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William Harvey (1578-1657) – primeiro cientista que demonstrou o Nó sinoatrial/nó sinusal: principal marcapasso do
a existência de circulação (uso de garrote para sentir as veias) coração (geram o próprio potencial de forma
Stephen Hales (1677 – 1761) – cientista que inseriu uma cânula espontânea)
na carótida de um cavalo e mediu a altura do sangue que subia o Essas células são células modificadas e se assemelham
dessa cânula. Foi ele que descobriu que existia uma pressão no à função dos neurônios
sistema cardiovascular o O segundo marcapasso é o nó atrioventricular
o Feixes intermodais: conectam os dois marcapassos
o Feixe de Hiss (AV bundle): entre o ventrículo direito e
→ Grande circulação: circulação sistêmica – movimento do esquerdo
sangue do ventrículo esquerdo para o corpo pela aorta
e o retorno do sangue ao átrio direito pelas veias cavas
(coração – corpo – coração)
→ Pequena circulação: circulação pulmonar – movimento
do sangue do ventrículo direito para o pulmão através
da artéria pulmonar e para o átrio esquerdo pela veia
pulmonar (coração – pulmão – coração)
puramente fisiológico ou uma manifestação patológica como as artérias, porém, com menos camada
que acomete o coração muscular
o Vasaa-vasorum: vasos que irrigam o próprio
vaso
Artérias elásticas: são vasos de condutância Veias: possuem válvulas para manter o retorno venoso
• Diâmetro >2,5cm adequado, a musculatura também ajuda no bombeamento do
• Transportam grandes volumes de sangue sangue
Enchimento ventricular: enchimento diastólico o Nas doenças valvares, é comum observar os sopros ou
→ O sangue flui passivamente pelo átrio (pelas veias ruídos (sons anormais, evidenciados com o
pulmonares no átrio esquerdo; pelas veias cavas no estetoscópio), ocorre por fluxo turbulento e acelerado
átrio direito), pelas valvas AV abertas em direção aos de sangue pela dificuldade de passagem pelo orifício
ventrículos, onde a pressão é menor
estreitado (válvulas estenóticas) ou fluxo sanguíneo
→ Contração atrial: força o sangue remanescente nos
retrógrado pela incompetência da válvula em fechar
átrios dirigir-se aos ventrículos. Durante esse período,
(válvulas insuficientes)
as valvas AV estão abertas e as semilunares fechadas
(aórtica e pulmonar)
a contração dos átrios impulsiona algum
sangue adicional para os ventrículos (30%) para acabar
de encher os ventrículos. Parte do sangue fica no Incisura dicrótica
ventrículo e não vai para o átrio
→ Durante a contração atrial, o ventrículo direito está
com pressão 4 a 6 mmHg e o ventrículo esquerdo está
com pressão 7 a 8 mmHg. No átrio varia de 1 a 3
mmHg (por isso o sangue retorna rapidamente)
→ O sangue retorna ao coração por diferença de pressão
→ O sangue não retorna pro membro inferior devido a
presença das válvulas venosas e a contração do
músculo esquelético. Na região torácica o diafragma na
expiração faz com que o sangue retorne dos membros
inferiores para a região torácica, na inspiração o
sangue volta da cavidade torácica para o coração Incisura dicrótica: oscilação de pressão que a artéria aorta tem
Sístole ventricular: • Onda P: momento de despolarização atrial, precede o
→ Contração isovolumétrica: ventrículos contraem, momento de aumento da pressão atrial
pressão intraventricular aumenta (até 80 mmHg no VE • Complexo PQRS: momento de despolarização
e 10 mmHg no VD), as valvas AV fecham e ainda não há ventricular, precede o início do momento que tem
esvaziamento ventricular aumento da pressão ventricular
→ Ejeção ventricular: aumento da pressão intraventricular
• Onda T: momento de repolarização ventricular, precede
força abertura das valvas semilunares, o sangue é
