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FISIOLOGIA

COMPLETO

RESUMO MARIA EDUARDA GOMES MED14 2020.2


MARIA EDUARDA GOMES – MED14
Aula 1 - Fisiologia

Homeostase
* Com o aumento de glicose no sangue, os sistemas
FISIOLOGIA
* Estuda os aspectos químicos, físicos e biológicos (principalmente o endócrino) vão atuar para reduzir a

responsáveis pela origem, manutenção e continuidade da concentração no sangue e fazer com que ela entre nas

célula. células de reserva. Logo, a glicemia vai diminuir.

HOMEOSTASE PRESSÃO ARTERIAL


* Equilíbrio dinâmico do organismo. * Se você aferir sua pressão ao acordar e for medindo

* Não pode falar que é equilíbrio do organismo, pois ao longo que for se estressando, realizando exercício

indicaria MORTE. físico, irá perceber que ela estará em constante mudança.

* Para que nosso organismo se mantenha vivo, é * Se a pessoa está hipertensa (pressão arterial maior que

necessário que os parâmetros variem numa faixa normal a normalidade), medidas farmacológicas e não

de variação, o que indica que nosso organismo está em farmacológicas (dieta, exercício) devem ser tomadas afim

equilíbrio dinâmico. de reestabelecer a homeostase do organismo.

* Homeostase = manutenção das condições constantes do


meio interno. OBS.: SEMPRE TEM QUE RELACIONAR OS VALORES
ÀS CONDIÇÕES.
GLICEMIA
* Concentração de glicose na corrente sanguínea.
* Ao longo do dia ela não se mantém no mesmo valor.
* Parâmetro dinâmico = se, ao amanhecer, em jejum, eu
resolvo fazer um exame de sangue, normalmente minha
glicemia daria 82. Portanto, se eu comer um sanduíche e
resolver fazer uma nova coleta, provavelmente minha
glicemia iria estar mais alta.
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
Aula 2

Fisiologia Celular
* Proteínas = Transmembranares / integrais, periféricas e
MEMBRANA PLASMÁTICA
ancoradas.
* A membrana delimita dois meios = intracelular e extracelular.
* Carboidratos = Glicocálice (comunicação celular, receptores,
MEIO INTRACELULAR
reações imunes.
* A maior parte da água corporal se encontra dentro da célula.
Cerca de 2/3 da água corpórea. -> Grande atividade metabólica. MODELO MOSAICO FLUIDO
* Bicamada fosfolipídica, onde as proteínas se distribuem.
* Potássio, magnésio, proteínas e fosfatos orgânicos.
* Os fosfolipídios têm cabeça polar (hidrofílica) e cauda apolar
* ATP vai fornecer energia química para a realização de
(hidrofóbico), se organizando de modo que a cabeça fique voltada
diversos processos.
para superfície aquosa e a cauda para o inferior da dupla camada.
MEIO EXTRACELULAR
* 1/3 da água corpórea = sua maior parte se encontra no CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS
* Delimita, envolve e protege a célula.
interstício (compartimento que se encontra entre as células que
Obs.: A membrana não isola a célula, se for isolada, ela morre.
formam os tecidos), também é encontrado no plasma (parte
* Permeabilidade seletiva ou membrana semipermeável = moléculas
líquida do sangue) e nos compartimentos transcelulares (LCR,
lipossolúveis têm mais facilidade de atravessar a membrana porque
líquido sinovial, líquido pleural, humor aquoso).
a camada é rica em lipídeos. Para moléculas hidrossolúveis
* Sódio, bicarbonato, cloro e cálcio.
atravessarem a membrana é necessário dispositivos que facilitem
Obs.: Contém os íons e nutrientes necessários para que a célula
essa passagem.
continue viva. Por as células estarem nele, é chamado de meio
* Transporte transmembranares = solutos ou solventes / ativo e
interno.
passivo.
Membrana Plasmática * Presença de receptores = estruturas de natureza proteica que
têm função de reconhecimento (sítio de reconhecimento). Fazem
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS reconhecimento de antígenos, hormônios, fármacos, moléculas, íons,
contribuindo para a permeabilidade seletiva.
Obs.: A informações também passam pela membrana e também há
BICAMADA
critérios para isso acontecer. Informações do meio extracelular
* Orientação em bicamada para a formação da membrana.
podem ser selecionadas para entrar nessa célula. Só a informação e
* Compatibilidade com a água.
não a molécula da informação.
COMPOSIÇÃO
* Lipídeos = fosfolipídios e colesterol (rigidez).
Ex.: A adrenalina reconhecida por um receptor específico que
está na célula muscular cardíaca, na membrana desta célula, e,
ao ser reconhecida, por esse receptor, houve um processo que
a gente chama de transdução de sin al.
Se a célula tiver natureza elétrica, adrenalina aumentará a
frequência cardíaca. Se a célula tiver natureza mecânica, a
adrenalina aumentará a força de contração.
* Transdução de sinais = transmissão de sinais. Ela acontece
porque a membrana apresenta um receptor, já que a
membrana precisou reconhecer a molécula. O receptor
apresenta especificidade e não exclusividade
* Comunicação célula-célula = desmossomos, junção comunicante
ou gap).
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Aula 3

Transporte transmembranares
* Atrai cargas e repele outras.
TRANSPORTE PASSIVO * Canais tem portas = sistema de controle.
* Não há gasto de energia metabólica = não há hidrólise do * Critérios de permeabilidade = dimensão do poro e cargas
ATP. elétricas dos aminoácidos constituintes do canal.
* Energia potencial se transforma em cinética. Classificação dos canais iônicos quanto ao sistema
* Força movente do transporte passivo = gradiente de controle de portão:
* Ocorre a favor do gradiente eletroquímico. * Canal dependente ou ligante = porta controlada por um
* Tende a igualar os meios = acaba com o gradiente. mediador químico. A proteína canal funciona de receptor para
* Gradiente é a diferença entre os meios. esse mediador. Alteração conformacional na proteína.
* Fluxo resultante = ao igualar os meios a resultante fica * Canal dependente de voltagem = variação da ddp da
sendo zero. membrana.
DIFUSÃO SIMPLES * Cana mecanicamente controlado = canais sensíveis que
dependem de um estímulo mecânico. Barorreceptores (estão
* A molécula atravessa a membrana livremente. presentes nas membranas plasmáticas de células que fazem
* Não houve auxílio da proteína carreadora = atravessa a parte da regulação da pressão arterial).
membrana livremente.
EXEMPLO: Canal nicotínico
* Não gasta ATP.
* O elemento tem que ser lipossolúvel = quanto mais * Depende do ligante acetilcolina = uma das funções desse
lipossolúvel melhor. ligante é despolarizar a membrana devido o fluxo resultante do
* Ex.: Ação de hormônios dependem da difusão simples. sódio e potássio.
* É uma resposta excitatória.
* Tem maior permeabilidade ao sódio.
Fluxo difusional e Lei de Fick: * É muito presente na célula muscular esquelética.
* Ajuda na difusão = lipossolubilidade. Obs.: SAÍDA = EFLUXO / ENTRADA = INFLUXO.
𝑃𝑒𝑟𝑚𝑒𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑚𝑏𝑟𝑎𝑛𝑎
= 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 DIFUSÃO FACILITADA
÷ 𝑇𝑎𝑚𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑎 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎 * Necessita de uma proteína carreadora.
* Taxa de difusão. * Ocorre a favor do gradiente.
𝑔𝑟𝑎𝑑𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 × á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑚𝑏𝑟𝑎𝑛𝑎 × 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑒𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
* Substâncias hidrossolúveis.
𝐸𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑚𝑏𝑟𝑎𝑛𝑎 * Sofre mudança conformacional = se movimenta na membrana.
* Carreadora não vai estar nunca ao mesmo tempo levando
* Quanto maior a espessura, menor vai ser a comunicação para os dois meios = ou vai estar voltada para a
taxa de difusão. face externa ou para face interna.
* Quanto maior o gradiente, mais fácil da difusão * Característica das carreadora = especificidade / seletividade,
ocorrer. competição e saturação.
* Quanto maior a área, maior a taxa de difusão. Obs.: competição = a carreadora precisa estar presente e
* Ex.: Hematose = é muito eficiente porque tem disponível.
muita área de troca pra fazer. GLUT:
* Proteína carreadora da glicose e frutose (GLUTS).
DIFUSÃO IÔNICA * Sempre que for GLUT é passivo.
* A glicose pode passar pela membrana por transporte ativo.
* Difusão de eletrólitos. * GLUT 4 transporta glicose e galactose na célula muscular
* íons sempre precisarão de ajuda para atravessarem a esquelética.
membrana porque ela tem carga elétrica. * Sem GLUT não há transporte.
* Auxílio da proteína canal (transmembranar) = permite que íons
atravessem a membrana de forma passiva.
Obs.: Canal não é carreadora.
* A proteína canal tem uma relação específica com íons,
mas não é exclusiva.
Bomba de sódio e potássio:
* Sódio transportado para fora = 3 cargas
CASO CLÍNICO: Diabete * Potássio transportado para dentro = 2 cargas.
* A glicose precisa entrar nas células de reserva para não * O sódio e potássio estão sendo transportados contra seus
haver hiperglicemia por tempo prolongado. gradientes (só pode ser ativo).
* Insulina = hormônio hidrossolúvel. Reconhecida por um * É primário porque a carreadora tem função de ATPase e
receptor na membrana -> transdução de sinal -> mandar a porque todos os gradientes são transportados contra o
célula inserir mais GLUT 4 na membrana (GLUT 4 fica gradiente.
armazenada nas vesículas de Golgi). ATIVO SECUNDÁRIO
* Diabete tipo 1 = Não produz insulina. Não vai avisar para
* Contra o gradiente eletroquímico.
a célula que ela precisa colocar mais GLUT 4 na membrana
* Gasto indireto de ATP.
plasmática.
* Depende de um primário.
* Diabete tipo 2 = erro no reconhecimento ou na
* Carreadora não tem função de ATPase = não faz hidrólise do
transdução de sinal. Tem insulina, mas o receptor não
ATP.
funciona, criando uma resistência à insulina resulta, não
* Todo transporte ativo secundário vai ter um elemento a favor
avisando que vai ter que colocar GLUT 4 em maior
do gradiente e outro contra o gradiente.
quantidade na membrana.
* O a favor permite o transporte do contra devido a energia
Obs.: Canais vazantes = porta sempre aberta ou
potencial.
entreaberta.
* Todo secundário depende do primário.
OSMOSE Glicose e sódio:
* Passagem de água através da membrana. * A célula epitelial do túbulo proximal vai colocar pra dentro
* Vai do meio mais concentrado pro menos concentrado. glicose e sódio.
* A favor do gradiente da água. * A glicose é transportada pela proteína SGLT.
* A água atravessa a membrana através dos fosfolipídios, * É secundário porque não a proteína não gasta ATP
das aquaporinas ou poros de água, canais iônicos. diretamente.
* O sódio que entra na célula é a favor do gradiente (não é
TRANSPORTE ATIVO passivo porque a glicose está sendo transportada contra seu
* Há gasto de energia metabólica, logo há hidrólise do ATP. gradiente).
* Força movente do transporte ativo = ATP. * A glicose estava no túbulo renal e agora está entrando na
* Ocorre contra o gradiente eletroquímico (contra o célula tubular, essa entrada é contra o gradiente porque tem
gradiente e não contra a existência dele). mais glicose dentro dessa célula do que fora.
* Ocorre contra o fluxo que é a favor do gradiente = * Glicose contra o gradiente e sódio a favor do gradiente.
reestabelece e restaura o gradiente. * A bomba de sódio e potássio enche a célula de sódio,
* Nunca iguala os meios. fornecendo gradiente a favor para esse sódio ser transportado
* Toda bomba é ativo = elas trabalham reestabelecendo, para dentro.
restaurando e mantendo o gradiente. * A bomba de sódio e potássio tem função de ATPase.
* A hidrólise do ATP pode ser de forma direta ou indireta. Célula muscular cardíaca:
* Sódio a favor do gradiente e cálcio contra o gradiente.
ATIVO PRIMÁRIO
* Bomba gerando gradiente = diferença de concentração de
* Contra o gradiente eletroquímico = todos os elementos sódio do meio extracelular para o meio intracelular.
são transportados contra o gradiente. * Sódio sendo transportado a favor do seu gradiente, permitindo
* Hidrólise = gasto direto do ATP. o cálcio ser transportado contra o gradiente.
* Carreadora com função de ATPase.
* A proteína não é só transportadora, também tem CASO CLÍNICO
função enzimática = hidrolisa o ATP e transporta.
* Todo transporte ativo primário é conhecido como bomba GLICOSÚRIA
= para fazer a mudança de conformação e conseguir * Pode ser causado por outras coisas além da diabetes, como
transportar os elementos. A bomba precisa hidrolisar o problemas na SGLT ou medicamentos para diabetes que a glicose
ATP, precisando ter disponibilidade de ATP e de se ligar ao sai na urina e não vai para corrente sanguínea.
íons que ela transporta. * A glicose deve ser reabsorvida para voltar para o sangue.
* Bomba de sódio e potássio, bomba de cálcio, bomba de * Quando tem muita glicose as carreadoras saturam a glicose na
hidrogênio e potássio. urina.
PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
* Tem dificuldade de fazer ejeção/contração ventricular.
* Diversas causas = hipertensão (com a pressão arterial
elevada, o ventrículo precisa de mais força para bombear
o sangue).
* Devido a essa maior força contrátil do ventrículo, sua
parede cardíaca aumenta de espessura = hipertrofia.
* Inicialmente isso é bom, mas aos poucos esse processo,
além de aumentar a célula cardíaca, também provoca a
síntese elevada de colágeno que, na parede cardíaca,
prejudica o funcionamento cardíaco = insuficiência
cardíaca.
* Para que a contração cardíaca desse indivíduo melhore,
é preciso usar o fármaco digoxina, que bloqueia a bomba
de sódio e potássio.
* É um fármaco de índice terapêutico muito baixo, a dose
que salva é muito próxima a dose letal.
* O transporte de cálcio depende do de sódio, sendo
assim, se inibe a bomba de sódio e potássio,
consequentemente o gradiente de sódio diminuirá e não
sairá cálcio da célula (codependência).
* Cálcio dentro da célula = maior força contrátil.
Obs.: Qualquer interferência no transporte ativo primário
irá afetar o transporte ativo secundário.
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Aula 4

Bioeletrogênese
* Transportes transmembranares interferem diretamente na * Para gerar potencial de ação precisa ser específico, ter
atividade da célula e na homeostase dessa célula e do organismo. critérios, ser regulado.
* Esse processo garante que a gente tenha fluxo de soluto * Classificação quanto à natureza = físico (mecânico, elétrico) ou
através da membrana e muitas vezes esses solutos são químico (fármaco, hormônio, neurotransmissor).
portadores de cargas elétricas. * Classificação quanto à intensidade = subliminar (não gera
* Essa passagem de íons pela membrana gera e mantém uma potencial de ação), liminar ou limiar (gera potencial de ação) ou
característica biofísica da membrana que é fundamental para supraliminar (gera potencial de ação – maior frequência).
sobrevivência dessa célula = potencial de membrana.
LIMIAR DE EXCITABILIDADE OU POTENCIAL LIMIAR
POTENCIAL DE MEMBRANA * É o valor de potencial de membrana que deve ser atingido
* É a distribuição diferenciada de cargas elétricas na para que ocorra potencial de ação.
membrana. * É o gatilho para desencadear o processo.
* A membrana possui ddp (diferença de potencial). * Lei do tudo ou nada = relaciona a intensidade com a chegada
* Existe na membrana dois polos = negativo (face voltada para ao limiar.
o meio intracelular) e positivo (face voltada pro meio
extracelular).
* Cargas concentradas nas margens.
* Os meios são eletroneutros = número de cátions e ânions
proporcionais.
FATORES QUE FAVORECEM O POTENCIAL DE
MEMBRANA
* Canais iônicos vazantes de potássio = efluxo de cargas
positivas, deixam o meio extracelular mais positivo.
* Canais vazantes de cloro = influxo de cargas negativas,
deixam o meio extracelular mais negativo. * A curva do potencial de ação não terá alteração na sua
* Bomba de sódio e potássio = geram ddp, saem mais cargas resposta, independente do estímulo ser limiar ou supraliminar, a
positivas do que entram (eletrogênica). amplitude da onda será a mesma que irá mudar será a
* Proteínas plasmáticas de alto peso molecular carregadas frequência.
negativamente = margeiam a face interna. FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO E SUAS BASES
Obs.: Muita permeabilidade ao potássio, IÔNICAS
pouca ao cloro e quase nenhuma
permeabilidade ao sódio. 1. REPOUSO:
* Apesar da polaridade e do potencial de membrana * Condições basais = ddp constante por volta de -70mv e
garantirem a homeostase algumas células invertem essa face interna negativa, face externa positiva (polarizada).
polaridade, chamadas de células excitáveis (neurônios e células * Recebe muitos estímulos simultâneos que são somados e
musculares). É onde vai ocorrer o potencial de ação, ou seja, geram uma resultante.
são capazes de sofrer variações rápidas de ddp. * Canais vazantes de cloro e potássio.
Obs.: células musculares = lisa, cardíaca – 2. DESPOLARIZAÇÃO:
células no nó sinoatrial - (autoexcitável) e * Resultante atinge o limiar de excitabilidade = estímulo
esquelética. elétrico.
* Abertura dos canais de sódio dependentes de voltagem
POTENCIAL DE AÇÃO (inversão da polaridade).
* Variação rápida de ddp na membrana plasmática. 3. REPOLARIZAÇÃO:
* Para ocorrer precisa de um estímulo que traz para a célula * Canais de sódio inativam = fluxo de sódio interrompido.
informações, sinais. * Abertura dos canais de potássio = efluxo de potássio =
repolarização.
ESTÍMULO
4. HIPERPOLARIZAÇÃO: * BENZODIAZEPÍNICO = age nos canais de cloro, que é um canal
* Canais de potássio são lentos, demoram a abrir e fechar, ou controlado por um neurotransmissor (GABA – inibitório).
seja, após a polarização ainda há efluxo de cargas positivas. * GABA = abre os canais de cloro (é considerado inibitório por
* Os canais e a bomba (e os canais vazantes) reestabelecem a hiperpolarizar a face).
polaridade (repouso). * O benzodiazepínico potencializa a ação do GABA.
Obs.: Os canais iônicos que participam das * Uma droga com efeito contrário seria capaz de abrir os canais
fases do potencial de ação são sempre de sódio ou os canais de cálcio, despolarizando a membrana.
dependentes de voltagem. EPILEPSIA/GABA
CANAIL DE SÓDIO DEPENDENTE DE VOLTAGEM * Paciente com epilepsia apresenta crises convulsivas.
* Possuem duas portas = uma de ativação e uma de inativação, * Foco epilético = conjunto de neurônios que têm potenciais de
e estão respectivamente voltadas para os meios extracelular e ação de forma exagerada e sem controle.
intracelular. * Tratamento = evitar que o foco epilético dispare potenciais de
ação.
* GABA = neurotransmissor inibitório do sistema nervoso com
muita ação no encéfalo, que age no receptor nos canais de cloro
* Abertura dos canais de cloro = Hiperpolarização = célula mais
distante do limiar de excitabilidade.
* Fármaco = benzodiazepínicos = potencializam a ação do GABA.
Obs.: canais de cloro = canais que dependem
de ligantes (GABA).
DIAZEPAN (BENZODIAZEPÍNICO)
* Canal fechado = célula em repouso. * Usado para crises tônico-clônicas, pois tem as 5 propriedades
* Canal aberto = despolarização. benzodiazepínicas intensamente: sedativo, hipnótico,
* Canal inativado = repolarização. miorrelaxante, anticonvulsivante e pré-anestésico.
Obs.: Canal inativado = só retoma ao estado Obs.: Não é interessante usar um fármaco que
fechado quando a ddp assume valores de potencializa a abertura dos canais de sódio,
repouso. pois isso causaria despolarização da
* ESTÍMULO ABRE CANAL FECHADO, MAS NÃO membrana, causando o potencial de ação que
ABRE CANAL DESATIVADO!!!! prejudica o paciente. O interessante é bloquear
os canais de sódio com fármacos
PERÍODO REFRATÁRIO anticonvulsivantes.
* Estímulos continuam chegando na célula neuronal quando ela já
está realizando potencial de ação. ANESTESIA LOCAL
* É esse intervalo de tempo que a membrana já está fazendo * Bloqueia os canais de sódio dependentes de voltagem.
potencial de ação. * Por mais que esteja havendo estímulo mecânico, não haverá
potencial de ação.
ABSOLUTO
* Não importa a intensidade do estímulo, ela não vai realizar um ESCLEROSE MÚLTIPLA
novo potencial de ação. * Doença autoimune onde o indivíduo produz anticorpos que
* Despolarização e repolarização (canais de sódio inativados). reconhece a mielina como corpo estranho.
* É degenerativa.
RELATIVO * Há um comprometimento motor, pois muitos neurônios dessa
* Canais de sódio voltam a seus estados fechados via de controle motor (movimento, força, equilíbrio) são
(Hiperpolarização). mielinizadas.
* Pode haver novo potencial de ação. * A bainha de mielina é fundamental para garantir a
* Estímulo tem que ser supraliminar (valores mais negativos que funcionalidade desses neurônios (maior condução do impulso
a ddp de repouso). nervoso).
EXEMPLO CLÍNICO
* Medicamento que dificulta o neurônio de realizar potencial de
ação.
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Aula 5

Potencial de ação
* Se inicia em uma região que é rica em canais de sódio * Diâmetro axonal = quanto maior o diâmetro, menor a
dependentes de voltagem, que é um região de baixa resistência resistência e maior a velocidade de condução.
elétrica, no início do axônio dos neurônios. * Bainha de mielina.
* Potencial de ação é um evento da MEMBRANA.  Condução saltatória do potencial de ação = aumenta a
velocidade de condução.
 Formada pelas células de schawann (SNP) e por
oligodentócitos (SNC) / células da glia.
 Rica em lipídeos = isolante térmico = contidos na
células da glia.
 Não é uma camada contínua = interrupções: nó ou
nodo de ranvier.

NÓ OU NODO RANVIER:
* A propagação do impulso acontece aqui.
* Retroalimentam a corrente com cargas positivas, impedindo
* Os estímulos estão chegando na membrana do corpo celular. que a corrente perca força devido aos escapes.
* Esses estímulos podem ser inibitórios ou excitatórios. * Única região que precisa despolarizar/repolarizar.
* Eles caminham para o cone de implantação onde se inicia o CONDUÇÃO SALTATÓRIA:
potencial de ação. * É mais rápida que a condução contínua.
* O que chega nesse cone é a soma (resultante) da propagação * Os neurônios amielínicos tem todo um maquinário em toda a
dos estímulos. membrana para realizar potencial de ação (canais dependentes
de voltagem).
POTENCIAL GRADUADO * Esse maquinário NÃO EXISTE nos neurônios mielínicos.
* São perturbações da membrana plasmática, ou seja,
NEURÔNIOS MIELÍNICOS – ESCLEROSE MÚLTIPLA
variações de ddp que acontecem na membrana do corpo
celular. * Autoimune -> destruição da bainha de mielina.
* São decrementais, ou seja, perdem a força conforme a * Impulso perde força por conta do vazamento decorrente.
propagação. * O axônio não tem o maquinário necessário para impedi-lo.
* São sublimiares, mas, se somados, podem gerar um estímulo * O potencial não é graduado, mas fica decremental.
limiar no cone de implantação. * Caso não existissem as interrupções, ou seja, se a mielina
revestisse todo axônio, o potencial de ação iria perder a força,
POTENCIAL DE AÇÃO configurando um potencial graduado e não teria nós para
* É quando os potenciais graduados são somados e atingem o realimentar a corrente.
limiar de excitabilidade.
* Não são decrementais.
* Sempre terão a mesma amplitude.
SOMAÇÃO TEMPORAL: Chegam estímulos em
sequência no mesmo ponto da membrana.
SOMAÇÃO ESPACIAL: Estímulos chegam em
vários pontos da membrana.
Obs.: Essa propagação não vai ter
velocidade igual em todos os neurônios,
existem fatores que determinam essa
propagação.
FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE
CONDUÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO
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Aula 6

Sinapse
* Transmissão de informação de uma célula excitável para outra * CÁLCIO + CITOESQUELETO = empurram as vesículas em
célula que pode ou não ser excitável. direção a membrana para colabarem com ela.
 Neurônio -> neurônio. * Vesículas com mediador colabam com a membrana -> SNARES
 Neurônio -> muscular. proteínas de ancoramento.
 Neurônio -> glândula (não é excitável). * Liberação do mediador químico na fenda.
 Muscular -> muscular. * Reconhecimento do mediador pela célula pós sináptica
Obs.: Caso a informação não parta de uma (receptores específicos ne membrana).
célula excitável não é sinapse. * Resposta da célula pós sináptica.
* Remoção do mediador químico da fenda.
CLASSIFICAÇÃO DAS SINAPSES DE ACORDO COM A
NATUREZA DE SINAL TIPOS DE REMOÇÃO

* Sinal = informação. * Captação = volta para a célula pré-sináptica.


