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Introdução ao metabolismo

Metabolismo de Carboidratos
Fermentação
Metabolismo de Lipídios
Ciclo de Krebs
Bioquímica
Metabolismo = a soma de todas as transformações bioquímicas que ocorrem na
unidade básica funcional (célula) ou organismo num todo.

Catabolismo Anabolismo
• É a fase degradativa do metabolismo, • É a fase de biossíntese do metabolismo;
onde as moléculas orgânicas • No anabolismo as pequenas moléculas
(carboidratos, lipídios e proteínas) são precursoras ou unidades fundamentais são
degradadas em compostos mais simples ligadas para formar os polímeros, ou
como ácido lático, CO2 e amônia. macromoléculas;
• Essas reações também liberam
precursores de carbono para biossíntese; • São reações que apresentam maior
compostos finais de maior complexidade em
• Essas reações liberam energia que é tamanho e estrutura e por isso, requerem
capturada pelo ATP (adenosina trifosfato), energia que pode vir como átomos de
molécula armazenadora de energia na hidrogênio ricos em energia fornecidos pelo
célula essa molécula armazenadora de NADPH.
energia é usada para manutenção e
crescimento das células;
• Outra parte da energia pode ser
conservada em átomos de hidrogênio
ricos em energia (poder redutor) em
coenzimas como a NADPH;
Mapa Metabólico
Simplificado
Metabolismo dos
Carboidratos
Degradação do AMIDO para GLICOSE
• Através da alimentação conseguimos
Amido que é um carboidrato de
glicose com ligação α 1-4;
• Após ingerido o alimento, as enzimas
α amilase presente na saliva e
também pela α amilase que é
produzida pelo pâncreas e vai ser
liberada para atuar no duodeno,
quebram o amido e liberam a glicose.
• Após liberada a glicose vai atravessar
as membranas plasmáticas das células
com auxílio de proteínas de
transporte.
• A glicose assim obtida tem vários
destinos nas células
Destinos metabólicos da glicose.

• Após a entrada da glicose


vinda dos alimentos na célula
ela pode ter vários destinos:
• Aqui em bioquímica para
agronomia vamos estudar a
Glicólise, Via das Pentoses
Fosfato, Glicogenólise e
Glicogênese.
Degradação dos Carboidratos armazenados nas
células. Glicogênio
• O glicogênio é degradado em momentos de jejum- Glicogenólise
• Glicogênio pode ser sintetizado em momento metabólico alto (após
ingestão de carboidratos)- Glicogênese.
• Fica armazenado no fígado, músculo e cérebro dos animais.
Pontos escuros são Glicogênio
armazenado no Fígado

Estrutura do Glicogênio
Glicogenólise= quebra do glicogênio
A enzima glicogênio fosforilase quebra a ligação glicose-glicose
liberando glicose 1- fosfato
Glicogenólise: transformação da Glicose 1- fosfato em glicose 6- fosfato.
A enzima Fosfoglicomutase faz a mudança de glicose 1-fosfato para glicose 6
fosfato.
Glicose- 6- fosfato vai para a glicólise.
Reações simplificadas mostrando a Glicogenólise e
Glicogênese em animais.

Em momentos Em casos em
de jejum o que há excesso
Glicogênio de glicose por
pode ser causa da dieta
degradado em a glicose pode
glicose e esta ser incorporada
sim usada na em Glicogênio
Glicólise. e armazenada
no fígado dos
animais.
A Respiração Celular inclui
fases distintas

