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PROPÓSITO
Entender aspectos morfofuncionais do sistema nervoso e do sistema tegumentar é
fundamental para o profissional da área de saúde.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
O sistema nervoso é o sistema-chave para a homeostase do corpo; seus constituintes são
responsáveis por controlar os processos moleculares para a manutenção da vida, por meio de
impulsos nervosos. Ele está intimamente relacionado com os demais sistemas, sendo o
responsável por percepções, comportamentos, movimentos voluntários e involuntários do
corpo. Portanto, além de desempenhar um papel na manutenção da vida vegetativa, também
interfere na nossa vida na relação com o meio.
O sistema tegumentar, por sua vez, é composto de pele, cabelo, glândulas sudoríparas e
oleosas, unhas e receptores sensoriais. Esse sistema ajuda a manter a temperatura corporal,
protege o corpo e fornece informações sensoriais sobre o ambiente circundante. Iremos
estudar os aspectos do sistema tegumentar em conjunto com alguns elementos do sistema
nervoso periférico.
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por
questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um
espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais
materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos
números e das unidades.
MÓDULO 1
O sistema nervoso emprega meios elétricos e químicos para enviar e receber mensagens muito
rapidamente de uma célula para outra.
Por meio das terminações nervosas sensoriais, recebe informações sobre mudanças no
corpo e no ambiente externo e transmite mensagens codificadas para a medula espinal e
o encéfalo.
A medula espinal e o encéfalo enviam essa resposta para os demais tecidos/células, que
executam uma determinada ação.
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TERCEIRA SEMANA
Formação da neuroectoderme
O primeiro traço embrionário do sistema nervoso central aparece no início da terceira semana
de desenvolvimento.
Essa estrutura está destinada a dar origem à maioria dos neurônios e a todas as células da glia,
exceto a micróglia, que vem do mesoderma.
As dobras neurais se fundem ao longo da linha média, começando na região cervical (pescoço)
do sulco neural e progredindo rostralmente (em direção à cabeça) e caudalmente (em direção à
cauda).
Em quatro semanas, esse processo cria um canal chamado tubo neural. Por um tempo, o tubo
neural fica aberto para o líquido amniótico nas extremidades rostral e caudal. Essas aberturas
fecham em 25 e 27 dias, respectivamente.
O lúmen do tubo neural torna-se um espaço cheio de líquido que mais tarde constitui o canal
central da medula espinal e os ventrículos (cavidades) do encéfalo.
ATENÇÃO
As células da crista neural dão origem à maior parte do sistema nervoso periférico, incluindo os
nervos e gânglios sensoriais e autônomos; as células de Schwann; as meninges; melanócitos
da pele; a derme e alguns ossos da cabeça e pescoço e algumas outras estruturas.
QUARTA SEMANA
O tubo neural exibe três protuberâncias, as vesículas primárias, que são chamadas de:
PROSENCÉFALO
MESENCÉFALO
ROMBENCÉFALO
QUINTA SEMANA
O telencéfalo tem um par de protuberâncias laterais que mais tarde se tornam os hemisférios
cerebrais, e o diencéfalo exibe um par de pequenas vesículas ópticas em forma de cúpula que
se tornam as retinas dos olhos.
VOCÊ SABIA
No entanto, há pouca mielina no encéfalo, mesmo no nascimento; com isso, não é possível
identificar uma distinção visível entre a substância cinzenta e a branca do encéfalo do recém-
nascido.
A mielinização ocorre rapidamente na infância e é isso, muito mais do que a multiplicação ou o
aumento dos neurônios, que explica a maior parte do crescimento cerebral pós-natal. A
mielinização não é concluída até o final da adolescência.
TERCEIRO MÊS
A medula espinal se estende por todo o comprimento do embrião. À medida que as vértebras
se desenvolvem, os nervos espinais surgem da medula e passam lateralmente para emergir
entre as vértebras, a partir do forame intervertebral.
Ao nascer, a medula espinal termina no canal vertebral no nível da terceira vértebra lombar (L3)
e, na idade adulta, termina no nível de L1 a L2.
À medida que a coluna vertebral se alonga, as raízes nervosas espinais se alongam, de modo
que ainda emergem entre as mesmas vértebras, mas o canal vertebral inferior é ocupado por
um feixe de raízes nervosas (cauda equina) em vez da medula espinal.
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Que consiste no encéfalo e na medula espinal. Esses elementos são protegidos pelo crânio e
pela coluna vertebral.
Nervos
VOCÊ SABIA
Gânglios
Plexos entéricos
Os plexos entéricos são extensas redes de neurônios localizadas nas paredes de órgãos do
trato gastrointestinal.
ATENÇÃO
Receptores sensoriais
A porção somática sensitiva leva sinais da pele, dos músculos, dos ossos e das
articulações para o SNC.
A porção visceral sensitiva leva sinais dos órgãos e das vísceras da cavidade torácica e
abdominal para o SNC.
DIVISÃO MOTORA (EFERENTE)
A porção visceral motora (sistema nervoso autônomo) leva os sinais do SNC para as
glândulas e para os músculos cardíaco e liso (involuntários). Esse sistema nervoso
autônomo possui duas divisões, simpática e parassimpática.
Essa terminologia pode dar a impressão de que o corpo tem vários sistemas nervosos —
central, periférico, sensorial, motor, somático e visceral —, mas esses são apenas termos de
conveniência.
EXISTE APENAS UM SISTEMA NERVOSO E ESSES
SUBSISTEMAS SÃO PARTES INTERCONECTADAS DE UM
TODO.
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TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso compreende dois tipos de células: neurônios e neuróglia. Essas células se
combinam de várias maneiras em diferentes regiões do sistema nervoso.
NEURÔNIOS
Como resultado de sua especialização, a maioria dos neurônios perdeu a capacidade de sofrer
divisões mitóticas.
EXCITABILIDADE
CONDUTIVIDADE
SECREÇÃO
EXCITABILIDADE
CONDUTIVIDADE
Respondem a estímulos produzindo sinais elétricos que chegam rapidamente a outras células
em locais distantes.
SECREÇÃO
Quando o sinal elétrico atinge o final de uma fibra nervosa, o neurônio secreta uma substância
química chamada neurotransmissor, que estimula a próxima célula.
UM CORPO CELULAR
DENDRITOS
UM AXÔNIO
O corpo celular, também conhecido como pericário, contém um núcleo rodeado por citoplasma
que inclui organelas celulares típicas, como lisossomos, mitocôndrias e um complexo de Golgi.
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O axônio, por sua vez, é único e propaga impulsos nervosos em direção a outro neurônio, a uma
fibra muscular ou a uma célula de glândula. O axônio é uma projeção longa, fina e cilíndrica que
frequentemente se junta ao corpo celular. A parte do axônio mais próxima ao corpo do
neurônio é o segmento inicial do axônio. Um axônio contém mitocôndrias, microtúbulos e
neurofibrilas. Como o retículo endoplasmático rugoso não está presente, a síntese de proteínas
não ocorre no axônio. O citoplasma de um axônio, denominado axoplasma, é circundado por
uma membrana plasmática conhecida como axolema.
O local de comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula efetora é
chamado de sinapse.
As pontas de alguns terminais dos axônios se dilatam em estruturas em forma de bulbo
chamadas de bulbos terminais sinápticos; outros exibem uma série de inchaços chamados
varicosidades axonais.
Os bulbos terminais sinápticos contêm muitos sacos minúsculos envoltos por membrana,
chamados vesículas sinápticas, que armazenam uma substância química, o neurotransmissor,
que é uma molécula liberada de uma vesícula sináptica que excita ou inibe outro neurônio, fibra
muscular ou célula da glândula. Muitos neurônios contêm dois ou até três tipos de
neurotransmissores, cada um com efeitos diferentes na célula receptora (pós-sináptica).
EXEMPLO
Os neurônios apresentam grande diversidade em tamanho e forma. Por exemplo, seus corpos
celulares variam em diâmetro de 5 micrômetros até 135 micrômetros.
O padrão de ramificação dendrítica é variado e distinto para neurônios em diferentes partes do
sistema nervoso. Alguns neurônios pequenos não têm um axônio e muitos outros têm axônios
muito curtos.
Dessa maneira, eles podem ser classificados de acordo com a sua estrutura ou função. Iremos
ver a classificação estrutural.
Classificação estrutural
MULTIPOLAR
BIPOLAR
UNIPOLAR
MULTIPOLAR
Quando o neurônio possui vários dendritos e um axônio; a maioria desses neurônios são
encontrados no sistema nervoso central.