* Destruição = enzimas (degradam).
* Difusão = movimentação.
DESSENSIBILIZAÇÃO
* Paciente com asma usa o fenoterol (agonista beta 2).
* Vai estimular β2, que tem uma característica de sofrer
dessensibilização ao estímulo constante.
* Se houve uma uso prolongado, irá ter que sempre aumentar a
dose para produzir o mesmo efeito.
Obs.: Muitos fármacos agem na modulação da
sinapse, seja potencializando, seja impedindo. SINAPSE NEUROMUSCULAR
Pode impedir a liberação do mediador ou * Célula pré-sináptica = neurônio motor.
bloquear a estrutura que faz seu * Célula pós- sináptica = célula muscular esquelética.
reconhecimento. * Mediador químico = acetilcolina (colinérgico) -> produzido por
neurônio: neurotransmissor.
ELÉTRICA * Receptor = nicotínico.
* Transmissão de sinal elétrico. * Resposta = contração.
* Exemplo = entre células cardíacas (nó sinoatrial). * Remoção do mediador da fenda = enzimática ->
* Presença da junção GAP ou comunicante. ACETILCOLINESTERASE (hidrólise).
* Estão em contato direto. Obs.: Nem todos mediadores químicos
* Rápida. liberados são reconhecidos. Além disso, após a
QUÍMICA sinapse, a retirada dos mediadores químicos é
uma forma de controle, que pode ser feita pela
* Transmissão de sinal químico (mediador). degradação dos mediadores dentro da célula
* Exemplo = entre neurônios e células musculares. pré-sináptica.
* Presença da fenda sináptica.
* Necessidade de receptor e reconhecimento. CASO CLÍNICO
* Lenta = sinapse em etapas.
ANESTÉSICO COM BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR
FASES GERAIS DA SINAPSE QUÍMICA
* Impede a despolarização da membrana.
* Potencial de ação -> despolarização -> influxo de sódio = * Bloqueio dos receptores nicotínicos impedindo que a acetilcolina
abertura dos canais de sódio. se ligue = antagonista colinérgico.
* Abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem na
membrana pré-sináptica -> influxo de cálcio.
* Influxo de cálcio -> aumenta a concentração de cálcio dentro
da célula pré-sináptica.
BOTOX / TOXINA BUTOLÍNICA MIASTENIA GRAVE
* Tem afinidade pelas snares dos neurônios * Doença autoimune que reconhece receptores nicotínicos como
* Impedem a liberação de acetilcolina na fenda sináptica = corpos estranhos.
inibição da ação das SNARES (proteínas de ancoramento). * O paciente tem dificuldade de realizar contrações.
* Sem acetilcolina não há contração muscular. * Aplicação de fármacos que façam a acetilcolina não se
* O botox é duradouro porque é uma aplicação de depósito com degradar = que bloqueie reversivelmente a enzima
ação controlada. acetilcolinerase.
* Pode haver dessensibilização por um período prolongado de * O bloqueio irreversível da acetilcolina é incompatível com a vida,
uso. como o organofosflorato, que pode causar parada cardíaca, pois
a acetilcolina inibe a contração muscular do coração, pode gerar
HIPERHIDROSE / TOXINA BUTOLÍNICA convulsões, a pessoas não vai poder expirar.
* Impede a contração das glândulas devido ao impedimento da
liberação da acetilcolina.
Aula 7

Transmissão sináptica
ACETILCOLINA GÁS SARIN
* Armazenadas em vesículas sinápticas. * Gás usado em terrorismo = gases neurotóxicos = lipossolúveis
* Síntese = no neurônio (citoplasma) colinérgico. (ação sistêmica).
* Degradação = na fenda sináptica. * Inibe de forma irreversível a acetilcolonesterase = se essa
* Receptores da acetilcolina: enzima for bloqueada, a acetilcolina permanece da fenda
 Nicotínico = Nm (músculo) e Nn (neurônio) -> proteína gerando todos os seus efeitos.
canal / ionotrópico / canal de sódio e potássio. * Na célula muscular esquelética haverá contrações, também
 Muscarínico = M1, M2, M3, M4, M5 -> transmissão haverá convulsões no SNC e no musculo cardíaco a acetilcolina
de sinal / metabotrópico. inibe a contração, causando parada cardíaca.
RECEPTOR IONOTRÓPICO: ANTICOLINESTERÁSICOS
* Quando ele é uma proteína canal.
* É antagonista, bloqueia a enzima que degrada a acetilcolina
RECEPTOR METABOTRÓPICO:
(acetilcolinesterase).
* Está acoplado a sistemas de transdução de sinal. * Agonista indireto da acetilcolina.
* Não é o mediador que age diretamente no local. * Exemplo = miastemia grave.
* A abertura de canais iônicos pode fazer parte da
RESPOSTA. ANTICOLINÉRGICOS
CURARE (BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR) * Atua no receptor da acetilcolina se ligando ao seu sítio ativo e
o bloqueando.
* Índios conseguem extrair de plantas específicas uma * Impede as ações da acetilcolina.
substância que eles colocam na ponta das lanças/flechas. * Antagonista colinérgico competitivo.
* Essas substâncias impedem o animal de correr. * Exemplo = curare.
* Sem contração muscular esquelética, o diafragma fica sem
contrair. AGONISTA
* Não acontece respiração. * Se liga ao receptor e o ativa como o medicador endógeno faz.
* É um bloqueador do receptor da acetilcolina = ocupa o sítio * Exemplo = fenoterol.
ativo. * Fenoterol = agonista ao β2 nos bronquíolos.
CASOS CLÍNICOS ANTAGONISTA
VENTILAÇÃO ARTIFICIAL * Ocupa o receptor sem ativá-lo, impedindo que o mediador
endógeno atue.
* Para procedimento cirúrgicos de longa duração é preciso * Exemplo = propranolol.
relaxar os músculos.
* É dado, junto com a anestesia, um bloqueador de informações POSSÍVEIS RESPOSTAS AOS ESTÍMULOS
entre neurônio e músculos. * Excitável
* A ventilação é controlada pelas máquinas. * Inibitória.
POTENCIAL PÓS SINÁPTICO EXCITATÓRIO * Canais de cloro.
* Despolarização da membrana pós sináptica. CASO CLÍNICO
 Influxo de sódio e influxo de cálcio.
* Exemplo de mediador excitatório = GLUTAMATO (sempre será COMO EVITAR UMA CRISE DE EPILEPSIA
excitatório). * Usar fármacos que bloqueiam canais de cálcio.
* Receptores do glutamato:  Evita a despolarização.
 AMPA = proteína canal de sódio e potássio (não é o  Tem atividade anticonvulsivante.
nicotínico) -> condutância maior ao sódio.  Ácido valproico (valproato).
 NMDA = proteína canal de sódio, potássio e cálcio -> * Usar fármacos que bloqueiam canais de sódio.
bloqueio com magnésio -> depende do AMPA para ser  Evita a despolarização da membrana.
retirado.  Tem atividade anticonvulsivante.
 RECEPTORES METABOTRÓPICOS DO GLUTAMATO.  Carbamazepina e fenitoína.
Obs.: Glutamato participa da memória a longo * Não usar fármacos que bloqueiem canais de cloro.
prazo.  Iria inibir a inibição e facilitar a despolarização.
CATECOLAMINAS * Usar fármacos que potencializem a atuação gabaérgica.
 Iria potencializar a via inibitória.
* Dopamina, noradrenalina, adrenalina = mediador.  Benzodiazepínicos e fenobarbital (barbitúricos).
* Síntese:
TOXINA TETÂNICA
* Impede a liberação da glicina = não tem a inibição de um
neurotransmissor inibitório.
* Glicina:
 Inibitória.
 Promove uma Hiperpolarização no neurônio colinérgico.
 Impede que a acetilcolina seja liberada.
 O impedimento da liberação de glicina faz com que o
neurônio colinérgico continue liberando acetilcolina,
resultando na hipercontração.

POTENCIAL PÓS-SINÁPTICO INIBITÓRIO


* Hiperpolarização da membrana.
 Influxo de cloro.
 Efluxo de potássio
GABA
* Ácido gama amino butílico.
* Mediador inibitório, fundamental na região do encéfalo.
 Receptores gabaérgicos.
* GABA a = canal de cloro -> ionotrópico.
* GABA b = causa abertura dos canais de potássio ->
metabotrópico.
GLICINA
* Mediador químico, age no tronco encefálico e na medula
espinhal.
 Receptores glicinérgicos.
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
AULA 8

Contração Muscular
MÚSCULO: * Troponina I = colabora com a função inibitória exercida pela
 LISO = Filamentos desorganizados -> não tem estrias, tropomiosina / ajuda a bloquear o sítio de ligação de actina e
mas tem proteínas contráteis -> involuntário. miosina / inibe a contração.
 ESTRIADO = esquelético e cardíaco -> filamentos finos * Troponina C = subunidade que se liga ao cálcio, essa ligação
e espessos formando o sarcômero. ocorre para haver a contração muscular.
FILAMENTOS FORMADOS POR PROTEÍNAS RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO
* Tem função de armazenar e liberar cálcio.
FILAMENTOS ESPESSOS
TÚBULOS TRANSVERSOS
Miosina
* Alto peso molecular. * São invaginações na membrana plasmática.
* Conduzem / propagam a despolarização para o interior da
célula.
* Essa despolarização no interior da célula faz com que o
retículo sarcoplasmático libere cálcio através da liberação das
vesículas.
CONTRAÇÃO DA CÉLULA MUSCULAR ESQUELÉTICA
Obs.: CABEÇA DA MIOSINA = atividade de ATPASE * Sistema Nervoso Somático.
(hidrolisa o ATP) e sítio de ligação com actina. * Despolarização da membrana da célula muscular.
* Se liga à actina formando PONTES CRUZADAS -> contração. * Acetilcolina -> canal nicotínico -> influxo de sódio.
* Possui uma cauda e uma cabeça. * Túbulos transversos conduzem a polarização para dentro da
célula.
FILAMENTOS FINOS
* Despolarização do retículo sarcoplasmático (membrana).
Actina:  A concentração de cálcio no retículo é muito maior.
 Para esse cálcio voltar, é necessária a bomba de cálcio.
* Aumento na concentração de cálcio citoplasmática.
* Cálcio se liga à tropanina C (subunidade C) que sofre mudança
conformacional, afastando a tropomiosina do local de bloqueio.
* Os sítios de ligação entre actina e miosina ficam livres.
* Actina se liga a miosina formando pontes cruzadas.
* CONTRAÇÃO.
Relaxamento = o cálcio é recaptado para o retículo
sarcoplasmático -> através da bomba de cálcio (transporte ativo
primário).
* Actinas globulares se filamentam (colar de pérolas) e se
Obs.: ATP é necessário tanto na contração quanto
entrelaçam.
no relaxamento.
* Existe também um sítio de ligação para miosina.
 Tropomiosina: FOSFOCREATINA
* Bloqueia / inibe o sítio de ligação entre a actina e a miosina.
* Creatina fosforilada que armazena ATP no músculo
* Quando ela está ligada, o músculo está em repouso.
esquelético.
 Troponina:
* É necessário bastante ATP na célula para desfazer/refazer
* Possui 3 partes = trímero. as pontes cruzadas entre a actina e miosina.
* Cada parte tem uma função específica na contração * Por isso que existe o RIGOR MORTIS = rigidez após a
muscular. morte ou rigidez cadavérica.
* É estrutural e funcional. * É a falta de ATP para desfazer as pontes cruzadas.
* Troponina T = liga-se a tropomiosina.
* Não acontece imediatamente após a morte porque a
célula tem estoque de ATP.
* Depois é desfeito porque as proteínas contráteis também se * Haverá ativação das quinases das cadeias leves da miosina, que
degeneram. estão na cabeça da miosina.
 As quinases têm função de fosforilação de
CONTRAÇÃO DA CÉLULA MUSCULAR CARDÍACA
proteínas, adicionando grupamentos fosfato.
* Sistema nervoso autônomo. * A miosina fica fosforilada = atividade muito maior.
* Mediadores químicos = noradrenalina, adrenalina e dopamina  Afinidade com a actina muito maior.
(não geram contração, apenas estimulam – MODULADORES). * Muitas miosinas ligadas a muitas actinas.
* Estímulo. * Maior tônus na célula muscular lisa = contração.
* Aumento da concentração citoplasmática de cálcio –
contração. RELAXAMENTO
 1ª ONDA : Influxo de cálcio através da membrana * Menor tônus já existente.
plasmática (canais) – extracelular. * Deve ocorrer a diminuição de cálcio (concentração) no
 2ª ONDA : Liberação de cálcio a partir do retículo – citoplasma.
intracelular (acontece após o influxo de cálcio -> cálcio * Diminuição da formação do complexo cálcio-calmodulina.
liberando mais cálcio). * As quinases são serão ativadas porque elas dependem do
* Diminuição na concentração citoplasmática de cálcio – complexo cálcio-calmodulina.
relaxamento. * Prevalece as fosfatases das cadeias leves = desfosforilam,
 A célula quando contrai imediatamente tem que relaxar. tiram o ligamento fosfato.
Logo depois da sístole vem a diástole. * Miosina desfosforilada.
 A célula apresenta alguns mecanismos que realizam * Poucas miosinas ligadas a actina.
essa função com eficiência e agilidade. * Menor tônus = relaxamento.
 Para fora da célula ou para dentro do retículo EFEITO DE MEDIADORES NAS CÉLULAS LISAS
sarcoplasmático.
* Bomba de cálcio na membrana plasmática e na membrana do * Vasos sanguíneos = receptores α1, mediador noradrenalina /
retículo sarcoplasmático. adrenalina, resposta: vasoconstrição (contração).
Obs.: DIGOXINA = inibe / bloqueia a bomba de NORADRENALINA:
sódio e potássio. A força contrátil da célula * Numa célula muscular lisa que tiver β2, vai promover
relaxamento.
cardíaca está diretamente ligada aos níveis de
cálcio, sendo assim, podemos tratar de uma HISTAMINA:
insuficiência cardíaca. * Relaxa a musculatura lisa vascular (vasodilatação).
* Contrai a musculatura lisa dos bronquíolos (vasoconstrição).
 Menor gradiente de sódio, menor a saída de
cálcio, o que aumenta a concentração de SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE O MÚSCULO
cálcio no citoplasma, aumentando a CARDÍACO E ESQUELÉTICO
concentração.
SEMELHANÇAS
CONTRAÇÃO DA CÉLULA MUSCULAR LISA
* São estriados = têm filamentos finos e espessos organizados
* Sistema nervoso autônomo. formando sarcômero.
* Para a célula realizar contração, ela não precisa de um * São inervados por neurônios = dão sinais químicos.
estímulo despolarizante (não sofre necessariamente um
potencial de ação). DIFERENÇAS
* Para se contrair, ela precisa aumentar a concentração de * O esquelético é somático / voluntário, enquanto o cardíaco é
cálcio no citoplasma. autônomo / involuntário.
* Essa contração vai depender de mediadores que podem ter * O mediador do esquelético é a acetilcolina, enquanto no
efeito dual, dependendo do receptor. cardíaco a acetilcolina é inibidor, recebendo estímulo elétrico (nó
* Em algumas células lisas o mesmo mediador pode provocar sinoatrial), sinal químico apenas como modulador e não como
contração ou relaxamento, só depende do receptor. gerador.
* Aumento da concentração de cálcio no citoplasma = aumento
do tônus já existente.
 Não necessariamente tem que haver despolarização,
só é preciso que o mediador estimule a célula a liberar
cálcio de reserva.
* O cálcio vai se ligar a proteína calmodulina (enzima), formando
cálcio-calmodulina.
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
AULA 9

Sistema Nervoso Autônomo


DIVIDÃO DO SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
* Via periférica, faz parte do sistema nervoso central e tem
CENTRAL comandos centrais.
* Encéfalo. * É bineuronal.
* Medula espinhal. * Vias simpáticas emergem da medula torácica e medula lombar.
* 1º neurônio está muito próximo a região central -> axônio
PERIFÉRICO
curto.
* Somático: * 2º neurônio vai desenvolver axônio longo, pois seu corpo está
 Voluntário. distante dos alvos.
 Alvo = músculo esquelético -> receptor nicotínico. * Gânglio simpático = está mais próximo do 1º neurônio do que do
*Autônomo: alvo.
 Autonômico / neurovegetativo. POSSUI DUAS EXCREÇÕES:
 Involuntário. * Medula da glândula suprarrenal = região central da glândula.
 Alvos = músculo liso, músculo cardíaco, glândulas  Secreta hormônio na corrente adrenalina = 85%
endócrinas (corrente sanguínea) e glândulas exócrinas noradrenalina e 15% noradrenalina.
(interior das cavidades).  Se comporta como um gânglio simpático, mas não é!
* Glândula sudorípara.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
 Toxina botulínica = impede que a exocitose das
vesículas nas proteínas de ancoramento SNARES,
impedindo a liberação de acetilcolina.
MECANISMO DE AÇÃO – VIAS DE TRANSDUÇÃO DE
SINAL

VIA DE ADENILATO = ATIVAÇÃO


* Via de proteína G = G5.
* B1 e B2 = receptores.
* Enquanto não começa a via de ativação, a proteína G tem sua
subunidade ligada ao GDP.
* Receptor reconhece o mediador químico e sofre ativação =
primeiro mensageiro.
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO * A proteína G5 sofre ativação = a subunidade α se desliga do
* Via periférica = faz parte do sistema nervoso central, tem GDP e se liga ao GTP (GTP -> MUITA ENERGIA).
comandos centrais. * A subunidade α ligada ao GTP se dissocia de γ e β.
* Via bineuronal. * O complexo α-GTP vai para a membrana plasmática e ativa a
* O corpo celular do 1º neurônio vai estar no tronco encefálico enzima adenilatociclase.
ou na medula sacral, de onde as vias parassimpáticas vão * A adenilatociclase transforma ATP em AMP cíclico = regulação
emergir. autócrina.
* O 2º neurônio vai estar próximo ao órgão efetor / tecido alvo.  2º mensageiro.
 Está distante do 1º, logo o 1º se desenvolve para * AMP cíclico ativa proteínas quinases.
alcançar o 2º.  Dependentes do AMP cíclico -> quinases A.
* Gânglios = região formada por corpos de neurônios, próxima a * As proteínas quinases fosforilam outras proteínas.
de sinapse entre o 1º e 2º neurônio. * As proteínas fosforiladas gerarão respostas.
 Os parassimpáticos estão distantes do sistema
nervoso central e próximos ao órgão efetor ou órgão
alvo.
OBS.: Noradrenalina -> β1: aumenta a VIA SIMPÁTICA – EFEITO NORADRENÉRGICO
concentração de cálcio citoplasmático. β2:
diminui a concentração de cálcio BRONQUÍOLOS – MUSC LISO
citoplasmática. * Receptor: β2 -> AMPc
VIA DE INATIVAÇÃO DA ADENILATO CICLASE * Resposta: Broncodilatação.
* É uma proteína G (trimérica), chamada de Gi (inibitória). ARTERÍOLAS – MÚSC LISO
* Receptores serão α2, M2 e M4. * Receptor: α1 -> fosfolipase C.
 M2 = Hiperpolarização no coração, gás sarin ou  Aumento da concentração de cálcio.
agonista colinérgico. * Resposta: Vasoconstrição.
* Subunidade α da proteína G ligada ao GDP.
* Receptor reconhece o mediador químico e sofre ativação. CORAÇÃO – MÚSC CARDÍACO
* Ativação da proteína Gi -> subunidade α se desliga do GDP e se * Receptor: β1 -> AMPc
liga ao GTP.  Aumento da concentração de cálcio.
* Subunidade α ligada ao GTP se dissocia de γ e β. * Resposta: Aumento da frequência cardíaca e da força
* O complexo α-GTP inativa a adenilato ciclase = diminui AMPc. contrátil.
OBS.: As proteínas Gs e Gi são proteínas
isofórmicas, são muito parecidas, mas não são PUPILA – MÚSC LISO
iguais. * Receptor: α1 -> aumento da concentração de cálcio ->
fosfolipase C.
VIA DA FOSFOLIPASE C * Resposta: MIDRÍASE.
* É uma via da proteína G (trimérica), chamada Gq.  Dilatação da pupila.
* Os receptores são α1, M1, M3, M5.  Contração do músculo radial.
* Subunidade α da proteína G ligada ao GDP.
* Receptor reconhece o mediador químico e sofre ativação. TRATO GASTROINTESTINAL
* Proteína Gq se ativa e se desliga do GDP ligando-se ao GTP. * Receptor:
* A subunidade α ligada ao GTP se desprende de gama e beta.  Parede muscular lisa = α1 e β2 = relaxamento.
* O complexo α-GTP irá ativar a enzima FOSFOLIPASE C  Esfíncter = α1 = contração.
(degrada o fosfolipídio). * Resposta: Diminui a motilidade e secreções.
* A fosfolipase C degrada o fosfolipídio da membrana e forma o  Não inibe a secreção de saliva, mas ela fica mais
diacilglicerol (DAG) e IP3. espessa.
* DAG ativa proteínas quinases que fosforilam outras proteínas.
* IP3 libera cálcio das reservas internas. BEXIGA
* O cálcio também ativam quinases. * Receptor:
* Quinases fosforilam proteínas.  Parede do músculo liso = β2 e um pouco de α1 =
* Resposta. relaxamento.
OBS.: Qualquer intercorrência em qualquer  Esfíncter = α1 = contração.
dessas vias interferem nas respostas das
CÉLULAS JUSTAGLOMERULARES
mesmas.
* Receptor: β1.
PRÁTICA -> ATIVAÇÃO DA ADENILATO CICLASE * Resposta: Aumento da produção de renina.
* β1 ativado = aumento da atividade do coração.
VIA PARASSIMPÁTICA – EFEITO COLINÉRGICO
 Mediadores = noradrenalina e adrenalina.
* Cascata de reações = adrenalina ativa o receptor β1 cardíaco BRONQUÍOLOS – MUSC LISO
-> mudança conformacional -> ativação da proteína Gs ->
subunidade de desliga do GDP e se liga ao GTP -> α-GTP se * Receptor: M3.
desprende das subunidades γ e β -> α-GTP ativa a adenilato * Resposta: Broncoconstrição.
ciclase que transforma ATP em AMPc -> AMPc ativa as ARTERÍOLAS – MÚSC LISO
quinases que fosforilam proteínas -> RESPOSTA!!!
* Respostas: * Receptor: M3 -> na célula endotelial.
 CÉLULA MECÂNICA = aumenta a força de contração.  Diminuição da concentração de cálcio.
 CÉLULA ELÉTRICA = mais rápida, aumenta a frequência. * Célula endotelial produz ácido nítrico importante para o
* Interferência = cafeína -> xantinas (cafeína, teofilina e relaxamento do músculo liso.
teobromina. * Resposta: Vasodilatação indireta.
 XANTINA = bloqueia a enzima fosfodiesterase que CORAÇÃO – MÚSC CARDÍACO
degrada (hidrolisa) o AMPc, sendo bloqueado o AMPc
* Receptor: M2 -> na célula endotelial.
fica com tempo de vida aumentado -> aumento da
frequência e da força contrátil.  Diminuição da concentração de cálcio.
* Resposta: Diminuição da força contrátil e da frequência
cardíaca.
PUPILA – MÚSC LISO
* Receptor: α1 -> aumento da concentração de cálcio ->
fosfolipase C.
* Resposta: MIOSE
 Contração da pupila.
 Contração do esfíncter.

ATROPINA= INIBE A VIA PARASSIMPÁTICA.


TRATO GASTROINTESTINAL
* Age mais no processo pós prandial (pós alimentação).
* Receptor:
 Parede muscular lisa = M3 = contraída.
 Esfíncter = relaxado.
* Resposta: Aumenta a motilidade e secreções.
 Estimula a produção de saliva -> mais aquosa.
BEXIGA
* Via que estimula a micção.
* Receptor:
 Parede do músculo liso = M2 = contração.
 Esfíncter = α1 = relaxamento.
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
AULA 10

Sistema Cardiovascular
* O sangue arterial, rico em oxigênio, chega ao átrio esquerdo
FUNÇÕES pela veia pulmonar e sai do ventrículo esquerdo através da
* Suprir o organismo com O2 e nutrientes. artéria aorta, que o leva às diversas regiões do corpo através
* Remover do organismo produtos do metabolismo = CO2. de artérias grandes, médias e pequenas até os capilares
 Corrente sanguínea coleta e leva para o local de arteríolas, nelas, ocorre o processo de trocas gasosas, então, o
excreção. sangue, agora venoso, é conduzido pelos capilares vênulas até as
* Termorregulação. veias pequenas, médias e grandes até as veias cavas de volta ao
 Quem participa diretamente é o sistema respiratório. coração para desembocar na cavidade do átrio direito.
* Regulação da pressão arterial (PA).
 Conjunto de sistemas -> Homeostase = circulatório,
renal, endócrino e neuro.
 Integração funcional.
* Regulação do pH.
* Distribuição de hormônios até a célula alvo = apresenta
receptor.
* Produção de hormônio = peptídeo natriurético atrial.
 Local de produção = musculo cardíaco -> miócitos
atriais.
 Bastante importante na regulação da pressão
arterial.
 Aumenta a excreção de sódio e água através da
urina. * Arteríolas = rica em músculo liso e controlam o fluxo que
 Vasodilatação. chega ao capilar.
NATRIURESE = Excreção de sódio através da urina, * Capilares = vasos de troca.
o sódio leva a água -> diurese. Obs.: Quando caracterizamos o vaso, não
* Defesa do organismo. podemos dizer que as artérias só levam
 Células sanguíneas = linhagem branca = leucócitos. sangue arterial e as veias só levam o
* Desintoxicação do organismo. venoso.
 Leva para o fígado e rins, através do sangue, as
toxinas. CIRCULAÇÃO PULMONAR
Obs.: Dentro do sistema cardiovascular, a * O sangue venoso, rico em gás carbônico, advindo das diversas
hemostasia é um processo de impedimento do regiões corporais chega ao átrio direito através das veias cavas
extravasamento de sangue = Impede que o superior e inferior e sai do ventrículo direito através da artéria
sangue vá para espaços extravasculares. É um pulmonar, que leva-o aos pulmões através de artérias grandes,
tipo de homeostase. médias e pequenas, neles, ocorre o processo de
hematose/trocas gasosas através dos capilares alojados nos
AS CIRULAÇÕES alvéolos pulmonares e então o sangue, agora arterial, é
* Circulação geral = sempre fechada. conduzido para a veia pulmonar através de veias de calibres
cada vez maiores de volta ao coração para desembocar na
 A sistêmica e pulmonar se encaixam aqui.
cavidade do átrio esquerdo.
 Coração (bomba ejetora) -> artérias (vasos de
distribuição – preparadas para receber o sangue
ejetado) -> capilares (vasos de troca – irrigam os
tecidos diretamente) -> veias (vasos de coleta –
retorno do sangue ao coração) -> coração.
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA / GRANDE CIRCULAÇÃO

* Capilares = hematose acontece a nível dos capilares.


