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2019.

RESUMOS
BIOQUÍMICA
GLICÓLISE OCORRE NO CITOPLASMA
PARTE 1
SIGNIFICADO
Na glicólise (do grego glykys = doce, e lysis = quebra), uma
molécula de glicose é degradada em uma série de reações
catalisadas por enzimas para liberar duas moléculas do
composto piruvato, contendo cada uma delas três átomos de
carbono.

FASES DA GLICOSE
Fase preparatória: gasto energético (2 ATPs) e formação de
2 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato.
Fase de recuperação: produção de 4 ATPs na oxidação de 2
gliceraldeído-3-fosfato → 2 Piruvatos e formação de 2
NADHs.
REAÇÃO E EXPLICAÇÃO
Glicoquinase: hepatócito e ilhotas β-pancreáticas;
No hepatócito a glicoquinase é regulada pelos níveis
de glicose no sangue, ou seja, quando os níveis de
glicose na sangue estão aumentados, o excesso de
glicose é transportado para o fígado, onde a
glicoquinase o converte em glicose-6-fosfato.
A glicoquinase é inibida pelos autos níveis de frutose-6-fosfato
O nome quinase se aplica a todas as enzimas que catalisam As células β-pancreáticas são responsáveis pela
a transferência do grupo fosfato terminal do ATP para um liberação de insulina quando os níveis de glicose
receptor; estão aumentados, ou seja, a presença de insulina
Esta enzima é inibida pelo seu produto de reação; após a ingestão de alimentos ativa a glicoquinase no
Esta reação é irreversível; hepatócito.

Está reação é reversível.

A fosfofruto quinase-1 é ativada sempre que o


suprimento do ATP da célula se torna baixo, ou
quando existe um excesso de quebra de ATP,
ADP, AMP.

A Frutose-1,6-bifosfato é quebrada para liberar


uma aldose e uma cetose
GLICÓLISE PARTE 2

Nesta fase apenas o gliceraldeido-3-fosfato formado pela ação da


aldolase pode ser diretamente degradado nas próximas reações,
porém o diidroxiacetona fosfato é convertido rapidamente em
gliceraldeido-3-fosfato pela ação da enzima triose fosfato isomerase.

Nesta reação o grupo aldeido é desidrogenado, e o


receptor do hidrogênio liberado é a coenzima NAD+.
NADH será oxidado na cadeia respiratória, ou na
conversão de piruvato a lactato na glicólise anaeróbica.

Nesta reação a formação de ATP.

Há formação de ATP
GLICÓLISE PARTE 3

GLICÓLISE ANAERÓBICA
Em anaerobiose, o próprio piruvato produzido pela glicólise serve
como aceptor dos elétrons do NADH, assegurando o provimento
de NAD+.
A glicólise anaeróbica é chamada fermentação. Existem muitos
tipos de fermentação que obedecem a um padrão comum, sendo
a primeira etapa, onde a glicose é convertida a piruvato, com
produção de NADH, é seguida por uma segunda etapa de
conversão de NADH a NAD+.
Segundo as enzimas que a célula dispõe, o piruvato pode ser
convertido a compostos diferentes, como por exemplo, lactato

FATORES QUE REGULAM A GLICÓLISE:


Insulina e glucagon (alto nível de glicose no sangue/baixo
nível de glicose no sangue, respectivamente)
Níveis de ATP (alto nível de ATP inibe glicólise, alto nível de
AMP e ADP aumenta glicólise)
Hexoquinase (inibido pela glicose 6-fosfato)
Fosfofrutoquinase (inibido pelo alto nível de ATP, glucagon)
Piruvato quinase (inibido por alto nível de ATP, Acetil-CoA,
glucagon)
Adrenalina ativa glicólise.
GLICOGÊNESE &
GLICOGENÓLISE PARTE 1

O glicogênio é um polímero de glicose que constitui uma forma de reserva deste açúcar.
A vantagem biológica de armazenar glicose polimerizada é a redução da osmolaridade, resultante do
menor número de partículas em solução.

GLICOGÊNIO
Forma prontamente mobilizável de glicose.Ramificações feitas para aumentar solubilidade e velocidade de
síntese e degradação.

