os esteroides causam que afetam a
qualidade de vida do usuário.

4 - O fígado, diferentemente do que todos pensam, não é quem


mais sofre com a testosterona, e sim, o sistema cardiovascular.
Uma atenção aos níveis do painel lipídico durante toda terapia de
reposição hormonal deve ser feita com uma manutenção
cautelosa, e adequação de protocolos e proteções para prevenir
futuras complicações.

5 - Fertilidade: a testosterona, de fato, com o uso prolongado,


diminui a contagem de espermatozoides e a motilidade dos
mesmos, mas isso não quer dizer que ela te deixaria infértil
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completamente, isso varia muito. Ultimamente, muitos homens
têm filhos durante a TRT, e após anos de uso. Inclusive atletas
que utilizam e abusam nas dosagens. Portanto, preste atenção aos
métodos contraceptivos utilizados. Já em um cenário oposto,
mesmo quando não pretendem ter filhos em um período de
tempo próximo, é interessante a manutenção basal da fertilidade
do indivíduo, ou de níveis de FSH e LH, para que se tenha uma
quantidade de abp circulante, e futuramente seja mais fácil a
recuperação.

Estudos Selecionados onde a Variação de Testosterona


tem impacto sobre composição corporal e força.
Reference Study Control Results
Population Variables
Cross-Sectional Studies
Field et al., MMAS. 1,241 Age, BMI, Low T levels
1994 men smoking related to higher
BMI
Abbasi et al., 144 men, 60 Age Total T and free
1998 to 80 years of T correlated
age from with lean body
communities of mass and total
SE Wisconsin adipose mass,
with age
partialled out of
the correlation;
hormones did
not predict
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Reference Study Control Results
Population Variables
either measure
in regression
analysis
Baumgartner 121 male Knee height Free T
et al., 1999 volunteers, 65- associated with
97 years old muscle mass
Couillard et al., 217 healthy and Waist girth Higher BMI, %
2000 sedentary men body fat, fat
ages 17 to 64; mass with lower
57 men age 50 T levels. T also
or older negatively
correlated with
body fat in
waist, hip, but
not with visceral
adipose tissue
NOTE: BMI = body mass index; MMAS = Massachusetts Male Aging Study; T = testosterone.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK216175/

Frequência de uso

No nosso país, mais exclusivamente, criou-se muita


“broscience” (termo em inglês usado para definir uma ciência
empírica sem embasamento.), até nos aspectos fisiológicos
quanto ao funcionamento, sinergia e posologia dos esteroides
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anabolizantes. Primeiro, que não existe uma dosagem mínima de
cada droga, que nem a cultura do meio propaga. Isso faz com que
muitos iniciantes, sem a mínima experiência, já achem que é
necessário usar mais de meia grama (+ 500mg) de algo, em
primeiro contato.
Segundo, que existe uma janela terapêutica ( não literalmente
que nem outros fármacos ), mas uma faixa em que se o usuário
conseguir situar-se dentro vai ter o melhor físico aparente.
Terceiro, muitas vezes o atleta, seja homem ou mulher, sobe as
dosagens antes da preparação para um campeonato, e acaba
“embaçando” o shape sem perceber, justamente por isso, porém,
acaba culpando a dieta, o diurético ou o timing.
Acontece que quando ultrapassamos essa janela, a nível
intracelular, a resposta dos receptores androgênicos pode não ser
a mesma, eles não saturam, mas o efeito do desfecho final não
tende a ser o mesmo. Mesmo sob dosagens de GH (hormônio do
crescimento) e insulina (onde também ocorrem muitas contra
regulações). Independente do diurético que o atleta possa estar
usando, as alterações em nível de equilíbrio de eletrólitos e
reabsorção de água mediada diretamente pelos hormônios, pelo
sistema renina-angiotensina-aldosterona e pelo adh, mais uma
série de alterações indiretas pela própria ansiedade, induzida pelo
aumento dos hormônios aliados ao estresse pré-competição, tudo
isso vai prejudicar negativamente o atleta, custando, muitas
vezes, aquele primeiro lugar ou troféu que ele tanto queria.

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Fracionamento de doses.

Muitos pacientes/usuários aderem ao fracionamento da


administração das injeções de testosterona e outros hormônios
em uma reposição hormonal, Cruise e até alguns Blasts. Utilizam
do argumento que mesmo com a meia vida média dos ésteres
mais utilizados (cipionato e enantato), quanto menor a oscilação,
menor serão os colaterais como a aromatização.
Acontece que na prática, isso não ocorre em se tratando da
maioria dos usuários que fazem por conta própria ou pacientes
sob reposição (com exceção das altas dosagens), e o
embasamento teórico para maior aromatização também é falho.
Vocês só se expõem, ou expõe paciente/usuário a um maior
stress, pelo método invasivo com muitas aplicações
intramusculares, que irão trazer mais riscos e complicações
incômodas como: dor, inflamações, nódulos e abscessos.
Simplifique! Como na nutrição, seu corpo não é uma
calculadora.
Em termos de dosagens vai ser muito individual, mas vê se na
pratica que dosagens de até 400mg/semana, se o usuário tiver
um shape consolidado com um baixo percentual de gordura e não
for um aromatizador nato, pode ser feito 1 shot semanal
perfeitamente.
Se puxarmos diretrizes de endocrinologia, os shots são feitos,
com cipionato, por exemplo, quinzenalmente e, às vezes, até de 21
em 21 dias, e isso não confere colaterais ou necessidade de
controle extra na maioria dos usuários. Aqueles que têm
tendência a aromatizar, mudando a frequência ou não, acabaram
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sofrendo com isso. O que se deve ter percepção são alguns fatores
que podem aumentar a aromatização como o excesso de tecido
adiposo, o estresse hepático e até o uso de tireoidianos
concomitante.

(Quadro de Meia-Vida de Esteroides.)

Sempre questionam também sobre o uso de doses de cruise


200mg/semana em média, por via subcutânea.
Pode ser feito sem problema algum, e até confere uma certa
estabilidade, o grande problema está, que em alguns indivíduos, a
imunogenicidade pode gerar maior propensão a nódulos e existe
também o fator "dor". A injeção subcutânea de cipionato por
exemplo deixa o local com um certo desconforto. Quando falamos
de injeções de outros compostos ou até testosteronas

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underground ( uma vez que estamos falando de um mundo mais
sujo e a maioria usa compostos do mercado negro ), devemos ter
atenção, pois, são drogas de procedência, higiene e composições
duvidosas.

Logo, os riscos são maiores, a concentração das drogas, para


serem utilizadas na via subcutânea, também não deve ser muito
alta, pois a absorção é menos eficaz, já que o tecido adiposo é
menos vascularizado que o muscular, portanto, formulações com
menor mg/ml seriam as mais ideais.

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Mulheres e hormônios

O que mais vemos são mulheres que em baixo, ou alto grau,


virilizaram pelo uso inocente e/ou errado de hormônios em
diversos contextos.
Acontece que para as mulheres é quase utópico pensar em tocar
em esteroides, sem ter o mínimo de efeitos masculinizantes.

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Mesmo que sejam mínimos, eles vão existir, e é exatamente no
primeiro contato onde as mulheres, na maioria das vezes, usam
sem instrução, que ocorre a virilizacão, que não acompanha o
desenvolvimento corporal na maioria das vezes por fazerem sem
terem um corpo base já desenvolvido com dieta e treino
adequados.
O que buscamos é sempre manter os traços femininos na face,
preservar o tom vocal, evitar hirsutismo (pelos), hiperplasia do
clitóris, etc. Porem é praticamente impossível não ter nenhuma
alteração afinal o contato com os andrógenos promoverá efeitos
virilizantes. No entanto algumas atitudes para aquelas que
resolvem se aventurar nesse mundo, podem ter como precaução
são:
1- Nunca comecem com doses elevadas ou aquela dose que sua
amiga utilizou, afinal, cada uma tem uma resposta diferente.
Logo, é sempre interessante quando for começar o uso, iniciar
com doses mais baixas e ir aumentando semanalmente ou
bissemanalmente. Mesmo que pareçam inofensivas, drogas como
oxandrolona e stanozolol tem alto potencial de virilizar.
2- Quando utilizarem drogas de meia vida longa, como
nandrolona e boldenona, não cometam o erro de ir aumentando
por falta de resultados, são compostos que demoram a agir e que
têm suas concentrações aumentadas na corrente sanguínea com o
decorrer do tempo, por isso, demoram também para sair de
circulação. Dessa maneira, vão demorar a descer seus níveis
plasmáticos pela longa meia vida e qualquer efeito que tenha
surgido, vai demorar mais para ser corrigido.
3 - Algumas de vocês, tem uma sensibilidade muito alta para
andrógenos, mas de maneira negativa e geralmente, não veem
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resultados, pois há piora da sensibilidade insulínica e “N” outros
fatores que só as fazem ter colaterais ( em sua maioria ), então, há
outros caminhos e alternativas, em vez de ficar insistindo em
aumentar doses ou usar outros hormônios. Assim, sempre
procurem saber um pouco mais (além do básico), antes de
utilizarem algo, afinal é a imagem e saúde de vocês que está em
jogo (saúde mental, reprodutiva, cardiovascular, etc.) e se estão
querendo utilizar os hormônios como uma forma de suprir falhas
no treino e na dieta, reforcem as outras variáveis antes.
É interessante citar o porque as mulheres respondem
diferentes aos andrógenos, assim como os homens, cada tecido ou
órgão no corpo tem uma quantidade X de receptores
androgênicos. Por exemplo aqueles que tem mais receptores na
pele e couro cabeludo vão tender a ter mais pelos corporais e
tendência a calvície. Aquelas que tem mais receptores nos
músculos são as que vão tender a ter mais ganhos de massa
muscular.
4- No caso das mulheres nem sempre a avaliação da proporção
do esteroide quanto ao anabolismo e androgenismo são válidos,
pois, vemos algumas mulheres respondendo bem a baixas doses
de trenbolona que é 5x mais androgênica que a testosterona, mas
na prática virilizando menos.
Logo, a teoria nesses casos, não se aplica, já que, novamente,
existem “N” fatores estruturais dos compostos que irão intervir
no resultado final. Não existe um ranking de fato, de quais
compostos são melhores ou piores para as mulheres, pois a
individualidade reina. No entanto, como sabido dentre todos
compostos, alguns se destacam para uso nas mulheres de acordo
com o objetivo: primobolan, nandrolona, boldenona e os clássicos
oxandrolona e stanozolol, sendo esses últimos, os mais comuns,
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porém nem sempre a melhor escolha; visto que, além de serem
mais hepatotoxicos, também são piores para o perfil lipídico. É
importante ressaltar que a escala que comparava qual hormônio
era mais anabólico e qual era mais androgênico, foi feita no final
da década de 60, com uma metodologia bastante falha para se
comparar com o efeito em humanos. É exatamente por isso que
vemos essas diferenças na pratica.
Outra ferramenta contra alguns aspectos negativos do uso dos
AES nas mulheres é o uso da espironolactona, que é um diurético
poupador de potássio que age também como um antiandrogênico
e pode ser interessante de ser incluído em alguns protocolos, para
conter alguns efeitos secundários como; minimizar um pouco a
retenção e controlar um pouco alguns quadros de acne ( apesar
de que não há grande comprovação cientifica e não se é muito
utilizado para esse fim na medicina ). Já para a queda de cabelo,
Finasterida pode ser um tiro no pé, sempre optem por
tratamentos tópicos, com minoxidil por exemplo e evitar usar
cada vez mais fármacos para cobrirem efeitos colaterais de
outros.
Muitas mulheres experienciam efeitos negativos e duradouros
com Finasterida, mesmo após cessarem o uso pela influência do
mesmo em alguns neuroesteroides que modulam o algumas
funções no sistema nervoso central/cérebro, como vocês poderão
ver mais à frente.

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(Ratio de Androgenicidade e Anabolismo de algumas drogas, sendo que a tabela que existe ate hoje ainda é
ultrapassada como citado no texto anterior ).

O impacto do uso de anticoncepcionais

Como se especula de fato, os anticoncepcionais, muitas vezes,


"um mal necessário", tem efeitos extremamente negativos para a
qualidade de vida da mulher. Baseado em diversas literaturas
científicas e metanálises e associando-as à prática, vamos listar
alguns dos efeitos negativos dos anticoncepcionais.
Em um quadro bem geral, o impacto no painel endócrino
consiste na diminuição dos níveis de testosterona livre pelo
aumento muito expressivo da produção e quantidade circulante
de SHBG. Também há uma diminuição dos níveis de testosterona
total, mas não tão expressivos quanto à livre, que é a mais
importante para exercer efeitos anabólicos e efeitos no sistema
nervoso central que vão desencadear todo padrão
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comportamental típico dos andrógenos: atividade ansiolítica e
aumento da libido, por exemplo. Vai refletir nos padrões
sinápticos interferindo nas compulsões alimentares e quadros
depressivos ou maior tendência aos mesmos. Também há uma
elevação dos níveis de cortisol dose-dependentes em relação à
quantidade de Estrogénios.
Tudo isso, esteticamente, pode refletir em um acúmulo de
gordura localizada e gerar maior, aumento da retenção hídrica,
uma leve resistência insulínica que pode sim, associada à dieta,
prejudicar o ganho de massa, adicionando o fator da baixa na
testosterona livre, conseguindo um forte obstáculo no ganho de
massa muscular. Na escolha e adaptação, como visto na maioria
dos estudos, as formulações com menor quantidade de
estrogénios tiveram um impacto um pouco menor, mas ainda
relevante. E as formulações apenas com progesterona se
mostraram as menos impactantes nesses quesitos. No entanto a
maioria dos estudos avaliou os anti concepcionais na teoria e a
correlação com os níveis de globulinas e hormônios. O real
impacto prático sem vieses ainda carece de bons estudos, e não se
sabe se na prática realmente em termos de massa magra e queima
de gordura os anticoncepcionais seriam tão prejudiciais assim,
mas sabe-se que de fato na qualidade de vida eles impactam sim
negativamente assim como no maior risco de desenvolver
trombose venosa profunda.

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(DIU)

Para as mulheres que são do meio, se não tiverem


contraindicações específicas, um dos métodos menos prejudiciais,
sistemicamente, é o DIU-MIRENA ou DIU de cobre, que depois
de colocado, tem sua validade média de 5 a 10 anos, e o hormônio
progestogênico nele contido, vai ter mais ação local e não
sistêmica (no caso do mirena, pois o de cobre não contem
hormônio).
Há hoje em dia no mercado, CHIPS com derivados de
progesterona que possuem ação androgênica/anabólica, como a
gestrinona, que podem agir positivamente no físico e como
método contraceptivo. No entanto, são métodos caros e podem
ter seus efeitos colaterais como retenção, acne, entre outros,
assim como os esteroides, e os resultados estéticos em termos de
ganhos de massa magra podem ser frustrantes como podemos ver
muitas mulheres relatando agora que o uso tem se difundido
mais.
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(Efeitos do anticoncepcional na testosterona.)
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK164632/

Síndrome dos ovários policísticos e


estratégias

A resistência insulínica presente na maioria das mulheres


diagnosticadas com a síndrome dos ovários policísticos é a maior
inimiga das mulheres na busca por um corpo estético, além de ser
fator de risco para obesidade, hipercolesterolemia e outras
doenças metabólicas.
Sabemos que as mulheres com SOP têm níveis de andrógenos
circulantes mais elevados, porém, de nada isso tem validade se a
sensibilidade insulínica não for trabalhada.
Para isso, algumas estratégias básicas devem ser adotadas:
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A inclusão da Metformina, que nesse caso, já tem muita
literatura comprovando a melhora na captação de glicose e
alterando ate os níveis de andrógenos provenientes de
conversões, o que favorece a uma menor virilizacão.
A questão dietética, que é extremamente importante, não só
reduzindo a quantidade de carboidratos (eu disse reduzindo e não
zerando ou fazendo extremamente low) e o timing da ingestão
desses carboidratos também é muito importante levando em
conta os aspectos bioquímicos de quando o seu corpo está com
maior avidez por glicose (ex: desjejum, pós-treino).

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4200666/

Obviamente, essa adequação deve ser feita de acordo com a rotina


do paciente e por um nutricionista que entenda bem esses
aspectos metabólicos. Então, alta ingestão de carboidratos com
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SOP não é recomendado, portanto fiquem atentos com
planejamentos nutricionais inadequados pois podem estar
sabotando seus ganhos.
Logo, algumas estratégias práticas que gostamos de indicar na
questão dietética do timing, podem se jejuns intermitentes
adaptados como o 12/12, utilizando dos artifícios de incluir os
carboidratos nos momentos onde a sensibilidade insulínica está
maior, que vamos abordar mais a frente no módulo da dietética.

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1365-2265.2008.03305.x

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DHT: amigo, não vilão.