AULA 11

Hemodinâmica
FATORES QUE FAVORECEM A EXIXTÊNCIA DE FLUXO  l = vence a resistência por menos tempo.
SANGUÍNEO  Diretamente proporcional à resistência = quanto maior
* Coração funcionando como bomba ejetora. o comprimento, maior a resistência.
 Sem a bomba ejetora não haverá fluxo. * Raio do vaso (r):
* Gradiente de pressão ao longo dos vasos.  Inversamente proporcional à resistência = quanto
 Lei do fluxo dos vasos = favorece o retorno do sangue maior o raio do vaso maior a resistência.
ao coração.
Obs.: É muito mais fácil o fluxo sanguíneo
acontecer do lado arterial do que do lado
venoso. O gradiente de pressão é muito mais  Resistência do vaso vai sendo controlada por
mediadores.
alto do lado arterial. Isso tem a ver com onde a
 Qualquer alteração, por menor que seja, no raio, vai
bomba ejetora está localizada. A artéria
alterar muito a resistência.
aguenta muita pressão.
 Raio maior = menor esforço para passar e a
FLUXO SANGÚINEO vasodilatação diminui a resistência.
 Raio menor = maior esforço para passar e
vasoconstrição aumenta a resistência.
PRESSÃO ARTERIAL
* Perfusão tecidual = pressão arterial adequada.
* Natureza pulsátil = sístole e diástole do coração.
* DELTAP= gradiente de pressão.  Sístole = contração dos ventrículos = maior pressão.
* R = resistência à passagem de sangue.  Diástole = relaxamento dos ventrículos = menor
 Força contrária que precisa ser vencida. pressão.
* Do lado venoso vamos aprender que os fatores que estarão * A natureza pulsátil explica a pressão diastólica e sistólica
favorecendo o retorno venoso a existir, já que temos essa  Sistólica = pressão quando o coração está em sístole.
bomba ejetora desse lado.  Diastólica = pressão quando o coração está em diástole.
* PA = DC X RVP
LEI DA RESISTÊNCIA OU LEI DE POISCUILLE
 PA = pressão arterial.
* Viscosidade do sangue (v):  DC = débito cardíaco.
 Propriedade do fluido e não do vaso.  RVP = resistência vascular periférica.
 Tomar vitamina de abacate e um suco de laranja com
* DC = FC X VES
canudo = quanto mais viscoso, maior o esforço e maior
a resistência.  FC = frequência cardíaca -> quantidade de sístoles por
 Relacionada ao grau de fluidez. um determinado tempo.
 Diretamente proporcional à resistência = quanto maior  VES = volume da ejeção sistólica.
a viscosidade, maior a resistência. * Débito cardíaco:
 Varia = depende da condição da pessoa.
CONDIÇÕES FISIOPATOLÓGICAS:
 Volume de sangue ejetado pelo coração num intervalo
 Dislipidemia = fator de risco para trombose -> quanto de tempo.
maior a viscosidade, maior a resistência.
 Anemia megaloblástica (menos eritrócitos) -> quanto  DC = 5l/min (repouso) = em atividade pode chegar
menor a viscosidade, menor a resistência.
em 18l/min; 20l/min.
 Desidratação = menos parte líquida, maior percentual
de hematócrito -> quanto maior a viscosidade, maior a * É necessário uma P.A ideal para ocorrer uma perfusão
resistência. tecidual -> caso algum desses fatores forem alterados, haverá
* Comprimento do vaso (l): algum tipo de compensação.
* Todos esses fatores, uma vez que alterados, alteram também
 L = vence a resistência por mais tempo. a pressão.
DESCARGA ADRENÉRGICA Obs.: 2/3 do volume do nosso sangue se
encontram nas veias
* SUSTO = descarga de adrenalina pela glândula suprarrenal.
* Ativação da via parassimpática = noradrenalina nas fendas ARTERÍOLAS
sinápticas -> aumento da frequência cardíaca e aumento do
* 3 camadas.
débito cardíaco.
* Grande quantidade de músculo liso.
* Maior força de contração, maior volume de sangue ejetado =
* Vasos de resistência = grande responsável pela resistência
aumento da P.A.
vascular periférica.
HISTAMINA * Controla o fluxo de sangue que chega aos capilares -> se
sofrer vasoconstrição vai reduzir o fluxo dos capilares -> se
* Reação alérgica -> vasodilatação.
sofrer vasodilatação vai aumentar o fluxo.
* Diminui a resistência vascular periférica = P.A diminui.
* Sofre influência do sistema nervoso autônomo = maior
TROMBOXANO vasoconstrição, maior vasodilatação.
* Vasoconstritor = aumenta a P.A. CAPILARES
HIPOVOLEMIA * Vasos de troca.
* Perde volume de sangue circulante -> diminui o débito cardíaco * Tem uma parede muito fina = facilita as trocas.
= diminui a P.A. * Só apresentam a camada íntima = formada apenas pelas
* Assim que perde, a frequência cardíaca dispara na tentativa células endoteliais.
de bobear mais = compensatório. * Possui grande área de superfície de troca = rede capilar com
muitas ramificações.
VASOS SANGUÍNEOS * Parede do vaso com células musculares lisas inervadas pela via
* Camada íntima: simpática -> grande quantidade de receptor beta2 -> relaxa ->
 Chamada também de túnica = contato direto com o vasodilatação.
sangue. Obs.: CASO ESPECÍFICO = muitas arteríolas
* Camada média. têm a presença de receptor alfa 1 ->
* Camada adventícia: vasoconstrição.
 Fibras de colágeno.
RETORNO VENOSO
 Fibras de elastina.
 Músculo liso. * Retorno do sangue para o coração através das veias.
* Células endoteliais = parede bem fina que está no entorno do * Presença de válvulas nas paredes das veias = impede o fluxo
lúmen. retrógrado) do sangue (que não é do coração.
* Estrutura da parede vai definir a função do vaso.  Estão presentes em veias dos membros superiores e
inferiores.
ARTÉRIAS  As veias centrais da cabeça e do pescoço não têm
* Apresenta 3 camadas. essa válvula porque o fluxo através dela já é facilitado.
* Grande quantidade de fibras elásticas e parede mais calibrosa * Compressão extrínseca exercida pela musculatura esquelética.
= fatores necessários para receberem o sangue da ejeção.  Por isso não deve passar muito tempo em uma posição
* Vasos de distensão / distribuição. = EDEMA.
 Viagens prolongadas, onde passa muito tempo sentado,
VEIAS interfere no retorno venoso (retorno do sangue
* 3 camadas. através das veias) e no fluxo retrógrado -> facilita o
* Menor proporção de fibras de elastina. fluxo retrógrado.
* Vasos com alta capacitância  Formigamento = pressão na região (retenção de
 Grande capacidade de armazenar sangue. sangue venoso) = pouco O2 -> prejudica o
 Precisamos de fatores que ajudem o retorno do funcionamento das células nervosas.
sangue.  Se o retorno venoso não for feito corretamente e o
 Não tem a ver com o volume em si mas com o tempo sangue demorar mais tempo nas veias, além dos
que aquele sangue vai permanecer ali. edemas, favorece a formação de trombos (coagulação
* Estase venosa = essa capacidade provoca trombose e edema. do sangue).
* Tem mais colágeno que as artérias.  Panturrilha -> “2º coração”.
* Parede um pouco mais fina. * Movimentos respiratórios.
 O movimento de expansão / compressão ajuda no
retorno venoso da região torácica.
 Mudança de pressão.  Muito grave -> a hematose é dificultada = hipóxia
* Inervação simpática = vasoconstrição. (ausência de O2 suficiente).
 Venoconstrição por ação simpática = constrição  Retido nas veias pulmonares.
nervosa.  Sangue ficará retido nos pulmões causando edema.
* Tudo contribui para o retorno venoso.
* Se houver alguma alteração, haverá o acúmulo de sangue PRÉ CARGA
venoso naquela região -> facilita o surgimento de tromboses, * Favorece o processo de sístole ventricular.
edemas. * É o volume diastólico final que depende do retorno venoso.
Obs.: VARIZES = o sangue fica mais tempo * É o grau de distensão das fibras miocárdicas no momento
retido nas veias -> pode ser por um defeito de anterior à sístole ventricular = no final da diástole.
valva, por exemplo = processo inflamatório na * Força que antecede à sístole e ajuda na contração.
parede da veia. PÓS CARGA
LEI DE FRANK / STARLING * Grau de força que deve ser vencida para que ocorra ejeção
* Para encher os átrios precisa do retorno venoso. (pressão arterial).
* A força de contração desenvolvida pela fibra cardíaca é * Resistência arterial incluída.
diretamente proporcional ao grau de distensão ou estiramento HIPERTENÇÃO:
sofrido por essa fibra no momento anterior à contração = * Pós carga elevada.
volume diastólico final.  Volume de ejeção sistólica diminui.
* Regula a atividade cardíaca.  Volume residual aumenta.
* Fibra cardíaca = célula cardíaca de natureza mecânica. * Pós carga diminuída.
* Força de contração diretamente proporcional ao nível de  Volume de ejeção sistólica aumenta.
estiramento nesse momento imediatamente anterior à  Volume residual diminui.
contração -> estiramento máximo. * Pré carga aumenta = aumento do volume diastólico final.
 Volume de ejeção sistólica aumenta.
 Volume residual diminui.
* Diminuição na pré carga.
 Diminuição do volume de ejeção sistólica.
 Aumento do volume residual.

* Limite = existe uma grau de distensão máximo.


* Na hipertrofia ventricular, perde esse estiramento.
Obs.: VOLUME RESIDUAL = volume sistólico
final. VOLUME DIASTÓLICO FINAL = volume de
enchimento. VOLUME DE EJEÇÃO SISTÓLICA =
débito sistólico (volume de ejeção ao final da
sístole) -> tudo depende desse estiramento.
EDEMA
* Capacitância das veias.
* Edema subcutâneo (sistêmico) = causado por insuficiência
ventricular direita (IVD).
 Força de contração diminuída = VES na artéria
pulmonar diminuído -> maior volume residual ->
interferência na congestão do sangue que chega na
circulação sistêmica.
 Sangue vai retornar para o corpo. Ex.: Turgência
jugular.
* Edema pulmonar = causado por insuficiência ventricular
esquerda (IVE).
 Maior volume residual = dificuldade no retorno da
circulação pulmonar -> sangue passa mais tempo na
veia.
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
AULA 12

Eletrofisiologia
VIA SIMPÁTICA:
CÉLULAS MIOCÁRDICAS
* Noradrenérgica.
* De natureza mecânica: * Estimula essas propriedades.
 Realizam contração da parede dos átrios e ventrículos. * Dizer que é positivo = estimulando.
* De natureza elétrica: VIA PARASSIMPÁTICA:
 Geram e conduzem sinal elétrico. * Colinérgica.
 Presentes no nodo sinoatrial, nodo atrioventricular, * Desestimula essas propriedades.
feixe de Hio e fibras de Purkinse. * Dizer que é negativo.
* O músculo cardíaco responde mecanicamente a um sinal
elétrico. POTENCIAL DE AÇÃO NA CÉLULA CARDÍACA
* O coração consegue funcionar fora do corpo em líquido * β1 nessa célula = mais cálcio = mais força de contração.
nutritivo devido ao seu automatismo.
Obs.: CÉLULA MECÂNICA = faz contração.
CÉLULA ELÉTRICA = tem como propriedade a
capacidade de gerar sinal elétrico, conduzir
sinal elétrico para que as células mecânicas, ao
receberem esse sinal, façam contração.
PROPRIEDADE DAS CÉLULAS CARDÍACAS

AUTOMATISMO
* Capacidade de autoexcitação.
* Potenciais de forma espontânea.
 Estímulo gerado nela mesma.
* Não é exclusivamente da célula cardíaca.
 Célula intersticial.
BATMOTROPISMO * Fase 0 = Rápida despolarização.
* Batmo = exprime noção de degrau, limiar.  Base iônica dessa fase (canais que permitem essa
* Capacidade de ser excitável e de realizar potencial de ação. fase existir) são os canais de sódio dependentes de
 Atingir o limiar de excitabilidade. voltagem.
* Não é uma exclusividade da célula cardíaca, existe em toda  Influxo de cargas positivas (sódio).
célula excitável. * Fase 1 = Breve repolarização.
 Abertura dos canais de potássio.
CRONOTROPISMO
 Efluxo de cargas positivas (potássio).
* Crono = tempo. * Fase 2 = Platô
* Capacidade de se excitar com ritmo ou ritmicidade.  Breve intervalo de tempo.
* Chamada também de frequência cardíaca.  DDP estável.
DROMOTROPISMO  Influxo de cálcio e efluxo de potássio = canais rápidos e
lentos.
* Dromo = lugar de correr. * Fase 3 = Repolarização propagada.
* Capacidade de conduzir o sinal elétrico.
 Canal de potássio = canais lentos.
 Velocidade de espalhamento. * Fase 4 = célula em repouso.
INOTROPISMO  Reage ao estímulo do nó sinoatrial.
* Ino = fibras. Obs.: Célula mecânica do ventrículo não tem
* Capacidade de responder ao estímulo realizando contração. receptor para reconhecer a via parassimpática
* Fibras = células cardíacas que vão responder quando (átrios).
estimuladas. 4 -> 0 -> 1 -> 2 -> 3 -> 4
CÉLULA MECÂNICA CARDÍACA NÃO TETANIZA * A célula do nodo sinoatrial vai apresentar maior frequência
intrínseca (mais rádio) de disparos espontâneos de potencial de
* Não mantém contração, pois seria incompatível com a sua ação.
função. * Não tem fase de repouso = está sempre mudando a ddp.
* Função do músculo cardíaco = encher de sangue para ejetar * O nodo sinoatrial é capaz de gerar potencial de ação mais
sangue dos vasos. rápido do que outras estruturas elétricas do coração = marca
* Se mantiver a contração ventricular, não passa pela fase da passo fisiológico.
diástole, não teria enchimento, não estaria ejetando sangue do * Caso falhe, outra estrutura assume isso, como o nodo
vaso. atrioventricular = foco ectrópio.
Qual o dispositivo ele vai ter para não manter a
contração mesmo recebendo estímulos REGULAÇÃO AUTÔNOMA DO NODO SINOATRIAL
subsequentes?
* Por causa do período refratário absoluto dessa célula, se VIA SIMPÁTICA:
confunde com o período que ela já está fazendo contração. * Diminui o tempo da fase 4.
* Enquanto ela está fazendo contração e quando está em * Potencializa a abertura dos canais IF e dos canais de cálcio.
processo de relaxamento, ela ainda está em período refratário * Além disso, o potencial de membrana começa com um valor
absoluto. menos negativo do que o basal = amplitude é diminuída, mas o
* Ela NÃO estará podendo realizar novo potencial de ação. potencial de ação continua o mesmo.
* O platô prolonga o tempo de período refratário dessa célula e
impede a tetania.
CÉLULA NO NODO SINOATRIAL
* Canto superior do átrio direito.
* Tem inervação simpática e parassimpática.

* Cronotropismo = positivo.
* Maior frequência cardíaca.
* Diminui a condutância de potássio.
* Facilita a despolarização.
VIA PARASSIMPÁTICA:
* Prolonga o tempo da fase 4.
* Prolonga o tempo da abertura dos canais de potássio
* Fase 0 = Rápida despolarização. * Diminui a possibilidade de abertura dos canais IF.
 Canais de cálcio -> influxo.
 O objetivo não é a contração e sim a despolarização.
* Fase 3 = Canais de potássio.
 Repolarização = responsável pela abertura dos canais
IF (permeáveis ao sódio e ao potássio).
* Fase 4 = Canais IF (canais de sódio e potássio).
 Condutância maior ao sódio
 Fase de despolarização diastólica = leva o limiar de
excitabilidade. * Cronotropismo = negativo.
4 -> 0 -> 3 -> 4 * Não gera, modula o sinal.
* Não há potencial de repouso, essa célula não descansa. MARCA PASSO FISIOLÓGICO:
* Autoexcitável não precisa de estímulos externos para * Nodo sinoatrial = dita o ritmo cardíaco.
abertura dos canais. * Realiza a fase 4 mais rapidamente que as células das outras
* Canais IF = são canais dependentes de voltagem. estruturas de atividade elétrica.
* A célula é sujeita a variações da vida simpática e * Maior frequência de disparos espontâneos = atinge
parassimpática. rapidamente o limiar de excitabilidade.
* Vai variar a ocorrência do potencial de ação.
relacionada a uma patologia que é independente de uma
VELOCIDADE DE CONDUÇÃO DO SINAL ELÉTRICO: lesão orgânica, pelo menos conhecida (por exemplo, o
* Há um retardo na condução do nodo atrioventricular. miocárdio).
 Para que tenha um tempo hábil para os ventrículos se  Parede ventricular é maior = a contração deve ser
encherem de sangue. feita do ápice para o base para expulsar o sangue =
* Aumenta a velocidade de condição no sistemas His-Purkinse. por isso tem que ser muito rápido. .
 Garante força, contração e ejeção suficiente. * A diferença de velocidade se dá pelo número de junções GAP
(maquinaria da célula), presentes para fazer a sinapse elétrica.
 Maior número de GAP = maior velocidade.

 Sincício funcional =São células com muitos núcleos


resultante da fusão de várias células mais pequenas,
AULA 13

Ciclo celular
sanguíneo em elevado fluxo para as mesmas em razão do alto
CONTRAÇÃO VENTRICULAR ISOVOLUMÉTRICA gradiente de pressão entre as porções atrial e ventricular.
* Começa a acontecer porque recebeu sinal elétrico do nodo
sinoatrial. ENCHIMENTO VENTRICULAR LENTO
* Não há variação de volume = as valvas ainda estão fechadas. * Sístole atrial = termina de encher os ventrículos. Iniciado por
* A pressão sofrida pelo sangue abre as valvas semilunares = sinal elétrico que passa para o ventrículo e recomeça o ciclo.
ventrículo realizando sístole -> coloca sangue nas artérias). * Diminuição do gradiente de pressão e da força contrátil.
* Paredes ventriculares estão fazendo contração, mas ainda * Fechamento das valvas atrioventriculares.
não está havendo ejeção -> por isso ISOVOLUMÉTRICO.
* Sinal elétrico se espalha pela parede ventricular -> o ventrículo CONTRAÇÃO ATRIAL
já estão respondendo com contração. * Processo no qual, a partir da sístole das paredes atriais,
* Aumento da pressão e força -> abertura das semilunares. ocorre a saída de sangue dessas estruturas.
EJEÇÃO VENTRICULAR RÁPIDA BULHAS CARDÍACAS
* Abertura das valvas semilunares. * 1ª bulha = fechamento das atrioventriculares (anterior à
* Grande velocidade devido a diferença de pressão e a força de sístole ventricular = início).
contração. * 2ª bulha = fechamento das semilunares (anterior à diástole =
início).
EJEÇÃO VENTRICULAR LENTA * 3ª bulha = insuficiência cardíaca por redução da complacência
* Diminuição da diferença de pressão e da força de contração. ventricular ou inapetência das atrioventriculares.
4ª bulha = contração atrial forçada.
RELAXAMENTO VENTRICULAR ISOVOLUMÉTRICO
 Ventrículos menos complacente.
* Fechamento das semilunares. Obs.: correlacionar com a ausculta.
* Não está acontecendo o enchimento -> não está mudando o
volume de sangue dentro do ventrículo porque as valvas
AULA 14
atrioventriculares estão fechadas.
* Átrios estão se enchendo de sangue que está vindo da
circulação sistêmica e pulmonar. Eletrocardiograma
* Camada atrial se enche de sangue = a pressão aumento * Mensuração da atividade elétrica do músculo cardíaco como
dentro dos átrios. um todo a partir de uma determinada perspectiva de avaliação.
* Ventrículo = volume residual.
* Diferença de pressão entre os átrios e ventrículos = abertura
das atrioventriculares.
ENCHIMENTO VENTRICULAR RÁPIDO
* Processo no qual, a partir da abertura das valvas
atrioventriculares, a pressão reduzida da cavidade ventricular
pelo evento de relaxamento isovolumétrico direciona o fluxo
* Onda P = despolarização (contração) dos átrios.
* Complexo QRS = despolarização dos ventrículos.
* Onda T = repolarização dos ventrículos.
* Segmento PR = porção do eletrocardiograma que não possui
onda elétrica -> apresenta relação com o processo de condução
elétrica no nodo atrioventricular.
Obs.: A onda de repolarização dos átrios está
encoberta pelo complexo QRS = quando os
ventrículos estão contraindo (despolarizando),
os átrios já estão relaxando (repolarizado).
* Em caso de bloqueio atrioventricular (excesso de atividades
parassimpáticas), além da adrenalina (estimulador da via
simpática), bloqueio da via parassimpática (atropina –
antimuscarínico). Segmento PR mais longo.
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
AULA 15

Hemostasia
* Regulação dos parâmetros variáveis = para o sangramento / * Para pacientes com potencialização de formação de trombos,
cessa a hemorragia. são receitados fármacos como clopidogrel, que atuam no
* Conjunto de mecanismos fisiológicos responsáveis por conter processo de impedimento da agregação plaquetária durante o
processos hemorrágicos de extravaso sanguíneo por processo de formação de tampão plaquetário através da inibição
rompimento vascular que podem levar o indivíduo à eventos de dos sítios de ligação dessas estruturas para o ADP, composto
choques hipovolêmicos. que atua na ativação das plaquetas.
* Não é caracterizado apenas pela coagulação.
* É um tipo de homeostase. COAGULAÇÃO
* Fármacos anticoagulantes atuam impedindo uma das etapas do * Processo que utiliza o tampão plaquetário como estrutura
processo de hemostasia que precedem o tampão plaquetário, inicial para efetivar a correção da lesão vascular.
uma vez após formado, é iniciado o processo de coagulação. * Caracterizada por um processo de hemostasia secundária que
pode se desenrolar a partir das vias intrínseca e extrínseca.
ETAPAS DA HEMOSTASIA
FORMAÇÃO DO TAMPÃO PLAQUETÁRIO
VASOCONSTRIÇÃO (REFLEXA) * ADESÃO + AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA = TAMPÃO
* Processo que ocorre a partir da atuação inicial dos PLAQUETÁRIO (hemostasia primária).
sinalizadores endotelina (liberada pela célula endotelial injuriada),
associada ao tromboxano A2, serotonina, ADP. ADESÃO PLAQUETÁRIA
* Tem ocorrência durante todo processo de hemostasia. * Exposição de colágeno devido à lesão da parede do vaso.
* Resposta reflexo -> via neural.  Não há colágeno na camada íntima do vaso.
* Reduz o fluxo sanguíneo. * As primeiras plaquetas que chegam ao local da lesão se
aderem ao colágeno através do fator de Von Willebrand
TAMPÃO PLAQUETÁRIO (proteína plasmática produzida pelas plaquetas e pelas células
* Estrutura temporária que impede o extravasamento de endoteliais).
sangue através de uma reparação inicial que envolve as * Plaquetas aderidas se ativam e liberam fatores (mediadores)
atividades de adesão de plaquetas -> ocorre a partir do que continuam ativando outras plaquetas (feedback positivo),
ancoramento desses fragmentos de megacariócitos em recrutando-as para região afetada.
moléculas de colágeno expostas pela lesão da camada íntima.  Quimiotaxia.
* Adesão e agregação das plaquetas.  Mediadores plaquetário = serotonina, ADP, fator de
* Hemostasia primária. ativação plaquetária e tromboxano A2.
* Curativo temporário.
Obs.: Não existe processo de formação de AGRAGAÇÃO PLAQUETÁRIA
coágulos sem formação de tampões * Fibrinogênio permite a agregação plaquetária = permite a
plaquetário, sendo essa segunda etapa ligação entre plaquetas ativadas, realizando a agregação entre
necessária para que os primeiros sejam elas.
formados.  É ativado na coagulação (rede de fibrina).
* Pacientes com a doença de Von Willebrand possuem quadros * Elo de ligação entre os receptores.
de dificuldade de coagulação sanguínea que podem acarretar MEDIADORES LIBERADOS
hemorragias severas porque afeta a produção do fator de Von
Willebrand (responsável pela resposta inicial para a formação do * Responsáveis pela atividade / ativação de mais plaquetas.
tampão plaquetário). * A partir das vesículas = serotonina.
* Moléculas de fibrinogênio apresentam-se circulantes no  Estavam produzidas = ADP e fator ativador de
plasma sanguíneo, porém não se apresentam constantemente plaquetas -> estimula a produção de tromboxano.
formando tampões plaquetário aleatórios pela necessidade de * A partir de lipídeos de membrana = tromboxano -> não estava
ativação das plaquetas para que exponham seus receptores produzido.
para esse mediador.
Obs.: Tromboxano e serotonina são vasos * Na região vizinha à injúria, a célula endotelial produz óxido
constritores -> tampão plaquetário -> frágil. nítrico e prostaciclina que inibem a adesão e agregação de
plaquetas.
 Nos protege da formação de trombos.
Obs.: Ligação entre plaquetas ativadas que
* Óxido nítrico = protetor vascular que impede a formação da
estão aderindo é feita por fibrinogênio =
aterosclerose.
produzida pelo fígado, proteína circulante.
 Deficiência na sua produção aumenta o risco da
ocorrência de aterosclerose.
Obs.: As células endoteliais intactas (vizinhas à
lesão) produzem prostaciclina (PGIc) e óxido COAGULAÇÃO
nítrico que impedem a agregação plaquetária. * Não necessariamente precisa ter tido um lesão vascular, mas
Esses impedem a disseminação do coágulo. A definitivamente precisa ter tampão plaquetário.
prostaciclina produzida na membrana e o * Hemostasia secundária.
óxido nítrico internamente. * Objetivo = formar a rede fibrina.
VIA EXTRÍNSECA
Obs.: Trombina também é responsável pela
ativação de plaquetas. Ela é liberada pelo * Exposição do fator III, chamado de tromboplastina ou fator
tecidual.
fígado, é circulante, ou seja, já está na
 O fator III é exposto quando haver lesão.
corrente sanguínea.
* Tecido subendotelial, produzido por fibroblastos.
Protrombina -> inativa (não faz nada).  Não estão no plasma = extrínseca.
CASO CLÍNICO VIA INTRÍNSECA
* Infarto -> tendência a formar trombo (coágulo) = prescrição * Pode ser iniciada pela exposição ao colágeno ou ativação do
do ácido acetilsalicílico (AAS) – AINE (anti-inflamatório não fator XI (já está na corrente sanguínea).
esteroide). * O trabalho é em conjunto -> terminam uma rota em comum.
O QUE JUSTIFICA? QUAL SEU MECANISMO DE
AÇÃO?
* Impede a agregação plaquetária atuando na via da cascata do
ácido aracdônico que se transforma em outros metabólitos.
* Processo inflamatório:
 Intensa atividade da via do ácido aracdônico.
 Atenção: é uma disfunção, sua função faz parte do
metabolismo.