• Glicólise: Glicose piruvato


(citosol da célula)
• Piruvato Acetil- CoA
(mitocôndria)
• Ciclo de Krebs: (mitocôndria)
Acetil- CoA CO2
• Cadeia transportadora de
elétrons e fosforilação
oxidativa (mitocôndria)
oxidação de NADH e FADH2 e
produção de ATP.
Metabolismo de Carboidratos: Glicólise e
Formação de Acetil-CoA
• A glicose é o principal substrato oxidável para a
maioria dos organismos, servindo desde os
microrganismos ao homem.
• Alguns tecidos como hemácias e tecido nervoso
tem na glicose o único substrato que estes tecidos
conseguem oxidar para produção de energia.
• A glicose entra na dieta a partir da ingestão de
amido, sacarose e lactose.
• As células através da glicólise degradam glicose (6
Carbonos) até 2 piruvato (3 Carbonos) com Estrutura do ATP. O ATP representa
produção de ATP e NADH em uma rota metabólica para a célula a moeda energética
constituída de 10 reações sequenciais. através da qual várias reações de
biossíntese podem ser realizadas.
• Ocorre no citosol da células; O ATP serve então para manutenção
da vida da célula.
Nas reações da glicólise onde as desidrogenases atuam, ocorre liberação de H+ e
elétrons que são recebidos pelas coenzimas transportadoras de elétrons.

COENZIMAS Participam de reações de


oxidação-redução.
• Atuam como transportadoras de
prótons e elétrons.
• Existem em 2 formas: reduzida e
oxidada
• Nicotinamida adenina dinucleotídeo-
NAD+
➢2 elétrons e 1 próton são transferidos
dos substratos para o NAD+
transformando em NADH.

• Flavina adenina dinucleotídeo – FAD


➢Recebe 2 elétrons e 2 prótons dos
substratos formando FADH2
GLICÓLISE= glykos= açúcar, lysis= quebra

• FUNÇÕES DA GLICÓLISE
1. Converter uma GLICOSE em 2 moléculas de piruvato;

2. Produzir ATP (fosforilação ao nível de substrato) e NADH;

3. Produzir compostos que são precursores para a biossíntese de


componentes celulares;

Ocorre em todas as células no citosol.


Glicólise
• A Glicólise (quebra do carboidrato Glicose) ocorre em uma sequência
de 10 reações mostradas adiante.
• Nas primeiras 5 reações chamamos de fase Preparatória pois, serão
consumidos 2 ATP (moeda energética da célula) para preparar os
substratos para a fase de produção de Energia;
• A fase de Pagamento que compreende as reações 6 a 10 é a parte em
que será produzido ATP (moeda energética importante para as
funções vitais) e NADH (coenzima carregada de prótons e elétrons
que doará seus prótons e elétrons para a produção posterior de ATP)
GLICÓLISE- fase
preparatória
• Reações da Fase
Preparatória.
1- Glicose recebe um P doado pelo ATP;
2- Glicose-6- Fosfato isomeriza em
Frutose-6- fosfato;
3- Frutose -6-fosfato recebe outro P do
ATP forma Frutose-1,6- bifosfato;
4- Frutose-1,6- bifosfato é quebrada
em Gliceraldeído-3- fosfato e
Diidroxiacetona- fosfato;
5- Gliceraldeído- 3- fosfato e
Diidroxiacetona- fosfato por ação de
uma Isomerase se tornam 2 moléculas
de gliceraldeído-3- fosfato; (são
interconversíveis)
Fase de
Pagamento da
Glicólise
• Reações da fase de Pagamento:
• 6- uma enzima desidrogenase
libera elétrons e H+ que são
recebidos pelo NAD+; forma-se
1,3- bifosfoglicerato entra um P
inorgânico na molécula;
• 7- uma enzima quinase libera o P
que será recebido pelo ADP
formando ATP;
• 8- uma enzima muda a posição do
grupo fosfato formando 2-
fosfoglicerato;
• 9- A enzima Enolase por meio de
uma dupla ligação libera H2O.
• 10- o Fosfoenolpiruvato libera pela
ação de uma enzima Quinase o
grupo Fosfato e forma ATP e
Piruvato.
Visão geral da
Glicólise
• A fase preparatória é
assim chamada pois é
consumido ATP;
• A fase de pagamento é
onde vão ser gerados os
ATP e NADH

