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Fisiologia Resumo

EXEMPLOS:
HOMEOSTASE
 Parturição: aumento da ocitocina para o bebê
Estabilidade. A homeostase é a capacidade de manter o nascer, quando nasce (fator externo), a ocitocina é
organismo em estabilidade interna mesmo que o meio inibida;
externo esteja diferente do meio interno.
 Cascata de coagulação: formação da cascata
inicial, continua sangrando até comprimir ou
 Estar com saúde, significa estar em homeostase;
colocar curativo (fator externo);
 Humanos possuem organismos reguladores.
 Febre: a febre aumenta cada vez mais, até que o
MANTÊM A ESTABILIDADE DA (O) remédio para abaixar faça efeito ou o indivíduo
tome banho (fator externo).
 Volume sanguíneo e a pressão arterial;
 Concentração iônica; SISTEMA NERVOSO
 Concentração de gases no sangue (O2 e CO2);
Dividido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso
 pH e temperatura;
Periférico.
 Nutrientes e metabolismo (estabilidade hídrica).
 Exclusivo dos animais.
REGULAÇÃO

É feita através do sistema endócrino e nervoso. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)

Formado por nervos e gânglios.


 Os rins são essenciais para a manutenção da
homeostasia, pois ajudam a manter constantes as
concentrações de íons no corpo, pois garantem SISTEMA NERVOSO AUTÔ NOMO
que substâncias tóxicas e em excesso sejam Tem a função de controlar a parte involuntária do
eliminadas. organismo.

MECANISMOS REGULATÓRIOS  Pode ser dividido em sistema nervoso autônomo


simpático e parassimpático.
 Feedback negativo/retroalimentação negativa;
 Feedback positivo/retroalimentação positiva. SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
Responsável pelas alterações no organismo em situações
FEEDBACK NEGATIVO de estresse ou emergência. Assim, deixa o indivíduo em
 Mais comum, acontece do nascimento até a estado de alerta, preparado para reações de luta e fuga.
morte;
 Resposta contrária ao estímulo.  Aumenta a frequência cardíaca e a pressão
arterial;
EXEMPLOS:  Liberar adrenalina;
 Contrai e relaxa os músculos;
 Aumento da glicose no sangue;
 Dilata os brônquios e as pupilas;
 Aumento do O2 e CO2 no sangue;
 Aumentar a transpiração.
 Pressão arterial;
 Hormônio da tireoide; SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO
 Temperatura corporal.
Faz o organismo retornar ao estado de calma em que o
indivíduo se encontrava antes da situação estressante.
FEEDBACK POSITIVO
 Menos comum;  Diminui a frequência cardíaca;
 Resposta amplia o estímulo até que um fator  Diminui a pressão arterial;
externo ocorra, consequentemente é  Diminui a adrenalina;
interrompido;  Diminui a quantidade de açúcar no sangue;
 Ocorre em curto período de tempo e em  Controla o tamanho das pupilas.
momentos específicos.
Esse sistema não serve apenas para acalmar depois de uma
situação estressante. O sistema controlam diversas áreas
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do corpo humano e ações involuntárias, que não
acontecem de forma consciente.

 Sistema cardiovascular;
 Sistema excretor;
 Digestão;
 Excitação sexual;
 Respiração.

 Dendritos: captação do impulso nervoso (pelos


receptores de membrana); condução do impulso
até o corpo celular;
 Corpo celular: passa o impulso nervoso para o
axônio;
 Axônio: leva o impulso nervoso para as
terminações axônais, fazendo com que o impulso
nervoso seja unidirecional;
 Bainha de mielina: formada por células da Glia; é
um isolante elétrico (fazendo com que a
velocidade do impulso nervoso aumente).

CLASSIFICAÇÃO FISIOLÓGICA DOS NEURÔNIOS

 Sensitivos (sensoriais): conduzem o impulso


SISTEMA NERVOSO CENT RAL (SNC) nervoso dos órgãos para o SNC;
Formado pelo encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco  Motores (eferentes): conduzem o impulso nervoso
encefálico) e a medula espinhal. do SNC para os órgãos efetores (músculos e
glândulas);
 Muito protegido.  Inter neurônios: fazem a ligação entre os
neurônios sensitivos e os neurônios motores.
ENCÉFALO
 Cérebro: interpretação, memória, pensamento e CÉLULAS DA GLIA
respostas motoras (gasta energia); “Servem” aos neurônios, pois essas células envolvem,
 Cerebelo: equilíbrio e coordenação muscular; auxiliam na nutrição e na proteção dos neurônios.
 Tronco encefálico: conecção, pressão arterial,
frequência cardíaca, muscular e respiração (faz a
ligação entre encéfalo e a medula espinhal).