ASS (AINE)
* Inibidor da COX -> enzima.
* Dose muito baixa quando quero que atue nas plaquetas.
* Atua na hemostasia primária.
* Todo AINE, ou seja, todo aquele que não é corticoide, tem
como ação inibir ou bloquear a COX (cicloxigenase), impedindo a
produção de tromboxano A2 (potente agregador plaquetário).
CLOPIDOGREL
* Antiagregante plaquetário.
* Bloqueia o receptor ADP na plaqueta.
 Realiza agregação plaquetária.
OBSERVAÇÃO: VIAS DE ANTICOAGULAÇÃO
* Deficiência ou ausência de produção do fator IX (via intrínseca) * É diferente de produzir e degradar = impedem a formação do
-> hemofilia B. coágulo.
* Deficiência ou ausência de produção do fator VIII -> hemofilia
A. INIBIDOR DA VIA DO FATOR RESIDUAL
* Em um paciente com hemofilia, o TDPA (tempo de * Via extrínseca.
tromboplastina parcialmente ativada) está alterado. A agregação * Tem a capacidade de inibir a atividade do complexo fator III ->
plaquetária e o tempo da trombina são normais. fator III a.
 LEVE = produção de 5%.  Não consegue ativar a via comum. Se liga ao fator
 MODERADA = entre 1% e 5%. tecidual mesmo que esteja ligado ao fator VII.
 Grave = produção menor que 1 %.
Obs.: Cálcio = FATOR IV / não há fator VI. VIAS DA PROTEÍNA C E PROTEÍNA S
* São produzidas pelo fígado = vitamina K para o fígado produzir
FUNÇÃO DA TROMBINA essas proteínas.
* Transforma o fibrinogênio em fibrina. * São circulantes.
* Ativa o fator XIII -> XIII a. * A célula endotelial (não sofre injúria) expõe o receptor
* Feedback positivo por ativar fator XI, IX, VIII e V. chamado trombomodulina.
* Ativação plaquetária -> formação do tampão plaquetário. * A trombina circulante se liga à trombomodulina.
* Colabora com a atividade anticoagulante exercida por proteína * A trombina vai agir como enzima ativando a proteína C
C e proteína S. circulante.
 Também são produzidas no fígado = hepatócitos. * Essa proteína precisa de um cofator = proteína S -> então a
proteína C ativada junto com a proteína S inibem ou desativam
VITAMINA K os fatores VIII a e Va.
* Essencial para a produção hepática do fator II, VII, IX, X, * Paciente com menor produção de proteína C (anticoagulante).
proteína C e proteína S.  Doença hepática = hepatopata.
* Varfarina = antagonista da vitamina K -> anticoagulante oral.  Tendência a formar trombo, pois uma via endógena de
 Inibe a produção dos fatores II, VII, IX, X. Apesar de não anticoagulação está diminuída.
ter a proteína C e S, tem vias de coagulação. Obs.: Proteína C anticoagulante é diferente
FIBRINÓLISE de proteína C reativa (processos
inflamatórios, marcador de inflamação
* Degradação do coágulo, degradação da rede de fibrina.
específico).
* Para acontecer a degradação do colágeno, tem que
transformar plasminogênio em plasmina. VIA DA ANTITROMBINA III
PLASMINOGÊNIO ------> PLASMINA
* Grande poder de coagulação.
 Plasminogênio = depende da trombina e do ativador do * Inativa fatores de coagulação = II a (trombina), IX a, Xa, XI a, XII
plasminogênio tecidual = ativadores do plasminogênio em a.
plasmina. * Sua atividade é potencializada pela heparina (endógena)
 Plasmina = degrada a rede de fibrina.  Basófilos têm grânulos de heparina.
* T-PA recombinante = ativador do plasminogênio tecidual.
 Sulfato de heparina (exógeno).
 Recombinante = bactérias
Obs.: As vias de anticoagulação servem para
* Paciente com AVC:
 Isquêmico = obstrução, possivelmente por coágulo. IMPEDIR e FREIAR a coagulação.
 T-PA poderia ser usado aqui visto que ele iria
ajudar a desobstruir.
 Hemorrágico = ruptura da parede do vaso.
 Sangue não chega por causa do
EXTRAVASAMENTO (mais grave).
 Se o T-PA for administrado nesse caso, vai piorar
a situação do paciente, pois o organismo vai estar
tentando coagular e o T-PA impedirá essa
coagulação.
* Pode ser útil em paciente com infarto no miocárdio (se for
por coágulo).
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
AULA 16

Regulação da Pressão Arterial


* Tem mais de um caminho para se estabilizar a pressão = se  Aumento da frequência cardíaca, aumento do VES,
um falhar, tem outros. aumento no DC e aumento da PA.
* Precisamos de uma PA adequada para garantir a perfusão * O núcleo do trato solitário vai fazer o que em relação a via
tecidual. parassimpática?
* PA = sistema cardiovascular, renal, endócrino e nervoso.  Diminuição da atividade parassimpática (M2).
* Doença mais comum: hipertensão = pressão  Aumento da frequência cardíaca, aumento da força
permanentemente alterada. contrátil, aumento do VES e aumento da PA.
 Várias vezes alterada, por vários meses.
 Doenças graves se não tratada = insuficiência, AVC, VASOS SANGUÍNEOS
infarto, insuficiência renal. * Aumento da atividade simpática (α1).
 Hipertensão propriamente dita ou hipertensão * Vasoconstrição, aumento RVP, Venoconstrição, aumento do
secundária = causada por doença primária. retorno venoso (mecanismo Frank / Starling – aumenta o
volume diastólico final), aumento do DC e aumento da PA.
MECANISMOS REGULADORES DA PA * Diminuição da atividade parassimpática.
* Neurais = primeiro a desencadear respostas. * Vasoconstrição, aumento RVP e aumento da PA.
 Monitoramento momento à momento.
* Locais = são mais lentos, mas isso não significa incompetência. MECANISMOS LOCAIS
* Hormonais = questão temporal de regulação. * Produzidos a partir de células que fazem parte da estrutura
vascular e vai agir no próprio vaso, no músculo liso.
MECANISMOS NEURAIS
* Receptores (aferências) -> SNC (bulbo -> núcleo do trato MEDIADORES VASOCONSTRITORES
solitário) -> órgãos efetores (coração, vasos e rins). * Aumento do RVP -> manobra para quando a PA baixar.
QUIMIORRECEPTORES ARTERIAIS: * Endotelina (produzida pela célula do endotélio), tromboxano A2
* Captam informações sobre variação na pressão parcial de O2 (auxilia no tampão plaquetário), angiotensina II (produzida pela via
e CO2. endócrina), prostaglandinas vasoconstritoras.
* Mecânica respiratória. MEDIADORES VASODILATADORES
RECEPTORES CARDIOPULMONARES:
* Diminui a RVP.
* Natureza mecânica.
* Óxido nítrico (fator dilatador derivado do endotélio), histamina,
* Sensíveis ao estiramento e pressão. prostaglandinas vasodilatadoras (na glândula gástrica – ajuda na
* Parede das câmeras cardíacas, coronárias e na artéria produção de Hcl – ela estimula as mucosas a produzirem
pulmonar.
bicarbonato de sódio = fator protetor), bradicina (glândula salivar
BARORRECEPTORES OU PRESSORRECEPTORES: – vasodilatação, mais água chega na gandula -> estimula a
* São mecanorreceptores. produção de saliva).
* Sofrem deformações proporcionais à pressão do sangue.
* Altamente adaptáveis = não é exclusivamente deles. MECANISMOS ENDÓCRINOS
 AÓTICOS (arco da aorta) = nervo vago -> informações * Sistema renina-angiotensina-aldosterona = ação sistêmica ->
chegam. ocorrem na corrente sanguínea -> plasma.
 CAROTÍDEOS (seio aórtico) = nervo glossofaríngeo. * Angiotensinogênio (produzido no fígado) = renina (células
justaglomerulares - rim) -> enzima.
SITUAÇÃO PROBLEMA – DIMINUIÇÃO DA PA
* Angiotensina I (10 aa – decapeptídeo) = ECA (enzima
* Separaremos por órgão efetor e por via autonômica. conversora de angiotensina).
CORAÇÃO  Clivou a ligação peptídica.
 Acontece quando o sangue flui através dos pequenos
* Núcleo do trato solitário vai fazer o que em relação a via vasos dos pulmões.
simpática para regular a PA?  Importante local de sua produção é nas células
 Aumento da atividade simpática = estímulo das endoteliais, principalmente nos pulmões. Também temos
propriedades cardíacas (B1). atividade da ECA dentro das células do rim, do tecido
cardíaco e SNC.
* Angiotensina II (8 aa – octapeptídeo) = estimula a produção e * Toda cascata de renina – angiotensina – aldosterona é
liberação de aldosterona pela suprarrenal. hipertensora.
Obs.: A diferença entre as angiotensinas II dos * Realiza vasoconstrição -> resistência local ou resistência
mecanismos locais (células do endotélio) e vascular periférica (aumento da RVP) -> faz alteração vascular.
hormonal (plasma – ação endócrina) é o local
de produção.
ANGIOTENSINA II:
1. Vasoconstrição, aumento do RVP, estimula a reabsorção de
sódio pelo túbulo proximal.
 Indiretamente faz retenção da água.
* Sódio = hipertensor. * Quando o filtrado passa na parte final do túbulo distal, o sódio
 Retenção de sódio = retenção da água = aumento da é reabsorvido através da aldosterona -> maior quantidade de
volemia = aumento do débito cardíaco = aumento da PA. água -> retenção de água -> maior volemia.
 Excesso de sódio crônico = dificulta a produção de  Quanto mais sódio tiver no corpo, quando mais sódio
fatores vasodilatadores e podem aumentar a sua tiver retino, maior o aumento da pressão. Sódio é
degradação. hipertensor e é osmótico.
2. Estimula a via simpática * Aumento do DC.
 Aumento de noradrenalina nas fendas + menor * Aumento da PA -> hormônio hipertensor.
receptação = noradrenalina age por mais tempo. * Todo mundo necessita da ação da aldosterona.
3. Estimula a secreção da ADH. * Funções que não estão diretamente relacionadas a regulação
 ADH produzido no hipotálamo; armazenado na da PA:
neurohipófise.  Estimula a secreção de potássio e hidrogênio.
 Angiotensina estimula a produção e a secreção do ADH  Hidrogênio contribui para o equilíbrio ácido-base.
= estimula a sede. * Atua na parte final do túbulo distal e do coletor (células
4. Estimula o centro da sede (hipotálamo). principais) estimulando a reabsorção do sódio.
 Maior ingestão de água = maior volemia.  Canais de ENaC (canal epitelial de sódio).
5. Maior débito cardíaco = maior PA. BLOQUEADOR DO RECEPTOR ALDOSTERONA
6. Estimula o crescimento e proliferação celular (fator de
crescimento tecidual). * Diurético poupador de potássio -> tira potássio e coloca sódio
 Angiotensina II é uma reparadora tecidual, estimulando na luz do túbulo = sódio excretado na urina.
a atividade dos fibroblastos (produção de colágeno),  Exemplo = esperondactona.
pode estar envolvida em hipertrofias. * Natriurese = excreção de sódio.
 Hipertrofia = cardíaca (insuficiência cardíaca) e * Diurese = excreção de água.
glomerular (insuficiência renal).  Volume de urina aumentado.
* Diabetes é um fator de risco para essas hipertrofias porque * Uso a retenção de sódio no túbulo -> aumento da
há angiotensina em excesso. concentração de sódio -> aumento da quantidade de água ->
7. Estimula a produção e liberação de aldosterona pelo córtex da aumento da excreção.
suprarrenal. HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH) OU VASOPRESSINA
FÁRMACOS * Produzido no hipotálamo.
* Previnem a hipertrofia cardíaca e glomerular. * Armazenado e liberado pelo hipófise (posterior).
* Inibidores de ECA -> captopril, enalapril. * Gatilhos para a secreção = diminuição da PA, diminuição da
* Além de inibir a produção de angiotensina II, como a bradicina é volemia e aumento das osmolaridade.
degradada pela ECA, inibidores ECA aumentam o tempo de meia * Num choque hipovolêmico ele é fundamental.
vida da bradicina (vasodilatador). * Perda de volume de sangue circulante (diminuição da volemia).
* Antagonista do receptor AT, da angiotensina II -> losartana, * Organismo possui osmorreceptores. Quando há ingestão de
valsartana. sódio, a concentração de sódio aumenta e a osmolaridade reduz.
* AT1 = presente nas paredes dos vasos sanguíneos, Compensa o excesso aumentado de solvente -> excreta menos
fibroblastos (hipertrofia), hipotálamo (centro da sede). pela urina e sede (para ingestão de água).
ALDOSTERONA: * Vasoconstrição -> RVP.
* Estimula a reabsorção da água em células aquoporinas na
* Hormônio esteroide – lipossolúvel (receptor no interior da
membrana luminal (aquoporina 2).
célula).
* Maior ingestão de água = maior volemia = maior DC = maior PA
* Produzida pela zona glomerulosa da glândula adrenal (região
(via hipertensora).
cortical).
PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL
* Produzido pelo miócitos atriais = coração produz hormônio.
* Vasodilatação = diminui o RVP = aumento da excreção de sódio
(Natriurese) = aumento da excreção de água (diurese) =
diminuição da volemia = diminuição do DC = diminuição da PA.
* Quando as câmeras atriais percebem que houve aumento do
retorno venoso (miócitos atriais se estriam) é intendido que a PA
está elevada.
Obs.: Sangue do retorno venoso (volume não
estressado. Sangue arterial (volume
estressado).
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
AULA 17 – 2ª UNIDADE

Sistema Respiratório
FIBROSE CÍSTICA:
FUNÇÕES
* Além do sistema respiratório, o sistema nervoso e
* Hematose = suprir o organismo de O2. gastrointestinal também são afetados.
* Remover CO2 do organismo. * Quem tem fibrose cística tem uma alteração genética que
 CO2 não pode ser acumulado no organismo porque produz uma proteína canal defeituosa.
reage com água, formando o ácido carbônico, que * Esse canal é fundamental para que as secreções tenham a
aumenta a concentração hidrogênio-iônica, quantidade eficiente de água = na fibrose cística a secreção é
aumentando a produção de ácido e diminuindo o pH. muito espessa.
* Regulação do pH = excreção de CO2. * Com o muco espesso, os cílios ficam grudados e não conseguem
 CO2 + H2O -> H2CO3 (ácido carbônico) aumenta -> H fazer o movimento mucociliar = causa inúmeras infecções
+ HCO3 (bicarbonato = substância tampão). respiratórias.
* Regulação da pressão arterial. Obs.: O cloro é um importante trocador,
Produção enzimática = ECA (enzima vasoativa que transforma se o cloro não for, o sódio não vai e a
angiotensina I em angiotensina II). água não vai.
* Termorregulação = troca de calor na inspiração e expiração do
ar). ZONA DE TRANSIÇÃO
* Fonação = regulação da fala -> entrada e saída de ar -> * Estruturas = BROQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS.
vibração das cordas vocais.
 Tem poucos alvéolos = pouca hematose = pouca troca
* Facilita o retorno venoso = movimentos respiratórios auxiliam
gasosa.
no retorno venoso.
* Diminuição da presença de células ciliadas e caliciformes.
ZONAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
ZONA RESPIRATÓRIA
ZONA DE CONDUÇÃO * Estruturas = DUCTOS ALVEOLARES, SACOS ALVEOLARES E
ALVÉOLOS.
* Primeira zona.
* Presença de muitos alvéolos = intensa hematose.
* Conduz o ar para dentro e para fora do sistema respiratória
e, à medida que passa pelas estruturas, é melhorado. CONCEITOS IMPORTANTES
* Vai das fossas nasais até os bronquíolos terminais.
* Volume corrente = 500 ml ou 0,5 l de ar -> em repouso.
 Estruturas = FOSSAS NASAIS -> NASOFARINGE ->
 Nem todo volume inspirado teve condições de fazer
LARINGE -> TRAQUÉIA -> BRÔNQUIOS ->
troca = ex.: zona de condução.
BRONQUÍOLOS TERMINAIS.
* Espaço morto = Volume de ar que não participa da troca
* Não tem alvéolos = não há hematose = não faz troca gasosa.
gasosa, ou seja, não faz hematose.
* Aquece, umidifica e filtra o ar através das células ciliadas e
 Espaço morto anatômico = é o volume de ar que não
caliciformes (produtoras de muco) -> trabalho mucociliar =
participa da troca gasosa, pois está contido na zona de
impurezas são expectoras ou destruídas.
condução, que não possui alvéolos. É sua anatomia,
 Epitélio ciliado = movimentos ajudam a expectorar as
ausente de alvéolos, que não permite essa hematose.
impurezas e a produção do muco ajuda na
 Espaço morto funcional = é o volume de ar contido em
umidificação e filtração -> as impurezas vão ficar
alvéolos não perfundidos (sem perfusão = sem
presas no muco e o movimentos dos cílios coloca
irrigação sanguínea). Pode ser tanto na zona de
essas impurezas para fora.
transição quanto na zona respiratória.
 Importância da umidificação = em litorais, pacientes
 Espaço morto fisiológico (total) = anatômico + funcional.
que têm doenças respiratórias, o ar seco causa
Corresponde a mais ou menos 150 ml dos 500 ml de
danos aos alvéolos.
volume corrente (ar que é deslocado a cada impulsão
 Importância do aquecimento = o ar muito frio causa
respiratória).
danos ao alvéolo, precisa chegar perto a nossa
temperatura corporal.
 Importância da filtração = filtra impurezas para que
não cheguem a inflamar os alvéolos, dificultando a
troca gasosa.
EDEMA
Obs.: ESPAÇO MORTO ANATÔMICO é o espaço * Dificuldade de receber suprimento sanguíneo, dificultando a
que mais vai contribuir para o espaço morto cicatrização dos tecidos e a perfusão dos alvéolos,
total.
* Nem todo ar inspirado sofre hematose.

Mecânica Respiratória
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS INSPIRAÇÃO
* É o que permite o deslocamento do ar e a diferença de * Pressão alveolar = diminui e se torna menor que a do
pressão. ambiente, ou seja, se torna negativa.
INSPIRAÇÃO * Pressão intrapleural = diminui e se torna menor que a do
ambiente, ou seja, se torna ainda mais negativa.
* Entrada de ar nas cavidades respiratórias.  Já era negativa, pois o pulmão é um órgão que tende a
* Tem que mudar a pressão alveolar e intrapleural. fazer retração elástica.
* Movimento ativo = contração do diafragma e dos intercostais  Fora da cavidade torácica o pulmão murcha.
externos. -> vai sempre depender da contração dos músculos.  Essa pressão negativa facilita sua expansão.
 Esternocleidomastoideo e escalenos podem ajudar.
Obs.: Quando a glote está aberta e não
* Aumenta o volume e diminui a pressão interna = o ar vai para
região de maior pressão (ambiente) para o de menor pressão. entra fluxo de ar para dentro dos pulmões,
* Expansão da cavidade torácica em todas as direções (direção a pressão alveolar é igual a do ambiente, ou
vertical, latero-lateral e antero-posterior). seja, igual a zero.

EXPIRAÇÃO BASAL OU DE REPOUSO EXPIRAÇÃO


* Involuntária. * Pressão alveolar = aumenta se tornando maior que a do
* Respiração passiva = relaxamento dos músculos antes ambiente.
contraídos -> retração da cavidade torácica. * Pressão intrapleural = aumenta, mas ainda permanece
* É um processo mecânico passivo, pois não depende dos negativa.
músculos respiratórios, mas sim do relaxamento dos músculos PNEUMOTÓRAX:
antes contraídos na inspiração. * É a ruptura da pleura.
* Retração torácica devido ao relaxamento dos músculos * Pode ser causada por uma fratura na costela que atinge a
contraídos na inspiração. pleura, impacto na região do tórax, um tiro, uma facada ou de
* Diminui o volume e aumenta a pressão interna. forma espontânea.
* Não estando mais isolado, esse espaço intrapleural atinge
EXPIRAÇÃO FORÇADA pressões positivas e não expande.
* Espontâneo = durante a atividade física ou numa crise de  Nem inspira, nem expira.
asma.  Angústia respiratória.
* Processo mecânico ativo, pois necessita da contração dos * O ar e o líquido que está ali necessitam ser drenados, pois
músculos acessórios à expiração forçada = intercostais internos desencadeiam um processo inflamatório e um edema na região.
e músculos abdominais. PRESSÃO INTRAPLEURAL:
* Crise de asma = broncoespasmos -> dificuldade de expulsar o * Deve estar sempre negativa.
ar. * Quando ela está momentaneamente positiva é na defecação,
PRESSÕES ENVOLVIDAS NO MOVIMENTOS quando fazemos força, quando inspiramos ou durante a tosse.
RESPIRATÓRIOS OBS.: PRESSÃO TRANSPULMONAR =
também chamada de transmural, é a
* A mudança de pressão se deve ao trabalho mecânico do
pressão alveolar menos a pressão
músculo esquelético.
* Qualquer patologia que se altere a capacidade de contração intrapleural. Se considerarmos que a PI
dessa musculatura provocará sérios danos a mecânica é negativa, no final vai somar.
respiratória. Miastenia grave ou doença autoimune, no qual o ALVÉOLOS
receptor nicotínico da placa motora está sendo atacado por
anticorpos do próprio indivíduo, causando problema na mecânica * São bem numerosos e se organizam em sacos.
ventilatória além das dificuldades de locomoção e manutenção da * A grande área garante a eficiência da hematose.
postura. * Está preparado para não colabar após a saída de ar.
* Realizam hematose = processo passivo -> difusão simples. suficientemente desenvolvidos e não apresentam uma síntese
* Formado por células epiteliais alveolares ou pneumócitos (tipo 1 de surfactante adequada.
e tipo 2). * O bebê acaba tendo alguns alvéolos colabados e da próxima
vez que for inspirar terá que fazer muito esforço = precisa da
COMPONENTES DA PAREDE ALVEOLAR pressão transpulmonar elevada.
* Pneumócitos tipo 1 = forma o epitélio de revestimento e * Na suspeita de um parto pré-termo (prematuro), é feito o uso
realiza a hematose, não apresenta atividade mitótica. de corticoides para estimular a capacidade de diferenciação dos
* Pneumócitos tipo II = produzem surfactante, responsável por pneumócitos tipo II e acelerar a produção de surfactante.
impedir o colabamento das paredes alveolares, que é a tendência * Não previne, mas ameniza a angústia.
natural do alvéolo na expiração, pois a presença de água na * Surfactante exógeno (aerossol) é colocado nas vias aéreas do
parede interna do alvéolo e a atração entre essas moléculas bebê enquanto os pulmões estão se desenvolvendo.
para a formação de pontes de hidrogênio (tensão superficial) e
é capaz de se diferenciar em pneumócitos tipo 1. SARA – SÍNDROME DE ANGÚSTIA REPIRATÓRIA NO
* Macrófagos = função de defesa -> impurezas precisam ser ADULTO
fagocitadas. * Diminuição na produção de surfactante.
SURFACTANTES: * Quanto mais você faz exercício respiratório mais surfactante
* São fundamentais na mecânica respiratória. você produz. Uma pessoa com angústia respiratória é estimulada
* Solução lipoproteica rica em íons, fosfolipídios (principalmente o a fazer fisioterapia.
dipalmitoilfosfatidilcolin), e proteínas.
ENFISEMA PULMONAR
* Natureza anfipática = polar e apolar.
* Produzidos pelos pneumócitos tipo II. * Ocorre destruição das fibras elásticas devido a produção da
* É como se o fosfolipídio fosse o princípio ativo do surfactante, enzima elastase pelos macrófagos, que degrada a elastina (que é
pois aquilo que ele exerce fisiologicamente, depende justamente responsável pela elasticidade) e, consequentemente, aumenta a
dessa riqueza de fosfolipídios. complacência e faz com que o paciente tenha dificuldade de
* O surfactante diminui a tensão superficial, evitando a expirar e fique fazendo sempre uma expiração forçada.
formação das pontes de hidrogênio, evitando o colabamento * Esse quadro pode acontecer com fumantes que, colocando
alveolar. impurezas dentro dos pulmões por tempo prolongado, faz com
 Colapso alveolar = atelectasia. que a atividade dos macrófagos, células de defesa, fiquem
* A tensão superficial é a força que faz as paredes se unirem extremamente aumentada.
e ela ocorre através das pontes de hidrogênio.
ASMA
 Se diminuir a tensão superficial, diminui a formação das
pontes de hidrogênio, que evitar que as paredes se * Não é uma questão alveolar, mas do músculo liso presente na
juntem = evitando angústia respiratória. parede dos bronquíolos.
* Aumenta a complacência pulmonar (capacidade de expansão do * Na crise asmática, o tônus muscular está aumentado,
pulmão) = facilita a próxima inspiração. causando os broncoespasmos e a broncoconstrição.
* TRATAMENTO: Via simpática→ broncodilatadores que age no
LEI DE LAPLACE receptor Beta2 do músculo liso dos bronquíolos. Via
* Pressão intra-alveolar é igual a duas vezes a tensão superficial parassimpática→ antagonista do receptor muscarínico. Ex:
dividido pelo raio do alvéolo. ipratrópio.
* Existem alvéolos de vários tamanhos. FIBROSE PULMONAR
* Se tem um raio menor, terá uma pressão maior = tem
tendência a se esvaziar em um alvéolo maior = tem tendência a * Paciente tem contato com impurezas do ar (indústria, poluição)
colabar. e isso acarreta o aumento da atividade dos macrófagos. Esses
* O surfactante vai atuar mais em alvéolos menores para deixar macrófagos vão produzir substâncias que ativam fibroblastos na
a pressão entre os alvéolos de diferentes tamanhos iguais. região alveolar e esses vão produzir muito colágeno. Esse
* O surfactante aumenta a complacência pulmonar (capacidade excesso de colágeno na parede alveolar vai endurecê-la,
de expansão do pulmão), que, quando aumentada, diminui o formando um tecido fibroso que diminuirá a complacência
esforço para expansão. pulmonar e dificultar o processo de ventilação.