• e-Aulas da USP ::
Glicólise parte I
Outros carboidratos
consumidos na dieta e
seus caminhos para
entrar na Glicólise.
Vários carboidratos
ingeridos na dieta
podem ser degradados
na via glicolítica
conforme os exemplos
ao lado.
Saldo da Glicólise
• Ao final da Glicólise para cada molécula de Glicose (6 carbonos)
quebrada são formados 2 Piruvato (3 C cada.);
• Serão gastos 2 ATP nas fase Preparatória e gerados 4 ATP na fase de
Pagamento, saldo positivo de 2 ATP.
• Também são gerados 2 NADH que após doarem elétrons e H+ na
cadeia transportadora de elétrons vão gerar 5 ATP;
Destinos do Piruvato
• O Piruvato formado ao final da
Glicólise pode seguir vários
caminhos na célula dependendo
das condições ambientais.
• Em caso de ambiente sem
oxigênio (anaeróbico) o piruvato
será destinado à fermentação
Alcoólica ou lática;
• Em condições com oxigênio
celular suficiente (aeróbico) o
piruvato vai ser destinado ao
Ciclo do Ácido Cítrico e
Fosforilação Oxidativa.
• Adiante serão apresentadas
Fermentação Alcoólica e Lática.
DESTINO ANAERÓBICO DO PIRUVATO

Glicose
Glicólise
(10 reações
sucessivas)

2 Piruvato
Condições
Condições
anaeróbicas
anaeróbicas

2 Etanol + CO2 2 Lactato


Fermentação até álcool Fermentação até lactato no
na levedura músculo em contração
vigorosa, nos eritrócitos,
em algumas outras células
e em alguns
microorganismos
É o processo de degradação incompleta de substâncias orgânicas com
liberação de energia e realizada por células animais e também por
fungos e bactérias.

Existem diversos tipos de fermentação, que variam quanto ao produto


final.
Fermentação do ácido láctico
Quando os tecidos animais não podem ser supridos
com O2 suficiente para suportar a oxidação
aeróbica do piruvato e do NADH da glicólise, o
NAD+ é regenerado a partir do NADH pela redução
do piruvato a lactato.

Glicose

2 NAD+

2 NADH
2 Piruvato 2 Lactato
O lactato é o produto
do metabolismo da
glicose no eritrócito
Fermentação do ácido láctico
• Utilização pelo homem:

Produção queijos e iogurtes


Microrganismos:
Lactobacillus spp
Leuconostoc spp
Bifidobacterium spp
Fermentação alcoólica
Está ausente nos
A levedura e outros microrganismos tecidos de animais
vertebrados
fermentam a glicose em etanol e CO2.

Equação geral
Glicose + 2ADP + 2Pi
2 etanol + 2CO2 + 2ATP + 2H2O

A piruvato carboxilase está presente nas leveduras utilizadas


em cervejaria e padaria. O CO2 produzido na descarboxilação
de piruvato pelas leveduras de cervejaria é o responsável pela
carbonatação característica do champanhe. Na panificação, o
CO2 liberado provoca o aumento de volume da massa
panificada. Está presente em
organismos que
metabolizam o
álcool
Fermentação alcoólica
• Utilização pelo homem:

Produção de pães e bolos -


fermento biológico Produção de Bebidas
alcóolicas
Fermentação em plantas
Embora as plantas superiores sejam organismos aeróbicos obrigatórios,
seus tecidos ou órgãos podem estar sujeitos a condições anaeróbicas.
Situações típicas ocorrem:
1. Quando suas raízes estão em condições de solos alagados;