MEDULA ESPINHAL
 Conduz impulso nervoso;
 Ato reflexo.

CÉLULAS DO SNC

NEURÔNIOS
São células especializadas no impulso nervoso.  Astrócitos: auxiliam na nutrição dos neurônios,
sustentação física e recuperações de lesões;
 Oligodendrócitos: ajudam a formar a bainha de
mielina do SNC;
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 Micróglias: são macrófagos especializados (função
fagocitária); responsáveis pela defesa do sistema
nervoso;
 Células ependimárias: responsáveis pelo
revestimento das cavidades do encéfalo e da
medula.

POTENCIAL DE AÇÃO

SINAPSE EXCITATÓRIA
Sinapse que causa despolarização na célula pós-sináptica,
fazendo com que o potencial de ação se inicie.

SINAPSE INIBITÓRIA

 Potencial de repouso: membrana em equilíbrio; Ocorre um aumento da permeabilidade ao cloro, que entra
 Despolarização: entrada de Na+ na célula; na célula, e por ser um íon com carga negativa,
 Repolarização: saída de K+ na célula; hiperpolariza a célula, deixando-a mais negativa, e isso
impede que o potencial de ação passe para a célula pós-
 Hiperpolarização: saída demais de K+ da célula (os
sináptica.
canais de K+ demoram pra fechar).

NEUROTRANSMISSORES

GLUTAMATO
Atua no SNC como a principal molécula neurotransmissora
excitatória.

 Glutamato em excesso na fenda sináptica se torna


excitotóxico para os neurônios, podendo causar a
morte desses neurônios;
 A finalização de uma sinapse glutamatérgica
acontece quando o glutamato é captado para o
interior dos astrócitos;
 A função dos astrócitos em captarem o glutamato
é fundamental para a integridade do tecido neural;
 Muitas desordens neurodegenerativas são
SINAPSE caracterizadas pela menor captação de glutamato
em astrócitos disfuncionais.
É o “espaço” entre um neurônio/célula nervosa (pré-
sináptico) e uma célula excitável (neurônio/célula pós-
sináptica). GABA
Atua no SNC como a principal molécula neurotransmissora
 As sinapses químicas podem ser excitatórias ou
inibitória.
inibitórias, de acordo com o tipo de sinal que
conduzem.  Quando um neurônio pré-sináptico libera GABA na
fenda sináptica, o neurônio pós-sináptico será
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inibido e haverá menor probabilidade de gerar  Denominada catecolamina porque contêm um
potencial de ação; anel catecol.
 Esse efeito inibitório se dá devido ao influxo de
íons cloreto. *A dopamina também é considerada uma catecolamina.

ACETILCOLINA (ACH) NORADRENALINA/NOREPI NEFRINA


É um neurotransmissor.
Os neurônios que liberam acetilcolina na sinapse são
denominados neurônios colinérgicos e estão presentes  Liberada principalmente pelo SNP
tanto no SNC quanto no SNP.  Denominada catecolamina porque contêm um
anel catecol
 Nas sinapses colinérgicas, existe uma enzima
denominada acetilcolinesterase, a qual promove a No SNC, a noradrenalina é produzida no locus coeruleus,
degradação da acetilcolina, finalizando a um núcleo bilateral muito pequeno no tronco cerebral, e
transmissão sináptica colinérgica; liberada para o todo o cérebro, modulando a atenção, a
 Receptores de ach são denominados de receptores excitação e a cognição em muitos comportamentos. A
colinérgicos. interrupção da sinalização noradrenérgica no cérebro é
associada a vários distúrbios psiquiátricos e
ACETILCOLINA NO SNC neurodegenerativos.
A acetilcolina desempenha um papel importante em muitas
funções cognitivas, incluindo o sono, a vigília, a atenção, a RECEPTORES ADRENÉRGICOS
aprendizagem, a memória e o processamento sensorial. Tanto a adrenalina quanto a noradrenalina se ligam a cinco
receptores adrenérgicos comuns.
ACETILCOLINA NO SNP
Esses receptores são todos metabotrópicos e estão
Os neurônios motores somáticos que causam excitação das distribuídos em duas famílias:
células musculares estriadas esqueléticas liberam ach na
sinapse neuromuscular.  Alfa α;
 Beta β.
 A contração muscular é dependente da liberação
de acetilcolina.
DOPAMINA
RECEPTORES DA ACH Molécula neurotransmissora produzida pelos neurônios
Chamados de receptores colinérgicos. dopaminérgicos a partir da modificação enzimática do
aminoácido tirosina.
 Ionotrópicos: nicotínicos (representados em A);
 Metabotrópicos: muscarínicos (representados em  A dopamina é, um intermediário na via de síntese
B). da noradrenalina;
 Existem dois principais núcleos de neurônios
dopaminérgicos localizados no tronco encefálico: a
área tegmental ventral (ativa os mecanismos de
recompensa) e a substância negra (controla os
movimentos corporais).