BIPOLAR
UNIPOLAR
Quando o neurônio tem dendritos e um axônio fusionados para formar um processo contínuo
que emerge do corpo celular. Esses neurônios são mais apropriadamente chamados de
neurônios pseudounipolares porque eles surgem no embrião como neurônios bipolares.
Durante o desenvolvimento, os dendritos e o axônio se fundem e se tornam um único processo.
Os dendritos da maioria dos neurônios unipolares funcionam como receptores sensoriais que
detectam um estímulo sensorial, como toque, pressão, dor ou estímulos térmicos. A zona de
gatilho para impulsos nervosos em um neurônio unipolar está na junção dos dendritos e do
axônio. Os corpos celulares da maioria dos neurônios unipolares estão localizados nos
gânglios dos nervos espinhais e cranianos.
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Tipos de neurônios.
NEURÓGLIAS
As neuróglias, ou células da glia, são células menores, mas superam em muito o número de
neurônios (25 vezes). A neuróglia sustenta, nutre e protege os neurônios os tornando
funcionais e, ao contrário dos neurônios, continua a se dividir ao longo da vida. No feto, as
células gliais formam uma estrutura que orienta os jovens neurônios em migração até seus
destinos.
GLIA
A palavra “glia” significa “cola”, o que aponta para sua função de suporte.
ATENÇÃO
Sempre que um neurônio maduro não está em contato sináptico com outra célula, ele é coberto
por células gliais. Isso evita que os neurônios entrem em contato uns com os outros, exceto em
pontos especializados para transmissão de sinais, e confere precisão às suas vias de
condução.
As células da glia não geram ou propagam potenciais de ação, porém podem se multiplicar e
dividir no sistema nervoso maduro. São seis tipos de neuroglia, que estão divididas da seguinte
maneira:
Astrócitos
Oligodendrócitos
Micróglia
Células ependimárias
Células de Schwann
Células satélites
Tipos de neuroglia
ASTRÓCITOS
OLIGODENDRÓCITOS
MICRÓGLIAS
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS
CÉLULAS DE SCHWANN
CÉLULAS SATÉLITES
ASTRÓCITOS
Possuem forma de estrela, têm muitos processos alongados e são as maiores e mais
numerosas neuroglias (aproximadamente 90%). Existem dois tipos de astrócitos:
protoplasmáticos e fibrosos. Astrócitos protoplasmáticos têm muitos processos de
ramificação curtos e são encontrados na massa cinzenta do SNC. Astrócitos fibrosos têm
muitos processos longos, não ramificados e estão localizados principalmente na substância
branca do SNC.
OLIGODENDRÓCITOS
São semelhantes aos astrócitos, porém são menores e contêm menos processos alongados.
Os processos de oligodendrócitos são responsáveis pela formação e manutenção da bainha de
mielina (bainha de Schwann) ao redor dos axônios do SNC. A bainha de mielina é formada por
glicoproteínas em várias camadas que cobrem alguns axônios, isolando-os e aumentando a
velocidade de condução do impulso nervoso. Tais axônios são chamados de mielinizados e
compõem a substância branca do SNC.
MICRÓGLIAS
São pequenas células com processos delgados que emitem várias projeções. As micróglias
funcionam como fagócitos, portanto, removem os resíduos celulares formados durante o
desenvolvimento normal do sistema nervoso e fagocitam os patógenos e o tecido nervoso
danificado.
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS
São células cuboidais dispostas em uma única camada. Essa camada possui microvilosidades
e cílios. Essas células revestem os ventrículos do encéfalo e o canal central da medula espinal
(espaços preenchidos com líquido cefalorraquidiano – o líquor –, que protege e nutre o
encéfalo e a medula espinal). Funcionalmente, as células ependimárias produzem, monitoram e
auxiliam na circulação do líquido cefalorraquidiano. Eles também formam a barreira sangue-
líquido cefalorraquidiano.
CÉLULAS DE SCHWANN
Circundam os axônios do SNP. Formam a bainha de mielina ao redor dos axônios. Um único
oligodendrócito mieliniza vários axônios, mas cada célula de Schwann mieliniza um único
axônio. Uma única célula de Schwann também pode conter até 20 ou mais axônios amielínicos
(sem bainha de mielina). As células de Schwann participam da regeneração dos axônios, que é
mais facilmente realizada no SNP do que no SNC.
CÉLULAS SATÉLITES
São células planas que circundam os corpos celulares dos neurônios dos gânglios do SNP.
Além de fornecer suporte estrutural, as células satélites regulam as trocas de materiais entre
os corpos celulares neuronais e o líquido intersticial.
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Tipos de neuroglia.
CONCEITOS GERAIS DO SISTEMA NERVOSO
O especialista Elisaldo Mendes Cordeiro fala sobre os principais tópicos abordados neste
conteúdo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SABE-SE QUE O PRIMEIRO TRAÇO EMBRIONÁRIO DO SISTEMA NERVOSO
CENTRAL APARECE NO INÍCIO DA TERCEIRA SEMANA DE
DESENVOLVIMENTO. UMA FAIXA DORSAL CHAMADA NEUROECTODERME
APARECE AO LONGO DO COMPRIMENTO DO EMBRIÃO E SE TORNA MAIS
ESPESSA PARA FORMAR A PLACA NEURAL. A PARTIR DAÍ, ACONTECEM
ALGUNS DESDOBRAMENTOS E, POR FIM, AS VESÍCULAS PRIMÁRIAS SÃO
FORMADAS. QUAL DAS ALTERNATIVAS APRESENTA UMA DAS VESÍCULAS
CEREBRAIS PRIMÁRIAS?
A) Mesencéfalo
B) Telencéfalo
C) Metencéfalo
D) Diencéfalo
E) Ponte
D) Oligodendrócitos e astrócitos
E) Bulbo e astrócitos
GABARITO
1. Sabe-se que o primeiro traço embrionário do sistema nervoso central aparece no início da
terceira semana de desenvolvimento. Uma faixa dorsal chamada neuroectoderme aparece ao
longo do comprimento do embrião e se torna mais espessa para formar a placa neural. A
partir daí, acontecem alguns desdobramentos e, por fim, as vesículas primárias são formadas.
Qual das alternativas apresenta uma das vesículas cerebrais primárias?
O mesencéfalo é uma das três vesículas primárias, junto com o prosencéfalo e rombencéfalo.
Os oligodendrócitos são encontrados nos axônios do SNC, formando a bainha de mielina nesta
divisão do sistema nervoso, enquanto as células de Schwann são responsáveis por formar a
bainha de mielina nos axônios do SNP.
MÓDULO 2
MENINGES
O SNC é envolvido por três membranas, as meninges, que ficam entre o tecido nervoso e o
osso. São elas:
DURA-MÁTER
ARACNOIDE
PIA-MÁTER
Eles protegem o encéfalo e dão suporte para artérias, veias e seios durais.
DURA-MÁTER
Apenas a camada meníngea continua no canal vertebral, onde forma uma bainha ao redor da
medula espinal. Essa lâmina interna da dura-máter está presa aos ossos do neurocrânio em
lugares limitados — ao redor do forame magno, da sela túrcica e dos processos clinoides, da
crista etmoidal e das suturas do crânio, porém forma um ligeiro espaço denominado de espaço
epidural.
Em alguns lugares, as duas camadas da dura-máter são separadas por seios durais, espaços
que coletam o sangue que circulou pelo encéfalo. Os dois seios durais principais são:
SEIO SAGITAL SUPERIOR
SEIO TRANSVERSO
SEIO TRANSVERSO
O sangue dos seios durais desembocam, em última instância, nas veias jugulares internas do
pescoço.
Seio cavernoso
Seio esfenoparietal
Seio reto
Seio occipital
Seio sigmoide
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Alguns seios da dura-máter. Note a foice do cérebro e, na sua superfície superior, o seio
sagital superior. Note também a presença das veias diploicas.
FOICE DO ENCÉFALO
Estende-se pela fissura longitudinal do encéfalo como uma parede vertical entre os hemisférios
cerebrais direito e esquerdo e tem a forma de uma foice.
TENTÓRIO DO CEREBELO
Estende-se horizontalmente sobre a fossa craniana posterior e separa o cerebelo do encéfalo
sobrejacente, delimitando os andares supra e infratentoriais.
FOICE DO CEREBELO
ARACNOIDE
A aracnoide é uma membrana transparente sobre a superfície do encéfalo. É uma película fina,
bastante aderente ao SNC. Em algumas regiões, há um espaço subdural que separa a dura-
máter da aracnoide.