EXEMPLO CLÍNICO = SÍNDORME DA ANGÚSTIA CRISE ALÉRGICA


RESPIRATÓRIA DO RECÉM-NASCIDO * Em pacientes com crise alérgica, há grande liberação de
* Começamos a produzir surfactante na vida intrauterina, mais histamina no organismo. No músculo liso dos vasos sanguíneos,
ou menos com 24 semanas, porém não é suficiente nem em essa histamina vai agir nos receptores H1, envolvidos na alergia,
qualidade e nem em quantidade que garanta a mecânica causando intensa vasodilatação que diminuirá a PA. No músculo
respiratória. liso dos bronquíolos, a histamina irá agir no receptor H1, porém o
* Quando o bebê nasce prematuro, ele tem dificuldade de efeito é de contração, aumentando o Ca+2 intracelular, a
respirar, ele sofre o que chamamos de síndrome da angústia broncoconstrição. TRATAMENTO: adrenalina age no receptor
respiratória por conta da deficiência da síntese e da qualidade Beta2, causando broncodilatação e reverte a vasodilatação
do surfactante, pois os pneumócitos tipo II não estão agindo em Alfa1, pelo aumento da a RVP.
AULA 18

Regulação neuroquímica da mecânica ventilatória


* O controle neuroquímico da respiração envolve estruturas da
periferia, que captam as informações, e estruturas centrais, CONTROLADORES CENTRAIS
que chegam com as informações até elas, fazendo as análises * Na maior parte do tempo o controle é realizado
de dados que estão chegando e elaboram o comando de automaticamente.
resposta que vem por via eferente para os órgãos efetores * Bulbo e ponte.
que tem seus músculos da respiração.
BULBO
* Quimiorreceptores = detectam a informação química envolvida
na mecânica respiratória -> PO2, PCO2, pH. GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL (GRD):
* Localizados na parte dorsal do bulbo.
RECEPTORES
* Emitem potenciais de ação em direção aos neurônios espinhais
que vão disparar potenciais de ação que são controladores da
PULMONARES DE ESTIRAMENTO
inspiração (diafragma e intercostais externos).
* Localizado nos pulmões = principalmente onde tem bronquíolos, * CENTRO INSPIRATÓRIO.
nas células musculares lisas do trato respiratório. * As eferências estão chegando ao diafragma e aos músculos
* São sensíveis ao estiramento = quanto maior o estiramento intercostais externos com o objetivo de estimular a contração.
mais os receptores serão ativados. GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL (GRV):
* Sofrem estiramento em respiração mais rigorosa = inspiração. * Localizado na parte ventral do bulbo.
* Reflexo de Herin-Breur = cessa a inspiração e faz uma * Estão envolvidos no controle da expiração, mas agem também
expiração mais prolongada. na inspiração devido ao complexo pré-botzinger.
* Parte superior = neurônios que formam o pré-botzinger que
ARTICULARES E MUSCULARES
controla nosso ritmo respiratório.
* Localizado nas articulações e músculos.  Funcionam como um marca-passo da ventilação
* São responsáveis por mudar o padrão respiratório quando ventilatória, ditando esse ritmo.
reconhecer que o indivíduo está realizando esforço. * Parte inferior = neurônios que vão disparar potenciais de ação
* O padrão respiratório muda para levar a quantidade de O2 para expiração forçada (intercostais internos e abdominais).
necessária e tirar o excesso de CO2 gerado. * Tem neurônios reguladores da inspiração.
IRRITATIVOS * COMPLEXO BOTZINGER = quando ativado, vai como eferência
para os músculos expiratórios realizarem contração. Ou seja,
* Localizado na parte superior da via aérea. essa área é ativada quando o indivíduo faz uma expiração
* São estimulados por um cheiro diferente, por poeira, chuva, forçada, ativa.
perfume forte, ar.
* Quando estimulados, geram tosses e espirros, pois muda o PONTE
padrão ventilatório. * Faz o ajuste fino de tudo.
RECEPTORES JUSTACAPILARES OU J * Exerce função de controle sob o bulbo.
CENTRO PNEUMOTÁXICO:
* Localizados na parede dos alvéolos, próximo aos capilares * Realiza ajuste fino na mecânica ventilatória.
alveolares. * É ele que faz a transição entre a inspiração e expiração.
* São sensíveis ao aumento da estase do sangue, causando um * Envolvido na coordenação entre os movimentos de inspiração e
edema no parênquima pulmonar. expiração = tempo, intensidade e quantidade.
* EDEMA PULMONAR = insuficiência cardíaca esquerda. CENTRO APNÊUSTICO:
QUIMIORRECEPTORES * Não é um padrão ventilatório normal, desenvolve-se com uma
lesão na ponte.
* Localizados tanto centralmente (bulbono LCR) → sensíveis a * Caracteriza-se por uma inspiração longa seguida de uma
variação de pH (especialmente a diminuição) e indiretamente o expiração curta.
aumento da PCO2; como perifericamente (aorta e bifurcação
das carótidas) → detectar principalmente a diminuição da PO2
e a diminuição do pH na corrente sanguínea, embora também
sejam sensíveis ao aumento de CO2
* São classificados quanto aos locais de quimiorreceptores em
centrais e periféricos.
* CENTRAIS = estão localizados no bulbo que capta a informação
LCR, monitoram a pressão parcial de CO2 e são sensíveis a
elevação de CO2.
* PERIFÉRICOS = Ficam próximos aos receptores aórticos
(corpos aórticos) e carotídeos (corpos carotídeos). São sensíveis
ao aumento de PCO2 e a diminuição de pH.
AULA 19

Intercâmbio Gasoso
 Causas = diminuição do PCO2, aumento do pH ou
TRANSPORTE DE 02
diminuição da concentração de H+, diminuição da
* 2% dissolvido no plasma = fração livre. temperatura e diminuição do 2,3 difosfoglicerato.
 Quando falamos de pressão parcial do gás é sobre a
fração livre que estamos falando. ENTENDENDO TERMOS E PROCESSOS
* 98% ligado à hemoglobina = presente nas hemácias. * pH aumentado ou diminuído = diminuição ou aumento na
 4 cadeias proteicas: 2 alfas, 2 betas e no centro de produção de H+, respectivamente.
cada uma 1 grupamento heme (4 grupos heme). * 2,3 difosfoglicerato = produto da via anaeróbica glicolítica.
 O ferro 2+ (ferroso) está ligado ao grupo heme e tem  Organismo entende que precisa de mais O2 quando
afinidade pelo O2, que deve estar ligado a 4 cadeias está mais aumentada ou de menos O2 quando está
para saturação ser 100%. diminuída.
 Ferro 3+ (férrico) não se liga.  É um regulador alostérico em situações de estresse
* RESERVA DE OXIGÊNIO = cada hemoglobina deixa apenas uma celular, uma vez que, ao ser produzido, se liga às
molécula de oxigênio no tecido a pressão normal. hemoglobinas, reduzindo sua afinidade pelo oxigênio.
 A hemoglobina que veio do alvéolo circular para o * EFEITO BOHR = estuda o deslocamento da curva de dissociação
capilar, ela vai com 4 moléculas de O2 e, em condições da oxi-hemoglobina em resposta a variação do CO2 e do pH.
normais, ela deixa uma molécula no tecido e continua  Eventos associados ao aumento da produção de CO2
com 3. 75% da saturação da hemoglobina ocorre em por demanda metabólica nas regiões teciduais com
40mmHg em condições normais. consequente formação de H+ e redução do pH
* O processo de troca gasosa acontece por difusão simples. sanguíneo, levando a um deslocamento da curva de
Precisa-se de fatores que façam o O2 se desligar da dissociação da hemoglobina para a direita -> redução da
hemoglobina. Quando esse sangue estiver chegando aos tecidos, afinidade oxi-hemoglobina -> elevação da demanda
existem alguns fatores que iram favorecer essa dissociação. desse gás.
 A redução da afinidade oxi-hemoglobina forma a
CURVA DE DISSOCIAÇÃO DA OXI-HEMOGLOBINA desoxiemoglobina e acaba a acarretar uma elevação da
* Saturação em função da pressão parcial de O2. afinidade entre a hemoglobina e o gás carbônico,
ocorrendo a formação de carbaminoemoglobina e
carboemoglobina.
* EFEITO DE HALDANE = eventos associados à dissociação da
oxi-hemoglobina e elevação da afinidade dessa estrutura com o
gás carbônico.
 É a capacidade da hemoglobina de, assim que perder o
O2, já se ligar a outra molécula (CO2).
 É a capacidade de trocar a molécula da ligação.
 A desoxiemoglobina se liga ao CO2 devido ao aumento
da afinidade, formando a carbaminoemoglobina.
* MONÓXIDO DE CARBONO = liga-se ao grupamento Heme (Fe+2)
com 240x mais afinidade quando comparado ao O2, deslocando
a curva de oxi-hemoglobina para a esquerda. Forma de
* P50 = pressão parcial de O2 que garante 50% de saturação carboxihemoglobina.
da hemoglobina.  INTOXICAÇÃO = CO apresenta grande afinidade com a
 2 sítios ocupados. hemoglobina de forma superior ao O2.
* Desvio da curva para direita = diminuição da afinidade da  Descola o O2 da composição oxi-hemoglobina.
hemoglobina pelo O2.  Formação da carboxihemoglobina.
 Precisa de uma elevação na concentração de O2 para  Impede o suprimento das demandas metabólicas de O2.
chegar na P50 = aumenta a P50.
 Causas = aumento do PCO2, diminuição do pH ou TRANSPORTE DE CO2
aumento da concentração de H+, aumento da * 70% = HCO3- (bicarbonato) -> no sangue.
temperatura e aumento do 2,3 difosfoglicerato. * 23% = ligado a hemoglobina (carbaminoemoglobina).
* Desvio da curva para esquerda = aumento da afinidade da * 7% = livre no plasma (CO2) -> dissolvidos.
hemoglobina pelo O2.
NOMENCLATURAS
 Precisa de uma diminuição na concentração de O2
para chegar na P50 = diminui P50. * Oxiemoglobina.
* Desoxiemoglobina = desliga-se do 02.
* Carbaminoemoglobina (carboemoglobina) = ligado ao CO2.
* Carboxihemoglobina = ligada ao CO (se liga no ferro no lugar do
O2 e tem muito mais afinidade) -> intoxicação por monóxido de
carbono.
 Além disso, desloca a curva para esquerda.
 Por mais que aumente a PO2, não é possível saturas a
hemoglobina.

* CO2 = lipossolúvel.
 Penetra e sai por difusão simples.
* Efeito Haldane = aumenta da perda de O2 pela hemoglobina =
desoxiemoglobina = maior afinidade pelo CO2.
* HCO3- = sai e entra da hemácia pelo trocador com Cl- = ânion
de mesma carga elétrica -> não muda o potencial da membrana.
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
* Paciente que não consegue eliminar adequadamente o CO2
* Ex: broncoconstrição, enfisema pulmonar, um edema pulmonar.
* Aumento de CO2 = aumento de H2CO3- = aumento do H+ =
aumento do HCO3-.
* HCO3- vai ser eliminado e fazer tamponamento dos ácidos
produzidos, resultando em grande quantidade de H+, que será
eliminado na corrente sanguínea.
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
* Paciente libera uma quantidade muito grande de CO2
* Ex: ansiedade – hiperventilação.
* Diminuição do CO2 = diminuição do H2CO3- = diminuição do H+.
* Quem compensa essa alcalose ou acidose são os rins,
aumentando ou diminuindo a excreção e também a reabsorção
de bicarbonatos.

OBS.: DESOXIHEMOGLOBINA = tampona o H+ no interior das


hemácias.
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
AULA 20

Sistema Renal
* Vitamina D3)
FUNÇÕES * Atua no metabolismo ósseo e regula a concentração de cálcio
* Filtração do plasma = eliminação de impurezas metabólicas. e fósforo no organismo
* Excreção de substâncias = tanto de origem endógena, quanto * Tem a ver com a regulação de cálcio.
exógena. * O calciferol recebe a primeira hidroxilação no fígado na
 Uréia, ácido úrico, creatinina, fármacos.. posição 25 e a segunda nos rins na posição 1, chegando a sua
* Controle do volume hídrico. forma ativa.
* Regulação das osmolaridade = se excretamos soluto, também * É responsável pela regulação do metabolismo do cálcio e dos
estamos excretando água através da urina. fosfatos, estimula o sistema imunológico.
* Equilíbrio eletrolítico = excreção de íons.  É modulador do sistema imunológico.
 Sódio, potássio, cloro..
* Controle do pH / equilíbrio ácido-básico = o bicarbonato é muito CASO CLÍNICO – INSUFICIÊNCIA RENAL
pouco excretado, sendo conservado para regulação do pH, * Primeiro ocorre um aumento da filtração glomerular por causa
eliminando H+. da pressão de perfusão renal = hiperfiltração.
 Em conjunto com o sistema respiratório.  Desenvolve hipertrofia (maior espessamento da
* Regulação da pressão arterial = por conta da água e do sódio. membrana basal e aumento na produção de células
 O volume hídrico está relacionado com o controle da mesangiais) = obstruem poros da filtração levando a
PA, pois esse está diretamente relacionado a volemia insuficiência renal.
(volume de sangue circulante).
RIM
 Uma maior concentração de sódio no meio extracelular
tende a aumentar a osmolaridade, mas o organismo na * São órgãos encapsulados.
tentativa de não deixar isso acontecer, retém mais * Indo da região da cápsula até a região interna, encontramos o
água, contribuindo para o aumento da pressão arterial. córtex renal e, mais internamente ainda, temos a medula renal.
 Natriurese, diurese (peptídeo natriurético) e produção * Essa medula tem duas partes = medula renal externa e medula
de renina (células justaglomerulares). real interna (mais próxima do hilo).
 Sistemas envolvidos = cardiovascular, * Importante órgão.
respiratório(indiretamente), endócrino, nervoso e renal. * Faz biotransformação e é um órgão fundamental de excreção.
* Produção de hormônios = renina, eritropoetina, 1,25 * Cuidado com o uso de fármacos, doenças bacterianas e virais,
diidroxicolecalciferol (forma ativa da vitamina D). hipertensão = podem causar insuficiência aguda.
* Sua unidade funcional é o néfron.
RENINA
NÉFRON
* Interfere na regulação da PA = converte angiotensinogênio em
angiotensina I. * É a unidade funcional dos rins.
* 1 milhão e duzentos néfrons em cada rim.
ERITROPOETINA * Néfrons dormentes = nem todos os néfrons funcionam, existe
* Estimula a medula óssea a produzir eritrócitos = formação das um material de reserva funcional.
células vermelhas.  Reserva renal.
 Estimula a eritropoiese, que estimula a medula óssea a  Responde a demandas maiores.
produzir hemácias  Em casos de transplantes, podemos viver com um
* Além de aumentar a produção de hemácias, inibe a capacidade único rim.
de apoptose (morte celular programada) e estimula a * Corpúsculo renal (glomérulos) = filtração do plasma.
angiogênese (capacidade de vascularização dos tecidos). * Túbulos renais = reabsorção e secreção de substâncias.
* Predisposição a tumores, porém, pelas suas funções, é usada * Todo rim tem corpúsculo glomerular = onde está o glomérulo.
em atletas como doping.  Classificação quanto a localização/distribuição do
* Um paciente que tem doença renal crônica desenvolve anemia, glomérulo:
pois fica insuficiente na produção de hormônios como a
NÉFRON CORTICAL
eritropoetina.
* Glomérulo localizado na parte superior do córtex.
1,25 DIIDROXICOLECALCIFEROL
* Suas alças não são muito profundas, não alcançam uma região Obs.: Os capilares peritubulares dos néfrons corticais
muito profunda na medula são chamados de peritubulares ou justatubulares.
 85% são corticais = são mais numerosas.
Obs.: o sangue que saiu da eferente, sangue já
NÉFRON JUSTAMEDULAR filtrado, não vai direito para o sistema venoso, ele
* Glomérulo localizado na parte inferior do córtex. ainda vai para um segundo conjunto de capilares:
* As alças de henle são mais profundas, chegam na região CAPILARES PERITUBULARES, que se encontram em
medular e tem um importante papel no ajuste fino da torno dos túbulos renais e são fundamentais para os
concentração/diluição da urina. mecanismos de reabsorção e secreção tubular.
* Estão em menor quantidade e alcançam a região da medula Obs.: No espaço de Bowman ocorre a formação do
interna = grande quantidade de sódio e ureia no espaço ultrafiltrado, mas esse ainda não é a urina, é a
extracelular. primeira etapa. Ainda tem que percorrer o sistema
de túbulos renais para sofrer os processos de
GLOMÉRULO RENAL
reabsorção e secreção e, assim, formar a urina
* Arteríola aferente = conduz o sangue até os capilares
glomerulares.
* Capilares glomerulares = realizam a filtração do plasma.
 Estão enovelados para caber mais.
* Arteríola eferente = saída do sangue já filtrado.
* Espaço de Bowman = recolhe o ultrafiltrado.
* Cápsula de Bowman = delimita o espaço de Bowman, está
revestida por células epiteliais que servem como barreira de
filtração.

AULA 21

Filtração Glomerular e Hemodinâmica Renal


* Caminho do sangue: arteríola aferente -> capilares
FILTRAÇÃO glomerulares -> arteríola eferente -> capilares peritubulares
* Primeiro passo para formação da urina. (segunda rede de capilares em torno dos túbulos renais; nos
* Acontece no corpúsculo do glomérulo. néfrons justaglomerulares chama de vasos retos).
* Não está envolvido nenhum sistema de transporte  Vasos retos = aumenta a participação nos mecanismos
transmembranar = ocorre na REABSORÇÃO e SECREÇÃO. de controle da concentração / diluição da urina.
* A barreira de filtração (capilar glomerular) é formada por três * Filtração é diferente de reabsorção e secreção tubulares.
elementos.  Filtração = pressão de Starling.
 Endotélio = formado por células endoteliais, está em  Reabsorção e secreção tubulares = transporte
contato com a luz do vaso, é a primeira barreira a ser transmembranar intenso -> muitos ativos e transporte
vencida. para células (células oclusivas.
 Membrana basal = não tem células, é rica em * Injúria = perda da seletividade dessa barreira.
proteínas (sialoproteínas – proteínas estruturais que
possuem carga negativa, repelindo moléculas de cargas OBS: GLOMERULONEFRITE E GLOMERULONEFROSE
negativas), possuem colágeno. Se algo ficar na são patologias que os pacientes acometidos
membrana basal, volta pro lúmen. Ela tem 3 camadas. perdem sialoproteínas, permitindo a passagem de
 Podócito = formado por prolongamento da cápsula de proteínas plasmáticas que não deveriam passar
Bowman, é uma barreira inteligente por formar poros pela barreira filtrante. Esses pacientes vão
móveis, é um prolongamento do epitélio. apresentar proteinúria (proteína na urina).

PRESSÕES OU FORÇAS DE STARLING E A FILTRAÇÃO


GLOMERULAR
* Pressões que estão comandando a filtração.
* Tem duas bem específicas = uma que é exercida pela
* Não passam pela barreira de filtração as células sanguíneas e presença de água (hidrostática) e outra que é exercida pela
as macromoléculas proteicas do plasma = quando o glomérulo presença de proteínas (oncótica ou coloidosmótica).
está em condições normais.
 A barreira de filtração seleciona por tamanho, peso PRESSÃO HIDROSTÁTICA NO CPAILAR GLORERULAR
molecular e carga. * PCG.
* Na luz do vaso tem água que vai realizar uma pressão * Perda da seletividade.
hidrostática ali. * Passa proteína para o espaço de Bowman, passando a existir
* A água que passar da luz do vaso para o espaço de Bowman. pressão oncótica no mesmo = isso não deveria acontecer.
* O vetor é no mesmo sentido da do vetor da filt ração. * Favorece a filtração = hiperfiltração -> a longo prazo gera
* Favorece a filtração. hipertrofia (aumento da produção de colágeno, fibroblastos e
aumento da espessura da membrana basal) -> obstrução dos
PRESSÃO HIDROSTÁTICA NO ESPAÇO DE BOWMAN poros -> insuficiência renal crônica.
* Tem pressão hidrostática porque tem ultrafiltrado.
* Essa água é contra o vetor da filtração porque essa água DIETA HIPERPROTEICA
quer sair dali e ir para outros compartimentos. * Aumenta a pressão oncótica e sobrecarrega os rins.
* Não favorece a filtração.
RITMO/TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (RFG OU TFG)
PRESSÃO ONCÓTICA OU COLOIDOSMÓTICA NO * Função renal = pressão de filtração (papel principal dos rins).
CAPILAR GLOMERULAR * Taxa de filtração glomerular = quanto é filtrado pelos rins.
* PπCG. * O que realmente é filtrado = plasma.
* Na luz do vaso tem sangue e esse sangue tem muita proteína. * Medida de funcionamento renal, deve observar se eles estão
* Proteínas vão reter água na luz do vaso. funcionando (filtrando) adequadamente.
* Não favorece a filtração. MEDIDA DIRETA
PRESSÃO ONCÓTICA OU COLOIDOSMÓTICA NO * Através das pressões de Starling.
ESPAÇO DE BOWMAN * Método invasivo = Não é viável clinicamente.
* Não há uma quantidade significativa de proteínas para exercer * Usado em modelos animais (laboratório -> pesquisa).
uma pressão oncótica. * Para ser usado em alguns animais específicos tem que ter
* Nula = não existe em condições normais. acesso aos glomérulos, à luz do capilar glomerular, do espaço de
Bowman.
EXEMPLOS CLÍNICOS
MEDIDA INDIRETA
DIABETES DESCOMPENSADA * Clearance de inulina = depuração (capacidade de retirar o
* Indivíduo sempre com glicemia (glicose em excesso passa pela soluto do solvente).
barreira de filtração, porém é um soluto muito osmótico, ou seja, * Inulina não é produzida endogenamente = laboratório.
leva água junto) = hiperfiltração. * Não se liga às proteínas plasmáticas.
* Outra forma do paciente diabético desenvolver insuficiência * Não é reabsorvida nem secretada ao longos do túbulos,
renal é pela lesão na barreira devido a processos inflamatórios também não é metabolizada no organismo.
vasculares.  CI = RFG
 Perda da seletividade, que tem como primeiro sinal a * Procedimento = injetar inulina, dosar inulina no sangue, dosar
passagem de proteínas plasmáticas. inulina na urina para calcular a depuração.
 Essa grande concentração de proteínas faz com que CLEARENCE DE INULINA
a pressão oncótica passe a existir no espaço de
Bowman, favorecendo a filtração. * Administrada uma infusão de insulina na corrente sanguínea,
 Com o tempo, os néfrons desse paciente estarão ela vai ser livremente filtrada nos rins = sem se ligar a proteínas
fazendo hiperfiltração e a consequência desse quadro plasmáticas, sem sofrer nenhum tipo de biotransformação no
é que as células mesangiais, que estão nos capilares, corpo.
passam a produzir colágeno que vai ser depositado no * Ela sairá intacta da urina, sem haver absorção no túbulos, nem
glomérulo, obstruindo os poros de filtração acréscimo.
desenvolvendo um quadro de hipertrofia glomerular. * Será filtrado e vai sair 100%, pois elimina 100% = ideal.
* Inulina = polímero de frutose (pentose), um açúcar, um
 Essa hipertrofia vai ser acompanhada da perda da
carboidrato.
capacidade de filtração, caracterizando o
* Está presente em vegetais, plantas e frutas.
desenvolvimento de uma insuficiência renal grave
* É administrada em animais apenas através da corrente
HIPOPROTEINEMIA sanguínea = acesso-infusão via jugular).
* Independente da causa terá um edema, pois não está * Método invasivo = infusão jugular, através da correntes
conseguindo reter água na luz do vaso. sanguínea.
* Essa água está saindo do vaso e indo para os tecidos,  Monitoramento da PA = através de uma cânula
formando um edema. femoral.
* A pressão coloidosmótica dentro do vaso está muito pequena  A pressão não pode cair nem aumentar.
porque está havendo perda de proteína ou a não produção dela.  O rim é um órgão que responde rapidamente às
alterações de pressão.
LESÃO NA BARREIRA DE FILTRAÇÃO
CLEARENCE DE CREATININA
* Pode acontecer por processo inflamatório.
* Usada na rotina clínica.
* O próprio organismo produz a creatinina ao longo do dia =  ↑ vasoconstrição = pressão de chegada do sangue =↑
metabolismo da creatinina muscular. taxa de pressão hidrostática = ↑TFG.
* Medida na corrente sanguínea e na urina. * Sistema renina - angiotensina - aldosterona (SRAA).
* É um valor aproximado, não igual.  Angiotensina 2 tem age tanto na aferente quando na
 Uma pequena parte da creatina vai estar presente na eferente, mas mais na eferente = vasoconstrição na
urina porque houve secreção tubular. eferente.
 Pouco = em torno de 7%.
HIPOVOLEMIA
 Outros 93% da creatina urinada vem da filtração =
tem uma boa medida no ritmo da filtração. * Sistema renina-angiotensina é ativado, provocando
* Não é invasivo. vasoconstrição da eferente, com o intuito de que o volume
* Primeiro se faz um exame de creatinina normal plasmática, sanguíneo, chegando em menor quantidade, permaneça mais
caso dê alterado é que pede o clearence. tempo no capilar glomerular para que a taxa de filtração
 Aumentado = rim não está funcionando corretamente. glomerular seja mantida.
*A creatina faz retenção de líquido. * Prostaglandinas (autacóides: produzidas pelos rins e atuam nas
 Para melhorar a excreção da creatinina tem que proximidades).
ingerir bastante água.  Substâncias derivadas de lipídeos e produzidas a partir
 Em pacientes desidratados, faz-se suplementação de da enzima cicloxigenase.
creatinina.  Fazem vasodilatação da aferente e eferente,
* O papel das arteríolas aferentes comandando o fluxo principalmente da eferente = ↑ a chegada do fluxo
sanguíneo renal são fundamentais para o ritmo da filtração. sanguíneo no capilar = ↑ taxa de filtração glomerular.
* O rim consegue, por conta própria, fazer a autorregulação do  Muito liberadas em processos de inflamação.
fluxo sanguíneo e do ritmo de filtração.  Produzidas em situações limítrofes, quando a taxa de
* Ele consegue acelerando a resistência das arteríolas. filtração já está muito prejudicada.
 Quanto maior o fluxo, maior a filtração.  Protetoras do estômago: diminuem secreção ácida.
 Quanto menor o fluxo, menor a filtração.  Envolvidas na agregação plaquetária (tromboxano).
 Envolvidas na anticoagulação (prostaciclina)
PAPEL DA RESISTÊNCIA DAS ARTERÍOLAS.
ANTI-INFLAMATÓRIOS
* Inibem a formação de prostaglandinas, tendo como efeito
adverso: azia devido à falta de regulação ácida e consequente
falta de proteção da mucosa.
* A pressão arterial sistêmica ao longo do dia varia. DIABETES
* O rim não quer que isso aconteça com ele = ele quer manter o * Se um paciente diabético apresentar fibrose glomerular e a
mais constante possível a sua capacidade de filtração. taxa de filtração tiver sido prejudicada, vai ser necessário
 Vai tentar sempre estar filtrando 20% do plasma que aumentar a arteríola eferente para que o fluxo sanguíneo seja
passar por ele. aumentado e, assim, estabilizar a taxa de filtração glomerular
 5l -> 1,2l passam pelo rim -> filtra apenas a parte
líquida = 50% de 1,2l = 600ml de plasma filtrado pelo AUTORREGULAÇÃO RENAL
rim a cada minuto.
 De 600ml, 120ml de ultrafiltrado. TEORIA MIOGÊNICA
 Esse ultrafiltrado se transfora em1 - 2ml de urina * Músculo.
propriamente dita = (reabsorção dos túbulos. * Musculatura é a lisa da arteríola aferente alterando as suas
* Nossa pressão não pode sofrer variações drásticas tanto residências.
para cima quando para baixo = num intervalo muito grande de  Diminui ou aumenta a luz do vaso.
variação de PA, o rim perde a capacidade de autorregulação.  Para regular o fluxo sanguíneo renal e o ritmo da
 Insuficiência renal aguda. filtração
 Autorregulação consegue acontecer numa variação de * Aumento da PA sistêmica = distende o vaso = abertura dos
pressão média entre 80 e 180 mmHg. canais de cálcio = contrai.
* Pressão deve se manter entre 80-180 mmHg = abaixo disso
REGULAÇÃO RENAL
pode perder a capacidade de autorregulação.
* A taxa de filtração glomerular é preservada por mecanismos * Quando a PA chega com forte intensidade na arteríola
auto regulatórios renais e através da produção de diversas aferente, haveriam receptores alfa1 de distensão e, como
substâncias. resposta, constrição dessa arteríola. Constrição da arteríola
* Sistema nervoso simpático provoca constrição da arteríola aferente significa diminuição da TFG para os patamares normais.
aferente, onde existem receptores alfa 1(α1) → sistema * Ou seja, há uma constrição arteriolar para compensar o
hipertensor. aumento da PA por mecanismo próprio do vaso sanguíneo.
* PA x Sistema renal:
TEORIA DO FEEDBACK TÚBULO GLOMERULAR
* Feedback significa retroalimentação, regulação. * Na parede do túbulo distal tem um conjunto de células
* Túbulo distal faz a análise do ultrafiltrado = quantidade de Na+ chamada células de mácula densa.
e Cl-.  Essas células estão em contato direto com a parede da
* De acordo com os valores percebidos vai entender se está ou arteríola aferente = células justaglomerulares
não tendo uma filtração suficiente. (produtoras de renina).
 Mais filtração = as respostas vão para o glomérulo * Todos esses dispositivos que estão aqui na parede do túbulo
para reduzir a filtração para ela se manter na faixa. distal em contato com a aferente são chamadas de aparelho
 Para mudar ritmo da filtração pela resposta do túbulo justaglomerular.
recai novamente na musculatura lisa da arteríola. * O ultrafiltrado é analisado pelas células da mácula densa que
* Células da mácula são células sensores localizadas densa tem sensores = quimiossensores para sódio e cloro.
localizadas na porção inicial do túbulo contorcido distal.  Muito Na+ e Cl- = filtração aumentada.
* ↑ TFG = ↑H2O + Na+ e Cl- na mácula densa = feedback do  Pouco Na+ e Cl- = filtração diminuída.
túbulo para o glomérulo "dizendo" para diminuir a TFG e provoca * A parte dessa interpretação do ultrafiltrado, há
vasoconstrição da arteríola aferente, restaurando a TFG. estímulos para alterar a resistência da arteríola
* ↓TFG = ↓H2O + Na+ ou Cl- na mácula densa, que vai dar sinal aferente = células parácrinas -> o mediador é liberado
para a arteríola eferente liberar Renina para que ocorra por uma célula para agir em outra.
produção de angiotensina II, liberação de aldosterona,  Mediadores vasoconstrição = ATP e adenosina.
vasoconstrição e, assim, restauração da TFG.  Mediadores vasodilatação = óxido nítrico,
* Aparelho justaglomerular = é a soma da mácula densa e das prostaglandinas, PGI2.
células glomerulares.
APARELHO JUSTAGLOMERULAR
* Mácula densa = analisa o ultrafiltrado, controla o fluxo
sanguíneo na aferente.
* Células justaglomerulares = células musculares lisas da parede
da arteríola aferente.
 São células diferenciadas e especializadas na produção
de renina (ação sistêmica).
 Analisa parâmetros da corrente sanguínea.
* Gatilhos para ativar o sistema renina-angiotensina-aldosterona.
 Diminuição da PA e da osmolaridade.