SEROTONINA
É uma molécula neurotransmissora produzida pela
modificação enzimática do aminoácido triptofano.

ADRENALINA/EPINEFRIN A  Neurônios pré-sinápticos que liberam


É um hormônio. serotonina são denominados neurônios
serotoninérgicos;
 Liberada na corrente sanguínea por células da
glândula renal;
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 A serotonina está envolvida nas sinapses que
diminuem o estado de alerta e induzem o
estado de sonolência;
 A serotonina participa da modulação dos
Meio extracelular
estímulos dolorosos, promovendo a
atenuação desses sinais.

Meio intracelular
RECEPTORES DE NEUTRA NSMISSORES

Os neurotransmissores liberam ligantes na fenda sináptica.


É preciso ter receptores para que os neutransmissores
possam se ligar.

 Existem os receptores inotrópicos e os


CONTRAÇÃO MUSCULAR
metabotrópicos.
 Neurotransmissor: Acetilcolina;
RECPTORES IONOTRÓPIC OS  Receptor Colinérgico: Nicotínico.
 São chamados de canais iônicos dependentes de Quando o a Ach se liga ao receptor nicotínico, permite a
ligante. entrada de sódio e a saída de potássio da fibra muscular. O
sódio entra proporções muito maiores e estimula a sua
Esses, são receptores que precisam de um ligante na fenda
despolarização, ou seja, a propagação do PA (potencial de
sináptica. Isto é, são canais que dependem da ação de um
ação). Esse PA ao atingir o retículo sarcoplasmático permite
ligante para se abrirem. Isso significa que, se não houver
a mudança de conformação de suas proteínas e a saída de
liberação do ligante na fenda sináptica, esses canais
cálcio para o sarcoplasma da fibra muscular. Enquanto
permanecem fechados e a voltagem da célula pós-sináptica
houver Ach na fenda sináptica a fibra muscular continuará
não se altera.
sendo estimulada, então para evitar uma estimulação
contínua dessa fibra, a enzima acetilcolinesterase quebra a
Ach e parte desse produto gerado dessa quebra, será
reabsorvido pelo terminal axonal do neurônio motor e
utilizado para a produção de nova Ach.

Como ocorre:

 Um PA (estímulo nervoso) percorre o neuromotor


e, ao chegar no terminal axonal, provoca a
abertura dos canais de cálcio;
 A entrada de cálcio no NM estimula a migração
das vesículas sinápticas e Ach é liberada na fenda
RECEPTORES METABOTRÓ PICOS sináptica;
 A Ach se liga aos receptores da membrana pós-
 São chamados de receptores acoplados à proteína
sináptica, abrindo estes receptores e permitindo a
G.
entrada de Sódio e saída de Potássio da fibra
Esses, são receptores que ativam uma cascata metabólica muscular;
de sinalização dentro da célula pós-sináptica.  Com a entrada de sódio, a fibra muscular
despolariza e quando o PA chega no retículo
Esses receptores possuem dois domínios: sarcoplasmático, o Cálcio é liberado para o
sarcoplasma, deflagrando a contração muscular.
 Um domínio extracelular, que contém o sítio de
ligação ao neurotransmissor; O Ca2+ é um íon essencial para a contração muscular.
 E um domínio intracelular, que se acopla à Isso porque ele se liga à troponina, mudando o arranjo
proteína G. molecular do complexo troponina-tropomiosina e
actina para liberar o sítio de ligação da molécula de
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actina e permitir o acoplamento com a miosina,  A miosina só vai efetivamente se ligar actina se ela
provocando a contração. estiver num estado energizado (ATP). A cabeça da
miosina possui uma região específica capaz de
realizar a hidrólise (quebra) do ATP e
consequentemente usar essa energia vinda dessa
quebra. Essa energia é armazenada antes da
ligação com a actina;
 Com a miosina energizada e o complexo
troponina-tropomiosina ‘’fora do caminho’’ a
miosina finalmente se liga na actina e quando isso
acontece, ela usa a energia vinda da hidrólise do
ATP para mudar a sua conformação e tracionar os
filamentos de actina no centro do sarcômero, de
forma que os filamentos de actina deslizam sobre
os filamentos de miosina;
 Após isso, outra molécula de ATP se liga a cabeça
da miosina, fazendo com que ela volte a sua
conformação original. Esse ciclo continua
enquanto houver cálcio e ATP disponível no
sarcoplasma.