2. No início do processo de germinação de sementes grandes;

3. No rebrotamento de tubérculos;

4. Sob condições de estresses hídrico e salino.


• Nestes casos a fosforilação oxidativa não funciona na ausência de
oxigênio e a glicólise fornece parte da energia necessária para a
sobrevivência da planta. Porém a glicólise não pode continuar, uma vez
que o NAD+ é limitado e todo o NAD+ está reduzido como NADH;
• Para superar essa limitação as plantas podem fazer fermentação
alcóolica;
• Duas enzimas, piruvato descarboxilase e álcool desidrogenase, atuam
sobre o piruvato, produzindo, ao final, etanol e CO2 e oxidando NADH
no processo.
Ciclo de Krebs ou
Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos
ou Ciclo do Ácido Cítrico
DESTINO AERÓBICO DO PIRUVATO

CITOSOL

GLICOSE Ciclo de
Krebs

2 NADH + 2 ATP ACETIL CoA

2 PIRUVATO 2 PIRUVATO

Matriz
Ver Ciclo de Krebs

MITOCÔNDRIA
Ciclo de Krebs ou via dos ácidos
tricarboxílicos
➢Na presença de O2, o Piruvato entra na matriz mitocondrial e vira
Acetil-CoA. O Acetil-CoA também pode vir da degradação de
ácidos graxos ou aminoácidos;

➢Acetil-CoA entra no Ciclo de Krebs, onde a oxidação completa dos


carbonos da glicose finaliza-se com a liberação de CO2.

➢Os elétrons são usados para redução do NAD+ e FAD, que depois
serão usados na síntese de ATP na cadeia transportadora de
elétrons;

➢Intermediários do Ciclo de Krebs podem ser utilizados em vias


biossintéticas de aminoácidos, nucleotídeos, vitaminas, etc.
Ciclo de Krebs histórico
Hans Krebs
Em 1932 descoberto o ciclo da uréia;

Em 1933 perdeu o emprego porque tinha alguma ascendência judaíca;

Em 1937, o inglês Hans A. Krebs propôs um ciclo de reações para explicar


como o piruvato é degradado em mitocôndrias de músculo de peito de
pombo. Ele denominou este caminho metabólico de ciclo do ácido cítrico ou
ciclo do ácido tricarboxílico. Denominado também de ciclo de Krebs.

No início da década de 1950 foi demonstrado que o ciclo de Krebs ocorria


também em mitocôndrias vegetais.

Em 1953 recebeu o prêmio Nobel da Paz.


Descarboxilação do Piruvato e formação da
Acetil CoA
• O piruvato produzido na Glicólise que estava no Citosol da célula precisa entrar
na Mitocôndria. Esse processo é mediado por um proteína chamada MPC
(mithocondrial pyruvate carrier), esse processo só ocorre se a mitocôndria estiver
respirando.
• Nas primeiras reações o Piruvato vai ser transformado em Acetil Coenzima A.
Essas reações são reguladas por um complexo de enzimas chamado Piruvato
desidrogenase. Aqui não entraremos em detalhes, mas temos várias vitaminas
envolvidas nessa reação e também três enzimas desidrogenases;
Descarboxilação do Piruvato e formação da Acetil
CoA
Aqui ocorre a primeira descarboxilação
(liberação de Carbono como CO2)

Acetil- CoA vai


para o Ciclo de
Krebs

Reação Global catalisada pelo complexo da piruvato desidrogenase. Há cinco coenzimas envolvidas neste conjunto de
reações e três enzimas que compõe o complexo.
Detalhamento da Descarboxilação do Piruvato

O grupo COO- do O NAD+ é reduzido para NADH. Um grupo acetil é transferido para a
piruvato é removido O NADH aqui formado será Coenzima A formando Acetil CoA
liberando CO2 oxidado na Cadeia que vai entrar no Ciclo de Krebs
Transportadora de elétrons para
produzir ATP
Ciclo de Krebs
Início Acetil CoA

Produção De NADH+ H+
Final do
primeiro ciclo
forma Liberação
Oxaloacetato de CO2
(4C) que vai
juntar com o
Acetil CoA (2C) Sítio de
e reiniciar. regulação
Produção De NADH+ H+

Liberação
de CO2
Produção De NADH+ H+

Produção FADH2
Produção GTP= ATP
Regulação do
ciclo de Krebs
• Nos sítios de regulação quando
temos muito ATP dentro da célula e
continua a glicólise a célula acumula
citrato que é precursor de ácidos
graxos, e gera acúmulo de gorduras.