Muitos usuários pensam que o DHT é um grande inimigo,


quando na verdade ele é um aliado, tirando o fator estético da
queda de cabelo. Essa febre por diminuir ou "controlar DHT" é
perigosa.
O DHT é um hormônio com uma ótima atividade no sistema
nervoso central, quando falamos de modulação positiva do
humor, "mood", comportamento, ansiolítico e tem uma ação
muito pró-libido e função sexual. Infelizmente, para aqueles que
querem controlá-lo pensando que vão parar a queda de cabelo,
isso não vai ocorrer, principalmente, se o indivíduo tiver
tendência genética para a calvície. Ele vai até conseguir controlar
ela em um grau baixo, porém, pode estar se prejudicando muito
mais em termos de "mood".
O básico que deve ser feito é suplementar com vitaminas
suprindo todo complexo B em boas doses, e as lipossolúveis
também aliadas aos tratamentos tópicos, como dermaroll e
minoxidil com boas concentrações 5% ou mais, aplicados com
frequência.
Já na questão da escolha e estruturação dos diversos
hormônios, para aqueles indivíduos que têm tendência, deve-se
evitar dosagens altas de testosterona para que não se converta
muito DHT. Nesses casos, optar por hormônios como a
boldenona e a nandrolona que se convertem em DHB e DHN e
são metabólitos e tem menor afinidade pelo receptor androgênico
que o DHT, já ameniza em certo grau.

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Finasterida

O uso de Finasterida para tratar a queda de cabelo em


usuários de hormônios, (e não usuários), implica alguns fatores a
serem ressaltados. De fato, inibindo a enzima 5 alfa redutase, o
indivíduo que faz o uso de testosterona, apenas consegue reduzir
os níveis circulantes de DHT, isso consegue frear em certo grau a
queda de cabelo. Mas ainda assim, alguns efeitos adversos devem
ser ressaltados.
Ao inibirmos o DHT, mesmo que ele não caia para níveis muito
baixos, podemos ter prejuízos a nível comportamental
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envolvendo: ansiedade, libido baixa, insônia etc. Isso acontece
porque a Finasterida não inibe apenas a 5 alfa redutase, inibe
também algumas isoformas suas, que atuam a nível cortical.
Essas isoformas controlam, não só a conversão de alguns
esteroides, como também age a nível neuronal, modulando
alguns receptores como o GABA. É essa inibição que pode causar
prejuízos em graus variáveis nos indivíduos que utilizam
Finasterida. Em graus mais severos pode ocasionar à conhecida
(mas não muito comum) Síndrome pós Finasterida (SPF).
Obviamente os efeitos em não usuários se mostram mais
acentuados que nos usuários de hormônios, mas cabe novamente
a individualidade de cada um.
Vale ressaltar também, que utilizar Finasterida
concomitantemente com esteroides derivados de DHT, não tem
nenhuma utilidade, uma vez que eles já são 5 alfa reduzidos, os 2
exemplos mais clássicos são a oxandrolona e o stanozolol.
Mulheres também são mais susceptíveis a sofrer com alguns
desses colaterais após uso de Finasterida. A posologia varia
muito, uma das alternativas para aqueles que querem tentar
amenizar ou "controlar" um pouco o DHT seria a utilização de
Saw palmetto 200 a 400mg, mas que também não se mostra tão
eficaz quanto Finasterida.
Na nossa experiência, o indivíduo deve tocar em hormônios ja
ciente dessa questão da queda de cabelos e não cogitar o uso de
Finasterida, com exceção de alguns casos. Importante também
dizer que não é só o DHT que causa a queda de cabelo, mesmo ele
quase no limite inferior, temos que lembrar que altos índices de
testosterona livre também exercem efeitos que podem acelerar a
queda de cabelo.
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Outro último ponto relevante é sobre a hiperplasia benigna
prostática, que pode ser agravada com altos índices de DHT. As
dosagens de PSA hoje em dia não são mais utilizadas para
rastreio de alterações prostáticas portanto ficamos um pouco no
escuro nessa questão. Não é via de regra que acometimentos
prostáticos serão tão aumentados assim naqueles usuários que
não tem histórico familiar de doença prostática. Já naqueles com
histórico genético, todo cuidado deve ser tomado e deve ser
evitado.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5346286/

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Estradiol

O controle de estradiol é uma das variáveis mais sensíveis


quando o assunto é sobre hormônios. Nosso
comportamento/temperamento, função sexual, níveis
hidroeletrolíticos e diversos outros fatores são modulados direta e
indiretamente pelo Estradiol. O objetivo é alcançar o "Sweet spot"
(Ponto ideal.) do estradiol. Em questões numéricas é difícil dizer
o numero certo, também não existe uma proporção exata de
andrógenos para estradiol.
Mas o “Sweet spot” é o ponto onde você vai conseguir
manutenção da estética do shape, manutenção humoral com
constância psicológica, ausência de alterações no sistema imune e
melhor proteção cardiovascular. Outra questão interessante a ser
citada é que sempre regulamos o estradiol no "feeling", pois o
acesso mensal a exames laboratoriais não é uma realidade para
todos, no entanto, em alguns casos, que não são poucos, o
indivíduo pode não apresentar sintomatologia alguma, mesmo
com altos níveis de E2.
É aí que é interessante a periodização dentro da possibilidade
de cada indivíduo na questão de controle com mensuração
numérica do nível de E2 sempre idealmente feita por um medico
profissional. Muitos problemas corriqueiros como rinites, alergias
alimentares, dermatites, entre outros problemas de cunho
imunológico, estão relacionados com a modulação imune que o
Estradiol faz, e também, diversos outros aspectos como a
trombogênese. Além disso, ressaltando sempre, que devemos
correlacionar com outras coisas, como a elevação do hematócrito,
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que por si só, já é um fator de risco para eventos trombóticos,
mais a hipertensão que pode ser causa pelos esteroides.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4462035/

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Prolactina

Os maiores causadores de hiperprolactinemia, excluindo


prolactinomas, são os seguintes:

Temos, primordialmente, o hipotireoidismo onde o TRH


elevado tem um efeito estimulatório na secreção de prolactina.
Além disso, o uso de drogas anti-psicóticas, como a quetiapina e

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alguns antidepressivos que, indiretamente, podem reduzir a
atividade dopaminérgica a nível hipotalâmico.
O estrogênio quando elevado, também exerce um grau de
estímulo e em algumas pessoas sensíveis, é possível ter
hiperprolactinemia sem o uso de drogas 19nor como trenbolona e
nandrolona.
Mas como puxamos isso para prática, além das situações
citadas acima? Vamos enumerar algumas:

- Estradiol descontrolado com o paciente assintomático e


usando concomitantemente altas doses de nandrolona e
trenbolona, e, muitas vezes, usando os anti
psicóticos/depressivos também;
- Por mais que seja “broscience”, ainda existem médicos e
coaches que sugerem o uso de Lugol para seus alunos/atletas. O
Lugol que é uma solução de iodo, causa um efeito negativo na
incorporação do iodo em si na tireoide, assim, o paciente pode
inclusive, desenvolver um certo grau de hipotireoidismo e acaba
por elevar seus níveis de TRH. Junte todos esses ingredientes e
você tem as situações mais comuns onde a prolactina se elevaria
em usuários de esteroides;

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Regulando estes fatores, e utilizando dosagens normais a
medianas de drogas que possam converter em metabólitos
semelhantes à prolactina, eu diria que 80% ou mais, dos usuários,
não vão ter problemas com elevação de prolactina. Sendo assim, o
uso de agonistas d2 como bromocriptina e cabergolina, quase
sempre não vai ser necessário salve exceções que são confirmadas
via dosagem de PRL no exame. E muitas vezes há o uso
indiscriminado desses medicamentos sem de fato entender os
sintomas de prolactina elevada. A própria euforia dopaminérgica
causada pelos andrógenos, que pode cursar com insônia e outras
alterações comportamentais, os usuários popularmente com o
senso comum tendem a pensar que são decorrentes de prolactina
elevada. Então agravam ainda mais o quadro usando sem
indicação a cabergolina por exemplo.
Pelo fato também de não se habituarem muito com a prática
medica, algumas vezes elevações sutis no exame podem ser
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comuns como 5 a 10 pontos acima da referencia, e serem
decorrentes de algum episódio de stress físico ou psicológico.
Níveis realmente altos de prolactina são digamos >50. Porem em
algumas patologias podem chegar a 10.000 como em tumores.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6179767

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Ginecomastia, aromatização, o que você
precisa saber.
(PRÁTICO PARA INICIANTES)
Ugo Oliveira

Direto ao ponto. Talvez esse tópico não seja tão interessante


para avançados, porém criei um guia para iniciantes lidarem de
maneira “grossa”, com Ginecomastia: Existem dois tipos de
Ginecomastia mais comuns entre usuários de Aes:
1- Por aromatização de Testosterona. A testosterona aromatiza-
se, ou seja, converte-se em Estrogênio no corpo do homem. Mas
isso pode CAUSAR OU NÃO, Ginecomastia.
2- Por Hiperprolactinemia. Primeiramente, iremos falar da
Ginecomastia pelo aumento de prolactina, que é mais simples
lidar na parte prática:
Drogas que podem aumentar sua prolactina (mais comuns.);
Trenbolona, nandrolona. (Explicado nos tópicos anteriores,
19nor, etc.
"Alguns Anabolizantes "são" Naturalmente Progestinas
(Trenbolona, Nandrolona), ainda não há um consenso no
mecanismo de causa de hiperprolactinemia por conta desses
esteroides, mas se supõe que está relacionado à conversão
estrutural em metabólitos que se assemelham a prolactina. Esse
talvez, seja o mecanismo de ação da formação de Ginecomastia

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por prolactina causada por alguns esteroides e Pré Hormonais
existentes no mercado (exemplo M-DROL).
Como saber em um ciclo se é por prolactina a Ginecomastia?
(Além dos exames e acompanhamento medico que é sempre o
ideal.)
Por experiência própria prática alguns dos sinais são:
1- A libido pode ser alterada ou não, mas a ejaculação fica um
pouco alterada.
2- Ao apertar a auréola do peito, sairão algumas gotas de
líquido, isso é chamado de galactorreia e é altamente sugestivo de
aumento de prolactina.
3- A Ginecomastia pode ser mais DOLORIDA, ela dói mesmo,
diferente da de estradiol, que dá uma hipersensibilidade que é
incômoda, mas não dói ( não é regra geral, apenas o que vejo mais
comumente ).
Nesse caso, os medicamentos utilizados com indicação medica
seriam Cabergolina (Dostinex ou Cabertrix.) ou Parlodel. (Com
cuidado, antes checar tópico sobre Prolactina.)
Protocolos mais usados:
Parlodel, (1/2 comprimido Dia sim Dia não, por 2 semanas.)
Cabergolina (1/2 comprimido 2x por semana, por 1 ou 2
semanas.) normalmente.
1 semana já cessa o problema.
Em doses normais de trenbolona e nandrolona, a maioria dos
usuários não têm efeitos de aumento de prolactina.
Ginecomastia por aromatização de Testosterona. (Estrogênio):
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Primeiro, engana-se quem acha que Estrogênio ALTO =
GINECOMASTIA. Isso até ocorre, mas muitas das vezes, o
indivíduo pode ter altos níveis de E1/E2 e não apresentar
Ginecomastia, ou qualquer sensibilidade.
A taxa de aromatização depende de muitos fatores, o fator
genético individual, quantidade de massa gorda, pois o tecido
adiposo expressa muita aromatase, e inclusive, os scores
hepáticos influenciam no clearance do estradiol.
Já outras pessoas podem desenvolver Ginecomastia, mesmo
com índices relativamente baixos de estradiol, algumas vezes,
dentro da referência, pois tem abundância em receptores e esses
receptores são hiperfuncionantes/sensíveis, ou outras alterações
hormonais levam ao quadro.

Portanto, não se deve tratar Ginecomastia com anti estrogênios


sem saber o contexto em que esta inserido.

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Tamoxifeno é um remédio recomendado para inibir a ação do
estrogênio no receptor de e2 na glândula mamária, ele, na
prática, não reduz o estrogênio do corpo, mas trata diretamente o
nódulo/tecido glandular em si, evitando que o estímulo do e2
desenvolva mais aquela glândula. Quando você usa inibidores de
aromatase, você pode ajudar o seu corpo a reduzir a Ginecomastia
OU NÃO, pois você está tratando ela em uma segunda via, (você
baixa o estrogênio circulante, para talvez reduzir a Ginecomastia.)
Assim, anti estrogênio, pode ser usado sim, para prevenir em
alguns casos, por exemplo, em um homem que usa testosterona
acima de 600mg/semana e converte fácil, no entanto, nunca é
recomendado, para tratar, por que você baixando seu estrogênio
influencia negativamente em diversos aspectos fisiológicos.
Sinais:
1- Coceira, e incômodo no peito.
2- Inchaço
3- Sua libido provavelmente estará normal ou até alta, e não
baixa.
Geralmente usa-se os SERMs, moduladores seletivos dos
receptores estrogênicos, como o tamoxifeno citado. Existem
outros como raloxifeno, toremifeno mas o tamoxifeno ainda é o
mais usado. Normalmente nas dosagens de 20 a 40mg,
ressaltando que ele aumenta substancialmente o risco de eventos
trombóticos por alterar a coagulação. Grande parte dos casos
recentes pode ser revertida, porem aquela Ginecomastia que já
consolidou e virou tecido fibrótico por exemplo, só pode ser
revertida com procedimento cirúrgico e não há nada que possa
ser feito.

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15238910

Libido, o que você precisa saber.

É imprescindível que se saiba diferenciar o que é libido e o que


é potencia/funcionalidade sexual, afinal, muitos indivíduos
tratam isso como se fossem coisas iguais.
Em se tratando do uso de hormônios, a funcionalidade se difere
muito da libido mesmo que muitas vezes, caminhem juntas.
A libido engloba, principalmente, a vontade e o desejo sexual
proveniente do sistema nervoso central SNC, enquanto a
funcionalidade é a presença da ereção e manutenção da mesma
com facilidade.
Diversas condições vão impactar negativamente, tanto na libido
quanto na funcionalidade, enquanto algumas irão impactar mais
na libido ou mais na funcionalidade. Dentro do âmbito dos
usuários de hormônios é muito contraditório pensar que com
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níveis supra fisiológicos de andrógenos, o individuo ainda possa
ter uma queda de libido e disfunção erétil, mas, infelizmente, isso
acontece. As oscilações hormonais em conjunto com as alterações
nos neurotransmissores alteram muito o comportamento sexual
do usuário de esteroides.
Quadros de hiperprolactinemia, elevação do estradiol com baixa
proporcionalidade com níveis de testosterona podem negativar
muito a libido e a funcionalidade, outras alterações como o
esgotamento por alterações no padrão do sono e fadiga causados
indiretamente pelos hormônios, também prejudicam a libido e
funcionalidade. Alterações orgânicas como elevações escores
inflamatórios sistêmicos altos e afins também tem esse efeito.
Mesmo tendo dito tudo isso, ainda em termos percentuais,
digamos que a maioria dos problemas de libido e funcionalidade
dos usuários de esteroides são de cunho psicológico. A questão
sexual (vou chamar assim, a junção dos dois fatores ), é altamente
passível de ser influenciada pelo fator psicológico, que não só
gera ansiedade e tensão, alterando todos os impulsos nervosos
que controlam a ereção mas também, a vontade, e é justamente
nesse ponto que os hormônios deixam os usuários ainda mais
sensíveis.
É de suma importância que o coach ou o psicólogo atue
fornecendo conforto para que a ansiedade de uma possível
próxima falha não aterrorize o indivíduo sempre e aquele
problema se torne uma bola de neve.
Outro ponto a ser citado é que o uso de medicações como
inibidores de fosfodiesterase 5, como sidenafila e tadalafila,
podem servir como muleta de apoio nos estágios iniciais das
questões sexuais no início, mas tornar o uso deles crônicos
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quando não se tem problemas orgânicos, além de ser mais um
fator prejudicial por ser um fármaco a mais diário sendo
utilizado, o que acabará perdendo o efeito de muleta de apoio,
fazendo com que o individuo recorra a mais drogas ou se afunde
em um quadro depressivo/ansioso ainda pior.
Portanto, descartados todos os fatores orgânicos fisiológicos
como os citados anteriormente, se não tratado o fator psicológico,
esse quadro dificilmente vai ser vencido. Aqueles que optam pela
automedicação, com uso dos inibidores de PDE5 como o
tadalafila, sempre optem por dosagens conservadoras como o
tadalafila diário de 2,5 a 5mg/dia por ter a mesma efetividade
nesse contexto e menos efeitos incômodos.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5027992/

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Libido é sempre um conjunto de variáveis no qual nem sempre
tem a ver com seu estilo de vida fitness, ou uso de drogas e
hormônios.
Exemplo: Se você estiver em uma relação amorosa estressante
com seu parceiro ou parceira, isso vai influenciar diretamente no
seu psicológico e libido.
Ex2: Estresse no trabalho ou dentro de casa.
Na minha experiência como coach 80% dos casos de alunos,
vieram de fatores não relacionados a drogas. Mas sim, ansiedade,
estresse emocional ou físico, e simplesmente, compulsão. Temos
uma cultura onde achamos que temos que fazer sexo o tempo
todo, e não nos damos conta que nosso corpo às vezes não quer
aquilo, só nossa cabeça. É a coisa da cultura do sexo.
Outro fator que pode comprometer é o excesso de pornografia,
é um problema bem sério.
Minha dica é se está com libido baixa, faça exames pra analisar
quadro clínico, converse com seu parceiro/a, e de tempo ao
tempo, quase sempre isso vai se “curar” sozinho em termos
fisiológicos, procurar a ajuda de um bom psicólogo sempre é
recomendado.