ejetado dos ventrículos (ejeção rápida e ejeção lenta) o momento que o ventrículo relaxa, diminui a pressão
Início da contração ventricular: ligeiro refluxo de sangue, Quando a pressão atrial diminui, o ventrículo começa a encher de
fechamento das valvas AV (abaulamento para trás) sangue. A pressão atrial aumenta para que termine o enchimento
Final da contração ventricular: lento fluxo de sangue das veias do ventrículo, fechamento das valvas atrioventriculares. A
para os átrios pressão no ventrículo aumenta, no momento que sua pressão
Relaxamento isovolumétrico: ventrículos relaxam, fica maior que a da aorta, o ventrículo começa a ejetar o sangue
diminuição rápida da pressão ventricular, sangue sofre pequeno (ejeção rápida). Na fase de ejeção lenta ocorre quando a pressão
começa a cair nos ventrículos. O sangue passa para a aorta, o Aumento do retorno venoso: acontece em exercícios
fechando as valvas semilunares localizados nos membros inferiores, há aumento do
bombeamento do sangue para o coração. O débito cardíaco
aumenta, pois o volume sistólico aumenta (a entrada de
o Volume diastólico final (VDF): enchimento normal dos mais sangue faz com que seja necessário sair mais
ventrículos (110 a 120 mL) – pode ficar maior quando sangue) – chamado de mecanismo de Frank-Starling
há aumento do retorno venoso (150/180 mL), isso o Diminuição da frequência cardíaca: ocorre em atletas bem
pode ocorrer quando o indivíduo pratica atividade física treinados, pressão arterial normal, débito cardíaco normal,
o Volume sistólico (VS): o sangue que é ejetado é de cerca frequência cardíaca baixa. Há um remodelamento do
de 70 mL coração (no VE), causa uma hipertrofia excêntrica, o que
o Volume sistólico final (VSF): quantidade restante de 40 a aumenta o volume suportado no VE
50 mL depois da sístole – em uma forte contração o Exercício físico do não treinado: libera muita noradrenalina
pode chegar a 20 mL (justifica o volume de sangue que no coração, aumenta o débito cardíaco, aumento da
fica no coração depois da sístole, serve de reserva frequência cardíaca e aumento da pressão arterial
para momentos que o coração precisa bombear uma o Aumento da pressão sanguínea: barorreceptores (estão
quantidade de sangue maior) na parede da aorta e da carótida) agem no bulbo, reduz
atividade do sistema simpático e aumenta o
parassimpático, reduz a frequência cardíaca, diminuição do
volume sistólico, reduz o débito cardíaco para assim,
diminuir a pressão
o Diminuição da pressão sanguínea: recebem menos pressão
• É o volume de sangue ejetado pelo coração a cada minuto das paredes da aorta e da carótida e com isso, os
• Depende de outras variáveis (frequência cardíaca e barorreceptores agem no bulbo e o simpático é
volume sistólico) estimulado, diminuindo a atividade do parassimpático. Gera
• Determinante da pressão arterial, por isso, não pode cair aumento da FC e queda no VS, portanto, o DC se mantém
nem subir com frequência o mesmo.
Pressão arterial: PA = DC x RP – débito cardíaco X resistência o Queda brusca do volume sanguíneo: há diminuição do
periférica volume sistólico, com isso, há aumento da estimulação do
Débito cardíaco: DC = FC x VS – frequência cardíaca X volume simpático, causa aumento da frequência cardíaca e
sistólico mantém o DC
o Maior estimulação do simpático (fuga, raiva, estresse) – o Hipertrofia excêntrica (atleta): aumento do ventrículo
inervam as células miocárdicas, nó sinoatrial, nó esquerdo por espessamento de parede devido a prática
atrioventricular e os vasos sanguíneos (artérias e intensa de atividade física, não tem diminuição da câmara
arteríolas). Adrenalina e noradrenalina, se cai na corrente cardíaca, consegue suportar maior volume de sangue.