PIA-MÁTER
A pia-máter é uma membrana muito fina e delicada que segue de perto todos os contornos da
superfície do encéfalo e se aprofunda nos sulcos dele. Consiste em células
escamosas/cuboidais finas dentro de feixes entrelaçados de fibras de colágeno e algumas
fibras elásticas finas.
ATENÇÃO
Dentro da pia-máter, existem muitos vasos sanguíneos que fornecem oxigênio e nutrientes para
o SNC. Extensões membranosas de forma triangular da pia-máter suspendem a medula espinal
no meio de sua bainha dural. Essas extensões, chamadas ligamentos denticulados, são
espessamentos da pia-máter.
MEDULA ESPINAL
ANATOMIA EXTERNA
A medula espinal tem forma aproximadamente oval, sendo ligeiramente achatada anterior e
posteriormente. Em adultos, ela se estende do bulbo, a parte inferior do encéfalo, até a borda
superior da segunda vértebra lombar. Em recém-nascidos, estende-se até a terceira ou quarta
vértebra lombar.
Durante a primeira infância, tanto a medula espinal quanto a coluna vertebral crescem mais
devido ao desenvolvimento geral do corpo.
O alongamento da medula cessa por volta dos 4 ou 5 anos de idade, mas o crescimento da
coluna continua.
Assim, a medula não se estende por todo o comprimento da coluna do adulto.
Inferior à intumescência lombar, a medula espinal termina como uma estrutura cônica afilada
chamada de cone medular que termina no nível do disco intervertebral entre a primeira e a
segunda vértebra lombar (L1-L2) em adultos.
Surgindo do cone medular está o filamento terminal, uma extensão da pia-máter que se
estende inferiormente, funde-se com a aracnoide e a dura-máter e ancora a medula espinal no
cóccix.
A medula dá origem aos nervos espinais, que se ramificam da medula espinal, e correm
lateralmente de modo a sair do canal vertebral pelo forame intervertebral entre as vértebras
adjacentes.
No entanto, como a medula é mais curta do que a coluna vertebral, os nervos que surgem das
regiões lombar, sacral e coccígea da medula não deixam a coluna no mesmo nível em que
saem da medula. As raízes desses nervos espinais inferiores angulam-se inferiormente ao
longo do filamento terminal no canal vertebral como fios de cabelo. Consequentemente, as
raízes desses nervos são coletivamente chamadas de cauda equina.
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ANATOMIA INTERNA
Uma seção transversa da medula revela regiões de substância branca que circundam um
núcleo interno de substância cinzenta. A substância branca consiste principalmente de feixes
de axônios mielinizados de neurônios.
Duas fissuras penetram na substância branca da medula espinal e a dividem em lados direito e
esquerdo.
A fissura mediana anterior é um sulco largo no lado anterior (ventral).
O sulco mediano posterior é um sulco estreito no lado posterior (dorsal).
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Corte transversal da medula espinal.
A massa cinzenta da medula espinal tem o formato da letra “H” e consiste em dendritos e
corpos celulares de neurônios, axônios amielínicos e neuroglia. A comissura cinzenta forma a
barra transversal do H. No centro da comissura cinzenta, há um pequeno espaço chamado
canal central; estende-se por todo o comprimento da medula sendo preenchido com líquido
cefalorraquidiano.
Em sua extremidade superior, o canal central é contínuo com o quarto ventrículo (Um espaço
que contém o líquido cefalorraquidiano) no bulbo. Anterior à comissura cinzenta está a
comissura branca anterior, que conecta a substância branca dos lados direito e esquerdo da
medula.
Contêm núcleos motores somáticos, que são agrupamentos de corpos celulares de neurônios
motores somáticos que fornecem impulsos nervosos para a contração dos músculos
esqueléticos.
Estão entre os cornos cinzentos posterior e anterior, presentes apenas nos segmentos torácico
e lombar superior da medula espinal. Contêm núcleos motores autônomos, que são
agrupamentos de corpos celulares de neurônios motores autônomos que regulam a atividade
do músculo cardíaco, do músculo liso e das glândulas.
Cada coluna, por sua vez, contém feixes distintos de axônios, com origem ou destino comum,
que transportam informações semelhantes. Esses feixes, que podem se estender por longas
distâncias para cima ou para baixo na medula, são chamados de tratos:
TRATOS MOTORES (DESCENDENTES)
COMENTÁRIO
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Medula espinal.
ORGANIZAÇÃO GERAL DO ENCÉFALO
O encéfalo e a medula espinal se desenvolvem a partir do tubo neural (ectoderma). A parte
anterior do tubo neural se expande junto com o tecido da crista neural associado. Constrições
nesse tubo expandido logo aparecem, criando três regiões chamadas vesículas cerebrais
primárias: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo.
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Diferenciação do SNC.
TELENCÉFALO
MESENCÉFALO
METENCÉFALO
MIELENCÉFALO
O encéfalo adulto consiste em quatro partes principais: tronco encefálico, cerebelo, diencéfalo
e encéfalo. O tronco encefálico é contínuo com a medula espinal e consiste em bulbo, ponte e
mesencéfalo. Posteriormente ao tronco cerebral está o cerebelo. Superior ao tronco encefálico
está o diencéfalo, que consiste no tálamo, hipotálamo e epitálamo. Apoiado no diencéfalo e no
tronco encefálico está o encéfalo, a maior parte do encéfalo.
TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico é a parte do encéfalo situada entre a medula espinal e o diencéfalo.
Consiste em três estruturas: mesencéfalo, ponte e bulbo. Estendendo-se através do tronco
cerebral está a formação reticular, uma região semelhante a uma rede de matéria cinzenta e
branca intercalada.
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MESENCÉFALO
A parte anterior do mesencéfalo contém feixes pares de axônios conhecidos como pedúnculos
que consistem em axônios dos tratos corticoespinal, corticobulbar e corticopontino, que
conduzem impulsos nervosos de áreas motoras no córtex cerebral para a medula espinal, a
medula e a ponte, respectivamente.
COLÍCULOS SUPERIORES
COLÍCULOS INFERIORES
Os núcleos conhecidos como colículos superiores, servem como centros reflexos para certas
atividades visuais.
Por meio de circuitos neurais a partir da retina do olho, aos colículos superiores e, finalmente,
aos músculos extrínsecos do olho, estímulos visuais provocam movimentos oculares para
rastrear imagens em movimento e estacionárias.
Os colículos inferiores, fazem parte da via auditiva, transmitindo impulsos dos receptores da
audição do ouvido interno para o cérebro.
Esses dois núcleos também são centros reflexos para o reflexo do susto, movimentos
repentinos da cabeça, dos olhos e do tronco que ocorrem quando você é surpreendido por um
barulho alto.
ATENÇÃO
O mesencéfalo contém vários outros núcleos, incluindo a substância negra esquerda e direita
que são grandes e de pigmentação escura.
Os neurônios que liberam dopamina, estendendo-se da substância negra aos núcleos da base,
ajudam a controlar as atividades musculares subconscientes. A perda desses neurônios está
associada à doença de Parkinson. Também estão presentes os núcleos rubros esquerdo e
direito, que parecem avermelhados devido ao seu rico suprimento de sangue e um pigmento
contendo ferro em seus corpos celulares neuronais. Os axônios do cerebelo e do córtex
cerebral formam sinapses nos núcleos vermelhos, que ajudam a controlar os movimentos
musculares.
PONTE
A ponte fica diretamente superior ao bulbo e anterior ao cerebelo e tem cerca de 2,5 cm de
comprimento. A ponte consiste em núcleos e tratos, assim como o bulbo.
A ponte tem dois componentes estruturais principais: uma região ventral e uma região dorsal. A
região ventral da ponte forma uma grande estação retransmissora sináptica que consiste em
centros cinzentos espalhados chamados de núcleos pontinos.
SAIBA MAIS
Entrando e saindo desses núcleos, estão numerosos tratos de matéria branca, cada um dos
quais fornece uma conexão entre o córtex (camada externa) de um hemisfério cerebral e o do
hemisfério oposto do cerebelo. Esse circuito complexo desempenha um papel essencial na
coordenação e na maximização da eficiência da produção motora voluntária em todo o corpo.
A região dorsal da ponte é mais parecida com as outras regiões do tronco encefálico: o bulbo e
o mesencéfalo. Ela contém os tratos ascendentes e descendentes junto com os núcleos dos
nervos cranianos. Também dentro da ponte está o grupo respiratório pontino que, com o centro
respiratório do bulbo, ajuda a controlar a respiração.