RESERVA DE GLICOSE NOS TECIDOS ANIMAIS (CITOSOL)

Fígado: armazena 100g

Músculo: armazena 300g

O glicogênio hepático é degradado produzindo glicose, que é exportada para manter a


glicemia nos períodos entre as refeições, particularmente no jejum noturno.
O glicogênio muscular provê energia para a própria fibra muscular.
O glicogênio é sintetizado por estes órgãos quando a oferta de glicose aumenta, como
acontece após as refeições.
Ao serem degradadas, essas reservas atendem necessidades diferentes.
GLICOGÊNESE PARTE 1
Glicogênese é a via de síntese do glicogênio.
A síntese do glicogênio consiste na repetida adição de unidades de glicose às extremidades de um fragmento de glicogênio.
A glicose a ser incorporada no glicogênio deve estar sob uma forma ativada, ligada a um nucleotídeo de uracila, constituindo
uridina difosfato glicose (UDP-G).
UDP-G é produzido, a partir de glicose, por uma série de reações.

REAÇÃO E EXPLICAÇÃO
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Fosforilação de glicose, com consumo de ATP, catalisada O UDP produzido é reconvertido a UTP à custa de ATP,
pela glicoquinase no fígado ou hexoquinase no músculo. pela nucleosídico difosfato quinase.

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Isomerização da glicose 6-fosfato a glicose 1-
3 é hidrolisado por ação
O pirofosfato formado na reação
da pirofosfatase, produzindo fosfato inorgânico.
fosfato pela fosfoglicomutase.

A SOMA DAS REAÇÕES DE 1-6 É:

Isso mostra que para cada resíduo de glicose


3 incorporado ao glicogênio há gasto de 2 ATP
Reação da glicose 1-fosfato com UTP formando UDP-G A pirofosfatase é uma enzima que conduz uma reação
e pirofosfato, promovida pela UDP- glicose irreversível, sendo um fator importante para
pirofosforilase. encaminhar os processos no sentido da síntese do

glicogênio.
A reação promovida pela glicogênio sintase prevê a
existência de uma cadeia de glicogênio já constituída,
a qual são agregadas novas unidades de glicose. Esta
enzima não é capaz de promover a união das duas
primeiras unidades de glicose, para iniciar o polímero.
Quando não houver a permanência de um núcleo de
glicogênio que de suporte para a extensão da cadeia,
faz-se necessário a atuação de uma outra proteína, a
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UDP-G é substrato da glicogênio sintase, a enzima que glicogenina.
transfere a unidade glicosil do UDP- G para uma das Ela inicia a síntese transferindo o primeiro resíduo de
extremidades não-redutoras do glicogênio, formando uma glicose, derivado de UDP-G, ao grupo OH da cadeia
ligação α-1,4. lateral de um dos seus resíduos de tirosina.
Em seguida, a glicogenina catalisa a incorporação de
novos resíduos de glicose, até formar uma pequena
cadeia de 8 resíduos. Neste momento entra em ação a
glicogênio sintase, que prossegue a polimerização, e a
glicogenina desliga-se do polímero em crescimento.
GLICOGENÓLISE
PARTE 1

Cerca de 10% dos resíduos de glicose do


glicogênio são liberados como glicose e o restante como
glicose 1-fosfato.
A glicose 1-fosfato é convertida pela fosfoglicomutase
a glicose 6-fosfato, que pode ser degradada pela
glicólise ou hidrolisada a glicose na gliconeogênese,
para ser liberada na circulação.

A degradação do glicogênio consiste na remoção


sucessiva de resíduos de glicose, a partir das
A degradação do glicogênio é um processo rápido e
extremidades não-redutoras, por ação da glicogênio
eficiente.
fosforilase, uma enzima que catalisa a fosforólise da
O grande número de ramificações possibilita a ação
ligação α-1,4, liberando um resíduo de glicose como
simultânea de muitas fosforilases a partir de cada
glicose 1-fosfato.
uma das extremidades não-redutoras.
50% das ramificações da cadeia de glicogênio
muscular são degradadas em poucos segundos,
quando a demanda energética é intensa.
Na glicogenólise hepática, a rapidez do processo
corrige os níveis glicêmicos, evitando hipoglicemia.
A degradação do glicogênio geralmente não é
completa, restando um núcleo não degradado que
serve de ponto de partida para ressíntese
A ação da glicogênio fosforilase prossegue ao longo
da cadeia, liberando um a um os resíduos de glicose,
mas termina 4 resíduos antes de uma ramificação.