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Estudos como o de Anderson, 1992, mostram também que os
andrógenos mesmo altos não influenciam tanto na libido e
frequência sexual entre parceiros e sim mais na questão do desejo
e curiosidade sexuais, aumento da frequência de masturbação e
afins. Porem como dito, na vida interpessoal os fatores
ambientais foram muito mais fortes do que o uso dos próprios
hormônios. Então a conversa e o dialogo nas relações são muito
importantes para não se achar que tem um problema fisiológico
quando o mesmo é psicológico. Já quando há a ausência de
ereções espontâneas durante o sono, ausência de ereção matinal
e vontade mesmo quando se esta sozinho, ai isso já aponta pra
um problema mais misto ou fisiológico.

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Acne
A acne é um dos efeitos colaterais mais temidos nos usuários
de esteroides anabolizantes e um dos mais citados desde os
tempos em que hormônios não eram coisas banais. Muito se fala
e especula sobre a acne, por ter o efeito colateral mais
preocupante pelas proporções na imagem e estética e também
pela dificuldade no seu combate.
Para introduzirmos a questão da acne temos que compreender
primeiro, que a causa dela é multifatorial, ou seja, no mesmo
individuo usuário que tende a desenvolver acne, nunca vai ser
culpa de um único fator, mesmo que um deles tenha mais peso.
Podemos dividir como causa de acne 3 principais fatores no
indivíduo inserido no contexto do uso de hormônios. Essa tríade
consiste no DHT, no estradiol e na dieta ( que envolve o
componente inflamatório ).
A acne por DHT, normalmente, vai surgir naquele usuário mais
iniciante, que nunca foi exposto a altos níveis de DHT, então,
desenvolve uma resposta aguda e rápida com o aumento da
produção de sebo pelos sebócitos e interações foliculares. Isso
não descarta que indivíduos mais experientes com uso crônico
não possam desenvolver acne pelo DHT, porém, é menos comum
e nesses indivíduos, ela vai atuar mais como um fator agravante.
A acne por estradiol segue a linha do aumento da oleosidade na
pele por mecanismos um pouco semelhantes ao do DHT, mas já
surge com mais facilidade nos usuários quando se tem níveis
altos contínuos ou oscilações de estradiol.
A acne proveniente da dieta, geralmente, surge com dietas ricas
em gorduras principalmente, ômega 6 que é um acido graxo pró
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inflamatório, que além de aumentar a oleosidade da pele,
também tem grande influência na regulação de algumas reações
imunológicas que favorecem ao surgimento da acne, a
persistência e o aspecto estético da acne.
Unindo essa tríade, temos as principais causas que podem ser
cobertas ficando atentos ao estradiol naqueles que manifestam
acne quando o este elevado e ajustando a dieta (com as fontes de
gorduras utilizadas). Já o DHT poucas vezes vai precisar ser
controlado com um inibidor de 5 alpha, uma vez, que os outros
pontos sendo cobertos, ele por si só, no usuário mais avançado,
não vai ser tão danoso em termos de acne. Geneticamente os
indivíduos com maior predominância/quantidade de receptores
androgênicos na pele e tecidos adjacentes vão ter maior
propensão a acne como dito.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4884775/

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Guia prático para Atletas

A acne que vem do uso de esteroides androgênicos é


basicamente “medicamentosa”, ou seja, é importante entender
que o conceito dessa acne vem de dentro pra fora. Portanto,
cremes, normalmente, não serão a solução do seu problema.
Existem diversos mecanismos que causam acne, como citamos
anteriormente.
Evite alimentos com alto índice de gorduras, inclusive ômega 6,
pois eles dão origem a mediadores de inflamatórios. Sendo assim,
o amendoim é a causa mais comum de acne em diversos atletas.
Pastas de amendoim, cremes artificiais, temperos zero carbo,
podem fazer parte disso.
Agora, direto ao assunto:
A acne por AES é bem difícil de “curar.”, você tem tendência a
tê-las ou não tem. Se não tiver, você mesmo abusando de
hormônios a vida inteira e não terá muita acne.
A acne por esteroides, por ser medicamentosa, normalmente
surge mais no tronco, tórax, costas, ou nos folículos que se
inflamam quando há bastante quantidade de pelos pelo corpo.
Usar cremes e sabonetes é como tratar a área superficialmente,
terá um resultado menor.

Apesar de não ser algo recomendável e perigoso. A


verdade é que: A MAIORIA DOS ATLETAS/MODELOS/ETC
QUE TEM TENDÊNCIA A ACNE, JÁ FIZERAM O USO DE
ROACUTAN. (Isotretinoina.).

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O tratamento é possível com o uso de hormônios, porém,
complicado, e apenas recomendado em última instância com
acompanhamento médico devido SEMPRE. Assim como este
tópico desaconselhamos fortemente a automedicação no que se
diz respeito a tudo tratado nessa obra.
Após o tratamento recomendado, você só terá que fazer outros
tratamentos para amenizar ou sumir com as marcas residuais.
E eventualmente fazer doses de manutenção de acordo com
recomendação do seu dermatologista.
Aqui estamos passando o que acontece na realidade do mundo
do fisiculturismo e fitness. De forma alguma recomendamos o
uso indiscriminado da Isotretinoina, pois é uma substância forte,
controlada, que deve ser tratada com respeito. Para mulheres, é,
inclusive, TERATOGENICA e pode ser ABORTIVA. Então, deve-
se ter extremo CUIDADO. Porém, é uma solução um pouco mais
definitiva.
Pulando a parte underground e negra, vale salientar
que a maioria dos casos apenas requer
acompanhamento de estradiol/dht.
Tenha consciência!

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Fertilidade e esteroides anabolizantes
O mecanismo fisiológico pelo qual os esteroides anabolizantes
agem reduzindo a fertilidade, diminuindo a contagem e a
motilidade dos espermatozoides não é comumente elucidado,
apesar dos usuários saberem que ocorre, em certo grau,
dependendo de tempo/dosagem de exposição.
O que ocorre é a inibição da produção e dos pulsos de FSH pela
hipófise, o que consequentemente, gera menor produção de ABP (
androgen binding protein ), cuja função é aprisionar a
testosterona nos testículos para que a mesma atue localmente nas
células de sertoli com uma ação autócrina e ative a
espermatogênese. Isso resulta no quadro visto clinicamente como
atrofia testicular ( diminuição dos testículos ).
Os protocolos utilizados para manutenção do eixo incluem o
HCG, que até certo ponto, mantêm um grau de espermatogênese.
Assim, dependendo da individualidade, o indivíduo vai necessitar
de terapias coadjuvantes com FSH recombinante, por exemplo,
além do HCG e de SERMS como clomifeno e tamoxifeno.
O tempo de recuperação depende de fatores diversos, sendo os
principais, a manutenção prévia do eixo com doses de HCG
semanais ou com uma frequência que se encaixe na realidade do
atleta.
Quando o usuário cessa, e já quer ter filhos rapidamente, ou
tenta ter intra uso, a manutenção com o HCG ainda é mais
cogitada. Ressaltamos que a recuperação depende da resposta
individual, dos tipos de drogas utilizadas e suas respectivas meias

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vidas e o tempo de exposição a elas. Se você ainda não planejou
tal situação e é atleta/usuário, não negligencie este fator!
A manutenção com o HCG, mesmo periódica, ainda pode trazer
ao usuário, um reforço na manutenção do perfil lipídico, e alguns
benefícios centrais do próprio HCG/GNRH em si, que em alguns,
podem ajudar a estabilizar a libido/função que pode estar
alterada, mesmo sob altas dosagens, como alguns usuários
relatam na prática. Porem também pode se aumentar o risco para
desenvolver alguns problemas.
Portanto é imprescindível saber que ao se utilizar qualquer
hormônio, a fertilidade vai cair sim, primeiro a contagem que é o
numero de espermatozoides, depois a qualidade deles. Ou seja,
eles perdem a capacidade de bater sua cauda para chegarem ao
ovulo, adquirem alterações na sua forma, e é essa a principal
causa da dificuldade de engravidar a mulher.

Como se pode observar nesse estudo que acompanhou homens


após ou intra uso de testosterona em dosagens de reposição
hormonal, o tempo, doses e porcentagem de recuperação foram

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diferentes nos muitos estudos, o que mostra bem um perfil de
individualidade.

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Manutenção do perfil lipídico.

Não são danos hepáticos ou renais como todos pensam, que


merecem a maior atenção no manejo do paciente usuário de EA's.
Considerando a idade jovem de início da exposição ao uso de
hormônios, aliado ao uso de fármacos, como os inibidores de
aromatase letrozol ou anastrozol, tem-se aí o ambiente perfeito
para causar prejuízos cardiovasculares a longo prazo.
E por não se tratar de uma dislipidemia por obesidade ou
hereditariedade, as condutas terapêuticas devem ser
completamente diferentes em termos de escolha do tratamento e
coadjuvantes e dosagens.
E é de suma importância no desfecho da qualidade de vida
desse paciente, após ser absorvido, que sejam minimizados esses
efeitos, com o uso mínimo também de medicação.
Algumas das recomendações essenciais são a redução da
quantidade de gordura da dieta em sua totalidade com a
manutenção quase exclusiva com ômega 3 com doses diárias >
8g.
O uso de micro doses de estatinas é discutido, mas vai depender
completamente do contexto individual do paciente. Jamais deve-
se fazer o uso de estatinas por conta própria ou por prevenção,
pois não ira se prevenir nada e ainda piorara a saúde, podendo
gerar sobrecarga hepática, e risco de rabdomiolise gerando
problemas renais graves depois. A adição de ácido nicotínico é
uma ferramenta interessante para ajudar na manutenção dos
níveis de HDL, sendo este o único composto que eleva

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diretamente o HDL, mas que dependendo da dose também pode
gerar sobrecarga para o fígado.
Existem sim peptídeos, sarms e agonistas de ppar que podem
auxiliar a melhora do perfil lipídico, ultimamente, low doses de
Cardarina um agonista de PPAR tem se mostrado efetivas para
melhorar os escores de HDL, mas não se sabe os efeitos colaterais
a longo prazo do uso desses medicamentos.
Evitar ao máximo ou periodizar o uso dos 17 aa como o
stanozolol e a oxandrolona e manter a dieta regular aliando o uso
do ômega 3, a cardarina e o ácido nicotínico na media de 500mg
diárias, ja ameniza muito os danos no perfil lipídico. Porem
sempre ressaltando com o acompanhamento de um profissional.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2583156

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Transaminases hepáticas

Os esteroides anabolizantes são citados como causadores de


danos hepáticos, mas será que eles realmente são tão
hepatotoxicos assim?
Sabemos que a classe mais tóxica para o fígado é a dos
esteroides orais 17 alfa alquilados, que resistem bravamente ao
metabolismo de primeira passagem. Porém, drogas como o
Paracetamol, por exemplo, podem ser muito mais hepatotoxicas
que compostos como stanozolol, Oximetolona e oxandrolona.
Mesmo assim, vejo muitos usuários e outras pessoas nos
perguntando sobre algumas elevações nas transaminases
hepáticas em seus exames e questionando se elas refletem
sobrecarga hepática.
Na grande parte dos exames que vemos, observo apenas uma
discreta elevação nos níveis de TGO, é o mais comum de se ver no
perfil do usuário e do praticante de atividade física de alta
intensidade. A TGO pode se elevar em até 3x por causa do
treinamento intenso.

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5719197/

As outras enzimas como a TGP, por exemplo, já não se elevam


quase nada pela atividade física, são mais especificas. Portanto, se
as elevações forem conjuntas, aí sim, já nos indicariam outro
caminho de investigação. Ainda se tratando de TGO, diversos
outros fatores elevam sua contagem. A hora de colher o exame,
por exemplo: colher o sangue no período da tarde, indivíduos
afrodescendentes já tendem a ter níveis mais elevados de TGO
naturalmente, nos praticantes de musculação, não só pelo
treinamento, mas pela própria massa muscular elevada, também
já temos parâmetros diferentes.
Lembrando sempre que estamos citando alterações
discretas/moderadas abaixo dos 90. Mesmo assim, a proteção
hepática ainda algo discutível. Quando citamos proteção hepática,
a maioria dos compostos estudados, são em estudos com
pacientes que tem problemas crônicos no fígado, e os parâmetros
utilizados são diferentes e não se aplicam muito no caso de uma
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sobrecarga aguda continua medicamentosa. Porem popularmente
alguns compostos são e podem ser utilizados como antioxidantes,
com outras funcionalidades e dentre elas podem ter um impacto
positivo na função hepática. Um exemplo a N-acetil-cisteína, que
é um ótimo fitoterápico que sempre menciono, afinal, NAC é
utilizado como uma das terapêuticas para intoxicação por
paracetamol, justamente pela sua capacidade de renovar o
estoque de glutationa nos hepatócitos.

Antioxidantes/Protetores hepáticos – NAC.

Sim esse xaropinho barato e simples, que provavelmente, sua


mãe já te deu como expectorante ou como pozinho de laranja, é
um dos melhores antioxidantes que existe, principalmente, em
relação ao custo benefício.
Na faixa das 200mg dia, a N-acetil cisteína, é um aminoácido
que funciona como precursor da glutationa, que é o antioxidante
mais poderoso em nosso organismo, sobretudo no auxilio da
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saúde dos hepatócitos (onde geralmente também se tem maior
produção de radicais livres), NAC, por exemplo, é utilizada nas
intoxicações por paracetamol, e tem um grande papel
coadjuvante como alternativa barata e eficiente para
suplementação.
Superior a muitos outros compostos que são modinha por aí,
por um centésimo do preço. Ressaltando que é um composto dose
dependente, doses muito altas podem gerar efeitos negativos,
normalmente a posologia dos suplementos com NAC é por volta
das 600mg que ainda se mostra uma dosagem segura.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6562654

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E a famosa Silimarina?

Quase sempre se você não for um abusador, você não vai


precisar de muitos protetores hepáticos, por exemplo, mas em
muitos casos onde as transaminases oscilam um pouco mais,
acrescentar de 300 a 600mg diárias de Silimarina pode ser uma
boa adição, a Silimarina também tem um efeito positivo também
na saúde cutânea, assim como a maioria dos antioxidantes,
inclusive o NAC citado anteriormente.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3959115/

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Policitemia secundária

A Policitemia é uma condição oposta à anemia, ela se


caracteriza pelo excesso de produção de glóbulos
vermelhos/eritrócitos no sangue. Os esteroides anabolizantes
estimulam a eritropoiese, alguns ainda mais que outros, como
aromatizáveis, a boldenona por exemplo.
No entanto, a longo prazo e dose dependente, a testosterona é
quase sempre a maior causadora do aumento do hematócrito,
aliada ao uso de outros hormônios. O aumento do hematócrito é o
diminuição da relação da porção líquida (plasma) com a porção
sólida composta por todas as células sanguíneas, principalmente,
eritrócitos e leucócitos. Isso acaba refletindo em uma maior
“viscosidade” do sangue e altera alguns padrões hemodinâmicos e
do transporte de oxigênio.
Vemos com muita frequência hematócritos, especialmente nos
homens acima de 53/4% e algumas das queixas são comuns no
uso de EAA. Porém os mesmos não se dão conta. Eritema palmar,
coceira pelo corpo sem causa aparente, dores de cabeça e fadiga
persistente são alguns dos sintomas que podem ser associados a
Policitemia quando os números do hematócrito sobem muito.
Outro fator importante a ser mencionado é o aumento do risco
da formação de trombos que são agregados de células e plaquetas
que se deslocam e podem ocluir algumas artérias como as
coronárias, que são artérias que irrigam o coração. É de suma
importância que o médico e o usuário estejam sempre atentos a
esse fator. Mas como solucionar esse problema?

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5690890/

Fazer sangria acompanhada por profissional capacitado, ou


doações esporádicas em bancos de sangue que aceitem a condição
do usuário de hormônios, onde novamente entramos em uma
questão ética. Uma alternativa a esses dois métodos seria a
diminuição da dosagem ou suspensão, e fazendo um protocolo de
maior hidratação por algumas semanas. E o AAS? Ele não serve
para baixar hematócrito, entenda como ele age.
Uma alternativa a esses dois métodos seria a diminuição da
dosagem ou suspensão, fazendo um protocolo de maior
hidratação por algumas semanas, e, compostos provenientes de
DHT tendem a ter menor efeito na eritropoiese. E o AAS?

Ele não serve para baixar hematócrito, entenda como ele age.