AULA 22

Reabsorção e Secreção Tubulares


* Reabsorção tubular = elementos que passam na luz para * 1 = filtração.
dentro do capilar peritubular e retornam para corrente * 2 = secreção.
sanguínea. * 3 = absorção.
* Secreção tubular = elementos que passam na arteríola * 4 = reabsorção.
eferente, vão para o capilar peritubular e são lançados para * O processo de filtração não equivale a transporte
dentro da luz tubular. transmembranar.
* Já a secreção e a absorção têm transporte transmembranar.
* O primeiro segmento é o túbulo proximal (parte contorcida e
parte reta), logo depois vem a alça de henle descendente
(também chamada de alça nefrítica), alça de henle ascendente
fina, alça de henle ascendente espessa, túbulo distal inicial, túbulo
distal final e ducto coletor.
* Revestimento da parede tubular, seja com qual segmento for,
é um epitélio simples, então temos uma célula que tem uma
membrana plasmática com um lado voltado para luz do túbulo
(apical/luminal) e outra para o interstício tubular por onde
passam os vasos sanguíneos.
* Urina = filtração - reabsorção + secreção
 Antagonista / bloqueadores / inibidores = podem na
regulação ajudar no tratamento da hiperglicemia.
 Glicosúria proposital = regula glicemia descompensada.
* Temos no túbulo proximal uma importante reabsorção da
aminoácidos porque é preciso deles para funções vitais como a
síntese proteica.
* Também há o Na+ fazendo parte das carreadoras que vão
transportar fosfatos, sulfatos, H+.
* Garante a reabsorção de HCO3- que está no túbulo =
importante tampão (tamponas ácidos).
* O paratormônio produzido pela glândula tireoide (PTH) inibe o
TÚBULO PROXIMAL co-transporte de Na+ e fosfato (inibe a carreadora) = fosfato
na luz do túbulo -> excreção do fosfato pela urina ->
* Permeável a água = reabsorção. FOSFATÚRIA.
* Onde ocorre a maior parte da reabsorção de sais. * Para não perder tanto bicarbonato (tampão) a célula epitelial
* Secreção de H+. do túbulo proximal transforma-o em CO2 com a ação da
Ultrafiltrado continua com a mesma osmolaridade = isosmótico. ANDRASE CARBÔNICA, para ser reabsorvido por difusão
 Reabsorção do soluto e solvente na mesma proporção. simples.
* Na membrana luminal do túbulo proximal, teremos 3 * ACIDOSE RESPIRATÓRIA:
transportes secundários: co-transporte Na+/gli (SGLT1),  Fumante com dificuldade de perda de CO2 do capilar
reabsorvendo Na+ e glicose; co-transporte Na+/Aa, alveolar para o alvéolo por conta do espessamento dos
reabsorvendo Na+ e aminoácido; trocador Na+/H+, reabsorvendo caminhos de passagem.
Na+ e secretando H+.  Aumento do CO2.
* A glicose e os aminoácidos são quase que totalmente  Esse CO2 vai se juntar com água, vai formar o H2CO3
absorvidos por conta dos co-transportes e o Na+ é reabsorvido (por meio da anidrase carbônica) que será dissociado
por conta do gradiente gerado pela bomba de Na+/K+ ATPase.
em HCO3- e H+.
* No interior das células, existem transportadores passivos de
 Muito H+ circulante na corrente sanguínea gerará um
glicose, canais GLUT, e canais transportadores de aminoácidos.
quadro de acidose respiratória.
* O H+, secretado pelo trocador de Na+/H+, se juntará com o
 Para excretar todo esse H+ em excesso, pode ser
bicarbonato (HCO3-) proveniente do filtrado glomerular e, quando
feito um tamponamento com bicarbonato,
esse HCO3- não está tamponando ácidos orgânicos, vai se juntar
caracterizando um mecanismo compensatório de
com água e formar ácido carbônico. O ácido carbônico vai ser
"alcalose metabólica".
dissociado em água e CO2, pela ação da anidrase carbônica.
* NaHCO3 + H2O → H2CO3 + OH- + Na+  OBS: DIABETES. Hoje em dia, um dos tratamentos é a
* A água é eliminada e o CO2 se difunde para o interior da inibição do co-transporte de Na+/glicose, fazendo com
que essa glicose não seja reabsorvida, mas eliminada na
célula.
* Esse CO2 vai se juntar com água presente em abundância no urina.
* DIURÉTICOS INIBIDORES DE ANIDRASE CARBÔNICA =
meio intracelular e, por ação também da anidrase carbônica,
forma ácido carbônico. ACETAZOLAMIDA:
* Esse ácido carbônico vai ser dissociado em H+ (que será  Diminui a atividade do trocador Na+/H+.
secretado) e em HCO3- (que será reabsorvido), e cairá na  Fármacos diuréticos são fármacos que inibem a
corrente sanguínea. reabsorção de Na+ e, consequentemente, de água,
* Há, portanto, uma reabsorção indireta de bicarbonato, já que aumentando o volume de urina. Inibindo a anidrase
esse não passa diretamente para o interior da membrana, carbônica, diminui-se a reabsorção de Na+
sendo primeiramente convertido em H2O e CO2. (permanecerá na luz tubular para ser excretado com
* Em concentração fisiológica, o túbulo proximal tem capacidade água), diminui a secreção de H+, aumenta-se a perda e
de reabsorver toda glicose que for filtrada, porém se a bicarbonato que será excretado na urina e, assim,
concentração de glicose está muito alta haverá saturação das provoca uma acidose metabólica.
carreadoras.  A célula fica incapaz de formar H+ o qual não poderá
 A partir de 180mg de glicose por dL de sangue há ser trocador por Na+.
glicosúria.  Na+ permanece na luz do túbulo e é excretado junto
 Esse limiar renal é chamado de TM (transporte com a água.
máximo).  Diurético pouco potente porque é compensado nas
 Na membrana basolateral nós temos a GLUT2 (que é outras porções do túbulo = efeito adverso (acidose
transporte passivo) para glicose que entrou sair para o metabólica.
interstício.  A anidrase existe em grande quantidade no humor
SGLT = transportadora de glicose dependente de sódio. aquoso no olho.
 No caso da renal é tipo 2.  Tratamento de glaucoma = diminuir o humor aquoso,
 A saturação dessa carreadora gera glicosúria. que diminui a pressão intraocular.
ALÇA DE HENLE DESCENDENTE FINA  Liberado pela paratireoide com o objetivo de aumentar
o cálcio sérico, citoplasmático.
* Permeabilidade à agua = livre através das aquaporinas.
 Uma das formas de aumentar o cálcio sérico é
 Altamente permeável à agua = reabsorção -> saída de
estimular a absorção renal.
água da luz da água para o interstício.
* Permeabilidade à Na+ e Cl-. DIURÉTICOS TIAZÍDICOS = EX. HIDROCLOROTIAZIDA
* Secreção de ureia. * Bloqueia ou inibe o co-transporte Na+/Cl- na membrana luminal
* Nesse segmento tem excreção de Na+, Cl- e ureia (embora da parte inicial do túbulo distal.
pouca) = é um ultrafiltrado muito concentrado (hiperosmótico). * Aumentam a reabsorção de Ca+2 no túbulo distal.
 Ultrafiltrado hiperosmótico: tira-se H2O da luz do * Age na carreadora que faz co-transporte de sódio e cloro.
túbulo, Na+ e cloreto, e colocando muita ureia. * Coloca o sódio para a luz do túbulo.
 Estou, portanto, concentrando o ultrafiltrado. * Sódio leva a água.
ALÇA DE HENLE ASCENDENTE FINA * Bloqueia ou inibe a carreadora Na+/Cl- na membrana apical da
parte inicial do túbulo distal.
* Impermeável à agua. * Hidroclorotiazida = eleva também o nível de absorção de cálcio,
* Reabsorção de Na+ e Cl-. ou seja, vai reter mais cálcio no organismo -> HIPERCALCEMIA.
* Ultrafiltrados é diluído = hiposmótico.
PARTE FINAL DO TÚBULO DISTAL E DUCTO COLETOR
ALÇA DE HENLE ASCENDENTE ESPESSA
* Permeáveis à agua.
* Impermeável à agua. * Células principais = reabsorção de Na+ e água, secreção de K+.
* Reabsorção de Na+, K+, Cl-, Mg2+, Ca2+.  Células principais reguladas por hormônios = ADH e
 Mg2+ e Ca2+ = transporte paracelular -> facilitado ALDOSTERONA.
pelo gradiente elétrico gerado pelo co-transporte de * Células intercaladas = reabsorção de K+ e secreção de H+.
Na+, K+ e 2 Cl-. * Ação do ADH = estimula a abertura das aquaporinas gerando,
 Na+, K+ e Cl- = transporte ativo secundário como consequência, a reabsorção de água.
eletrogênico = gera ddp entre 2 compartimentos.  Efeito antidiurético.
 Na+ = a favor do gradiente. * Aldosterona e suas ações:
 K+ e Cl- = contra o gradiente, escapa pelos canais.  Aumenta mais ainda a reabsorção de Na+ e a secreção
ESCAPE DE K+ de K+.
 Reabsorção de Na+ (ENaC).
* Existe um canal de K+ que permite a saída de volta de K+ para
 Secreção de K+.
a luz tubular, fazendo com que a membrana luminal fique menos
 Secreção de H+.
negativa, permitindo a passagem do Mg2+ e do Ca2+ da luz
tubular para o sangue por meio da região intercelular e sejam ADH
reabsorvidos, pois esses cátions são repelidos da membrana
* Produzido no hipotálamo, armazenado e liberado pela
luminal.
neurohipófise.
DIURÉTICOS DE ALÇA = FUROSEMIDA * Receptor V de vasopressina.
* Efeito = reabsorção da água livre de soluto através das
* Inibem ou bloqueiam a carreadora do co-transporte
aquaporinas tipo 2 -> principalmente na membrana luminal.
Na+/K+/2Cl- na membrana luminal da alça ascendente espessa,
provocando aumento da excreção de Na+, Cl- e aumento  A urina fica mais concentrada quando o ADH está
significativo da excreção de K+. atuando.
* Pode provocar HIPOCALEMIA (↓K+).  Transdução de sinais feita pela via adenilato.
* Diuréticos que agem antes do túbulo distal = excretores de * Reabsorvendo mais água = aumento da volemia -> aumento do
potássio. débito cardíaco -> aumento da pressão.
* Diuréticos que agem no final do túbulo distal e do ducto coletor * Síndrome da secreção inapropriada do ADH (SSIA):
= poupadores de K+.  Alta excreção de ADH, causando uma urina muito
* Tem que ter cuidado para diuréticos não levarem pacientes a concentrada e o plasma com a osmolaridade
quadros de hipocalemia e hipocalcemia. extremamente mais baixa, bastante diluído.
 Pode ser causada por uma disfunção no
PARTE INICAL DO TÚBULO DISTAL hipotálamo/hipófise ou tumores pulmonares
* Não é permeável à agua. secretores de ADH.
* Reabsorção de Na+, Cl-, Ca2+ e K+.  Tratamento = uso de um antagonista do ADH.
 Reabsorção de Ca+2: canais de Ca+2, Ca+2 ATPase, co- * Diabetes insipidus:
transporte Na+/Cl-, trocador Ca+/Na+.  Deficiência na atividade do ADH.
* Continua diluindo o ultrafiltrado.  Neurogênico = Não produz adequadamente o ADH e
* Apresenta co-transporte de Na+/Cl- = membrana do lúmen. tratamento é a reposição hormonal.
* O cálcio tem uma maior atividade de reabsorção quando está  Nefrogênico = defeito no receptor do ADH e o tratamento é
sob influência do paratormônio PTH = regula o nosso balanço de manter a hidratação e, caso precise, corrigir a osmolaridade,
cálcio. uso de diurético para corrigir o equilíbrio eletrolítico.
ALDOSTERONA
* Hormônio lipossolúvel produzido na suprarrenal = zona
glomerular do córtex renal.
* Atua em receptor intracelular.
* Estimula a célula tubular a reabsorver Na+ a partir dos canais
de ENaC (canais epiteliais de sódio).
 Estimula as células principais a apresentarem mais
canais de ENaC e com mais funcionalidade de
reabsorção.
* Reabsorção de Na+, secreção de potássio e secreção de H+ =
regulação do pH.
* Hormônio lipossolúvel = receptor intracelular
 Regula a transcrição gênica.
 Regula a síntese proteica.
 Estimula a célula a produzir canais ENaC.
* Bloqueia o receptor de aldosterona = ESPIRANOLACTONA ->
fármaco diurético poupador de potássio.
* Potencializa as bombas de Na+ e K+ na membrana basolateral,
intensificando a reabsorção de Na+ = estimula a secreção de K+.
DIURÉTICOS POUPADORES DE K+
* Antagonista do receptor aldosterona
* Ex. Espironolactona = bloqueia o receptor da aldosterona,
havendo uma menor atuação da bomba Na+/K+ ATPase, menor
ação dos canais de Na+, maior concentração de K+ no meio
intracelular e na corrente sanguínea.
* Bloqueador dos canais de ENaC
* Ex. Amilorida = fecha canal de Na+, impossibilitando a
reabsorção desse íon e a alimentação da bomba.
* Consequentemente, diminui a secreção de K+ e o mantém na
corrente sanguínea.
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
AULA 23

Sistema Digestório
 Grelina = produzida pelo estômago.
REGULAÇÃO
 Orexina = produzida no trato digestório e SNC.
REGULAÇÃO NEURAL  Neuropeptídio Y = produzido no intestino e no SNC
* SACIEDADE:
* Sistema nervoso simpático = menor secreção e menor  Colecistocinina CCK = produzido nas células I do
motilidade. intestino, especialmente no duodeno. Também controla
 Inibe a motilidade e secreções, com exceção da saliva = o processo de digestão.
saliva espessa.  Leptina = produzida nos adipócitos.
* Sistema nervoso parassimpático = maior secreção, maior  Serotonina = produzida pelo SNC (neurotransmissor) e
motilidade. no intestino.
 Estimula secreções a partir do mediador químico  Peptídeo YY.
acetilcolina.  GLP-1.
* Sistema nervoso intrínseco / entérico = formada por
 OBS.: CCK e GLP-1 (incretínico) estimulam a secreção
neurônios presentes na própria parede do TGI (trato
de insulina em resposta a digestão.
gastrointestinal).
 Existem dois conjuntos de neurônios divididos em dois
MASTIGAÇÃO:
plexos. * Digestão mecânica = tritura, amassa, mistura e fragmenta o
alimento.
 Plexo submucoso = fica abaixo da mucosa e próximo
* Envolve o alimento com a saliva:
das glândulas produtoras das secreções -> regulação
da secreção.  Digestão química = enzimas amilase salivar
(carboidratos e amido), lipase lingual (lipídeos).
 Plexo mioentérico = entre as camadas circulares e
longitudinais das células musculares lidas -> controle da  Umidifica o alimento = água presente na saliva facilita a
motilidade do trato digestório. formação do bolo alimentar.
* VIA EXTRÍNSECA = são neurônios que estão fora do trato  Envolve o alimento com muco = lubrificação do alimento,
digestório e que, através das vias autonômicas extrínsecas, que facilita a deglutição.
regulam a via intrínseca. Logo, o sistema simpático e
parassimpático funcionam como modulador da via intrínseca na DEGLUTIÇÃO:
regulação de secreção e motilidade, caracterizando a regulação * A deglutição tem como objetivo fazer o alimento sair da
neural. cavidade oral e chegar no estômago = movimento permitido pela
 Plexo de Meissner (submucoso) = está abaixo da motilidade.
camada mucosa e é responsável pelo controle ou * Fase oral = início da deglutição -> voluntária.
regulação das secreções digestórias. * Fase faríngea = quando o alimento passa pela faringe ->
 Plexo de Awerbach (mioentérico) = localizado na camada reflexa ou involuntária.
muscular externa, entre as células musculares, que são * Fase esofágica = quando o alimento passa pelo esôfago ->
responsáveis pela diminuição a luz do túbulo, onde estão reflexa ou involuntária.
as microvilosidades, e a camada de células longitudinais,  É reflexa apesar da musculatura da faringe e do início
que vão encurtar o segmento -> vão gerar um padrão do esôfago ser esquelética.
de movimento, que controlam a motricidade.  É mais demorada por ser um túbulo maior.
* Ondas peristálticas:
REGULAÇÃO ENDÓCRINA
 Primária = responsável por tentar fazer esse bolo
* Realizada por diversos hormônios durante a digestão = há uma alimentar chegar até o estômago -> via extrínseca +
intensa regulação hormonal. intrínseca.
 Secundária = caso seja necessária, se ainda tiver
COMPORTAMENTO ALIMENTAR: alimento no esôfago -> via intrínseca ou entérica
* Representa a fome e a saciedade, que são reguladores que (reflexo intramural.
ficam no hipotálamo.
* Fome e saciedade são centros distintos.
* FOME:
 Diversas causas = envelhecimento, doença de chagas,
tumor na região esofágica.
 Incapacidade dos movimentos peristálticos,
principalmente pelo aumento do tônus das células
musculares lisas na região final do esôfago.
* ACALASIA -> DISFAGIA = pode ser por espessamento das  Exame que identifica = manometria esofágica.
paredes. * Peristalse = onde peristáltica = objetivo de garantir o fluxo
anterógrado (empurrar o alimento para frente).

Motilidade
* Conjunto de movimentos. * Movimento de massa = formar as fezes.
* Relaxamento receptivo = estômago relaxa para receber o  Quando temos o estímulo para defecação é porque as
alimento vindo da deglutição. fezes já estão prontas para serem evacuadas.
 Ocorre na região de fundo e na região do corpo  Colonoscopia = laxante que é osmótico.
proximal = se tivesse resistência, o alimento teria * Complexo migratório mioelétrico ou movimento motor
dificuldade de chegar lá. migratório = acontece nos períodos interdigestivos (entre as
 Refluxo pode gerar uma esofagite = retorno com suco refeições).
gástrico -> diminuição da pressão intragástrica evita.  Limpeza do trato digestório = certeza que não deixou
 Função do fundo e da parte inicial do corpo = nenhum alimento ao longo do trato digestório.
armazenamento,  Se faz ao longo do trato digestório (desde o estômago
 Região medial e final do corpo = faz a mistura com o até o intestino).
suco gástrico.  Acontece em média de 90-120 minutos.
 Antro = responsável pela propulsão, ajudando a  Bem lento = demora de 7-10 minutos.
triturar -> piloro contraído.  Impede a migração de bactérias para regiões mais
 Quando o piloro está relaxado promove um certo tipo anteriores.
de esvaziamento = duodeno -> vai aos poucos ->  Acontece independente de ter ou não alimento.
esvaziamento gástrico.  Provenientes das células intersticiais de cajal (células
* Contrações peristálticas = Tem como função garantir o fluxo lisas).
anterógrado = empurrar o alimento para frente. * CÉLULAS INTERSTICAIS DE CAJAL = são células de músculos
 1ª onda peristáltica (deglutição) = controle realizado lisos do trato digestório.
pelas vias intrínseca.  Funcionam como marca-passo, disparando sinais
 Se necessário, uma 2ª onda peristáltica = é de elétricos espontaneamente.
responsabilidade da via intrínseca.  Disparos de potenciais vão gerar estímulos elétricos
* Contrações segmentares = potencializar o contato das que através da junção GAP, chegarão às células
moléculas absorvíveis com a parede do intestino, formada por vizinhas.
células epiteliais que tem sistema de transporte que vai fazer  Subliminar → onda lenta que não gera contração.
absorção.  Limiar → ocorre contração.
 Terá partes que se contraem e outras que relaxam.  Limiar elétrico (supraliminar) → contração mais
 Assim, o alimento tanto vai para frente quanto para intensa. Intensidade é proporcional a frequência de
trás = mistura dos alimentos. potenciais.
 Essa mistura acontece na região do corpo e ao longo  Ach e motilina potencializam essas ondas, enquanto NO
do intestino. e noradrenalina deixam as ondas mais inibidas.
 Facilitada pela ação de enzimas. * REFLEXO GASTROCÓLICO = pode ser exacerbado em algumas
 Contrações que ocorrem no intestino grosso = pessoas -> comem e dá vontade de evacuar imediatamente.
haustrações.  Quanto mais rápido é sinal que menos vamos absorver
* Haustrações = movimento misto -> movimentos de mistura e = necessário investigar a microbiota, se é uma
movimentos anterógrados. infecção.
 Contrações segmentares do intestino grosso.
 Cólon formado por haustras -> ocorre no cólon. VÔMITOS
* Esvaziamento gástrico = controle neural e endócrino. * Movimento peristáltico de maneira reversa.
 Hormônios = CCK, GLP-1 (insulina é secretada com ajuda * É um mecanismo de defesa do corpo.
dele). * Náuseas = vários estímulos.
 GLP-1: Retarda a capacidade de esvaziamento gástrico. * Estímulos visuais, olfatório.
E já desenvolveram drogas análogas a ele.
DIARRÉIA
 Num esvaziamento gástrico muito rápido chega muito
alimento no duodeno, muita glicose vai ser absorvida e * É peristaltismo porque está empurrando para frente.
de forma muito rápida = o pico glicêmico vai ser maior. * Peristaltismo facilitado.
MOVIMENTO PERISTÁLTICO
* Inibição da degradação da serotonina = fica mais tempo na
fenda sináptica, gerando sensação de saciedade.
 Esse medicamento também trata ansiedade e
depressão.