sanguínea pode agir nos vasos sanguíneos e no coração. Baixa frequência cardíaca, débito cardíaco normal. O
Aumenta a pressão arterial, aumenta o débito cardíaco indivíduo que é sedentário tem muita ativação simpática, o
→ Adrenalina se liga a receptores alfa1-adrenérgicos que faz aumentar muito a frequência cardíaca com
dos vasos sanguíneos– causa vasoconstrição aumento do débito cardíaco
→ No coração noradrenalina se liga a receptores o Hipertrofia concêntrica (patológica): há espessamento de
beta1-adrenérgicos das células marcapasso e das parede, mas o tamanho da câmara diminui. A causa do
células do miocárdio– aumento de força contrátil aumento pode se dar por causa de hipertensão arterial
do coração, aumento da frequência cardíaca
o Aumento da estimulação do parassimpático: age para
reverter o quadro do simpático. Age de forma contrária
ao do simpático, diminuindo o débito cardíaco
• Nó sinoatrial: o valor mínimo de potencial é de -60mV. Logo
que há repolarização, ele já despolariza – gap junctions
são zonas de baixa resistência que permite que o potencial
se transfira de uma célula para outra
→ Fase 4 e 0: membrana da célula marcapasso está
despolarizando.
o Essa fase não depende só de sódio, depende
Potenciais de ação em células marcapasso e em células de cálcio também. Conforme a célula vai
miocárdicas despolarizando (próximo de -60mV), começa
a abrir canais de cálcio voltagem-
dependentes (canais do tipo T – “transient”).
Conforme chega em -40mV, canais de cálcio
tipo T se fecham e abrem canais de cálcio do
tipo L (“low”), ficando com mais carga
positiva dentro da célula, até ficar positivo
(+10mV), abertura de canais de potássio
voltagem-dependente, perdendo carga
positiva dentro da célula, tornando o meio
menos positivo, o potencial cai. Há abertura
de canais de sódio do tipo “funny”
• Potencial elétrico em neurônio: em repouso, o neurônio o Fase 4 se inicia quando terminou a
não está alterado (-70 mV); quando estimulado, há repolarização e começou a abrir os canais de
abertura de canais de sódio mecanodependentes ou sódio do tipo “funny” e os canais de cálcio do
canais quimiodependentes (sódio entra na célula, pois tipo T
tem maior concentração no meio extracelular), fazendo o A fase 0 é a partir dos -40mV, quando se
com que o potencial aumente (despolarização); há fecham canais de tipo T e abrem os canais
abertura de canais de sódio voltagem dependentes de cálcio do tipo L
quando ultrapassa o limiar de excitação; quando atinge o → Fase 3: repolarização das células marcapasso
pico de excitação, há abertura de canais de potássio o Abertura de canais iônicos que normalmente não
(sai potássio, pois sua concentração é maior dentro da abriria nesse final – abertura de canais de sódio do
célula), ocorre diminuição do potencial (repolarização); na tipo “funny”, carga positiva entra dentro da célula e o
hiperpolarização ocorre maior extravasamento de potencial começa a subir (final da repolarização e início
potássio, há fechamento dos canais, fazendo com que o da despolarização) – transição entre a fase 3 e a
potencial de repouso retorne ao normal fase 4
• No coração, esse processo é diferente. O potencial de
ação das células marcapasso demora mais para ser
disparado para que dê tempo necessário desse
potencial chegar no miocárdio e dar tempo para que ele
espalhe esse potencial para outras células para
contrair e relaxar
• Além disso, há diferença do potencial de repouso (-
60mV nas células marcapasso e -85 mV nas células
miocárdicas)
• Neurônios pós-ganglionares do simpático libera
adrenalina e se liga a receptores adrenérgicos (beta1-
adrenérgicos) do coração
• Neuronios pós-ganglionares do parassimpático libera
acetilcolina e se liga a receptores muscarínicos (M2) do
coração
Medida a → A onda de D1 percebeu que era a onda R e que → Se as ondas ficam muito grandes, com maior espaço
partir do media 5mm entre si, pode ocorrer em patologias como hipertrofia
centro do → A onda R do D2 dava 15mm do coração
triangulo → A onda R do D3 dava 10mm → Se a derivação da onda T for para baixo, pode indicar
uma isquemia miocárdica, o paciente pode estar
→ O indivíduo que tem a anatomia normal do infartando
coração tem 60º em relação ao eixo elétrico do
coração Ativação ventricular e geração do complexo QRS: o potencial
chega no septo ventricular, primeiro no direito, depois pro
esquerdo. A despolarização começa no endocárdio e vai depois
Onda P: despolarização atrial para o epicárdio
Complexo QRS: despolarização ventricular
Onda T: repolarização ventricular