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-AAS

O AAS (ácido acetilsalicílico) conhecido como Aspirina, é usado


por muitas pessoas que comumente dizem que ele “afina o
sangue”. No entanto, esse conceito não esta muito correto, e, para
nós no mundo do esporte/Bodybuilding é muito importante frisar
isso pela questão da elevação do hematócrito (hct). O AAS não vai
resolver os sintomas do HCT elevado (que surgem normalmente
no bodybuilder vide experiência empírica) como as palpitações e
fadiga constante. Ele vai agir apenas inibindo a agregação
plaquetária, por isso, ainda devemos ficar atentos e cuidar do
HCT para evitar o risco de eventos cardiovasculares, sobretudo os
infartos, que vêm ocorrendo nos Bodybuilders aqui no brasil.
Outro fator a ser citado é a questão da dose de proteção que tem
sua eficácia entre 80-100mg para a finalidade de inibir agregação
das plaquetas, elevar a dose não quer dizer mais proteção.
Acontece que as doses maiores que 80-100mg vão partindo
para a inibição maior e ação em outras vias que compreendem a
inibição da COX 1. Logo, o indivíduo vai começar a ter mais
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efeitos colaterais como diminuição da produção de muco e
proteção da mucosa gástrica, aumentando o potencial de
surgimento de gastrite e úlceras, aumento do risco de dano renal
pois os anti inflamatórios não esteroidais como a aspirina, por
inibirem as prostaglandinas, fazem vasoconstricção da arteríola
aferente que leva o sangue aos rins, e diminui esse fluxo.
Entretanto, inibir a agregação plaquetária com um leve efeito
anti-inflamatório pode ser interessante, para o bodybuilder já que
ele está exposto a um alto hematócrito, com maiores quantidades
de fatores de coagulação circulantes, menor resposta endotelial
ao óxido nítrico, e isso é um ambiente perfeito como eu disse,
para os eventos cardiovasculares.
Para isso vamos listar novamente os tópicos na questão da
estabilização da saúde e diminuição dos danos/riscos nesse
aspecto:
- Estabilização e manutenção do hematócrito.
- Estabilização do perfil lipídico.
- Estabilização do E2 em um ponto de equilíbrio, para ter
menos e2, produção mais regulada de fatores de coagulação, e
resposta normal do endotélio ao NO2 ( resposta essa que diminui
também com o e2 muito baixo )
- Uso de AAS 80-100 mg diários, sem evidencias porem pode-se
cogitar, não temos estudos voltados para essas condições.
- Consumir altas dosagens de ômega 3 e evitar gorduras ruins,
uma vez que não necessitamos de muito colesterol para sintetizar
hormônios, já que estamos sob uso exógeno.

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HAS

A hipertensão arterial em jovens é uma coisa muito mais


comum do que se imagina. Em se tratando de usuários de
esteroides então, principalmente, quando aliados com alguns
fatores, ela vai se instalar silenciosamente. E é dessa maneira
silenciosa e discreta que a elevação da PA, vai gerando danos
cardiovasculares com o tempo e precocemente pela idade dos
indivíduos que se encaixam nesse perfil.
Além do sobrepeso e o fator hereditário que são um grande
agravante, o uso contínuo de estimulantes, especialmente aqueles
alfa adrenérgicos predominantes como a efedrina , são grandes
causadores do aumento da resistência vascular periférica e, logo,
da PA.
Os hormônios em si, também aumentam a reabsorção de sódio
e agua nos rins e podem gerar alterações no sistema renina,
angiotensina, aldosterona. Claro que cada hormônio e fármaco
tem sua particularidade, assim como cada paciente, o que faz com
que nossa função, ao acompanhá-lo, seja extremamente
individualista.
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Portanto acompanhem as medições da pressão arterial de vocês
em dias esporádicos, lembrando que a medição deve ser feita:
-Longe de alguma refeição.
-Em um dia que não utilizou Termogenicos, inclusive cafeína.
-Sem estar com a bexiga cheia com vontade de urinar.
-Sem outros fatores ambientais que agravam as descargas
simpáticas como nervosismo ou stress por algum acontecimento
específico.
De preferência façam a medida com algum profissional
habilitado ou com o aparelho analógico de confiança, pois alguns
são ruins.
A sua pressão deve estar abaixo de 140mmhg por 90mmhg,
acima disso, você já pode ser considerado hipertenso se em mais
de 3 situações de medida ela deu alterada. Assim, fiquem atentos,
pois a PA elevada pode gerar problemas sérios se não tratada.
Mas se tratada corretamente, apenas com alguns medicamentos,
dá para levar um estilo de vida normal.

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3647368/

Tireoidianos
Se você cogita ou ja utilizou tireoidiano pensando que é uma
ótima ferramenta para aumentar seu metabolismo e queimar
muito mais gordura, você está enganado. O uso de tireoidianos é
muito mais complexo do que parece e, na maioria dos indivíduos
eutireoideos, ou seja, com a tireoide funcionando normalmente,
dificilmente vocês vão acertar uma dose que realmente traga
benefícios consistentes livres de colaterais diretos ou indiretos.
O porquê disso? Vamos explicar.
Quando você utiliza tireoidianos t4 ou t3, você aumenta a
quantidade circulante de hormônios tireoidianos, mesmo assim,
curiosamente, na maioria dos exames de usuários de tireoidianos,
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o t4l e o t3l quase nunca estão acima da referência, apenas em
usos com dosagens extremamente altas. Mas o que sempre vai
estar alterado com um t4 ou t3 legitimo é o TSH. O TSH é um
hormônio que responde ao feedback hipofisario, ou seja, mais
hormônios livres se tem menos TSH, menos hormônios livres se
tem mais TSH. Que são os painéis clássicos de hiper/hipo
subclinicos, consecutivamente, e com as alterações de t4l fora da
referencia , os casos de hiper e hipo propriamente ditos.
Vale ressaltar, que os tireoidianos atuam de diversas maneiras,
metabolicamente: primeiro, aumentam os receptores beta
adrenérgicos, sim, aqueles que o clembuterol se liga. Isso faz com
que a frequência cardíaca e força de contração do coração
aumentem, já aumentando a demanda metabólica.
Também há receptores beta em tecido adiposo, o que aumenta
um pouco a lipólise. Mas também, é dai que surgem a maioria dos
colaterais arritmogênicos (palpitações, arritmias etc.) e as
tremedeiras pela hiperativacao simpática.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3030139

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Outro ponto, é que os hormônios tireoidianos também são
hormônios catabolicos, aumentam o metabolismo proteico, tanto
síntese quanto degradação, aumentam a degradação glicídica e
gasto de ATP. Tudo isso interfere esteticamente na condição do
shape, que muitas vezes, pode se apresentar mais FLAT por
queda de estoques de glicogênio, já que junto com 1g de
glicogênio vão embora 3g de água por exemplo.
Outros fatores também devem ser mencionados como o
aumento da aromatização periférica que ocorre com o uso de
tireoidianos em alguns casos e pode contribuir para colaterais por
elevação de e2 multifatorial.
O uso de HGH também aumenta a conversão de T4 em T3.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29274063

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Johannsen et al testaram os efeitos da suplementação com
levotiroxina (t4) em doses de 100mcg de 12 em 12 horas ( muito
acima da media de reposição normal de 1,6mcg/kg/dia ) em 10
indivíduos jovens saudáveis, não obesos, eutireoideos.

Foram coletados durante o estudo que teve duração de apenas 4


dias o peso, altura, frequência cardíaca em repouso, pressão
arterial e temperatura corporal diariamente e por fim foram
colhidas amostras de sangue para visualizar a função tireóidea e
outros parâmetros.

Os resultados obtidos foram que os escores de t4 total e livre


aumentaram, o tsh foi suprimido como esperado mas quando
analisamos os números em diferença no gasto metabólico basal,
foi observado apenas um aumento de 60 a 109kcal, o que de fato
tem um impacto pequeno em termos metabólicos. Outro
parâmetro interessante observado além da frequência
respiratória aumentada foi uma diminuição na fosforilação e na
atividade mitocondrial refletindo algo que empiricamente
costumamos ver em indivíduos usando tireoidianos, como maior
fadiga e menor desempenho durante o treino ou ate muitas vezes
em repouso. Isso contraria um pouco o senso comum de
associação de tireoidianos com intenso aumento metabólico e
"disposição". Vale ressaltar que esse estudo teve curto período de
duração e um N baixo, outros estudos mostram que a perda de
peso em longo prazo decorrente dessas mudanças podem ate
serem vistas, mas muito diferente do que se imagina, porem para
visualizar um pouco as mudanças metabólicas agudas, trata-se de
um estudo interessante.

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2690423

Como mencionado, o artigo acima assim como outros, mostram


que o hormônio do crescimento aumenta a conversão de t4 para
t3, e dependendo, pode fazer com que a leitura do painel
tireoidiano pelo profissional ou leigo se confunda.
Há estudos antigos que mostravam níveis baixos de t4 em
indivíduos com reposição de GH, mas existiam erros nos estudos
que levaram a falhas nos resultados, como por exemplo, os
indivíduos terem deficiência de gh e previamente ja terem um
quadro de hipotireoidismo ou níveis ja mais baixos de t4.

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Termogenicos

Quando falamos em Termogenicos pensamos em termogênese,


geração de calor por aumento de gasto metabólico, esse seria um
conceito mais literal. Mas em se tratando de Termogenicos ou
compostos que aumentem a eficácia na perda de gordura, temos
diversas classes que podem contribuir para esse objetivo.
Temos os:
- Inibidores de apetite.
- Agentes que aumentam o gasto metabólico basal por alguma
via.
- Inibidores da absorção de macro nutrientes, como ácidos
graxos principalmente.
Vamos falar um pouco sobre os Termogenicos mais utilizados e
como eles funcionam misturando um pouco da teoria e da
prática.
Fármacos inibidores do apetite por si só:
Temos a clássica sibutramina, que age inibindo a recaptação de
alguns neurotransmissores modulando o apetite e gerando uma
inibição do mesmo. Geralmente esses fármacos possuem efeitos
colaterais negativos comportamentais, como boca seca e efeitos
adversos no trato gastrintestinal. São fármacos controversos até
no uso clínico na endocrinologia, pela sua real eficácia no
tratamento a longo prazo e nas taxas de recuperação de peso pós-
cessamento do uso.
Temos atualmente análogos do GLP1 como a liraglutida, que
age como um agente que melhora o painel glicídico e atua
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também inibindo o apetite, é uma classe relativamente nova e
tem um custo elevado ainda. Os principais efeitos colaterais dessa
classe são também efeitos do trato gastrintestinal, como náuseas
e vômitos em algumas situações. Por fim, temos os agentes
adrenérgicos que são os mais utilizados off-label no mundo
fitness como:
- Os beta agonistas, como sabultamol e clembuterol que tem
uma semelhança muito grande no seu mecanismo de ação,
alterando-se, principalmente, por suas meias vidas na qual do
sabultamol é mais curta.
Agem primordialmente se ligando nos receptores beta
adrenérgicos como um todo. Os receptores betas adrenérgicos
estão presentes na mucosa respiratória, no coração e no tecido
adiposo ( em outros tecidos como muscular também ). Quando
ativados promovem bronco dilatação, aumento da frequência e
força de contração cardíacas e quebra de ácidos graxos. Tudo isso
contribui para a perda de gordura.
Esses fármacos também apresentam efeitos de "nutrient
partitioner" como visto em alguns estudos, onde mostram um
melhor aproveitamento metabólico associado com um protocolo
dietético que se encaixe bem. Sempre ficar atentos a utilizar esses
Termogenicos como ferramenta para auxiliar no objetivo, nunca
como fator principal. Portanto sempre optem por doses
conservadoras, uma vez, que o efeito nem sempre vai ser dose
dependente e os receptores beta podem sofrer saturação.

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6138932

Temos os alfa agonistas como a efedrina, um dos Termogenicos


mais conhecidos, principalmente, o cloridrato de efedrina que foi
vendido no brasil até o início de 2019 sob o nome de
franol. Apesar de ser alfa 1 agonista, a efedrina também tem
efeitos nas descargas adrenérgicas como um todo, podendo
assim, ter efeitos indiretos por essas descargas, bindando todos
os receptores adrenérgicos, inclusive, os beta. Logo, pode
promover lipólise por esse mecanismo e pelos efeitos no sistema
nervoso central como a inibição do apetite.
Não essencialmente necessita-se utilizar altas doses, uma vez
que o excesso dessas descargas pode gerar oscilações em termos
de neurotransmissores, o que pode desencadear mudanças
comportamentais, compulsões alimentares e coisas do tipo como
vemos na pratica.
Há também os antagonistas alfa 2 como a ioimbina, que age
modulando a lipólise positivamente. Muitos estudos associam o
potencial lipolítico da ioimbina com o mecanismo dos beta
agonistas como o clembuterol, pelo aumento da mobilização de
lipídeos. A ioimbina também tem efeito excitatório no sistema
nervoso central, podendo causar euforia em alguns usuários.

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Outro ponto relevante a se considerar é que os efeitos positivos
da ioimbina na lipólise só ocorrem na ausência de
hiperinsulinemia, ou seja, ela será melhor aproveitada utilizada
em jejum, ou em refeições com proteína e gordura, com a
quantidade de proteína também controlada, uma vez que altas
quantidade de leucina podem ter efeito pro insulínico.
Do ponto de vista farmacológico apesar de encaixarmos alguns
desses compostos como alfa ou beta, na sua grande maioria os
agonistas tem afinidades distintas mas se ligam em ambos
receptores de alguma forma. Os maiores efeitos adversos e
perigosos do uso deles são o desencadeamento de efeitos
cardíacos, como palpitações, arritmias e outros eventos que
podem levar ate a morte para aqueles com pré disposição, que na
maioria das vezes não sabem que tem algum problema e utilizam
os Termogenicos. É por isso que se tem algumas mortes relatadas
com queimadores de gordura e pré treinos importados por terem
maiores quantidades dessas substancias, que são legalizadas nos
estados unidos.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1345885

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https://academic.oup.com/ajcn/article-abstract/55/1/219S/4715222?redirectedFrom=PDF

Escores Hormonais em exames


laboratoriais.
Quando pegamos exames laboratoriais sob a utilização de
hormônios, a primeira coisa que nos vem na cabeça quanto à
eficácia é a dosagem de testosterona. Então, o que fazemos
primeiro é bater o olho nos escores de testosterona total para
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conferir se ela esta alta, condizente com o uso dos ergogenicos, no
entanto, muitas vezes, os usuários se frustram pelo fato de
encontrarem escores não condizentes com a dose que estão
utilizando. Nesse cenário temos duas possíveis causas: ou a droga
utilizada, de fato, é extremamente subdosada quando os escores
dão muito abaixo ou o pico de utilização pode não ter coincidido
com o exame, dependendo da dose que estiver utilizado.
Independentemente desses fatores, mais importante que a
dosagem de testosterona total, é a dosagem de testosterona livre,
ela sim, é a fração de testosterona livre dos ligantes que circulam
ligados à sua molécula. Logo, ela pode agir no 5AR que é seu
receptor intracelular e exercer seus efeitos. Algumas pessoas
podem ter um nível de testosterona total metade do que de
outras, mas ter uma quantidade de livre igual ou ate maior, que é
exatamente isso que determina a efetividade de um protocolo por
exemplo.

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Como mencionado anteriormente, temos dois ligantes para a
testosterona: o SHBG e a Albumina, ambos carregam a
testosterona e ela só fica livre quando não está ligada a eles. Para
isso, algumas estratégias podem ser adotadas, o controle da
aromatase, por exemplo, faz com que o SHBG fique mais baixo,
uma vez que o estradiol aumenta a produção hepática de SHBG.
Além disso, outro fator que pode ajudar é o uso de esteroides
orais como turinabol, oxandrolona e afins que se ligam a
molécula de SHBG e deixam a testo mais livre.

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Como Tratar de Nódulos e Inflamações
(Contribuição José Perez / Team DeathFace.) – Linguagem e explicações feitas por
ele.

Como diminuir e/ou evitar nódulos


Existem dois tipos de dores:
1. Dor devido à via de administração
● Normalmente a dor da localização física de injeção. Saber o
local que vai aplicar. Há um tempo atrás, alguém aplicou no
"deltoide", mas na foto parecia quase no meio do braço.
Muitas vezes, quando há uma injeção de uma substância, a
localização física, que é onde a agulha libera a substância, pode
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causar desconforto após a injeção. Isso é mais provável devido à
substância situar entre os grupos musculares ou em um pequeno
músculo, pois isso irá causar mais dor do que está sendo injetado
no meio de um músculo ou um maior agrupamento muscular.
Isso pode acontecer de tempos em tempos, mesmo com usuários
experientes. Experiência Própria: Stanozolol Landerlan
/Enantato Landerlan, etc.
● Volume da substância injetada. O volume de injeção também
vai fazer uma diferença significativa para qualquer dor e
sofrimento experimentado. Geralmente, grandes volumes são
mais bem toleradas em grandes grupos musculares (músculo
glúteo, quadríceps, etc.), em relação a pequenos grupos
musculares (bíceps, tríceps, etc.) que não são muito
recomendados devido a maiores riscos de complicação.

2. Dor devido à substância a ser injetada


● Concentração do solvente da substância. A concentração e o
tipo dos solventes utilizados na preparação da substância a ser
injetada vai afetar toda a dor durante a aplicação e as dores que
serão sentidas após a aplicação.
●Concentração do produto ativo. Esta é, provavelmente, a
causa mais comum de dor após-injeção experimentados por
usuários de esteroides anabólicos. Isso é mais provável devido à
demanda para os laboratórios underground para produzir
preparações mais concentradas de esteroides (mg alta / ml de
hormônio) para reduzir o número de injeções e volumes. (Famosa
Trenbolona de 150 ou 200 que vendia. Quem se lembra?).
Esses são os dois casos de nódulos e Dores nas aplicações, a
questão é: Como tratar?
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Acredito que MUITOS ou TODOS, já sabem qual a diferença de
"Dor", "Calombo", "Inchaço", etc.
Segue aqui uma "regra" a qual utilizo (ou tento). Não nessa
ordem, depende de como dito acima, o nível de “Dor", "Calombo",
"Inchaço", "Nódulo".
● Compressa quente --> aqueço a água, coloco dentro da bolsa
térmica. Coloco um pano ou toalha, molhada ou com álcool em
cima da região. Coloco a bolsa térmica em cima. (O Pano
molhado evita que queime a pele, pois o que você precisa e ao
invés de contrair os vasos (gelo), ela dilata, aumentando o fluxo
sanguíneo. Esse efeito acaba auxiliando que a substância possa
ser absorvida mais rapidamente.
● Diclofenaco Sódico --> Normalmente passo ela 3 vezes ao dia
e, quando está muito inflamado, aplico ela antes de colocar
compressa quente. Ela age auxiliando na redução do processo
inflamatório na região que pode ter sido causado só pela agressão
e reação da substância ou por impurezas. Muitas vezes a
substância volta para o espaço subcutâneo também causando
irritação.