Sequência da contração muscular:

1. Miosina energizada com o músculo ainda relaxado;


2. Um estímulo nervoso causa a liberação de cálcio
para o sarcoplasma;
3. O cálcio se liga à troponina e o complexo
troponina-tropomiosina expõe o sítio de ligação
entre a actina e a miosna;
4. Ligação da miosina com a actina, flexão da cabeça
da miosina e o deslizamento dos filamentos de
actina;
5. Um novo ATP se liga à cabeça da miosina, que
volta a sua posição original.

RIGOR MORTIS/RIGIDEZ CADAVÉRICA

A necessidade do ATP para o relaxamento muscular explica


* Sarcômero: compartimentos onde se organizam a actina e
o fato de que, quando morremos, o corpo entra em estado
miosina.
de contratura após algumas horas, o que é conhecido como
 Durante o repouso a actina e miosna não se rigidez cadavérica.
tocam. O complexo proteico troponina-
 As células musculares se contraem e ficam rígidas
tropomiosina impede a ligação entre actina e
mesmo sem a chegada do potencial de ação;
miosina, ele tampa o sítio de ligação entre essas
duas proteínas;  O corpo não possui o ATP necessário para
desconectar a actina e a miosina;
 Para haver disponibilidade de cálcio no
sarcoplasma, as proteínas do retículo  Depois de 15 a 25 horas após a morte, as proteínas
sarcoplasmático precisam receber primeiro um musculares se degeneram e, então, a rigidez
estímulo elétrico (um potencial de ação); desaparece;
 Quando o cálcio se liga à troponina, o complexo  A degeneração ocorre mais rápido em
troponina-tropomiosina muda a sua conformação temperaturas elevadas.
e sai do caminho expondo o sítio de ligação entre a
actina e a misona;
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DOENÇA DE BECKER E DUCHENNE

É uma distrofia muscular. Condição genética que causa a


destruição progressiva dos músculos que conseguimos
controlar (músculos voluntários).

 Relacionada a proteína distrofina;


 A função essencial da distrofina no músculo é
estabilizar as fibras durante as contrações, agindo
como suporte ao músculo;
 Quando mutações ocorrem, a falta de distrofina
ou a alteração em sua estrutura impedem sua
função de manutenção da membrana celular,
levando a frequentes rupturas desta durante as
contrações. A ruptura permite com que mais cálcio
do meio extracelular entre na célula;
 Com o excesso de cálcio no meio intracelular
ocorre a quebra de proteínas funcionais, causando
TOXINA BOTULÍNICA /BOTOX
a morte celular;
Procedimento clínico e estético de aplicação do botox.  As fibras musculares são facilmente danificadas
durante a contração, levando a danos musculares
 Tem a ação de inibir a contração local por meio do crônicos, inflamação, com o tempo há perda da
bloqueio da liberação de ACh das terminações função muscular, pois leva à degeneração
axônicas; progressiva e irreversível dos músculos
 A enzima toxina botulínica degrada proteínas esqueléticos.
necessárias para a ligação e a fusão das vesículas
de acetilcolina na fenda sináptica da placa motora.
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE

CURARE É a forma mais comum e mais severa de distrofia muscular,


ligada ao cromossomo X e que afeta exclusivamente
É um veneno mortal (utilizado nas pontas das flechas de crianças do sexo masculino.
nativos sul-americanos).
* Distrofina é uma proteína que auxilia na manutenção da
 Esse veneno se liga aos receptores nicotínicos de integridade das fibras musculares.
ACh, impedindo a abertura dos canais iônicos
(entrada do Na+) e a despolarização da fibra
muscular;
 Além disso, essa substância é resistente à ação da
enzima acetilcolinesterase, bloqueando
completamente os receptores de ACh e impedindo
a contração muscular;
 Esse veneno é letal, pois paralisa os músculos
respiratórios, causando asfixia.

MIASTENIA GRAVIS

É uma doença crônica, geralmente autoimune, contra a


junção neuromuscular.

 Causada pela destruição dos receptores de ach por


anticorpos ou mediada por células;
 O tratamento é feito por remédios
imunossupressores ou remédios que aumentam a
quantidade de ach na fenda sináptica.

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