BULBO
O bulbo é contínuo com a parte superior da medula espinal; ele forma a parte inferior do tronco
encefálico. Começa no forame magno e se estende até a borda inferior da ponte, a uma
distância de cerca de 3cm.
A matéria branca do bulbo contém todos os tratos sensoriais e motores que se estendem entre
a medula e outras partes do encéfalo.
A matéria branca do bulbo contém todos os tratos sensoriais e motores que se estendem entre
a medula e outras partes do encéfalo.
Logo acima da junção da medula com a medula espinal, 90% dos axônios na pirâmide
esquerda cruzam para o lado direito, e 90% dos axônios na pirâmide direita cruzam para o lado
esquerdo.
Esse cruzamento é chamado de decussação das pirâmides e explica por que cada lado do
cérebro controla os movimentos voluntários no lado oposto do corpo. A medula também
contém vários núcleos. Alguns desses núcleos controlam as funções vitais do corpo.
EXEMPLO
São exemplos de núcleos no bulbo que regulam as atividades vitais: o centro cardiovascular e
o centro de ritmicidade. O centro cardiovascular regula a taxa e a força dos batimentos
cardíacos e o diâmetro dos vasos sanguíneos, e o centro respiratório ajusta o ritmo básico da
respiração. O bulbo possui outros centros, como o de vômito, deglutição e espirro.
Esses núcleos são o núcleo grácil direito e esquerdo e o núcleo cuneiforme. Os axônios
sensoriais ascendentes do fascículo grácil e do fascículo cuneiforme, que são dois tratos nas
colunas posteriores da medula espinal, formam sinapses nesses núcleos. Os neurônios pós-
sinápticos então retransmitem as informações sensoriais para o tálamo, no lado oposto do
encéfalo.
SAIBA MAIS
O bulbo também contém núcleos que são componentes das vias sensoriais para gustação,
audição e equilíbrio. O oitavo (vestibulococlear), o nono (glossofaríngeo), o décimo (vago), o
décimo primeiro (acessório) e o décimo segundo (hipoglosso) pares de nervos cranianos estão
associados ao bulbo.
CEREBELO E DIENCÉFALO
CEREBELO
Consiste nos hemisférios cerebelares direito e esquerdo conectados por uma ponte estreita,
denominada de verme (vermis) cerebelar. Cada hemisfério exibe dobras estreitas e paralelas
que são separadas por sulcos rasos.
O LOBO ANTERIOR E O LOBO POSTERIOR GOVERNAM OS
ASPECTOS SUBCONSCIENTES DOS MOVIMENTOS DOS
MÚSCULOS ESQUELÉTICOS. O LOBO FLOCULONODULAR
NA SUPERFÍCIE INFERIOR CONTRIBUI PARA O
EQUILÍBRIO.
O cerebelo possui um córtex superficial de substância cinzenta e uma camada mais profunda
de substância branca. Em uma seção sagital, a substância branca mostra um padrão
ramificado, chamado Arbor vitae (Árvore da vida) . Cada hemisfério também tem quatro
massas de substância cinzenta chamadas núcleos profundos embutidos na substância branca.
Todas as entradas cerebelares vão para o córtex, e todas as saídas vêm dos núcleos
profundos. O cerebelo está conectado ao tronco cerebral por três pares de estruturas
chamados de pedúnculos cerebelares:
Os pedúnculos consistem em grossos feixes de fibras nervosas que transportam sinais para
dentro e para fora do cerebelo. O cerebelo monitora os movimentos do corpo a partir de
informações provenientes dos músculos e das articulações por meio dos tratos
espinocerebelares, que chegam pelos pedúnculos inferiores.
Os pedúnculos médios carregam sinais do encéfalo sobre o que os músculos foram ordenados
a fazer, permitindo que o cerebelo compare o comando com o desempenho.
Esses pedúnculos também carregam informações dos olhos e dos ouvidos para a audição e
para a percepção da posição e do movimento do corpo.
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Embora componha apenas 10% da massa do encéfalo, o cerebelo tem cerca de 60% da área de
superfície do córtex cerebral e mais da metade de todos os neurônios cerebrais — cerca de 100
bilhões deles. Suas células minúsculas e densamente espaçadas são os neurônios mais
abundantes em todo o encéfalo. Seus neurônios mais distintos, entretanto, são as células
grandes globosas de Purkinje.
ATENÇÃO
Esses neurônios têm uma profusão tremenda de dendritos comprimidos em um único plano
como uma árvore. Seus axônios viajam para os núcleos profundos, onde fazem sinapses nos
neurônios de saída que emitem fibras para o tronco cerebral.
A função do cerebelo era desconhecida na década de 1950. Na década de 1970, passou a ser
considerado um centro de controle da coordenação motora. Agora, entretanto, a tomografia por
emissão de pósitrons (PET), a imagem por ressonância magnética funcional (fMRI) e os
estudos comportamentais de pessoas com lesões cerebelares criaram uma visão muito mais
ampla da função cerebelar.
DIENCÉFALO
Tálamo
Mede cerca de 3cm de comprimento e constitui 80% do diencéfalo. É formado por massas
ovais de substância cinzenta organizadas em núcleos com tratos intercalados de substância
branca.
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Tálamo.
Uma ponte de matéria cinzenta chamada de adesão intertalâmica (Massa intermediária) une
as metades direita e esquerda do tálamo em cerca de 70% dos indivíduos. Uma camada
vertical de substância branca em forma de Y chamada lâmina medular interna divide a
substância cinzenta dos lados direito e esquerdo do tálamo e consiste em axônios
mielinizados que entram e saem dos vários núcleos talâmicos. Os axônios que conectam o
tálamo e o córtex cerebral passam pela cápsula interna, uma faixa espessa de substância
branca lateral ao tálamo.
Hipotálamo
É uma pequena parte do diencéfalo localizada inferiormente ao tálamo. É composto por cerca
de uma dúzia de núcleos em quatro regiões principais:
REGIÃO MAMILAR
REGIÃO TUBERAL
REGIÃO SUPRAÓPTICA
REGIÃO PRÉ-ÓPTICA
REGIÃO MAMILAR
REGIÃO TUBERAL
REGIÃO SUPRAÓPTICA
Imagem: Shutterstock.com
Hipotálamo.
Epitálamo
Pequena região superior e posterior ao tálamo, consiste na glândula pineal e nos núcleos
habenulares. A glândula pineal tem o tamanho aproximado de uma ervilha e projeta-se da linha
média posterior do terceiro ventrículo. A glândula pineal faz parte do sistema endócrino porque
secreta o hormônio melatonina. Os núcleos habenulares estão envolvidos no olfato,
especialmente nas respostas emocionais geradas por ele.
Imagem: Shutterstock.com
TELENCÉFALO (CÉREBRO)
O telencéfalo embrionário torna-se o cérebro que permite a capacidade de ler, escrever e falar;
fazer cálculos e compor música; lembrar o passado, planejar o futuro e imaginar coisas que
nunca existiram.
ATENÇÃO
É a principal região da percepção sensorial, das ações motoras voluntárias, da memória e dos
processos mentais, como pensamento, julgamento e imaginação, que mais distinguem os
humanos dos outros animais.
Na parte inferior dessa fissura, os hemisférios são conectados por um grosso feixe de fibras
nervosas chamado corpo caloso — um marco proeminente para a descrição anatômica.
O dobramento da superfície cerebral em giros permite que uma maior quantidade de córtex
caiba na cavidade craniana. Os giros dão ao cérebro uma área de superfície de cerca de
2.500cm². Se o cérebro tivesse uma superfície lisa, teria apenas um terço da área e
proporcionalmente menos capacidade de processamento de informações. Essa extensa
dobradura é uma das maiores diferenças entre o cérebro humano e os encéfalos de superfície
relativamente lisa da maioria dos outros mamíferos.
Alguns giros têm anatomia consistente e previsível; outros variam do encéfalo para cérebro e
do hemisfério direito para o esquerdo. Certos sulcos excepcionalmente proeminentes dividem
cada hemisfério em cinco lobos que são anatômica e funcionalmente distintos. Os primeiros
quatro deles são visíveis superficialmente e recebem os nomes dos ossos cranianos, aos quais
estão relacionados, o quinto lobo não é visível superficialmente.
Lobo frontal
Situado posteriormente aos ossos frontais, está relacionado ao pensamento (cognição)
e a outros processos mentais complexos, como fala e controle motor.