● Ultrassom --> Normalmente qualquer clínica de estética


e/ou fisioterapia tem 1. Depois tem massagem no local para
melhor absorção. Quem não sabe, ultrassom é uma máquina que
libera "ondas sonoras de alta intensidade que conseguem
melhorar a metabolização da substancia, ou alterar processos que
possam ter se formado no local da aplicação".

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Dicas para evitar:
 Alternar o Local da aplicação.
 Confiança no produto adquirido.
 Ter bom senso de aplicar. Ex:Deltoide 5ml de uma vez é
loucura (eu sei que aqui tem loucos). Deltoides suportam
menos volume que glúteos e quadríceps.
 Não esperar ficar vermelho ou roxo. Banho, água quente,
etc.
 Ser o menos invasivo no corpo. (Por isso quando
possível, evite o excesso de shots quando não vão dar
diferença prática, como o fracionamento excessivo em
cruise).
 Dividir aplicações durante o dia (lembre-se o corpo
reconhece os AES como algo estranho), então, se tiver que
aplicar 5 ml por dia, ou reveze os locais nas aplicações ou
divida em 2 x 2,5ml -- Menos invasivo (particularmente
comigo funcionou e além do mais, deixa os níveis sempre
estáveis no organismo).
Ressaltando, que quando há sinais flogísticos, ou seja, sinais de
inflamação principalmente, o rubor (vermelhidão), e o aumento
de temperatura, é que provavelmente, uma inflamação mais
acentuada está em curso e deve-se ter mais cautela para
acompanhar a evolução do quadro, podendo recorrer ao uso de
anti-inflamatórios tópicos como diclofenaco sódico, e, evitar
aplicar no local até melhorar, caso o quadro piore é válido
procurar um serviço de emergência, pois uma inflamação com
conteúdo bacteriano pode estar em curso.
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Ressaltando que a grande maioria das informações deste tópico é
de cunho prático da vivencia. Quaisquer danos e processos
inflamatórios e infecciosos a melhor recomendação é procurar
um medico.

Entendendo Hipertrofia, Bulk, Cutting,


e objetivo Final.

Linguagem Simples.

Só existe um objetivo: Que é; “eliminar” massa gorda enquanto


se constrói massa magra. Não existe nada, além disso.

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Trabalhamos com percentuais, portanto, aumentar um é
diminuir o outro, mudar a composição corporal.
Não importa se você é grande, pequeno, ectomorfo, endomorfo,
se toma X gramas de AES, se é natural ou se toma GH.
Existem pessoas naturais com mais anabolismo que muitos que
usam gramas de AES e, tem gente que usa muito, só para poder
MANTER o shape, pois está estagnado.
Tudo isso cai apenas em uma variável, e uma só variável que é
importante: COMO ESTÁ SEU INDICE ANABÓLICO.
Se você não estiver com um estado anabólico constante, nada
vai acontecer, você vai brigar com seu corpo, com sua dieta, com
seu treino, com o uso de ergogenicos e não vai entender porque
nada funciona.
O grande desafio do Bodybuilding é achar o SEU estado
anabólico dia após dia e manter ele de acordo com sua rotina, e
ainda assim, manter seu quadro de imunidade alto. Com um
perfeito balanço.
Se você não está se sentindo drenado energeticamente após o
treino, dolorido, não está com aquela sensação de sono, que em
qualquer lugar que você encosta você dorme, se você não sente
aquela fome nos horários que é pro seu corpo se alimentar, é bem
provável, que você não esteja em estado anabólico, e esteja
estagnado por diversos motivos.
O grande problema, é que quem treina há algum tempo,
consegue identificar isso no corpo sem dificuldades. Já a garotada
mais nova, não tem noção, aí fica igual cego em tiroteio. É o
famoso processo de pular etapas. Colocar gasolina de jato em um
carro 1.0 com um motorista ruim.
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Isso veio daquele pensamento que Dieta é 80%. Sim, a dieta é
80% DEPOIS QUE, você já estiver em processo anabólico com
sua rotina e seu treino todo ajustado pra isso.
Existem diversos indicadores empíricos para isso.
A maioria dos Bodybuilders usa o esforço cardiovascular como
um boost no metabolismo e para a saúde do coração (manter
tudo em ordem), eles não fazem isso pra "queimar gordura." Um
treino bem feito gasta muito mais calorias. Isso aliado ao estado
ANABÓLICO vai causar mais queima de calorias durante o dia,
tornando seu corpo uma máquina efetiva e algumas vezes, até
permitindo uma maior flexibilidade na dieta quando não se está
em preparação.

"Coach, o objetivo é secar ou crescer?"


O objetivo é SEMPRE, perder percentual de gordura, enquanto
ganha massa muscular magra.
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Perder percentual de gordura também PODE significar
aumentar a massa muscular, e aumentar a massa muscular
NECESSARIAMENTE significa baixar o percentual de gordura.
Parece um conceito simples, mas algumas pessoas não
entendem O QUE É UM PERCENTUAL.
Aumenta um, abaixa o outro. (Lidando sempre com a mesma
quantidade de massa corpórea, é claro.).
Quando alguém me fala que vai “bulkar”, eu simplesmente
entendo: "ok então você vai relaxar, e dar um tempo à cabeça,",
porque é a única coisa que faz sentido.
Um exemplo bobo seria uma pessoa que teve um amento de
12kgs após um “bulk sujo.”.
Normalmente essa pessoa vai ter um aumento muito maior de
percentual de gordura do que de massa muscular magra, e na
maioria das vezes, o ganho de massa muscular magra é nulo. Ele
só se colocou em um efeito sanfona.
Sim, mesmo que haja ganhado de massa magra, as proporções
desse ganho em relação a gordura quase nunca beneficiam o
atleta.
Isso vai mudar depois que você tiver um uma composição
corporal mais “empedrada”, na qual você pode comer mais e verá
que o máximo que vai ganhar é água, (é o CASO dos tops
amadores e IFBB PROs), daí o jogo é totalmente diferente.
Na prática, todos os receptores anabólicos do corpo funcionam
melhor sob um percentual de gordura baixo, o corpo muda de
composição pro anabolismo mais facilmente com BF baixo, e é
por isso, que você vê atletas que se mantém em forma, cada vez
mais empedrados, ano após ano.
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Quando menos é mais.
Muitos usuários estão estagnados em um nível de shape
utilizando altas dosagens de hormônios e a resposta nesses casos,
não é aumentar as dosagens e sim, diminuir. Acontece que
mesmo hormônios que não aumentam tanto a retenção hídrica
vão te reter sim, pela própria ação a nível renal do fármaco. Os
níveis inflamatórios sistêmicos podem estar elevados (PCR, …)
entre outras alterações que, muitas vezes, também não são vistas
em exames laboratoriais.
O uso excessivo de muitos fitoterápicos também podem ser um
tiro pela culatra quando desnecessários, como usar
demasiadamente pregnenolona durante o uso de hormônios,
onde você não necessita tanto de um substrato assim, podendo
até causar alterações em outros hormônios prejudicar
esteticamente o corpo. Até com protocolos onde o Hormônio do
crescimento está presente com uma dieta que não condiz e só
piora a resistência insulínica, o que reflete negativamente no
shape. São diversas situações onde uma estabilização e equilíbrio
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vão ser muito benéficas, tanto para a saúde (mental e física)
quanto para a estética.
Muitos de vocês criam monstros por teorias infundadas,
pensam que se diminuem as doses vão catabolizar, vão ficar sem
libido e esses anseios impedem vocês de fazerem o que é melhor
para o corpo naquele momento.
Dosagens comuns de cruise ja são muito mais altas que
dosagens padrões de TRT que ficam na faixa de 200mg
quinzenais até de 21 em 21 dias, logo 200mg semanais já seria
mais do que suficiente para atingir níveis supra fisiológicos e
fazer toda manutenção funcional e anabólica. Portanto, sejam
mais leves e os resultados vão fluir da melhor maneira possível
associando mais saúde com efetividade e menos gastos.

http://www.scielo.br/pdf/jvb/2015nahead/1677-5449-jvb-1677-544904315.pdf

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Dietas

Antes de começar a abordar os infinitos tipos de dietas e


métodos existentes no mundo do Bodybuilding, é bom salientar
que TODO MÉTODO é válido. O objetivo dessa apostila não é
ensinar assuntos já passados e debatidos em todos os lugares o
tempo todo, e sim, apontar como você deve utilizar todas essa
informação.
– Tudo é valido.
Sabe aqueles profissionais chatos? Uns defendem o uso do leite,
outros abominam, uns só fazem low carbo, outros são a favor de
uma dieta farta.
Tudo isso está correto.
Sob o ponto de vista do Bodybuilding (construção muscular
do corpo.) o termômetro pra saber o que você faz, se é certo ou
errado, é simplesmente seu espelho.

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Muita gente dá certo com dietas menos usadas, cada corpo,
uma reação, e, acredite, eu já vi de tudo nesses anos como coach.
O suficiente pra poder provar pra qualquer um que aquele
método não é infalível a todos. (se fosse fácil, todos fariam a
mesma dieta não é mesmo?)
- Entendendo macros, e porque você foi enganado esse tempo
todo.
A nova onda do momento, é tratar de números como verdade
absoluta, chutam um alvo, e daí vão tentando acertar da melhor
forma com cálculos de metabolismo basal, e Kcal diárias.
O problema de tentar seguir dessa forma, cegamente, é que os
cálculos são formas INVENTADAS por autores do passado.
Na verdade é quase impossível você descobrir o gasto calórico
de uma rotina inteira diária/semanal/mensal, de uma pessoa.
Sim, você pode descobrir alguns fatores com os equipamentos de
ciência atuais. Mas não é nem 50%.
Algumas variáveis que essas pessoas não levam em conta são:
- Uso de hormônios.
- Uso de estimulantes.
- Tipo de rotina de trabalho. (Esforço? Sentado?).
- Metabolismo. (Tanto estrutura genética, quanto alterações por
fármacos.).
- Absorção de nutrientes / Otimização do sistema
gastrointestinal.
- Tireoide. (Usando ou não Tireoidianos.).
- Doenças congênitas e alergias.

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- Tipo de treinamento, quantidade de treinamento, intensidade
de treinamento.
- Entre muitas outras.
Então, por onde começar?
É aí que fica interessante. Apesar de números não serem tudo,
concordo com a maioria que eles servem de orientação para um
começo, principalmente pro indivíduo que não conhece o próprio
corpo.
Qual o passo a passo?
Recomendo pra qualquer pessoa, começar com um número X
de calorias diárias. Entre 1500 e 2500 pra maioria das pessoas,
vamos criar o exemplo com 2000 kcal.
(Por quê? Porque sim, precisamos de uma base de comparação.
Um número controle.)
Outro fato a salientar, que corpo não sabe contar, então, dia,
hora, semana, mês, tudo isso conta pra balanço energético. Muita
gente só conta dia, mas o balanço SEMANAL, MENSAL e até
ANUAL, são importantes, vamos lá:
Mantenha um número constante de Kcal, e divida seus
alimentos entre alimentos simples, onde não há tanta variação.
(Apesar de prazerosa, uma dieta muito variada vai te trazer mais
confusão, pois adicionam mais variáveis.)
É aí que entra o famoso Arroz, Batata, Batata Doce, Aveia, e os
alimentos que já conhecemos. Não porque são os melhores, (já
deixamos claro que não existe melhor.), mas eles servem de
controle.

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-Defina a composição de Carboidratos, Gorduras e Proteínas da
sua dieta.
-Defina sua janela de alimentação, horários, e número de
refeições.
-Diminua o máximo possível suas variáveis. (Lembrando, esse
guia é mais para quem ainda não conhece o próprio corpo.).
Agora mantenha a mesma coisa, todos os dias, por um período
que dê pra ver alguma diferença (positiva ou negativa.). Como os
americanos falam: EAT LIKE A DOG. (Coma como um cachorro,
um cachorro come a mesma coisa todos os dias nos mesmos
horários.).
E é ai que você começa a perceber quanto muito é muito e
pouco é pouco. Depois você pode mudar suas fontes de
carboidratos, proteínas e gorduras. E ir “brincando” com as
variáveis, até se conhecer.
ISSO É UMA DIETA.
Não acredite em sensacionalismos baratos de gente que só quer
vender números pra você. A linguagem de qualquer coach é
simples, ela se chama RESULTADO.
Quando dá RESULTADO, você pode fazer até a “pior” dieta do
mundo. (Segundo os especialistas.) Mas se tem retorno, porque
mudar?
Isso cai no meu último conselho.
- Não seja uma pessoa ansiosa, não mecha em time que
está ganhando.
A partir do momento que sua dieta, sua rotina, e seu treino
estão ajustados, você vê melhoras semanais ou quinzenais, não há
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porque mexer em nenhuma variável a não ser que exista extrema
necessidade.
Muitos mudam variáveis para os clientes, só pra demonstrar
serviço. Eu discordo disso. Se seu cliente/aluno está na estrada
certa, não há porque mudar o percurso. Bodybuilding leva tempo,
não são meses, e sim anos.
Dietas que zeram completamente seus carboidratos e
adicionam muita gordura saturada livremente como a zero carbo
e paleo, ainda são muito prescritas. De fato nosso corpo não
mudou quase nada biologicamente desde os períodos passados,
porém, quando esses planejamentos são montados, só é citado
essa parte da história.
Nosso corpo realmente não evoluiu, mas nós não vamos dormir
assim que o sol se põe, não passamos o dia correndo nus atrás de
animais para caçá-los e comê-los. Passamos a maior parte do dia
no sedentarismo (sim mesmo praticando 30min a 1hr de
atividade física por dia ainda somos "sedentários", pois o corpo é
uma máquina e ligar ela em uma potência maior por curtos
períodos de tempo e ficar sentados na cadeira o resto do dia, não
significa que somos ativos na maior parte do dia).
Nós evoluímos, principalmente, nosso cérebro e nossa
capacidade de raciocínio, o tempo é cada vez mais escasso e a
quantidade de informações e necessidade de assimilação é
infinitamente maior do que quando nos preocupamos em correr
para caçar o animal e fazer amor com a esposa sob a luz da
fogueira na caverna.
Portanto na prática, a influência que tais tipos de dieta vão ter
na maioria das pessoas acaba sendo muito mais negativa que
positiva! (Veja só eu disse a maioria, não todos). É por isso que
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existe a necessidade de um coach ou profissional da saúde com
um olhar atento que consiga integrar todas as variáveis e
promover efeitos positivos física e psicologicamente para o aluno.

– Dieta Cetogênica.
Caráter informativo da prática (Ugo).

Alguns de vocês vivem repetindo dieta Cetogênica (ou Keto.)


mas não sabem muito bem ao certo como funciona.
Muitas pessoas têm procurado alternativas de dieta com
objetivos diferentes. A Keto diet, igualmente toda dieta, tem suas
vantagens e desvantagens, e pode ser ideal pra você (ou não.).
Nos EUA eu vejo muitos esportivas adeptos da dieta Keto, como
lifestyle mesmo, não apenas em certo período como Bodybuilders
fazem.
Existem atitudes do dia a dia que AJUDAM a entrar no estado
de Cetose.
A Cetose é um estado do corpo, que pode ser atingido através de
uma dieta com pouca ingestão de carboidratos, ou nenhuma
ingestão. (Bem difícil, visto que quase tudo tem carboidrato de
alguma forma.)

Resumo:
- Como funciona a Cetose?
Em uma dieta normal, ou alta em carboidratos a subida dos
níveis de glucose no sangue é uma das primeiras reações que o
nosso corpo tem.
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Isto porque é uma dieta rica em glicose, o que significa que a
concentração de glucose no sangue naturalmente vai aumentar.
Como resultado, o pâncreas vai secretar insulina para contra-
atacar o aumento dos níveis de glucose.
A insulina conduz a glucose para as células do nosso corpo,
sinalizando para que a glicose entre e seja armazenada como
glicogênio. Alguma porção da glicose é utilizada como energia
necessária para o corpo manter os seus processos naturais em
bom funcionamento.
No entanto, se os níveis de glicose caem, o pâncreas secreta um
hormônio conhecido como glucagon. Este hormônio quebra o
glicogênio armazenado em glicose, e então, pode ser utilizado
como energia.
Numa dieta Cetogênica o processo é diferente. As reservas de
glicogênio vão se reduzir sempre que a glucose é necessária como
fonte de energia provenientes do fígado. Sempre que não são
restauradas, o corpo precisa utilizar a gordura como fonte de
energia.
Os ácidos gordos do nosso tecido adiposo são mobilizados
durante a beta oxidação. Durante este processo, as cetonas são
libertadas do fígado então elas irão ser utilizadas como energia.
Os ácidos gordos agora livres podem ser utilizados como
energia, mas o cérebro só pode usar cetonas ou glicose.