A ação continua por outra enzima, a enzima


desramificadora, que apresenta duas atividades distintas.
Atua como glicosil transferase, transferindo 3 dos 4
resíduos de glicose remanescentes na ramificação para
uma outra extremidade da cadeia de glicogênio, formando
uma nova ligação α-1,4.

O resíduo de glicose restante é aquele que está ligado á cadeia


principal por ligação α-1,6, esta ligação é hidrolisada pela
segunda atividade da enzima desramificadora, a atividade de
α-1,6 glicosidase.
GLICONEOGÊNESE PARTE 1
DEFINIÇÃO Gliconeogênese
Via anabólica que ocorre, principalmente no fígado, que é
responsável pela síntese de glicose a partir de fontes que não
são carboidratos: aminoácidos, glicerol.
O cérebro e hemácias necessitam de glicose sanguínea como Precursores não-glicídicos
principal fonte de energia;
Necessidade diária = 160 g de glicose, 120 g só para o
cérebro;
* glicogênio fornece 190 g de glicose, suficiente para um dia; São transformados em Formação de glicose a
** períodos maiores de jejum exigem que glicose seja piruvato ou entram na partir de outros
sintetizada a partir de fontes não-glicídicas; via na forma de precursores:
intermediários Lactato;
FONTES DE GLICOSE Glicerol;
Alimentação Aminoácidos.
Glicogenólise
Gliconeogênese: Aminoácidos: Degradação endógena;
Lactato: Músculos e hemácias;
Glicerol: Hidrólise de triacilgliceróis;

ÓRGÃOS E GLICONEOGÊNESE

GLICÓLISE ⇒ conversão de glicose a piruvato;


GLICONEOGÊNESE ⇒ conversão do piruvato a glicose;
3 reações são diferentes = substituem as 3 reações ETAPAS IRREVERSÍVEIS DA GLICÓLISE
irreversíveis da glicólise catalisadas pela hexocinase,
fosfofrutocinase-1 e piruvato cinase.
GLICONEOGÊNESE PARTE 2

REAÇÃO E EXPLICAÇÕES

OBTENÇÃO DE PIRUVATO A PARTIR


Hexoquinase (Glicólise) catalisa:
glicose glicose-6-fosfato DE LACTATO
Glicose-6-fosfatase (Gliconeogênese) catalisa:
glicose-6-fosfato glicose
Fosfofrutoquinase (Glicólise) catalisa:
fructose-6-P fructose-1,6-bisP
Frutose-1,6-bisfosfatase (Gliconeogenêse) catalisa:
frutose-1,6-bisP frutose-6-P
Piruvato Quinase (Glicólise) catalisa:
Fosfoenolpiruvato Piruvato
Piruvato Carboxilase (Gliconeogenêse) catalisa:
Piruvato Oxaloacetato
Fosfoenolpiruvato Carboxilase (Gliconeogenêse) catalisa:
Oxaloacetato Fosfoenolpiruvato

PRECURSORES DA
GLICONEOGÊNESE

EXERCÍCIO
Gliconeogênese durante o exercício fornece glicose ao
músculo esquelético através do Ciclo de Cori.
CICLO DE CORI

Lactato liberado pelo músculo ativo é convertido em glicose


no fígado, jogada na circulação e captada pelo músculo, que
novamente a transforma em lactato e assim por diante.

REGULAÇÃO
A Glicólise e a Gliconeogênese ocorrem na mesma célula.
No entanto, as duas vias NÃO ocorrem simultaneamente.
Se isto ocorresse, haveria um gasto de energia inútil.
A regulação do funcionamento das duas vias é feita pelo
ATP e seu derivado (AMP) que atuam em enzimas
alostéricas.
ATP E AMP
Lembrar que na célula quando a concentração de ATP é
elevada, a concentração de AMP é baixa, e vice-versa.
A Fosfofrutoquinase (Glicólise) é inibida por ATPe
estimulada por AMP;
A Frutose 1,6-bisfosfatase (Gliconeogênese) é inibida por
AMP;