Lobo parietal
Situado profundamente aos ossos parietais, começa no sulco central e se estende até ao
sulco parietoccipital, que o separa do lobo occipital. Está relacionado com a
interpretação de sinais dos órgãos do sentido.
Lobo occipital
Situado profundamente ao osso occipital, caudalmente ao sulco parietoccipital, é o
principal centro visual do cérebro.
Lobo temporal
Situado profundamente aos ossos temporais, encontra-se separado do lobo parietal pelo
sulco lateral profundo. Relaciona-se com funções olfativas, auditivas, de aprendizado e
memória, assim como com aspectos da visão e da emoção.
A maior parte do volume do cérebro é formada por substância branca. O cérebro é composto
por células da glia e fibras nervosas mielinizadas que conduzem sinais de uma região do
cérebro para outra e entre o cérebro e os centros inferiores. Essas fibras viajam em feixes
chamados tratos. Existem três tipos de tratos cerebrais:
TRATOS DE PROJEÇÃO
TRATOS COMISSURAIS
Levam informações de um hemisfério para outro por meio do corpo caloso e das comissuras
anterior e posterior.
TRATOS DE ASSOCIAÇÃO
Apesar de o cérebro ter a maior parte formada por substância branca, a região periférica do
cérebro é composta por substância cinzenta: o córtex cerebral. O córtex cerebral apresenta
dois tipos principais de neurônios:
CÉLULAS ESTRELADAS
CÉLULAS PIRAMIDAIS
CÉLULAS ESTRELADAS
São neurônios anaxônicos com corpos esferoidais e com dendritos que se projetam por curtas
distâncias em todas as direções. Eles recebem informações sensoriais e as processam em
nível local.
CÉLULAS PIRAMIDAIS
São altas e cônicas. Seu ápice aponta para a superfície do cérebro e tem um dendrito espesso
com muitos ramos e com pequenos espinhos dendríticos. A sua base dá origem a dendritos
orientados horizontalmente e um axônio que passa para a substância branca. O axônio
também tem ramificações colaterais que fazem sinapses com outros neurônios no córtex ou
nas regiões mais profundas do encéfalo. As células piramidais são os neurônios de saída do
cérebro — são os únicos neurônios cerebrais cujas fibras deixam o córtex e se conectam com
outras partes do SNC.
NÚCLEOS DA BASE
No fundo de cada hemisfério cerebral, estão três núcleos que são denominados coletivamente
de núcleos da base.
Dois dos núcleos basais estão lado a lado, lateralmente ao tálamo. Eles são o globo pálido que
está mais próximo do tálamo e o putâmen, que está mais próximo do córtex cerebral, juntos,
são chamados de núcleo lentiforme.
O terceiro dos núcleos basais é o núcleo caudado que tem uma grande “cabeça” conectada a
uma “cauda” menor por um longo “corpo” em forma de vírgula.
Uma das principais funções dos núcleos basais é ajudar a regular o início e o término dos
movimentos:
A atividade dos neurônios no núcleo caudado ocorre antes dos movimentos dos olhos.
O globo pálido ajuda a regular o tônus muscular necessário para movimentos corporais
específicos. Os núcleos basais também controlam as contrações subconscientes dos
músculos esqueléticos. São exemplos disso os balanços automáticos dos membros
superiores ao caminhar e as risadas mediante a uma piada. Eles ajudam a iniciar e encerrar
alguns processos cognitivos, como atenção, memória e planejamento, e podem agir com o
sistema límbico para regular comportamentos emocionais.
SISTEMA LÍMBICO
O giro cingulado, que se arqueia sobre o topo do corpo caloso nos lobos frontal e parietal.
O hipocampo no lobo temporal.
A amígdala imediatamente rostral ao hipocampo, também no lobo temporal.
Por muito tempo, pensou-se que o sistema límbico estava associado ao olfato por causa de
sua estreita associação com as vias olfativas, mas começando no início dos anos a partir de
1900, experimentos demonstraram papéis mais significativos na emoção e na memória.
A maioria das estruturas do sistema límbico tem centros tanto para emoção de gratificação
quanto para aversão:
Centros de gratificação
Centros de aversão
VENTRÍCULOS E LÍQUOR
O encéfalo possui quatro câmaras internas chamadas ventrículos. Os maiores são os dois
ventrículos laterais, que formam um arco em cada hemisfério cerebral. Por meio de um poro
denominado forame interventricular (de Monro), cada ventrículo lateral é conectado ao terceiro
ventrículo, um estreito espaço mediano inferior ao corpo caloso.
SAIBA MAIS
Cerca de 40% dele é formado no espaço subaracnoide externo ao encéfalo, 30% pelo
revestimento ependimal geral dos ventrículos cerebrais e 30% pelos plexos coroides. A
formação do líquor começa com a filtração do plasma pelos capilares sanguíneos do encéfalo.
As células ependimárias modificam quimicamente o filtrado à medida que ele passa por elas
para os ventrículos e para o espaço subaracnoide. O líquido flui continuamente através e ao
redor do SNC, impulsionado pela sua própria pressão, pelo batimento dos cílios nas células
ependimárias e pelas pulsações rítmicas do encéfalo produzidas por cada batimento cardíaco.
O líquor, secretado nos ventrículos laterais, flui através do forame interventricular para o
terceiro ventrículo e desce pelo aqueduto cerebral até o quarto ventrículo.
O terceiro e o quarto ventrículos e seus plexos coroides adicionam mais fluido ao longo do
caminho.
Uma pequena quantidade de líquor preenche o canal central da medula espinal, mas, em última
análise, o líquido cefalorraquidiano escapa por três poros nas paredes do quarto ventrículo:
uma abertura mediana e duas laterais. Esses poros conduzem ao espaço subaracnoide na
superfície do encéfalo e medula espinal.
A partir daí, o líquor é absorvido desse espaço pelas granulações aracnoides, extensões da
aracnoide semelhantes à couve-flor, que se projetam pela dura-máter para o seio sagital
superior do encéfalo. O líquor penetra pelas paredes das granulações e mistura-se com o
sangue nos seios da dura-máter, sendo, portanto, reabsorvido.
FLUTUABILIDADE
PROTEÇÃO
ESTABILIDADE
FLUTUABILIDADE
O encéfalo fica suspenso no líquor, o que diminui drasticamente o seu peso total. Quando
retirado do corpo, o encéfalo pesa cerca de 1,5kg, mas quando suspenso pelo líquor, seu peso
efetivo é de apenas cerca de 50g. Na ausência de líquor, o encéfalo repousaria no crânio,
destruindo o tecido nervoso por conta do peso;
PROTEÇÃO
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Sistema ventricular.
NERVOS CRANIANOS
Cada nervo craniano possui um número, designado por um numeral romano, e um nome. Os
números indicam a ordem, de anterior para posterior, em que os nervos surgem do encéfalo. Os
nomes designam a distribuição ou a função de um nervo.
TRÊS NERVOS CRANIANOS (I, II E VIII)
Carregam axônios de neurônios sensitivos especiais. Esses nervos são exclusivos da cabeça e
estão associados aos sentidos especiais de olfato, visão e audição. Os corpos celulares da
maioria dos neurônios sensitivos estão localizados em gânglios fora do encéfalo.
● Nervo olfatório (I): É um nervo sensitivo e carrega impulsos relacionados à olfação. Inicia na
cavidade nasal, em sua porção superior, graças à presença do epitélio olfatório. Feixes de
axônio se estendem dessa região e ascendem para a cavidade craniana por meio da lâmina
crivosa do osso etmoide, formando o nervo olfatório. Termina no telencéfalo pelos bulbos
olfatórios.
● Nervo óptico (II): É um nervo sensitivo e está relacionado à visão. Os sinais visuais se iniciam
nos cones e nos bastonetes da retina. Esses sinais são transmitidos para o nervo óptico, que
se funde com o nervo contralateral e forma o quiasma óptico, o que constitui o trato óptico na
massa cerebral.
● Nervo oculomotor (III): É responsável pela inervação de quase toda a musculatura do globo
ocular. Inerva também o músculo ciliar, que ajusta a lente e o músculo da íris.
● Nervo troclear (IV): É um nervo motor e inerva o músculo oblíquo superior do globo ocular.
● Nervo trigêmeo (V): É um nervo misto e carrega esse nome devido à sua divisão em nervos
oftálmico, maxilar e mandibular. Esse nervo é importante para inervação sensitiva da face,
incluindo os dentes, as glândulas, a língua (não está relacionado à gustação). Inerva a
musculatura da mastigação e alguns músculos relacionados ao palato mole e ao ouvido
médio.