O que são cetonas?


As cetonas, ou corpos cetónicos, são formadas quando a
gordura é utilizada como fonte de energia. Por norma, o corpo
obtém a energia diária que necessita de carboidratos, mas quando
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estes não existem em quantidade suficiente, a gordura torna-se a
fonte de energia.
Os corpos cetônicos podem-se acumular no nosso corpo. Altos
níveis de cetonas são tóxicas e podem levar a uma condição
conhecida como cetoacidose. É um problema comum em
diabéticos do tipo 1 e pode ser fatal.
Quem não sofre de diabetes não precisa de se preocupar com
nada, pois a produção de cetonas é regulada, permitindo ao corpo
voltar ao nível normal de PH.
Há testes que podem ser feitos para avaliar o nível de cetonas.
Pode ser feito através de um medidor de cetonas parecido com o
que mede a glicose, ou através de análises à urina.
- Um dos suplementos de cetona mais conhecidos é a Raspberry
Ketone. porém, tem pouca relação com a dieta Cetogênica e se
provou mais um termogênico comum.
Hoje temos uma gama muito maior de suplementos que
prometem ajudar, ou são o próprio betahidroxibutirato que é a
cetona utilizada principalmente como combustível.
Alguns outros são o KETO OS / KETO CANA / 7-Keto
MuscLEAN entre outros.
Também a (7-Keto DHEA), MCT OIL e também outros
estimulantes diversos para o metabolismo, inibidores de apetite
naturais, etc.
O fato é, os reviews entre pessoas que são adeptas de dietas low
carbo, tem elogiado bastante tais produtos. Porém estão longe de
serem baratos.

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Estratégias

O maior erro que se pode cometer ao iniciar o uso de novas


substâncias ou novas dietas é a falta de estratégia. Costumo fazer
uma analogia do desenvolvimento corporal com uma guerra,
nunca se inicia uma batalha utilizando todas as armas que você
tem, pois, as chances de vencer a guerra em uma única batalha
são mínimas e o risco que se corre nas batalhas posteriores,
ficando desarmado, é muito alto.
Isso traduz o que muitas pessoas acabam fazendo, iniciar
protocolos com muitos fármacos e junto protocolos de dietas
mais severas é gastar toda sua munição na primeira batalha, e as
outras batalhas como você irá lutar?
Um corpo com saúde se conquista com tempo, com várias
batalhas consecutivas, conhecendo, cada vez mais, o território e
utilizando o armamento adequado para cada batalha com
constância! É de suma importância que os profissionais da saúde
saibam integrar e formular essas estratégias para uma construção
sólida.
Na prática, não é o que vemos, vemos na maioria das vezes,
essas tentativas únicas de ataque que quase sempre acabam em
fracasso e aversão a novas tentativas.
Portanto usem a cabeça:
Protocolos com altas doses de hormônios e dietas restritivas ao
extremo, até são efetivos, se feitos por curtos períodos de tempo,
logo depois, você entra em adaptação e pode sabotar todos seus
resultados junto com sua saúde.
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Fiquem atentos nas épocas que incluem os cardios, isso é válido
para a situação acima, afinal, você está em uma dieta hipocalórica
fazendo o uso de estimulantes+hormônios e com alta carga de
cardio, quando alterar o ambiente já que não pode fazer isso
sempre, você terá um grande rebote.
Organizem-se e sempre tenham essa carta na manga para
continuar mantendo ou evoluindo o que conquistaram.

Estratégia pôs refeição lixo/minimização de danos

Vocês sabiam que bulimia não é só a prática de forçar a


emese/vômito após uma refeição por culpa? Sabiam que fazer
excessivamente exercícios ou um jejum forçado podem ser
considerados bulimia também?
E o pior, é que essas práticas não vão funcionar
fisiologicamente para neutralizar o que você comeu de besteira.
Quando você se alimenta de uma refeição pesada rica em
gorduras e carboidratos eis o que acontece no seu corpo: os
carboidratos primeiro, vão suprir suas necessidades imediatas de
formar ATP, depois vão suprir seus estoques de glicogênio
hepático e muscular e depois vão desviar para via da lipogênese
(CRIAR GORDURA).
Já as gorduras que você ingeriu junto, essas vão ser
armazenadas como tais diretamente. PORÉM na hora que você
faz um jejum prolongado, ou força um aeróbico após esse
consumo exagerado de alimentos, a primeira via de utilização vai
ser a da glicose. Isso mesmo, você vai ter de gastar quase todo
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seu glicogênio hepático para começar a beta-oxidar (QUEIMAR
GORDURA), isso demora muitas horas e, mesmo quando a
queima começar a ocorrer, não vai ser proporcional ao que foi
ingerido. E tem outro, porém, você sai de um estado anabólico
para um estado catabolico em diversas vias, o que não é produtivo
esteticamente.
Vamos entender um pouquinho da bioquímica por trás das
janelas metabólicas onde refeições mais calóricas ricas em
carboidratos e gorduras vão se encaixar. Para isso, temos que
pensar o seguinte: todas as gorduras que consumimos vão ser
imediatamente transportadas e armazenadas como gorduras ou
desviadas para gasto/necessidade imediata de ATP. Os
carboidratos, por sua vez, tomam caminhos diferentes quando
ingeridos. Primeiro, vão gerar toda resposta insulínica para serem
armazenados como glicogênio hepático e muscular. No entanto,
esses estoques têm limites e dependem da sensibilidade
insulínica do indivíduo (principalmente o muscular). Logo, os
momentos onde você estaria com os estoques de glicogênio mais
vazios seriam depois do longo período de jejum, após dormir ou
após o treino, onde houve gasto e há mais avidez celular por
glicose.
Portanto, esses dois momentos seriam os mais propícios para
encaixar refeições lixo, lembrando que a dieta que antecede o dia
ou uma refeição lixo, também vai ter grande impacto na
quantidade dos estoques de glicogênio, assim, é importante
armar boas estratégias para o dia do lixo ter um bom impacto
fisiológico e o mínimo de danos.
Agora caímos em algumas explicações fisiológicas na
importância do dia do lixo:

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Quando ficamos em dieta hipocalórica por longos períodos de
tempo, nosso corpo recebe esses sinais de insuficiência calórica e
começa a enviar diversos sinais para o metabolismo se adaptar. O
metabolismo se adapta a restrição calórica ficando mais lento,
seja diminuindo a conversão periférica de t4 em t3, aumentando
os estímulos nervosos que resultam no aumento do apetite e
diversos outros mecanismos que vão dificultar a progressão e
manutenção de um protocolo dietético. Por isso, é interessante
pelo menos 1x na semana ou quinzenalmente, darmos uma
quebra nesse quadro metabólico com uma refeição livre, pois, ela
não vai trazer só benefícios no bem-estar, mas também no
impacto metabólico.
Como dito anteriormente, nas estratégias para minimizar os
impactos após um dia ou refeição lixo, vale ressaltar que é sempre
interessante não fazer combinações que excedam muita gordura
aliada a carboidratos, nesses casos, quando formos usar do
artifício de baixo estoque de glicogênio devemos priorizar o "lixo"
com uma maior quantidade de carboidratos do que gorduras para
o impacto ser menor. O que não quer dizer que o lixo deve ser
feito 100% com glicose, afinal, um pouco de gordura também
retarda seu metabolismo.
Como citado nos módulos anteriores, aquelas meninas com
síndrome dos ovários policísticos vão se beneficiar de aproveitar
sempre essas janelas metabólicas com maior sensibilidade
insulínica, sendo esses momentos os ideais para incluir os
carboidratos na dieta e maximizar os resultados estéticos.

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Metformina.

Muitos fármacos que foram produzidos para uma finalidade


OU, acabam servindo para outras finalidades Y, é o que
chamamos de uso off-label. É uma área delicada, às vezes,
obscura e que exige muita cautela ao se praticar. A Metformina
por exemplo, que vem se disseminando nos últimos anos, mas é
uma velha conhecida "off-label" daqueles mais reclusos que
gostam de farmacologia como eu, desde 2010.
Muitos médicos receitam cocktail molotov para seus pacientes,
dentre esses, quase sempre estamos vendo a Metformina. Ela de
fato pode ser uma aliada, mas além do uso off-label, também
exige uma prática e conhecimento offboard. Dentro dessa onda
fitness Remedies, uma coisa tem ficado de lado, a utilização do
mínimo, associado ao uso casado de algum fármaco com a dieta,
o timing da dieta (que é algo importantíssimo em se tratando de
macros), e até outros fatores comportamentais do dia a dia do
indivíduo. O que novamente reflete que é uma integração total de
conhecimentos essa área.
A Metformina é um agente usado no diabetes tipo 2, ela simula
o amp cíclico e assim, faz com que as vesículas de GLUT4 se
translocam para a membrana celular para absorver a glicose e
internalizá-la para a célula. Isso não significa que quanto mais
Metformina, mais carboidratos você absorve, pois assim, que
você extrapolar seu estoque de glicogênio, você vai desviar para
via da lipogênese e vai transformar em gordura. A Metformina
também apesar de atuar na maior translocação de glut4, não age

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primordialmente por essa via, ela inibe a glicogenolise e
glineogenese.
Outro ponto a ser citado é quando utilizá-la, em indivíduos com
percentual baixo de gordura, em dietas hipo ou isocalóricas com
grau de atividade e sem sinais de resistência insulínica, ela não
vai ter quase nenhum impacto positivo. Assim, como naqueles
indivíduos em um cutting severo, que já vão estar com a
sensibilidade insulínica aumentada pela avidez das células por
energia.
Ela é aplicável nos casos dos indivíduos que tem resistência
insulínica como mulheres com SOP como dito, obesos com os
exames com glicemia jejum alta e hemoglobina glicada alta, e em
casos de indivíduos que recém começaram dieta e vem com um
painel com certa resistência insulínica laboratorial, e clínica
nesse caso, sim, é interessante priorizar uma dieta adequada com
a Metformina. Existem estudos recentes que ate mostram que ela
pode ter um efeito que atrapalha a hipertrofia um pouco, mas não
se tem como medir o quanto ela atrapalha no geral.
Ela possui muitos colaterais chatos em alguns indivíduos,
colaterais de cunho gastrointestinais como constipação, ou
diarreia, gases, distensão abdominal e retenção. Também vale
citar que em alguns usuários ela vai causar uma diminuição (não
uma deficiência em si) nos níveis de b12, que nem sempre podem
ser estabelecidos mesmo suplementando com b12, pois ela
interfere no fator intrínseco e no transporte do mesmo lá no ileo,
então, a via oral se torna pouco útil para administrar a b12,
podendo a via sublingual ou IM ser utilizada de acordo com o
caso e dosagem de b12 no exame.

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23147210

Você sabia que consumir altas quantidades de


antioxidantes pode atrapalhar a hipertrofia?

Vitamina C, E, Betacaroteno, selênio, zinco, resveratrol, coq10,


morosil e N outros manipulados. Se você os consome, tem de
estar ciente de quando e quanto tomar, de acordo com seu
objetivo/prioridade, principalmente, quando se quer o máximo
de hipertrofia muscular possível.
Os antioxidantes doam elétrons para produtos do metabolismo
que estão livres e reativos, os ROS. Esses chamados radicais
livres, podem sim, levar a danos celulares e stress, porém, são
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imprescindíveis na cascata de sinalização para que haja o reparo
muscular após o estímulo. É muito normal suplementar com
altas doses desses compostos hoje em dia, o que tem um impacto
significativamente negativo, levando a um retardo no processo de
hipertrofia, especialmente, naqueles que não estão utilizando
muitos recursos ergogenicos e já tem uma dificuldade mais
elevada.
A própria vitamina C em doses maiores de 1g já pode ter esse
efeito inibitório em certo grau, assim como a soma de todos os
outros. Então, se você se encaixa nesse quadro, revise a posologia,
a hora em que utiliza tal suplementação, tentando mantê-la o
mais longe possível do período do treino, pois atrapalham a
sinalização das citocinas inflamatórias como tnf, il1, il6, que
posteriormente, vão entrar em cascatas metabólicas para que haja
a reparação do tecido que foi danificado. Os antioxidantes podem
se converter em pró-oxidantes utilizados próximos a períodos de
stress físico pela superóxido mutase, e ter efeitos mais negativos
do que positivos. Existem muitos estudos conflituosos a cerca do
tema, porem por via de duvida é interessante evitar como dito,
assim como anti inflamatórios em excesso ( por essa e outras
razões ).

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O lado negativo da cafeína/efedrina
e outros estimulantes em altas
dosagens

A cafeína tem N benefícios já conhecidos, porém, quando


utilizamos no intuito de performance/queima de gordura, deverá
ter cautela com uma dose muito grande. No Brasil, além do
consumo excessivo de café, os Termogenicos têm basicamente na
sua composição, dosagens altas de cafeína, e, isso não quer dizer
proporcionalmente maior queima de gordura porque o tiro pode
sair pela culatra. Afinal a cafeína é um bom estimulantes e tem
bons benefícios nas doses normais, mas ela não é uma
queimadora de gordura muito eficaz.
Além dos efeitos básicos de taquicardia, pode haver um leve
aumento da pressão arterial. Em doses altas >600mg pode
ocorrer o crash que consiste em aumentarmos a descarga de
alguns neurotransmissores e os mesmos terem seus níveis
diminuindo temporariamente. Isso acontece muito com a
efedrina, ritalina e outros estimulantes principalmente. Então,
além da necessidade de utilização constante “aquele vício por
café”, quando se tem esse crash pela depleção, junto vem
mudanças de humor bruscas, falta de motivação, fadiga, e sim,
pode gerar quadros de compulsão alimentar por esse
desequilíbrio quando passa a meia vida.
Dessa forma, fique atento ao seu consumo diário e ajuste! Além
desses, ainda existem muitos outros efeitos que são sutis, mas
podem estar impactando seus resultados e qualidade de vida,

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como seus hábitos intestinais, que também sofrem interferência
dela.
O uso de agonistas adrenérgicos como a efedrina por exemplo,
também altera as descargas simpáticas de noradrenalina, e
dependendo das dosagens utilizadas em um protocolo de cutting,
podem alterar todo ambiente e gerar crashes. Esses crashes vão
gerar oscilações ainda piores de humor, apetite entre outros
comportamentos que vão impactar negativamente na constância
de dieta e rotina. Isso tudo reflete novamente de maneira
negativa e na progressão dos resultados. Isso pode ocorrer
também com a ioimbina, assim como drogas recreativas que são
muito comuns no meio fitness.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26972351

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Enzimas Digestivas

Com exceção da creatina e do whey protein, as enzimas


digestivas deixam todos os outros suplementos para trás no
quesito benefícios. São extremamente negligenciadas no Brasil
enquanto lá fora estão no topo da lista de todo atleta e
bodybuilder. Seja em contest/cutting onde há um déficit calórico
e quantidade limitada de macro e micronutrientes, onde ajudam
no aproveitamento com maior quebra e maior biodisponibilidade
desses nutrientes.
Diminuindo reações com a flora bacteriana intestinal e
diminuindo a distensão abdominal e gases, refletindo em um
melhor físico e linha de cintura. Como também em períodos de
macro feeding ou sobre alimentação, onde novamente também
auxiliam que a biodisponibilidade do que se obtém através da
dieta seja maior, evitando literalmente, que se defeque ou urine”
tudo que não é absorvido.
Diminui-se também os escores inflamatórios de maneira geral,
com essa interação com a flora, propriamente dita, que pode por
exemplo, melhorar alguns quadros de acne ou inflamação do
folículo piloso. Pense no que gastar antes de ir logo de cara atrás
de coisas com pouco custo benefício no Brasil como BCAA’s.

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Lugol

O uso de iodo em solução, o Lugol, em indivíduos com o


funcionamento tireoidiano normal e sem deficiência do mesmo,
gera um efeito que inibe a organificação do iodo e a consequente
produção de hormônios da tireoide. Esse efeito conhecido como
wolff-chaikoff, acontece em menor grau mesmo com doses baixas
de iodo nos indivíduos eutireoideos.