• Quando o nível energético é muito


baixo os componentes do ciclo de
Krebs são degradados também para
gerar energia. Nesse caso, no início
do próximo ciclo vai ter que ser
ativada a enzima que sintetiza o
oxaloacetato a partir de piruvato
para que o ciclo não pare.
Ciclo de
Detalhamento das Reações

Krebs
do Ciclo de Krebs.

descrevend
o as reações
de cada
etapa
Ciclo de
Krebs
descrevend
o as reações
de cada
etapa
Balanço final do Ciclo de Krebs
• Na Glicólise para cada 1 glicose serão formados 2 ATP, 2 NADH e 2 Piruvato;
• Na descarboxilação do Piruvato cada Piruvato gera 2 NADH e libera 1 CO2 formando 2
Acetil CoA;
• Durante o Ciclo de Krebs para cada Acetil CoA que entra no ciclo serão formados 3
NADH, 1 FADH2, 1 GTP e liberados 2 CO2.
• Assim para cada Glicose oxidada são produzidos no total:
2 ATP
10 NADH
2 FADH2
2 GTP
As coenzimas reduzidas vão doar seus elétrons e prótons na cadeia transportadora de
elétrons e gerar ATP.
Durante o Ciclo de Krebs todos os carbonos da Glicose serão liberados como CO2, por isso,
dizemos que na rota aeróbica a glicose é degradada até CO2 e água (ver cadeia
transportadora de elétrons).
Ciclo de Krebs
dentro do
metabolismo
• Intermediários do
Ciclo participam da
formação de
Aminoácidos,
Ácidos Graxos.
Buscar mais informações
• Ler Capítulos sobre o Ciclo de Krebs.

• Assistir pra quem tiver mais dificuldades aulas 8 e 9.


https://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=17571

Bioquímica é para fortes. Sejamos fortes nos estudos.


Metabolismo de lipídios-
Beta Oxidação

Profª: Cristiane Severgnini Betti


Introdução- relembrando os lipídios
• Tem como característica a baixa solubilidade em água e alta solubilidade em
solventes orgânicos;
• Suas propriedades físicas refletem a natureza hidrofóbica de suas estruturas
químicas;
• São substâncias, que por hidrólise, fornecem ácidos graxos e outros
compostos;
• Em relação ao ponto de fusão podem ser classificados em 2 grupos:
- gorduras- glicerídeos de cadeia saturada e são sólidos à temperatura
ambiente e produzidos por animais;
- óleos -glicerídeos de cadeia insaturada e produzidos por vegetais e são
líquidos à temperatura ambiente;
Quanto à capacidade de armazenamento de
energia e funções biológicas.
• Cada grama de gorduras degradada gera em torno de 9 Kcal;
• Cada grama de carboidratos degradados gera 4 Kcal;
• Não devem ser consumidos mais de 30% da dieta em lipídios;
• São armazenados nos adipócitos;
• As células conseguem oxidar ácidos graxos combustíveis de 3 formas
diferentes:
✓gorduras ingeridas na dieta;
✓gorduras armazenadas na célula na forma de gotículas gordurosas;
✓gorduras sintetizadas em um órgão para a degradação em outro;
Os lipídios
• São reserva de energia e combustível celular;
• Compõe as membranas celulares fosfolipídios e glicolipídios;
• Função também de proteção e impermeabilização dos tecidos (ceras
e como isolante térmico;
• Função hormonal (esteroides);
• Funções digestivas (sais biliares);
• Antioxidante (vitaminas A e E);
Membrana plasmática Armazenamento de gordura
Ácidos graxos
• São ácidos carboxílicos de cadeia longa, com
mais de 12 C, e podem ser saturados ou
insaturados. Possuem número par de
carbonos uma vez que são sintetizados a
partir da Acetil CoA.