● Nervo abducente (VI): É um nervo motor e inerva o músculo reto lateral do globo ocular. Seu
nome está relacionado ao fato de o músculo reto lateral fazer a abdução do olho.
● Nervo facial (VII): É um nervo misto e dá a inervação gustativa dos dois terços anteriores da
língua, graças ao nervo corda do tímpano. Seus ramos motores inervam a musculatura da
mímica facial, do músculo estilo-hioideo, da porção posterior do digástrico e do músculo
estapédio. Ainda, emite ramos parassimpáticos para o gânglio pterigopalatino e submandibular,
fornecendo inervação parassimpática para as glândulas lacrimais, nasais, palatinas, sublingual
e submandibulares.
● Nervo vestibulococlear (VIII): Nervo sensitivo e possui dois ramos: um ramo vestibular e um
ramo coclear. O ramo vestibular surge dos canais semicirculares, sáculo e utrículo do ouvido
interno e corre em direção ao núcleo vestibular, na ponte e cerebelo, e está relacionado ao
equilíbrio. Seu ramo coclear surge da cóclea no ouvido interno e termina no tálamo, levando o
sentido de audição.
● Nervo vago (X): É um nervo misto. Está contido na bainha carotídea, no pescoço. Supre
músculos da faringe, da laringe, do palato mole. Emite ramos para o seio e o corpo carotídeos.
Ramos parassimpáticos para o pulmão, o coração, as glândulas e as vísceras do trato
gastrointestinal;
● Nervo hipoglosso (XII): É um nervo motor. Surge do bulbo (núcleo do hipoglosso) e supre a
musculatura da língua, importante para a fala e para a deglutição.
Imagem: Shutterstock.com
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Núcleos
B) Cornos posteriores
C) Colunas
D) Canal central
E) Bulbos
GABARITO
As colunas são as regiões da substância branca na medula. A medula possui duas colunas
anteriores, duas posteriores e duas laterais. Cada coluna contém um feixe de axônio com
origem ou destino em comum, denominadas tratos. Os núcleos são aglomerados de corpos
celulares de neurônios na substância cinzenta situados nos cornos. Já o canal central é o canal
onde corre líquor.
2. O nervo vago é o décimo par de nervo craniano. Possui esse nome devido à sua ampla
distribuição. Das funções abaixo, qual não se enquadra na função desse nervo?
O sentido de gustação é dado por dois outros pares de nervos cranianos. O nervo facial (VII),
que emite fibras especiais para os dois terços anteriores da língua, e o nervo glossofaríngeo
(IX), que emite fibras especiais para o terço posterior da língua.
MÓDULO 3
Nem todos os segmentos da medula espinal estão alinhados com suas vértebras
correspondentes. Como vimos, a medula espinal termina perto do nível da borda superior da
segunda vértebra lombar (L2) e das raízes dos nervos lombar, sacral e coccígeo para alcançar
seus respectivos forames antes de emergir da coluna vertebral. Esse arranjo forma a cauda
equina.
Imagem: Shuttertock.com
A cauda equina.
O primeiro par cervical de nervos espinais emerge da medula entre o osso occipital e o atlas
(C1). A maioria dos nervos espinais restantes emerge da medula pelo forame intervertebral
entre as vértebras adjacentes:
As raízes dos nervos espinais sacrais (S1-S5) e os nervos coccígeos (Co1) entram no canal
sacral, a parte do canal vertebral no sacro. Posteriormente, os nervos S1-S4 saem do canal
sacral pelos quatro pares de forames sacrais anterior e posterior, e os nervos espinais S5 e Co1
saem do canal sacral pelo hiato sacral.
Imagem: Shutterstock.com
Após passar por seu forame intervertebral, um nervo espinal se divide em vários ramos:
RAMO MENÍNGEO
RAMOS COMUNICANTES
Os ramos ventrais dos nervos espinais, exceto os nervos torácicos de T2 a T12, não vão
diretamente para as estruturas corporais que suprem. Em vez disso, formam redes nos lados
esquerdo e direito do corpo, unindo-se a vários ramos anteriores de nervos adjacentes. Essa
rede nervosa é conhecida como plexo.
PLEXO CERVICAL
PLEXO BRAQUIAL
PLEXO LOMBAR
PLEXO SACRAL
ATENÇÃO
Emergindo dos plexos estão nervos com nomes que muitas vezes descrevem as regiões gerais
a que servem ou o curso que seguem. Cada um dos nervos, por sua vez, pode ter vários ramos
nomeados de acordo com as estruturas específicas que inervam.
Os ramos ventrais dos nervos espinais torácicos (T2 a T12) não entram na formação desses
plexos. Em vez disso, são conhecidos como nervos intercostais, sendo responsáveis pela
inervação dos espaços intercostais e das regiões adjacentes.
Após deixar seu forame intervertebral, o ramo anterior do nervo T2 inerva os músculos
intercostais do segundo espaço intercostal e supre a pele da axila e o aspecto posteromedial
do braço.
Os nervos T3-T6 se estendem ao longo dos sulcos costais das costelas e, em seguida, para os
músculos intercostais e a pele da parede torácica anterior e lateral.
Os nervos T7-T12 suprem os músculos intercostais e abdominais, junto com a pele adjacente.
Os ramos posteriores dos nervos intercostais suprem os músculos profundos do dorso e a pele
do dorso.
PLEXO CERVICAL
É formado pelos ramos ventrais dos primeiros quatro nervos cervicais (C1-C4), com
contribuição do C5. Existe um em cada lado do pescoço, ao lado das primeiras quatro
vértebras cervicais. O plexo cervical supre a pele e os músculos da cabeça, do pescoço e da
parte superior dos ombros e do tórax. Os nervos frênicos surgem dos plexos cervicais e
fornecem fibras motoras ao diafragma. Ramos do plexo cervical também correm paralelos a
dois nervos cranianos: o acessório (XI) e o hipoglosso (XII).
Imagem: Shutterstock.com
Plexo cervical.
PLEXO BRAQUIAL
É formado pelos ramos ventrais de C5-T1, que se estendem inferior e lateralmente em cada
lado das últimas quatro vértebras cervicais e da primeira vértebra torácica. Ele passa acima da
primeira costela posterior à clavícula e, em seguida, entra na axila. Visto que o plexo braquial é
complexo, uma explicação de suas várias partes é útil.
Além desses, o plexo braquial emite ramos colaterais que surgem das raízes, dos troncos ou
dos fascículos:
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PLEXO LOMBAR
Nervo genitofemoral
Imagem: Shutterstock.com
Plexo lombar.
PLEXO SACRAL
É formado pelas raízes de L4-L5 e S1-S4 e está situado em grande parte anterior ao sacro. O
plexo sacral supre as nádegas, o períneo e os membros inferiores. Seus ramos são:
O nervo isquiático (em vermelho). É o maior nervo do corpo humano e se divide na fossa
poplítea em nervo fibular comum e nervo tibial.
DERMÁTOMOS
A pele de todo o corpo é fornecida por neurônios sensoriais somáticos que transportam
impulsos nervosos da pele para a medula espinal e para o encéfalo. Cada nervo contém
neurônios sensoriais que servem a um segmento específico do corpo.
ATENÇÃO
Um dos nervos cranianos, o nervo trigêmeo (V), atende a maior parte da pele do rosto e do
couro cabeludo. A área da pele que fornece entrada sensorial para o SNC por meio de um par
de nervos espinais ou do nervo trigêmeo (V) é chamada de dermátomo.
As informações sobre os padrões de inervação dos nervos espinais também podem ser usadas
terapeuticamente. Cortar raízes posteriores ou infundir anestésicos locais pode bloquear a dor
de forma permanente ou temporária. Como os dermátomos se sobrepõem, a produção
deliberada de uma região de anestesia completa pode exigir que pelo menos três nervos
espinais adjacentes sejam cortados ou bloqueados por um anestésico.
Imagem: Shuttherstock.com
Dermátomos.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
O sistema nervoso autônomo (SNA) pode ser definido como um sistema nervoso motor que
controla as glândulas, o músculo cardíaco e o músculo liso. Também é chamado de sistema
motor visceral para distingui-lo do sistema motor somático, que controla os músculos
esqueléticos.
EXEMPLO
É válido lembrar que os efetores viscerais não dependem do SNA para funcionar, mas apenas
para ajustar sua atividade às necessidades de mudança do corpo. O coração, por exemplo,
continua batendo mesmo que todos os seus nervos autônomos sejam cortados, mas o SNA
modula a frequência cardíaca em condições de repouso e exercício.