AULA 24 e 25

Secreções
 MUCOSAS = rico em glicoproteínas, especialmente
SECREÇÃO SALIVAR
mucinas, produzem saliva viscosa com água, íons,
* Produção de saliva é realizada nas glândulas salivares. enzimas e muco.
* Parótidas, submandibulares, sublinguais e glândulas menores. * Glândulas parótidas = células acinares serosas.
* Produção de saliva é contínua ao longo das 24h (+/- 1,5L). * Submandibulares = ácinos com células serosas e mucosas.
 Sialorreia = excesso. * Sublinguais = predominância de células mucosas e poucas
 Xerostomia ou sialosquese = produção em quantidade serosas.
menor. DUCTOS:
* Velocidade do fluxo aumentada = durante a alimentação. * Condução de saliva secundária até a cavidade oral.
* Velocidade do fluxo diminuída = desidratação, estresse (luta e * Modificação da saliva primaria para secundária pelas células
fuga) e hora do sono. ductais = reabsorção do Na+ e Cl-, secreção de K+ e HCO3-.
* Diabetes = boca seca -> pode ser por medicamento, pode ser  Há maior reabsorção do Na+ e Cl- do que secreção de
por lesão muscular na glândula que, para produzir saliva, precisa K+ e HCO3-.
estar bem irrigada. * São impermeáveis à agua = mudança de isotônica para
ADENÔMERO – UNIDADE FUNCIONAL DAS hipotônica sem mexer no conteúdo aquoso.
 A saliva primária é isotônica em relação ao plasma
GLÂNDULAS SALIVARES
enquanto a secundária é hipotônica, pois no processo
* Onde a saliva é produzida. de transporte aconteceu mais intensamente
* Inúmeros deles formam a glândula salivar. reabsorção.
* Tem duas porções:
COMPOSIÇÃO DA SALIVA
* Água, íons (Na+, Cl-, K+, HCO3-, Ca+2, Mg+2), enzimas (amilase
salivar e lipase lingual), muco (mucinas = são glicoproteínas e dão
viscosidade a saliva), lisozima, lactoferrina, tiocianato, IgA, fator
de crescimento epidérmico (estimula o processo de cicatrização).
* lisozima, lactoferrina, tiocianato, IgA = função de defesa da
cavidade oral.
* Enquanto dormimos o fluxo de saliva fica reduzido, logo os
fatores de defesa estão em menor concentração.
 Bactérias na nossa microbiota conseguem se
proliferar e causar mau hálito.
ÁCINO: * SÍNDROME DE SJOGREN = é uma doença autoimune com
* Produção de saliva primária. produção de anticorpos que destroem as células das glândulas
* Células acinares = têm como função secretar na luz do ácino salivares e lacrimais, comprometendo a produção de saliva.
os elementos que formam.  Pacientes acometidos tem aumento no índice de
 SEROSAS = secretam água, íons e enzimas, produzem infecção orofaríngea, doenças periodontais e cáries
saliva fluida, aquosa (não tem muco). por conta da falta de defesa na cavidade oral.
* FÁRMACO ANTICOLINÉRGICO = tem como efeito adverso a  Têm atividade analgésica, apiréticas = controle da
diminuição da produção de saliva pois esse fármaco vai bloquear elevação da temperatura.
receptor muscarínico, receptor da via parassimpática, que é um  A prostaglandinas é uma reguladora da atividade
importante estimulador da produção de saliva. gástrica, sua ausência pode causar gastrite
medicamentosa.
FUNÇÕES DA SALIVA
* Digestória = a água umidifica, o muco lubrifica, enzima degrada CÉLULAS MUCOSAS DO PESCOÇO DA GLÂNDULA
quimicamente, ajuda na formação do bolo alimentar, a deglutir, * Localizadas no colo ou pescoço da glândula.
tamponar o alimento. * Muco solúvel, misturado ao suco gástrico.
* Defesa da cavidade oral.
* Cicatrização = reparação tecidual. CÉLULAS PARIETAIS / OXÍNTICAS
* Fonação -> umidificando. * Produzem Hcl e o fator intrínseco.
* Hcl = defesa contra microorganismos, função digestória, deixa
ENZIMAS
o pH ácido ativando várias enzimas (ativa o pepsinogênio).
* AMILASE SALIVAR:  Hcl faz parte da composição do suco gástrico.
 Age sobre os carboidratos = digestão começa pela  Age desnaturando proteínas. Logo, está relacionado
boca. com o processo digestório.
 Endoamilase = quebra as ligações internas da cadeia do  Está relacionado com a defesa do organismo, pois
amido. mantém o pH próximo a 1, extremamente ácido e,
 pH ideal = 7 -> pode atuar numa faixa de 4-11. portanto, de ação bactericida.
* LIPASE LINGUAL:  Converte pepsinogênio em pepsina = protease atua
 Lipase ácida. sob proteínas.
 Na saliva não está tão ativa. * Fator intrínseco = essencial para absorção da vitamina B12
 Atua nos lipídeos. que é absorvida no íleo, forma um complexo com a vitamina B12
 pH ideal = 4 -> atua melhor no estômago. (é reconhecido pela célula epitelial do íleo).
* HELICOBACTER PYLORI (H Pylori) = é uma bactéria que
PADRÃO DE REGULAÇÃO conseguiu desenvolver uma habilidade de colonizar a mucosa
* Vai ser sempre uma excreção. gástrica através da inibição da secreção de somatostatina e
* NEURAL: através da produção da urease, enzima capaz de degradar ureia.
 Via parassimpática = estimula a produção de saliva com  Essa degradação gera compostos básicos que vão ser
bastante água (saliva volumosa e bem fluida), pois é acumulados no entorno dessa célula bacteriana, e é
vasodilatador -> mais sangue chegando -> mais água. essa formação de um microambiente alcalino que
 Via simpática = estimula a produção de saliva com permite a bactéria viver em um ambiente
pouca água (saliva espessa), pois é vasoconstritor -> extremamente ácido.
menos sangue chegando -> menos água. * ANEMIA MEGALOBLÁSTICA (PERNICIOSA) = deve-se a
* ENDÓCRINA: deficiência de vitamina B12, que faz a medula óssea lançar no
 Não há regulação endócrina na produção de saliva. sangue hemácias imaturas, grandes e com menos hemoglobina,
 É a única secreção digestória que não tem hormônios comprometendo o transporte de oxigênio.
estimulador ou inibidor. * DOENÇA DE CROHN = doença inflamatória intestinal que diminui
* Descarga vagal aumenta a produção de saliva. a absorção de nutrientes.
* Fármaco anticolinérgico bloqueia receptor muscarínico.  Acomete a região do íleo e parte inicial do colo.
 Efeitos adversos = secura na boca. * INIBIDOR DA BOMBA DE PRÓTONS = inibe o Hcl, inibe a acidez
 Buscopan. do estômago, precisa de um pH ácido para desvincular a B12 do
alimento (não consegue se ligar ao fator intrínseco).
SECREÇÃO GÁSTRICA  Omeprazol, Lanzoprazol, pantoprazol.
* Produzida nas glândulas gástricas. * B12:
 Anemia perniciosa = deficiência do fator intrínseco.
CÉLULAS MUCOSAS SUPERFICIAIS  Anemia megaloblástica = hemácia grande.
* Muco insolúvel (barreira física de proteção) e HCO3- (barreira  Dispoiese = disfunção na produção de células
química de proteção) = impedem que o Hcl e a pepsina façam sanguíneas.
degradação do estômago. * ILIECTOMIA = não consegue fazer absorção da vitamina B12.
* Localizadas na superfície do epitélio do estômago.
* PROSTAGLANDINAS = presente em todo corpo. CÉLULAS ENTEROCROMAFINS
 Estimulam as células mucosas a produzirem muco e * Produzem histamina = estimula a produção de Hcl na célula
bicarbonato. parietal.
 Inibe a secreção de Hcl.  Sendo vizinha a célula parietal, vai atuar nela de forma
* AINES = anti-inflamatórios não esteroides. parácrina = receptor H2 é ativado pela via adenilato
 Bloqueio da enzima COX, que age sobre o ácido ciclase, produzindo AMP cíclico e aumentando a
araquidônico que forma prostaglandinas e tromboxano. produção de Hcl.
 Na membrana luminal temos uma bomba de prótons ou * Pepsinogênio = pH ácido favorece a sua ativação à pepsina.
bomba hidrogênio ou bomba de H+/K+. * Lipase gástrica.
 Essa bomba é um trocador que fornece H+ que, ao se
CÉLULAS G
juntar ao Cl-, produz Hcl.
 RECEPTOR H2 = para inibir a gastrite -> bloqueia H2. * Produzem gastrina (hormônio) = atua na célula parietal (via
 RECEPTOR H1 = para processos alérgicos. corrente sanguínea), estimulando a produção de Hcl -> receptor
* ANTAGONISTAS H2 (cimetidina e ranitidina) e INIBIDORES DA CCKB (também é ativado pela colecistocinina).
BOMBA DE H+ (omeprazol, banzoprazol) diminuem produção Hcl. * A histamina estimula a células G a produzir gastrina, que
estimula a célula parietal a produzir Hcl.
CÉLULAS PRINCIPAIS * A célula parietal tem um receptor específico para gastrina
(CCKB) = estimula a via da fosfolipase C na célula parietal.

* COMPOSIÇÃO = não tem enzimas.


CÉLULAS D
 Água.
* Somatostatina = inibe a produção de Hcl.  Íons = muito bicarbonato.
 Receptor Gi (também reconhecido pela prostaglandinas)  Bilirrubina.
ativa a proteína G inibitória que inibe a adenilato e,  Colesterol.
consequentemente, não ativa a via do AMP cíclico,  Sais biliares.
diminuindo a produção de Hcl.  Fosfolipídios.
 SOMATOSTATINA = liberada pelas células D da glândula
gástrica localizada na região do corpo do estômago age FUNÇÃO
de forma parácrina na célula parietal. A liberada pelas * Emulsificação dos lipídios = diminui a tensão superficial.
células D e localizadas no antro do estômago, é liberada * Forma micelas = pequenas gotículas de gordura.
na corrente sanguínea, agindo de forma endócrina * Potencializa a ação das lipases que atuam no intestino.
* PROSTAGLANDINAS E FATOR DE CRESCIMENTO EPITELIAL = * Solubiliza os produtos da digestão lipídica.
são outros mediadores inibidores da secreção de Hcl. * Facilita a absorção intestinal dos lipídios (produtos da digestão)
* PROSTAGLANDINAS = estimulam as células mucosas da = permite o contato desses lipídios com a parede do intestino.
glândula gástrica a produzir muco e bicarbonato.
* ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) CAUSAM BILE = não digere / degrada lipídios = ELA NÃO TEM
GASTRITE MEDICAMENTOSA = o uso contínuo desses
medicamentos inibem a produção de prostaglandinas, que são
ENZIMAS!
produzidas em excesso no processo inflamatório. É ótimo para a
redução do efeito inflamatório, mas diminui a capacidade dessas FORMAÇÃO DOS CÁLCULOS BILIARES
prostaglandinas de atuarem no estímulo da proteção da mucosa
* São principalmente feitos a partir de moléculas de colesterol.
gástrica e diminuir a produção de Hcl.
* Existe a predisposição genética, mas indivíduos com sobrepeso,
INIBIDORES DA PRODUÇÃO DE HCL alimentação rica em colesterol ou que tem produção própria de
colesterol aumentada estão mais expostos.
* Somatostatina, fatores de crescimento epitelial,
* O excesso de colesterol na bile pode começar a precipitar,
prostaglandinas (além de INIBIR a produção de Hcl, estimula a
cristalizar, formar nucleações e começar a formar litíase, o
produção de muco e HCO3, que são fatores de proteção (célula
cálculo propriamente dito.
mucosa superficial).
* Em alguns casos opta-se pela retirada da vesícula, mas esse
SECREÇÃO BILIAR indivíduo continua produzindo bile.
* A bile é produzida no fígado = hepatócito.  A bile passa a ser conduzida para a luz do duodeno
* Vesícula biliar = armazena, concentra e libera a bile. através dos ductos biliares.
* Indivíduos sem vesícula tem a digestão de gorduras prejudicada * Produzida pelos ácinos e as células do ducto pancreático.
e a ingestão de alimentos gordurosos pode acarretar  Células dos ductos pancreáticos modificam a secreção,
indisposição alimentar (ater flatulências, esteatorréia, fezes mais acrescentando ao suco pancreático um componente
esbranquiçadas, espumosas e com odor mais desagradável, pois aquoso e eletrolítico.
não foram emulsificadas como deveriam). * ÁCINOS = são responsáveis por formar o tecido pancreático.
* Células acinares = produzem conteúdo enzimático.
BILIRRUBINA
* Células ductais = produzem conteúdo eletrolítico.
* Principal pigmento biliar. * Atua na luz do duodeno.
* Dá uma coloração amarelada (caramelo) à secreção biliar. * pH do duodeno deve ser alcalino.
* Se origina do metabolismo da hemoglobina: grupamento heme é * Suco extremamente completo pois tem enzimas que digerem
separado da globina e o grupamento heme entra em uma rota as três categorias de alimentos: proteínas, carboidratos e lipídio.
metabólica que vai gerar bilirrubina como produto de excreção. * Regulação feita tanto pela própria presença do tipo de
* Fígado vai conjugar a bilirrubina com o ácido glicurônico através alimento que chega ao duodeno quanto pela presença da acidez
da enzima glicuroniltransferase. que vem do estômago para o duodeno (bicarbonato).
* Na corrente sanguínea, a bilirrubina circula conjugada à
albumina. COMPOSIÇÃO
* Chegando ao intestino, a bilirrubina é desconjugada do ácido * Água.
glicurônico e essa. * Íons = (rico em bicarbonato → vai neutralizar o ácido que vem
* Bilirrubina, já desconjugada, vai sofrer ação de bactérias do estômago).
intestinais e formar a urobilinogênio. * Enzimas:
* O urobilinogênio, na luz do intestino, vai ser transformado em  Amilase pancreática = não libera glicose livre, libera
estercobilina, que vai dar a coloração marrom as fezes. pequenas sequências de sacarídeos -> amido.
* Parte da bilirrubina é reabsorvida para voltar ao intestino pelo  Ligase pancreática = lipídios mais complexos.
sistema porta hepático e ser reutilizada para nova excreção e  Colesterol-ester-hidrolasa = molécula de colesterol.
parte é reabsorvida, pela circulação sistêmica, chegando aos  Tripsina, quimotripsina, elastase, carboxipeptidase =
rins. proteases produzidas na forma de pró-enzimas que
*A bilirrubina que chega aos rins será convertida em urobilina, digerem proteínas.
responsável pela coloração amarelada da urina. * Tripsina, quimotripsina e elastase são endopeptidades = vão
REGULAÇÃO agir nas ligações entéricas das cadeias proteicas, liberando
pequenas sequências de peptídeos. A carboxipeptidase vai clivar
* NEURAL: a ligação terminal da carboxila.
 Simpático inibe e parassimpático estimula.
* ENDÓCRINA: CONTEÚDO ENZIMÁTICO
 Estímulo colerético = estímulo para secreção da bile; é * As proteases são produzidas na forma inativa.
feito pela secretina. * O suco pancreático, secretado na luz do duodeno, entra em
 Estímulo cológogo = estímulo para liberação de bile pela contato com as enzimas presentes na borda da escova do
contração da vesícula biliar e pelo relaxamento do intestino delgado, as enteropeptidases.
esfíncter de Oddi; é feito pela CCK.  Atuam na cadeia do tripsinogênio, clivando sua ligação e
OBSTRUÇÃO NO DUCTO COLÉDOCO liberando sua forma ativa = tripsina.
* Tripsina = age no próprio tripsinogênio, fazendo autocatálise, e,
Ducto que leva a bile para o duodeno (bilirrubina já está também, no quimiotripsinogênio, por elastase.
conjugada ao ácido glicurônico). A obstrução gera aumento de
bilirrubina direta na corrente sanguínea.
DOENÇA HEMATOLÓGICA
Pode acarretar hemólise destruição de hemácias. O consequente
excesso de hemoglobina circulante vai formar muita bilirrubina * As pró-enzimas vão entrar em contato com outra enzima que
que ainda nem está conjugada com o ácido glicurônico, sendo, é produzida pelo próprio enterócito (células do intestino delgado),
portanto, bilirrubina indireta. chamada de enteropeptidase.
ICTERÍCIA ILHOTA PANCREÁTICA
Gera uma coloração amarelada na pele e na esclerótica devido ao * Secreção endócrina.
excesso de bilirrubina na corrente sanguínea. Esse aumento pode * Tem células alfa (produzem glucagon), beta (produzem insulina),
ser devido ao um aumento da metabolização de hemoglobina, delta (produzem somatostatina) e células PP (polipeptídio
devido à algum processo depois ou no próximo fígado ou pancreático).
obstrução do ducto biliar.
REGULAÇÃO ENDÓCRINA
SECREÇÃO PANCREÁTICA
* Colecistocinina (CCK):
* Secreção exócrina = suco pancreático.  Hormônio produzido pelas células I no intestino delgado.
* Local de ação = duodeno.  Estimula secreção produzida pelos ácinos pancreáticos.
 Presença de compostos lipídicos e proteicos estimulam a liberação
de CCK na corrente sanguínea.
* Secretina:
 Hormônio produzido pelas células S do intestino delgado.
 Atua nas células dos ductos pancreáticos estimulando a secreção
rica em bicarbonato.
* Peptídeo inibidor gástrico:
 Estimula a produção de suco pancreático.
SÍNDROME DE ZOLLINGER-ELLISON
Tumor secretor de gastrina.
SECRETINA, CCK E GIP
Inibem a secreção ácida (HCl) e diminuem o esvaziamento gástrico. Faz com
que o quimo venha aos poucos para dar tempo do HCO3- neutralizar os
ácidos que estão chegando.
FIBROSE CÍSTICA
* O canal de Cl- regula a condutância transmembranar da
fibrose cística (CFTR).
* Num paciente portador de fibrose cística, esse canal tem uma
síntese proteica com defeito.
* O Cl- não passa, assim, o Na+ e água também não passa e o
muco fica muito espesso.
* O paciente fica, portanto, com muito muco e impurezas
impregnadas.
* Com o suco pancreático extremamente espesso, vai obstruir
os ductos pancreáticos e não terá passagem desse suco para o
duodeno.
* As lipases, por exemplo, não serão liberadas e o paciente não
conseguirá digerir lipídios, apresentando esteatorréia (fezes
ricas em gordura).
* Além disso, com essa obstrução dos ductos, uma parte das
proteases podem ser ativadas, e o tripsinogênio se transformar
em tripsina.
* O resultado disso é uma autocatálise do próprio pâncreas,
desencadeando um processo inflamatório.
MARIA EDUARDA GOMES – MED14
AULA 26

Sistema Endócrino
* O HIPOTÁLAMO PRODUZ HORMÔNIOS COM AÇÃO EFETORA =
HORMÔNIOS hipotálamo é uma estrutura do SNC que faz a regulação da
* São produzidos por células especializadas, lançados na função da hipófise, que é a glândula que regula a grande maioria
corrente sanguínea, reconhecidos na célula-alvo por receptor das outras glândulas endócrinas.
específico e regulam funções nessa célula.  O hipotálamo produz TRH (hormônio estimulante das
* São mediadores químicos. tireotrofinas), CRH (hormônio estimulante das
* Não são produzidos estritamente por glândula endócrina, corticotrofinas), o GRH (hormônio estimulante das
outros tecidos com outras funções produzem hormônios. gonadotrofinas), o GHRH (hormônio estimulante das
células que estimulam o GH, somatostatina e dopamina).
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NATUREZA QUÍMICA
* Produzidos a partir do metabolismo de aminoácidos:
 Hidrossolúveis.
Mecanismo de ação
hormonal
 Derivam de um único aminoácido
 Tem amina na sua composição.
 Derivam do aminoácido tirosina.
 São produzidos pela medula adrenal. HORMÔNIOS HIDROSSOLÚVEIS
 Catecolaminas (noradrenalina, adrenalina), dopamina,
* Via de adenilato ciclase.
serotonina, T3 e T4.
* Via da fosfolipase C.
* Grupo dos peptídeos ou proteicos:
* Via da tirosina quinase.
 Formado por uma sequência de aminoácidos formando
uma proteína propriamente dita. VIA DE ADENILATO CICLASE
 Hidrossolúveis. * É uma enzima que catalisa a conversão de ATP em AMPc =
 Maior grupo. importante molécula na transdução de sinal em hormônios
 Produzidos pela síntese proteica celular, que hidrossolúveis -> mensageiro secundário.
dependendo da sequência de aminoácidos, são * Em um primeiro momento, o receptor ainda não reconheceu o
decodificados pelo RNA. hormônio, o que significa que o receptor ainda está inativado, ou
 Insulina, glucagon, GH, prolactina, TSH, ADH, angiotensina seja, ainda está ligado a proteínas G (proteína heterotrimérica,
2. subunidades alfa beta e gama). A subunidade alfa está ligada a
* Grupo dos esteroides: um fosfato orgânico chamado GDP (guanosina difosfato).
 Lipossolúveis. * Em um segundo momento, o receptor reconhece o hormônio,
 Região cortical das adrenais. sofrendo ativação. A proteína receptora sofre uma mudança
 Deriva do metabolismo do colesterol. conformacional quando reconhece o hormônio, e a proteína G
 Aldosterona, cortisol, androstenediona, testosterona, que está ligada ao receptor (subunidade alfa) também vai ser
progesterona e estradiol (sexuais). ativada. É uma cascata voltada para o meio intracelular, que é
responsável pela ativação da enzima adenilato ciclase.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À SOLUBILIDADE
VIA DA TIROSINA QUINASE
* Hidrossolúvel:
 Receptor apresentado na membrana plasmática da * Receptor com atividade intrínseca de tirosina quinase.
célula-alvo = transdução de sinal.  Ex.: insulina.
 Peptídeos/proteicos, aminas biológicas.  O receptor da insulina é ativado.
* Lipossolúvel:  Ocorre ativação da tirosina quinase. = faz parte da
 Receptor intracelular. subunidade beta do receptor.
 T3, T4, esteroides.  Atividade intrínseca = a tirosina quinase faz parte do
receptor.
OBS.: REGULAÇÕES:  A tirosina quinase realiza autofosforilação.
 Em seguida, a tirosina quinase fosforila os IRS
* Endócrina = hormônios -> corrente sanguínea.
(substratos de receptor de insulina).
* Parácrina = histamina -> células vizinhas.
 Regulação de rotas metabólicas nesta célula.
* Autócrina = AMPc, IP3 -> atuam na própria célula.
 Outras respostas celulares = síntese proteica,  Através dos vasos que formam o sistema porta
transcrição gênica, regulação do crescimento (insulina é hipotálamo-hipófise, a concentração dos hormônios na
um fator de crescimento tecidual), síntese de lipídios e circulação sistêmica é baixa = célula-alvo: adenohipófise.
glicogênio, translocação dos GLUT4 para membranas.  TRH = regula a expressão dos hormônios da tireoide. =
* Receptor com atividade associada de tirosina quinase. estimula a liberação.
 O hormônio se liga ao receptor e o ativa.  GnRH = regula a liberação dos hormônios que vão agir
 Ocorre ativação de tirosinas quinases associadas ao nas gônadas da adenohipófise -> FSH e LH -> estimula a
receptor. liberação.
 Autofosforilação de tirosinas quinases.  FSH = hormônio folículotrófico -> agem nas gônadas
 Fosforilação de JAKS (Janus quinases). masculinas e feminina (testículo e ovário).
 Fosforilação dos STATS = reguladores da transcrição  LH = hormônio luteinizante -> agem nas gônadas
gênica. masculinas e feminina (testículo e ovário).
 Resposta celular.  CRH = estimula a liberação do hormônio
adrenocorticotrófico, a corticotrofina.
HORMÔNIOS LIPOSSOLÚVEIS  GH = hormônio do crescimento.
* O hormônio se liga ao receptor intracelular = citoplasmático ou  Somatostatina = inibitória da liberação do GH.
nuclear.  GIGANTISMO = Excesso de atividade do GH desde a
* Formação do complexo hormônio-receptor. infância (após a puberdade causaria acromegalia),
* O complexo hormônio-receptor se liga ao DNA = elemento crescimento longilíneo. Tratamento = análogo da
responsivo ao hormônio. somatostatina.
* Regulação da transcrição gênica e, consequentemente, da  Dopamina = inibição da liberação da prolactina.
síntese proteica.  ACTH = age no córtex da suprarrenal.
* Outras rotas intracelulares estarão sendo reguladas  Prolactina = desenvolvimento dos ductos mamários,
indiretamente, mas a ação direta dos hormônios lipossolúveis vai produção de leite e inibição da ovulação.
ser no DNA.  PACIENTE COM ESQUISOFRENIA = Tratamentos
* Alguns hormônios diabetogênicos causam resistência à insulina com psicóticos bloqueadores dopaminérgicos,
= GH, hormônio da tireoide, cortisol. porém esse bloqueio também ocorre nas células

Eixo hipotalâmico-
que produzem prolactina, a lactotróficas ->
produção de prolactina aumenta. Efeito adverso =
ginecomastia e galactorreia.

hipofisário  TUMOR NA ADENO-HIPÓFISE = Também pode


causar a produção em excesso da prolactina,
causando infertilidade porque a prolactina inibe o
HIPOTÁLAMO GnRH, que diminui as ações do FSH e o LH
consequentemente. Tratamento = análogo da
* Chefe de todas as glândulas endócrinas.
dopamina.
* Produtor de diversos hormônios.
 GESTAÇÃO = Níveis da prolactina estão
* Controla comportamentos = sexuais, reprodutivos, emocional,
aumentados, mas não há produção de leite, pois os
sono, vigília, fome e saciedade.
níveis de estrogênio e progesterona também estão
* Controla hormônios da hipófise.
elevados, que exercem uma diminuição na
* Produz 2 hormônios que ficam na parte posterior da hipófise.
expressão dos receptores de prolactina -> DOWN
* Hormônios que ficam armazenados na neurohipófise = não faz
REGULATION.
síntese de hormônios:
 ADH = antidiurético ou vasopressina -> vasoconstritor; HIPÓFISE
aquoporinas tipo 2.
* Neurohipófise = armazena e libera ADH e ocitocina.
 Ocitocina = regulada por feedback positivo -> evento *Adenohipófise:
explosivo.  ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) -> age no córtex
 Contração uterina = aumento na concentração de da suprarrenal, estimulado pelo CRH.
cálcio intracelular do músculo liso.
 TSH = hormônio estimulante da tireoide -> age na
 Ejeção de leite = contrai as células mioepiteliais
tireóide, estimulando o TRH.
que estão ao redor da glândula mamária.
 FSH = hormônio folículotrófico -> age nas gônadas,
 Hormônio envolvido no orgasmo = lubrificação na
estimulando o GnRH.
mulher, ejaculação no homem -> “hormônio do
amor”.  LH = hormônio luteinizante -> age nas gônadas,
 Relação parental. estimulando o GnRH.
* Hormônios produzidos no hipotálamo que regulam os hormônios  GH = hormônio do crescimento -> estimula o GHRH).
da adenohipófise = fatores hipotalâmicos.
 PROLACTINA = estimulada pelo TRH, desenvolvimento HORMÔNIO DO CRESCIMENTO - GH
dos ductos mamários, produção de leite e inibição da
* Liberação pulsátil = não tem uma constância basal.
ovulação. -> estimulada pelos estrogênios e inibe a
* Estimulado pelo GHRH e inibido pela somatostatina.
atividade dele.
* Os maiores picos de liberação são durante os estágios 3 ou 4
SISTEMA DE CONTROLE POR FEEDBACK do sono = melatonina estimula do GHRH.
* Estimula a produção de fatores do crescimento semelhantes à
insulina pelo fígado.
* Efeitos = anabolizante (estrutura de crescimento –
hipertrofia, produção de massa magra, síntese de DNA e RNA),
estimula o crescimento linear, resistência à insulina, (estimula a
glicoglenólise e gliconeogênese = efeitos diabetogênicos -> pode
produzir diabetes tipo 2), fator de crescimento celular e
reparação tecidual, faz lipólise (degradação de massa gorda =
aumento dos ácidos graxos livres), regula sistema imunológico.
* Receptor de GH comprometido = nanismo e doença delaron.
 Trata com reposição do IGF1 = potencializa os efeitos
que o GH estaria fazendo.
* TUMOR NA HIPÓFISE = secretor de GH -> gigantismo (infância
– crescimento linear e epífises abertas), acromegalia (adulto –
depois do fechamento das epífises, alargamento dos ossos).
* Grelina = estimula a fome e secreta o GH.
* GH no aumento de massa muscular = diminui o tecido adiposo,
aumenta a massa magra, estimula a mitose, síntese de DNA,
* Se o hormônio final estiver diminuído, vai estimular a diminui a capacidade de apoptose -> indivíduo apto a desenvolver
precursão dos seus percussores. tumores.
* Se estiver aumentado, inibe a sua produção.