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É um erro antigo, porém, muito frequente ainda, o indivíduo
usa o Lugol por recomendação com intuito de aumentar a
produção de t3/t4, pois pensa que está jogando mais matéria
prima, mas não compreende o funcionamento da tireoide que é
uma das glândulas mais complexas do corpo humano.
Fiquem atentos, pois o leve hipo causado pelas dosagens,
normalmente recomendadas pelos coaches e médicos
(questionáveis rs), pode causar sintomatologia silenciosa, mas
que está ali presente com aquela elevação de TSH, mesmo que
muitas vezes, o t4 livre esteja dentro da referência. Então, ora
bolas, se queremos melhorar a tireoide, usar algo que a desacelere
é completamente contraditório não é mesmo?
Infelizmente, muitos charlatões que sabem falar bonito e com
confiança, usam disso para vender com um pouco de ciência sem
embasamento sólido, ideias que se disseminam e acabam por
piorar a qualidade de vida dos alunos/pacientes.
Só estando atento, para vocês entenderem a leitura dos exames
de tireoide:
Quando temos TSH elevado quer dizer que está acontecendo
um feedback positivo para que sua hipófise libere mais TSH e sua
tireoide produza mais hormônios. Logo, TSH elevado é sinal de
hipotireoidismo subclínico ou hipo propriamente dito, sendo o
hipo subclínico quando o tsh esta elevado e o t4 livre normal, e o
hipo propriamente dito quando o tsh esta alto e o t4 livre abaixo
da referencia.
Já com TSH suprimido e hormônios tireoidianos normais,
temos a situação de hipertireoidismo sub clínico, que é o que
mais vemos nos usuários de t4 no range de dosagens que utilizam
no Brasil.
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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11396709

Treinamento – o Fator Esquecido

Quando objetivamos ter um certo tipo de corpo, é importante


lembrar que temos mil variáveis que vão influenciar nosso
progresso. Cada descoberta que surge é aliada a melhora do nosso
processo de evolução pouco a pouco. No entanto, desde a época
dos dinossauros sabe-se que as variáveis mais importantes são o
treinamento e a dieta, ambos têm um grande peso e caminham
juntos.
Buscar 20 alternativas que cobrem pequenas variáveis, vai ser
muito mais caro e lento do que investir de fato em uma simples
alternativa que é a base, e está sendo esquecida: o TREINO. Antes
de se medicar, suplementar ou usar mil e uma coisas, tem de se
maximizar essas variáveis básicas.
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Aí sim, depois todas as outras vão, de fato, ter um peso maior. E
mesmo na associação do básico já ocorrem muitos erros, muitas
das vezes, a dieta indo em contramão ao treino. Um claro
exemplo é a dieta lowcarb e as meninas iniciantes que objetivam
um corpo com um percentual de gordura baixo e uma quantidade
razoável de musculatura sem exagero.
Cortar calorias, e treinar com os estímulos errados, com volume
demasiado, sem uma quantidade prévia de
musculatura/estrutura é a receita certa para você dar 2 passos
para a frente e 2 para trás, às vezes até 3. Por isso, é importante o
acompanhamento e integração entre os profissionais. Mais
importante do que qualquer ficha de treino toda enfeitada, é o
acompanhamento e intensidade do seu treino.
Afinal, gastar uma fortuna com endócrino, nutricionista,
suplementos, farmácia de manipulação, dedicar-se, abdicar-se
para chegar em um objetivo, se olhar no espelho e parecer com
aquela amiguinha magrela cheinha que nunca pisou na academia,
é no mínimo, um pouco frustrante. Isso de fato acontece também
com os indivíduos do sexo masculino que acabam entrando no
mundo dos esteroides e depositando tudo neles, deixando a dieta
um pouco de lado e os treinos mais ainda.

Treino, dicas definitivas.

Tive o prazer (Ugo.) de estudar com o Dr. Roberto Simão e Dr


Belmiro Salles na minha graduação de Educação Física na UFRJ,
eles são grandes nomes no meio do mundo acadêmico se tratando
de Treinamento. A partir desse conhecimento, eu tive muitas
adaptações nos meus métodos, nos quais uso até hoje. A maioria
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dos pontos que irei falar aqui é cientificamente comprovado por
artigos científicos, publicados nas maiores revistas de fisiologia e
ed. física do mundo, muitos da PubMed, Journal of Strength,
American College of Sports and Medicine, etc. Resolvi fazer um
compilado de dicas.

1- Atenham-se aos exercícios básicos! Supino reto,


agachamento, puxada são os melhores exercícios físicos que você
pode fazer. Supino reto já é provado através de quase que
centenas de estudos eletromiográficos (mede o esforço do
músculo por eletromiografia.) que é o exercício que mais recruta
peitorais.
Supino 45, supino canadense, supino da “mãe Joana”, todos
eles são secundários e recrutam menos o peitoral. Diferente do
que se pensa o supino inclinado não recruta "mais a parte
superior." Mas ele recruta só a superior, então, não tem porque
você abdicar do reto que recruta TUDO. Crucifixo recruta 1/3 do
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peitoral comparado ao supino reto, diga-se de passagem, mesmo
com a utilização do tríceps.
2- Comece a treinar pela sua prioridade. Se você quer dar ênfase
a panturrilha, você começa treinando panturrilha! Quer dar
ênfase à abdômen, começa treinando abdômen, no final do treino
seu rendimento cai. Não faça pré-exaustão nesse caso. Por
exemplo; eu tinha o costume de treinar tríceps antes de peitoral
para que no peitoral ele fosse mais recrutado. Mas já tem estudos
que mostram que você pegará menos peso no peitoral,
exatamente porque o corpo tende a equilibrar essas forças, então,
comece direto no agrupamento que você quer priorizar.
3- Periodize e Periodização. Não fique engessado no mesmo
treino muito tempo, pelo menos de 2 em 2 meses, ou de 3 em 3
meses, mude.
4- Ache o treino que funciona para você, o que você se recupera
mais rápido e o que você sente mais ganhos. Não acredite nisso
que peito tem que treinar com tríceps, costas e bíceps, etc. É
impossível isolar um grupamento muscular. Puxador para costas
pegam peitorais, desenvolvimento pega muito tríceps,
agachamento pega abdômen, etc. Tente uns sambas malucos tipo
bíceps e ombro, costas e tríceps, até achar o que funciona para
você.
Ex: Um cara que treina ABC 2x na semana. (Peito/Tríceps,
Costa/Bíceps, Ombro/Perna.) Treina ombro quantas vezes por
semana? TODOS os DIAS.
5- Hormonizados e naturais são completamente diferentes. Se
você estiver natural ou em cruise, saiba medir e ter feeling sobre o
seu corpo, Descanse.

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6- Intensidade não é sinônimo de carga. Você pode fazer um
trabalho intenso sem aumentar a carga (isometria, repetições
lentas, etc.). Apesar de carga ser um dos fatores mais usados pra
aumentar intensidade.
7- Principalmente para as mulheres, não existe melhor
construtor de glúteos do que agachamento e leg press, alias, pra
perna toda, é mais válido você fazer 6x séries no agachamento do
que 3x no agachamento e terminar 5x fazendo "bundalelê" no 3
apoios. Você vai utilizar muito mais carga e recrutar muito mais
os inferiores todos em exercícios multiarticulares completos.
8- Não se atenham a fazer 3x 12, 4x10 NO TREINAMENTO
INTEIRO. Já pararam para pensar porque desses números
básicos? Não? Nem eu. Eles não existem. Se é um exercício que
você sente a musculatura sendo trabalhada, porque fazer só 3
séries? Faça 5! 6! E depois pule para outro exercício. O cérebro
conta não a musculatura.

DMT

DOMS (Delayed onset muscle soreness) ou DMT (Dor muscular


tardia) é aquela dor que surge nos dias consecutivos aos
exercícios físicos. Ela é um dos conceitos mais mal interpretados
pela maioria das pessoas, principalmente, depois que a frase “NO
PAIN, NO GAIN” se popularizou.
Existem muitos estudos propondo teorias para a origem da
DMT, mas nenhum de fato comprovando sua origem, sendo hoje
aceitas 6 principais teorias as quais não vou entrar em detalhes
agora. O que temos que compreender, primordialmente, é que a
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DMT tem uma relação íntima com o grau de ruptura/micro lesão
de fibras. Logo, a DMT não significa que o treino “pegou mais” ou
foi mais efetivo.
Muitas das vezes, a DMT pode comprometer a mobilidade e o
grau de contração musculares temporariamente, e acabar
prejudicando o treino de outros grupamentos. Sabemos também
que a inibição das COX pelos anti-inflamatórios não tem quase
nenhum efeito na melhora da DMT, o que reflete novamente a
teoria de que ela não se associa com o grau de ruptura.
E para finalizar, o uso dos anti-inflamatórios ainda são outro
problema, uma vez que atrapalham a sinalização inflamatória
muscular para que haja reparação/adaptação. Assim, a
hipertrofia ou ganho de desempenho podem ser prejudicados,
afinal, vejo muitas pessoas, principalmente iniciantes, usando
anti-inflamatórios como Nimesulida, ibuprofeno e diclofenaco
sódico sistemicamente, com o intuito de diminuir a DMT.

Hormônio do crescimento e peptídeos.

Hormônio do crescimento, é um dos compostos mais citados


desde antes do Bodybuilding e do fitness virar moda, acontece
que ele ganhou uma visibilidade grande no senso comum como se
fosse algo magico, assim como outros compostos como a
trenbolona. O hormônio do crescimento de fato promove
alterações estéticas expressivas, mas depende da dose e do custo.
Vale ressaltar que o GH é um hormônio anabólico, porem, não é
um hormônio sexual, não confere diretamente características
androgênicas/virilizantes, porem ele pode gerar outros efeitos
colaterais comuns.
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Usuários de GH legitimo costumam desenvolver resistência
insulínica mesmo em doses relativamente baixas com exposição
prolongada, também podem ter aumento da pressão arterial por
alguns mecanismos inclusive a retenção de mais liquido, que sim
o GH promove retenção.

Há também na literatura muitas associações dele com


aumento do risco cardiovascular e diminuição da
longevidade. Isso parece contraditório afinal sempre ouvimos
falar que ele é um hormônio anti envelhecimento. É ai que
devemos separar a linha tênue entre "qualidade de vida" e
longevidade, afinal de fato o GH pode melhorar o bem estar, a
qualidade da pele, o sono e outras coisas, porem a longevidade
que seria a expectativa de vida, os estudos mostram que não é
bem assim.

Vamos sair da teoria e citar um pouco do que acontece no


background do mundo do fitness e fisiculturismo, o gh off label é
usado com o intuito de aumentar a queima de gordura e massa
magra. Normalmente a dosagem utilizada em reposições é de 1 a
2uis dependendo do sexo, no mundo do Bodybuilding isso vai
muito além, e por isso se torna mais complicado principalmente
quando os usuários abusam usando com outros hormônios como
a insulina que é muito danosa. Normalmente modelos e atletas
fitness que estampam capas de revista fazem o uso de GH,
estamos condicionados a acreditar que apenas os Bodybuilders
com muita massa magra o fazem, mas o GH esta muito mais
presente que imaginamos. Modelos fitness, atores e atrizes
costumam fazer o uso de doses de reposição sob
acompanhamento medico.

Porem como dito o custo beneficio é absurdo sendo os gastos com


GH legitimo circulando por mais de 2 mil reais por mês ate 8, 10
15 mil, para atletas de ponta que chegam a 10/15uis. Outro ponto
a ressaltar é que no Brasil, com a invasão de peptídeos, e
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produtos chineses, dentre ele GH´s importados do mercado
underground, as pessoas mal sabem o que estão consumindo, e
muitas vezes não tem nem o hormônio de fato naquilo que
compram. No Brasil também circulam muitos boatos de desvios
de GH do SUS etc., tudo isso é sempre papo de vendedor, e o pior
é que as pessoas caem nessa lábia.

A relação com o uso da insulina, se da porque ele é um


hormônio extremamente anabólico, e o fato do GH gerar
resistência insulínica faz com que a sinergia dos dois no
Bodybuilding ocorra para promover o crescimento muscular ao
extremo. Essa prática é extremamente prejudicial pelas alterações
metabólicas, aumento do acumulo de gordura visceral e
crescimento de órgãos internos. Foi justamente nos anos 90
quando a era FREAK do fisiculturismo começava que o uso
combinado de ambos surgia, e foi justamente a partir dessa era
que o aumento no numero de atletas com problemas diversos na
saúde começaram a surgir, e aquela geração paga ate hoje assim
como as novas o preço do abuso, principalmente na reflexão na
saúde cardiovascular que é quase sempre a mais afetada nos
usuários. Como se pode ver 90% das mortes que ocorrem de
atleta são direta ou indiretamente decorrentes dessas
complicações.

GH e resistência insulínica

Hormônio do crescimento (GH), tem diversas propriedades


dentre elas o potencial de aumentar a queima de gordura
(lipólise) e são justamente seus efeitos metabólicos nessa questão,
que causam um grau de resistência insulínica dependente da dose
e tempo de exposição.

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Sem entrar no mundo mágico da bioquímica, mas elucidando os
mecanismos dessa resistência mediada pelo GH, temos: Menor
incorporação de glicose nos adipócitos por menor migração de
GLUT4. Porém o mecanismo que causa isso, também causa
menor captação de glicose pelas células musculares, que também
é mediada pelo GLUT4. O GH altera a resposta dos mediadores
que sinalizam para a migração do GLUT4 para a membrana da
célula para captar glicose, logo, já se tem um grau de resistência.
O GH aumenta a quantidade de ácidos graxos livres circulantes
via ativação do hormônio lipase sensível, esse aumento crônico
dos níveis de ácidos graxos livres pode induzir a alterações
iniciais nas células beta pancreáticas, que podem causar um
hiperinsulinismo e tardiamente a apoptose de algumas delas. Por
isso, na prática do esporte e no âmbito estético, preconiza-se
utilizar menos carbos com o GH, ou sensibilizadores insulínicos
quando não se tem a necessidade do uso da insulina
propriamente dita.
Neste último caso, a associação do GH e da insulina podem
ainda mais elevar o risco de diabetes, caso seja retirada a insulina,
ou a necessidade de uso constante, o que pode trazer
consequências a longo prazo.
Assim, podemos concluir que o uso de gh piora a sensibilidade
insulínica e pode causar o desenvolvimento de diabetes, e
dependendo da dose e tempo de exposição, fazer o indivíduo se
tornar insulino dependente, como muitos Bodybuilders são.

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5642081/

Peptídeos

O que é um Peptídeo?

Peptídeos (proteínas) estão presentes em todas as células vivas


e possuem uma variedade de atividades bioquímicas. Alguns
peptídeos são sintetizados nos ribossomos das células pela
tradução do mRNA (RNA mensageiro) em hormônios e
moléculas de sinalização, por exemplo. Outros peptídeos são
montados (em vez de síntese) e se tornam enzimas com uma
grande variedade de funções. Peptídeos também compõem a
estrutura dos receptores que aguardam ligação dos hormônios e
moléculas sinalizadoras.
Um peptídeo é uma molécula criada pela junção de dois ou mais
aminoácidos. Em geral, se o número de aminoácidos é inferior a

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cinquenta, essas moléculas são chamadas de peptídeos, enquanto
as sequências maiores são chamadas de proteínas.
Assim, os peptídeos podem ser pensados como pequenas
proteínas. Eles são apenas correntes de aminoácidos.

Aminoácidos
Dentro do corpo humano há vinte aminoácidos padrão utilizado
pelas células na biossíntese dos peptídeos (ou seja, a criação
celular de peptídeos a partir de aminoácidos). Nosso código
genético específico como sintetizar peptídeos e proteínas a partir
desses aminoácidos.
Os aminoácidos são classificados em dois grupos: os
aminoácidos essenciais e aminoácidos não essenciais.
Um aminoácido essencial é um ácido aminado indispensável
que não pode ser feita pelo corpo e devem ser fornecidos pelos
alimentos. Estes incluem a leucina, isoleucina, lisina, metionina,
fenilalanina, treonina, triptofano, valina e isoleucina. Outro
aminoácido - histidina é considerado semi-essencial porque o
corpo nem sempre necessita de fontes fornecidas por alimentos.
Aminoácidos não-essenciais são feitos pelo corpo a partir dos
aminoácidos essenciais ou da quebra rotineira de proteínas. Os
ácidos aminados não essenciais são arginina, alanina, asparagina,
ácido aspártico, cisteína, glutamina, ácido glutâmico, glicina,
prolina, serina e tirosina.
Todos os vinte aminoácidos são igualmente importantes para
manter um corpo saudável. Eles são os constituintes primários de
peptídeos e proteínas.

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Dosagem e Administração dos GHRPs

A dose de saturação na maioria dos estudos sobre GHRPs


(GHRP-6, GHRP-2, Ipamorelin & Hexarelin) é definido como 100
mcg ou 1mcg/kg.
Isso significa que 100mcg vai saturar plenamente os receptores,
mas se você adicionar mais 100 mcg, apenas 50% dessa porção
será eficaz. Se você adicionar mais 100mcg à dose, apenas cerca
de 25% será eficaz.
Então, 100mcg é a dose de saturação e você pode adicionar até
mais 300 a 400 mcg e obter um pouco mais de efeito.
Uma dose de 500 mcg não será mais eficaz que 400mcg, talvez
não seja nem mais eficaz que 300mcg.
Os problemas adicionais são a dessensibilização e os colaterais
de aumento de cortisol e prolactina.
GHRP-6 na dose de 100 mcg de saturação não vai aumentar a
prolactina e cortisol, mas poderá fazê-lo um pouco em altas
doses. Este aumento ainda é dentro da escala normal.
Ipamorelin é tão eficaz quanto o GHRP-6 em causar a liberação
de GH, mas mesmo em doses mais elevadas (acima de 100 mcg)
não afeta prolactina e cortisol.
GHRP-2 é mais eficaz que o GHRP-6 em causar a liberação de
GH, mas com a dose de saturação ou superior podem produzir
um aumento pequeno a moderado de prolactina e cortisol. Esta
subida é ainda dentro da normalidade, embora as doses de 200 -
400 mcg podem fazer subi-los além do limite normal.
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Hexarelin em alguns é o mais eficaz, sua capacidade na
liberação de GH é equivalente ou pouco menor do que o GHRP-2.
No entanto, tem o maior potencial para também aumentar o
cortisol e prolactina. Este aumento vai ocorrer mesmo com a dose
de saturação 100mcgr e irá atingir níveis mais elevados do que é
definido como normal.