• Reações Químicas

• Esterificação: 1, 2 ou 3 Ácidos Graxos +


Glicerol (Mono, Di ou Tri) Acilglicerol;

• Saponificação: Ácido Graxo + Base Sal


(Sabão)

• Hidrogenação: Ácido Graxo Insaturado + H2


Início= a digestão dos lipídios
• Digestão dos lipídios inicia no intestino
delgado, onde os sais biliares emulsificam as
gorduras formando micelas.
• As enzimas lipases então hidrolisam as ligações
ésteres liberando ácidos graxos e outros
compostos como o glicerol;
• Estes então atravessam a mucosa intestinal
sendo convertidos em triacilglicerol. Junto com
o colesterol os triacilgliceróis são incorporados
em proteínas transportadoras, as
apoloproteínas, formando os quilomicrons.
• Quilomicrons se movem pela corrente
sanguínea até os tecidos que metabolizam os
lipídios.
• O fígado é o principal órgão que metaboliza os
lipídios. O coração também metaboliza lipídios
para produção da sua energia.
• O fígado também exporta lipídios
metabolizados para outros órgãos;
• Os triacilgliceróis são convertidos em ácidos
graxos e glicerol para serem degradados nas
células para produção de energia.
Beta Oxidação
Catabolismo dos Triacilgliceróis
• Triacilgliceróis são os lipídios
mais abundantes da dieta e
constituem a maior parte do
armazenamento de todo excesso
de nutrientes vindos de
carboidratos, proteínas e dos
lipídios;
• Representam a maior reserva
energética do organismo , cerca
de 20% do peso corpóreo.
• Na degradação de Triacilgliceróis
o Glicerol será degradado
separado dos ácidos graxos.
• A seguir a degradação do
Glicerol.
Ler capítulo 16 livro Bioquímica Básica.
Marzocco.
Metabolismo do glicerol
• O glicerol é metabolizado na via
glicolítica. Para isto ele precisa
primeiro ser ativado pela enzima
glicerol-quinase, que utiliza uma
molécula de ATP para converter o
glicerol em L-glicerol-3-fosfato.
• Em seguida a enzima glicerol3-
fosfato-desidrogenase utiliza o
NAD+ para converter o L-glicerol-3-
fosfato em diidroxiacetona-fosfato.
Por fim a enzima triose-fosfato-
isomerase converte a
diidroxiacetona-fosfato em D-
gliceraldeído-3-fosfato, que segue
seu caminho na via glicolítica.
Catabolismo dos ácidos graxos
• O metabolismo dos ácidos graxos
ocorre no interior da mitocôndria.
• Para que eles sejam metabolizados
é necessário primeiro ativa-los e
depois transportá-los para o
interior da Mitocôndria;
• A ativação transformando seu
grupo carboxilato num tio-éster da
CoASH.
• A enzima acilCoA sintetase
inicialmente ativa o ácido graxo
com uma molécula de ATP. O Acil- CoA
oxigênio da carboxila ataca o pode ser
fósforo-α do ATP, formando acil- tranporado
AMP e pirofosfato. para
• O pirofosfato é hidrolisado à dois mitocôndria
fosfatos inorgânicos. Em seguida a pela Carnitina
CoASH ataca a carbonila da acil-
AMP, saindo o grupo abandonador
AMP e formando Acil-CoA.
Ler capítulo 16 livro Bioquímica Básica. Marzocco pág. 195.
Transporte dos ácidos graxos para o interior da
mitocôndria
• Os ácidos graxos com até 12
carbonos atravessam a membrana