O SNA tem duas divisões: simpática e parassimpática, que, embora inervem os mesmos
órgãos-alvo e têm efeitos antagônicos ou cooperativos sobre eles, são diferentes quanto à
anatomia e à função que desempenham:
DIVISÃO SIMPÁTICA
Adapta o corpo de várias maneiras para a atividade física — aumenta o estado de alerta, a
frequência cardíaca, a pressão sanguínea, o fluxo de ar pulmonar, a concentração de glicose no
sangue e o fluxo sanguíneo para os músculos cardíacos e esqueléticos, mas ao mesmo tempo,
reduz o fluxo sanguíneo para a pele e o trato digestivo.
DIVISÃO PARASSIMPÁTICA
DIVISÃO SIMPÁTICA
Também é chamada de divisão toracolombar, porque se origina das regiões torácica e lombar
da medula espinal. Possui fibras pré-ganglionares relativamente curtas e fibras pós-
ganglionares longas.
Suas fibras saem por meio dos nervos espinhais T1 a L2 e levam a uma cadeia simpática
próxima de gânglios (tronco simpático).
Esse tronco trata-se de uma série longitudinal de gânglios adjacentes a cada lado da coluna
vertebral do nível cervical ao coccígeo, conectados por cordões nervosos.
O número de gânglios varia de pessoa para pessoa, mas geralmente existem três gânglios
cervicais (Superior, médio e inferior) , onze torácicos, quatro lombares, quatro sacrais e um
gânglio coccígeo em cada cadeia. Pode parecer estranho que os gânglios simpáticos existam
nas regiões cervical, sacral e coccígea, considerando que as fibras simpáticas surgem apenas
nas regiões torácica e lombar da medula (níveis T1 a L2).
Como regra geral, a cabeça recebe saída simpática proveniente do segmento T1 da medula
espinal.
O pescoço, de T2.
O tórax e os membros superiores, de T3 a T6.
O abdômen, de T7 a T11.
E os membros inferiores, de T12 a L2.
As fibras pré-ganglionares são pequenas fibras mielinizadas que viajam do nervo espinal ao
gânglio por meio do ramo comunicante branco, que recebe sua cor e nome devido ao fato de
possuir bainha de mielina.
Já as fibras pós-ganglionares amielínicas deixam o gânglio por várias vias, incluindo um ramo
comunicante cinzento, denominado assim por sua falta de mielina e por sua cor opaca. Esse
ramo forma uma ponte de volta ao nervo espinal. As fibras pós-ganglionares viajam pelo ramo
cinzento e pelo nervo espinal até os órgãos-alvo.
Além dos gânglios paravertebrais, existem alguns gânglios pré-vertebrais que formam plexos
na cavidade abdominal, como por exemplo os plexos celíaco, mesentérico superior e
mesentérico inferior, que se comunicam amplamente.
Imagem: Shutterstock.com
Eles emitem longas fibras pré-ganglionares que terminam nos gânglios terminais dentro ou
perto do órgão-alvo.
Assim, a divisão parassimpática tem fibras pré-ganglionares longas, alcançando quase todo o
caminho até as células-alvo, e fibras pós-ganglionares curtas que cobrem o resto da distância.
As fibras parassimpáticas deixam o tronco cerebral por meio de quatro nervos cranianos. Os
três primeiros suprem toda a inervação parassimpática para a cabeça, e o último supre
vísceras das cavidades torácica e abdominopélvica:
Leva fibras para o gânglio ciliar, subsequentemente ao músculo ciliar e constritor da pupila.
Responsável por levar a maior parte do sistema parassimpático. Leva fibras para o coração, o
pulmão, o esôfago, e, após entrar na cavidade abdominal pelos troncos vagais, contribui para a
forma dos plexos celíaco, mesentérico superior e mesentérico inferior, levando inervação
parassimpática para o fígado, o pâncreas, o estômago, o intestino delgado, o ureter, os rins e a
porção proximal do cólon.
NEURÔNIOS MOTORES
INTERNEURÔNIOS
NEURÔNIOS SENSORIAIS
QUIMIORRECEPTORES
MECANORRECEPTORES
QUIMIORRECEPTORES
Percebem estímulos de estiramento, que são ativados quando o alimento distende (alonga) a
parede de uma das porções do TGI.
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SISTEMA TEGUMENTAR
Esse sistema é composto por:
PELE
CABELO
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS
UNHAS
RECEPTORES SENSORIAIS
PELE
A pele cobre a superfície externa do corpo e é o maior órgão se considerarmos o seu peso. Em
adultos, a pele cobre uma área de cerca de 2m2 e pesa de 4,5 a 5kg, cerca de 7% do peso
corporal total. Sua espessura varia de 0,5mm nas pálpebras a 4mm na região do calcâneo. Na
maior parte do corpo, tem de 1 a 2mm de espessura.
VOCÊ SABIA
A pele se modifica de acordo com a idade, sendo mais delgada na infância e na velhice. A
distensão da pele durante a gravidez pode ocasionar o aparecimento de estrias avermelhadas,
que podem persistir posteriormente como linhas brancas permanentes. Sendo assim, a pele
está sujeita a diversos tipos de modificações, sejam fisiológicas ou patológicas.
EPIDERME
DERME (CÓRIO)
Profundamente à derme, está a tela subcutânea, também chamada de hipoderme, porém ela
não faz parte da pele. A tela subcutânea consiste em tecidos areolar e adiposo. Fibras que se
estendem da derme ancoram a pele até a camada subcutânea, que por sua vez se liga à fáscia
subjacente (Tecido conjuntivo ao redor dos músculos) . A camada subcutânea serve como
depósito de armazenamento de gordura e contém grandes vasos sanguíneos que irrigam a
pele. Essa região e, às vezes, a derme contém terminações nervosas chamadas corpúsculos
lamelados ou corpúsculos de Pacini que são sensíveis à pressão.
Imagem: Shutterstock.com
Epiderme
É composta por epitélio escamoso estratificado queratinizado, que contém quatro tipos
principais de células:
• Queratinócitos
Cerca de 90% das células epidérmicas são queratinócitos, que estão organizados em quatro ou
cinco camadas e produzem queratina, uma proteína dura e fibrosa que ajuda a proteger a pele e
os tecidos subjacentes de abrasões, calor, micróbios e produtos químicos.
• Melanócitos
Cerca de 8% das células epidérmicas são melanócitos que produzem o pigmento melanina.
Suas projeções longas e delgadas se estendem entre os queratinócitos e transferem grânulos
de melanina para eles.
ATENÇÃO
• Macrófagos intraepidérmicos
As células epiteliais táteis (células de Merkel) são as menos numerosas e são responsáveis
pela detecção da sensação de toque.
ESTRATO CÓRNEO
Membrana forte, elástica e semitransparente que age como uma barreira à passagem de água;
é formada por queratinócitos mortos e contém basicamente queratina.
ESTRATO LÚCIDO
Presente somente nas porções de constante fricção da pele, como as palmas das mãos e a
sola dos pés. Possui bastante queratina e fornece um reforço para a pele.
ESTRATO GRANULOSO
Formada por queratinócitos que estão sofrendo apoptose. Produz uma substância que retarda
a perda e a entrada de água e de corpos estranhos.
ESTRATO ESPINHOSO
Consiste em queratinócitos numerosos e funcionantes, ainda capazes de realizar mitoses e
produzir queratina. Sua arquitetura fornece força e flexibilidade para a pele; esse estrato conta
com a presença de macrófagos e de projeções dos melanócitos.
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Estrutura da epiderme.
Derme
É composta de tecido conjuntivo denso e irregular contendo colágeno e fibras elásticas. Essa
rede de fibras tem grande resistência à tração. A derme também tem a capacidade de se
esticar e de recuar facilmente. É muito mais espessa do que a epiderme, e sua espessura varia
de região para região do corpo, atingindo sua maior espessura nas palmas das mãos e nas
plantas dos pés, de forma semelhante à epiderme.
VOCÊ SABIA
O couro, que usamos para confeccionar cintos, sapatos e bolas de basquete é a derme seca e
tratada de outros animais.
• Região papilar
Constitui cerca de um quinto da espessura da camada total da derme. Ela contém colágeno
fino e fibras elásticas finas. Sua área de superfície é aumentada por papilas dérmicas,
pequenas estruturas em forma mamilar que se projetam na superfície inferior da epiderme.
Todas as papilas dérmicas contêm alças capilares (Vasos sanguíneos) . Alguns também
contêm receptores táteis chamados corpúsculos táteis ou corpúsculos de Meissner, que são
terminações nervosas sensíveis ao toque.