AULA 27

Tireóide
* T3 e T4 = produz muito mais T4 do que T3, embora T3 seja * A molécula da tirosina pode receber até 2 iodos.
mais ativo.  Quando na organificação apenas um iodo é ligado,
* Precisa haver essa transformação de T4 para T3. formo MIT.
* TRH -> TSH -> T3 e T4.  Quando dois iodos são ligados, formo DIT.
* Regulada por TSH e TRH (hipotálamo).  MIT + DIT = T3 (3 iodos).
* Os hormônios da tireoide são produzidos pelas células  DIT + DIT = T4 (4 iodos).
foliculares. * A peroxidase está fazendo três reações em sequência =
* As células C ou parafoliculares produzem calcitocina = oxidação do iodeto, organificação do iodo e acoplamento.
envolvida na regulação do metabolismo do cálcio. * As tirosinas não se desligam da tireoglobulina.
SÍNTESE DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS  A célula folicular será estimulada pelo TSH.
 A célula precisa endocitar as tireoglobulinas.
* A célula folicular vai precisar bastante de iodo.  Todo esse complexo / material vai ficar dentro de
* Na membrana basolateral, a célula vai ter uma carreadora lisossomos (vesículas lisossomais).
para esse iodo, que estará na forma de iodeto (I-).
 As enzimas lisossomais são ricas em protease, que vão
* Cotransporte com o sódio = transporte ativo secundário ->
clivar as ligações que estão prendendo nas
Na+ a favor do gradiente e I- contra o gradiente.
tireoglobulinas. = MIT, DIT, T3 e T4.
* Síntese da tireoglobulina (rica em tirosinas – hormônios da
 Essas moléculas desacopladas vão ser liberadas dentro
tireoide -> acoplamento de tirosinas) pela célula folicular que fica
da célula folicular.
armazenada em vesículas.
 T3 e T4 são liberadas para corrente sanguínea para
* As vesículas com tireoglobulinas são exocitadas para luz do
chegarem na célula-alvo.
folículo.
* O iodeto vai sofrer a ação da peroxidase da tireoide e ser  DIT e MIT serão recicladas.
oxidado em iodo. * MIT e DIT que não fizeram acoplamento vão ser recicladas,
* Como o iodo, consegue atravessa a membrana por canais de sofrendo disiodinação (retirada do iodo) através da desiodade
iodo indo para luz do folículo. reversa.
* O iodo será ligado as tirosinas através da peroxidase. * T3 e T4 ligados às globinas para circularem.
* Está fazendo a organificação do iodo = íon + molécula orgânica.
 O T4 é produzido em maior quantidade, mas T3 tem TRAB
atividade biológica maior.
* Estimular a tireoide = mimetiza o TSH -> ativa o receptor de
 Na célula-alvo, T3 e T4 entram porque são lipossolúveis
TSH.
e os receptores são intracelulares.
 Irei produzir muitos hormônios da tireoide =
 T4 pode ser convertido em T3 reverso (não tem
hipertireoidismo.
atividade biológica) ou em T3.
 Quando é caracterizado pelo aumento de TRab =
* É comum você desenvolver auto anticorpos contra alguns
síndrome de Graves.
elementos que estejam envolvidos na síntese de hormônio da
* Chamada de imunoglobulina estimuladora da tireoide (TST).
tireoide.
 Existe uma faixa normal para quantidade deles em HIPERTIREOIDISMO – DOENÇA DE BAXDOW-GRAVES
nosso corpo, acima dessa faixa tornam-se deletérios
* Aumento de T3 e T4, diminuição do TSH = causa bócio.
para o nosso organismo = interferem na produção
* Efeitos de T3 e T4 elevados = emagrecimento, muitos
hormonal.
estímulos para o catabolismo muscular e adiposo (degradação de
EFEITOS BIOLÓGICOS proteínas e lipídeos para fornecer matéria prima para
gliconeogênese), hipertensão, aumento da frequência cardíaca,
* Regulam as atividades de células do nosso corpo.
aumento de incursões respiratórias por minuto.
* Crescimento = hipertrofia e proliferação das células ósseas.
* TSH = tem função de crescimento na glândula tireoide, ou seja,
* Maturação óssea = hipertrofia e proliferação das células
função trófica -> reparação e manutenção.
ósseas.
 O excesso de TSH aumenta T3 e T4, e também o
* Estímulo da síntese e atividade da bomba de Na+ e K+ =
excesso da atividade trófica, que causa o bócio.
aumento da atividade celular e aumento da taxa de metabolismo
* Se o paciente tiver hipertireoidismo e retira-se as glândulas,
basal.
conduz ao hipotireoidismo e por isso vai precisar de reposição
* Aumento do consumo de O2 = aumento da atividade celular e
hormonal.
aumento da taxa de metabolismo basal.
* Aumento da produção do calor = aumento da atividade celular
e aumento da taxa de metabolismo basal. ANTI-TPO = ANTIPEROXIDASE
* Elevação da taxa de metabolismo basal = aumento da demanda
* Inibe a peroxidase = inibe a produção hormonal.
de energia -> estímulos no metabolismo.
* Hipotireoidismo (Síndrome de Hashimoto) = diminuição de T3 e
* Aumento na absorção de glicose = intestinal -> veio da
T4 -> adenohipófise entende que é para liberar mais TSH, então
alimentação.
aumenta o nível de TSH -> também apresenta bócio.
* Aumento da glicoglenólise.
* Aumento da gliconeogênese. ANTI-TG
* Estímulo para a lipólise.
* Reconhece a tireoglobulina como corpo estranho.
* Estímulo para a proteólise.
* Inibe a produção hormonal.
* Inibem a secreção de insulina. * Causa hipotireoidismo.
* Estimula a expressão dos receptores beta-adrenérgicos =
* Diminuição de T3 e T4, aumento de TSH.
para suprir maior demanda de O2.
* Aumento da força contrátil cardíaca.
OBS.: HIPERTIREOIDISMO = exoftalmia -> aumento na síntese de
* Aumento da frequência.
colágeno na região detrás do olho -> o empurra para frente.
* Aumento do débito cardíaco.
* Aumento da PA.
PRINCIPAIS AUTO ANTICORPOS

AULA 28

Paratireóide
* Produz paratormônio = PTH. * Estimula a atividade da 1-alfa-hidroxilase renal, aumentando a
* Principal estímulo para secreção de PTH. produção de vitamina D.
* Hipocalcemia. * Vitamina D vai estimular a absorção intestinal de cálcio = efeito
direto do PTH.
EFEITOS DO PTH * Vitamina D também estimula a reabsorção renal de cálcio =
* Estimula a reabsorção renal do cálcio. efeito direto do PTH.
 Parte inicial do túbulo renal. * Estimula a reabsorção do tecido ósseo = degradação do tecido
* Inibe a reabsorção do fosfato no túbulo proximal. ósseo.
 Inibe o co-transporte de sódio e fosfato =  Ativa osteoblastos que liberam citocinas responsáveis
FOSFATÚRIA. pela ativação dos osteoclastos.
 Osteoclastos fagocitam tecido ósseo e liberam fosfato * Também vai atuar nos rins estimulando a enzima 1-alfa-
de cálcio. hidroxilase = responsável pela hidroxilação que torna a vitamina D
ativa -> potencializa a reabsorção de cálcio.
CALCITOCINA
* Produzidas pelas células C ou parafoliculares da tireoide. FUROSEMIDA
* Inibe a reabsorção do tecido ósseo. * Age na transportadora de sódio, 2 cloros e potássio, que
* Estímulo para sua secreção = hipercalcemia. permite a entrada de sódio e magnésio no sangue.
* O PTH daria conta da regulação do metabolismo do cálcio * Se for bloqueado com furosemida, terá cálcio e magnésio na
mesmo sem a colaboração da calcitocina. urina, Geraldo hipocalcemia, estimulando PTH.
 Na tireoidectomia (remoção cirúrgica total ou parcial da
HIPERPARATIREOIDISMO
glândula tireoide) pode haver reposição de T3 e T4,
mas não há de calcitocina. * Adenomas na tireóide as vezes são ectópicos.
* Aumento do PTH, diminuição do fosfato sérico, aumenta o
HIPOPARATIREOIDISMO fosfato na urina, hipercalcemia, urina com muito cálcio
* Osteoporose (primeiro osteopenia). (calcinúria).
* PTH estimula a reabsorção do cálcio na parte inicial do túbulo * A elevação do PTH pode estar relacionada com a diminuição da
distal. vitamina D.
* Paciente com insuficiência renal = diminuição da eritropoetina,
diminuição da vitamina D resulta no aumento do PTH.

AULA 29

Pâncreas e Regulação Hormonal da Glicemia


 Abertura dos canais de cálcio dependentes de
PÂNCREAS ENDÓCRINO
voltagem na membrana da célula beta.
* Vai ter as células de Langerhans que são formadas por vários  Influxo de cálcio.
tipos celulares, cada um responsável pela produção de um  Exocitose das vesículas contendo peptídeo C, insulina
hormônio diferente. e amilina.
ILHAS DE LANGERHANS
* SULFORILUREIAS = causam o fechamento dos canais de
* Célula alfa = glucagon. potássio na célula beta e estimulam a liberação de insulina,
* Célula beta = insulina, amilina. aumentando a insulina circulante.
* Células delta = somatostatina.  Há uma proteína que regula os canais de potássio,
* Células PP ou F = peptídeo pancreático. colaborando com as funções do ATP.
INSULINA  Ela é o alvo farmacológico porque, quando ativada,
fecha os canais de potássio, mesmo sem o aumento do
* Hormônio de natureza peptídica / proteica. nível do ATP.
* Inicialmente produzido na forma pré-pro-hormônio.
 Trata diabetes tipo 2 (defeito no receptor de insulina)
* Rapidamente perde a porção “pré”, restando a pro-insulina.
= é necessário aumentar a quantidade de insulina
 Pro-insulina = peptídeo C ligado à insulina. devido à resistência insulínica.
* Pro-insulina é armazenada nas vesículas.
 Além disso, há casos que o já produz tanta insulina, que
* Pro-insulina:
ocorre falência das células beta pancreáticas e ele sua
 Peptídeo C ligado à insulina que, por sua vez, é produção.
formada por cadeia alfa, ligada à cadeia beta.
* Dentro das vesículas há clivagem da ligação peptídica entre a * DOSAGEM DO PEPTÍDEO C = importante para reconhecer o
insulina e o peptídeo. quanto de insulina é produzida pelo diabético tipo 2 com falência
* Nas vesículas existem quantidades equimolares de peptídeo C de células beta.
e insulina.
 Nesse caso é necessário tratar a resistência. Insulínica
mais a reposição = a dosagem de insulina será da
* LIBERAÇÃO DA INSULINA:
insulina endógena e exógena.
 Aumento da glicemia.
 Já a dosagem do peptídeo C é equivalente apenas a
 A GLUT2, na membrana da célula beta, transporta a insulina produzida.
glicose para o interior da célula.
 ATP fecha canais de potássio = retenção de carga * METFORMINA = usada em pacientes com diabetes tipo 2 com
positiva dentro da célula. hiperinsulinemia.
 Há despolarização da membrana da célula beta.  Não tem sentido usar as sulforilureias.
 Abertura dos canais de cálcio dependentes de
voltagem na membrana da célula beta.
 Melhora a resistência insulínica no receptor,  Regula o crescimento, proliferação e diferenciação
diminuindo a capacidade do fígado de estar colocando celular.
glicose para corrente sanguínea = diminuição da
gliconeogênese e glicoglenólise, diminui também a GLUCAGON
absorção intestinal de glicose. * Estímulo para a liberação = hipoglicemia.
 Regula os níveis de lipídeos. * Objetivo = aumento do nível de glicose circulante -> hormônio
 É possível ter resistência à insulina sem ter diabetes utilizado no período de jejum.
 A resistência é um estado de “pré-diabetes”. * Estimula a glicoglenólise.
 Essa resistência pode ser tratada com metforminas. * Estimula a gliconeogênese.
 Estimula PROTEÓLISE (aumento dos aminoácidos livres)
* HORMÔNIOS INCRETÍNICOS = são hormônios intestinais que e LIPÓLISE (aumento dos ácidos graxos livres).
estimulam a liberação de insulina em resposta à presença de  Também pode estimular a vida da BETA OXIDAÇÃO
alimento no trato digestório. HEPÁTICA.
 CCK, GLP1, GIP.  A beta oxidação é um processo catabólico de ácidos
 Tem efeitos antecipatórios = atuam antes de ocorrer graxos.
a hiperglicemia. SOMATOSTATINA
 Fármacos = análogo (molécula semelhante ao GLP1) ou
agonista (molécula distinta, porém ativa o receptor) -> * Inibe a secreção de insulina e glucagon.
trata diabetes tipo 2 e resistência à insulina. * Inibe as secreções exócrinas do trato gastrointestinal
(gástrica, pancreática).
* BLOQUEADORES DA SGLT RENAL = fármaco que bloqueia a * A insulina inibe a secreção da somatostatina por ação
carreadora de glicose (reabsorção) no túbulo proximal. parácrina nas ilhotas -> não é a insulina da corrente sanguínea.
 Aumenta a excreção renal de glicose, trata a POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO
hiperglicemia.
* Inibe a secreção exócrina pancreática.
* MECANISMO DE AÇÃO DA INSULINA: * Modula a atividade de motilidade do trato gastrointestinal.
* Estimula a contração da vesícula biliar.
 Via da tirosina quinase.
 Receptor com atividade intrínseca da tirosina. AMILINA
 Fosforilação dos IRS causa ativação das vias. * Reduz a velocidade de esvaziamento gástrico.
 Via da PI-3K = resposta metabólicas.  Evita picos glicêmicos.
 Via de MAPK = via de proliferação, crescimento e * Estimula depósito de material amiloide (proteínas de diversas
diferenciação células. naturezas) no tecido pancreático, induzindo apoptose de células
beta.
* AÇÕES DA INSULINA NA CÉLULA-ALVO: * Está envolvida na fisiopatologia da diabetes tipo 2.
 Translocação das GLT3 e GLUT4 para membrana da  Hiperinsulinemia = alta liberação das vesículas da célula
célula = muito envolvido no controle da glicemia. beta, contendo insulina, peptídeo C e amilina ->
 Entrada de glicose da célula. apoptose -> falência das células beta.
 Estimula a glicogênese = armazenamento de glicose =
glicogênio. EXÓCRINO
 Estimula a síntese proteica. * Produz suco pancreático.
 Estimula a síntese de lipídeos. * Através de ácinos e dos ductos.

AULA 30

Suprarrenal
* MEDULA = Adrenalina e Noradrenalina. GLICOCORTICÓIDES – CORTISOL
* CÓRTEX = zona glomerulosa (mineralocorticoides – * Estímulo do ACTH.
aldosterona), zona fasciculada (aumento de glicocorticoides - * Funções:
cortisol) e reticular (aumento de androgênios – testosterona).  Aumento da gliconeogênese.
* Estimuladores para a produção de hormônios do córtex da  Aumento da proteólise.
adrenal = CRH e ACTH -> peptidicoproteínas.  Aumento da lipólise.
* Hormônios do córtex da adrenal são derivados do colesterol =  Diminui a utilização de glicose.
esteroides.  Diminui a sensibilidade de insulina.
* Progesterona segue as diversas vias metabólicas de acordo  Inibem a resposta inflamatória.
com cada zona. * FUNÇÕES 1 – 5 = efeitos diabetogênicos -> aumenta a glicemia
e causa resistência à insulina
* Outra via da ação anti-inflamatória é inibindo a liberação de * Aumento da secreção de H+.
serotonina e histamina, tanto dos mastócitos quanto das  Nas células intercalares, onde há intensa atividade da
plaquetas. anidrase carbônica, produzindo bicarbonato e H+.
 H+ é bombeado para luz do túbulo para ser excretado.
* SUPREM A RESPOSTA IMUNE:  A bomba de hidrogênio na membrana luminal é
 Diminui a produção de interleucinas. estimulada pela aldosterona.
 Diminui a produção de citocinas.
 Diminui a ativação de linfócitos T = estimulam outros
mediadores que ativariam plasmócitos para produzirem ANDROGÊNIOS
anticorpos. * Principais:
 Desidroepiandrosterona = DHEA.
* AUMENTAM A REATIVIDADE VASCULAR ÀS CATECOLAMINAS:  Androstenediona.
 Aumentam a expressão dos receptores alfa =  Testosterona.
reconhecem as catecolaminas.  Estradiol = estrógeno.
 VASOCONSTRIÇÃO. * Na mulher, os androgênios estimulam a libido, o crescimento
de pelos pubianos e axilares.
* INIBEM A FORMAÇÃO ÓSSEA:  Maior fonte de androstenediona da mulher é na
 Estimula a reabsorção óssea a partir da diminuição da suprarrenal.
absorção intestinal de cálcio = diminui os níveis de cálcio  Ovário = pouca quantidade.
sérico.
 Organismo “busca” cálcio no osso. GÔNADAS
 O uso prolongado de corticoides pode causar * TIPOS CECELULARES DOS TESTÍCULOS:
osteopenia e osteoporose.  Células germinativas = produzem espermatogônia.
 Células de Sertoli = sintetizam o hormônio
* AUMENTAM A TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR: antimulleriano (importante no período embrionário) e
 Causam vasodilatação na arteríola aferente = maior inibina.
produção de óxido nítrico.  Células de Leydig = sintetizam testosterona.
* TIPOS CELULARES DOS OVÁRIOS:
* AÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL:  Células germinativas = produzem ovogônia.
 Diminui o sono REM = parte final do sono.  Células da granulosa = sintetizam estradiol.
 Aumento do sono de ondas lentas.  Células da teca = sintetizam progesterona e
 Aumento o tempo de vigília. contribuem para síntese de estradiol.
 Deixa o sono mais curto = hormônio do estresse.
DIFERENCIAÇÃO SEXUAL
SÍNDROME DE CUSHING * Até a 5ª semana de gestação as gônadas são
* Hipercortisolismo = excesso na produção de glicocorticoides. indiferenciadas.
 Pode ser mineralocorticoides também. * Entre a 6ª e 7ª semana gestacional, no indivíduo
* Sintomas = insônia e dificuldade em manter o sono. geneticamente masculino (XY), os testículos começam a se
 Sono não reparador. desenvolver.
 Degradação proteica nos membros inferiores e * Essas recém-diferenciadas células testiculares secretam
superiores = pernas e braços finos. testosterona e hormônio antimulleriano.
 Depósito de gordura visceral = no abdome. * Testosterona estimula o crescimento e a diferenciação dos
 Apresentam também muitas estrias = deficiência da ductos de Wolff (originam o epidídimo, ducto deferente,
síntese de colágeno 1. glândula seminal e ductos ejaculatórios).
* Hormônio antimulleriano causa atrofia dos ductos de Muller
MINERALOCORTICOIDES - ALDOSTERONA (responsáveis pela formação da tuba uterina, útero e terço
* Estimulada pela ACTH apenas basalmente, seu principal superior da vagina).
estimulante é a angiotensina 2. * Genitália externa masculina = entre a 9ª e 10ª semana
* Aumento da reabsorção de sódio na parte final do túbulo distal gestacional (depende da ação dos androgênios –
e ducto coletor. Desidroepiandrosterona).
* Aumento da secreção de potássio = potencializa bombas de
sódio e potássio.
AULA 31 – ÚLTIMA VEM P3

Hormônios Sexuais
* Estimulação do comportamento agressivo.
AÇÕES DOS ESTRÓGENOS
* Maturação e manutenção do útero, das trompas, da cérvice * TESTOSTERONA ----> DI-HIDROTESTOSTERONA:
uterina e da vagina.  Algumas características / efeitos não são diretamente
* Desenvolvimento das características sexuais secundárias da testosterona e sim da di-hidrotestosterona.
femininas na puberdade.  Inibidores da 5-alfa-redutase (ex.: finasterida) = para
* Crescimento dos ductos mamários e desenvolvimento das tratamento da calvíce e hiperplasia prostática benigna
mamas = prolactina também estimula. -> efeito adverso: pode ocorrer disfunção erétil,
* Responsável pela proliferação e pelo desenvolvimento das diminuição da libido.
células granulosas nos ovários.
* Sensibilização dos receptores do estrógeno, progesterona e * TRANSIÇÃO DO SEXO FEMININO PARA O MASCULINO:
LH nos tecidos-alvo.  Deve ser feira a reposição da testosterona como
 Estrógeno e progesterona inibem os receptores de também da inibição da aromatase para que não ocorra
prolactina = ex.: gravidez. uma grande produção de estradiol.
* Inibe a ação de prolactina nas mamas.
* Importante na implantação do ovo. * DOENÇA / SÍNDROME DE CONN = HIPERALDOSTERONISMO
 Diminui o limiar uterino para o estímulo contrátil, ao PRIMÁRIO (HAP):
contrário da progesterona.  Problema ligado à glândula suprarrenal.
* Diminui os níveis de colesterol plasmático.  Tumor secretor = excesso de produção de
* Ativa a deposição de cálcio nos ossos. aldosterona, aumento da atividade da zona glomerular.
 Na menopausa, devem ser observados o colesterol e  Iatrogênico = causado pelo uso prolongado de
os níveis de cálcio. medicamentos, glicocorticoides.
 Estrógeno aumenta a absorção de cálcio intestinal,
estimula osteoblastos e diminui a atividade dos * HIPERALDOSTERONISMO SECUNDÁRIO:
osteoclastos.  Excesso de produção de ACTH.
* Fechamento das epífises e distribuição da gordura subcutânea.  Problema no sistema renina-angiotensina-aldosterona.
AÇÕES DA PROGESTERONA
* Desenvolvimento lóbulo-alveolar dos ductos mamários = causa
edema e dor.
* Bastante secretada durante a fase lútea = última fase do ciclo
menstrual -> do 15º ou 28º dia.
 Fase lútea = Há estímulo para irrigação da mucosa
uterina e edema e dor nas mamas.
* Manutenção da gravidez.
* Feedback negativo sobre a secreção de FSH e LH.
* Aumento do limiar uterino contrátil durante a gravidez.
 Mais estímulo para fazer contração.
AÇÕES DA TESTOSTERONA E DA DI-
HIDROTESTOSTERONA
* Di-hidrotestosterona = Produzida na célula-alvo pela
transformação da testosterona em di-hidrotestosterona.
 Enzima = 5-alfa-redutase.
* Diferenciação sexual durante a vida intrauterina.
* Desenvolvimento das características sexuais secundárias
masculinas na puberdade.
* Crescimento linear.
* Massa muscular aumentada.
* Engrossamento da voz.
* Desenvolvimento das glândulas sebáceas.
* Padrão de pelo masculino = pubiano, axila, barba, tronco.
* Espermatogênese.
* Libido.
* Efeitos no metabolismo lipídico = aumento do LDL.
* Estimulação da hematopoese.

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