Dessensibilização
GHRP-6 pode ser usado na dose de saturação (100 mcg) três ou
quatro vezes por dia, sem risco de dessensibilização.
GHRP-2 na dose de saturação várias vezes por dia, não
resultará em dessensibilização.
Hexarelin foi mostrado causar dessensibilização, mas em um
estudo de longo prazo, a hipófise recuperou a sua sensibilidade,
de modo, que não houve perda a longo prazo de sensibilidade na
dose de saturação. No entanto, mesmo em doses de 100 mcg três
vezes ao dia, provavelmente, em 14 dias, haverá alguma queda na
sensibilidade.
Se a dessensibilização ocorrer para qualquer uma desses
GHRPs, e simplesmente interromper o uso por vários dias
contribuirá para resolver este efeito.
O uso crônico de GHRP-2 a 100mcg administrado várias vezes
por dia, todos os dias, não causará problemas na hipófise, nem
problemas significativos de prolactina e cortisol, nem
dessensibilizar.

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GHRHs
Sermorelin, GHRH (1-44) e GRF (1-29) todos são basicamente
GHRH e possuem uma meia-vida curta no plasma, devido à
rápida separação entre o segundo e terceiro aminoácido. Não é
para se preocupar, pois esse hormônio é secretado naturalmente
pelo hipotálamo e viaja uma curta distância para a hipófise
anterior e realmente não sofre com a quebra enzimática.
A liberação pelo hipotálamo e a ligação com os somatotrofos
(células da hipófise) acontece rapidamente. No entanto, quando
injetada no corpo, ela deve circular antes de encontrar seu
caminho para a hipófise e assim, dentro de 3 minutos, já está
sendo degradada.
É por isso que GHRH nessas formas acima devem usar
dosagens altas para ter efeito.

Análogos de GHRH
Todos os análogos de GHRH trocam a Alanina na 2ª posição
para a D-alanina, que faz com que o peptídeo resistente a quebra
nessa posição. Isto significa que análogos será mais eficaz quando
injetados em menor dosagem.
O análogo tetra ou 4 substituted GRF (1-29), às vezes chamado
de CJC sem DAC ou chamado como modified GRF (1-29) tem
outras modificações de aminoácidos. São elas a glutamina (Gln
ou Q) na 8ª posição, alanina (Ala ou A) na 15ª posição, e uma
leucina (Leu ou L) na 27ª posição.
A alanina na 8ª posição aumenta a biodisponibilidade, mas as
outras duas substituições de aminoácidos são feitas para

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melhorar o processo de fabricação (ou seja, criar estabilidade na
fabricação).
Para uso in vivo, em humanos, o análogo do GHRH conhecido
como CJC sem DAC ou tetra (4) substituted GRF (1-29) ou
modified GRF (1-29) é um peptídeo muito eficaz com uma meia-
vida, provavelmente, superior a 30 minutos. Isso é tempo
suficiente para ser totalmente eficaz. A dose de saturação é
definida também como 100mcg.

Problema em utilizar qualquer GHRH sozinho


O problema em usar um GHRH mesmo os análogos mais fortes,
é que eles são totalmente eficazes apenas quando a somatostatina
está baixa (o hormônio que inibe o GH). Então, se infelizmente,
você utilizar quando não estiver ocorrendo um pulso natural de
GH, você vai ter pouca liberação de GH. Se, entretanto, você der
sorte e administrar durante um pulso de GH natural
(somatostatina não será ativo neste momento), você irá aumentar
a liberação do GH.
GHRP + GHRH análogo
A solução é simples e altamente eficaz. Você administra um
GHRH análogo com o GHRP. O GHRP cria um pulso de GH. Ele
faz isso através de diversos mecanismos. Um mecanismo é a
redução da liberação de somatostatina no hipotálamo, outra é a
redução na influência da somatostatina na hipófise, outra é um
aumento na liberação de GHRH pelo cérebro, e finalmente, os
GHRPs agem nas mesmas células da hipófise (somatotrofos)
como fazem os GRHs, mas usam um mecanismo diferente para
aumentar a formação de CAMP, que vão promover a liberação de
GH dos estoques de somatotrofos.
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O GHRH também tem uma maneira recíproca de reforçar a
ação dos GHRPs.
O resultado é a liberação sinérgica de GH.
O GH não é adicionável, é sinérgico. Quero dizer:
Se o GHRH, por si só irá causar uma liberação de GH no valor
de 2 e o GHRP causar uma liberação de GH no valor de 5
Juntos, o GH não é 7 (5 + 2) ele virá 16!

Protocolos

Um protocolo sólido seria usar um GHRP + um GHRH análogo


antes de dormir (para ajudar o pulso noturno) e uma ou duas
vezes durante o dia.
Para efeitos "anti-aging", sono profundo e restaurador, uma
dose a noite é tudo que você precisa. Para um adulto com idade
entre 40+ é suficiente para restaurar os níveis de GH de quando
era jovem.
No entanto, para musculação, perda de gordura ou reparação de
lesão, o uso de múltiplas doses pode ser eficaz.
O GHRH análogo pode ser usado em 100mcg ou mais quanto
quiser, sem problemas.
O GHRP-2 pode ser sempre utilizado 100mcg sem problemas,
mas uma dose de 200mcg provavelmente será boa também.
Novamente, dessensibilização é algo para se manter de olho, em
particular com doses maiores de GHRP-2 ou qualquer dose de

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Hexarelin. Assim, 100 - 200mcg de GHRP-2 + 100 - 500mcg + de
GHRH análogo tomadas em conjunto será efetivo.
Isso pode ser usado várias vezes ao dia para ser mais eficaz.
Outra abordagem sólida é um pouco mais conservadora em 100
mcg de GHRP-2 + 100mcg de um análogo de GHRH
administrado uma, duas, três ou quatro vezes por dia.
Quando administrado várias vezes ao dia, um espaço de pelo
menos 3 horas deve ser dado entre as administrações.
A diferença é que usar uma vez por dia antes de dormir irá
restaurar os níveis de GH de quando jovem, enquanto a
administração múltipla e/ou doses mais elevadas dará maiores
níveis de GH e IGF-1, quando combinada com dieta e exercícios
irá conduzir ao ganho muscular e perda de gordura.

Administração
A administração deve ser feita, preferencialmente, com
estômago vazio ou com apenas proteína no estômago. Gorduras e
carboidratos irão atrapalhar na liberação do GH (carboidratos
afetam significativamente, gorduras afetam muito e proteínas não
afetam).
Então, administrar os peptídeos e esperar cerca de 20 minutos
(não mais que 30, mas não menos de 15 minutos) para comer.
Nesse ponto, o pulso de GH já terá atingido o pico e você pode
comer o que quiser.

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Peptídeos (Parte Prática.).
(Ugo Oliveira)

Guia da nossa experiência com Peptídeos.


Lembrando que fiz uso nos EUA onde o preço compensa, se
você paga 200 reais num vial no Brasil é melhor usar GH.
Ciência dos Peptídeos na prática. Como aqui não é só teoria.
(Peptídeos são substâncias de pesquisa 100% Legais nos EUA.).

1- GHRP2/GHRP6, ajuda no skin thickness, o 6 da fome pra


caramba, ambos podem aumentar prolactina. Efeito que se
repare tem que ser pelo menos 350 a 500 mcg por dia, dividido
em 3 aplicações. NÃO SE COMPARA COM GH. Se for de uma
fonte ruim você não vai sentir nada.
2- Ipamorelin, bem similar, mas não afeta prolactina, pode usar
um pouco menos de 200 a 300 mcg/dia.
3- CJC 1295 COM DAC, melhor peptídeo em custo x benefício,
porém, aumenta MUITO a prolactina, melhora bastante o aspecto
da pele e o sono, a prolactina sobe mesmo, por ser meia vida
longa, fica sempre ligado no teu corpo, doses de 1000mcg a
2000mcg por semana podendo ser 2 aplicações semanais de 500
ou 1000.
4- CJC SEM DAC, melhor opção para se manter em longo
prazo, pois não vai alterar sua prolactina, já que o pico durará
pouco, precisa de uma dose maior q o COM DAC 150 a 200 mcg
por aplicação, 2x por dia pelo menos.
5- HGH FRAGS, um termogênico, não senti nenhuma melhora
a não ser ajuda na lipólise, e bem pouco. Sai um pouco caro, pois
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doses efetivas variam de 400 a 600 mcg por aplicação. (Por isso
acabei optando apenas de manhã.).
6- IGF1 LR3, esse eu usei em 2011! E foi um dos melhores, sua
pele cola, vascularização aumenta, mas hoje em dia todos eles
estão ruins e MUITO caros, acho que dei sorte na época, hoje em
dia, não compensa, eu nem lembro a dose que usei pra ser
sincero. Mas foi algo em torno de 100 a 150 mcg divido em 2
aplicações. Nos músculos treinados.
7- IGF1 DES, usa-se intra-treino, 40 a 50mcg. Versão de meia
vida curta do IGF-1, ouvi de um bodybuilder na época, que ajuda
no pump, e realmente o pump fica algo quase insuportável, você
usa assim que chega à gym, por que só “dura” 30 min de pico, no
sangue. Custo benefício não é tão bom, pois é caro e só dura 15 a
20 dias. Ainda assim, nada comparado ao IGF 1 que usei em 2011.
8- BPC 157: Recuperação de articulações estilo Wolverine,
ponto. O negócio é impressionante para lesões, só que precisa de
um tratamento mais extenso, só usei 1 vial. Acredito que esse seja
um dos peptídeos mais incríveis que já usei.
Tudo que fiz, foi simplesmente, para saciar meu
cérebro de cientista. E eu tive certeza de duas coisas:
1- Hoje em dia é difícil saber se tem peptídeo nos frascos que
você compra. Eles são extremamente frágeis à temperatura
(mesmo sem ter diluído.). Então, as chances é de que você perca
eficácia no transporte.
2- Há muito, mas MUITO, falso/subdosado.
Digo isso porque o primeiro contato que tive com peptídeos foi
em 2011, ipamorelin, cjc e igf-1 LR3. Lembro que na época foi
surreal o benefício que tive.
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E isso nos leva a outro ponto:
Há muita HYPE, em cima de peptídeos no Brasil como se eles
fossem milagrosos. Tudo que é de difícil acesso gera-se um
misticismo em cima.
Eles não se comparam com HGH, e te digo mais, no preço que
vendem aí EU NÃO COMPRARIA, prefira investir em AE's.
Porém, nos EUA, é acessível, e usei a maioria com intuito de
pesquisa mesmo. Cada vidrinho desse lá é 20 dólares, então,
acaba compensando. Melhora a qualidade de vida e um pouco a
lipólise. NADA ABSURDO. Agora o preço que cobram no Brasil,
400 reais, 500 reais, 1000 reais, não compensa.
Para quem os peptídeos são interessantes?
- Pessoas novas, que não querem fazer uso de AE's e procuram
melhorias na performance.
- Atletas que se submetem a doping constante.
- Adolescentes.
- Auxílio antienvelhecimento.
- Quadros específicos como lesão. (BPC-157 e TB-500).
- Quadros específicos de reposição de HGH (É interessante usar
GH com GHRPs)

Nos EUA o site principal é o USAPEP, que tem peptídeos


MUITO BARATOS, porém, dá pra perceber que são todos
subdosados.
Já o Peptide Science, por exemplo, o preço é mais que o dobro,
no entanto, bate muito mais forte. (Mas o custo benefício fica
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ruim então, não compensa pro Bodybuilding, mais fácil comprar
GH se for o caso.).
Então, essa é minha experiência.
Não sou mais atleta. Não estou mais competindo. Mas, tenho
alunos que me perguntam sobre.
A realidade é essa aí, muito menos do que vocês pensam.
Tem muita fantasia em cima.
Antes que me falem; "ah, mas IFBB PRO usa.”.
IFBB PRO não usa porcaria chinesa. Não se iluda.
"Ah Ugo, mas você usou e nem dá pra ver muita diferença."
EXATAMENTE.
Garanto que, se ao invés de gastar recursos em todos esses
testes que fiz, eu usasse coisas mais concretas (AE's e quem sabe
pouco HGH) teria muito mais resultado.

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A invasão dos Sarms

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2907129/

Por volta de 2010 os SARM's chegavam no Brasil importados


como produtos de pesquisa por atletas, entusiastas e praticantes
de atividade física. Lembro em 2011 quando conheci o s4, ainda
extremamente desconhecido aqui e com alta toxicidade e efeitos
na visão (yellowish alguns vão lembrar).

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Já naquela época nos EUA e outros países, os sarms já eram
vistos como uma promessa na medicina, mas até hoje seguem
sem aprovação de nenhum órgão da saúde. No entanto, o ramo
que mais seguiu atraído pelo desenvolvimento de novos sarms
desde osmarina, ligandrol e outros, foi o meio do esporte de alto
nível, como uma alternativa aos esteroides anabólicos, pelo fato
dos sistemas anti doping como a wada(world anti doping agency)
não detectarem os sarms ainda naquela época, diferente de hoje,
onde alguns atletas famosos foram pegos no crossfit games. Mas
o que são os sarms?
Assim como os moduladores seletivos dos receptores
estrogênicos como os antigos clomifeno e tamoxifeno, os sarms
agem ativando os receptores androgênicos de maneira mais
seletiva como agonistas em determinados tecidos, e, antagonistas
em outros. Isso promove ganhos como densidade óssea, síntese
proteica pela retenção de nitrogênio e ao mesmo tempo, evita-se
outros efeitos como se esperaria de esteroides anabólicos como a
piora do perfil lipídico, hpb, entre outros.
Porém, ainda são produtos de research, os estudos publicados
nas bases sólidas são pobres em número de pacientes, alocação,
segmentação e duração. Assim, deve-se ter muita cautela ao
pensar em ter contato com os sarms.

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28624515

Cardarina

O GW501516 conhecido como Catarina, é um composto que foi


desenvolvido com o intuito de causar a regressão de alguns tipos
de tumores, no entanto, mais tardiamente foi associado com o
surgimento de outros tipos de neoplasias. Apesar disso,
continuou forte como composto de “research”, e suas
propriedades na modulação da síntese de diversas enzimas e
ativação de genes, que atuam em diversos caminhos metabólicos
resultando na prática em uma melhor adaptação ao exercício
físico, aumento da oxidação de gorduras e melhora do perfil
lipídico, atraem atletas e entusiastas.
Parece lindo, e, realmente ela é uma grande ferramenta para se
utilizar em situações isoladas, como a recuperação do painel
lipídico pós uso de alguma droga agressiva. Mas devemos ficar
atentos ao uso contínuo da cardarina, uma vez que, não se tem
literatura consistente ainda quanto às outras alterações causadas

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pela ativação dos receptores proliferadores peroxissomais
(PPAR).
Particularmente como citei, é uma boa alternativa na
formulação de protocolos para subir o hdl, o que ainda é um
desafio até em termos farmacológicos, ainda mais para nós, que
já temos alimentação e exercício físico incluídos na rotina. O
mecanismo no qual a cardarina melhora o lipidograma é
multifatorial, mas principalmente aumentando a produção das
frações proteicas do colesterol como APOA e APOB, sendo a
APOA a fração do HDL.

Vale ressaltar também, que nós praticantes de treinamento com


peso, que temos grande desgaste muscular, que a inclusão de
estatinas num protocolo para recuperar o painel lipídico, deve ser
muito cautelosa, conservadora, utilizada apenas em casos mais
extremos, e a cardarina pode substitui-las.
Sempre se lembrando das diferenças farmacológicas entre todas
elas como dito no tópico de lipidograma.

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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5614479/

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Por onde começar?

Sempre lembrem que vivemos em um mundo onde a


informação teórica muitas vezes é moldada pelas experiências
práticas. Consideramos o fitness uma dessas ciências empíricas
que se enquadram nessa situação. Ou seja, é a teoria que tenta
explicar o que acontece na prática, e não ao contrario.

O intuito dessa obra é trazer um pouco do nosso conhecimento,


que está sempre em constante mudança, para iniciantes e
aspirantes a profissional no esporte.
Não seria possível abordar em apenas uma obra, todos os
assuntos que cercam o fisiculturismo, mas focamos nas questões
mais contraditórias e pouco faladas.
Esperem no futuro mais obras complementares sobre assuntos
mais diversificados.

Nossa recomendação pra quem busca conhecimento no meio é:


Deem valor e atenção a todo e qualquer tipo de experiência alheia
que você pode absorver. E ai aplique. Informação sem prática é
apenas barulho.

Informação + prática = sabedoria.

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Créditos.

Gostaríamos de agradecer em nome do Team Deathface, a


todos que acreditaram no nosso trabalho.
Tenho certeza que esse material mudará o rumo do seu
conhecimento e ampliará sua visão sobre o mundo do
Bodybuilding.
Lembrem-se que todo conhecimento é pouco, e quando
achamos que sabemos muito, é porque não sabemos nada.

Respeito, dignidade e honra.

Att.
Ugo Oliveira
André Rizzuti

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Referências:

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Todos os direitos Reservados.

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