Outras papilas dérmicas também contêm terminações nervosas livres, dendritos que carecem
de qualquer especialização estrutural aparente.
Diferentes terminações nervosas livres iniciam sinais que dão origem a sensações de calor,
frio, dor, entre outras.
• Região reticular
A região reticular está ligada à camada subcutânea. Contém feixes de fibras de colágeno
espessas, fibroblastos dispersos e várias células (macrófagos, por exemplo).
Algumas células adiposas podem estar presentes na parte mais profunda da camada, junto
com algumas fibras elásticas grossas. As fibras de colágeno na região reticular são dispostas
em forma de rede e têm um arranjo mais regular do que as da região papilar. A orientação das
fibras grandes de colágeno ajuda a pele a resistir ao alongamento. Os vasos sanguíneos, os
nervos, os folículos pilosos, as glândulas sebáceas e sudoríferas ocupam os espaços entre as
fibras.
As superfícies das palmas e dos dedos das mãos, das solas e dos pés têm uma série de sulcos
e impressões. Eles aparecem como linhas retas ou como um padrão de voltas e espirais, como
nas pontas dos dedos.
ATENÇÃO
Essas cristas epidérmicas são produzidas durante o terceiro mês de desenvolvimento fetal
como projeções descendentes da epiderme para a derme entre as papilas dérmicas da região
papilar. As cristas epidérmicas criam uma forte ligação entre a epiderme e a derme em uma
região de alto estresse mecânico. As cristas epidérmicas também aumentam a área de
superfície da epiderme e, portanto, aumentam a aderência da mão ou do pé, aumentando a
fricção.
Como os dutos das glândulas sudoríparas se abrem no topo das cristas epidérmicas como
poros de suor, o suor e as cristas formam impressões digitais ao tocar em um objeto liso.
O padrão dessas impressões é em parte determinado geneticamente e é único para cada
indivíduo, sendo usado, portanto, como meio de identificação.
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Glândulas sudoríparas
Regulam a temperatura corporal, pois a pele está em constante troca de calor com o meio.
Essas glândulas se desenvolvem no feto sob a forma de invaginações epidérmicas que se
tornam canalizadas, dessa maneira, são glândulas tubulares simples, cada qual com uma
unidade secretora enovelada na derme ou na tela subcutânea e um ducto longo e tortuoso que
atravessa a epiderme e se abre por meio de um poro na superfície externa da pele. Podem ser:
ÉCRINAS
APÓCRINAS
Glândulas sebáceas
As glândulas sebáceas são alveolares simples, que formam lobos na derme, normalmente no
ângulo entre o músculo eretor do pelo e o folículo piloso.
SAIBA MAIS
Nas pálpebras, existem glândulas não relacionadas aos pelos: são as glândulas tarsais (de
Meibom), que mantém a lubrificação das pálpebras, impedindo que as pálpebras fiquem
aderidas durante o fechamento.
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Pelos
A presença de pelos é uma característica dos mamíferos. Entre suas funções, podemos
destacar a de proteger e regular a temperatura corporal, assim como facilitar a evaporação de
suor.
Cada brotamento termina em uma expansão que é invaginada por uma papila mesodérmica.
As células centrais do brotamento se queratinizam para formar o pelo, que cresce até atingir a
superfície.
Lanugem é o nome que se dá aos pelos desenvolvidos inicialmente, que se desprendem pouco
antes do nascimento, em seguida, temos uma pelugem fina, chamada de velo. O cabelo
terminal é mais longo, mais grosso e geralmente mais pigmentado. Forma as sobrancelhas e
os cílios; cobre o couro cabeludo e após a puberdade, forma os pelos axilares e púbicos, os
pelos faciais masculinos e alguns dos pelos do tronco e dos membros.
BULBO
RAIZ
HASTE
É a parte acima da superfície da pele.
As únicas células vivas de um fio de cabelo estão dentro e perto do bulbo. O bulbo cresce em
torno de um botão de tecido conjuntivo vascular denominado papila dérmica, que fornece ao
cabelo sua única fonte de nutrição. Imediatamente acima da papila está uma região de células
mitoticamente ativas, a matriz do pelo, que é o centro de crescimento do cabelo. Todas as
células acima estão mortas.
Na secção transversal, um pelo possui até três camadas. De dentro para fora, são elas:
MEDULA
CÓRTEX
CUTÍCULA
MEDULA
CÓRTEX
Constitui a maior parte do volume de um fio de cabelo. Consiste em várias camadas de células
queratinizadas alongadas.
CUTÍCULA
É composta por múltiplas camadas de células superficiais muito finas e escamosas que se
sobrepõem umas às outras como telhas, com suas bordas livres direcionadas para cima.
Um feixe de células musculares lisas que se estendem das fibras de colágeno dérmico
até a bainha da raiz do tecido conjuntivo do folículo.
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Anatomia do pelo.
Unhas
O corpo (placa) da unha é a parte visível. É comparável ao estrato córneo da epiderme da pele,
com a exceção de que suas células achatadas e queratinizadas se enchem de um tipo mais
duro de queratina, de modo que as células não se desprendem. Abaixo do corpo da unha está
uma região do epitélio e uma camada mais profunda da derme. A maior parte do corpo da unha
parece rosa por causa do sangue que flui através dos capilares na derme subjacente.
A borda livre é a parte do corpo da unha que pode se estender além da extremidade distal do
dedo. A borda livre é branca porque não há capilares subjacentes.
A raiz é a parte da unha que fica enterrada em uma dobra da pele. A área esbranquiçada em
forma de crescente da extremidade proximal do corpo da unha é chamada de lúnula. A lúnula é
esbranquiçada porque o tecido vascular por baixo não aparece devido a uma região espessada
de epitélio na área.
Abaixo da borda livre está uma região espessada do estrato córneo chamada hiponíquio, que
prende a unha à ponta do dedo. O leito ungueal é a porção da pele abaixo do corpo ungueal que
se estende da lúnula ao hiponíquio. A epiderme do leito ungueal carece de um estrato
granuloso.
O eponíquio ou cutícula é uma faixa estreita de epiderme que se estende e adere à margem
lateral da parede da unha. Ocupa a margem proximal da unha e consiste no estrato córneo. A
porção do epitélio proximal à raiz da unha é a matriz ungueal.
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O especialista Elisaldo Mendes Cordeiro fala sobre os principais tópicos desse tema.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SABEMOS QUE O CORPO HUMANO DEPENDE DE INÚMERAS AÇÕES
INVOLUNTÁRIAS PARA A MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASE. QUAL PARTE DO
SISTEMA NERVOSO É RESPONSÁVEL PELO AUMENTO DA ATIVIDADE
DIGESTIVA E URINÁRIA?
A) Epitelial
B) Muscular
C) Mucosa
D) Serosa
E) Epidermal
GABARITO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o estudo deste conteúdo, notamos que o sistema nervoso adquiriu maior grau de
desenvolvimento na espécie humana, graças à capacidade cognitiva de formular, idealizar,
imaginar ideias e pensamentos. Isso se deu devido ao desenvolvimento do córtex cerebral e ao
seu grande número de giros, o que conferiu maior superfície de tecido nervoso sem aumento
do volume total do cérebro.
Vimos que o sistema nervoso central é complexo e anatomicamente envolve a medula espinal
e o encéfalo: elementos protegidos pela coluna vertebral e pelo crânio e envelopados por três
camadas, as meninges.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3. ed. Rio de Janeiro:
Atheneu; 2011, p. 780.
GARDNER, E.; GRAY D. J., O'RAHILLY, R. R. Anatomia – estudo regional do corpo humano. 4. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.
GOSS, C. M., Gray Anatomia. 29. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1977.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2013.
LATARJET, M.; LIARD, A. R. Anatomía humana. 4. ed. Madrid: Editorial Medica Pan-Americana,
2011.
TESTUT, L., LATARJET, A. Tratado de anatomía humana. 9. ed. Barcelona: Salvat, 1958.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Principles of Anatomy & Physiology. 14. ed. New Jersey:
John Wiley & Sons, 2014.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo, assista às animações em 3D:
Animação – sistema nervoso (2018), disponível no Youtube, no canal Tiago Felipe, com
narração em português apresentando algumas porções do sistema nervoso.
O que é um arco reflexo? (2019), disponível no Youtube, no canal Saúde, com narração
em português detalhando o que é um arco reflexo, mecanismo importante do sistema
nervoso.
CONTEUDISTA
Marcio Antonio Babinski