mitocondrial sem problemas.
• Para ácidos graxos maiores entram
em ação as enzimas carnitina-
aciltransferase I e carnitina
aciltransferase II. A primeira catalisa
a transesterificação da acil-CoA com
a carnitina formando acilcarnitina e
CoASH.
• A acil-carnitina atravessa sem
problemas a membrana
mitocondrial, e do outro lado a
segunda enzima catalisa a
transesterificação da acil-carnitina
com a CoA-SH, formando acil-CoA e
carnitina.
• Acil-CoA liberado dentro da
mitocôndria passa pela β-oxidação
β-oxidação ou
Ciclo de Lynen
• No interior da mitocôndria
os ácidos graxos serão
oxidados em quatro
etapas, quebrando sua
estrutura de dois em dois
carbonos, até convertê-los
em acetil-CoA, NADH e
FADH2 .
• O acetil-CoA segue para o
ciclo do ácido cítrico e os
NADH e FADH2 seguem
para a fosforilação
oxidativa, conforme
ilustrado ao lado.
β-oxidação- etapa 1
• A primeira reação da β-oxidação
de ácidos graxos é catalisada pela
enzima acil-CoA-desidrogenase,
que utiliza o FAD para remover o
hidrogênio, convertendo a acil-
CoA em trans-Δ2 -enoil-CoA.
β-oxidação etapa 2
• Na segunda reação a trans-
Δ2 -enoil-CoA sofre
hidratação catalisada pela
enoil-CoA-hidratase
(idêntica a reação da
fumarese no ciclo do ácido
cítrico), formando o L-β-
hidroxiacil-CoA.
β-oxidação-etapa 3
• Na terceira reação a enzima
β-hidroxiacil-CoA-
desidrogenase utiliza o NAD+
para oxidar o L-β-hidroxiacil-
CoA à β-cetoacil-CoA
β-oxidação- etapa 4
• Na quarta e última reação a
enzima acil-CoA-acetiltransferase
também denominada tiolase
catalisa quebra da β-cetoacil-CoA
pela CoASH formando acetil-CoA
e uma acil-CoA com dois
carbonos a menos.
• Essas quatro etapas são
repetidas até que todo o ácido
graxo saturado seja convertido à
acetil-CoA, NADH e FADH2 .
Balanço da β-
oxidação
• A cada ciclo das 4 reações
mencionada anteriormente
é liberado 1 Acetil CoA, 1
FADH2 e 1 NADH.
• Então para a degradação de
um ácido graxo de 14
Carbonos serão formados:
✓7 Acetil- CoA- vai para o
Ciclo de Krebs já visto;
✓6 NADH+H+
✓6 FADH2
NADH e FADH2 irão para a
cadeia Transportadora de
elétrons que será vista em
breve.
Saldo de produção de ATP a partir de um
ácido graxo de 14 carbonos
• A degradação de um ácido graxo de 14 carbonos produziu 112 ATP;
• A conversão da NADH e FADH2 usada aqui foi de 3 ATP/ NADH e 2 ATP/ FADH2
igual descrito em Bioquímica Básica de Marzocco, porém outras literaturas trarão
valores diferentes.
Produtos da Produtos da Total ATP Formados
βoxidação oxidação de 8 Βoxidação+ Ciclo
Acetil-CoA no Ciclo de Krebs
de Krebs
7 Acetil –CoA
6 NADH 21 NADH 27 NADH 81
6 FADH2 7 FADH2 13 FADH2 26
7 GTP 7 GTP 7
114- 2 ATP ativação
= 112 ATP
O que ocorre quando o ácido graxo tiver
número ímpar de Carbonos?
• Neste caso, no último ciclo da β-oxidação o ácido graxo então com 5
Carbonos vai liberar uma Acetil-CoA e um Propionil-CoA (3
carbonos);
• O propionil-CoA será convertido em Succinil-CoA que é intermediário
do Ciclo de Krebs;

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