CONTROLE PELO PIRUVATO

Quando o ATP é utilizado pela célula, o ATP é


hidrolisado a ADP e este em AMP.
Neste sentido, a concentração de AMP aumenta e
este atua como ATIVADOR ALOSTÉRICO da
fosfofrutoquinase.
CICLO DE KREBS
Ocorre na matriz mitocondrial.
Todo carbono responsável pela formação do acetil é
degradado em CO2 que é então liberado pela célula, caindo
na corrente sanguínea.
Neste ciclo, as duas moléculas de ácido pirúvico (C3H4O3)
resultantes desidrogenadas da (perdem glicólise, elétrons)
serão e descarboxiladas (perdem carbono). Os elétrons
retirados são capturados por aceptores de elétrons, que
podem ser o NAD (nicotinamida- adenina dinucleotídio) ou
FAD (flavina-denina dinucleotídio), com a consequente
formação de NADH2 e FADH2.
Forma-se um composto de seis átomos de carbono, que é
o ácido cítrico.
Este ácido possui três carboxilas (-COOH); dessa forma o
ciclo de Krebs é também conhecido como ciclo do ácido
cítrico, ou seja, do ácido tricarboxílico.
O ácido cítrico sofre descarboxilações e desidrogenações,
resultando em vários compostos intermediários.
No final do processo, o ácido oxalacético é regenerado e
devolvido à matriz mitocondrial.
Nesse processo, cada acetil-CoA degradada libera três
moléculas de NADH e uma molécula de FADH, duas
moléculas de CO, que são expedidas para o meio, e uma
molécula deATP.

REAÇÕES QUE TEM LIBERAÇÃO DE


ELETRON

Essa sexta reação ocorre próxima do complexo


2 pois é ela que libera os elétrons para o
complexo 2.
CADEIA TRANSPORTADORA
DE ELÉTRONS
Ocorre nas cristas mitocondriais.
Também chamado de Fosforilação Oxidativa.
É um sistema de transferência de elétrons
provenientes do NADH2 e FADH2 até a molécula de
oxigênio.
Os elétrons são passados de molécula para molécula
presente nas cristas mitocondriais.
Quando o elétron são transferidos de uma molécula
para outra até chegar no aceptor final (o oxigênio),
ocorre liberação de energia que é convertida em ATP.

BALANÇO ENERGÉTICO

CADEIA RESPIRATÓRIA OU CADEIA DE


ELÉTRONS

CATABOLISMO DE MOLÉCULAS
ORGÂNICAS

SALDO ENERGÉTICO
Etapa Salto em ATP
Glicólise 2
Ciclo de Krebs 2
Cadeia respiratória 32 ou 34
Total 36 ou 38
M E T A B O L I S M O METABOLISMO DE
D O S L I P Í D E O S CORPOS CETÔNICOS
FONTES DE ÁCIDOS GRAXOS PARA A
A síntese de corpos cetônicos ocorre na matriz
OXIDAÇÃO mitocondrial do hepatócito.
Biossíntese endógena a partir de carboidrato

Triacilgliceróis dos Adipócitos Reserva de combustível QUANDO SÃO PRODUZIDOS?


Lipídios da Dieta Alimentar
Jejum
Exercício de longa duração
Diabetes não-tratado
Dieta rica em lipídios e baixa em carboidratos

TECIDOS QUE NÃO UTILIZAM A B-


OXIDAÇÃO UTILIZAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS
As hemácias não possuem mitocôndria, logo não podem
oxidar ácidos graxos via b-oxidação. Quase todos os tecidos e células, com exceção do
O cérebro não utiliza os ácidos graxos como combustível fígado(Falta a CoA-Transferase) e dos hemácias(Não possui
energético, pois estes não passam com eficiência a mitocôndria), utilizam corpos cetônicos como fonte de
barreira hematoencefálica. energia

Se não utilizado são exalados ( mau halito) após acordar.


RESUMO DE TUDO

Cortisol Ativado: Vai atuar gliconeogênese,


Proteólise, B-oxidação.
Adrenalina Ativada: Vai atuar B-Oxidação.
Glucagon: Vai atuar goiconeogênese, glicogenolise,
B-Oxidação.
Insulina: Vai atuar glicólise,glicogênese.

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